Abril de 2019 | Presto e Veloce 3

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25 26 ABR Presto

Veloce

FORTISSIMO Nยบ 6 / 2019


Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M

Presto

25/04

Veloce

26/04

ALESSANDRO CRUDELE, REGENTE CONVIDADO ALEYSON SCOPEL, PIANO


PROGRAMA

OTTORINO RESPIGHI Fontes de Roma

A fonte do Vale Giulia ao amanhecer

A fonte de Netuno pela manhã

A fonte de Trevi à tarde

A fonte da Vila Medici ao entardecer

CLAUDIO SANTORO Concerto para piano nº 1

Choro

Moda

Final

I N T E R VA L O

MAURICE RAVEL Pavana para uma infanta defunta

OTTORINO RESPIGHI Impressões Brasileiras

Noite tropical

Butantã

Canção e Dança

CLAUDE DEBUSSY / Maurice Ravel Dança


CAROS AMIGOS E AMIGAS,

Aleyson Scopel apresenta o seu envolvente Concerto para piano nº 1,

O primeiro regente convidado da

que a Filarmônica executa pela pri-

Temporada 2019, o italiano Alessan-

meira vez. Vemos aqui um exem-

dro Crudele, traz ao público de Belo

plo claro das fortes influências

Horizonte um dos cartões postais

nacionalistas que caracterizaram

musicais expressos pelo conterrâneo

a primeira fase de Santoro, seja na

Ottorino Respighi em sua homena-

escolha dos temas melódicos, seja

gem a Roma, aqui representada por

na vivacidade dos ritmos típicos

suas distintas e famosas fontes. Curio-

brasileiros.

samente, Respighi também manifesta em música sua experiência ao visitar

Ainda no programa, a pura beleza

o Brasil, inspirado pela atmosfera

da triste Pavana de Ravel e a alegria

tropical, exótica e alegre de nosso

expressa da Dança de Debussy.

país no início do século XX. Uma noite de grandes contrastes, Dando continuidade às comemora-

descobertas e emoções.

ções do centenário do composi-

FOTO: RAFAEL MOTTA

tor amazonense Claudio Santoro,

FA B I O M E C H E T T I


FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Diretor Artístico e Regente Titular

sua estreia no Carnegie Hall de Nova

da Orquestra Filarmônica de Minas

York conduzindo a Sinfônica de Nova

Gerais desde sua criação, em 2008,

Jersey. Continua dirigindo inúmeras

Fabio Mechetti posicionou a orques-

orquestras norte-americanas e é

tra mineira no cenário mundial da

convidado frequente dos festivais

música erudita. Além dos prêmios

de verão norte-americanos, entre

conquistados, levou a Filarmônica

eles os de Grant Park em Chicago

a quinze capitais brasileiras, a uma

e Chautauqua em Nova York.

turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,

Igualmente aclamado como regente

sendo quatro para o selo interna-

de ópera, estreou nos Estados Unidos

cional Naxos. Natural de São Paulo,

dirigindo a Ópera de Washington. No

Mechetti serviu recentemente como

seu repertório destacam-se produções

Regente Principal da Filarmônica

de Tosca, Turandot, Carmem, Don

da Malásia, tornando-se o primeiro

Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

regente brasileiro a ser titular de

Madame Butterfly, O barbeiro de

uma orquestra asiática.

Sevilha, La Traviata e Otello.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve

Suas apresentações se estendem

quatorze anos à frente da Orquestra

ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,

Sinfônica de Jacksonville e, atual-

Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-

mente, é seu Regente Titular Emérito.

lia, Japão, México, Nova Zelândia,

Foi também Regente Titular das sin-

Suécia e Venezuela. No Brasil, re-

fônicas de Syracuse e de Spokane,

geu todas as importantes orques-

da qual hoje é Regente Emérito.

tras brasileiras.

Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Fabio Mechetti é Mestre em Regência

Nacional de Washington, com ela

e em Composição pela Juilliard

dirigiu concertos no Kennedy Center

School de Nova York e vencedor do

e no Capitólio. Da Sinfônica de San

Concurso Internacional de Regência

Diego, foi Regente Residente. Fez

Nicolai Malko, da Dinamarca.


ALESSANDRO CRUDELE

Recentemente estreou nas salas Philharmonie Berlin, Tonhalle Zurich e Gewandhaus Leipzig. Uma de suas prioridades é trabalhar

Alessandro Crudele é um dos mais

com jovens artistas e colaborar com

notáveis e versáteis regentes italia-

orquestras jovens. Foi convidado

nos da atualidade. Em sua carreira

regular da Orquestra da Academia

internacional, dirigiu orquestras de

do Teatro alla Scala e conduziu a

prestígio como as sinfônicas de

Orquestra Jovem Internacional de

Bamberg, Berlim, Praga, Israel e

Monte-Carlo por dois anos.

