Projeto revista 2017 2

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E D IT O R I AL

A SERVIÇO DA SOCIEDADE Antonio Maciel Aguiar Filho

Antonio Maciel Aguiar Filho é Presidente da Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia e Identificação Humana FENAPPI.

Recentemente foi noticiado que muitas cidades brasileiras figuram entre as mais violentas do mundo. Esse é um título nada honroso e requer um trabalho cada vez mais inteligente e especializado. Esclarecer um crime não é uma tarefa simples e fácil. Requer a cuidadosa construção da prova, neste campo os papiloscopistas têm dado bons exemplos de que podem contribuir para a elucidação de crimes apresentando a autoria de delitos, seja a partir de fragmentos papilares ou de imagens de suspeitos. Mas, enfim, quem é esse profissional? Qual a sua importância para a sociedade? Para o Dr. Paulo Gustavo Gonet Branco, “Os Papiloscopistas são profissionais que lidam com vestígios humanos em busca da verdade que anima o Processo Penal.” A ciência papiloscópica é o elemento científico mais eficaz para a identificação do corpo, e com menor custo, constituindo, assim em um importante fator para a promoção da cidadania e da dignidade humana. Está sustentada em três princípios básicos da identificação humana; perenidade (por toda a existência), imutabilidade (não se altera) e variabilidade (não se repetem). Outro princípio importante na consolidação da papiloscopia como cerne da identificação humana, sobretudo na esfera criminal é o “princípio do intercâmbio ou da troca”, do cientista forense Edmond Locard (1877-1966), afinal toda cena de crime contém evidências, vestígios que podem levar a autoria de um delito. O que precisa ser feito então para se incrementar o combate a criminalidade, sobretudo quando a autoria de delitos? O setor pericial do país apresenta inúmeros problemas no seu cotidiano, podemos citar: número insuficiente de profissionais; baixos salários; estrutura inadequada de equipamentos; falta de formação continuada e intercâmbio; falta de orçamento próprio; problemas na gestão; desorganização das carreiras, dentre outros. Entretanto quanto a autoria do delito, objetivo maior da justiça, acreditamos que dois fatores são fundamentais neste propósito, pois apresentam resultados imediatos. Primeiro investimentos por parte dos governos na modernização dos orgãos oficiais de identificação e segundo, recuperação do efetivo dos peritos em papiloscopia. Parece simples, mas não é, o que se verifica em larga escala e muito propagado na midia são investimentos aplicados na busca de perfis genéticos de condenados, que na verdade são quase inoperantes brasil afora, afinal, praticamente inexiste parametros comparativos.


N E S TA E D IÇ ÃO PF desarticula quadrilha que desviou R$ 1,15 milhão da previdência no Maranhão

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Falsificação de documento r e p r e s e n ta 7 5 % d a s f r a u d e s r e g i s tradas em MG

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Ex-marido é preso em Curitiba e c o n f e s s a a s s a s s i n at o d e e s t u d a n t e de Direito

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E Q U I P E D O I I - G O S E D E S TA C A N A L I S TA G E M D E T R A B A L H O S A P R O V A D O S N O CONGRESSO DE IDENTIFICAÇÃO

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Falsificação de documento representa 7 5 % d a s f r a u d e s r e g i s t r a d a s e m MG

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Firmado protocolo de intenções para c o l e ta d e b i o m e t r i a p a r a c a r t e i r a d e identidade nos cartórios de registro civil goianos

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Criança que nasceu com 4 dedos na mão tem indicador transformado em polegar

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P e r i ta P a p i l o s c o p i s ta d e A q u i d a u a n a s e d e s ta c a n a c i o n a l m e n t e p o r at u a ç ã o n a F o r ç a N a c i o n a l

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Exclusivo: Perito impede fraude durante liberação de corpo em Ilhéus

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R e t r at o s f a l a d o s g a n h a m s tat u s de obra de arte

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Decreto do governo pernambucano traz insegurança jurídica para os p a p i l o s c o p i s ta s d o e s ta d o

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Tecnologia antifraude identifica cliente de banco poR jeito de tocar no celular e usar mouse

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Temer sanciona lei que cria documento de identificação unificado

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N o v o M é t o d o d e c o l h e i ta d e i m p r e s s õ e s d i g i ta i s e m p e n a s d e a v e s d e rapina poderia ajudar a capturar c r i m i n o s o s d a v i d a s e lv a g e m

I M P O R TA N C I A D A P E R I C I A P A P I L O S C O P I C A

EX PE D IE N T E DIRETORIA TRIÊNIO 2017-2020

TESOUREIRO ADJUNTO N a d i e l D i a s d a C o s ta- D F

DIRETOR REGIONAL CENTRO-OESTE Simone de Jesus-GO

PRESIDENTE ANTÔNIO MACIEL AGUIAR FILHO-GO

DIRETOR JURÍDICO Andre Luiz Torres Gomes-TO

DIRETOR REGIONAL NORDESTE Celio Henrique Cavalcanti-PE

VICE PRESIDENTE Rodrigo Meneses de Barros-DF

DIRETOR JURÍDICO ADJUNTO Neuma Kelen Carneiro Silva-TO

DIRETOR REGIONAL SUDESTE C e l i a S u e ly S i l v a F e r n a n d e s - S P

S E C R E TÁ R I O G E R A L A nt ônio Tadeu Ni coletti Pe re ira-E S

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO SOCIAL J e n ilson de Je s us Go me s -S E

DIRETOR Comercial WANDERSON R. ORCINO - GO

DIRETOR ADMINISTRATIVO Paulo Ayran da Silva Bezerra –PF-DF

DIRETOR REGIONAL SUL Mariliz de Souza Ribas-PR

C ONTATO (6 2 ) 3 2 7 8- 5 9 5 4 e - ma il fe na ppir e vis ta @o utl o o k.com

TESOUREIRO Pedro Gonçalves Canedo -GO

DIRETOR REGIONAL NORTE José Luiz Pereira Filho

DESIGn GRÁFICO (6 2 ) 9 85 2 8- 3 7 5 3


no tí ci a

Investigação começou em 2015 e identificou um esquema que fraudava documentos para saques de benefícios previdenciários e de assistências. Por G1 Maranhão, São Luís, MA

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uas pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal que investiga crimes contra a previdência, no Maranhão. A ação foi batizada de ‘Duo Fratres’, que vem do latim e significa ‘dois irmãos’ em alusão ao grau de parentesco dos ditos pela PF como líde-

presos em outras oportunidades no interior do Maranhão, eles foram para Teresina e estavam usando outras identidades. Os possíveis crimes praticados são estelionato previdenciário, uso de documento falso, falsidade material e ideológica, lavagem de capitais e associação criminosa. A polícia informou que foi determinada a apreensão de valores e bens, “incluindo veículos e propriedades dos investigados, além de mais de 100 benefícios e a convocação de 200 tituEsquema fraudava documentos para saques de

lares para a realização de auditoria”.

