presidencia carta rio junior

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Apresentação da Federação Fundada em 1998, a RioJunior conta com uma história muito rica, que em diversos momentos se confunde com a história da própria Brasil Júnior e do MEJ Brasileiro. Em seus 14 anos, a Federação organizou um ENEJ e um JEWC, foi uma das fundadoras da Brasil Júnior, esteve representada em diversas diretorias da Confederação ao longo dos anos, viveu um momento de quebra, se reergueu, e hoje congrega 16 Empresas Juniores de 6 cidades diferentes e presentes em 9 das principais Universidades do Rio de Janeiro, representando cerca de 800 Empresários Juniores que passam pelas EJs Fluminenses por ano. Em 1999, apenas um ano após a sua fundação, a RioJunior já organizava o primeiro EFEJ, com o intuito de integrar o MEJ Fluminense, e permaneceu realizando o evento anualmente até 2004, antes de assumir a responsabilidade de organizar o ENEJ 2005. Ainda na fundação da Brasil Júnior em 2003, no OXI ENEJ em Salvador, a RioJunior teve o privilégio de contribuir para o MEJ Nacional elegendo o primeiro Presidente da Confederação, Leonardo Cassol. Em 2004, a RioJunior esteve representada novamente na Diretoria Executiva da Brasil Júnior, desta vez na Diretoria de Qualidade com Filippe Apolo, que começou a construir alguns dos principais projetos que servem de base para o desenvolvimento do MEJ até hoje. Em 2005, a RioJunior realizou o que para muitos havia sido o maior ENEJ até então, congregando mais de 1.100 pessoas na cidade do Rio de Janeiro, e servindo de referência para muitos eventos seguintes. Entretanto, por uma série de fatores o evento gerou um prejuízo que causou a quebra da Federação e de algumas das Empresas Juniores que estavam organizando o evento, resultando na total desarticulação do MEJ Fluminense. O ano de 2006 foi um período crítico na história da RioJunior, onde praticamente não existiu uma Federação, com exceção ao esforço e dedicação de Edna Ribeiro, que permaneceu como única Diretora no processo de renegociação de dívidas e reconstrução da organização. Em 2007 e 2008 a RioJunior continuou a se reerguer, elegendo novamente uma Diretoria para a Federação, e participando de projetos importantes da Brasil Júnior na época, como o WikiMEJ e o Red EJ. Até que 2009 a RioJunior se consolida novamente como a representante do MEJ no Estado do Rio de Janeiro, tendo como principais marcos a organização do EFEJ 2009, o primeiro após a quebra, e a eleição de José Luiz Fonseca para a Diretoria de Comunicação da Brasil Júnior. Os anos de 2010 a 2012 foram importantes para o amadurecimento da Federação, registrando avanços importantes em diferentes frentes de trabalho. A RioJunior passou a trabalhar com uma equipe executiva dando apoio à Diretoria, desenvolveu um programa 2


de suporte para as Empresas Juniores Federadas, expandiu a sua atuação para Cidades no interior do Estado, e articulou parcerias com organizações importantes para se consolidar como a principal organização que representa o Empreendedorismo Universitário no Rio de Janeiro. No que diz respeito ao MEJ, este período também foi bastante intenso, com a Federação novamente assumindo a Diretoria de Comunicação da Brasil Júnior, em 2011 com Thiago Romano, entretanto este se desligou da Confederação antes mesmo que o seu mandato fosse concluído. Já em 2012 a RioJunior, em conjunto com a FEJEMG, JADE e Brasil Júnior, protagonizou a realização do maior evento da história do Movimento Empresa Júnior, o JEWC 2012. O evento reuniu mais de 2.100 Empresários Juniores de diversas partes do mundo na cidade de Paraty, promovendo uma profunda reflexão sobre o papel do MEJ frente à Sociedade, e sobre como jovens com espírito empreendedor podem causar um grande impacto no mundo.

