Geração de jornalistas

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Geração de jornalistas O Centenário do jornalista

Mário de Medeiros Vianna

Sidnei ismail


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Capitulo 1: índice Capitulo 2: biografia do jornalista Capitulo 3: cronologia da vida do jornalista Capitulo 4: cursos Capitulo 5: cursos Capitulo 6: a família Vianna Capitulo 7: documentário sobre a vida e obra de Mario Vianna Capitulo 8: dedicatória de sua neta Flavia Vianna Capitulo 9: Mario Vianna era poeta Capitulo 10:os filhos Capitulo 11: os amigos Capitulo 12: a viajem Capitulo 13: o documentário Capitulo 14: estrela Dalva


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Índice

A profissão de jornalista é como uma arte é como uma poesia, ser jornalista é ser uma


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pessoa incrível e extraordinária que leva em consideração conhecer todos os fatos das coisas que estão ocorrendo e estar ligado com a noticia, passando ela para frente para que as pessoas possam ter conhecimento do que está ocorrendo no mesmo instante em todos os lugares, o que seria desse mundo sem um jornalista? Seria sem nexo, com certeza é uma profissão muito honrada e espetacular que eu admiro mesmo não conhecendo ela a


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fundo, eu tenho uma amiga que é jornalista, o nome dela é Flavia, ela é uma pessoa muito querida e maravilhosa, doce meiga e preocupada com as coisas que acontecem a sua volta, ela vem de uma família de jornalistas que passou de avô para pai de pai para neta, é a geração de jornalistas da família Vianna, pessoas muito queridas por todos que residem no rio de janeiro, e ser jornalista tem esse q de poesia e romantismo,


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tudo é fascinante. Ser jornalista é ser um super homem e um super mulher mesmo sendo de carne e osso, uma profissão muito bela que deveria ser vista por todos como uma das mais belas profissões que existem, porque no mundo do jornalismo tem seu encanto e seu glamour, tem um toque de simplicidade e um toque de delicadeza, tem pouco de maestria e muita ousadia, acho que ser jornalista é isso, superar os limites que


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lhes é imposto a cada nova missão, o jornalista é o soldado a serviço da mídia, e como bom soldado ele sempre tem que cumprir sua missão da forma mais objetiva possível. Ai que está o charme do jornalismo, de poder conhecer as pessoas e entrar em sua intimidade para poder fazer com que ela brilhe de uma forma toda especial, eu não seu porque alguém quer ser um jornalista, mais com certeza deve ser pelo fascínio dessa


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profissão que não é para todos, mais para aqueles que nasceram com o dom de levar a informação a qualquer preço e fazer com que o telespectador ou internauta esteja sempre por dentro dos acontecimentos a nossa volta. Eu não sou jornalista mais se eu fosse seria um bom jornalista, pois gosto muito de conhecer as pessoas e na profissão de jornalista o profissional tem que ser o mais sociável possível e também ser um


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carismático e amistoso, coisa que é para poucos, nem todos que sonham em serem jornalistas serão, a não ser que estiver disposto a pagar o preço de estudar horas para poder ter o privilégio de exercer essa linda profissão que ultrapassa os limites da nossa imaginação, gostaria que o caro leitor entrasse nesse mundo e conhecesse um pouco mais sobre essa profissão extraordinária e as pessoas que fazem dela uma


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obra de arte. Tecnicamente jornalismo É: a procura e a divulgação de informações por meio de veículos de comunicação, como jornais, revistas, rádio, TV e internet. O jornalista é o profissional da notícia. Ele investiga e divulga fatos e informações de interesse público, redige e edita reportagens, entrevistas e artigos, adaptando o tamanho, a abordagem e a linguagem dos textos ao veículo e ao público a que se destinam. Senso


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crítico, capacidade de expressão, domínio do português e de técnicas de redação são fundamentais no exercício da profissão. Ele precisa dominar, também, os softwares de edição de textos e de imagens.

Mercado de trabalho

“Com

as rápidas mudanças nos meios de

comunicação, fecham-se postos de trabalho


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na imprensa tradicional, como jornais e revistas, mas abrem-se novas vagas nos meios on-line”, afirma Letícia Barbosa Torres Americano, coordenadora do curso de Jornalismo da UFJF, em Juiz de Fora. Assim, o bacharel agora tem de entender também da linguagem da internet e das redes sociais, como Twitter e Facebook. As oportunidades estão em portais, revistas on-line, blogs e sites de empresas, em geral. No entanto, a


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professora salienta que o setor que se mostra mais aquecido atualmente para o jornalista é o da comunicação corporativa. “As empresas têm investido em assessoria de comunicação como forma de ganhar competitividade”, explica ela. É possível, também, prestar serviços a diversas empresas, como freelancer (autônomo).

Mesmo

com

a

não

obrigatoriedade do diploma, as empresas de comunicação são exigentes na hora de


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contratar e preferem candidatos com formação superior. São Paulo, por concentrar a maioria das editoras, oferece o maior número de vagas. No Rio de Janeiro, o mercado deve ficar aquecido nos próximos anos com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016. As regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste apresentam também boas oportunidades.


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As melhores escolas

MG Belo Horizonte PUC Minas, RJ Rio de Janeiro PUCRIO Comun. Soc. (jornalismo), SC Florianópolis UFSC, SP São Bernardo do Campo Metodista, São Paulo Cásper, USP Comun. Soc. (jornalismo); 4 estrelas


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AL Maceió Ufal Comun. Soc. (jornalismo), AM Manaus Ufam, Uninorte-AM, BA Salvador UFBA Comun. Soc. (jornalismo), CE Fortaleza UFC, Unifor-CE Comun. Soc. (jornalismo), DF Brasília UnB Comun. Soc. (jornalismo), Taguatinga UCB-DF Comun. Soc. (jornalismo), ES Vitória UFES, GO Goiânia PUC Goiás, UFG Comun. Soc. (jornalismo), MG Belo Horizonte UFMG Comun. Soc. (jornalismo), Juiz de Fora UFJF,


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Vi莽osa UFV Comun. Soc. (jornalismo), MS Campo Grande UFMS Comun. Soc. (jornalismo), PA Ananindeua Unama Comun. Soc. (jornalismo), PE Recife UFPE, PR Londrina UEL Comun. Soc. (jornalismo), Ponta Grossa UEPG, RJ Niter贸i UFF Comun. Soc. (jornalismo),


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Curso As disciplinas básicas incluem língua portuguesa,

economia

e

teoria

da

comunicação. E entre as matérias específicas constam

jornalismo

interpretativo

e

informativo, técnicas de redação e edição de texto e novas tecnologias de comunicação. Há aulas práticas de fotojornalismo, jornalismo impresso e on-line, rádio e TV. Na maioria


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das escolas, o curso é uma habilitação do bacharelado em Comunicação Social. O estágio é recomendado, mas não obrigatório. Mas é preciso fazer um trabalho de conclusão de curso. Venha você também e junte a nós nesse mundo fantástico de maravilhoso e seja um jornalista, uma pessoa que contribui todos os dias para o melhoramento de nossa sociedade de uma forma geral.


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“Jornalista” O que é?

Jornalistas são profissionais que buscam notícias e informações nas mais variadas áreas e as transmitem ao público através de meios de comunicação como jornais, revistas,


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televisão, rádio e internet. Mantêm o público informado sobre todos os acontecimentos de interesse coletivo, como os rumos da economia e da política do país e do mundo, as novidades na ciência, nos esportes, na televisão e nas artes, o comportamento de grupos sociais, o dia-a-dia nas cidades. São várias as funções exercidas pelos jornalistas: pauteiro, repórter, chefe de reportagem, editor, redator, assessor de imprensa ou de


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comunicação social (de órgãos públicos, sindicatos e empresas), divulgador e apresentador de telejornais.

Quais as características necessárias?

Deve ter capacidade de transmitir os fatos com correção, de forma clara e concisa, gostar de ler, saber bem o Português, conhecer outra língua estrangeira, ser


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sociável, ter capacidade de concentração e boa memória, além de conhecimentos em informática.

Características desejáveis:

Capacidade de comunicação

Capacidade de improviso


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Capacidade de pensar e agir sob pressĂŁo

Capacidade de sĂ­ntese

Criatividade

Curiosidade

Desembaraço


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Espírito de investigação

Facilidade de expressão

Gosto pela pesquisa e pelos estudos

Habilidade para escrever

Habilidade para trabalhar em equipe


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Iniciativa

Interesse em adquirir conhecimento em diversas ĂĄreas

Interesse

por

comunicação

Objetividade

formas

variadas

de


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Raciocínio rápido

Sociabilidade

Qual a formação necessária?