benefícios previdenciários. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)

res do esquema criminoso responsável por um prejuízo na ordem de R$ 1,15 milhão. As duas prisões e o cumprimento ainda de três mandados de busca e apreensão foram realizados na manhã desta terça-feira (13), em Teresina (PI). O levantamento da Polícia Federal começou em 2015 e identificou um esquema que fraudava documentos para saques de benefícios previdenciários e de assistências fossem feitos em nomes de pessoas mortas. Por isso, os policiais acreditam que evitaram um rombo total de R$ 5,7 milhões. Os investigadores identificaram 300 benefícios previdenciários e 40 documentos falsos com os dois investigados, que não tiveram os nomes revelados. Depois de serem

(Foto: Vitor Santana/G1)

PF desarticula quadrilha que desviou R$ 1,15 milhão da previdência no Maranhão

Investigadores identificaram 300 benefícios previdenciários e 40 documentos falsos com os dois investigados. (Foto: Divulgação/Polícia Federal) http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/ pf-desarticula-quadrilha-que-desviou-r-115milhao-da-previdencia-no-maranhao.ghtml

IMPORTANCIA DA PERICIA PAPILOSCOPICA P r e s o s e n v o lv i d o s n a m o r t e d e p r o f e s s o r d e E d u c a ç ã o F í s i c a e m I ta g u a í Por Jornal do Brasil

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oliciais da 50ª DP (Itaguaí) prenderam, nesta sexta-feira (9), Leonardo Rodrigues Castilho e Aguinaldo Santos Machado, pelo crime de homicídio. Eles são acusados de terem matado o professor de Educação Física Diego Barbosa dos Santos, cujo corpo foi encontrado, no dia 06 de maio, no leito da linha férrea, em Itaguaí. Durante as investigações, os agentes encontraram o carro da vítima abandonado em uma estrada deser-

ta naquela localidade. A autoridade policial foi ao local acompanhado de sua equipe e arrecadou o veículo, que foi periciado.

Crim e teri a si do moti vado por rel ações homoafeti vas e ntre os envolvi dos A perícia papiloscópica encontrou fragmentos de digitais que, após

pesquisa, resultou na identificação de um dos suspeitos do crime. O delegado representou pela prisão dos envolvidos, que foi concedido pela Justiça. De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por relações homoafetivas entre os envolvidos. http://m.jb.com.br/rio/noticias/2017/06/10/ presos-envolvidos-na-morte-de-professor-deeducacao-fisica-em-itaguai/

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notíc ia

Ex-marido é preso em Curitiba e confessa assassinato de estudante de Direito P o r F e l i p e R i b e i r o e F l áv i a B a r r o s

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Polícia Civil prendeu, na manhã deste domingo (4), o principal suspeito pela morte da estudante de Direito Mahara D’avila Scremin, de 23 anos. Enio Ivan Bertoncello, de 32 anos, é ex-marido dela e foi detido em casa, na esquina das ruas Bartolomeu Lourenço de Gusmão e Antônio Schiebel, no bairro Boqueirão, em Curitiba. Além do assassinato, ele é investigado por tentar forjar um latrocínio, que é roubo seguido de morte. Vizinhos estranharam a intensa movimentação em torno da residência durante a manhã. A Banda B entrou em contato com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que confirmou a prisão, mas

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Ex-marido foi preso pelo crime (Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução Facebook)

Mahara morreu aos 23 anos

informou que só irá se pronunciar nos próximos dias. Mahara foi encontrada morta dentro de casa na noite de quarta-feira (31). A universitária estava com dois cortes da faca no pescoço e a casa dela foi revirada. Ela morava sozinha em casa e foi encontrada por uma prima. Dentro da casa havia copos usados, pratos e talheres espalhados, que foram utilizados para a confir-

mação das digitais. No Facebook, o suspeito chegou a postar uma imagem de luto e recebeu as lamentações de vários amigos. Fontes ligadas à Banda B confirmaram que Enio confessou o crime. Mahara cursava Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e estava no último ano. A DHPP deve detalhar o caso e falar sobre possíveis motivações nos próximos dias. http://www.bandab.com.br/jornalismo/ ex-marido-e-preso-em-curitiba-e-confessaassassinato-de-estudante-de-direito/


no tí ci a

Falsificação de documento representa 75% das fraudes registradas em MG Equipe do Jornal Hoje encontrou várias formas de obter documento falso. A c a d a 1 5 s e g u n d o s a l g u é m t e n ta c o m e t e r a f r a u d e n o B r a s i l , d i z S e r a s a .

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alsificadores de documentos estão usando informações de cidadãos brasileiros para emitir carteiras de identidade que não tem validade alguma. Em uma volta rápida pelo centro de Belo Horizonte, capital mineira, a equipe do Jornal Hoje encontrou vários grupos oferecendo documentos falsos. De acordo com a Serasa, a cada 15 segundos alguém tenta cometer uma fraude usando documentos falsos no Brasil. São tentativas de golpes como abrir uma conta bancária com dados de outra pessoa, pedir financiamento e cartões de crédito usando o nome de terceiros ou comprar uma linha de telefone com as informações de outro. Em muitos casos, a conta fica para a vítima pagar. Na Praça Sete, a mais movimentada de Belo Horizonte, a equipe do Jornal Hoje usou uma câmera escondida para chegar aos falsificadores sem despertar desconfiança. Um dos homens se apresenta como o intermediário para fornecer uma carteira de identidade falsificada. O documento deveria ser emitido pelo órgão de segurança pública do estado. Na primeira abordagem, um rapaz aponta o caminho: - Compra a identidade dele na mão dele, pronto. - Mete uma foto nela. É só você plastificar ela de novo e colocar negócio, quer ver, ó? - Vai ter que tirar a foto aí, ó. - Mas quanto você vai me vender? - Ah, véio, me dá uns 40 reais nela aí. Outro ambulante oferece um RG feito sob encomenda, com papel que ele diz ser original e cobra caro. “R$ 1.200 dá pra fazer pra você. Você dá um sinal de R$ 600. Tem quase trinta anos que eu trabalho aqui.” Na praça ainda é possível conseguir comprovante de endereço e