Objetivos da Candidatura 1. OBJETIVOS DA FEDERAÇÃO

Como Federação, a RioJunior sempre buscou exercer o papel de protagonista dentro do Movimento Empresa Júnior. Ela possui uma história rica em desafios e superação, além de ter participado ativamente de alguns dos momentos mais marcantes do MEJ nacional. Como vocação, a RioJunior se identifica através da frente do desenvolvimento colaborativo, da efetiva interação com a sociedade e do profundo conhecimento do seu mercado. Estes fatores culturais são permeados pelos valores organizacionais e são os direcionadores de suas ações. Diante do seu histórico, vocação e de amadurecimento a RioJunior se vê pronta para voltar a assumir a responsabilidade de presidir a Brasil Júnior, somente por enxergar a oportunidade de fazer a diferença e contribuir efetivamente para que o MEJ nacional atinja novos e altos patamares.

2. OBEJETIVOS PESSOAIS

Enquanto Presidente da MultiConsultoria eu tive a oportunidade de liderar um grande processo de mudança e foi justamente neste período que tracei a minha visão pessoal. O processo por inteiro foi fundamental para que eu desenvolvesse a disciplina do autoconhecimento e pudesse apurar a minha concepção de propósito. Desde então tenho me 3


aplicado para alinhar as minhas ações com a minha essência, buscando construir o caminho até a minha visão. As minhas experiências dentro e fora do MEJ me tornam apto para assumir a posição de Presidente da Brasil Júnior, mas é apenas o meu propósito que me conecta com este desafio. “Ser um líder global, que impacta e transforma vidas”, é com base nesta motivação que pretendo assumir a Presidência da Brasil Júnior.

Apresentação do Candidato MARCUS BARÃO Curso de Graduação: Administração Período: 9° IES: UFRRJ Empresa Júnior de origem: MultiConsultoria Federação de origem: RioJunior Tempo de MEJ: Quatro anos E-mail: marcusvbarao@gmail.com Telefone: 21 7980 7182 / 8365 0300 Skype: marcusvbarao

1. HISTÓRICO NO MEJ

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2. COMPETÊNCIAS ADIQUIRIDAS

Dei início à minha jornada no MEJ logo no segundo semestre de 2008 através da MultiConsultoria – Empresa Júnior de Gestão de Negócios da UFRRJ. A minha trajetória nesta empresa foi marcada pela mudança e pela conquista de desafios, fato que foi determinante para o restante da minha carreira no movimento e para a minha formação como líder. A MultiConsultoria participou da construção da RioJunior e logo nos primeiros anos da Federação chegou a assumir cargos de diretoria, mas não foi essa a empresa que eu encontrei em 2008. A MultiConsultoria já não fazia mais parte da RioJunior a 4 anos, tinha sérios problemas de infraestrutura e contava com um desempenho muito abaixo da média das empresas juniores no Brasil. Sinto-me privilegiado, pois tive a oportunidade de fazer parte de uma geração que era inconformada com aquela realidade e decidiu mudar as coisas. Logo que assumi a Presidência tive literalmente um choque de realidade, pois mesmo que muitas coisas já tivessem avançado eu puder conhecer a empresa de uma maneira mais profunda e para tornar os avanços sustentáveis decidimos iniciar um processo de mudança cultural, que na época foi pautado em 3 momentos chave: PESSOAS, GESTÃO e APROFUNDAMENTO ESTRATÉGICO. Para garantir a continuidade do processo eu fui reeleito para a gestão de 2010 e fico muito satisfeito de saber aquilo foi um divisor de águas para a empresa e para a minha vida, pois foi neste período que eu tracei a minha visão pessoal. No final do processo contávamos com um time muito mais preparado, o número de projetos havia triplicado e conseguimos conquistar um nível de relacionamento com a universidade que resultou em um investimento no valor de R$80.000,00 em infraestrutura para a operação, além de passar a contar com a participação do Pró-Reitor de assuntos financeiros da universidade como parte do conselho consultivo da empresa. Com estes avanços conseguimos passar pelo processo de federação e retornar para a RioJunior. Com a EJ já federada, participei da primeira equipe executiva estruturada desde a quebra de 2005, além de passar a exercer a função de Conselheiro Estratégico da RioJunior. Foi neste período que aprendi a importância do trabalho em rede e desenvolvi muitas das bases a respeito da busca pelo pensamento e atuação sistêmica que possuo hoje. Foi justamente pensando em trabalhar na escala do impacto através da rede que decidi me candidatar para a Presidência da RioJunior. Eleito por unanimidade, assumi a 5


