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Show Rural 2023 bate recorde de público e movimenta mais de R$ 5 bilhões
from 14/02/2023
O Show Rural de Cascavel, maior feira de agropecuária do Paraná, bateu recorde de público: 384.122 visitantes. É o maior público em cinco dias desde 1998, quando ela foi criada. O Governo do Paraná é um dos principais apoiadores da feira.
O Show Rural de Cascavel, maior feira de agropecuária do Paraná, bateu recorde de público: 384.122 visitantes. É o maior público em cinco dias desde 1998, quando ela foi criada. Foram movimentados R$ 5 bilhões em negócios (financiamentos, contratos, parcerias e compras) para modernização do campo e dos sistemas de produção. Os resultados foram apresentados nesta sexta-feira (10) pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, em coletiva de imprensa. Ele também anunciou a data da próxima edição: de 5 a 9 de fevereiro de 2024.
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“Os resultados alcançados mostram a força do agronegócio e a confiança dos produtores rurais em uma cadeia produtiva fundamental para o Brasil e para o mundo”, disse Grolli. Segundo ele, foram quase 100 mil pessoas a mais do que o maior público até então, em 2020, com 298.910 pessoas.
O Governo do Paraná é um dos principais apoiadores da feira. Empresas públicas levam estandes ao local para intensificar o diálogo com segmentos da economia e técnicos do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), composto por Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) e Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), participam de mesas redondas e apresentações sobre inovações no agronegócio.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior visitou o espaço na quarta e na quinta. Ele participou do lançamento de programas, entrega de investimentos a cooperativas e produtores rurais, discussões técnicas e assinaturas de novos convênios. Segundo ele, os investimentos constantes do setor em plantas industriais e na modernização do cultivo das lavouras, dentro do sistema cooperativista, aliado às políticas do Governo do Estado voltadas ao agronegócio e infraestrutura formam um modelo ideal para a continuidade do crescimento da economia do Paraná. Na quarta, ele participou da liberação de cerca de R$ 240 milhões do BRDE em contratos com cooperativas, produtores rurais, empresas e com a prefeitura de Cascavel. As contratações das cooperativas Coasul, Copagril, Copacol e Frimesa, das empresas Transvale, Sul América, Pluma Agro, Usina Weidmann, Irmãos Krefta, Agro Diferencial, Pisossul, 3DI Engenharia e JE Construtora, além de produtores rurais, somam aproximada- mente R$ 150 milhões, além de investimentos para a prefeitura de Cascavel adquirir ônibus elétricos. Ele também anunciou a liberação da transferência de R$ 238 milhões em créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a construção de novas usinas de energia renovável no Paraná. Os recursos fazem parte do crédito acumulado por sete cooperativas agroindustriais do Estado e serão utilizados pelos cooperados para a instalação de 409 usinas de energia solar e de biomassa em todo o Estado.
Ainda na quarta, expandiu as ações do Banco de Alimentos Comida Boa no Oeste, liberou a construção de uma escola e autorizou contratos de financiamentos de produtores rurais do Oeste do Paraná com o Banco do Brasil e a cooperativa de crédito Cresol, dentro do RenovaPR.
Na quinta, ele participou de uma reunião temática sobre gripe aviária. O Governo do Paraná estuda a viabilidade de formar um bloco com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul para proteger os produtores rurais de eventuais problemas sanitários decorrentes de possíveis casos que possam ocorrer em outras regiões do País. A estratégia foi discutida com membros do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). Ele também entregou tratores e painéis solares a produtores que contaram com apoio do Estado.
Na feira, o Estado também firmou um acordo com a multinacional de consultoria e tecnologia Indra Minsait para a instalação, no Paraná, do Digital Innovation Hub, um centro de capacitação de mão de obra na área de Tecnologia da Informação; lançou a governança da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni) da Unioeste, e aplicativos para melhorar as vendas das agroindústrias familiares; firmou parcerias para alimentação saudável; e o BRDE apresentou a nova edição do BRDE Labs.

Com boom populacional, Fazenda Rio Grande recebeu R$ 12 milhões para obras urbanas desde 2019
Desde que era um distrito de Mandirituba, Fazenda Rio Grande tem recebido grandes contingentes de trabalhadores oriundos do Interior em busca de trabalho e renda em Curitiba. A migração se acentuou nos anos 90 e na primeira década deste século. Governo do Estado auxilia dinâmica de infraestrutura da cidade.
Município paranaense que proporcionalmente mais cresceu na última década, Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, conta com o apoio do Governo do Estado para atender aos desafios da infraestrutura urbana decorrentes do aumento populacional.
Desde 2019, por exemplo, a Secretaria de Estado das Cidades já repassou R$ 12,3 milhões para a cidade, que, entre 2010 e 2022, passou de 81.687 para 167.315 habitantes, de acordo com dados preliminares do Censo, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente R$ 5,8 milhões estão em execução, R$ 7,2 milhões estão em fase de projeto ou análise e R$ 976 mil estão sendo licitados.
