Cadáveres trazidos à luz Pela força do desassossego Essa força que arranca as raízes do coração.
Ouço ainda (Ou é ilusão dos sentidos?) A melodia branca O canto negro Essa voz de mágoa Que me persegue nos sonhos de noite fechada.
Agora é o violino que chora por estar em mãos desalmadas É o piano de emoções descontroladas. É esta a música, vinda daquele lugar, que paira no ar À espera de compaixão.
Sinto na pele arrepiada O vento forte, fraco. Brisa de mar ou de montanha? Certamente brisa de Lua cheia.
É este frio desconhecido Que acalma o ardor do coração Que quer lembrar o que esqueceu. Que quer lembrar o lugar Aonde nunca estando, esteve.
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