Para se exercer a profissão de jornalista não é preciso ter diploma de curso superior, embora existam cursos de comunicação social com ênfase em jornalismo, que


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ensinam técnicas e métodos de trabalho interessantes. O curso tem duração de quatro anos, com estágio nem sempre obrigatório. Para o sucesso na carreira é necessário um alto interesse por temas atuais e uma cultura geral ampla. Conhecimentos específicos de outras áreas como economia, esportes e história enriquecem muito o currículo. O domínio absoluto da língua portuguesa é imprescindível para garantir um bom futuro


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na carreira. O mercado vem exigindo cada vez mais capacitação profissional, como o domínio de pelo menos uma língua estrangeira. A preferência tem sido dada a quem investe em cursos de reciclagem ou pós-graduação.

Principais atividades

As atividades dos jornalistas incluem:


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Pauteiro: organizar a lista de eventos a serem cobertos e que constituem a pauta do dia;

Repórter:

entrevistar

personalidades

públicas ou cidadãos envolvidos em fatos de interesse

coletivo;

checar

informações

recebidas de suas fontes, de cidadãos ou de autoridades; investigar denúncias, com ajuda de suas fontes; examinar documentos;


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escrever, no caso de jornais, ou gravar, no caso de rádio e televisão, reportagens, artigos, colunas e editoriais, com base nas informações a que teve acesso;

Chefe de reportagem: chefiar as equipes de reportagem,

orientando-as

sobre

a

abordagem que cada assunto deve ter e sobre a forma de obter as informações desejadas;


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Editores: avaliar reportagens, artigos e colunas que serão divulgados ao público, para verificar a qualidade dos textos, das imagens e a veracidade das informações; dar às reportagens de jornais, revistas, telejornais e programas de rádio o formato ideal para a perfeita compreensão do público;

Redator e revisor: revisar textos jornalísticos, eliminando erros de linguagem ou de


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informação; dar títulos às reportagens, artigos e colunas; fazer legendas para fotos ou ilustrações;

Assessor de imprensa: providenciar contatos com meios de comunicação para divulgar atividades de clientes, orientá-los sobre como proceder nas entrevistas e atender jornalistas para responder questões sobre eles.


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Divulgador:

promover

seus

clientes,

geralmente artistas, junto aos jornalistas, produzindo textos informativos sobre suas atividades.

à reas de atuação e especialidades

Assessoria de imprensa: promove o contato entre imprensa e empresas, clientes, entidades.


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Consultoria: Presta serviços de comunicação. Auxilia entidades e empresários na busca de informações de mercado ou mídia.

Reportagem: procura todas as informações sobre um determinado assunto, divulgando para todos os meios de comunicação.


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Edição: decide a abordagem de determinada matéria e quais reportagens serão veiculadas

Pauta: orienta na escolha de assuntos que o veículo vai cobrir e designa os repórteres que para a cobertura.

Mercado de Trabalho


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O mercado de trabalho para jornalistas é muito competitivo. Há grande concorrência entre jovens profissionais e o mercado, que apresenta muito mais oportunidades no setor privado do que no público num país onde o hábito de ler não é muito cultivado, apresenta

tendência

de

crescimento

reduzida. Abrem-se mais vagas em São Paulo e Brasília do que no resto do país. No Rio de Janeiro, o mercado apresenta enorme


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concorrência. Para iniciantes, há demanda por websurfers - pesquisadores responsáveis pelo levantamento de sites e informações de interesse para determinado cliente - e para profissionais mais experientes oportunidades na área de criação e edição de textos para web

sites.

desaceleração

Todavia, dos

por

conta

investimentos

da nas

empresas da chamada nova economia, as oportunidades de trabalho para jornalistas


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em projetos de internet vêm diminuindo bastante. O setor no momento está estável, e as contratações ou abertura de postos de trabalho são modestas e não acompanham o ritmo de ingresso de novos profissionais no mercado.

Curiosidades


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A invenção da imprensa, por Johannes Genfleisch

Gutenberg,

em

1442

na

Alemanha, possibilitou a impressão de livros e jornais. O primeiro livro imprimido em prensa foi uma edição da Bíblia, em 1455. Com a evolução das técnicas foi possível a inserção de figuras e ilustrações. Em 1486, os franceses começaram a produzir almanaques e revistas, em 1529 foi lançado o que seria o precursor do jornal: folhas soltas, que


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continham informações e notícias. Em 1597, ao adotar periodicidade na produção dos exemplares, os suíços introduziram essa característica ao "folhetim". Ao somar as duas

especificidades

(notícias

e

periodicidade), em 1605, na Bélgica, foi lançado o primeiro jornal, que se espalhou pela Europa. No Brasil, em 1747 a imprensa foi proibida pelos portugueses, apenas um ano após ter sido inaugurada no Rio de


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Janeiro. Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808 criou-se aqui, a Imprensa Régia, órgão exclusivo do governo. Diante dessa forma de repressão o primeiro jornal brasileiro foi produzido em Londres. Em 1808 Hipólito da Costa inaugurou o Correio Brasiliense, periódico que criticava o governo português, que impossibilitado de proibir sua impressão, aplicava penas a quem o lesse, e determinou


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a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, que divulgava notícias favoráveis ao Reino Português. Em 1822, com a conquista da independência o Correio Brasiliense foi fechado, 175 edições depois, pelo seu fundador que é considerado o patrono da imprensa no Brasil. Em 1934 foi fundado o primeiro sindicato dos jornalistas, em Juiz de fora (MG), porém a regulamentação da profissão veio apenas em 1938 e a exigência


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de diploma de curso superior foi determinada em 1969. Este livro intitulado geração de jornalistas é uma dedicatória a memória do grande jornalista Mario de Medeiros Vianna bem como também uma homenagem a sua família, que são pessoas maravilhosas e de uma índole sem igual, amigas companheiras, de boa família e principalmente de uma grande historia em nosso país, por isso a


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família de jornalistas Vianna e todos seus familiares merecem nosso credito atenção e carinho, além de muito respeito por tudo que fizeram por nosso país, ajudando assim a construir um pouco da historia dessa nossa grande nação brasileira, e como brasileiros que somos estamos aqui para lhes agradecer por tudo que fizeram por nosso país, meu muito obrigado.


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O jornalista Mario Vianna Medeiros gostava de fazer caminhadas todas as manhas no flamengo, porĂŠm ele era torcedor do botafogo e sĂł ia lĂĄ pra tirar uma ondinha dos flamenguistas quando o botafogo ganhava do flamengo, o que era quase todo dia, por


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isso seu Mario ia todos os dias fazer uma caminhada lĂĄ com a camiseta do botafogo, ele gostava muito de comer frutos do mar, essa sua comida preferida, assim como do botafogo quando comeu o peixe no campeonato brasileiro de 1995 com tĂşlio maravilha e companhia limitada, bons tempos! Perdoem-me os demais times, mais seu Mario Vianna sabia o que era um time de


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verdade, de tradição no futebol, sem duvida botafogo Ê o melhor time do brasil.


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Biografia do jornalista nasceu o jornalista MĂĄrio Filho de Carlos EugĂŞnio de Souza Vianna e Aramina de


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Medeiros Vianna de Medeiros Vianna, no dia 3 de dezembro de 1.915, na Rua São Bento, número 1, sobrado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Fez seus primeiros estudos na Escola Pedro II, no Largo do Machado, e cursou até a 6 série. Moderne no Institut Saint- Boniface, na Rua da Viaduc, 82, em Ixelle, Bruxelles, na Bélgica, onde residia com sua família, por ser seu pai Delegado Geral dos Serviços de Propaganda dos Estados do


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Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate do nosso país na Europa e Norte da África. Cursava o primeiro ano preparatório de Engenharia Naval no College Michel Nouchenau, na mesma cidade, quando foi obrigado a interrompê- lo devido á abolição do movimento revolucionário de 1.930 no Brasil. Seu pai exercia aquele cargo desde 1.920 (Governo Epitácio da Silva Pessoa), nele confirmado pelo Presidente Arthur da Silva


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Bernardes, em 1.922, e mantido ainda mais uma vez pelo Presidente Washington Luís Pereira de Souza, eleito em 1.926. O pai de Mário de Medeiros Vianna nascera no dia 10 de fevereiro de 1.878, em Salvador, na Bahia, onde fizera seus primeiros estudos. Vindo para o Rio, aqui formou- se em Engenharia pela antiga Escola Politécnica (Largo de São Francisco). Era também jornalista, tendo fundado com Belizário de Souza e Pires do


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Rio diversos jornais, entre os quais: "A tribuna" e "Jornal do Rio". Fundou, ainda, a "Revista da Época", em 1.913, cuja redação ficava na Rua do Carmo, 66, primeiro andar, no Centro. Foi diretor gerente de "O País", e um dos principais fundadores da "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa) que, conforme relato, nascerá numa sala da redação do jornal "O País", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua Gonçalves dias, no