Porto Casa da Música, Filarmônica da Malásia, Orchestra Sinfonica

Alessandro Crudele é natural de Milão

Arturo Toscanini, RTS Symphony

e atualmente vive em Berlim. Estudou

Orchestra, Israel Chamber Orchestra

violino e composição no Conserva-

e Hong Kong Sinfonietta.

tório Giuseppe Verdi e ainda jovem iniciou sua formação em regência.

Seus próximos compromissos inclu-

Na Accademia Chigiana, em Siena,

em apresentações com as orquestras

foi premiado com várias bolsas de

Thürigen Philharmonie Gotha-Eisenach,

estudo e com o prestigiado Diploma

Orchestra di Padova e del Veneto,

d’Onore. Ele também recebeu instru-

Shenzhen Symphony Orchestra, Filar-

ções de Christoph von Dohnányi e Sir

mônica de Monte-Carlo, Hong Kong

Simon Rattle. Seu repertório vai do

Sinfonietta e Filarmônica de Minas

século XVII à música contemporânea.

Gerais. Nesta temporada, Alessandro Crudele assume a posição de principal regente convidado da Radio Symphony Orchestra, em Belgrado. Desde 2000 é o regente principal da Orchestra UniMi, em Milão. Sob sua liderança, em poucos anos a orquestra obteve reconhecimento e hoje se apresenta com renomados artistas, como Paul Badura-Skoda, Natalie Clein, Ingrid Fliter, Viviane Mayer, Gerhard Oppitz, Vadim Repin, Fazil Say e Lilya Zilberstein.

FOTO: MARCO BORGGREVE

Hagner, Martin Helmchen, Albrecht


ALEYSON SCOPEL

traduzem a modernidade idiomática do instrumento. Seu primeiro CD, aplaudido pela crítica, reflete suas múltiplas facetas. Sua execução das Cartas Celestes I de Almeida Prado foi assim

Aclamado como um dos talentos mu-

descrita pelo compositor: “Saíram dire-

sicais mais brilhantes no Brasil de ho-

tamente do Céu! Chuvas de meteoros,

je, o pianista Aleyson Scopel é conhecido

radiantes constelações, nebulosas res-

por seu perceptivo lirismo e sobrie-

plandecentes e um vigor transcenden-

dade técnica, conferindo volatilidade

tal marcaram a genial interpretação

emocional a suas apresentações.

deste imenso pianista. Maravilhoso!”. Prado viria a dedicar o XV volume da

Aleyson percorre o Brasil à frente de

série a Scopel, que se ocupa em gravá-

suas principais orquestras, incluindo

las para o selo Grand Piano, da Naxos.

as sinfônicas Brasileira, de São Paulo, Bahia, Porto Alegre, Espírito Santo

Os primeiros acordes de Aleyson ao

e as filarmônicas de Minas Gerais e

piano foram com quatorze anos, para

do Amazonas. No exterior, foi solista

pouco depois formar-se com a mais

com as sinfônicas de Springfield, New

alta distinção no New England Conser-

England Conservatory, Wollongong e

vatory of Music, em Boston. Estudou

Orquestra do Norte de Portugal. Apre-

na classe de Patricia Zander e recebeu

sentou-se como camerista e recitalista

da instituição o prêmio Blüthner. No

nos Estados Unidos, Europa e Ásia.

Brasil, prosseguiu orientado por Celia

Salas de concerto incluem Carnegie

Ottoni e Myrian Dauelsberg.

Hall, Jordan Hall, Steinway Hall, Palau de la música catalana, Reial Cercle Artística, Conservatório de Atenas, Sala São Paulo, Sala Cecília Meireles e Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Detentor dos prêmios Nelson Freire e Magda Tagliaferro, foi laureado em concursos internacionais como William Kapell, Villa-Lobos, Corpus Christi, Kingsville e Southern Highlands.

pianístico, Aleyson possui ávido interesse por peças contemporâneas que

FOTO: DARYAN DORNELLES

Além das obras-primas do repertório


Ottorino

RESPIGHI B O L O N H A , I TÁ L I A , 1 8 7 9

R O M A , I TÁ L I A , 1 9 3 6

Ottorino Respighi nasceu em uma família de artistas, em Bolonha. Foi aluno de composição de Giuseppe Martucci, líder de uma corrente de compositores que pugnava pela restauração dos vínculos com a música sinfônica europeia, numa época em que a Itália tinha praticamente abandonado a música instrumental em favor do melodrama romântico. Os modelos seguidos I N S T R U M E N TA Ç Ã O

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, celesta, piano, cordas.

por esse grupo eram Brahms, Wagner e Liszt. Respighi iniciou a vida profissional como violinista e violista, sempre fazendo também conhecer suas novas composições. Em 1900 partiu para São Petersburgo para atuar como primeiro viola da Ópera dessa cidade. Aproximou-se então de Rimsky-Korsakov, tendo recebido, desse mestre do colorido e da exuberância orquestral, decisiva orientação. Procurou tam-

EDITORA

Kalmus

bém Max Bruch em Berlim, porém sem que o músico alemão lhe deixasse marca.

