No
palco,
um
grande
salão
de
castelo,
gente
entrando, cantando, saindo, tornando a entrar. Eu não compreendia nada daquilo, nem nada daquilo me interessava. Mas meus olhos não tinham sossego, ora à direita, ora à esquerda, ora ao fundo. É que, para mim, o palhaço devia entrar por uma daquelas portas. E o tempo foi passando. E nada. Mas seria possível, no mundo, um espetáculo sem palhaço?! Já não me importava de nada: do homem da corda bamba do engolidor de espada, da mulher que corria em pé no cavalo, do urso, do macaco, do elefante, mas o palhaço, há!, esse eu queria, porque eu ali não tinha ido senão por ele.
E, quase ao fim do ato, uma interrogação agressiva brilhava nos meus olhos.