Conexão Pet

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Pet História

Leonardo da Vinci

(1452-1519)

Eles amavam os animais... Eles são conhecidos por grandes realizações. Mas você sabia que eles eram amantes de animais? A história da humanidade está recheada de grandes realizações fruto da inteligência e habilidade humanas. Não faltam grandes personagens históricos que ficaram marcados para sempre em nossos livros por seus feitos extraordinários. Além de terem contribuído para nossa evolução, alguns desses grandes realizadores também amavam animais. Esse amor, com certeza, é fruto de sua inteligência e visão à frente de seu tempo. Vamos conhecer algumas dessas pessoas incríveis.

Leonardo di ser Piero da Vinci foi um italiano de diversos talentos, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Como artista, da Vinci crirou algumas das obras mais conhecidas em todo o mundo como a Monalisa, a Última Ceia, o Homem Vetruviano, entre muitos outros trabalhos. Uma faceta, não é comumente divulgada, é a de amante dos animais. Giorgio Vasari, um dos principais biógrafos de artistas da época, anunciou, num dos seus escritos, a relação de Leonardo da Vinci com os animais: “Leonardo tinha um grande apreço pelos animais, que tratava com grande amor e paciência. Quando, por exemplo, passava em sítios onde se vendiam pássaros, tirava-os muitas vezes das gaiolas com as suas mães e, tendo pagado o preço pedido pelo vendedor, deixava-os voar, restituindo-lhes a liberdade perdida”. Acredita-se que Leonardo sempre teve animais de estimação, sobretudo gatos – objeto de um dos seus últimos desenhos – que eram poderosos aliados para afastar os ratos do seu atelier. A sua admiração pelos cavalos ficou expressa pelas inúmeras ocasiões em que o retratou, estudou e analisou, procurando igualmente “maravilhar o mundo” com a construção, frustrada, do “Cavalo de Sforza”, exemplar gigante em bronze.

O seu único animal de estimação conhecido foi um lagarto – trazido pelo jardineiro do Papa, segundo rezam as crónicas – com asas, cornos e barbas coladas com mercúrio que servia para assustar os seus amigos. Um deles foi Tommaso Masini que, opinando sobre Leonardo, referiu que “este não matava uma mosca fosse por que razão fosse e preferia roupas de linho para não vestir uma coisa morta”. Sabe-se agora que Leonardo da Vinci tornou-se vegetariano, recusando alimentar-se de animais.

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Mahatma Gandhi

(1869- 1948)

Arthur Schopenhauer

(1788-1860)

Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi, foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma nãoviolenta de protesto) como um meio de revolução. Gandhi ganhou notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto em prol da independência indiana (na época subordinada à Inglaterra). No dia 30 de janeiro de 1948, Gandhi foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a despeito do último pedido de Gandhi que foi justamente a não punição de seu assassino. A Gandhi são atribuídas frases que mostram seu respeito pelos animais: “Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos"; “A grandeza de um país e seu progresso podem ser medidos pela maneira como trata seus animais”. A neta de Gandhi, Tara Gandhi, é uma voz ativa no que diz respeito aos direitos dos animais.

Arthur Schopenhauer foi um filósofo alemão do século XIX.Seu pensamento é caracterizado por não se encaixar em nenhum dos grandes sistemas de sua época. Sua obra principal é O mundo como vontade e representação (1819), embora o seu livro Parerga e Paralipomena (1851) seja o mais conhecido. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o Budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã. Schopenhauer também combateu fortemente a filosofia hegeliana e influenciou fortemente o pensamento de Friedrich Nietzsche. O filósofo alemão levou uma vida solitária, acompanhado apenas por seu cão. Sua predileção por animais era filosoficamente justificada; segundo Schopenhauer, entre os cães, contrariamente ao que ocorre entre os homens, a vontade não é dissimulada pela máscara do pensamento. Uma frase comumente atribuída ao pensador alemão é: “A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem".

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Axel Munthe

(1857 – 1949)

Axel Martin Fredrik Munthe (Oskarshamn, Suécia, 31 de outubro de 1857 — Estocolmo, 11 de fevereiro de 1949) foi um médico, psiquiatra e escritor sueco. Sua obra mais famosa é The Story of San Michele ("O Livro de San Michele") publicada em 1929. Munthe também foi conhecido por sua natureza filantrópica e por advogar os direitos animais. Após a publicação de “San Michele”, escreveu um livro a que deu o título “Homens e Bichos”, traduzido para a língua portuguesa pelo escritor António Sérgio, onde apresenta histórias sobre animais e das suas relações com o ser humano. Ao médico sueco é atribuída a frase: “O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas”.

Albert Schweitzer

(1875 – 1965)

Albert Schweitzer foi um teólogo, músico, filósofo e médico alemão, nascido na Alsácia, então parte do Império Alemão (atualmente, uma região administrativa francesa). Foi um grande amante dos animais. Ele relata que, mesmo antes de ir para a escola, lhe era incompreensível o fato de que nas orações da noite que sua mãe fazia com ele apenas os seres humanos fossem mencionados. “Assim, quando minha mãe terminava as orações e me beijava, eu orava silenciosamente uma oração que compus para todas as criaturas vivas: Oh, Pai, celeste, protege e abençoa todas as coisas que vivem; guarda-as do mal e faz com que elas repousem em paz”. Ele conta de um incidente acontecido quando ele tinha sete ou oito anos de idade. Um amigo mais velho ensinou-o a fazer estilingues. Por pura brincadeira. Mas chegou um momento terrível. O amigo convidou-a a ir para o bosque matar alguns pássaros. Pequeno, sem jeito de dizer não, ele foi. Chegaram a uma árvore ainda sem folhas onde pássaros estavam cantando. Então o amigo parou, pôs uma pedra no estilingue e se preparou para o tiro. Aterrorizado ele não tinha coragem de fazer nada. Mas nesse momento os sinos da igreja começaram a tocar, ele se encheu de coragem e espantou os pássaros. Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a França, como

prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da guerra confinados num campo de concentração. Nesse período, Albert escreve sobre a decadência das civilizações. Com o final da guerra, retoma seus trabalhos e, ante a visão de um mundo desmoronado, declara: “Começaremos novamente. Devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”. Extasiou o mundo com sua vida e sua obra, e em 1952, recebe o Prêmio Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “Grande Homem”.

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Albert Einstein

(1879-1955)

Albert Einstein oi um físico teórico alemão radicado nos Estados Unidos. Cem físicos renomados o elegeram, em 2009, o mais memorável físico de todos os tempos. É conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Recebeu o Nobel de Física de 1921, pela correta explicação do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar de não prever tal possibilidade. Uma das figuras mais famosas da história, tornou-se vegetariano apenas em seu último ano de vida, embora tenha apoiado a ideia há muito tempo antes disso. Numa carta a Max Kariel, em 1953, ele disse: “Eu sempre comi carne animal com consciência pesada“. Em outra carta, um ano depois, dessa vez a Hans Muehsam, constatou: “Então eu estou vivendo sem gorduras, sem carnes, sem peixes, mas estou me sentindo muito bem dessa forma. Sempre me pareceu que o homem não foi nascido para ser um carnívoro“.

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