PA R A O U V I R

London Symphony Orchestra – Lamberto Gardelli, regente – EMI Classics/Double fforte – 1977 PA R A A S S I S T I R

Orquesta Sinfónica de Galicia – Carlo Rizzi, regente Acesse: fil.mg/rroma

Respighi transferiu-se definitivamente para Roma em 1913, vindo a ser diretor do Conservatório de Santa Cecília. Viajou aos Estados Unidos como solista e compositor, em 1926, voltando a esse país, dois anos depois, para a estreia no Metropolitan de sua ópera La campana sommersa e, em 1932, para assistir à sua Maria Egiziaca. Richard Strauss e Claude Debussy, com suas opostas

PA R A L E R

François-René Tranchefort – Guia da Música Sinfônica – Nova Fronteira – 1990

maneiras de valorizar o timbre, foram os dois modelos


Última apresentação: 6 de maio / 2010 Rodolfo Fischer, regente convidado

Fontes de Roma 1915/1916

15 MINUTOS

inspiradores da linguagem sinfônica

comentários sobre “como concebeu

de Respighi. Quanto aos modelos

a obra, de forma a expressar senti-

formais, ele adotou preferencial-

mentos e visões que lhe sugeriam

mente o poema sinfônico, na trilha

quatro das fontes de Roma, con-

de Liszt e Strauss, com caráter des-

templadas nos momentos em que

critivo. Utilizou também referências

parecem estar mais em harmonia

da antiga música italiana e do canto

com a paisagem”. 1. A fonte de Valle

gregoriano em diversas obras, como

Giulia ao alvorecer: a música pinta

as Antiche arie e danze e o Concerto

uma “cena pastoril, rebanhos que

Gregoriano para violino.

passam e desaparecem em meio aos frescos vapores da madrugada

O poema sinfônico Fontane di Roma,

romana”. 2. A fonte do Tritão durante

em forma de suíte em três partes

a manhã: uma explosão de trompas

sem interrupção, foi estreado em

“invocando náiades e tritões que

1917. Arturo Toscanini dirigiu sua

se perseguem em frenética dança

segunda execução em Roma, com

entre jatos d’água”. 3. A fonte de

grande repercussão. A obra se

Trevi ao meio-dia: um tema solene

mantém no repertório das orques-

de trompetes introduz a cena em

tras e na discografia atual com

que “sobre a superfície da água

grande relevo, graças à sabedoria

passa o carro de Netuno seguido

da orquestração, aliada à carac-

por sereias e tritões”. 4. A fonte de

terística sensualidade e beleza

Villa Médici ao cair da tarde: “um

tímbrica. Respighi compôs mais dois

triste tema se eleva sobre prolongado

poemas sinfônicos – Pini di Roma e

trinado. É noite e tudo desaparece

Feste Romane – sobre impressões

gradualmente no silêncio”.

da cidade que adotara como sua. BERENICE

Respighi registrou, numa introdu-

MENEGALE

ção à partitura de Fontes de Roma,

Fundação de Educação Artística.

Pianista, Diretora da


Claudio

SANTORO M A N AU S , B R A S I L , 1 9 1 9

BRASÍLIA, BRASIL, 1989

O compositor manauense Claudio Santoro completa em 2019 o centenário de seu nascimento e o trigésimo ano I N S T R U M E N TA Ç Ã O

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas. EDITORA

Academia Brasileira de Música

de sua morte. Iniciou-se na composição aos dezenove anos e, aos 21, travou contato, no Rio de Janeiro, com Hans-Joachim Koellreutter, mestre que delinearia seu primeiro período composicional, a fase dodecafônica (1939-1946). Após curto período de transição (19461948), sua produção musical passou à fase nacionalista (1949-1960), fruto de estudos com Nadia Boulanger, em Paris, e da participação no II Congresso de Compositores e Músicos Progressistas de 1948, em Praga. A partir daí, o compositor simplificou sua linguagem: “a forma

PA R A O U V I R

e o conteúdo da música devem expressar o entusiasmo

Claudio Santoro – Concerto nº 1 para piano e orquestra – 28º Curso Internacional de Verão de Brasília – Orquestra do Festival – Ricardo Rocha, regente – Alda Mattos, piano Acesse: fil.mg/sconcpiano1

do nosso povo, suas lutas, suas esperanças”. Sua arte, de forma geral, refletiu as transformações vivenciadas no século XX, se metamorfoseou esteticamente – ora por questões políticas e sociais, ora pelo contato com diferentes correntes vanguardistas –, mas sempre com indubitável qualidade técnica e mestria. “Assim como Stravinsky na música ou Picasso na pintura, ele não se conteve em se acomodar em uma linha estética única

