A criança disléxica e a escola

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A Criança Disléxica e a Escola

Esta má qualidade gráfica resulta da confusão ortográfica quando relacionada a grafia da palavra com os sons das mesmas. A característica mais importante de um disortográfico é a constante confusão de letras, sílabas de palavras e trocas ortográficas (erros) em palavras do seu campo lexical e que foram já trabalhadas pelo professor. A disortografia implica uma série de erros sistemáticos na escrita e na ortografia que por vezes torna ilegível os escritos. Segundo Torres (2002) estes erros podem ser classificados da seguinte forma: a) Erros de carácter linguístico-perceptivo: – Substituição de fonemas vocálicos ou consonânticos pelo ponto ou modo de articulação semelhantes; – Omissões de fonemas (“como” em vez de “cromo”), omissões de sílabas inteiras (“car” em vez de “carta”) e omissões de palavras; – Adições de fonemas (“cereto” em vez de “certo”), adições de sílabas inteiras (“castelolo” em vez de “castelo”) e adições de palavras; – Inversões de grafemas (“aldo” em vez de “lado”), inversões de sílabas numa palavra e inversões de palavras.

b) Erros de carácter visuoespacial: – Substituição de letras que se diferenciam pela sua posição no espaço (d/p; p/q); – Substituição de letras semelhantes nas suas características visuais (m/n; o/a; i/j); – Confusão em palavras que admitem dupla grafia (ch/x; s/z); – Omissão da letra “h” por não ter correspondência fonética.

c) Erros de carácter visuoanalítico: – Dificuldade em fazer a síntese e a associação entre fonema e grafema.

d) Erros relativos ao conteúdo: – Dificuldade em separar sequências gráficas (“acasa” em vez de “a casa”), separação de sílabas que compõem uma palavra e união de sílabas pertencentes a duas palavras.

e) Erros referentes às regras de ortografia: Florbela Ribeiro

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