contracheque, para comprovação de renda, com o mesmo nome que virá na carteira de identidade. “Faz um contracheque num valor de uns R$ 1.800 por mês que você ganha. Com desconto de passagem, vale-transporte, desconta almoço, tem tudo descontadinho no contracheque, original. Aí cai de uns R$ 1.800, cai pra uns R$ 1.500.” Nem a presença da Polícia Militar inibe os vendedores. Produtor: A gente ficar aqui assim não é perigoso, não? Vendedor: Não, vamos ali anotar os negócios aqui. Na entrega do documento, ele tenta enganar: Vendedor: Aqui pra você ver. Do mesmo jeito, aqui ó, está escaneado, está vendo? Escaneado, tudinho igualzinho da identidade mesmo, olha pra você ver. Produtor: A sua é menor, tá vendo? Aqui. Coloca aqui. Tá vendo? Debaixo do outro. Tá vendo? Vendedor: Vou lá buscar no tamanho original, então. Falou? O homem volta com uma carteira de identidade que diz ser original. “Agora é quente, pelando”. O documento está sem fotografia, para o comprador colocar a foto que quiser. “Coloca o dedão, assinatura, está vendo aí? E atrás aí, ó.” Ele ainda oferece outros serviços: “pra você conseguir uma carteira de motorista no nome dele, você vai ter que vir, vai ter que tirar uma foto sua. Você me dá ela e vê quanto que os caras cobram lá. Diploma também, nós arruma (sic).” A pedido do Jornal Hoje, a perita judicial Glaura Malheiro Vidal Trindade analisou o documento e constatou que o papel não é original. Contudo, isso só foi possível com a ajuda de equipamentos especiais.

“A olho nu passa, é uma falsificação perfeita, tem imitações de vários elementos de segurança. Com esse documento a pessoa, o portador conseguiria abrir contas em bancos, abrir crediários, fazer compras em lojas, em estabelecimentos comerciais, e talvez até tirar outros documentos porque os conferentes na maioria das vezes não têm tempo e não tem aparelhagem necessária para fazer uma análise.” A Polícia Civil confirma que os dados da carteira de identidade são verdadeiros. A pessoa realmente existe, tem 29 anos e mora no interior de Minas Gerais. Ela não possui antecedentes criminais e nunca fez um boletim de ocorrência sobre a perda de documentos. Mesmo assim, informações pessoais como nome dos pais, data de nascimento e CPF foram parar nas mãos de criminosos. O delegado-chefe da divisão de fraudes Vicente Ferreira Guilherme ficou surpreso com a qualidade da falsificação do documento. “Se ela tivesse plastificada eu dificilmente conseguiria falar se isso é verdadeiro ou falso.” O documento foi entregue ao delegado-chefe da divisão de fraudes da Polícia Civil de Minas Gerais que vai investigar o caso. A pena para o crime de falsificação é de dois a oito anos de prisão. Quem usa o documento falso também pode ser condenado - a pena vai de dois a seis anos.

http://g1.globo.com/jornal-hoje/ noticia/2014/02/falsificacao-dedocumento-representa-75-dasfraudes-registradas-em-mg.html?utm_ source=whatsapp&utm_medium=sharebar-desktop&utm_campaign=share-bar

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notĂ­c ia

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no tí ci a

Criança que nasceu com 4 dedos na mão tem indicador transformado em polegar Bebê de dois anos foi submetido a cirurgia de policização, que transformou o dedo indicador em um polegar, para que a criança ganhasse funcionalidade na mão Menina de dois anos nasceu com apenas 4 dedos na mão direita e sem o osso rádio, do mesmo braço (Foto: Divulgação)

(Imagem: Divulgação)

Essa não foi a primeira e nem será a última cirurgia em que Paulo Henrique Ruschel, médico ortopedista e traumatologista do hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), transformará um dedo indicador em um polegar. Embora sejam

casos raros e incomuns, há crianças que nascem com dedos a menos ou mesmo ossos faltando, resultado de uma desordem genética durante o desenvolvimento na gestação, sem causa aparente. Foi o caso de uma menininha de

dois anos, nascida no Rio Grande do Sul, e que “recuperou” o polegar no fim de março em procedimento chamado de policização - transformação em polegar. Além do dedo, ela nasceu sem o osso rádio, localizado no braço direito. A condição fez com que a mão “caísse” para o lado, prejudicando o movimento do punho e a utilidade da própria mão. Cerca de 70% da funcionalidade da mão depende do polegar, de acordo com o médico, que também é cirurgião da mão e de microcirurgia reconstrutiva e professor convidado da Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre, da disciplina de Ortopedia. “O paciente sem o polegar perde muito a função da mão, que é pegar os objetos. O polegar fica de frente aos demais dedos, e esse movimento de oponência permite escrever, digitar, segurar as coisas. Tudo isso será possível para a menina agora”, explica Ruschel. Embora pareça, na conversa com o médico especialista, que o procedimento de transformar um indicador em um polegar seja simples, ele exige muitos detalhes nos ossos e músculos da mão. O dedo indicador, por exemplo, possui quatro ossos – as conhecidas “falange, falanginha e falangeta”, além do metacarpo, que é o osso da mão. O polegar, por outro lado, tem apenas três: duas falanges e o metacarpo. “Foi preciso retirar uma parte desse

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notíc ia indicador, mantendo a cabeça do osso, que passa a ter outra função. Uma parte do metacarpo se transforma em trapézio e, junto com as mudanças de músculos, permitem que o polegar vá de encontro aos outros dedos, fazendo o movimento de pinça”, explica o médico. Mesmo não sendo possível “construir” um novo osso do rádio, o punho

da menina foi reajustado a uma posição mais centralizada, para facilitar o movimento. “Colocamos em uma posição mais funcional que aquela desviada. Isso permite o movimento do punho, que facilitará na hora que ela for escrever e fazer outras atividades”, diz Ruschel.

Procedimento de policização transformou o dedo indicador em polegar (Foto: Divulgação)

Exclusivo: Perito impede fraude durante liberação de corpo em Ilhéus

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ma possível fraude foi impedida neste final de semana, envolvendo a identificação de um corpo no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Segundo informações, o perito técnico, Jeandson, impediu que um corpo fosse liberado com o nome falso. O corpo, identificado inicialmente como sendo de Kaike Jardim de Oliveira, foi necropsiado pelo DPT de Ilhéus e, durante o exame pericial de necropapiloscopia, o perito notou que as impressões digitais

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não eram coincidentes. Ao entrar em contato com a família, o DPT foi informado que na verdade tratava-se do corpo de Rogério da Silva Damasceno. PROCEDIMENTOS – De acordo com os procedimentos do DPT, quando o corpo de uma pessoa é encaminhado para que seja realizado o exame de necrópsia, após esta perícia, o cadáver ainda passa por outro exame, o de necropapiloscopia (identificação por digitais). O fato ainda está sendo investiga-

