Anníbal, cafeicultor
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Norte do Paraná fascinara o jovem engenheiro Anníbal desde a primeira vez em que o visitou, em 1949, interessado em terras para comprar e começar a vida de cafeicultor. Embora sem a necessária experiência para enfrentar na prática esse desafio, havia sido ele preparado por uma das melhores faculdades de Agronomia do País. Confiante, encorajou-se a aplicar todo o dinheiro que possuía - e a endividar-se - na compra de uma propriedade em região que não conhecia, acreditando na seriedade dos homens da Companhia. Nascia ali a Fazenda Santa Júlia que, em 1950, receberia as primeiras 32 mil mudas de café. Três anos mais tarde, com o cafezal ainda em formação, a lavoura seria atingida seriamente por uma geada, fenômeno climático que se opunha à determinação dos pioneiros, constituindo sério obstáculo. Não raro, a adversidade destruía, da noite para o dia, todo um cafezal. Abatido, mas sem desanimar, Anníbal investiu na recuperação do café que, em 1955, seria quase que inteiramente prejudicado por outra geada, bem mais severa que a anterior.
Flamma 63