31 OUT 01 Allegro
Vivace
FORTISSIMO Nยบ 20 / 2019
Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M
Allegro
31/10
Vivace
01/11
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E DANIEL LEMOS, SÉRGIO ALUOT TO, WERNER SILVEIRA, PERCUSSÃO
PROGRAMA
NIKOLAI RIMSKY-KORSAKOV Sinfonia nº 1 em mi menor, op. 1
Largo assai – Allegro
Andante tranquillo
Scherzo: Vivace
Allegro assai
I N T E R VA L O
JOSEPH HAYDN Sinfonia nº 103 em Mi bemol maior, “O rufar dos tambores”
Adagio – Allegro con spirito
Andante più tosto allegretto
Menueto – Trio
Finale: Allegro con spirito
RUSSEL PECK The Glory and the Grandeur
CAROS AMIGOS E AMIGAS, Continuando a celebração dos 175
nessa exaltação tímbrica e rítmica da
anos de nascimento de Rimsky-
interação entre os instrumentos da
Korsakov, a Filarmônica apresenta
percussão e da orquestra.
pela primeira vez em Belo Horizonte sua Sinfonia nº 1 em mi menor, reve-
Anunciando essa viagem musical, o
lando, já em seu primeiro opus, a
“rufar dos tambores” é antecipado
potencialidade latente de um jovem
por uma das últimas sinfonias de
compositor que iria estabelecer no-
Joseph Haydn. Somos capazes aqui
vos padrões de excepcionalidade na
de absorver toda a perfeição e ele-
música russa do século XIX.
gância formal que sempre caracterizou um dos maiores compositores
Saindo do fundo para a frente do
da história da música.
palco, três dos nossos percussionistas nos brindam com a excitante obra
Bom concerto a todos.
do norte-americano Russell Peck, The Glory and the Grandeur. O talento
FOTO: EUGÊNIO SÁVIO
de nossos músicos se torna evidente
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das
Suécia e Venezuela. No Brasil,
sinfônicas de Syracuse e de Spokane,
regeu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
DANIEL LEMOS
Festival Amazonas de Ópera, incluindo a montagem completa do ciclo O anel do Nibelungo de Richard Wagner. Daniel é músico Principal Assistente de
Desde muito cedo Daniel Lemos es-
Percussão e Tímpanos da Filarmônica
colheu a bateria como instrumento
de Minas Gerais desde 2008. Com a
musical. Quando criança, tocava em
orquestra apresentou-se nas principais
casa com sua mãe no piano e seu irmão
salas de concerto do Brasil e também
no baixo, ambos alunos da Escola do
nos teatros Colón de Buenos Aires
Zimbo Trio em São Paulo.
e Solís de Montevidéu. Ao lado de Werner Silveira e Sérgio Aluotto, foi
Na Escola Municipal de Música de
solista com a Filarmônica em 2012.
São Paulo estudou os fundamentos da percussão clássica com Elizabeth
Professor de percussão da Universi-
Del Grande. Concluiu o bacharelado
dade do Estado do Amazonas durante
em Percussão no Instituto de Artes
seis anos, realizou concertos como
da Unesp, onde foi aluno de John
diretor do grupo de percussão dessa
Boudler, Carlos Stasi e Eduardo
instituição. Já em Belo Horizonte,
Gianesella. Como membro do Piap –
lecionou no Centro de Formação
Grupo de Percussão da Unesp, reali-
Artística da Fundação Clóvis Salgado
zou concertos e gravou o CD Obras
(Cefar). Como camerista, Daniel integra
Brasileiras Inéditas para Percussão.
o Grupo de Percussão da Filarmônica e o quarteto Rebote.
Daniel participou de diversos festivais de música e encontros de percussão no Brasil. Teve aulas e masterclasses com Vic Firth, Carlos Stasi, Ney Rosauro, Eduardo Leandro, Christopher Lamb, Artur Lipner e Leigh Howard Stevens. Atuou como músico convidado nas orquestras Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, Experimental de Repertório, Sinfônica da USP e Sinfônica de Minas Gerais.