I d a d e é i m p o r ta n t e Para garantir a qualidade de vida da criança, o tratamento deve ser feito o quanto antes, para que o cérebro não tenha tempo de se adaptar a ter poucos dedos a controlar. O médico Pedro Henrique Ruschel sugere que até o primeiro ano de idade a criança pode receber uma tala, que mantenha o punho em uma posição adequada. A cirurgia do polegar, por outro lado, pode ser feita por volta dos dois anos de idade. “Os resultados dos procedimentos, quando feitos depois, com três, quatro ou cinco anos de idade, não são tão bons em comparação a quem fez mais cedo. Isso se deve a questões de informação cerebral. O cérebro se adapta a essa posição sem polegar e depois ele não consegue mandar informações com a mesma agilidade para o dedo – mesmo que esteja na posição adequada”, explica Ruschel. http://www.gazetadopovo.com. br/viver-bem/saude-e-bem-estar/ crianca-com-4-dedos-tem-indicadortransformado-em-polegar/

do pela Polícia Civil e o corpo está custodiado no DPT , aguardando nova tentativa de identificação.

http://www.agravo.blog.br/2017/04/03/ exclusivo-perito-impede-fraude-duranteliberacao-de-corpo-em-ilheus/


no tĂ­ ci a

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notíc ia

Decreto do governo pernambucano traz insegurança jurídica para os papiloscopistas do estado POR MAIS NOTÍCIAS

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Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação (FENAPPI) ao tomar conhecimento, da publicação do Decreto nº 44.469, de 22 de maio de 2017, que regulamenta o art. 6º da Lei Complementar nº 137, de 31 de dezembro de 2008, vem CONTESTAR a publicação do referido decreto. “Por isso, apoiamos a paralisação dos peritos papiloscopistas do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) e a emissão de laudos e documentos identificação pessoal em todo o estado pernambucano desta quarta (24/5)”, explica o presidente da Fenappi, Antonio Maciel Aguiar Filho. Maciel explica que na data de ontem, o referido Decreto surpreendeu os servidores dessa singular carreira. “A falta de diálogo trouxe insegurança jurídica à carreira. Enquanto isso, o meliantes devem estar comemorando. Afinal, enquanto estão a cada dia mais organizados, a segurança pública desestabiliza-se com discussões e ações inócuas que enfraquecem as estruturas e fragilizam o bom serviço que é devido aos cidadãos. Para que alterar rotinas que apresentam incontestáveis resultados resolvendo casos complexos?”, defende o perito. Casos resolvidos pela perícia papiloscópica de PE. O caso do assassinato do médico Artur Eugênio – que teve como mandante um colega de trabalho; e o caso da fisioterapeuta Mirella Sena, assassinada em casa por um vizinho são alguns bons exemplos do bom serviço desempenhado até aqui. O decreto também acaba com as equipes “RASTRO”, peritos papiloscopistas lotados no DEPATRI, e que são responsáveis pelas perícias papiloscópicas nos roubos e explosões nas agências bancárias no Estado de Pernambuco.

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Á r e a s

Aparentemente, falta conhecimento sobre todas as áreas de atuação dos peritos papiloscopistas - perícia papiloscópica ( autoria de crime ou absolvição de suspeitos), perícia prosopográfica (reconhecimento facial), perícias de representação facial humana (retrato falado e projeção de envelhecimento), perícia necropapiloscópica (identificação cadavérica), identificação civil e criminal. “Para se analisar apenas uma delas, em termos simples, numa cena de crime, por exemplo, os peritos papiloscopistas são os responsáveis por responder a pergunta “Quem?’, ou seja, a autoria do crime e os peritos criminais respondem a pergunta “Como?”, ou seja, a dinâmica do crime, revela Maciel.

E strut u r a

Segundo ele, estudando-se qualquer tratado sobre criminalística, sabe-se que a perícia é una e indivisível, sendo composta por dezenas de áreas específicas, como a dos países mais desenvolvidos do mundo. No Brasil, conforme evidenciam toda a estrutura das perícias e as Recomendações n° 6 e 7 do – Conselho Nacional de Segurança Pública - CONASP, a criminalística é dividida tradicionalmente em três áreas, composta de instituto de criminalística - IC, instituto de identificação – II e instituto de medicina legal – IML.

F un ç õe s

“Em regra, o IC busca a materialidade dos crimes e, eventualmente, a identificação por arcada dentária e DNA (alguns estados têm laboratórios

de DNA independentes dos demais), o II a revelação das impressões digitais em locais de crime, a busca da autoria do delito e identificação das vítimas, e o IML a causa mortis, lesões corporais e também a identificação de cadáveres. As três atividades fazem perícias de identificação civis e criminais e trabalham de maneira autônoma, harmônica e indissociável, compondo o tripé da estrutura administrativa da chamada polícia científica”, afirma o presidente da Fenappi.

Su bo r di nação

Maciel alega que pelo princípio da autonomia, não há que se falar em subordinação, submissão ou preterimento de um perito em relação aos outros, do mesmo modo como os tribunais superiores já pacificaram o entendimento de que não existe hierarquia entre as provas. “Ora, é evidente que não pode haver tratamentos diferenciados para os diversos peritos especializados, ferindo a isonomia, autonomia e ainda correndo-se o risco de se fragmentar a perícia, como infelizmente ainda ocorre em algumas unidades da federação, fruto de muitos anos de prevalência de uma ou outra área em detrimento das demais”, diz.

P Ls no Co ng r ess o Naci o nal

O perito papiloscopista também registra que o mérito de questão semelhante, quando se tratou da oficialidade de todos os peritos em papiloscopia do Brasil, já foi aprovado no PLS 240/09 (PL 5649/09) de autoria da senadora Ideli Salvatti no Congresso Nacional e do PL


no tí ci a 2754/2011 do Deputado Luciano Castro, recentemente aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados, devido à grande relevância dos laudos desses peritos e necessidade de se resguardar a segurança jurídica nas investigações criminais e identificação de vítimas e desaparecidos.

