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Acolhidos pela FAS aprendem calcetaria e são certificados para o mercado de trabalho em Curitiba

Acolhidos pela Fundação de Ação Social (FAS), 15 homens que viviam em situação de rua em Curitiba se formaram nesta quarta-feira (15/2) no curso de calcetaria, que ensina a arte de fazer as calçadas de petit-pavê.

O evento, que contou com a presença do prefeito Rafael Greca, foi realizado no Senac Centro (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e concedeu certificação das quatro primeiras turmas do curso, que começou a ser ofertado em novembro de 2022 para capacitar esse público para o mercado de trabalho. Ao todo, 53 pessoas concluíram a capacitação.

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“É uma alegria muito grande estar aqui hoje e ver que um sonho meu, da Margarita (Sansone, primeira-dama), do vice-governador, Darci Piana, e sua esposa, Maria José, se tornou realidade”, disse o prefeito.

NOVOS CURSOS

Na oportunidade também foi celebrado um novo convênio entre o Senac e a Prefeitura de Curitiba, através da FAS, prevendo a oferta de novos cursos profissionalizantes gratuitos nas áreas de gastronomia, beleza, hospedagem, conservação, artes, comu- nicação e moda. Os cursos vão beneficiar 2.700 curitibanos que vivem em situação de vulneralibidade, que serão distribuídos em 130 turmas.

CALÇADAS ETERNAS

Greca citou o livro de autoria de Lúcia Torres, que registrou todas as calçadas de Curitiba, e explicou que a realização de um curso de calceteiro é para tornar as calçadas da cidade eternas.

“Queremos que as calçadas de Curitiba sejam eternas para os que ainda vão nascer. Elas são feitas de mármore de diabásio preto e de granito. Vocês que se formaram hoje tenham muito orgulho desse momento, da situação de desemprego que estão deixando, aceitando o compromisso de que vão ser trabalhadores e do bem, como dizia o meu avô, gente de ponta firme que não arrebenta serviço”, disse Greca.

Greca Exemplo De Prefeito

O vice-governador e presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, disse que se sentia muito feliz em realizar esta parceria com a Prefeitura que permitiu dar uma nova oportunidade na vida de muitas pessoas.

“Isso aconteceu graças aos esforços do prefeito Rafael Greca, que é um grande in- centivador de parcerias para capacitar pessoas em situação vulnerável”, comentou.

O vice-governador também considerou que o curso de calcetaria é uma pequena amostra das soluções que Curitiba encontra para dar mais qualidade para sua população.

“O Greca é um exemplo de prefeito neste país. Eu tenho andado muito por aí e ouço as maravilhas que falam de Curitiba e isso é graças à forma de governar do nosso prefeito”, elogiou Piana.

PRAÇA cetaria foram realizadas na Praça Solidariedade - onde a FAS implantou o Liceu de Ofícios da Construção, especialmente para o curso, e onde a Prefeitura mantém um complexo de atendimento a pessoas em situação e rua – e também no Mosteiro Monte Carmelo.

O Mosteiro Monte Carmelo, parceiro da FAS no atendimento a dependentes químicos, sediou duas turmas do curso em janeiro.

O documento que comprova a participação no curso é emitido pelo Senac. NOVOS CALCETEIROS Acolhido em um dos ho- téis sociais mantidos pela Prefeitura, Adriano de Lima, 38 anos, recebeu o certificado de Mestre Calceteiro com outros 14 colegas. Ele disse que gostou muito de ter participado do curso.

“É muito bom aprender coisas novas. Eu gostei muito de trabalhar encaixando as pedras. Já fiz até o meu primeiro trabalho como profissional: a calçada de uma casa no litoral”, comemorou Adriano. O jovem Wiliseu Maciel de Matos, 23 anos, que também está em hotel social, gostou muito da atividade.

“A gente vai moldando a calçada, fazendo desenhos de pinhão, letras ou números. Dá até para personalizar o desenho. Eu quero muito atuar nessa área agora que sou capacitado”, disse o rapaz.

ARTE MILENAR

Durante o curso, os novos calceteiros aprenderam como construir as famosas calçadas com pedras portuguesas, técnica de pavimentação que em Curitiba é chamada de petit-pavê. A turma aprende também sobre a história desse tipo de revestimento, trazida para Curitiba por imigrantes no início do século 20.

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