Filarmônica de 1999 a 2007. Com ela participou de nove edições do
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
Foi timpanista da Orquestra Amazonas
SÉRGIO ALUOTTO
merísticas com o naipe de Percussão e com a flautista Cássia Lima. Além da intensa atividade orquestral, Sérgio desenvolve trabalhos como
O belo-horizontino Sérgio graduou-
compositor e intérprete. Em 2005 gra-
-se em Percussão pela Universidade
vou o álbum Incipit pela Lei Municipal de
Federal de Minas Gerais (UFMG) em
Incentivo à Cultura, lançado no Museu
2004, sob orientação de Fernando
de Arte da Pampulha e apresentado
Rocha. Nos tempos de UFMG, inte-
também na UFMG, em Ouro Branco e
grou a Orquestra Sinfônica, o Grupo
na Escola Guignard, entre outros locais.
de Percussão e a Big Band. Estudou também na Drummers Collective, em
Atuou ao lado de músicos como Nilson
Nova York, e teve aulas com os per-
Bellotto (Do Contra), Flávio Venturini,
cussionistas Rubén Zuñiga, Eduardo
Mauro Rodrigues, Esdra Ferreira, Rufo
Gianesella, Ricardo Bologna, Eduardo
Herrera, Werner Silveira, Rafael Alberto,
Leandro, John Rilley e Michael Lauren,
Daniel Lemos, Duo Desvio, Dílson Florên-
entre outros.
cio, Eduardo Campos, Kristoff Silva,
Décio Ramos, Skank e Frank Sinatra Jr.
Em 2004, foi o músico mineiro sele-
Dirigiu e regeu o Grupo de Percussão
cionado para participar do projeto
do Cefar no espetáculo Labirintos, com
Orquestra para Todos, junto à Sinfô-
música de Eduardo Campos. Participou
nica Brasileira. Integrou a Sinfônica
como músico e ator do espetáculo
de Minas Gerais de 2001 a 2007 e
Bricole, ao lado da cantora Rita Medeiros.
foi professor do bacharelado em Percussão da UFMG de 2004 a 2006. Junto à Orquestra Ouro Preto, estreou o Concertino para Vibrafone e Orquestra de Cordas, obra encomendada a Rufo Herrera. Após estreia no Verão Arte Contemporânea, a obra foi apresentada na Turnê Latinidade em Portugal, Juiz de Fora e Ouro Preto. Integra a Filarmônica de Minas Gerais vereiro de 2008, tendo atuado com a Orquestra e também em formações ca-
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
desde seu primeiro concerto, em fe-
WERNER SILVEIRA Werner Silveira é percussionista
Há mais de quinze anos vem pes-
da Orquestra Filarmônica de Minas
quisando sobre as relações entre as
Gerais desde a sua criação, em 2008.
artes, a filosofia, a ciência, a educação e a gestão, por meio de um ciclo
Concluiu o bacharelado em Música,
de palestras temáticas intituladas
com habilitação em Percussão, pela
Degustação Musical.
Universidade Federal de Minas Gerais, em 2003, sob orientação do pro-
Há quatro anos é curador do projeto
fessor Fernando Rocha. Foi aluno
de palestras Concertos Comentados,
do percussionista Rubén Zúñiga,
da Orquestra Filarmônica de Minas
realizando estudos voltados para
Gerais, e desde fevereiro de 2017 é
o repertório orquestral. Em 2006
professor convidado da Fundação
e 2007 fez cursos de aperfeiçoa-
Dom Cabral, nas áreas de Arte e
mento orquestral com os professores
Gestão e Humanidades na Gestão.
Eduardo Gianesella e Alfredo Toledo Lima, ambos percussionistas da Osesp. Werner participou de masterclasses com os percussionistas Ricardo Bologna, Eduardo Leandro, Carlos Stasi e Eugenie Burkett. De 2005 a 2010, foi professor da Escola de Música do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (Cefar). Nesse período, foi coordenador do Grupo coordenador do Departamento de Música da instituição.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
de Percussão do Cefar e, em 2010,
FOTO: ADRIANO BASTOS
Nikolai
RIMSKYKORSAKOV TIKHVIN, RÚSSIA, 1844
LY U B E N S K , R Ú S S I A , 1 9 0 8
De todos os compositores do Grupo dos Cinco, Rimsky-Korsakov era o mais jovem. Tinha apenas dezessete anos, em 1861, quando entrou para o círculo dos alunos de Mily I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Balakirev, onde já se encontravam César Cui e Modest
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, harpa, cordas.
Mussorgsky. O quinto, Aleksandr Borodin, apareceria apenas alguns anos mais tarde. No primeiro encontro, Balakirev o designou para a difícil tarefa de compor uma sinfonia.
