8
RESPONSABILIDADE SOCIAL
fvcomunica.com.br
UMA DOSE DE AFETO GRUPO DE APOIO BUSCA RECURSOS PARA AJUDAR PESSOAS ATINGIDAS PELA COVID-19. reportagem MIRELLA SCHUCH
A
pandemia da Covid-19, que vivenciamos há mais de um ano, escancarou – para quem ainda não enxergava – tamanha diferença social e econômica existentes na sociedade. Diversos foram, são e ainda serão, os impactos que a doença deixará pelo mundo inteiro. Entendendo tratar-se de uma crise humanitária multifacetada, que exige medidas imediatas e multissetoriais e requer assistência de maneira imparcial à população para minimizar suas consequências adversas, o Gapa de Chapecó – Grupo de Apoio à Prevenção à Aids iniciou em março de 2021 o Afeto – Grupo de Apoio às Pessoas Atingidas pela Covid-19. O Afeto é uma ferramenta de acolhimento e cuidado, fortalecimento, empoderamento, trocas e orientações. Nas quintas-feiras, às 19h, via Google Meet, o Grupo sinaliza pessoas e famílias que necessitam ajuda e compartilha ideias, habilidades e recursos para auxiliá-las.
O AFETO ATENDE, ATUALMENTE, 15 FAMÍLIAS CHAPECOENSES.
JOAQUIM*, DE 34 ANOS, CONTRAIU O VÍRUS DA COVID-19 EM JANEIRO DE 2021 E FICOU INTERNADO POR 95 DIAS, LUTANDO PARA SOBREVIVER. DEPOIS DO OCORRIDO, FICOU ACAMADO E PASSOU POR DIFICULDADES FINANCEIRAS. SUA ESPOSA LARGOU O TRABALHO NA CIDADE ONDE RESIDIA E VOLTOU A CHAPECÓ PARA CUIDÁ-LO. ATÉ A PUBLICAÇÃO DESTA REPORTAGEM, ELE ESTAVA RECUPERADO E CAMINHANDO. A FAMÍLIA RECEBEU DOAÇÃO DE ROUPAS, CESTA BÁSICA, PÃES E CHIMIA. JOAQUIM CONTA QUE, ATÉ ENTÃO, NÃO TINHAM REDE DE APOIO.
ESTÁVAMOS NOS SENTINDO SOZINHOS. TODA AJUDA É BEM-VINDA E O PESSOAL DO AFETO SE PRONTIFICOU A AJUDAR, E ISSO É ÓTIMO! Ao conectar indivíduos, organizações e empresas socialmente engajadas e solidárias às pessoas em situação de vulnerabilidade, o Afeto busca sanar as necessidades que surgem nas áreas da saúde (mental, emocional e psicológica, reabilitação de possíveis consequências da doença); assistência social (segurança alimentar, geração de trabalho e renda); previdência (assessoria e orientação jurídica) e educação (apoio e reforço). Como explica o presidente do Gapa, Dirceu Hermes, não se pretende realizar um assistencialismo, mas dar suporte às pessoas e, gradativamente, integrá-las ao serviço público. “Estamos numa fase embrionária dessa rede de solidariedade, temos um limite de recursos e voluntários, mas ao abraçarmos uma família, buscamos auxiliá-la de forma integral e acompanhá-la até sua saída do Afeto”, reforça.