LP The 500th Anniversary of America Discovery – Claudio Santoro, Concerto nº 1 para piano – Samara Philarmonic Orchestra – Mikhail Scherbakov, regente – Alessandro Santoro, piano – Russian Disk – 1992

de expressão e pensamento”, observou o maestro Fabio Mechetti acerca da polivalência musical de Santoro. Santoro compôs três concertos para piano e orquestra: o nº 1, concluído em 1952, no Rio de Janeiro; o nº 2, composto entre 1958 e 1959, em Viena; e o nº 3, escrito em 1960, na Bulgária. O Concerto nº 1 situa-se cronologicamente entre duas importantes obras para

PA R A L E R

Vasco Mariz – Cláudio Santoro – Civilização Brasileira – 1994


Primeira apresentação com a Filarmônica

Concerto para piano nº 1 1952

32 MINUTOS

piano solo, as Dansas Brasileiras

O ganzá, um tipo de chocalho, assim

(1951) e as sete Paulistanas (1953),

como a participação ativa da percus-

as primeiras dedicadas ao casal

são, dará vitalidade ao movimento.

Jeannette e Heitor Alimonda, amigos íntimos do compositor. Foi

O segundo movimento, Moda, intro-

Alimonda – pianista responsável

duzido por um longo solo de piano,

por estrear o Concerto nº 1 a 10 de

faz jus à versão abrasileirada da

abril de 1953, no Theatro Municipal

suíte europeia sugerida por Mario

do Rio de Janeiro, sob a regência

de Andrade. Segundo ele, a moda

de Eleazar de Carvalho – o mais

ou modinha substituiria a ária ins-

fiel e assíduo intérprete de Santoro

trumental, assim como o ponteio

e é o dedicatário desta obra e de

substituiria o prelúdio. No movimento

outras, a citar a Sonata nº 3 para

final, Allegro, Santoro exibe seus

piano, de 1955.

talentos de sinfonista, retorna ao uso da percussão e inclui síncopes e

O primeiro movimento, Choro,

batuques na linha do piano. A cadenza

ambienta mais danças africanas

do solista, perto do final, é um dos

e indígenas do que a melancólica

pontos altos desta obra singular –

música popular urbana denomi-

uma dentre 28 obras para orquestra

nada no título. Pode-se associar

e instrumento solista que Santoro

os trechos rápidos à dança do cate-

compôs. E, revivendo a sua música,

retê e os trechos lentos ao lundu,

celebremos, da melhor maneira, um

gênero africano precursor do choro

compositor nacional de elevada estirpe.

e do samba. Uma característica do lundu são os paralelismos melódi-

MARCELO COR RÊA

cos em terças – que introduzem o

Pianista, Mestre em Piano pela

movimento através das trompas e

Universidade Federal de Minas Gerais,

clarinetes. O ritmo se acelera até a

professor na Universidade do Estado de

aparição do ganzá e do piano solista.

Minas Gerais.


Maurice

RAVEL CIBOURE, FRANÇA, 1875

I N S T R U M E N TA Ç Ã O

2 flautas, oboé, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, harpa, cordas.

PA R I S , F R A N Ç A , 1 9 3 7

A pavana é uma dança lenta e de caráter melancólico, extremamente popular nas cortes europeias no século XVI e início do XVII. Ao que tudo indica, sua origem é italiana (os termos pavana e padoana significam

EDITORA

“originária da cidade de Pádua”), embora alguns

Max Eschig

teóricos sugiram que pavana seja uma declinação do espanhol pavón (pavão), já que os elegantes

PA R A O U V I R

CD Maurice Ravel – Rapsodie espagnole, Alborada del gracioso, Don Quichotte à Dulcinée, Tzigane, Pavane pour une infante défunte, Boléro – Ulster Orchestra – Yan Pascal Tortelier, regente – Chandos – 1993 PA R A A S S I S T I R

Saito Kinen Orchestra – Seiji Ozawa, regente Acesse: fil.mg/rpavana

movimentos da dança se assemelham ao ritual de exibição da cauda do pavão quando do acasalamento. Ravel era ainda estudante do Conservatório de Paris, da classe de composição de Gabriel Fauré, quando compôs sua Pavana para uma infanta defunta, para piano solo, em 1899. Em suas próprias palavras: “não se trata de um lamento para uma criança que acabou de falecer, mas a evocação de uma pavana que uma pequena princesa pode ter dançado, uma vez, numa corte da Espanha” (o termo francês infante refere-se ao correspondente espanhol infanta, termo utilizado para designar uma princesa da casa real

PA R A L E R

da Espanha).

Deborah Mawer (ed.) – The Cambridge companion to Ravel – Cambridge University Press – 2000

A partir de sua estreia pelo pianista Ricardo Viñes, na Salle Pleyel, em Paris, no 303º concerto da Société Nationale de Musique, no dia 5 de abril de 1902, a

Peter Kaminsky (ed.) – Unmasking Ravel: new perspectives on the music – University of Rochester Press – 2011

Pavana se transformou em um enorme sucesso, o primeiro da carreira do compositor.


