O outro lado do muro - uma viagem a Palestina

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O OUTRO LADO DO MURO

Em 1967, como resultado da Guerra dos Seis Dias, Israel ocupa todo o resto da Palestina (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Leste), além do Sinai egípcio e das Colinas de Golã, da Síria. Começa a colonização dos territórios ocupados. Em pleno feriado judaico do Dia do Perdão (Yom Kipur), em 6 de outubro de 1973, Síria e Egito promovem uma ofensiva contra Israel, para reconquistar seus territórios ocupados desde 1967. Após três semanas de combates, o Exército israelense consegue repelir os inimigos. Em 1979, o Estado judeu assina o primeiro acordo de paz com um vizinho árabe, o Egito, e devolve a Península do Sinai. Em dezembro de 1987, um veículo militar israelense atropela e mata quatro palestinos em Gaza, marcando o início da explosão da primeira Intifada – que se estendeu, depois, à Cisjordânia. A chamada revolta das pedras foi liderada por uma geração de jovens palestinos que cresceu sob a ocupação israelense e teve importante participação das mulheres. Durante três anos, morreram 800 palestinos e outros 15 mil foram presos. Do lado israelense, foram registrados 50 mortos. Em 1988 a Organização pela Libertação da Palestina, criada em 1964 e presidida por Yasser Arafat, proclama o Estado da Palestina, acata as resoluções 181 e 242 (que reconhece o direito de existência ao Estado de Israel, mas exige a retirada das forças ocupantes dos territórios palestinos), além de reafirmar a condenação ao terrorismo. O caminho estava aberto para as negociações de paz promovidas pelos norte-americanos e russos. Em 1991, uma conferência de paz é organizada em Madri. Em 1993, Israel e OLP se reconhecem mutuamente. Em uma cerimônia histórica na Casa Branca, Yasser Arafat e o primeiro-ministro

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