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Centro da cidade, no ano de 1.908. Seu nome, no entanto, não consta na relação dos fundadores, existente no hall térreo do atual edifício "Herbert Moses", na sede da "ABI". Embarcou Mário de Medeiros Vianna em 1.926, no porto do Rio de Janeiro, no navio "Andes", da Mala Real Inglesa, com seu irmão Carlos Eugênio e o pai Carlos de Souza Vianna, que ia cumprir a sua missão na Europa. Nesse ano, o Serviço de Propaganda


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do Mate passou para o Ministério das Relações Exteriores, no Itamaraty, tendo eles assim direito a passaporte diplomático. Desembarcaram em Cherburg, na França, e seguiram de trem para Paris, indo após fixar residência em Bruxelas, onde funcionava em caráter

permanente

o

escritório

de

propaganda do mate, na Place Brouckere, números 8 e 10, no Centro daquela cidade. Como a verba destinada á delegação da


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propaganda do mate não fosse suficiente para ocorrer ao pagamento de todas as despesas concernentes aos serviços, seu pai resolvia o problema negociando com outros produtos brasileiros, mantendo assim uma atividade incessante, já que era também Correspondente Especial na Europa dos jornais "A Noite", "Correio da manhã" e "Jornal do Brasil", colaborando, ainda, na "Revue Commerciale- Bresilienne", editada


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em Anver, na Antuerpia, na Bélgica, sob aos auspícios do Consulado do Brasil naquela cidade. Ele e seu irmão Carlos Eugênio, foram para a Bélgica com o intuito de formar- se em Engenharia Naval. Por essa razão, procuraram habilitar- se na língua francesa para alcançar objetivo visado. Ajudavam o pai nos Serviços Gerais da Delegação de Propaganda do Mate, quando acontecia verificar- se diversas exposições


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simultaneamente. Em tais ocasiões, o pai dividia tarefas entre eles, ficando cada um chefiando um stand da representação do produto. Apesar da pouca idade, ambos usavam calças curtas, nunca, no entanto decepcionaram

no

desempenho

das

incumbências. Devido aos inúmeros negócios que mantinha na Capital francesa, seu pai possuía um apartamento em Paris, onde passava com os


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filhos suas férias escolares, quando não havia exposições. Seu pai era amigo íntimo do Embaixador do Brasil, na França, Souza Dantas, que tinha grande admiração pelos jovens Mário e seu irmão Carlos Eugênio Vianna, isso porque, sempre que visitava o stand do mate em exposição na França constatava a intensa atividade deles. Todos os anos, no Natal, presenteavam- os. Quando os brasileiros procuravam a Embaixada do


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Brasil em Paris para solicitar auxílio financeiro, a maioria era empregados dispensados do Serviço Geral de Propaganda de Café do Brasil, naquela cidade. Esse serviço era chefiado pelo Sr. Alípio Dutra, que recebia ordens de dispensar os empregados diretamente do Brasil. O Embaixador Souza Dantas, enviava, então, nossos patrocínios a seu pai, que imediatamente

os

aproveitavam

na


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delegação da propaganda do mate. Fazia mais: pagava as despesas de hotel e de alimentação. Procedia dessa maneira não só pelos laços de amizade ao ilustre diplomata, Dr. Souza Dantas, mas apiedado pela extrema necessidade em que se encontravam os desempregados dispensados, vítimas da nefasta burocracia brasileira daquela época. Essa desventura aconteceu com o Sr. Theophilo de Andrade Lyra, também


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dispensado da propaganda do café. Como privava da amizade do seu pai, solicitou e obteve ajuda deste, sendo colocada na chefia do escritório da delegação de propaganda do mate em Hamburgo, Alemanha. "Faço a divulgação desse fato: - diz Mário devido a episódio ocorrido entre mim e o Sr. Theophilo de Andrade, a ser narrado na parte desse livro "O caso do Suplemento de Turismo".


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Surpreendidos em agosto de 1.930 com a notícia do movimento revolucionário em efervescência no Brasil, seu pai resolveu que seria melhor Mário e seu irmão regressarem ao Rio de Janeiro, o que foi feito com o passaporte número 00048, datado de oito de setembro de 1.930 (utilizado pelos dois irmãos), expedido pelo Consulado do Brasil, em Bruxelas, com a seguinte observação: -


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"seguem devidamente autorizados por seu pai, o Senhor Carlos de Souza Vianna. “Embarcaram no porto de Antuerpia, Bélgica, no navio francês “Ceylan”, da Companhia Chargeurs Reúnis”, saindo dali por um canal, tendo direita a Holanda e à esquerda, a Bélgica. O navio navegava em marcha reduzida até desembocar no mar. A primeira escala do "Ceylan" foi no Havre, depois Cherburg e Bordeaux, na França,


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rumando para Vigo, na Espanha. Quando navegava em direção a Portugal, ainda no mar da Espanha, encontraram um maremoto, com ondas que invadiam o navio, passando este navegar vagarosamente. O comandante, "velho lobo do mar", teve de retroceder e desviar da rota normal para evitar a tormenta, custando essa manobra mais uns dias de demora na viagem. Essa medida do comandante foi salvadora, pois


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evitou um naufrágio certo, pelo o fato do "Ceylan" ser um navio misto de cargas e passageiros e estar com seus porões abarrotados de cargas. A próxima escala foi para Porto e Lisboa, em Portugal e depois Dakar, no Marrocos. Em princípios de outubro de 1.930, chegaram em Recife, Pernambuco. A bordo do navio, os jovens irmãos ouviam tiroteio nas ruas da cidade de Recife. A


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Polícia Marítima não permitiu ninguém a pisar em terra. A penúltima escala da viagem foi Salvador, na Bahia, onde a fúria revolucionária já havia passado, deixando o elevador "Lacerda" destruído por um incêndio,

conforme

constataram

os

passageiros que puderam desembarcar e matar saudades de seus pais, em companhia de um Barão francês, que durante toda viagem com eles conviverá, justamente com a


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esposa que preferira ficar a bordo. No dia 11 de outubro chegaram ao Rio de Janeiro, conforme constava na folha seis do passaporte e do visto da Inspetoria da Polícia Marítima. O Barão e a Baronesa, que se dirigiam à Argentina, instaram para que eles os acompanhassem até Buenos Aires, receosos do que lhes pudesse acontecer em face dos movimentos revolucionários, pelo menos até normalizar- se a situação na então


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Capital

do

País.

Agradeceram

e

desembarcaram, indo para a residência do cunhado Álvaro da Rocha Baltazar, casado com sua irmã Aramina de Medeiros Baltazar, na Rua Pedro Américo, número 38, no Catete. A firme decisão do Presidente Washington Luís de resistir e não abandonar o Palácio do Catete levou as tropas que lhe eram fiéis a levantar trincheira com sacos de areia, na


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esquina da Rua do Catete, com a Rua Pedro Américo, onde ainda se localizava uma Delegacia Policial, na quarta D.P. A família, por medida de segurança, fora para a residência do avô, Augusto Antônio Vianna Júnior falecido em 1.932 na Rua Tenente Costa, em Todos- os- Santos, subúrbio da Central. O avô dos jovens era funcionário Civil do Ministério da Guerra, onde ingressará em 1.855, lotado no Serviço de


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Intendência, desde 1.916. Possuía regalias de Capitão e aposentara- se depois de 45 anos de serviço. Mário de Medeiros Vianna possuía então 14 anos de idade. Devido ao extravio do seu caderno de anotações, perdeu muitos nomes e endereços de pessoas das suas relações de amizade que, devido à idade, não foi possível guardar de memória. Após haver desempenhado, como vimos às funções de encarregado dos serviços de


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informação e Propaganda da Delegação dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate na Europa e na África, organizou, ainda, os mostruários da delegação nas seguintes exposições: VII Exposição Internacional da Borracha e outros Produtos Tropicais no Grand Palais de Paris, em 1.927, I e II Exposições Internacionais do Café e Produtos Tropicais, em Bruxelas, Bélgica, em 1.928 e 1.929, e


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Exposição de Antuérpia, Bélgica, em 1.930, ano que retornou ao Brasil.