EDITORA
“Eu comecei a compor a sinfonia imitando, graças aos
Kalmus
meus dons de observação, a Abertura Manfredo e a Terceira Sinfonia de Schumann, o Príncipe Holmsky e a
PA R A O U V I R
Rimsky-Korsakov – The complete symphonies – Göteborgs Symfoniker – Neeme Järvi, regente – Deutsche Grammophon – 2002
Jota d’Aragon de Glinka, e o Rei Lear de Balakirev.” À medida que a composição ia caminhando, Balakirev procedia com as correções e sugestões, que Rimsky-Korsakov atendia prontamente. Nas férias do Natal, o primeiro movimento (Largo assai – Allegro) estava pronto, e Balakirev orquestrou a primeira página para mostrar
PA R A L E R
ao jovem como deveria proceder. Observando o trabalho
Nikolai Rimsky-Korsakov – Ma vie musicale – Pierre Lafitte – 1914
do mentor, e estudando o Tratado de Orquestração de
Richard Taruskin – On Russian music – University of California Press – 2009
seus colegas afirmaram que ele tinha um grande talento
Berlioz e algumas partituras de Glinka, Rimsky-Korsakov conseguiu avançar rapidamente e com tanta mestria que para a orquestração.
Primeira apresentação com a Filarmônica
Sinfonia nº 1 em mi menor, op. 1 1861/1865, REVISÃO 1884
27 MINUTOS
O terceiro (Scherzo) e quarto (Allegro
especialmente ao recém-chegado
assai) movimentos foram compostos
Borodin. A estreia pública da versão
no inverno e primavera de 1862. O
orquestrada se deu no mesmo ano,
segundo movimento (Andante tran-
na Escola Gratuita de Música, sob a
quillo) foi o mais difícil de escrever
regência de Balakirev, em um con-
porque, nas palavras do compositor,
certo que incluía, na primeira parte,
“compor uma melodia cantante era
o Requiem de Mozart. A sinfonia
considerado como uma atitude irre-
obteve sucesso, e o compositor foi
preensível [pelos meus colegas do
chamado ao palco inúmeras vezes.
Grupo dos Cinco] e o medo de cair
A imprensa, de maneira geral, foi
na banalidade me impedia de ser
positiva, e César Cui escreveu um
sincero”. De fato, alguns anos se
artigo extremamente favorável no
passariam até que ele conseguisse
Jornal de São Petersburgo, dizendo
terminar o movimento. Aluno da
que o autor havia tido a honra de
Escola Naval, Rimsky-Korsakov foi
compor a primeira sinfonia russa. Na
enviado em uma viagem de três
verdade, Anton Rubinstein já havia
anos de circunavegação do globo,
composto três, mas os membros do
no segundo semestre de 1862. O
Grupo dos Cinco não o considera-
Andante seria composto ao longo
vam um compositor digno de nota.
da viagem. De volta a São Peters-
Em 1884 Rimsky-Korsakov revisou
burgo, em 1865, Balakirev sugeriu
totalmente a obra.
que Rimsky-Korsakov revisasse a sinfonia, compusesse o Trio (parte
GUILHERME
central do Scherzo) e reorques-
NASCIMENTO
trasse toda a obra. A peça foi exe-
Doutor em Música pela Unicamp,
cutada ao piano, a quatro mãos, por
professor na Escola de Música da UEMG,
Balakirev e Mussorgsky, na casa
autor dos livros Os sapatos floridos
de Balakirev, e agradou a todos,
não voam e Música menor.