federação com o desafio de organizar o seu modelo de trabalho, a sua estratégia e guiala para o ciclo sociedade. Durante este período fui convidado para representar o Movimento Empresa Júnior brasileiro durante o Global Economic Forum 2012, o Congresso Nacional dos Estudantes Brasileiros e no Encontro da Rede de ONGs do Mercosul. Neste mesmo período passei a fazer do comitê regional da Semana Global de Empreendedorismo e do CONJOVE – Conselho de Jovens Empreendedores da Associação Comercial do Rio de Janeiro, posicionando a RioJunior como principal representante do empreendedorismo universitário do Rio de Janeiro. Como Presidente da RioJunior também assumi o papel de Conselheiro Estratégico da Brasil Júnior, estas experiências me permitiram aprofundar o meu conhecimento sobre a estratégia e dinâmica da rede do MEJ e construir a minha visão a respeito de representatividade e interação com a sociedade. Mesmo depois de terminar o meu mandato permaneci na equipe como Coordenador de Relações Institucionais para solidificar o trabalho que havia sido iniciado no ano de 2011 e hoje oriento a equipe do LIDERA - Programa de Aceleração das Lideranças do MEJ Fluminense, programa piloto que deve ser institucionalizado a partir do ano de 2013. De todas as minhas experiências no MEJ eu destaco a participação como Coordenador Geral do JEWC 2012. Liderar este projeto foi uma experiência muito intensa e transformadora. Intensa, pois nunca gerenciei ou estive envolvido com algo tão complexo em toda a minha vida, o que tornou o processo inteiro um grande aprendizado sobre humildade, liderança, resiliência, visão sistêmica e valores. Ela também foi transformadora, pois ao ver 2.100 jovens que compartilham do mesmo ideal, reunidos no mesmo lugar, tive mais certeza do que nunca do nosso potencial como Movimento. O JEWC 2012 foi um marco para o Movimento Empresa Júnior e para todos as organizações, redes, movimentos e parceiros que com ele estiveram envolvidos. Além de ter sido o maior evento da história do Movimento Empresa Júnior, entrou para a história como um dos maiores eventos de empreendedorismo jovem do mundo. Por fim, nestes últimos anos eu tenho participado ativamente das mais diversas iniciativas voltadas para empreendedorismo social, liderança e protagonismo jovem. Todos esses fatores sé reforçam uma vivência rica de aprendizado e de realizações direcionadas por propósitos, aspectos que julgo serem fundamentais para que possa me lançar diante deste novo desafio.