Primeira apresentação com a Filarmônica

Pavana para uma infanta defunta 1899, REVISÃO 1910

6 MINUTOS

Em 1910 Ravel decidiu orquestrar

espécie de refrão. A trompa, que o

a Pavana para pequena orquestra

executa logo no início, contribui para

(duas flautas, um oboé, dois clari-

estabelecer o caráter melancólico

netes, dois fagotes, duas trompas,

da peça. Sua escolha para o tema

uma harpa e cordas). A estreia

da infanta não foi por acaso. Por

da já tão conhecida peça se deu

ter sua origem na trompa de caça

na Inglaterra, em Manchester, no

(corno di caccia), instrumento uti-

dia 27 de fevereiro de 1911, no

lizado por caçadores como forma

Gentlemen’s Concerts, sob a direção

de sinalização na floresta, a trompa

de Sir. Henry J. Wood. O tremendo

moderna foi muitas vezes utilizada

sucesso da Pavana causou, de

na orquestra como a lembrança

alguma maneira, certo embaraço

de uma sonoridade que se ouve

ao compositor. Perfeccionista e

ao longe, daí sua associação com

extremamente autocrítico, Ravel

o passado, com algo distante e

enxergava, em sua peça de juven-

melancólico. Uma vez ouvido na

tude, apenas defeitos, atribuindo

trompa, o tema principal passará

seu sucesso ao fato de ter sido

pelas flautas e clarinetes em oita-

executada inúmeras vezes ao longo

vas, até finalmente ser executado

dos anos. O que não o impediu de

pelos violinos (com dobramentos

defender sua obra com unhas e

nas flautas e no oboé).

dentes quando um pianista cauteloso tentou executá-la com excessiva

GUILHERME

frieza: “foi a infanta quem morreu,

NASCIMENTO

não a Pavana”.

em Música pela Unicamp, professor na

Compositor, Doutor

Escola de Música da UEMG, autor dos O tema principal, que abre a peça,

livros Os sapatos floridos não voam

retorna durante toda a música numa

e Música menor.


Ottorino

RESPIGHI B O L O N H A , I TÁ L I A , 1 8 7 9

R O M A , I TÁ L I A , 1 9 3 6

Excelente compositor, dotado de uma rica curiosidade cultural, incomum em qualquer época, Ottorino Respighi teve um papel fundamental na renovação da música de concerto italiana no começo do século XX, até então fortemente dominada pela ópera. A incrível maestria no tratamento orquestral, o refinamento melódico I N S T R U M E N TA Ç Ã O

admirável e um senso formal sem precedentes são

Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 2 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, piano, cordas.

algumas das características que garantiram, a ele, o posto de um dos compositores italianos daquele século mais admirados e executados fora da Itália. Enquanto Puccini, Mascagni e Leoncavallo (todos nascidos por volta de 1860) fazem parte da última

EDITORA

geração de grandes compositores de ópera italia-

Casa Ricordi SRL

nos, Respighi se encontra na geração seguinte, uma

PA R A O U V I R

CD Respighi – Impressioni brasiliane; La boutique fantasque – Orchestre Philharmonique Royal de Liège – John Neschling, regente – BIS – 2008 PA R A L E R

Daniele Gambaro – Ottorino Respighi: un’idea di modernità del Novecento – Zecchini – 2011

geração de compositores italianos que escrevia, essencialmente, música instrumental, um gênero que a Itália não exportava desde a época de Paganini. Esse grupo de compositores, nascidos por volta dos anos 1880 e que dominariam a cena musical italiana entre as duas guerras mundiais, seria chamado de generazione dell’Ottanta, e compreenderia não apenas Respighi como, também, Afredo Casella, Franco Alfano, Gian Francesco Malipiero e Ildebrando Pizzetti. Em meados de 1927, Respighi e a esposa vieram ao Brasil, onde, como habitualmente faziam, apresentaramse em diversos concertos e recitais. Respighi regeu

Riccardo Viagrande – La generazione dell’Ottanta – Casa Musicale Eco – 2007


Primeira apresentação com a Filarmônica

Impressões Brasileiras 1928

20 MINUTOS

dois concertos no Rio de Janeiro

tropical), é lento e muito delicado.

que foram sucesso de público e

Aqui podemos ouvir a canção

crítica, embora a orquestra esti-

A perdiz piou no campo, da cidade

vesse uma lástima. Em 10 de julho,

de Montes Claros, MG, que, na publi-

ao embarcar para a Itália, Respighi

cação de Gallet, veio com um erro

prometeu compor uma suíte sobre

de impressão na partitura, erro este

temas brasileiros especialmente

que, por torná-la mais original, teria

para a orquestra do Rio. Em sua

encantado o compositor italiano. O

viagem de volta ele levava inúmeros

segundo movimento, Butantan, é o

apontamentos musicais, frutos de

mais misterioso dos três. Nele, com

seu interesse pela música brasileira.

suas melodias sinuosas e o tema

Nascia assim, aos poucos, a suíte

gregoriano do Dies irae (Dia da

orquestral Impressioni brasiliane,

ira ou Dia do juízo final), Respighi

que Respighi, como prometido,

procura retratar os sentimentos

traria de volta ao Brasil para sua

contraditórios que experimentou

estreia mundial, no dia 6 de junho

ao visitar as inúmeras cobras do

de 1928, no Theatro Municipal de

Instituto Butantã de São Paulo.

