Fan Flic

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F FAN a n

Edição 01. Data: 10/2015

F a n z i n e d a

CAPA: ALICE GONÇALVES


EDITORIAL

Esse fanzine foi produzido durante a Oficina de Fanzine Digital da FLIC – FESTA DE LINGUAGEM E CIÊNCIA – evento do Programa de Pós-Graduação em estudos de Linguagens do CEFET-MG.

EQUIPE:

EDITORES-CHEFES:

Alice Gonçalves

André Araújo

Ana Paula Brito

Amanda Martins

Gabrielli Ambrozio Guilherme Leroy Jean Américo Kênia Silva Maria Luiza Precioso Miguel Pereira


Fanfictions, também conhecidas como fanfics ou apenas fics, são narrativas ficcionais criadas e divulgadas por fãs em blogs, sites ou plataformas pertencentes ao mundo virtual. Elas surgiram no final dos anos 90 e popularizaramse com a criação dos sites dedicados a esse universo ficcional.

Nesse mundo, fãs criam histórias baseadas em seus ídolos, livros, autores, filmes, celebridades, mangás, animes, quadrinhos etc. Às vezes, os autores de fanfics tornam-se personagens de suas próprias narrativas realizando, assim, o sonho de participar da história de seus ídolos ou dos seus personagens favoritos. Kênia das Graças Silva


Vale ressaltar que existem fanfictions de vários tipos, desde Doujinshi (fanfics baseadas em mangás) até fanfictions originais. Essas histórias possuem classificação etária, ou seja, de acordo com essa classificação a fanfiction pode ser lida apenas por pessoas de uma determinada faixa etária e é o próprio autor que a sinaliza no site ou blog no qual a história está arquivada. Na internet há muitos sites disponíveis para a leitura e publicação de fanfictions, cabendo aos fãs a tarefa de aventurar-se e dar asas a sua imaginação criando histórias inspiradas em ídolos, animes, jogos, livros, séries etc.

Para saber mais, acesse os links e o vídeo abaixo: https://fanfiction.com.br/ https://socialspirit.com.br/fanfics/ Fanfics: a nova literatura de internet Fãs tornam-se ídolos






Maria Luiza Venâncio Precioso (Letras 2014)

Prefácio Passaram-se 29 anos desde aquele fatídico verão de 1999, aquele verão inesquecível em que de um momento para outro nos vimos em outro mundo rodeados de estranhas criaturas chamadas digimons com quem partilhamos alegrias, tristezas, aventuras e salvamos dois mundos. Desde daquele Verão muitas coisas mudaram, agora somos todos adultos responsáveis com os nossos próprios empregos e famílias mas continuamos amigos e vivemos ainda em Odaiba: O Taichi ao contrário do que todos prevíamos não foi para futebolista. Acabou por deixar o futebol, dedicar-se aos estudos. Atualmente é gestor numa famosa empresa japonesa de aparelhos eletronicos. A vida é muito boa, mas passa o tempo quixando-se da falta de ação (as vezes compreendo-o). Continua praticamente o mesmo (exeto o fato de ter cortado o cabelo).A Sora gerencia uma loja de flores juntamente com a sua mãe. Casou-se com o Taichi. Afinal, teria sido com quem? Com o Yamato? Sério, ao fim de três semanas de namoro a Sora e o meu irmão perceberam que estavam melhor como amigos e ao fim de um mês já ela era namorada do Taichi (a Sora não quer admitir mas todos reparamos que ela ficou cheia de ciúmes quando uns dias depois do Natal o Tai começou a trocar emails com a Catherine, a menina que eu e ele conhecemos na França, e que isso contribui para ela se separar do Matt). Os dois tem agora dois filhos, uma menina de 12 anos e um menino de 8. Os dois tem os olhos do pai e um cabelo que parece não ser penteado há meses, o da menina é castanho e o do menino ruivo. O Yamato, continua no ramo da música. Sua banda acabou por se separar, mas ele tornou-se dono de um estúdio de gravação. Infelizmente ainda não conseguiu ter uma família completa. Teve algumas namoradas depois de ter acabado com a Sora e aos vinte anos apaixonou-se por uma das suas muitas fãs chamada Kimiko com quem namorou vários anos e acabou mesmo por casar. Ela ficou grávida de um menino mas o parto não correu bem e a Kimiko