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Análise do contexto atual Como órgão máximo de representação das empresas juniores brasileiras, a Brasil Júnior conta com dois principais fatores direcionadores para sua ação: a representação, cabendo à organização dialogar em nome das empresas juniores com os diversos atores da sociedade, e o desenvolvimento, ou seja, criar projetos e empreender ações que irão potencializar os agentes da rede e, desta maneira, alimentar a vivência empresarial experimentada pelos empresários juniores, bem como o seu desdobramento atrelado à visão (propósito), que é ser reconhecido pela formação de líderes empreendedores comprometidos e capazes de transformar o país. Na prática estes dois fatores se desdobram em ações por meio das cinco funções e ganharam direcionamento estratégico através dos ciclos Gestão, MEJ e Sociedade para que desta forma fosse criado um fluxo de desenvolvimento sustentável, partindo da estruturação e consolidação da capacidade de gestão estratégica, seguindo para o alinhamento do Movimento Empresa Júnior, fortalecimento da rede e legitimação da Confederação como representante de seus interesses para que, por fim, pudesse consolidar a marca Empresa Júnior perante a sociedade. Tão importante quanto a idealização e o planejamento, a execução se torna fundamental como disciplina para o alcance dos resultados. O triênio 2010-2012, em particular, se mostrou um grande desafio para execução, pois além de inaugurar o ciclo sociedade, foi o momento em que os três ciclos se sobrepuseram em diferentes fases de amadurecimento. Diante deste contexto é fundamental compreender quais são as grandes oportunidades que abrem portas para a construção do posicionamento como agente relevante dentro de um ecossistema, além de compreender também quais são os desafios do Movimento Empresa Júnior enquanto rede e quais são os desafios organizacionais da Brasil Júnior. É pensando justamente neste sentido que esta análise será construída. Grandes estudiosos da educação e renomados profissionais do mundo inteiro têm concordado quanto à saturação do modelo de educação vigente e tem apontado a educação por projetos como uma das grandes alternativas para formação de profissionais diferenciados. Profissionais com capacidade de pensar sistemicamente, de desenvolver soluções para problemas complexos e gerar resultados, além, claro, de desenvolver o espírito empreendedor. Como outro fator que merece ser analisado, o empreendedorismo brasileiro está em plena expansão e isto fica ainda mais evidente com o início do processo de consulta pública sobre a Política Nacional de Empreendedorismo e Negócios. O Brasil possui uma 7


das maiores taxas de empreendedores em estágio inicial e embora isto seja extremamente positivo, neste nível de maturidade as organizações enfrentam diversas barreias que, em muitos casos, contribuem para o aumento dos índices de mortalidade dos negócios no País. Por mais que esta abordagem seja bastante ampla é justamente por este caminho que fica evidente que as principais propostas de valor do Movimento Empresa Júnior vão integralmente ao encontro de algumas das necessidades e oportunidades mais latentes da sociedade brasileira. É neste momento que surge a pergunta sobre o que falta para que as Empresa Juniores sejam efetivamente reconhecidas pela sociedade já que as propostas de valor e demandas apresentadas são tão alinhadas e oportunas. A questão é que reconhecimento e representatividade não se constroem apenas com grandes números ou aparições na mídia, um posicionamento consistente deve ser construído de maneira sustentável e é fruto da geração de valor. É relevante ressaltar que para conseguir gerar valor efetivo é fundamental trabalhar o autoconhecimento. A disciplina do autoconhecimento é importante para que pessoas e organizações desenvolvam o máximo do seu potencial. Na qualidade de organização a Brasil Júnior se desenvolveu consideravelmente nos últimos anos, entretanto ainda conta com desafios gerenciais e de métodos de gestão. Mesmo contando com uma estratégia definida o acompanhamento é fortemente orientado para a operação e para o desempenho de atividades táticas. Isto, somado a falta de compreensão cristalina a respeito do modelo do negócio, afeta a percepção e efetividade dos resultados gerados, além de contribuir para uma gestão bastante carregada, com desalinhamento dos esforços das diretorias e pouca clareza nas entregas para os clientes internos e externos. É interessante ressaltar que isso traz impacto para a rede, pois a partir do momento que uma entrega não é realizada da melhor forma isso acaba gerando uma quebra de expectativas que por sua vez, como desdobramento principal, traz a quebra de confiança entre os agentes envolvidos. Este é um fator crítico do trabalho em rede, pois a confiança está completamente atrelada à percepção de valor e à capacidade de construir colaborativamente. Por conta destes entraves na execução da estratégia organizacional e a falta de entendimento dos papeis dentro da rede do Movimento Empresa Júnior é que, por fim, acontece o erro sistêmico, onde cada um quer fazer o seu melhor, mas por não compreender perfeitamente as conexões e interfaces com os outros componentes do sistema, acabam produzindo abaixo da sua capacidade e gerando menos resultados do que potencialmente poderiam gerar. Os desdobramentos do erro sistêmico são extremamente prejudiciais e acabam afetando direta8


