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Tendências de Mercado

Os analistas técnicos do Sistema Famasul retratam o panorama atual de produtos do agro e as tendências baseadas nos principais indicadores e propensões de mercado.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Projeção de maior oferta de animais por conta do aumento no abate de fêmeas. Panorama pressionará preço da arroba, que deve ficar abaixo do mesmo período de 2022. Alavancadas pela China, as exportações de carne bovina devem crescer 3,51% no país. O volume para o mercado internacional vai reduzir a disponibilidade local e minimizar o impacto nos preços. Já a demanda interna deve avançar gradativamente.

AVICULTURA

SUINOCULTURA

BOVINOCULTURA DE LEITE

Produção de frango de corte deve seguir regulando a oferta à demanda. O número de abates caiu em janeiro, mas a perspectiva é de aumento de 3,87% no consumo do país, o que tende a estimular alta em torno de 4% na produção. O Brasil projeta ampliar as exportações em 2,59%. O quadro pode refletir positivamente para o estado, seja com espaço nas vendas internacionais ou no mercado interno. O ponto de atenção fica com o incremento nos custos da energia e do milho.

A produção deve aumentar próximo ao patamar dos últimos 5 anos, 8%. Ainda no primeiro semestre deve ocorrer equilíbrio entre oferta e demanda, evitando pressão sobre os preços que, em 2022, caíram 8,10%. A relação de troca com dois principais componentes da ração, soja e milho, se mantém desfavorável. O consumo interno tende a crescer 1,12% no ano e as exportações do Brasil, impulsionadas pela China, 3,86%. O desempenho deve contribuir para o mercado sul-mato-grossense.

Redução de oferta que ocorre há 8 anos reflete no preço. Em 2022, a alta foi de 19,2%. A melhor remuneração deve estimular a produção, mas a intensidade é condicionada à demanda e ao custo. Em janeiro houve alta de 5,15% na cesta de lácteos, devido à inflação e a oferta ainda restrita. De abril a junho, na entressafra, tendência de valorização, ao mesmo tempo que exigirá gasto com suplementação para o rebanho, mas a decisão depende da remuneração do produtor.

SOJA

MILHO

Mato Grosso do Sul deve encerrar a colheita da safra 2022/2023 com a segunda maior produção de sua história, 12,318 milhões de toneladas. O estado é o oitavo exportador brasileiro do grão. A China é o grande comprador (78,1% do total embarcado) e o porto de Paranaguá (PR) a principal via de escoamento (54,4%). Com aumento dos custos dos insumos e expectativa de crescimento de demanda, os preços devem se manter alavancados nos mercados interno e externo.

A projeção é de uma segunda safra com produção recorde, 11,206 milhões de toneladas. Segundo no ranking de vendas internacionais, o estado tem três países asiáticos, Japão (28,9%), Irã (28,6%) e Coreia do Sul (7,3%), como principais destinos do seu cereal. O porto de Paranaguá (PR), concentra os embarques (62,2%). A demanda externa aquecida somada à alta nos preços dos insumos, favorece o aumento das cotações no mercado local.

Eduardo Riedel

“VAMOS CONTINUAR ENTRE OS ESTADOS QUE MAIS CRESCEM NO PAÍS, PORQUE SOMOS ESTA NOVA FRONTEIRA DE GRANDES OPORTUNIDADES”

Ogovernador Eduardo Corrêa Riedel tem fortes raízes em Mato Grosso do Sul e uma história de protagonismo e representatividade no agro e na gestão pública. Graduado em Ciências Biológicas, é mestre em Zootecnia e especialista nas áreas de Gestão Empresarial e Gestão Estratégica.

Em 1995, Riedel assumiu a gestão da propriedade rural da família, em Maracaju. Com foco na gestão e na tecnologia, mudou o perfil produtivo do empreendimento, que se tornou referência nacional em governança familiar, sustentabilidade e diversificação.

A vontade de fazer mais pelo coletivo levou Riedel a participar do Sindicato Rural de Maracaju até presidir a entidade em 1999. Seu perfil de liderança o transformou em presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul e, em seguida, diretor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Em 2015, a convite do então governador Reinaldo Azambuja, assumiu o desafio de ser secretário de Governo e Gestão Estratégica. Esteve à frente da pasta por dois mandatos. Cortou despesas, modernizou processos e liderou equipes de várias áreas, em busca de mais eficiência e resultado no serviço público.

E foi à frente da Secretaria de Infraestrutura que Riedel dialogou mais diretamente com os municípios, por meio de uma gestão municipalista que destinou bilhões em investimentos, contemplando obras e serviços em todo o Mato Grosso do Sul.

Em 30 de outubro de 2022 ganhou as eleições estaduais com 56,90% ou 808.210 votos. Tomou posse no dia 1º de janeiro de 2023.

Nesta entrevista à Revista Famasul ele fala sobre como a experiência na gestão de entidades de setor colaborou para prepará-lo para administrar o estado, além de projetos para o setor.

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