Compositor,
Joseph
HAYDN RO H R AU , ÁUST R I A , 1 73 2
V I E N A , ÁUST R I A , 1 8 0 9
Joseph Haydn, o grande clássico austríaco, considerado por muitos como pai do quarteto de cordas e da sinfonia – tal como esses gêneros se manifestaram no século I N S T R U M E N TA Ç Ã O
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
XVIII – nasceu na pequenina Rohrau, próxima à fronteira da Hungria, bem perto de onde viria a passar a maior parte de sua vida profissional, Eisenstadt. Seu pai foi artesão e músico amador, e sua mãe era filha de um juiz cantonal. Sua formação de músico foi estruturada em
EDITORA
Breitkopf & Härtel PA R A O U V I R
Haydn - The London Symphonies – Royal Concertgebow Orchestra – Sir Colin Davis, regente – Decca – 1994 PA R A A S S I S T I R
Slovak Philharmonic Orchestra – Amos Talmon, regente Acesse: fil.mg/hrufar1 (parte 1) e fil.mg/hrufar2 (parte 2) PA R A L E R
Pierre Barbaud – Haydn – Coleção Sofèges – Éditions du Seuil – 1963
Viena, na Escola da catedral de Santo Estêvão, dos dez aos dezoito anos. Sua voz era admirável, assim como sua facilidade musical e sua dedicação. Egresso da Escola, passou largo período de instabilidade quanto ao seu sustento, tocando e cantando em todas as oportunidades que surgiam. Nessas circunstâncias, Joseph foi ouvido por um diretor de teatro cômico, Bernadon, que o engajou imediatamente e a quem devemos esse primeiro trabalho profissional de Haydn. Começava sua carreira de compositor e regente, procurando um caminho no mundo da música. Em 1759 o camareiro da imperatriz Maria Tereza – o conde Morzin – contratou Haydn para dirigir uma pequena orquestra para a qual deveria escrever divertimentos e sinfonias. E em 1761 Haydn finalmente ingressou no palácio Esterházy, onde, desde então, deveria passar praticamente toda a sua vida profissional. A vida de Haydn era monótona, isolada do mundo cultural,
H. E. Jacob – Haydn: son art, son époque, sa gloire – Corrêa – 1950
mas seu depoimento dos últimos anos foi positivo: "Meu
Sinfonia nº 103 em Mi bemol maior, “O rufar dos tambores” 1795
Primeira apresentação com a Filarmônica
27 MINUTOS
príncipe estava sempre contente
A penúltima sinfonia de Haydn, de
com o meu trabalho; não apenas
número 103, foi composta e estre-
eu tinha o encorajamento de sua
ada em 1795. Um curtíssimo mas
constante aprovação, mas – estando
expressivo efeito de tímpanos, duas
à frente de uma orquestra inteira-
vezes, no Adagio introdutório, deu o
mente submetida às minhas ordens
título a essa Sinfonia: Paukenwirbel,
– eu podia fazer experiências, testar
isto é, rufar dos tímpanos. Após
efeitos; separado do resto do mundo,
o introdutório Adagio, sombrio (e
não precisava me atormentar com
que volta numa citação antes do
nada, e era forçado a ser original".
final do movimento), o Allegro con spirito é uma dança que, em com-
Teve uma longa vida laboriosa e
passo 6/8, tem caráter de valsa.
de constante desenvolvimento de
No Andante, popular e camponês,
seus conhecimentos e de seu gênio.
tratado em forma de variações com
Legou-nos uma imensa obra cuja
dois temas, Haydn provavelmente
posição na história da música é das
bebeu na fonte croata, uma de suas
mais proeminentes. Sua comovente
referências de infância. Segue um
amizade com W. A. Mozart é um
delicioso Menuetto, e a Sinfonia
belo capítulo na biografia de ambos.
termina com um Allegro con spirito,
Quando, em 1790, a morte do príncipe
brilhante, em compasso binário,
Nicolau Esterházy liberou Haydn de
em que Haydn utilizou novamente
seu longo compromisso, ele pôde
temática de origem camponesa.
ampliar o alcance de sua atuação e viajou especialmente para Londres, onde teve grande reconhecimento.
BERENICE
As doze últimas sinfonias de Haydn,
MENEGALE
compostas e estreadas nessa capi-
fundadora e diretora da Fundação
tal, são chamadas "de Londres".
de Educação Artística.