Cronologia jornalista

da

vida

do


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O jornalista Mário de Medeiros Vianna junto com seu irmão Carlos Eugênio estreou em 1931 no jornal "Correio da Cidade", de que era diretor- responsável seu amigo Carlos Alberto da Silva Abreu e cuja redação ficava à época no primeiro andar do número 32 da Rua da Carioca, no Centro da cidade. O diretor- proprietário do órgão era o professor Guilherme de Souza. De repórter, seguiu sua trajetória na "Gazeta do Rio" sob a direção de


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Antônio Azevedo do Amaral, também era o proprietário da revista "Novas Diretrizes", "ACB" (Revista Oficial do Automóvel Clube do Brasil), de quem era o diretor Povina Cavalcanti, "A Noite", sob a direção de Castelar de Carvalho. A partir desse órgão passou a trabalhar sem a companhia do irmão, Carlos Eugênio de Souza Vianna, falecido em 11 de abril de 1.946. Prosseguiu no "Correio da Noite", de Mário Eugênio,


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"Diário da Noite", com Austregésilo de Athayde, "Diário Carioca" com Danton Jobim, "Força da Razão", com Jurandir Pires Ferreira, "Luta Democrática", com Hugo Baldessarini, "O Popular", com Domingo Velasco, "O Globo", sob a direção de Roberto Marinho, chefe de reportagem, Alves Pinheiro, "O Mundo", direção de Geraldo Rocha, "Última Hora", com Samuel Wainer, "O Jornal", com Theophilo de Andrade,


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"Folha do Rio", com Hugo Mósca, "Diário Trabalhista", com Segadas Vianna, "Voz Trabalhista", com Dyrno Pires Ferreira, "Correio da Manhã", com Costa Rego, "Vanguarda", com Oséas Motta, e nas Rádios Nacional e Maúa, a primeira dirigido por José de Anchieta da Távora, sendo contratado em julho de 1.970 para elaborar o noticiário político da Rádio Nacional, no Rio (jornal falado), sendo também credenciando


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junto ao Gabinete- Rio do Ministro do Trabalho. Em 1 de agosto de 1.974, foi contratado pela Superintendência das Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União como Assessor de Imprensa, em maio de 1.978 foi designado encarregado do Serviço de Imprensa e, em 1.979, designado chefe do referido serviço. Mário de Medeiros Vianna, brasileiro, natural do Distrito Federal, nascido no dia 3


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de dezembro de 1.915, era casado com Eulina de Medeiros Vianna, reservista da terceira categoria do Exército, residente a Travessa São Domingos número 7, 2O andar, no Centro, no Distrito Federal. Fez os seus estudos primários na Escola Pedro II, no Largo do Machado. E fez cursos durante os anos de 1.928,1.929 e 1.930 a Institut Saint Boniface, na Rua da Viaduc, na Bélgica em Bruxelles.


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Trabalhou na 7O Exposição Internacional da Borracha e outros Produtos Tropicais, realizados em Paris, em janeiro de 1.927, no Grand

Palais.

Trabalhou

na

Feira

Internacional de Bruxcelle, em abril de 1.927. Mário também participou em Paris da: 1ª Exposição Internacional do café e outros Produtos Tropicais, em Bruxelle, em 1.928.


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2a, Exposição Internacional de Café e outros Produtos Tropicais também, em Bruxella, em 1.929. 3ª Exposição de Antuerpia, em 1.930. E no Brasil, participou do Seminário Editado em Paris, nos anos de 1.926 a 1.927, Editora Dos Italianos, número 5 como auxiliar de redação, sendo o redator- chefe, o seu pai Carlos de Souza Vianna. Na "Gazeta do Rio", foi vespertino editado na cidade do Rio de


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Janeiro, como Repórter de Polícia, em 1.931 à 1.932, sob a direção do Doutor, Azevedo Amaral. Trabalharam na revista "Novas Diretrizes", quinzenário de propriedade do Dr. Azevedo Amaral, como redator, em 1.938 à 1.942. OUTRAS ATIVIDADES

De 1.932 a 1.934 foi assessor de imprensa do famoso compositor musical baiano Assis Valente. Em 1.946 foi assessor de imprensa


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do escritório do saudoso advogado e político catarinense Adholfo Konder, foi presidente de Estado de Santa Catarina de 1.926 a 1.930, seu saudoso irmão, Victor Konder foi Ministro da Viação no governo de Washington Luís, o escritório do Dr., Adholfo Konder, na época, localizado na Rua Rodrigo Silva, número 34, 1O andar, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. De 1.970 à 1.972 exerceu a presidência da comissão


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executiva do 33O Grupo de Escoteiros Católicos Santo Sepulcro, da União dos Escoteiros do Brasil, Seção Guanabara. Em julho de 1.952 fundou a União dos Repórteres de Polícia do Rio de Janeiro e em 1.953 a Associação dos Repórteres do Brasil. Em 1.955 fundava o Clube dos Jornalistas, De 1.967 a 1.968 foi membro da Comissão de Relações Públicas

do Sindicato

dos

Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de


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Janeiro. De 1.969 a 1.970 foi Diretor da Caixa de Auxílios da Associação Brasileira de Imprensa e de 1971 à 1.972 foi Assessor do Departamento de Assistência Social da ABI. Participou como membro da Comissão de Imprensa e Propaganda do I Encontro Nacional

de

Imprensa

Especializada,

promovido pela Associação Brasileira de Imprensa, nos dias 27 a 31 de outubro de 1.969.


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CURSOS

Possui os seguintes diplomas e certificados de curso de extensão universitária: Seminário de Educação para o Trabalho, promovido pela Associação dos Educadores do Brasil, no Clube de Engenharia e "Correio da Manhã", I Seminário de Comércio Exterior, promovido pela Confederação Nacional da Indústria, na


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Revista de Política e Administração e, "Correio da Manhã", cursou também os Altos Estudos

dos

Problemas

Brasileiros,

promovido pela "UFRJ" (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Sociedade Brasileira de Geografia, cursou os Altos Estudos

dos

Problemas

Mundiais,

promovido pela Sociedade de Geografia, na "UFRJ" (Universidade Federal do Rio de Janeiro), cursou ainda os Altos Estudos dos


96

Problemas Amazônicos, promovido pela ADESG, no Clube de Engenharia, o I Seminário de Previdência Social, promovido pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, o I Encontro de Turismo do Estado da Guanabara, promovido pela Secretaria de Turismo do Estado da Guanabara, cursou a Seguridade Social, promovido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, o I Seminário


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de Relações Públicas, promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro.

A família Vianna

Mário de Medeiros Vianna desde muito cedo mostrava vocação para a carreira

de

jornalismo, vindo de uma família de classe


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média alta, onde ele era o caçula de quatro irmãos (Carlos, Aramina e Brigida ). Mário era paparicado muito pelos seus pais Carlos de Souza Vianna e Aramina de Medeiros Vianna, por conseqüência de uma deficiência na vista, que logo foi solucionada com uma operação submetida em Paris, assim que era adolescente. Sendo filho de um baiano, casado com uma mineira, Mário teve logo a quem puxar seu


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pai que era um diplomata, Delegado Geral dos Serviços de Propaganda do Mate na Europa bem sucedido e além de ser jornalista também resolveu seguir as trilhas do seu patriarca. Mário logo que completou a maior idade, homem já feito, casou- se com a costureira pernambucana Eulina de Medeiros Vianna que era viúva e já tinha três filhos (Jurandir, Antônio e Epaminodas) do seu primeiro


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relacionamento. Então ele acabou acolhendo os meninos como se fossem seus filhos, dando a eles seu sobrenome. Logo mais tarde, Mário e Eulina tiveram um casal de filhos (Rui e Marilina). A família estava completa, mas nada era eterno, seu pai Carlos de Souza Vianna veio a falecer e logo em seguida sua mãe, Aramina que morreu ao beber um cálice de licor, devido a um derrame. Ali era um fim de uma família de


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classe m辿dia alta que vivia nas altas rodas da sociedade do Rio de Janeiro. Sua m達e, Aramina, ent達o nem se falava, considerada uma mulher requintada, fina, elegante, por ser uma mulher bonita era admirada pelos olhares das pessoas por onde passava, principalmente pelos homens, que chegava arrancar suspiros. Uma mulher da Elite do Rio que vivia com seu marido no Cassino da Urca, onde sempre costumavam freq端entar


102

quando estavam no Brasil. Mas infelizmente seu pai Carlos de Souza Vianna sofria de um grande mal, o vício do jogo, acabou perdendo tudo que tinha, enfim indo a falência, não deixando nada para seus filhos com sua morte. Quem diria sua mãe que vivia coberta de jóias caríssimas e acompanhada sempre de seu chofer, e sua dama de companhia, acabaram na miséria. Desde então Mário tomou horror a qualquer tipo de jogos, a


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partir daquele fato e momento que viveu que presenciou ao lado de seus pais. .

Mário sofreu mais uma perda na família, a morte de sua irmã Brígida, que era doente mental. Só restando na família então, Medeiros Vianna, ele e sua irmã Aramina, que era casada com o joalheiro Álvaro Baltazar com quem tinha três filhos (Anette, Álvaro e Aramis).


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Documentário sobre a vida e obra de Mario Vianna

O documentário "Vida & obra do jornalista Mário de Medeiros Vianna" conta a saga dos jornalistas da família "Vianna", passada de


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geração em geração, de pai para filhos, e de avô para neta. Conta a história do Delegado Geral dos Serviços de Propaganda do Mate, Carlos de Souza Vianna e dos jornalistas, Carlos Eugênio e Mário de Medeiros Vianna. O Enredo foca sobre a verdadeira fundação da

"ABI"

(Associação

Brasileira

de

Imprensa), que foi fundado no dia 7 de abril de 1908, numa sala de redação do jornal "O País", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua


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Gonçalves Dias, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, e que completou em 2008, 100 anos de existência. Fundada pelo jornalista, Gustavo Lacerda (irmão de Carlos Lacerda), Carlos de Souza Vianna, que atualmente não consta na relação como sendo um dos principais fundadores, entre vários outros jornalistas, existente no hall térreo do edifício "Herbert Moses", localizado, na Rua Araújo Porto Alegre, Centro da cidade.