FA T O S

As atribuições e prerrogativas institucionais dos cargos públicos previstos no art. 6º da Lei Complementar Estadual nº 137, de 31 de dezembro de 2008, onde para o cargo de Perito Papiloscopista, encontram-se previstas as atribuições de praticar os atos de Polícia Judiciária definidos na esfera de sua competência técnica e funcional pelo Código de Processo Penal e por outras normas que regem essa atividade, inclusive técnicas e éticas; dirigir, planejar, coordenar, assessorar, supervisionar, executar, fiscalizar controlar as atividades administrativas e operacionais do órgão ou da unidade técnica sob sua direção. “A categoria “perito papiloscopista” sempre foi comprometida com a assistência a população na segurança pública. Nesse sentido, o governo precisa valorizar os profissionais, oferecendo remuneração justa, boas condições de trabalho e realização de concurso público para o cargo e reconhecimento de suas atribuições. As impressões digitais identificam o ser humano e o tornam único. O papiloscopista é o perito em identificação humana que utiliza a papiloscopia para determinar a autoria de crimes a partir de vestígios papilares, para estabelecer identificação humana a partir de um indivíduo ou cadáver. Atualmente, os papiloscopistas também desempenham as atividades de perícia prosopográfica e perícia de Representação Facial Humana”, pondera Antonio Maciel Aguiar Filho. Ele recorda a dificuldade na identificação das vitimas do recente massacre no Complexo Penitenciário Anisio Jobim, em Manaus (AM) que demonstrou a necessária e urgente

inserção dos sistemas biométricos no plano nacional de segurança publica para todos os órgãos oficiais de Identificação dos Estados, pois, segundo ele, só assim a população carcerária passará a ser realmente individualizada, afinal é comum e recorrente pessoas inocentes terem seus dados subtraídos e utilizados por criminosos. A finalidade da identificação criminal datiloscópica é precisamente garantir que todo indiciado em processos criminosos ou condenados em geral sejam realmente os indivíduos alcançados pela lei. “Recentemente, a perícia papiloscópica solucionou mais um caso de repercussão, inclusive, internacional: o acidente aéreo envolvendo os jogadores do Clube de Futebol Chapecoense. Onde todos os corpos foram rapidamente identificados pelos peritos papiloscopistas deslocados do Brasil para a Colômbia para exercerem sua expertise. A rapidez e a segurança das identificações se deu em função dos dados constarem em bancos biometricos e a validação oficial dos peritos em papiloscopia da Policia Federal e dos Estados”, analisa Maciel. O perito ressalta que a FENAPPI tem apontado ao longo do tempo uma série de problemas na segurança pública do Brasil ligado a identificação humana, buscando soluções junto aos gestores e responsáveis. Entre eles estão, a ausência, em alguns estados, de peritos papiloscopistas; equipes de perícia incompletas, condições precárias de trabalho, precariedade de infraestrutura de unidades, falta de segurança no trabalho e outros insumos essenciais. Além do excesso de demanda causado pelo aumento da criminalidade. Falta respeito à população e aos profissionais. Não basta investir recursos significativos na busca de perfis genéticos de condenados, a lei é restritiva e o banco de dados será sempre deficitário, se constitui portanto, em processo complementar de identificação criminal. “Embora os investimentos anunciados sejam expressivos, isso não necessariamente resulta em um sistema

de segurança mais eficiente, exatamente porque soluções mais viáveis economicamente são desprezadas. O governo deve incluir a modernização dos órgãos oficiais de identificação como prioridade para dar respostas eficientes e seguras às demandas de diversas áreas, seja civil ou criminal. É urgente a implantação de Sistemas ABIS (Automatic Biometric Identification System), a população não pode continuar a sofrer por erros de gestão de quem conduz as pastas de Segurança Pública. Apostar na perícia papiloscópica acima de tudo é promover a inclusão social, a cidadania e direitos humanos, assegurar a prevenção social da violência e da criminalidade e redução da impunidade, trazendo a justiça, a paz social, a segurança jurídica, e apontar, sempre que necessário, com o máximo de segurança, a autoria ou inocência de alguém envolvido em algum crime”, enfatiza o presidente da Fenappi. Outro ponto relevante a ser considerado, segundo ele, é investimento em inteligência policial, pois o crime está organizado, sobretudo em facções, utilizando meios tecnológicos e armas de ponta. As políticas de segurança, seja federal ou estadual, precisam investir em recursos técnicos e científicos que contribuam para o aperfeiçoamento das investigações e da eficiência das operações, buscando a produção de provas da materialidade e da autoria de delitos. A criminalidade não para nem espera. “Temos que chegar antes que as balas, os incêndios e a impunidade tragam desesperança num ano tão conturbado e instável”, finaliza.

http://www.justicaemfoco.com.br/descnoticia.php?id=121896&nome=Decretodo-governo-pernambucano-trazinseguranca-juridica-para-ospapiloscopistas-do-estado

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notíc ia

Temer sanciona lei que cria documento de identificação unificado Identificação Civil Nacional vai reunir dados biométricos e civis da população. P o r G u s tav o A g u i a r , G 1

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presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (11) a lei que cria a Identificação Civil Nacional (ICN), um novo documento que unificará os dados biométricos e civis dos brasileiros. O novo documento ficará a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações ficarão associadas ao registro biométrico, que já vem sendo feito pelo órgão e deve ser concluído até 2022 em todo o país, e à foto do cidadão. A ICN unificará o Registro Geral (RG), o Título de Eleitor e o Cadastro de Pessoa Física (CPF) – eles continuarão válidos, mas precisarão ser substituídos quando perderem a validade. Ficam de fora do registro unificado a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o Passaporte. A primeira, porque pode ser retida órgão de trânsito em caso de infração; o segundo, porque é uma exigência de outros países. A lei traz três vetos no texto original aprovado pelo Congresso em abril. Um deles exclui a gratuidade da primeira via do documento – que, portanto, deverá ser paga pelo cidadão. Os outros vetos eliminam a impressão do documento exclusivamente pela Casa da Moeda – o que, segundo o governo, sobrecarregaria

o sistema - e a pena estipulada no texto original em caso de comercialização do banco de dados do TSE para criar o documento. Ainda não há data para que o novo documento comece a ser emitido. Para isso, o banco de dados com as informações dos cidadão ainda precisará ser criado. A previsão é de que isso só ocorra depois de 2020. “O Brasil é um dos campeões de fraude, principalmente no sistema financeiro, onde se estima R$ 60 bilhões de prejuízo motivado pela tripla ou quadrupla identificação”, afirmou o presidente da Fecomércio, Guilherme Domingos Afif, idealizador do novo cadastro.