Pianista,
Russel
PECK D E T RO I T, ESTA D O S U N I D O S , 1 94 5
G R E E N S B O R O , ESTA D O S U N I D O S , 20 0 9
Devido às inúmeras montadoras de automóveis, Detroit foi apelidada de “motor town”. No cenário musical, a cidade dos motores tornou-se inesquecível em razão da Motown Records, gravadora que dominou as paradas de sucesso norte-americanas dos anos sessenta e setenta do século XX. Projetada para funcionar como uma linha de montagem, os músicos ali recebiam por hora; chegavam ao estúdio preparados, gravavam e I N S T R U M E N TA Ç Ã O
eram dispensados. O resultado, um soul mais sofis-
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
ticado, com arranjos mais complexos, texturas mais elaboradas: uma música mais planejada, mais pop, pensada para o sucesso. Para Russell Peck, a Motown foi inspiração, tanto como Mozart. Nascido em Detroit, Peck formou-se na Universidade
EDITORA
de Michigan, onde cursou mestrado e doutorado em
Pecktackular Music
Composição. Aluno dos eminentes compositores Clark
PA R A O U V I R
CD The Glory and the Grandeur – Russell Peck – Alabama Symphony – Paul Polivnick, regente – Tim Miller, Kevin Barrett, Bill Williams, solistas – Albany Records PA R A A S S I S T I R
Orquestra Simon Bolivar – Joshua dos Santos, regente – Denis Fallas, Acuarius Zambrano e César González, percussão Acesse: fil.mg/pglory
Eastham, Leslie Bassett, Ross Lee Finney, Gunther Schuller e George Rochberg, desenvolveu um estilo vigoroso e eclético. Com leve influência das vanguardas e calcada na tradição, sua música se mescla à sonoridade pop do soul e do rock. O colorido reconhecido de sua orquestração não abre mão de uma escrita idiomática que potencializa a expressividade dos instrumentos em jogo. Tal domínio, aliado à fluente recepção de seu repertório, fez com que fosse executado por centenas de orquestras. Em 2000, compôs a obra Harmonic Rhythm, um concerto para tímpano, a pedido de um consórcio de 39 orquestras norte-americanas – a mais
The Glory and the Grandeur 1988
Última apresentação: 29 de novembro/2012 Carlos Miguel Prieto, regente convidado Daniel Lemos, Sérgio Aluotto, Werner Silveira, percussão
12 MINUTOS
ampla experiência de encomenda
Enquanto compõe, ele se imagina
na história da música.
como o ouvinte presente na estreia. Essa preocupação desencadeou sig-
The Glory and the Grandeur foi com-
nificativas e numerosas parcerias
posta por solicitação da Greensboro
com redes de televisão, das quais
Symphony e estreada em 1988, tendo
resultaram trabalhos premiados. The
como solista o Percussion Group
Glory and the Grandeur tornou-se
Cincinatti. A apropriação de ritmos
a obra mais televisionada do autor.
populares norte-americanos e o uso de escalas blues garantem à obra
Por sugestão de Al Otte, fundador
um ethos levemente nacionalista.
do Percussion Group Cincinatti, Peck
A definição de localizar o conjunto
parafraseou sua famosa peça para
de percussão à frente da orques-
trio de percussão, Lift-off!, na qual
tra – além de reafirmar a posição
sugere decolagens de helicópteros.
destacada do grupo solista – revela o
A partir desse material, desenvol-
cuidado, declarado pelo compositor,
veu uma cadência inicial enérgica.
com a inserção da movimentação
Intenso e vibrante, o Concerto faz,
dos músicos no palco como ele-
do teatro, ambiente apropriado à
mento dramático da obra. Para
construção de um espaço sonoro
Russell Peck, o gestual e os deslo-
complexo, dentro do qual os sons
camentos dos instrumentistas em
se cruzam em múltiplos pontos,
meio ao set de percussão são tam-
excitando a escuta do público.
bém componentes estruturais que agregam fluidez e auxiliam a expressão do discurso musical. Seu proces-
IGOR REYNER
so criativo não versa apenas sobre
Pianista, Mestre em Música pela
o som. Peck articula-o à imagem ao
Universidade Federal de Minas Gerais
considerar o concerto como uma
e Doutor em Literatura pelo King’s
experiência de impacto, singular.
College London.
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
VIOLONCELOS
TROMPAS
GERENTE
Rommel Fernandes –
Philip Hansen *
Alma Maria Liebrecht *
Jussan Fernandes
Spalla associado
Robson Fonseca ***
Evgueni Gerassimov ***
Ara Harutyunyan –
Camila Pacífico
Gustavo Trindade
INSPETORA
Spalla assistente
Camilla Ribeiro
José Francisco dos Santos
Karolina Lima
Ana Paula Schmidt
Eduardo Swerts
Lucas Filho
Ana Zivkovic
Emília Neves
Fabio Ogata
Arthur Vieira Terto
Lina Radovanovic
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Joanna Bello
Lucas Barros
TROMPETES
Risbleiz Aguiar
Laura von Atzingen
William Neres