mente a representatividade da Brasil Júnior como organização e do Movimento Empresa Júnior enquanto agente social. É importante reconhecer que mesmo diante destes desafios a Brasil Júnior conseguiu avançar em diversos aspectos para a construção da sua representatividade, mas o que ainda falta para potencializar esta frente é trazer direcionamento estratégico para que os esforços e iniciativas trabalhem de maneira alinhada e não só isso, que pavimentem um caminho consistente para que toda a rede possa compartilhar deste amadurecimento sendo incluída no processo de aprendizado. O JEWC 2012 foi um ótimo exemplo neste sentido, pois a equipe do projeto sempre buscou trabalhar as mais diferentes dimensões da representatividade. Desde o início do processo de construção conceitual a equipe procurou identificar outras organizações, redes e movimentos que compartilhassem propósitos e que tivessem algum tipo de convergência, consolidando assim os fluxos para geração de valor e potencializando resultados. Foi desta maneira que se construiu uma marca sólida e uma interface consistente com os seus stakeholders, isso resultou no maior evento da história do Movimento Empresa Júnior e em um dos maiores eventos de empreendedorismo do mundo. Por último, além de ser um momento de sobreposição de ciclos, o ano de 2012 se destaca pela revisão do Planejamento Estratégico. Muitos dos desafios abordados anteriormente nesta análise decorrem de falhas na execução do planejamento atual tanto pela Brasil Júnior enquanto organização, quanto pela rede diante do processo de disseminação, engajamento e compreensão dos papeis de seus agentes. Por definição, desafios podem ser classificados como a batalha para conquista de alguma coisa, portanto, eles foram criados para serem vencidos. O Movimento Empresa Júnior certamente tem enormes desafios pela frente e ainda está aquém da realização máxima do seu potencial, por outro lado toda a história e conquistas alcançadas só reforçam a sua capacidade para dar o próximo passo e este é o momento certo para isso.

Resultados esperados A análise apresentada permite compreender de maneira clara quais são as lacunas que precisam ser preenchidas para que o Movimento Empresa Júnior potencialize seus resultados e para que a Brasil Júnior seja uma organização cada vez mais representativa e de alto desempenho. Mais do que erros processuais ou de método, o erro sistêmico decorre principalmente de aspectos culturais, pois é através da cultura organizacional que 9


os comportamentos são moldados. É neste momento que surge a figura do líder como catalizador de boas mudanças e será através da construção de um processo de mudança cultural que a Brasil Júnior alcançará os seus resultados e solidificará um novo momento dentro da sua história. É interessante ressaltar que dentro do contexto do Movimento Empresa Júnior, o Presidente da Brasil Júnior assume uma responsabilidade multidimensional. Como seu papel principal, ele deve direcionar a organização estrategicamente e construir resultados baseados em uma execução efetiva e no alinhamento de esforços das diretorias, sempre buscando conectar propósito, execução e visão gerando uma verdadeira tensão criativa. No entanto, além da perspectiva organizacional é importante compreender que o Presidente da Brasil Júnior é um ator relevante dentro da rede, tanto no relacionamento com o Conselho Estratégico quanto como agente ativo no processo de disseminação e engajamento dentro do Movimento Empresa Júnior. Através da sua equipe tática deve contribuir diretamente para a sustentabilidade dessas frentes e construir estrategicamente um posicionamento que torne a organização mais representativa. As dimensões da Presidência I. Líder que gera resultados II. Líder que pensa de maneira sistêmica III. Líder que compreende as interfaces com a sociedade

A partir da compreensão da importância do que já foi construído até aqui e potencializando a atuação em cada uma dessas dimensões, caso seja eleito, eu irei facilitar a concepção deste processo de mudança garantindo a continuidade, mas abrindo portas para a inovação e a construção de resultados ainda maiores.