De acordo com Afif, o TSE chegou a identificar pessoas que chegavam a ter 50 identificações diferentes. Atualmente, é possível solicitar a emissão de um RG diferente em cada estado brasileiro. “O cidadão é um só. Se ele é um só, por que precisa ter tanto número de identificação? Porque cada um quis fazer o seu ‘cadastrinho’, ser dono do seu cadastro. Ter cadastro é ter poder. A tendência é acabar com isso”, explicou. http://g1.globo.com/politica/noticia/ temer-sanciona-lei-que-cria-documento-deidentificacao-unificado.ghtml

Documento de identificação unificado (Foto: Reprodução/TV Globo)

Atendimento 3442-2196 14


Dr. Licinio Eleutério Pacini Leal OAB-GO 32.428

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OAB-DF 40.296

9 8126 8750 9 8402 4114 9 9386 7296


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EQUIPE DO II-GO SE DESTACA NA LISTAGEM DE TRABALHOS APROVADOS NO CONGRESSO DE IDENTIFICAÇÃO

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quipe do Instituto de Identificação da Policia Civil de Goiás se destaca na listagem de trabalhos selecionados pela Comissão Técnica do XIV Congresso Brasileiro de Identificação. O evento ocorrerá em Brasília entre os dias 29 e 31 de agosto e abordará a temática da Identificação Humana. O congresso contará com a presença de palestrantes do Brasil e do exterior, pertencentes a diferentes áreas do conhecimento, que abordarão as melhores práticas e soluções para processos e atividades de identificação, estudos de casos, inovações e tendências do uso de biometrias e outras tecnologias de identificação. Papiloscopistas e Datiloscopistas do Instituto de Identificação de Goiás tiveram seus trabalhos aprovados e

escolhidos para serem apresentados durante o evento e muitos foram baseados nas experiências profissionais adquiridas em acontecimentos no Instituto. A Instituição fica muito feliz pelo número de profissionais que nos representarão. Dentre vinte e cinco dos resumos selecionados, nove são do II-GO. Parabéns a todos os escolhidos e sucesso na apresentação dos temas. Confira abaixo os trabalhos selecionais – Revelação de Impressões Digitais Latentes em Luvas de Latéx : Um Estudo de Caso – Bruna Daniella – Papiloscopia Auxilia a Identificar Serial Killer em Goiânia – Walderlin O. Mota

– Papiloscopia Revela Pessoa Civilmente e Criminalmente Identificada em Três Estados Brasilieros – Priscila A. R. Bueno – Revelação de Impressões Digitais Latentes Utilizando Resíduos de Toner: um estudo de Caso – Jaqueline Santana Santos – A Invisibilidade da Papiloscopia da Persecução Penal de Goiás – Simone Marques Rosa – A importância da Identificação Necropapiloscópica na Investigação Criminal: relato de caso – Simone de Jesus – A Importância do Sistema AFIS Nacional (INI-DPF) – Antônio Maciel Aguiar Filho –Goiás Biométrico como Instrumento para a Prevenção e Detecção de Fraudes – Nayra G. Lima – Nova Aplicação Forense para o Reagente de Pequenas Partículas: Superfície Seca e Irregular – Dhiogo M. Silva Além dos trabalhos apresentados, haverá um minicurso sobre “Documentoscopia aplicada à papiloscopia” que será ministrado pelo Diretor do Instituto de Identificação de Goiás (II-GO) Antônio Maciel e outro ministrado pelo datiloscopista da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) Bruno Costa sobre “Entrevista forense e comunicação não verbal para papiloscopia”. http://institutodeidentificacao.policiacivil.go.gov. br/noticias/equipe-do-ii-go-se-destaca-na-listagem-de-trabalhos-aprovados-no-congresso-de-identificacao.iigo

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Santo AntĂ´nio do Descoberto

(61) 3626-1272


notíc ia

Firmado protocolo de intenções para coleta de biometria para carteira de identidade nos cartórios de registro civil goianos 15 de abril de 2017 Hoje recebemos em nosso gabinete o Presidente da ARPEN Brasil, Dr. Arion Toledo, juntamente do ex Presidente, Dr. Calixto e os representantes da ARPEN-GO, pauta, protocolo de intenções com vista a parceria e convênio com os Cartórios.04/04/17

Representantes da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) esteve em Goiás no início do mês, onde foi firmado um “protocolo de intenções”, para que todos os Cartórios de Registros Civis do Estado sejam pontos de atendimento dos Institutos de Identificação, recepcionando os documentos e coletando biometrias para emissões de 1ª e 2ª vias de Carteira de Identidade.

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A novidade aconteceu durante visita de Arion Toledo Cavalheiro Júnior, presidente da Arpen-Brasil e do Instituto de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen-PR), e Calixto Wenzel, membro do conselho superior da Arpen-BR, ao Instituto de Identificação da Polícia Civil do Estado de Goiás e ao presidente da Federação Nacional dos Peritos e Papiloscopistas em Identificação (Fenappi),

Antonio Maciel Aguiar Filho. Os dois representantes da Arpen-BR também visitaram a sede da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de Goiás (Arpen-GO), onde foram recepcionados pelo atual presidente, Mateus da Silva, e pelo diretor da associação nacional e ex-presidente da Arpen-GO, Rodrigo Barbosa Oliveira e Silva, para tratar de assuntos de interesse da classe. Arion ressaltou que foi muito bem recebido pelos membros da associação goiana, que agradeceram ao ex-presidente da entidade nacional, Calixto Wenzel, que apoiou durante sua gestão (2015-2017), a implantação do fundo de ressarcimento dos atos gratuitos e aos cartórios deficitários do Estado. Também falaram sobre os desafios que o fundo goiano vêm enfrentando, e ouviram do atual presidente da Arpen-BR que a associação dará todo o apoio necessário, entrando na causa como Amicus Curiae. “Juntos somos mais fortes para encarar os desafios da classe”, destacou Arion.

http://www.rotajuridica.com.br/firmadoprotocolo-de-intencoes-para-coleta-debiometria-para-identidade-nos-cartoriosgoianos/


ar ti g o

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á um ano, a Perita Papiloscopista de Aquidauana Giselia Subtil Maldonado, vivenciou experiências profissionais no mínimo diferentes e desafiadoras. Ela iniciou sua jornada no Departamento da Força Nacional de Segurança Pública (DFNSP), embarcando para o Rio de Janeiro e juntou-se aos quase nove mil homens e mulheres que fizeram a segurança de um dos maiores eventos esportivos do mundo, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Logo após os Jogos, Gisa, como é conhecida entre os colegas, foi para Brasília onde participou da 8ª instrução de Nivelamento de Conhecimento (INC-PERICIA-2016). Um curso que contou com a participação de Peritos Criminais, Papiloscopistas e Médicos-legistas de todo o Brasil. O objetivo do INC foi nivelar os conhecimentos aplicados à perícia, com aulas teóricas e práticas de diversas temáticas relacionadas à Perícia Técnica Científica. O curso teve duração de três semanas. A conclusão é um requisito obrigatório para atuação nas operações da Força Nacional.

D e s taq ue e n t re m i l i ta r es do B r a s i l t o do Após a realização do curso, a Perita Papiloscopista sul-mato-grossense foi convidada a ministrar aulas para a formação de 450 policiais e bombeiros militares na 62ª INC (Instrução de Nivelamento de Conhecimento)

Fonte: Sinpap/MS

Perita Papiloscopista de Aquidauana se destaca nacionalmente por atuação na Força Nacional do DFNSP. Gisa ministrou a disciplina de “Técnicas de Isolamento de Preservação em Locais de Crime”, no estado de São Paulo, e depois na Academia Nacional de Polícia, em Brasília (DF).

