A VIDA DE BUDA

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A Vida do Buda a montanha Meru submergisse nas águas, mesmo se as estrelas caíssem como chuva sobre a terra, eu não morreria. Somente Eu, de todos os homens, sobreviveria à ruína do mundo! Não chore, mãe! Aproxima-se o tempo quando atingirei a suprema sabedoria.” Maya sorriu ao ouvir as palavras do seu filho; ela curvou-se por três vezes, e então ascendeu ao céu, sob o som de alaúdes celestiais. A Deserção dos Cinco Discípulos 19/10/2011 às 10:00 Por seis anos, o herói permaneceu às margens do rio e meditou. Ele nunca procurou abrigo do vento, do sol ou da chuva; permitiu moscas, mosquitos e serpentes picarem-lhe. Estava alheio aos meninos e meninas, aos pastores e lenhadores, que zombavam dele quando passavam e que às vezes atiravam-lhe pó ou lama. Jejuou severamente: uma fruta e alguns grãos de arroz ou gergelim compunham a sua alimentação. Tornou-se muito magro; seus ossos apareciam proeminentemente. Mas sob a sua testa magra, seus olhos dilatados brilhavam como estrelas. E ainda assim a verdadeira sabedoria não lhe veio. Sentiu que estava tornando-se muito fraco, e percebeu que se ele definhasse, nunca alcançaria o objetivo que havia colocado para si. Então, ele decidiu alimentar-se melhor. Havia uma aldeia chamada Uruvilva, próxima ao local onde Siddhartha permanecia longas horas em meditação. O líder dessa aldeia tinha dez filhas. Elas reverenciavam o herói, e traziam-lhe grãos e frutos (obtidos) por meio de donativos. Ele raramente tocava esses donativos, mas, certo dia, as meninas noticiaram que ele havia comido tudo o que elas lhe ofereceram. No dia seguinte, elas vieram com um grande prato

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