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O jornalista Mário e seu irmão Carlos Eugênio de Medeiros Vianna em 1932 iniciaram suas carreiras de jornalistas, trabalhando no jornal "Correio da Cidade". Após o falecimento do seu irmão Carlos Eugênio em 11 de abril de 1946, o jornalista Mário Vianna prosseguiu sua carreira nos principais jornais como o "Correio da Noite", "Diário da Noite e Carioca", "Força da Razão", "Luta Democrática", "O Popular", "O


108

Globo", "O Mundo", "Última Hora", "Folha do

Rio",

Trabalhista",

"Diário

Trabalhista",

"Correio

da

"Voz

Manhã",

"Vanguardas", rádios "Nacional" e "Mauá". Mário, nas décadas de 69 a 70, exerceu o cargo de "Diretor de Caixa de Auxílios da ABI", de 71 a 72, foi também "Assessor do Departamento de Assistência Social da ABI", além de ser membro da "Comissão de Imprensa e Propaganda do 1º Encontro


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Nacional de Imprensa Especializada", realizados nos dias 27 a 31 de outubro de 1969. Jornal da "ABI", que parou de circular, s贸 voltou no ano de 2004, a todo vapor. O doc faz uma passagem por lugares hist贸ricos, onde a fam铆lia "Vianna" passou como Confeitaria Colombo e Cassino da Urca.


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Dedicat贸ria de sua neta Fl谩via Vianna

Carta aberta:

"Tudo o que eu queria te dizer"


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Querido Vovô Mário;

Hoje é um dia muito especial pra mim, é o dia do seu aniversário, em que estaria completando 100 anos de vida, de mais uma primavera. Mas que infelizmente por conseqüência mesmo da vida, do destino, ordem natural das coisas, da natureza. Todos nós seres humanos: nascemos, crescemos e morremos um começo, meio e


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fim, não está aqui, mas conosco para compartilhar esta data tão especial e significativa de toda a nossa família "Vianna". Mas pode ter certeza, que enquanto eu viver, sempre me lembrarei de você, seja onde eu estiver, levarei você sempre meu querido vovô Mário, dentro do meu coração. Escrevo - lhe esta carta aberta para compartilhar com todos os meus amigos, parentes e familiares que seguem o meu blog,


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que um dia teve o enorme prazer de conhecêlo, da importância que o senhor tem em minha vida, quer dizer em nossas vidas, minha, do meu irmão, da minha mãe e do meu pai, desde dia que eu nasci, abri os olhos e vi o mundo pela primeira vez. E quando me lembro desta data, dia 03 de dezembro, volto no tempo, e me recordo da minha velha infância, dos meus primeiros passos, das minhas

primeiras.

Palavras,

quando


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pronunciei a palavra "vovô". Este homem que um dia conheci, tive o prazer e a honra de conviver durante toda a minha vida, Mário de Medeiros Vianna, ou simplesmente Mário. Este homem íntegro, honesto, justo, implacável, soberano, que aprendi amar, a respeitar e admirar. Este grande jornalista de idéias extraordinárias, que nunca desistiu de lutar pelos seus ideais e de acreditar nos seus sonhos. -Um dia, um amigo meu, me


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perguntou da onde vinha essa admiração e esse amor todo? E toda vez que eu tocava no seu nome e começava a falar do senhor, meus olhos enchiam-se d'água. Realmente não têm explicação, é um amor incondicional, de neta para avô e vice- versa. Mal sabe o senhor, que resolvi seguir os seus passos, de seguir a carreira de jornalista. Que bobagem a minha! Claro que o senhor sabe esta aí em cima olhando por todos nós aqui na terra.


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Lembra-se? Quando o senhor saía todo os dias de terno e gravata com sua pasta "007" para bater ponto na ABI. Eu aproveitava, e saia correndo pro seu escritório pra mexer nas suas coisas. Sempre fui curiosa, desde pequena! E quando o senhor voltava de noite, e vinha que alguém tinha mexido nas suas coisas, ficava brabo comigo. Ou então, mesmo, quando ficava admirando o senhor sentado na cadeira digitando na sua


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máquina de escrever os seus artigos. Ah, vôzinho! O senhor não sabe a emoção que foi pra mim, quando pisei pela primeira vez na "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa), e conheci o lugar que você passava a maior parte do seu tempo, aonde trabalhou como auxiliar de caixa, e outras coisas, que dedicou toda a sua vida e sua carreira de jornalista. Sabia? Que o senhor é muito querido por lá! Conheci o seu Serafim de


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Souza (ascensorista), que já é um senhor, mas que deu um depoimento emocionante pro documentário

que ainda

estou

preparando pro senhor com todo o meu carinho, amor e dedicação. Neste momento, as minhas lágrimas foram ao chão. Conheci também seu Candinho, que inclusive me mostrou a sua ficha que está lá até hoje guardada no arquivo de registro da ABI. Como sócio e membro. E tive ainda a honra


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de conhecer o Presidente da ABI, o senhor Maurício Azedo, que foi super gentil me dando toda atenção e autorização pra gravar seu documentário "Vida sete obra do jornalista Mário de Medeiros Vianna". A maior honra pra mim foi o dia, que o tio Rui me entregou, me deu de presente, todas as suas coisas, não sabia direito o que tinha dentro de todas aquelas pastas, na verdade não tinha noção, que havia conteúdos de


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material e de textos, que até então desconhecia. Fatos importantes e históricos da família "Vianna". De uma geração de jornalistas passada de pai para filhos, e de avô para neta, que eu tanto almejava e tinha tanta curiosidade de mexer, tocar, ver, e ler com os meus próprios olhos. A importância que a família "Vianna" tem dentro do jornalismo brasileiro, que pros outros não tem valor nenhum, mas que pra mim tem


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um grande significado especial é riquíssimo. Vovô queria te pedir desculpas também pelas suas netas, Laís e Laisa, principalmente pela Laís, naquele dia do Show "Brasil Pandeiro", no tributo que fiz ao compositor baiano Assis Valente. Em que eu, sua neta idealizou, dirigiu, produziu, e apresentou, não importa agora. Mas eu, Flávia, queria fazer uma homenagem

digna

do

senhor,

que

exatamente no momento que estava falando


122

do senhor, a criatura da Laís me vira às costas. Aquilo pra mim foi o fim da picada, uma falta de respeito com o senhor, porque afinal de contas, ela querendo ou não, o senhor é avô dela, não sei se digo felizmente ou infelizmente. Mas era, mas do que justo, eu tocar no seu nome, naquela ocasião, porque sem o senhor, nem eu saberia que um dia, o senhor, vozinho, foi assessor do compositor baiano Assis Valente, não saberia


123

da sua história, não saberia até mesmo que ele existia que Assis atualmente está esquecido na mídia. Nada daquilo teria acontecido, a realização daquele show, que foi uma noite mágica, inesquecível, que passou tão rápido, mas que pra mim foi tão importante pra minha carreira, pro meu currículo. Mas mesmo assim, obrigado vovô! E quero me desculpar mais uma vez, daquela homenagem que eu queria poder fazer pro


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senhor, que não esteve a sua altura como o senhor merecia. Realmente, a Laís não sabe valorizar o grande avô que ela teve e que um dia conheceu, e teve a honra de conviver, é lamentável. Tenho mas uma coisa pra te contar, o senhor sabe que o Gustavo está morando em Praga? E nesse ano de 2010, ele já veio duas vezes ao Brasil nos visitar. Vovô, você ficaria tão orgulhoso dele, cada vez mais, ele está parecido com o senhor, na


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maneira de andar, de falar, de se vestir, de expressar e de se comportar. Parece que estou vendo o senhor na minha frente, o Gustavo é o seu reflexo em pessoa, como diz aquela frase, "tal o pai, tal o filho", é ao contrário "tal o avô, e tal o neto", mas quem é "netos de peixe, peixinhos são". Também tivemos quem puxar, ao senhor! As suas qualidades, o seu jeito: o Gustavo puxou- o com sua inteligência e eu com suas idéias, e


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criatividades geniais. Somos idênticos até nos horários britânicos, na pontualidade e na organização. Nós, seus netos Flávia e Luiz Gustavo temos o imerso orgulho de ter o seu sangue e sermos netos de homem tão perspicaz. Só tenho pena de Laís e Laisa serem tão diferentes de nós dois. Mas espero retribuir com todo o meu amor, carinho e dedicação que nos deu, principalmente de continuar lutando, persistindo de ser uma


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grande jornalista como o senhor foi um dia, por que a luta continua, a saga de jornalista da família "Vianna", se depender de mim nunca vai morrer. Vou fazer o possível e o impossível de manter a chama acesa e dar continuidade nessa missão que o senhor me encarregou. Fazendo jus a história ao nome da nossa família. Espero superar todas as suas perspectivas e objetivos, ainda ser cumpridos, eu prometo. É o meu dever como


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neta, minha obrigação. Termino esta carta, é tudo que eu queria lhe dizer neste dia tão especial, meu querido vozinho. Que o senhor descanse em paz, que tenha muita luz e que continue nos olhando, e nos protegendo aí de cima, pobres mortais. E com certeza, estará sempre em nossos corações. Te amamos muito!