Perita de Aquidauana se destacou na Região Nordeste do Brasil No início de 2017, Giselia foi enviada à Aracaju (SE) para realizar um diagnóstico da perícia criminal daquele Estado, com o objetivo de dar início ao Plano Nacional de Segurança Pública de Combate a Homicídio, do Ministério da Justiça. Posteriormente, foi mobilizada para atuar em Natal (RN), considerada uma das capitais mais violentas do país. Em Natal, atuou em parceria com os peritos daquele Estado, prestando apoio técnico operacional, confecção de laudos de demandas reprimidas e confecção de laudos de perícias requisitados diariamente, desta forma, a Papiloscopista Giselia pôde auxiliar o Instituto Técnico Científico (ITEP-RN) a atingir as metas e diretrizes operacionais e administrativas traçadas pela gestão. Em relação aos exames periciais, Giselia atuou mais em pericias necropapiloscópicas, por conta dos altos índices de homicídios registrados na cidade, e o aumento da demanda de entrada de cadáveres no IML (Instituto Médico Legal), que necessitam de identificação para liberação dos corpos. Além de perícias em objetos e veículos provenientes de crimes que

envolviam homicídios. Um dos trabalhos periciais mais importantes realizados por Giselia foi a perícia papiloscópica em um veículo envolvido em um latrocínio (roubo seguido de morte), que culminou na morte de um policial militar em dezembro de 2016, perícia esta realizada três meses depois do fato, em março de 2017. Por meio da coleta das impressões digitais foram identificados os dois autores envolvidos no crime. A realização dessa perícia foi fundamental para a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, já que possibilitou solucionar o caso e desmantelar uma quadrilha especializada em roubo a bancos e malotes. Está registrado em documentos oficiais o significativo reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos por Giselia. Um dos elogios foi emitido pelo coordenador da Operação PNSP Natal-RN Perícia e Perito Criminal da Força Nacional de Segurança Pública, Ladislau Brito Santos Júnior. Em seu discurso, reforçou as virtudes profissionais da perita. Outro merecido elogio veio da diretoria do Instituto de Criminalística do RN, Lydice Carolinne Guerra, que ressaltou amplamente a exemplar postura ética, os valores pessoais e a qualidade do trabalho prestado por Giselia Subtil Maldonado, Perita Papiloscopista de Mato Grosso do Sul. A Perita Papiloscopista retornou ao estado no dia 30 de abril, trazendo muitas histórias, grandes experiências vividas na perícia do país, além de elogios de sua importante passagem pela Força Nacional.

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artigo

Retratos falados ganham status de obra de arte Rostos do arquivo da Polícia Civil e s tã o e m e x p o s i ç ã o

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IO - Muitas vezes, depois que um bandido comete um crime, a polícia elabora, com orientações da vítima ou de uma testemunha, um retrato falado. O desenho ajuda a identificar o criminoso. Mas não é só. O rosto descrito também pode virar uma obra de arte. A artista plástica Mayra Rodrigues fotografou cerca de mil desenhos de bocas, testas e queixos que fazem parte do banco de dados da Polícia Civil. Combinados por um programa de computador, os fragmentos ajudam a dar forma a novos retratos. Nas mãos de Mayra, viraram obras que serão expostas na mostra “Me chamo Kiki e estou aqui prestes a lhe conhecer”, que abrirá as portas nesta sexta-feira na Galeria Oriente, no Flamengo. - É uma exposição que pensa o processo de construção da imagem. Durante o trabalho, fui me dando conta da importância da figura do outro neste trabalho - conta Mayra. Mostra abre encontro internacional de fotografia A exposição multimídia de Mayra Rodrigues, com curadoria de Marco Antonio Portela, marca a abertura da FotoRio 2017 (Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro). Serão apresentadas 14

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POR SIMONE CANDIDA obras, entre vídeos, pinturas, desenhos e esculturas. Uma das que mais chamam a atenção é uma instalação de 3,40 metros de altura. Nela, a artista imprimiu 600 pedaços de rostos num tecido, que recebeu iluminação interna. Outra atração é um tríptico, no qual são reproduzidos olhares, bocas e narizes que Mayra capturou do acervo da polícia. A mostra traz ainda um cubo de acrílico transparente com 27 fragmentos de rostos, numa referência ao brinquedo cubo mágico.

PUB L IC I DADE A artista conta que a ideia de fazer um projeto usando imagens de retratos falados nasceu de uma volta ao passado. Em 1977, quando era estudante de filosofia da Universidade de São Paulo (USP), Mayra foi presa por policiais e fichada pelo Dops por participar de uma manifestação pela volta da democracia. Quarenta anos depois, ela teve acesso ao seu arquivo em papel e, ao ver sua foto, pensou na evolução deste tipo de arquivo policial. — Queria pensar a imagem como forma de controle social e resolvi analisar como seria esse processo hoje, quando temos a imagem

Caras e bocas. Mayra Rodrigues com uma das instalações da mostra, que usa imagens do banco de dados da polícia - PABLO JACOB / Pablo Jacob

biométrica. Fiz uma parceria com uma empresa canadense que, a partir da minha foto, reproduziu a biometria de meu rosto, um desenho abstrato. Mas achei que podia ir além, então decidi procurar a polícia do Rio e tentar fazer uma retrato falado meu a partir da descrição que eu faria de mim mesma — conta Mayra. A artista chegou à Cidade da Polícia com lenço na cabeça e óculos grandes, para que o desenhista não pudesse reconhecê-la como a mulher descrita.

Leia mais: https://oglobo.globo.com/rio/ retratos-falados-ganham-status-de-obra-dearte-21323133#ixzz4gtXJdBkR


ar ti g o

Tecnologia antifraude identifica cliente de banco por jeito de tocar no celular e usar mouse B i o m e t r i a c o m p o r ta m e n ta l rastreia os trejeitos d i g i ta i s pa r a b a r r a r r o b ô s e humanos invasores. P o r H e lt o n S i m õ e s G o m e s , G 1

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mpressões digitais, íris e retina dos olhos, expressão fácil e outros traços biométricos já são usados para destravar sistemas de segurança de bancos --e de smartphones também. Mas instituições financeiras no Brasil adotaram outro jeito de o cliente provar que é quem diz ser. A biometria comportamental analisa os cacoetes digitais únicos de uma pessoa, desde como mexe o mouse até o jeito de tocar o celular, o que leva em consideração o dedo usado e até a forma de segurar o aparelho. O sistema criado pela israelense BioCatch roda na plataforma de nuvem corporativa Azure, da Microsoft, que vai apresentá-lo a partir desta terça-feira (6) no CIAB Febraban, congresso de tecnologia da informação para instituições financeiras. O G1 conversou com executivos da empresa norte-americana, que explicaram como ela funciona. A biometria comportamental funciona de modo invisível enquanto um cliente navega pelo site ou no aplicativo de alguma instituição financeira, explica Maurício Craveiro,

