O outro lado do muro - uma viagem a Palestina

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FERNANDA CAMPAGNUCCI

sistemas de segurança, um dançarino afro-americano de uma das maiores companhias de dança do mundo, a Alvin Ailey American Dance Theater, foi detido no aeroporto Ben-Gurion. Jackson teve que dançar na frente dos agentes para provar sua participação no grupo. Ele é um dos veteranos da companhia, mas seu nome árabe o tornava suspeito. Jackson chegou junto com o grupo para uma performance em Tel Aviv, que foi escolhida como a primeira cidade da turnê da Alvin Ailey. “Passamos pelo controle de segurança, mas eu fui abordado e pediram que eu esperasse”, disse Jackson ao site israelense 37

YnewsNet . Ele foi, então, levado a uma sala de espera separada. Jackson contou que o interesse dos agentes era o seu primeiro nome, Abdur-Rahim. “Expliquei que meu pai se converteu ao Islã e me deu esse nome”. E então perguntaram o nome dos meus pais e o porquê da escolha. Ele tentou mostrar as brochuras em que aparecia dançando em várias performances, sem sucesso. “Eles viram as fotografias e pediram que eu dançasse ali mesmo. Eu estava envergonhado mas tinha medo que, se fizesse alguma coisa de errado, eu parecesse suspeito”. O dançarino fez, então, alguns passos na frente dos agentes e foi solto depois de alguns outros esclarecimentos. Ficou detido por mais de uma hora. A Autoridade Israelense de Aeroportos disse que “os detalhes do incidente são desconhecidos e nada foi encontrado em nossa investigação”.

37. If you want to enter Israel, dance. Reportagem de Reuven Weiss, publicada no site YnetNews.com em 9/9/2008

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