129

Saudades eternas de seus netos Luiz Gustavo e Flรกvia, filha Marilina e genro Adilson! Um Feliz aniversรกrio!

Ass.: Flรกvia Vianna Almas! Assessora e Jornalista.

O jornalista Mรกrio de Medeiros Vianna sempre foi um homem honesto, justo,


130

íntegro, respeitado, adorado, amado por todos os seus colegas de profissão, jornalistas como ele. Um homem inteligente de idéias extraordinárias, que estava sempre em busca da verdade, nua e crua. E que nunca deixou de acreditar nos seus ideais e principalmente nos seus sonhos, de brigar, de lutar por um mundo melhor e justo para a nossa sociedade brasileira.


131

Este site é uma homenagem da sua família "Vianna", de sua filha Marilina e do seu genro Adilson Geraldo Nunes Almas, e de seus netos Luiz Gustavo e Flávia Vianna Almas, ao seu legado, a sua vida, a sua obra, tudo que nos ensinou como educação, amor, respeito ao próximo, carinho, afeto e compreensão, tudo que representaste em nossas vidas durante ao longo de seus anos de toda a sua existência aqui conosco. Nós te


132

amamos e para sempre vamos te amar, eternamente. Porque Mário de Medeiros Vianna?

Para

sempre

será

Mário

simplesmente Mário. E é mas uma forma de te homenagear pelos seus 95 anos, completados no dia 3 de dezembro de 19152010.

E também um tributo de seus amigos queridos da "ABI" (Associação Brasileira de


133

Imprensa), que não estão aqui mais na terra como você, que são Abstal da Silva Loureiro e Barbosa Lima Sobrinho. Que este grande jornalista e homem conquistou e cativou durante ao longo de sua jornada com a sua simpatia, alegria de viver etc.

E viva a liberdade de expressão!

De sua neta e família,


134

Flรกvia Vianna, Luiz Gustavo Vianna, Marilina Vianna e Adilson Geraldo Nunes Almas.

Mario Vianna era poeta

Noite de amor


135

Quando vieram Ă noite

Que na calada da noite

Para ver me criola

Confessando- me que a amo muito

Que seus olhos brilhavam


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Como as estrelas de uma bela noite

E que seu coração está caliente

Como o sol

Eu olho profundamente para o oceano

E seus cabelos negros como


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Uma a noite escura

E porque queres agora acabar

R este amor que nasce

Para nunca mais acabar


138

Para que me fazer sofrer

Eu vou ficar muito triste

E enfim a minha coragem arrasada


139

E porque esta distância eterna.

Mário Vianna

Os filhos

O tempo foi passando, seus filhos Jurandir, Antônio, Epaminodas, Rui e Marilina foram


140

crescendo, e cada um deles seguiu o seu caminho. Jurandir casou- se com Jandira com quem teve duas filhas, Jurema e Valéria; Antônio casou- se com Vera, mais não teve filhos biológicos, só a enteada Regina, que considerava como se fosse sua filha do primeiro casamento de sua esposa; Epaminondas, como era conhecido e chamado pelos seus pais de Lando casou- se com Cléa com quem teve um casal de filhos,


141

Jorge e Lana; Marilina casou- se com Adilson Geraldo Nunes Almas que era formado em ciências contábeis com quem teve um casal de filhos, Luiz Gustavo e Flávia Vianna. Mas nenhum de seus filhos, enteados e biológicos seguiu a carreira do patriarca; Jurandir trabalhava mais não fez faculdade, Antônio era caminhoneiro, Lando tinha uma agência de automóveis e sua única filha mulher,


142

Marilina que era sua esperança virou dona de casa.

Mas mesmo assim Mário estava feliz ao lado de sua esposa Eulina, com seus filhos encaminhados, porque sua família tinha aumentado com a chegada de seus netos, cheios de esperanças, alegrias, realizações de um futuro incerto, melhor para essa nova geração que estava se renovando. Mas com a


143

certeza de que um deles pelo menos seria o seu sucessor e que a família "Vianna" não tinha acabado e sim, estava recomeçando.

Os netos e bisnetos


144

Os anos foram se passando, a idade foi pesando cada vez mais, seus netos foram crescendo e o jornalista Mário de Medeiros Vianna não era o jovem de antes junto da sua companheira Eulina de Medeiros Vianna. Seus netos postiços Jurema casou- se com Marcos com quem teve uma filha, Natália; Valéria casou- se com Siqueira com quem teve uma filha, Laila; Regina casou- se com


145

Mário com quem teve três filhos, Lana, Jorge e Mário; Jorge casou- se com Ítala com quem teve três filhos; Janaína, Danusa e Maximiliano, Lana casou- se com Jorge com quem teve cinco filhos, Roberto, Ricardo, Reinaldo, Fabrício, mais seus netos biológicos, de sangue, Luiz Gustavo e Flávia Vianna eram muito novinhos, pois tinham um caminho ainda todo pela frente, estavam numa fase escolar e de descobertas. Mário


146

além de avô postiço era também, agora bisavô de 10 binestos, sua família a cada dia que passava vinha crescendo, mais nenhum deles fizeram faculdade e teve vocação para a carreira de jornalismo. Mas mesmo assim Mário mantinha a esperança que ainda restava entre os seus dois netos legítimos. Luiz Gustavo, seu neto mais velho, estudava no Colégio Instituto Nossa Senhora da Piedade, no ginásio e sua neta Flávia


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estudava no Colégio Barciela, e estava no primário, na 3asérie. Ainda muitas águas iam rolar por debaixo da ponte, até que seus netos completassem a maior idade e descobrirem realmente sua verdadeira vocação, e se ele estaria vivo até lá para vê- los crescer, e cada um deles tomassem o seu rumo e seguissem os mesmo passos que seu avô trilhou para ele.


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Os amigos

Mesmo aposentado o jornalista Mario de Medeiros Vianna continuava na ativa, nao deixava de comparecer todos os dias e


149

marcar seu ponto e sua presença no prédio da abi “(associação brasileira de imprensa) antigo edifício que era conhecidos por todos como Herbert Mozart já que era suplente de seu pai Carlos de Souza Vianna tinha sido um dos principais fundadores da abi, localizado na Rua Araujo porto alegre no centro de cidade, alem de seu aprceiro de trabalho de jornalismo de muitos trabalhos e projetos idealizados juntos, abstal da silva


150

loureiro, Mario tinha um circulo de amizades muito boas, entre as personalidades famosas estava os amigos conhecidos pela imprensa brasileira como Jose alexrande Barbosa lima sobrinho, oâ€? Barbosa lima sobrinho" como era mais chamado por todos, Jonas block" presidente da antiga rede manchete, entre outros, como o Dr. Irineu Roberto marinho " presidente das organizaçþes globo de jornalismo". O jornalista Mario era muito


151

querido por todos os amigos de imprensa que se relacionou e criou laços de amizade, como o Barbosa lima sobrinho que ocupava a cadeira de abl (academia brasileira de letras) com quem teve mais afinidade. Sempre que podia Mario ia visitar o amigo jornalista que residia numa casa, na rua assunção em botafogo. Entre badalações, coquetéis, eventos e festas, o jornalista Mario de Medeiros Vianna podia se considerar um


152

homem feliz em toda sua vida e profissão, mais com algumas pendências como projetos que nao saíram do papel, que nao conseguiu realizar e concretizar. Mais nada é perfeito, a nada é como a gente quer “sonhar nao custa nada.