Consumidores usam celular durante apresentação de novo smartphone da Xiaomi. (Foto: Edgard Garrido/ Reuters)

especialista em cloud e analtycs da Microsoft Brasil. Da mesma forma que, uma impressão digital única é associada a um usuário, nesse sistema, é o padrão de comportamento virtual que ajuda a identificar uma pessoa. O objetivo, diz ele, é barrar indivíduos que tentem se passar pelo dono da conta e robôs criados para fazer invasões de forma automática. “O sistema trabalha com algumas patentes que identificam a função

cognitiva humana e consegue identificar se você é você”, explica Craveiro. Para isso, a plataforma vai captando trejeitos digitais para compará-los com: a) os de um ser humano e; b) com os do perfil do próprio usuário. Alguns desses traços são: Caminho do mouse Velocidade com que mexe o mouse Com qual dedo toca no celular (indicador ou polegar)

Sistema de biometria comportamental indentifica uso do mouse por robôs e por humanos para barrar fraudes em sistemas bancários. (Foto: Divulgação/Biocatch)

É destro ou canhoto? Intensidade com que clica no celular Ângulo com que segura o celular Mais de 500 variáveis são analisadas para identificar o usuário. “Quando você está digitando o seu próprio e-mail não precisa usar ‘control+c e control+v’. Para a cognição do ser humano, é mais fácil escrever a palavra inteira novamente, você não corrige uma ou duas letras”, exemplifica. “Outro caso comum e curioso: o internet banking faz a seta do seu mouse sumir. Aí você tem que mexer no mouse para ela reaparecer.”

Um robô até pode mexer no mouse, mas vai fazer isso de forma mecânica, diz. Para exemplificar a situação, a empresa mapeou a forma como um malware, um programa malicioso, “move” o cursor. O resultado é um desenho geométrico, formado por linhas paralelas e perpendiculares cuidadosamente traçadas. Já a imagem produzida pelo caminho do mouse controlado por um humano é uma série de rabiscos desordenados. Senhas continuam A ideia não é substituir as senhas necessárias hoje tanto para acessar

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artigo serviços quanto para autorizar transações, afirma Adriano Bottas, diretor da Microsoft Brasil para mercado financeiro. Já há empresas usando a tecnologia no Brasil, mas a Microsoft não revela quais são. A biometria comportamental funciona como uma camada adicional de

segurança. O que pode mudar, diz Bottas, é a profusão de pedidos de credenciais (senha do cartão, senha do internet banking, dígitos especiais, token etc) a cada operação dentro de um serviço financeiro. “O cliente vai perceber que o aumento do atrito na relação [com o banco]

vai diminuir com o tempo ou pelo menos vai parar de piorar. A segurança dele está sendo preservada mesmo sem a adição novos dispositivos”, explica Bottas. http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/tecnologia-antifraude-identifica-cliente-de-banco-por-jeito-de-tocar-no-celular-e-usar-mouse.ghtml

Novo Método de colheita de impressões digitais em penas de aves de rapina poderia ajudar a capturar criminosos da vida selvagem N o v o M é t o d o d e c o l h e i ta d e i m p r e s s õ e s d i g i ta i s e m p e n a s d e a v e s d e r a p i n a p o d e r i a a j u d a r a c a p t u r a r c r i m i n o s o s d a v i d a s e lv a g e m por DAVID SCOTT

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ova descoberta para recuperar as impressões digitais nas penas de aves de rapina ajuda a capturar os criminosos da vida selvagem. Em junho de 2017, a Universidade de Abertay, em Dundee, na Escócia, publicou um trabalho pioneiro na Conferência Internacional da Sociedade da Ciência Forense de Vida Selvagem, em Edimburgo. A estudante de doutorado Helen McMorris descreveu como algumas técnicas poderiam ajudar a provar a participação do ser humano em crimes ocorridos na vida selvagem. O último relatório sobre a crimonalidade de pássaros revelou quase 200 mortes de aves de presa no Reino Unido em um único ano, dado esse que incluiu algumas das aves de rapina mais raras da Escócia. Embora os testes toxicológicos possam provar que uma ave de rapina foi envenenada e o esfregaço de DNA confirmou um ataque de cachorro, até aquele presente momento não havia uma confirmação precisa do envolvimento humano. De acordo com a Sra. Mc Morris, professora da Divisão de Ciências

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de Abertay, a falta de evidência forense pode dificultar a investigação dos crimes da vida selvagem, onde já é difícil garantir uma acusação. “Há algumas semanas atrás, pelo menos dois casos foram desconsiderados pelos tribunais porque as imagens de vídeo foram consideradas inadmissíveis”. “Minha pesquisa tem investigado a formação das impressões digitais em penas de aves de presa na tentativa de fornecer possíveis evidências. A estrutura de uma pena é muito semelhante à estrutura da tecelagem fina de alguns tecidos como a seda. Recentemente, descobriu-se que o tecido com uma contagem de fio de três por milímetro pode sustentar uma marca de dedo ou uma marca de captura e, após o exame microscópico, verificou-se que as penas de ave de rapina têm uma contagem de farpas de três por milímetro, sugerindo que elas poderiam sustentar uma marca de dedo “. O trabalho ajudaria os investigadores ao mostrar se um pássaro tinha sido manuseado por um ser humano. Os pesquisadores também encon-

traram o pó mais eficaz na coleta de uma impressão digital. A Sra. McMorris acrescentou: “A formação de uma impressão digital ocorre quando se tem um forte contraste de cor entre a superfície de fundo e a impressão desenvolvida”. “Em penas, isso mostrou ser muito difícil, pois os pós mais usados pelos papiloscopistas como o pó magnético preto ou pó de alumínio não eram adequados para uso. Os pós que se apresentaram mais eficazes foram o pó fluorescente magnético verde e o vermelho. Eles fluorescem quando confrontados com um comprimento de onda da luz azul e visto através de um filtro amarelo. Essa fluorescência suprime a cor de fundo, deixando de ser problemática, permitindo que a impressão digital desenvolvida seja claramente visível”. Após essas descobertas, as estatísticas do último Relatório Anual sobre Crimes de Vida Selvagem na Escócia confirmaram 18 crimes contra aves de presa na Escócia em 2015. http://www.express.co.uk/news/ uk/814316/wildlife-criminals-new-methodtaking-fingerprints-feathers-birds-prey


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