São obras como a pavimentação da Avenida das Américas, a marginal da BR-116, na entrada da cidade, que vai fazer o acesso do bairro Pátria Minha à Vila Capocu. Em fase final está a pavimentação de ruas no bairro Estado, também conhecido como Santa Maria. São 13 trechos de ruas que foram pavimentadas, trazendo uma cara nova para o local, uma antiga ocupação irregular que passou por um processo de regularização fundiária promovida pela prefeitura municipal e pelo Governo.
“Até uns anos atrás aqui era um barro só e quando chovia era um sofrimento, inclusive carro ficava encalhado. Eu trabalhava nessa época de dia e quando chovia tinha que colocar uma sacolinha no pé para poder ir trabalhar. Com esse asfalto melhorou muito. É uma evolução para a gente”, diz o comerciante Dicarlos Pereira, 46 anos, morador do Estado.
Desde que era um distrito de Mandirituba, Fazenda Rio Grande tem recebido grandes contingentes de trabalhadores oriundos do Interior em busca de trabalho e renda
Jogos paradesportivos em Caiobá estimulam inclusão e dão visibilidade a revelações
Projeto Vivência Paradesportiva Inclusiva foi realizado pelo Governo do Estado dentro da programação do Verão Maior Paraná. Programação incluiu futebol para cegos, vôlei sentado, beach tennis, surfe e bodyboarding em Curitiba. A migração se acentuou nos anos 90 e na primeira década deste século.

Paratletas de diferentes idades e modalidades participaram 11) de um projeto promovido pelo Governo do Paraná para realização de modalidades paralímpicas nas areias da praia de Caiobá, em Matinhos, no Litoral do Estado. A programação incluiu partidas de futebol para cegos na areia, vôlei sentado, surfe, bodyboarding e beach tennis dentro da estrutura montada para o Verão Maior Paraná.
As atividades iniciaram a partir das 9h e se estenderam até o fim da tarde. Atletas paralímpicos e outros aposentados participaram dos jogos ao lado de outros amadores, com inscrições abertas ao público diretamente no local. Duas cadeiras anfíbias também foram disponibilizadas para que as pessoas com dificuldade de locomoção pudessem viver a experiência de estar no mar de maneira segura.
Segundo o secretário de Estado do Esporte e coordenador do Verão Maior Paraná, Hélio Wirbiski, a iniciativa faz parte da estratégia estadual de valorização do paradesporto, iniciada em 2019. “É uma vivência paradesportiva mirando o PARAJAPS (Jogos Abertos Paradesportivos), que são competições organizadas anualmente pelo Governo do Estado, reunindo milhares de paratletas”, afirmou.
Dicarlos é um exemplo desse processo. Ele chegou ao município em 1997, com a esposa Andrea, dois filhos pequenos “e um sacola de roupa nas costas, sem conhecer ninguém”. À época, Dicarlos decidiu deixar a difícil vida de boia-fria em Ibema, no Oeste, em busca de oportunidade na Capital.
“Só não tínhamos onde morar. Aí na rodoviária de Curitiba nos disseram que em Fazenda Rio Grande tinha casa boa. Pegamos o ligeirinho e viemos para cá”, conta Di Carlos.
A mudança, diz, deu certo. “Temos nosso comércio e criamos três filhos, que tem seus empregos, casaram e fizeram sua vida, todos aqui perto da gente, ainda bem”.
O apoio do governo estadual é celebrado pelo prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes. “A nossa parceria é extremamente importante para o desenvolvimento e estruturação do nosso município. Com o apoio da Secretaria das Cidades fizemos a pavimentação quase que completa do Santa Maria, um dos lugares mais periféricos da cidade em que as pessoas nem sonhavam em ter pavimentação, calçadas em paver e toda a estruturação que um bairro precisa. No bairro Iguaçu, tivemos a pavimentação da Rua Açungui, uma das mais antiga de Fazenda Rio Grande. E agora temos também a obra na Avenida das Américas”, diz.
O secretário de estado das Cidades, Eduardo Pimentel, afirma que esse trabalho conjunto entre Estado e municípios tem como foco a melhora da vida das pessoas. “O objetivo da Secretaria das Cidades é justamente esse. É uma secretaria que traz um impacto direto e real nas ruas e nos bairros. Estamos con- seguindo ajudar Fazenda Rio Grande a superar esse desafio urbanístico, assim como nos colocamos como parceiros de todos os municípios do Paraná”, afirma.
Ele também lembrou que o Governo do Estado concluiu a reforma para ampliação em 30% da capacidade do Terminal de Ônibus de Fazenda Rio Grande, em um investimento de cerca de R$ 980 mil, e a entrega de 60 abrigos para pontos de ônibus, somando um investimento de R$ 297 mil ao município. Em 2019 ainda houve a implementação das linhas do transporte coletivo metropolitano F71 – FAZENDA/ GUADALUPE e I11 – ARAUCÁRIA/FAZENDA, facilitando as conexões com a Capital. OUTROS INVESTIMENTOS
Outro investimento grande que terá impacto direto na cidade será o Novo Contorno Sul de Curitiba. Estimada em R$ 550 milhões, a nova rodovia será uma continuação da atual PR-423, na ligação entre a Rodovia do Xisto, em Araucária, com Curitiba e Fazenda Rio Grande, na BR-116. O novo trecho contará com pavimento em concreto e vai funcionar como um segundo anel de desvio na região sul da Capital, tirando cerca de 25% do tráfego do atual Contorno Sul na região da Ceasa.