1. UMA ORGANIZAÇÃO ORIE NT ADA POR RESULT ADOS

De acordo com a projeção dos ciclos estratégicos, no triênio 2010-2012 a Brasil Júnior deveria estar experimentando a consolidação da sua gestão. Entretanto, como já mencionado na análise do contexto atual, a Confederação ainda enfrenta problemas com um modelo de gestão carregado e orientado por um viés operacional. Organizações como a Brasil Júnior não podem ser geridas com o mesmo grau de detalhamento que uma empresa grande. Enquanto organização de aprendizado a Brasil Júnior deve adotar modelos mais ágeis para pode gerar mais valor. Alinhado com o Vice Presidente pretendo despen10


der esforços e desenvolver ações para construir uma cultura de resultados. 

Time de alto desempenho: Pessoas brilhantes podem construir resultados fantásticos individualmente, mas não basta apenas coloca-las juntas em algum lugar para que construam resultados como grupo. Um time de alto desempenho precisa ser construído de maneira consciente. O Presidente da Brasil Júnior precisa ter uma liderança forte e ao mesmo tempo inspiradora, para que através do profundo conhecimento da estratégia e da capacidade de pensar sistemicamente consiga alinhar os esforços das diretorias e construir um fluxo de conexão constante das ações com o seu propósito, bem como o seu impacto nos resultados globais. Através do alinhamento com o Vice Presidente pretendo desdobrar este modelo de trabalho para a equipe visando melhorar os índices de rotatividade e desempenho atuais. Esta frente de trabalho será fundamental para todas as outras, pois um processo de mudança consistente começa com uma forte coalizão orientadora.

Conselho de Mentores: A Brasil Júnior pode aprender de diferentes maneiras, mas mesmo que seja importante aprender com a prática – com erros e acertos – é possível aprender com a experiência de outros. Este segundo modelo já acontece hoje, mas seguindo o modelo de outras grandes organizações com finalidades e modelos semelhantes eu pretendo formalizar esta iniciativa agregando pós-juniores e profissionais renomados em suas áreas de atuação e que acreditem na proposta de valor do MEJ. 

Parcerias para desenvolvimento sustentável: Hoje o trabalho com os

parceiros da Brasil Júnior é divido entre duas coordenadorias. Enquanto a equipe de negócios trata das parcerias que tem o investimento financeiro como base para a troca de benefício direto, a equipe de relacionamento institucional trata das parcerias voltadas para a geração de valor, mas sem investimento financeiro, além de tratar da frente para o fortalecimento institucional. Dando continuidade ao processo de reflexão que foi iniciado neste ano, os focos de atuação deverão ser reposicionados dentro da equipe colocando sob a responsabilidade da equipe de negócios todos os parceiros que contribuem para a sustentabilidade da organização, investindo financeiramente ou promovendo a geração de valor. Já a equipe de relacionamento institucional deverá focar a 11


sua atuação no aumento da influência política do Movimento Empresa Júnior através do fortalecimento institucional da Brasil Júnior.

2. UMA REDE MADURA

O planejamento estratégico em rede é o caminho para que o Movimento Empresa Júnior consiga potencializar os seus resultados. Resgato a reflexão sobre o potencial individual diante de desafios complexos para afirmar que não existe ninguém dentro do Movimento Empresa Júnior que seja tão forte quanto toda a rede junta. Justamente por isso, como ator relevante dentro da rede o Presidente precisa compreender quais são os fluxos de troca de valor com outros agentes da rede, além de atuar ativamente na disseminação das premissas e engajamento da rede. Desta maneira pretendo colaborar para a construção de uma rede mais madura para que ela seja empoderada como um sistema que aprende e se desenvolve de maneira consciente e orgânica. 