A viajem O jornalista Mario de Medeiros Vianna e sua esposa dona eulina de Medeiros Vianna, em


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meados de julho de 1990 se mudaram juntamente com sua filha marilina, genro e netos para o estado do Pará, devido à empresa caemy de seu genro, Adilson que o transferiu para lá. Por causa do projeto Jarí que eles tinham implantado na mata amazônica. Mais eles ficaram morando praticamente durante seus meses, no centro de Belém, localizado na Rua Nazaré, num apartamento de três quartos e varandas e na


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casa cômodo, onde residiu o presidente da copaza (rede de água) que morava com sua família na cobertura do edifício. Os netos do jornalista estudavam no colégio moderno, onde tinha estudado a cantora Fafá de Belém. Assim que vieram passar as festas de fim de ano no rio com os parentes. A família ficou hospedada na casa de sua sobrinha Iracema, filha do segundo casamento de sua Irma aramina casada com Cervantes, que era


155

recém separada de Vavá com quem teve um casal de filhos, Fernanda e Fabrício. “Mais seu genro Adilson acabou arrumando outro emprego através do seu amigo marco Aurélio, que o convidou para trabalhar com ele numa empresa multinacional japonesa “Nec do Brasil” que um dos maiores de seus acionistas era o Dr. Irineu Roberto marinho” presidente das organizações Rede Globo", que acabou aceitando o convite. A família


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Vianna ficou morando na casa de seus parentes num período de três meses, enquanto procurava apartamento para alugar assim que conseguiram alugar um apartamento localizado na Rua Paissandu, numero 258, apt 304, no bairro do flamengo. Eles de mudaram enquanto o seu genro Adilson ainda voltou a Belém para buscar a mudança. Assim que estavam tudo acertado, resolvido em seu devido lugar, a vida da


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família estava normalizada, seus netos estavam matriculados, Luiz Gustavo no colégio Zacarias cursando o segundo grau que logo em seguida, no outro ano de 1991 foi estudar no colégio instituto Tamandaré, num curso preparatório para seguir a carreira militar, que era maior sonho do jornalista que seu neto seguisse a carreira militar, como seu avo Antonio Vianna que era general. E sua neta Flavia que já


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estudava, e que voltou a estudar no colégio barciela que logo em seguida se transferiu para o colégio instituto metodista de Bennett. Mais a alegria do jornalista Mario Medeiros Vianna durou pouco apesar de ter vivido e curtido poucos momentos que ainda restava de sua vida junto a sua família. Essa foi a sua ultima viajem que ele fez a Belém de ter visto, conhecido tão famoso! “Sírio de Nazaré” a única festa do paraense de fé e oração que é


159

considerado um tradição no Pará e ter provado pela ultima vez a comida típica do estado como o pato no tucupi e o bombom e o sorvete de cupuaçu. o jornalista estava tão feliz com sua volta ao rio de janeiro ao lado de sua família, da sua querida terra natal, mal sabia ele que seus últimos dias de vida já estavam contados. no dia 3 de dezembro quando o jornalista completava 76 anos de idade, sua família estava toda reunida para


160

comemorar seu aniversario, era como eles gostava casa cheia de gente, rodeados de amigos, parentes, filhos, netos, e bisnetos. esses foram os últimos dias do jornalista, de sua vida, que antecederam á sua morte. no dia 8 de dezembro de 1991, " dia de nossa senhora de conceição" o jornalista passou mal de madrugada onde residia com sua família na rua Paissandu, numero 258,apt 304. assim levado de ambulância para o


161

hospital Miguel couto, localizado no bairro do Leblon, e veio a falecer as 10 horas da manha devido a causa de um AVC " acidente vascular cerebral". mais no mesmo dia que Mario passou mal e foi levado para o hospital, sua esposa eulina tambĂŠm passou mal e foi levada para o hospital de cardiologia de laranjeiras de carro pelo seu neto Jorge que estava com ela em casa. a esposa do jornalista teve um principio de


162

derrame, apos ter sofrido recentemente um enfarto, que ela teve que ficar internada alguns dias, mais nao ficou sabendo da morte de seu marido, e nem esteve presente em seu enterro, no dia anterior ao seu falecimento. o jornalista de idĂŠias inĂŠditas , Mario Medeiros Vianna, cujo homem que a vida inteira lutou pelos seus ideais, no qual exercia o papel numa sociedade brasileira como a nossa, de homem Ă­ntegro, honesto


163

que cumpria com todos os seus deveres de cidadão nos deixava para sempre. deixando esposas, filhos, netos e bisnetos desolados. Mario foi enterrado no cemitério da pechincha ás 10h00min horas da manha, em Jacarepaguá, do dia seguinte velado na capela à noite pelos seus familiares, amigos como abstal da silva loureiro que era seu parceiro de jornalismo de muitos projetos, como também parentes, filhos, netos e


164

bisnetos. Adeus ao homem cheio de virtudes, qualidades e defeitos como qualquer ser humano tem. Mais ao homem cheio de coragem e com coração. A historia e a trajetória de um jornalista que lutou pelos seus direitos de igualdade, que lutava pela desigualdade de classes sociais. Apesar e seu corpo nao estar mais presente, vivo, mais seu espírito permanece aceso, presente em nossas vidas e corações. Assim que a esposa do


165

jornalista recebeu alta do hospital de cardiologia, soube da sua morte através de sua filha marilina que deu a ela á noticia se conformou com a morte do companheiro. Mario Medeiros Vianna, mais de 40 anos na imprensa carioca, tendo trabalhado nos diários associados, na radio tupi, mayring Veiga e nacional, e ainda nos jornais: diários de noticias, o globo, o radical, diretrizes e outros. Deixou viúva eulina Medeiros Vianna


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almas, casada com o economista Adilson Geraldo Nunes almas e dois netos.

O documentário O documentário "Vida & obra do jornalista Mário de Medeiros Vianna" conta a saga dos jornalistas da família "Vianna", passada de geração em geração, de pai para filhos, e de


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avô para neta. Conta a história do Delegado Geral dos Serviços de Propaganda do Mate, Carlos de Souza Vianna e dos jornalistas, Carlos Eugênio e Mário de Medeiros Vianna. O Enredo foca sobre a verdadeira fundação da

"ABI"

(Associação

Brasileira

de

Imprensa), que foi fundado no dia 7 de abril de 1908, numa sala de redação do jornal "O Pais", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua Gonçalves Dias, no Centro da cidade do Rio


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de Janeiro, e que completou em 2008, 100 anos de existência. Fundada pelo jornalista, Gustavo Lacerda (irmão de Carlos Lacerda), Carlos de Souza Vianna, que atualmente não consta na relação como sendo um dos principais fundadores, entre vários outros jornalistas, existente no hall térreo do edifício "Herbert Moses", localizado, na Rua Araújo Porto Alegre, Centro da cidade.


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O jornalista Mário e seu irmão Carlos Eugênio de Medeiros Vianna em 1932 iniciaram suas carreiras de jornalistas, trabalhando no jornal "Correio da Cidade". Após o falecimento do seu irmão Carlos Eugênio em 11 de abril de 1946, o jornalista Mário Vianna prosseguiu sua carreira nos principais jornais como o "Correio da Noite", "Diário da Noite e Carioca", "Força da Razão", "Luta Democrática", "O Popular", "O


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Globo", "O Mundo", "Última Hora", "Folha do

Rio",

Trabalhista",

"Diário

Trabalhista",

"Correio

da

"Voz

Manhã",

"Vanguardas", rádios "Nacional" e "Mauá". Mário, nas décadas de 69 a 70, exerceu o cargo de "Diretor de Caixa de Auxílios da ABI", de 71 a 72, foi também "Assessor do Departamento de Assistência Social da ABI", além de ser membro da "Comissão de Imprensa e Propaganda do 1º Encontro


171

Nacional de Imprensa Especializada", realizados nos dias 27 a 31 de outubro de 1969. Jornal da "ABI", que parou de circular, s贸 voltou no ano de 2004, a todo vapor. O doc faz uma passagem por lugares hist贸ricos, onde a fam铆lia "Vianna" passou como Confeitaria Colombo e Cassino da Urca.


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Estrela Dalva

A minha estrela "Dalva" De noite a solidão vem me recordar, “de noite canto mais alto para nao chorar e lembro quando minha vão cantava para eu embalar meu sono” oh , jardineira porque estás tão


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triste, mais o que foi que te aconteceu, foi à camélia que caiu do galho deu dois suspiros de depois morrei, foi à camélia que caiu do galho deu dois suspiros de depois morreu, vem jardineira, vem meu amor, nao fique triste esse mundo é todo seu tu é muito mais bonita que a camélia que morreu. me lembro como se fosse hoje, ela está sempre presente em nossas vidas em nosso corações e em nossa memória. de dia a saudade que me


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acordar mais cedo, e sempre que vejo a borboleta azul voando por perto, sei que é ela que está nos protegendo e guiando nossos passos. minha vó assim que faleceu disse antes de morrer: que quando ela fizesse a sua passagem, ela nao iria aparecer para nós , porque tínhamos medo, mais que sua missão estava cumprida e nao voltaria em outras vidas, essas fora suas ultimas palavras. mais quem conheceu essa mulher baixinha


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pernambucana, de pulso forte, guerreira, valente, corajosa, arretada, sabia, matriarca, da família Vianna, esposa fiel , mãe de 5 filhos dedicada, avó de oito netos amorosa, aprendeu na dor a lutar pelos seus ideais desde cedo e sempre soube esperar as coisas acontecerem no seu devido tempo, eu nasci de dia, neta de uma estrela "DALVA" e essa estrelinha cantava todos os dias para mim ninar, eu já era uma menininha de