Marlon Humphreys -Lima * Érico Fonseca **
ARQUIVISTA
Roberta Arruda
CONTRABAIXOS
Daniel Leal ***
Ana Lúcia Kobayashi
Rodrigo Bustamante
Nilson Bellotto *
Tássio Furtado
Rodrigo M. Braga
André Geiger ***
Rodrigo de Oliveira
Marcelo Cunha
TROMBONES
Claudio Starlino
Wesley Prates
Marcos Lemes
Mark John Mulley *
Jônatas Reis
Pablo Guiñez
Diego Ribeiro **
SEGUNDOS VIOLINOS
Rossini Parucci
Wagner Mayer ***
Frank Haemmer *
Walace Mariano
Renato Lisboa
Gideôni Loamir
FLAUTAS
TUBAS
Jovana Trifunovic
Cássia Lima *
Eleilton Cruz *
MONTADORES
Luka Milanovic
Renata Xavier ***
Rafael Mendes ****
Hélio Sardinha
Martha Pacífico
Alexandre Braga
Matheus Braga
Elena Suchkova
Luis Andrés Moncada
ASSISTENTES
Hyu-Kyung Jung ***
Rodrigo Castro
Radmila Bocev
Klênio Carvalho
TÍMPANOS Patricio Hernández
Rodolfo Toffolo
OBOÉS
Tiago Ellwanger
Alexandre Barros *
Valentina Gostilovitch
Públio Silva ***
PERCUSSÃO
Israel Muniz
Rafael Alberto *
Maria Fernanda Gonçalves
Daniel Lemos ***
VIOLAS
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Pradenas *
João Carlos Ferreira *
Sérgio Aluotto
Roberto Papi ***
CLARINETES
Flávia Motta
Marcus Julius Lander *
Gerry Varona
Jonatas Bueno ***
HARPA
Gilberto Paganini
Ney Franco
Clémence Boinot *
Katarzyna Druzd
Alexandre Silva
Werner Silveira
TECLADOS
Luciano Gatelli Marcelo Nébias
FAGOTES
Mikhail Bugaev
Catherine Carignan *
Nathan Medina
Victor Morais ***
Ayumi Shigeta *
Francisco Silva
* principal
** principal associado
*** principal assistente
**** musicista convidado
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho Delgado
Gonçalves Soares Filho
Conselheiros
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz Sunamita Souza
SALA MINAS GERAIS
Gerente de Produção Musical
Gerente Contábil
Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Roberto Mário
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Berenice Menegale
Assessora de Programação Musical
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Celina Szrvinsk
Gerente de Infraestrutura Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Operações
Quézia Macedo Silva
Jorge Correia
Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Iran Almeida Pordeus
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Daniel Hazan
Letícia Cabral
Diano Carvalho
Mauricio Freire
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Octávio Elísio
Carolina Moraes Santana
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Sérgio Pena
Fernando Dornas
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Cristiane Reis
Outubro nº 20 / 2019
Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino
Lívia Aguiar
DIRETORIA EXECUTIVA
Renata Romeiro
Diretor Presidente Diomar Silveira
Analistas de Marketing
ISSN 2357-7258
Diretor Administrativofinanceiro
Eventos — Lívia Brito
Assistente de Recursos Humanos
Projetos — Lilian Sette
Jessica Nascimento
Joaquim Barreto
Itamara Kelly
Diretor de Comunicação Agenor Carvalho
Diretora de Marketing e Projetos Zilka Caribé
Relacionamento —
Edição de texto
Godinho Delgado Berenice Menegale
Recepcionistas
Capa Detalhe de
Meire Gonçalves
L'Estasi di Santa Cecilia
Assistente de Marketing e Relacionamento
Vivian Figueiredo
– Pintura de Raffaello
Henrique Campos
Pedro Almeida
Assistente de Produção
Auxiliar Administrativa
Rildo Lopez
Geovana Benicio
Auxiliar de Produção
Auxiliares de Serviços Gerais
Jeferson Silva
Ailda Conceição
Sanzio (c. 1514)
Auxiliar Contábil
Diretor de Operações Ivar Siewers
Editora Merrina
Rose Mary de Castro
O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site. Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
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DIFERENÇA
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FIL ARMONICA.ART.BR/AMIGOS 3219-9029
NO CONCERTO Cuide da Sala Minas Gerais.
Seja pontual.
Traga seu ingresso ou cartão de assinante.
Não coma ou beba.
Desligue o celular (som e luz).
Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.
Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.
Se puder, devolva seu programa de concerto.
Faça silêncio e evite tossir.
Evite trazer crianças menores de 8 anos.
PRÓXIMOS CONCERTOS 7 e 8 nov, 20h30
PRESTO E VELOCE
16 nov, 18h
F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E L I T E R AT U R A
24 nov, 11h
C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E
28 e 29 nov, 20h30 5 e 6 dez, 20h30 12 e 13 dez, 20h30
PRESTO E VELOCE A L L E G R O E V I VA C E PRESTO E VELOCE
Restaurantes parceiros Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes
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