Na saúde, foi liberado em janeiro um pacote de investimentos para o município, num valor total de R$ 10,1 milhões. Os recursos serão destinados para a licitação de uma nova unidade de Pronto Atendimento (PAM), de um Centro de Fisioterapia, além de investimentos em áreas como Atenção Primária e aquisição de veículos. Na educação, Fazenda Rio Grande é parte do projeto de substituição de todas as salas de aula de maneira por eco construções, num investimento de mais de R$ 100 milhões para todo o Estado.
“Fizemos também um convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro para fazer um treinamento aos professores da rede estadual de ensino para que eles possam saber como receber crianças com deficiência e lidar com elas para que possam se tornar paratletas ou ao menos ter uma experiência melhor em relação à prática esportiva na escola”, completou Wirbiski.

Cego desde os três anos de idade, Mário Sérgio Fontes, outro responsável pela iniciativa, sempre se envolveu com o esporte. Ele foi o primeiro profissional de educação física cego do Brasil e representou o País nos Jogos Paralímpicos de Nova York (1984) e Seul (1988). Também foi aos Jogos de Atenas (2004) como coordenador da seleção de futebol de 5, e em Pequim (2008) como dirigente. Na Paralimpíada do Rio (2016), atuou como representante brasileiro da Federação Internacional de Esportes para Cegos, além de ter carregado a tocha paralímpica.
Atualmente, Fontes é coordenador estadual de paradesporto, vinculado à Secretaria do Esporte, e considera que o Paraná vive o melhor momento da sua história em relação ao tema. “Desde que iniciei a minha militância no paradesporto na década de 1980 hoje é o momento mais promissor porque nesse governo ele é tratado como prioridade”, disse.
“Recentemente foi criada a diretoria de Paradesporto e estamos implantando a educação paralímpica nas escolas estaduais, para que os estudantes, mesmo aqueles que não são deficientes, possam conhecer as modalidades paradesportivas, mostrando que o esporte é feito para todos e as pessoas com deficiência não podem ficar de fora disso”, concluiu.
Um dos alunos de Fontes quando ainda era criança é Tiago Paraná, que perdeu a visão aos cinco anos e atualmente é atleta de seleção brasileira de futebol de cegos e também participou do jogo de exibição ao lado de outros paratletas. Para ele, um evento como esse ajuda a tornar a modalidade mais conhecida do grande público .
“Muita gente frequenta a praia nessa época de calor, o que ajuda o público a conhecer outras modalidades além do esporte convencional e perceber que o deficiente pode fazer, já que muitos de nós nos dedicamos exclusivamente a isso. Desde que eu perdi a visão, fiz natação paralímpica, atletismo e golbol até me encontrar no futebol que sempre foi o meu sonho”, contou.
Ele está em fase de preparação para jogar o mundial da categoria na Inglaterra, em agosto, e os jogos Parapan-Americanos em novembro, no Chile, que dá vaga às paralimpíadas de Paris em 2024.
Após seis semanas, shows do Verão Maior Paraná terminam ao ritmo de Carnaval NOVAS PROMESSAS – Silmara França é técnica paradesportiva da Associação Paralímpica de Paranaguá, que é parceira da iniciativa do Governo do Estado. Ela levou um grupo de 15 crianças e jovens da APAE ao evento, Segundo ela, o projeto de inclusão esportiva é um estímulo importante para os paratletas e as equipes envolvidas.
“No geral, as pessoas que estão na praia nunca viram ações deste tipo, então é algo que nos motiva muito por dar mais visibilidade, além de ser um momento de diversão, promovendo a integração entre atletas profissionais, referências no esporte, e outros que estão apenas iniciando”, declarou.
Um dos membros da associação do município do Litoral é André Luiz Matias. Com apenas 16 anos, ele já foi campeão brasileiro sub-17 e sub-20 nas provas de arremesso de peso e disco, além de praticar o lançamento de dardo em categorias para pessoas com paralisia cerebral.
“Eu comecei graças a um amigo meu que indicou e até a professora me encontrar eu não sabia que eu podia ser um paratleta. O esporte tem me feito uma pessoa mais disciplinada e dedicada e eu acredito que ao verem como é estar junto com pessoas com deficiência os outros podem ver do que elas são capazes e que não existem limitações na vida delas”, opinou a jovem promessa paranaense.
PARADESPORTO
Nos últimos anos, graças a investimentos públicos como distribuição de kits paradesportivos aos municípios, o Paraná se tornou uma potência nessas modalidades. Outra ação de sucesso é o programa Geração Olímpica e Paralímpica, que atua com bolsa-atleta, e se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do Estado e também uma referência em todo Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo. Em breve, Curitiba também será sede do Centro de Esporte e Lazer Vila Oficinas, onde passarão a ser desenvolvidas as modalidades de vôlei sentado, golfe 7, goalball, bocha paralímpica e rugby em cadeira de rodas.