morreu. Desde então o Yamato tem criado o seu filho, agora com 12 anos, sozinho. O meu irmão acabou por se recuperar relativamente rápido do choque de ter perdido a mulher mas o menino sempre foi muito reservado (sim, ainda pior que o Matt na idade dele). O rapaz tem os olhos azuis e o cabelo loiro.O Daisuke realizou o seu sonho e abriu o carrinho de venda de macarrão que acabou sendo um grande êxito. Juntou tanto dinheiro que conseguiu abrir o seu próprio restaurante. Felizmente para mim acabou por desistir da Hikari, pois encontrou alguém. E quem foi que encontrou? A Noriko, aquela menina que tinha sido infectada por uma semente das trevas. Como sabem ela tornou-se uma criança escolhida e o Daisuke acabou por se responsabilizar pela sua "sua introdução ao mundo digital". Daí nasceu um romance que dura até hoje. São casados e têm uma filha de 16 anos e um filho de doze. A Noriko é professora de infância e a semente das trevas nunca mais a chateou. O Koushirou continua o mesmo nerd dos computadores de sempre. Tornou-se um conceituado engenheiro da computação. Por estranho que pareça acabou por se casar com a Mimi. Ela regressou para o Japão uns tempos depois da derrota do malomyotismon e o Koushirou começou por lhe dar umas explicações de Matemática. Quando demos por isso já eles namoravam. A Mimi é agora uma estilista e juntos têm uma filha de 10 anos e um filho de 11. O Joe tornou-se um médico, e neste momento é um dos melhores do Japão. Podem não acreditar mas ele casou-se com a Jun. Sim essa mesmo, a Jun Motomiya irmã do Daisuke. Parece que quando ela estava a tentar conquistar o irmão do Joe (a sua obsessão a seguir ao Matt) acabou apaixonandose por o próprio Joe. Têm um filho de 16 anos e uma filha de oito. O Iori é um advogado. Casou-se com uma menina que conheceu na faculdade e tiveram uma filha agora com oito anos. No entanto ela abandonou-o quando a menina tinha quatro anos e desde então ele tem tomado conta da filha sozinho. A menina se dá muito bem com o pai, mas não pode nem ouvir falar da mãe. A Miyako ficou com a loja que era dos seus pais e o Ken tornou-se um detective. Têm um filho de onze anos e uma filha de sete. O menino é muito parecido com o Ken e chama-se Osamu tal como o seu falecido tio. Quanto a mim, eu estou muito feliz ao lado da Hikari. Sou jornalista e estou a escrever um livro sobre as nossas aventuras no mundo digital, nas horas vagas. A Hikari é professora primária. Temos três filhos, dois gêmeos de 11 anos que são uma mistura de mim da Kari, e dos tios (e que ás vezes me põe com os cabelos em pé) e uma menina de 6 anos que é o meu anjinho. Desde a derrota do diaboromon á 25 anos que não tivemos mais problemas com digimons do mal e preparávamo-nos para vivermos felizes ao lado dos nossos companheiros para sempre, mas infelizmente não foi assim. A quinze anos de um momento para o outro todas as portas se fecharam e não havia nada que abrisse. Desde então nunca mais tivemos notícias dos digimons, ou qualquer indício que o que se passou não foi apenas um sonho visto e que o mundo parede ter esquecido todos os incidentes. Decidimos não contar nada às crianças sobre as nossas aventuras de infância e juventude para protegê-las de alguma coisa que possa surgir. Se isso resultará ou não, se eles descobrirão alguma coisa sobre os digimons só o tempo o dirá. Eu tenho a sensação de que a aventura ainda não acabou.