São Paulo, com a orquestra do teatro

Canzone e danza (Canção e dança)

sob sua regência. Segundo Mário de

é um movimento alegre e extre-

Andrade, uma das fontes musicais

mamente colorido. A peça termina

de Respighi para sua Impressões

com a mesma delicadeza do início.

Brasileiras foram os Dois cadernos de melodias populares de Luciano Gallet, publicados em 1924.

GUILHERME NASCIMENTO

Compositor, Doutor

em Música pela Unicamp, professor na Impressioni brasiliane é composta

Escola de Música da UEMG, autor dos

de três movimentos. O primeiro

livros Os sapatos floridos não voam

movimento, Notte tropicale (Noite

e Música menor.


Claude

DEBUSSY S A I N T- G E R M A I N - E N - L AY E , F R A N Ç A , 1 8 6 2

PA R I S , F R A N Ç A , 1 9 1 8

O importante prêmio francês Prix de Rome garantia uma residência para aperfeiçoamento na Villa Medici, I N S T R U M E N TA Ç Ã O

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

em Roma, para destacados artistas. Por duas vezes Debussy pleiteou o prêmio. Em 1883 perdeu para Paul Vidal, no ano seguinte venceu com a obra L’Enfant prodigue. Partindo em 1885 para a Villa Medici, ali permanece por dois anos. Não se adapta com facilidade à mudança. Novos hábitos e a paixão por Marie Vasnier confundem o compositor, que só após um semestre

EDITORA

Jobert PA R A O U V I R

CD Toscanini conducts the music of France: rare concert performances, 19361952 – Arturo Toscanini, regente – NBC Symphony Orchestra – Music and Art Programs of America – Music & Arts – 1999

consegue voltar-se para o trabalho. Durante a estada em Roma, Debussy conheceu Franz Liszt, descobriu as Missas de Palestrina e Orlando de Lassus, autores que marcaram sua linguagem tardia, e assistiu à ópera Aida, de Verdi. Ao deixar Roma, ouviu Tristão e Isolda, de Richard Wagner, ópera pela qual se declarou fascinado. É à música vocal que Debussy dedica prioriariamente seus primeiros anos de produção musical: canções, cenas líricas e obras com coro. Só em 1890 passa a compor intensamente para o piano. O início de sua produção

PA R A A S S I S T I R

pianística solo é marcado pela predominância de dois

Orchestra UniMi – Alessandro Crudele, regente Acesse: fil.mg/ddanca

gêneros musicais: as baladas, inspiradas nas canções

PA R A L E R

François-René Tranchefort – Guia da Música Sinfônica – Nova Fronteira – 1990

– reafirmando a admiração pela voz; e as danças – que unem as formas antigas ao exotismo e cosmopolitismo revelados pela Exposition Universelle de 1889, em Paris. Em 1890 Debussy compôs para o piano a Rêverie, a Valse romantique e o par Tarantelle styrienne e Ballade slave. Também iniciou a composição da Mazurca, das duas Arabesques e da Suite Bergamasque.

Edward Lockspeiser; Harry Halbreich – Claude Debussy – Fayard – 1989


Última apresentação: 9 de abril / 2013 Marcos Arakaki, regente

Dança 1890, REVISÃO 1903

6 MINUTOS

O R Q U E S T R A Ç Ã O D E M A U R I C E R AV E L

Frequentemente subestimadas, as

charmosas cenas banhadas na tea-

primeiras composições pianísticas de

tralidade da commedia dell’arte.

Debussy sintetizam as influências de seu período de formação. Revestidas de

A mesma Exposition Universelle que

arcaísmos jocosos e irônicos, revelam

despertou o cosmopolitismo de Debussy

um Neoclassicismo perspicaz. Nota-se

suscitou em Maurice Ravel, aos quator-

nessa fase a influência dos grandes

ze anos, a predileção pela orques-

melodistas franceses: Massenet, Deli-

tração. Ravel – que viria a tornar-se o

bes, Chabrier e Fauré, além da forte

maior orquestrador francês – deslum-

presença do Simbolismo francês, que

brara-se ao ouvir as obras russas

lhe inspirou o tratamento dramático

regidas por Rimsky-Korsakov, com-

das harmonias a partir de sugestões

positor e orquestrador excepcional.

sinestésicas.

Arguto e sofisticado, Ravel extrai da orquestra criativas combinações de

A Tarantelle styrienne é uma obra híbrida,

timbres, libertando os instrumentos de

na qual Debussy joga com dois gêneros

seus usos ordinários. Em 1922 Ravel

de dança: a típica tarantela italiana e a

orquestra Danse, em homenagem a

valsa vienense. Faz os apoios da música

Debussy. Faz emergir com seu colorido

oscilarem entre os compassos binário

os contornos e toda a diáfana estrutura

composto, característico da tarantela,

das primeiras obras que o próprio

e ternário simples, próprio da valsa.