Líderes facilitadores: A compreensão dos papeis dentro da rede é fundamental para a construção deste processo de amadurecimento, para tanto existem aspectos fundamentais de governança que precisam ser revisitados. A execução da estratégia e a disseminação de informações perdem a sua efetividade quando pensadas por fluxos diretos para a “grande massa”. Os líderes são a chave para o desenvolvimento da rede, eles são os elos entre as diferentes instâncias e se não compreendem integralmente o que isso quer dizer ou até como desempenhar este papel, mesmo sem saber acabam por enfraquecer todo o trabalho da rede. Dentro do que compete à presidência da Brasil Júnior é fundamental estabelecer uma forte parceria com o Presidente do Conselho para tornar o trabalho deste órgão efetivamente estratégico. Obviamente cabe ao próprio Presidente do Conselho repensar o seu modelo de formação e de atuação, mas a Diretoria precisa ser transparente e estar disposta a participar do processo de orientação por parte do Conselho. Existem organizações que poderão servir como referência, por desenvolverem um trabalho de referência quando se trata de formação das suas lideranças.

Fortalecimento do MEJ mundial: O relacionamento com o MEJ fora do Brasil surgiu pelo interesse de aprender e trocar experiências, foi dessa que nasceu o Programa Embaixadores da Brasil Júnior. O programa cresceu de maneira 12


pouco organizada e por não estar atrelado efetivamente a nenhuma estratégia da Brasil Júnior ele gerava pouco valor e como consequência trazia o desgaste para alguns dos seus principais stakeholders. Para tratar dessa questão foi criado um projeto que definiu os objetivos, bases de trabalho e valor que deveria ser gerado tanto para a JADE quanto para a Brasil Júnior. Como resultado deste projeto a Brasil Júnior conseguiu definir cinco grandes diretrizes estratégicas que, mesmo estando ligadas a algumas atividades já desempenhadas pelos embaixadores, trouxeram referencial estratégico e mecanismos de mensuração. Diante disso é fundamental trabalhar para a consolidação e priorização do trabalho para com estas diretrizes, para que dessa forma as trocas sejam potencializas e as conexões no MEJ mundial sejam construídas como base para os próximos passos. 

Engajamento / Liderança pelo exemplo: Por conta do modelo horizontal e Inter organizacional do Movimento Empresa Júnior o Presidente da Brasil Júnior não exerce função formal de liderança sobre as instâncias da rede. Por outro lado ele tem poder de influência justamente pelo aspecto cultural amarrado à sua posição, tornando-se uma referência para o restante do movimento. Isso só reforça a responsabilidade que se tem ao assumir este cargo e para tanto eu pretendo liderar pelo exemplo, direcionando a Brasil Júnior para grandes resultados, buscando sempre inspirar e movimentar a rede através da conexão dos resultados com a essência do MEJ.

3. REPRESENTATIVIDADE

Como um dos seus fatores direcionadores, a Brasil Júnior deve dialogar com os diversos atores da sociedade em nome das empresas juniores brasileiras. Os avanços nesta frente são incontestáveis, mas baseado na lógica da construção da representatividade através de um posicionamento e da geração de valor, falta trazer direcionamento estratégico para que se possa ganhar consistência. Existem dois aspectos que merecem ser ressaltados, pois impactam diretamente na percepção dos resultados gerados em termos de representatividade. A comunicação deve falar pelo MEJ e não para o MEJ, o trabalho de alinhamento conectado com os resultados decorre diretamente deste entendimento. Além disso, muitos dos avanços conquistados somente nesta gestão não são comunica13


dos e celebrados adequadamente. Como outro aspecto que merece atenção, existe uma expectativa forte de muitas Federações e Empresas Juniores de que a Brasil Júnior deva gerar benefícios de maneira igualitária para toda a rede. É realmente importante garantir o fortalecimento global, mas acredito que antes disso é preciso trabalhar intensamente o alinhamento de expectativas e o fortalecimento das Federações para que a representatividade seja construída em conjunto pelos agentes da rede. A partir desta lógica eu pretendo construir um caminho que levará o Movimento ao reconhecimento efetivo perante a sociedade. 

