Revista Conexao v3 nº. 1/2011

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Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Santo Agostinho

5 de cada um dos 5 órgãos. Numa organização com uma escala hierárquica maior, isso se torna um processo burocrático enorme que consome recursos de toda ordem para administrar. O gerente do nível 2 negocia com o gerente do nível 1 um grupo de medidas de determinada meta do nível 1 que ele irá assumir (passo 1). Essas medidas passam a compor uma determinada meta no nível 2 (passo 2), que pode não ser necessariamente a mesma do nível 1. Para o cumprimento dessa meta, determinam-se suas medidas (passo 3) e negocia-se com o gerente do nível 1 sua pontuação e como será avaliada (passo 4). Em seguida, o gerente do nível 2 negocia com o gerente do nível 1 o próximo grupo de medidas refazendo o processo acima até que este tenha em mãos cinco metas que, juntas, componham um total de 100 pontos. Esse processo se repete com o outro gerente do nível 2, que esteja subordinado também ao gerente do nível 1 em referência. Os gerente do nível 1 e 2 poderão negociar metas inteiras no lugar de apenas medidas. Nesse caso, a meta será repassada para o gerente do nível 2, da mesma forma que se encontra no nível 1, entretanto a pontuação poderá ser diferente, se desejarem. Poderá também o gerente do nível 1 negociar com mais de um gerente do nível 2 uma mesma meta ou uma mesma medida. Afinal, o fato de o gerente do nível 1 negociar suas metas e medidas não o exime de sua responsabilidades pelo conjunto de metas e medidas sob sua responsabilidade. Poderá ainda o gerente do nível 1 não negociar determinada meta ou determinada medida. Nesse caso, essa meta ou medida se encerra naquele gerente e não é mais transferida para os níveis inferiores. Essas metas ou medidas são as metas ou medidas próprias. Esse fato acontece com todas as metas e medidas ao final do alinhamento, de forma que todas elas tenham um gerente final que seja responsável por elas. 18

CONEXÃO/ 2011

As negociações descritas acima entre o gerente do nível 1 e seus subordinados do nível 2 se repetem em toda a hierarquia da organização, indo às negociações do nível 1 até o nível n. Dessa forma, todo os gerentes, de todos os níveis, possuem 5 metas e não mais que isso. A forma como a Gestão Criativa de Metas promove o alinhamento de suas metas não deixa de provocar certa apreensão e resistência por parte de quem está acostumado a trabalhar com sistemas 100% alinhados e, às vezes, pode parecer que alguma meta ou medida poderá não ser cumprida. Na verdade, o que ocorre é um caos criativo que possibilita novas metas e novas soluções diferenciadas umas das outras, mas que, em soma, retomam os valores do nível superior. Isso só é possível face à negociação franca e aberta entre os dois níveis. Os modelos de alinhamento que transferem para os níveis inferiores as metas integralmente como foram recebidas, sem a possibilidade de negociação seguida de reformulação, fecham qualquer possibilidade de se buscar soluções novas e criativas, engessando não só as metas como também a mente das pessoas. O Ciclo Anual de Planejamento e Gestão Planejar, executar, conferir e avaliar não devem ser ações aleatórias ou eventuais em uma organização. A Gestão Criativa de Metas trabalha com o Ciclo Anual de Planejamento e Gestão para ordenar e gerenciar essas rotinas. O Ciclo Anual de Planejamento leva em consideração o ano fiscal (de 01 de janeiro a 31 de dezembro), para efeito de apuração de resultados, mas tem o seu início operacional no dia 30 de setembro. O Ciclo Anual de Planejamento e Gestão é fundamental para o acompanhamento da evolução das metas ao longo do período, determinando as datas das reuniões dos seminários para a construção das metas e dos seminários de prestação de contas. À medida que a organização trabalha com o Ciclo Anual de Planejamento e Gestão, este


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