Shrek e Fiona Brigam atravĂŠs do WhatsApp

Guilherme Leroy


Guilherme Leroy


Saga Crepúsculo Parte 2 - O Fetiche de Bela, a safadinha. Saga Crepúsculo Parte 2 – O final vemos uma mulher dividida entre dois amores: o vampiresco Edward Cullen e o lobaço Jacob. Bela Swan um cadáver que logo se tornará uma vampira sedenta por sangue humano; errado. Ao se transformar na mais nova integrante do Clã dos Cullens, Bela não deixa de pensar em outra, que é ter uma intensa noite de amor com seu amado Cullen. Ao acordar de seu novo nascimento, Bela Swan é levada por Edward para conhecer o quarto de sua casa, onde será um de seus ninhos de amor e sexo selvagem, experimentado os mais sórdidos desejos carnais, levando a vampirinha a um profundo e intenso prazer. - Bela, este é o nosso quarto meu amor. Hoje vou te rasgar todinha Bela Swan com meus caninos. - Edward, como esperei por este momento. Bela suspira profundamente e diz a si mesma: é hoje que a jiripoca vai fumar. Edward puxa Bela de encontro ao seu corpo, que logo se encaixa em seu membro, as mãos tocam na alça do vestido de Bela, que vai caindo aos poucos. Os dentes caninos de Edward vai descendo pelo pescoço, passando lentamente por seus mamilos já enrijecidos, dá uma leve passada de língua ao ponto que Bela vai sendo envolvida pelo prazer do seu amor. Bela vai sussurrando palavras ao vento. - Edward, me possua me mostre à tumba de Tutancâmon, o obelisco de Ramsés, a tumba de Drácula. De repente, os Cullens ouvem ao longe um gemido e ficam excitadíssimos, porque na verdade era Edward que havia encontrado a xaninha da sua amada. Bela teve orgasmos subsequentes, no qual nenhum humano jamais havia sentido. Entretanto, após várias gozadas, Bela diz a Edward que agora entendia o porquê os vampiros nunca dormem. Ele se sente então, o vampirão do pedaço, o macho dominante e em seguida faz uma pergunta à esposa: - Está feliz meu amor? Bela não responde imediatamente, pensativa, suspira bem baixinho e diz: - Estou muito feliz meu amor, mas,,,,,,mas,,,,, Bela pensa para falar. Edward pensativo e preocupado, pergunta a Bela: - Meu amor faço qualquer coisa para te fazer feliz. Diz-me, o que devo fazer, para que esta felicidade seja completa. Bela fica a pensar se fala ou não e se falar certamente ficara muito bravo. Se ele diz que vai atender meu pedido, então é lógico que vou falar. Dizem que palavra de rei não volta atrás, quanto mais de um vampiro. - Edward, meu vampirão, gostosão, tesão, eu tenho um fetiche e gostaria muito que El fosse realizado. Quando era humana sempre quis, mas, sabia que era necessário me transformar para poder realiza-lo. Sendo assim,,,,,,


Bela fica a pensar, sua frase falha. Então, com seus grandes olhos vermelhos e suas lábios cheios de paixão, ela o olha fixamente e diz: - Edward, eu sempre quis dar uma boa trepada com você meu amor e Jac,,,,,,Jacoo,,,,,,Jacob. Pronto, falei! Vampirinho fresco que é, ele a olha espantado e diz: - Bela, você só pode estar fora de si, não é possível, eu,,,eu,,, não acredito no que acabei de ouvir. Você disse isso mesmo? Edward está fumegando pelas narinas vampirescas, ele não acredita no que acaba de ouvir de sua amada que esperou por mais de mil anos, mil anos. Essa cachorra safada quer aquele lobo maldito. Não posso acreditar que Bela é uma gariranha de mão cheia! Na tentativa de fazê-la esquecer esta maluquice, ele a toma bruscamente pelos braços e a beija intensamente. Bela queria o Lobo. A tentativa de Edward foi pelo ralo, ele não tinha outra alternativa a não ser entrega-la por algumas horas ao seu maior inimigo! Enquanto isso, Bela ficava em suas pensamentos: se Edward não me deixar dar para Jac, ele vai dormir no sofá e vou sair todas as noites para trepar com o Jac, com certeza vou. A xaninha é minha e eu dou para quem quiser, se quiser eu dou para todos os Cullens. Certamente a safadinha não estava com sede de sangue, mas de sexo. Também com aquele pai que a vigiava dia e noite, lógico que ela estaria subindo pelas paredes. Há, vai Edward, deixa ela dar, assim sossega a piriquita né,,,, - Tá Bela, chame a porra daquele lobo. Edward em seus pensamentos diz: - Vou me arrepender, e se Bela gostar mais dele do que de mim, realmente ele é forte, viril, másculo, lábios carnudos, coxas grossas, aqueles braços que aconchegaria qualquer mulher por longas noites de amor, dia após noite, noite após dia. Neste instante Bela olha para a janela e fala: - Pode entrar Jacob, sou toda sua. Toda, toda, toda, toda sua! Ahan, hehehehe,,,,,,, Jacob vai para cima de Bela com todo o desejo que ele havia reprimido há anos. - Vem aqui minha cachorra, vou te mostrar a luz da lua, como é que se faz o canguru perneta, tiaca tiaca na butchaca, molhar o biscoito, fazer quadradinho de oito montando na eguinha,,,, Vem cachorrona Vem aqui no seu Lobão Vou te jogar na cama E te dar muita pressão Vou te pegar no colo Te fazer muito carinho Jogando chocolate No meio do buzunfão Escute o refrão: Au au au au Au au au au Au au au au auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu


Worst-seller Uma reflexão sobre o potencial humorístico das fanfics Se você passar tempo o suficiente na internet, vai acabar lendo uma fanfic. Ou seja, uma produção literária na qual alguém se apropria da obra de alguém e cria sua própria versão. Eu acreditava que as fics eram a mais baixa forma de arte, até ler algumas. Ao contrário da crença popular, você não precisa gostar de fanfics para gostar de fanfics. Em outras palavras, não é necessário levá-las a sério para se divertir com elas. Em dias mais felizes (Ensino Médio), eu passava o dia inteiro na internet, e um dia eu descobri que as piores fics são na verdade as melhores fics. Eu estava inocentemente na internet procurando as historinhas mais escrotas para dar uma boa risada, e acabei entrando num tal de fanfiction.net. Eu gosto de Harry Potter, então procurei a seção de Harry Potter. Desnecessário dizer, vi coisas que mortal nenhum deveria ver. Deixe-me elaborar: algum(a) desocupado(a) escreveu uma fic na qual Harry e Dobby estão no espaço, socando astronautas do inferno com punhos de arame farpado e coisa e tal. Dobby tinha uma serra elétrica saindo da virilha. Harry tocava uma guitarra chamada “Fuckslayer”, feita de sangue menstrual, e faz com que um meteoro caia em Hogwarts, matando todos sem motivo nenhum. Dumbledore fazia, hum, “coisas” com o sistema solar. E outras obscenidades. Depois de tão sublime leitura, acabei por rir histericamente na prova de física no dia seguinte e fui expulso da sala de aula. Caso você tenha uma mente doentia e queira ler esta fic, ela está disponível na íntegra aqui (disponível apenas em inglês, infelizmente. A vida é injusta). E ler fanfics toscas virou uma espécie de hábito deste então (na minha experiência, todas as fics são toscas, exceto as que o são intencionalmente). Li uma fic na qual a lula gigante que mora no lago de Hogwarts tem um relacionamento amoroso com o castelo, outra que o Snape dá aulas de educação sexual para... os teletubbies. E inúmeras outras que não quero desperdiçar tempo descrevendo aqui, afinal, já deu para você entender todo o potencial humorístico das fanfics. E por mais mal-escritas que algumas sejam, o bom é que são de graça (e de graça até injeção na testa). São uma espécie de Worst-seller: todo mundo lê, mas quem escreve não ganha nenhum tostão. Não que quem roube os personagens dos outros para fazer romances água-com-açúcar, pornôs perturbadores e finais alternativos nos quais os personagens que essa pessoa gosta sobrevivem e f@#$-se a coerência narrativa mereça algum, mas, depois de tanta argumentação, você deveria pelo menos dar o braço a torçer e admitir que a terceira frase no primeiro parágrafo do texto é a mais pura verdade. Não tenho mais tempo para ler fanfics toscas, e depois de algum tempo elas perdem a graça. Mas eu gostaria mesmo assim de finalizar esta torrente de bobagens com uma de minha autoria, feita no paint. Se você for algum fã ou escritor nervosinho de fanfics, não leia. Se você não tem paciência para piadas ruins, não leia. Se você me conhece, por favor não leia. Eu não conseguiria superar tamanha vergonha. *suspiro*. Bom, não posso mais adiar este momento. Leia por sua conta e risco. 1


Miguel Pereira



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