Influencia política: A legitimidade da rede é um forte pilar para a construção da representatividade. Desde a criação da Brasil Júnior os caminhos para a regulamentação das empresas juniores têm sido discutidos e em 2008 chegou-se a trabalhar em um projeto de Lei que logo depois foi deixado de lado por uma série de fatores e inseguranças que envolviam o tema. Como reflexão deste período chegou-se à conclusão de que fortalecer a influência política da Brasil Júnior seria o caminho para a regulamentação das empresas juniores no Brasil. Hoje a Brasil Júnior retomou este e tem buscado avançar com passos bastante precisos e calculados. Através da coordenadoria de relacionamento institucional tem acompanhado a construção de um novo projeto de Lei que se tornar um efetivo avanço neste campo. Além deste ponto a Brasil Júnior tem buscado participar ativamente dos processos ligados ao Plano Nacional de Educação e ao Plano Nacional de Empreendedorismo e Negócios. Pretendo trabalhar pela continuidade desta frente com o mesmo cuidado, mas atrelando uma articulação política mais forte, através do aprendizado e da rede gerada pelo JEWC 2012.

Fortalecimento institucional: Em muitos aspectos o fortalecimento institucional proporciona a base para a legitimação do MEJ nacional e para o aumento da sua representatividade. A Brasil Júnior tem reformulado o modelo de atuação com alguns parceiros chave e tem trazido algumas organizações importantes para perto de si, entretanto, como já foi dito neste documento, é preciso trazer direcionamento estratégico para que os esforços tenham resultados sejam trabalhados em sua escala. É através da construção do posicionamento que se gera valor efetivo e é por meio da confiança que se ganha relevância dentro da rede. 14


Pós-Juniores: O pós-júnior é a maneira mais pragmática para apresentação do resultado final, mas também consegue ser o caminho mais inspirador para compartilhar visão e propósito do Movimento Empresa Júnior. É interessante ter consciência disto e utilizar tão mal estes agentes tão valiosos. Muitas das ações para atingir pós-juniores envolvem projetos ou redes complexas e, além da maior parte dos pós-juniores não contar com tempo disponível para se envolver de maneira mais incisiva com algumas dessas iniciativas, quase sempre a proposta de valor é baixa. Portanto, para a construção de um relacionamento produtivo é importante criar mecanismos simples e de alto valor agregado. Dentro do que compete ao trabalho da Presidência pretendo envolver os pósjuniores no Conselho de Mentores, no consolidação de mantenedores da Brasil e na construção do processo de fortalecimento institucional e político. É importante ressaltar que existem uma série de estratégias para posicionamento e construção de marca que podem ser trabalhados pela Diretoria de Comunicação. É fundamental transformar os pós-juniores em grandes modelos para o restante do MEJ e criar espaços para contar as suas histórias e contribuições para a sociedade.

Considerações finais Considero-me privilegiado por ter vivenciado experiências que me trouxeram até aqui. O MEJ tem sido um grande catalizador de mudanças na minha vida e isso me faz ter certeza da sua capacidade de formar líderes que irão mudar a história deste país. Isso é o que me move e me fez escolher este desafio. Eu dedico esta proposta em primeiro lugar a Deus e a minha família que é fonte de toda a minha inspiração. E por fim, agradeço a todos que de alguma maneira contribuíram para a construção desta proposta e dos momentos que me geraram aprendizado.

Obrigado, Marcus Barão – Candidato Mateus Aguiar – Presidente da RioJunior Willy Carneiro – Presidente do conselho da RioJunior 15


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