Debussy descreve como “perfeitas

Assim, escuta-se uma dança singular

em forma, refinadas segundo as mais

que se desloca entre a Itália e a Styria,

simples essências, ainda que exube-

região da Áustria marcada pela cultura

rantemente desenvolvidas, completas”.

eslava. Em 1903 a obra foi republicada como Danse. A peça antecipa as trans-

IGOR REYNER

Pianista,

lúcidas e leves harmonias recorrentes

Mestre em Música pela Universidade

em Debussy, e sua seção central sugere

Federal de Minas Gerais e Doutor em

as fêtes galantes do pintor Watteau,

Literatura pelo King’s College London.


APROVEITE A NOITE PARA JANTAR EM UM DE NOSSOS RESTAURANTES PARCEIROS

FOTO: JAKU B DZI UBAK — U NS P L AS H

Confira os benefícios para o público da Filarmônica


R. Rio de Janeiro, 2076 — Lourdes — Tel: 3292-6221

• Segundo prato de cortesia (de igual ou menor valor) PROGRAMA AMIGOS E ASSINANTES:

válido para todos os dias PÚBLICO DO DIA:

válido para a data do concerto

R. Pium-í, 229 — Cruzeiro — Tel: 3227-7764

PROGRAMA AMIGOS E ASSINANTES:

válido para todos os dias • 15% de desconto para o titular do cartão e acompanhante • uma taça de vinho ou espumante (até R$ 25) ou uma sobremesa • possibilidade de reserva tardia (após 22h15) para mesa de até 4 pessoas PÚBLICO DO DIA:

válido para a data do concerto • 15% de desconto para o titular do cartão e acompanhante

Necessária a apresentação do cartão de Amigo ou Assinante ou, no caso de público do dia do concerto, a apresentação do ingresso.


ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI

PRIMEIROS VIOLINOS

Mikhail Bugaev

FAGOTES

HARPAS

Anthony Flint – Spalla

Nathan Medina

Catherine Carignan *

Clémence Boinot *

Victor Morais ***

Marcelo Penido *****

Rommel Fernandes – Spalla associado

VIOLONCELOS

Andrew Huntriss

Ara Harutyunyan –

Philip Hansen *

Francisco Silva

Spalla assistente

Robson Fonseca ***

Ana Paula Schmidt

Camila Pacífico

TROMPAS

Ana Zivkovic

Camilla Ribeiro

Alma Maria Liebrecht *

Arthur Vieira Terto

Eduardo Swerts

Evgueni Gerassimov ***

Joanna Bello

Emília Neves

Gustavo Garcia Trindade

GERENTE

Laura Von Atzingen

Lina Radovanovic

José Francisco dos Santos

Jussan Fernandes

Luis Andrés Moncada

Lucas Barros

Lucas Filho

Roberta Arruda

William Neres

Fabio Ogata

Rodrigo M. Braga

CONTRABAIXOS

TROMPETES

Rodrigo de Oliveira

Nilson Bellotto *

Marlon Humphreys *

Wesley Prates

André Geiger ***

Érico Fonseca **

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar

TECLADOS Ayumi Shigeta *

Rodrigo Bustamante

Thelma Lander *****

INSPETORA Karolina Lima

Marcelo Cunha

Daniel Leal ***

SEGUNDOS VIOLINOS

Marcos Lemes

Tássio Furtado

Frank Haemmer *

Pablo Guiñez

Hyu-Kyung Jung ****

Rossini Parucci

TROMBONES

Gideôni Loamir

Walace Mariano

Mark John Mulley *

ARQUIVISTA Ana Lúcia Kobayashi

Diego Ribeiro **

ASSISTENTES

Luka Milanovic

FLAUTAS

Wagner Mayer ***

Claudio Starlino

Martha de Moura Pacífico

Cássia Lima *

Renato Lisboa

Jônatas Reis

Matheus Braga

Renata Xavier ***

Radmila Bocev

Alexandre Braga

TUBA

Rodolfo Toffolo

Elena Suchkova

Eleilton Cruz *

SUPERVISOR DE MONTAGEM

OBOÉS

TÍMPANOS

Jovana Trifunovic

Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch

Rodrigo Castro Alexandre Barros *

Patricio Hernández

MONTADORES

VIOLAS

Públio Silva ***

Pradenas *

Hélio Sardinha

João Carlos Ferreira *

Israel Muniz

Roberto Papi ***

Maria Fernanda Gonçalves

Klênio Carvalho

Flávia Motta

PERCUSSÃO Rafael Alberto *

Gerry Varona

CLARINETES

Daniel Lemos ***

Gilberto Paganini

Marcus Julius Lander *

Sérgio Aluotto

Katarzyna Druzd

Jonatas Bueno ***

Werner Silveira

Luciano Gatelli

Ney Franco

Marcelo Nébias

Alexandre Silva

* principal

** principal associado

**** principal / assistente substituta

*** principal assistente ***** musicista convidado(a)


INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO

Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003

OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018

EQUIPE TÉCNICA

Presidente Emérito

Gerente de Comunicação

Jacques Schwartzman

Merrina Godinho Delgado

Gonçalves Soares Filho

Conselheiros

Douglas Conrado

Jovem Aprendiz Sunamita Souza

SALA MINAS GERAIS

Gerente de Produção Musical

Gerente Contábil

Claudia da Silva

Graziela Coelho

Guimarães

Angela Gutierrez Arquimedes Brandão

Gerente Administrativofinanceira

Mensageiro

Ana Lúcia Carvalho

Presidente Roberto Mário

EQUIPE ADMINISTRATIVA

Berenice Menegale

Assessora de Programação Musical

Bruno Volpini

Gabriela de Souza

Celina Szrvinsk

Gerente de Infraestrutura Renato Bretas

Gerente de Recursos Humanos

Gerente de Operações

Quézia Macedo Silva

Jorge Correia

Fernando de Almeida

Produtor

Analistas Administrativos

Técnicos de Áudio e de Iluminação

Ítalo Gaetani

Luis Otávio Rezende

João Paulo de Oliveira

Diano Carvalho

Paulo Baraldi

Rafael Franca

Cunha Castello Branco

Analistas de Comunicação

Secretária Executiva

Assistente Operacional

Mauricio Freire

Fernando Dornas

Flaviana Mendes

Rodrigo Brandão

Octávio Elísio

Lívia Aguiar

Sérgio Pena

Renata Gibson

Assistente Administrativa

FORTISSIMO

Cristiane Reis

Abril nº 6 / 2019

Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da

Renata Romeiro

DIRETORIA EXECUTIVA Diretor Presidente Diomar Silveira

Analista de Marketing de Relacionamento Mônica Moreira

ISSN 2357-7258

Assistente de Recursos Humanos

Editora Merrina

Jessica Nascimento

Edição de texto

Godinho Delgado

Diretor Administrativofinanceiro

Analistas de Marketing e Projetos

Recepcionistas

Capa

Joaquim Barreto

Itamara Kelly

Meire Gonçalves

Fontana di Trevi —

Lilian Sette

Vivian Figueiredo

David Iliff

Assistente de Produção

Auxiliar Contábil

O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.

Diretor de Comunicação Agenor Carvalho

Berenice Menegale

Pedro Almeida

Rildo Lopez

Diretora de Marketing e Projetos Zilka Caribé

Auxiliares de Produção

Auxiliar Administrativa Geovana Benicio

André Barbosa

Diretor de Operações Ivar Siewers

Jeferson Silva

Auxiliares de Serviços Gerais Ailda Conceição Rose Mary de Castro

Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.


INGRESSO SOLIDÁRIO Algo aconteceu e você não pode ir a um concerto? A P R O V E I T E PA R A A P R E S E N TA R A F I L A R M Ô N I C A A O S A M I G O S , PA R E N T E S O U ESTUDANTES DE MÚSICA. O Assinante pode doar seu ingresso pelo aplicativo da Filarmônica até 30 minutos antes do concerto. Pode também falar com a Assessoria de Relacionamento até 2 horas antes do concerto. O aplicativo é compatível com Android e IOS. No seu celular, baixe-o na Google Play ou na App Store.

PARA USAR, BAIXE O APP GRATUITAMENTE NO SEU CELULAR

Assessoria de Relacionamento de segunda a sexta, das 9h às 18h (31) 3219-9009 assinatura@filarmonica.art.br


NO CONCERTO SEJA PONTUAL.

TRAGA SEU INGRESSO O U C A R TÃ O D E ASSINANTE. DESLIGUE

CUIDE DA SAL A MINAS GERAIS.

NÃO COMA OU BEBA.

D E I X E PA R A

O CELULAR (SOM E LUZ).

NÃO FOTOGRAFE O U G R AV E E M ÁUDIO / VÍDEO.

FA Ç A S I L Ê N C I O E EVITE TOSSIR.

APL AUDIR AO F IM DE CADA OBRA.

S E P U D E R , D E V O L VA SEU PROGRAMA DE CONCERTO. EVITE TRAZER CRIANÇAS MENORES DE 8 ANOS.

EM ABRIL

4 E 5 Allegro e Vivace 11 E 12 Presto e Veloce 14 Juventude 25 E 26 Presto e Veloce 30 Filarmônica em Câmara 20h30

20h30

11h

R I T M O S L AT I N O - A M E R I C A N O S

20h30

20h30


MANTENEDOR

DIVULGAÇÃO

PAT R O C Í N I O

REALIZAÇÃO

www.filarmonica.art.br / FILARMONICAMG

RUA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1. 090 — BA R RO PR E TO C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0

|

T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 0 0

BELO HORIZONTE – MG |

FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 3 0

COMU NI CA ÇÃO IC F / 20 19

Sala Minas Gerais


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