fachada media

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fachada oriental do projecto ZKM, Rem Koolhaas 1989

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de música, vídeo e realidade virtual, mas também a realização de um laboratório aberto, onde, a arte clássica se chocam com os meios eletrônicos que influenciam um ao outro e cuja a fachada oriental, virada para a entrada da estação de comboios na porta ao lado, funcionava uma tela grande onde filmes podiam ser projectados num efeito Blade Runner; no entanto, o projecto tal como era projectado não foi concretizado. Pelo contrário, o centro Pompidou como construído, anteviu duplamente esta nova linguagem media da fachada e do espaço urbano; antecipa, mas sem estar sujeito às mesmas pressões comerciais, Times Square e formas electrónicas experimentais de comunicação introduzidas no Japão e Estados Unidos.

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Nos anos 80, seguindo esta ideia e estética media da fachada, Toyo Ito critica o lado maquinista da “Instant City”, e refere-se à esfera da informação como algo invisível. Refere-se à representação e visualização de uma utopia tecnológica dos Archigram, decorrente de um sistema composto pela máquina e do ser humano a jogar com o computador. Apesar da extraordinária imaginação na sua concepção, estas cidades do futuro permaneciam ainda no plano estético da máquina; eram colagens de objectos mecânicos como guindastes enormes, estruturas tridimensionais, rampas de lançamento de mísseis e naves espaciais a caminho da Lua. Toyo Ito refere ainda o mito do mundo do design do séc. XX, de que “a melhor forma é a que mais se aproxima da função”, mas no caso de objectos eletrónicos, não há nenhuma relação entre a função e forma. Objectos que geram imagens ou sons, como dispositivos audiovisuais, a forma não segue a função; tudo o que aparece diante de nossos olhos são os dados a serem inseridos e os resultados obtidos. Não se podendo sequer imaginar a corrente elétrica, a sua velocidade e o seu enorme volume, será necessário para a visualizaçao da imagem na era digital, começar-se a usar a imagem como substituo de objectos mecânicos. Na entrada para cidade do Okawabata 21, onde se implanta o Egg Of Winds (19881991), a escultura, da autoria de Toyo Ito, flutua em frente a dois altos edifícios residenciais. Durante o dia é um simples objecto que reflecte a luz solar; ao pôr do sol, cinco projectores instalados no interior entram em acção. Imagens de videocassetes ou televi-

39,40. ibidem


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