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sorte,abençoada por ser neta de uma mulher determinada,, incrível, determinada, extraordinária,, eu crie morei e passei a maior parte da minha infância e adolescência com ela,, até os meus 17 anos, mais Deus levou minha vó muito cedo, aos 86 anos de idade, por uma arritmia cardíaca.a ultima pessoa a ver minha avó no hospital antes de morrer foi meu irmão Luiz Gustavo. e hoje dia 14 de maio de 2010, é um dia muito especial para


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nós, é o dia do aniversario que sempre lembramos todos os anos que passa, nunca esqueceremos. Mais hoje é um dia mais que especial porque se minha avó estivesse entre nós completaria 100 anos do seu nascimento. Vamos celebrar, afastando nuvens para iluminar essa noite tão especial, porque a minha avó, a minha estrela "Dalva" era um ser de luz, amor, de alegria contagiante. É como se ela estivesse aqui neste momento,


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vejo aquela senhora baixinha, de pela clara, cabelos brancos como a nuvem, de olhos azuis, vaidosa, que fazia pose para tirar foto, com um sorriso largo, com a Mao na cintura, sempre de bem com a vida. Todo o ano dia 2 de fevereiro jogo รกgua de cheiro para iemanjรก: jogou sua rede, oh pescador! Encantou-se com a beleza desse lindo mar, dois de fevereiro, jogo รกgua de cheiro para iemanjรก. Eulina de Medeiros Vianna teve


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cinco filhos, Jurandir, epaminodas (lando), Antonio, rui e marilina. Eulina Medeiros Vianna teve cinco noras e um genro, Cléa que foi casada com seu filho Epaminondas chamado por lando que se casou novamente com Nair boccaso pinto, vera que foi casada com Antonio, Jandira que foi casada com Jurandir, Maria cândida sobreira que foi casada com rui e Adilson Geraldo almas que é casado com marilina. Eulina de Medeiros


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Vianna teve oito irmãos, Julia que nao casou que era doente Filomena que teve dois filhos chamados Aldo que teve dois netos e Alda rosa (jornalista) e uma neta, thaisa Travassos, Maria que teve um filho chamado Nilo e uma neta Paula, neném que teve um filho chamado Mario lira e um neto, Tony, Bill que se casou mais nao teve filhos, Tavares que teve três filhos, Carlinhos, Olivia e Dayse e Jorge que teve um filho chamado Mario.


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No dia 13 de julho de 1994, sua neta FlĂĄvia Vianna completava 15 anos de idade com uma grande festinha. Realizada no salĂŁo de festas em Queimados, baixada fluminense, aonde reuniu amigos, parentes, familiares, filhos, netos e bisnetos. No meio do ano (julho) de 1992, Eulina de Medeiros Vianna, com sua filha Marilina, seus netos Luiz Gustavo e FlĂĄvia Vianna, seu genro Adilson Geraldo Almas, se mudavam


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para São José dos Campos, interior de São Paulo, devido novamente ao seu emprego. Seu genro trabalhava na Nec do Brasil. Eles moraram lá durante quase quatro anos. Quando no final do ano de 1995, voltavam para a cidade do Rio de Janeiro de vez. Eulina já estava muito doente, debilitada. Mas no ano seguinte, no dia 08 de fevereiro de 1996, falecia, devido a uma arritmia cardíaca. A família "Vianna" perdia sua


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matriarca. A missa de sétimo dia foi realizada na Igreja Santíssima Trindade, no bairro do Flamengo, aonde seus netos Luiz Gustavo e Flávia Vianna fizeram sua primeira comunhão. No meio do ano de 1990, Eulina de Medeiros Vianna, seu marido Mário de Medeiros Vianna, mas sua filha Marilina, seus netos Luiz Gustavo e Flávia Vianna, mas o seu genro Adilson Geraldo Almas, se mudava para Belém do Pará.


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Devido ao emprego dele. Seu genro trabalhava na empresa Caymmi (projeto Jarí). Moraram lá durante quase um ano. Mas voltaram no ano seguinte, em 1991. Seu genro mudou de emprego. Mas infelizmente neste mesmo ano, seu marido, Mário de Medeiros Vianna veio falecer no dia 08 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, seis dias depois do seu


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aniversário. Deixando Eulina Vianna viúva, cinco filhos e oito netos. Eulina de Medeiros Vianna ao longo de sua vida fez muitas amizades, grandes amigas como sua amiga, irmã de longa data, desde tempo de moça como a conterrânea e pernambucana Nila, que veio do Recife para passar umas férias em sua casa e acabou morando quase 1 ano em sua residência, na


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cidade do Rio de Janeiro. Mas acabou falecendo anos depois. Sua vizinha Efighênia e sua filha Alessandra que residiam no mesmo edifício e andar (décimo), na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Eulina criou uma amizade tão grande que sempre que fazia inhoque aos domingos dava um pouquinho pra elas comer. As vizinhas adoravam e sempre


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retribuíam com docinhos que faziam para os netos Luiz Gustavo e Flávia. Amiga da família, Hilda, com sua filha Christina Reis Silva era amiga de sua filha Marilina, seu genro Luis era amigo do seu genro Adilson Geraldo, e seus netos Christiano, André Luis, principalmente Eduardo Luis era amigo de futebol de seu neto Luiz Gustavo. A família se dava muito bem, viviam em festas tanto na casa dos


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"Vianna" como os do "Silva". Viajavam juntos, participavam tanto dos momentos alegres e tristes uns dos outros no decorrer da vida. Mas infelizmente por conseqßência da vida, perderam o contato. Sebastiana e seu marido MoisÊs, que era amigo de trabalho do seu genro Adilson Geraldo Almas, se conheceram durante a viagem de BelÊm, ficaram grandes amigas, e


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nĂŁo se largaram, mas. Viviam lanchando uma na casa da outra quando podia. No dia 14 de maio de 1990, Eulina de Medeiros Vianna, comemorava junto com seus amigos, parentes, familiares, filhos, genros, netos e bisnetos seus 80 anos de vida. Numa grande festa realizada no play do seu edifĂ­cio, da Rua Senador Vergueiro, no bairro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Aonde residia com o seu marido


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Mário de Medeiros Vianna, a sua filha Marilina Vianna e seu genro Adilson Geraldo Nunes Almas e seus netos Luiz Gustavo e Flávia Vianna Almas. Uma despedida sua de seus amigos, parentes, familiares, filhos, netos e bisnetos para sua inda no meio do ano para a cidade de Belém, Estado do Pará. Ternas lembranças, de tantas madrugadas Que por belas músicas foram regadas, Que muito sentia, quando chegavam ao fim.


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Tantas lembranças de noites enluaradas, Quando sentia a curtição, de tantas baladas, São saudades, que hoje, moram junto de mim.

Sol nascendo, vendo as estrelas já apagadas, Mente viajando, por garrafas de vinho tomadas, Quantas vezes, esse poeta, essa cena viveu. Caminhando sozinho pelas estradas,


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Nem se lembrando mais das namoradas, Que em noites divertidas conheceu.

Saudades, que continuam na mente gravada, Saudades, que hoje estĂŁo sendo relembradas, Por esse poeta, que esta relatando aqui. Partes da vida, para serem festejadas, Que deixaram inĂşmeras noites marcadas, Dessa linda ĂŠpoca, que por tanto tempo vivi.


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Relembro músicas, em serenatas cantadas Quando flores, para elas eram jogadas E de volta, muitos beijos e palmas em salva. Depois sozinho, já andando pelas calçadas, E já com saudades, daquelas belas fadas, Mas já não me ouvia, nem a estrela Dalva. GIL DE OLIVE


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Depoimento

do

ascensorista

serafim de Souza

Seu Mario Vianna era uma pessoa muito querida aqui dentro principalmente eu que estava sempre com ele subia o elevador comigo, sempre sorriu, era 贸tima criatura, e quando eu soube que ele tinha falecido eu fiquei muito triste porque era uma pessoa


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que conviveu muitos anos aqui comigo, ele era uma pessoa ótima, então até hoje eu sinto saudade, alias de todos os jornalistas que já se foram que eram todos de meu tempo, mais seu Mario era uma pessoa muito querida, sempre tratava os ascensoristas com aquele carinho e humildade, muito educado!


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Contatos

MÁRIO DE MEDEIROS VIANNA

Assessora de Imprensa

FLÁVIA VIANNA


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Blogs: mriodemedeirosvianna.blogspot.com

E-MAIL: demedeirosvianna.mrio19@gmail.com

Cel.: (21) 7105-3002

http://


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Visite o site do compositor baiano Assis Valente:

http://www.assisvalente.no.comunidades.net


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Sidnei Ismail


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