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O TERRENO
CONCEITOS
São muitos os conceitos sobre a diversidade. Nas palavras de Gomes (2012), a diversidade pode ser entendida como uma construção social formada por processos históricos, culturais, políticos, econômicos e educacionais. Fleury (2000), por seu turno, aprofunda mais sua conceituação em relação ao papel do convívio social e das diferentes formas de estudo da diversidade:
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A diversidade é definida como um mix de pessoas com identidades diferentes interagindo no mesmo sistema social. Nesses sistemas, coexistem grupos de maioria e de minoria. Os grupos de maioria são os grupos cujos membros historicamente obtiveram vantagens em termos de recursos econômicos e de poder em relação aos outros. Verificamos, assim, que o tema diversidade cultural pode ser estudado sob diferentes perspectivas: no nível da sociedade, no nível organizacional e no nível do grupo ou indivíduo. (FLEURY, 2000, p. 20). A visão que norteia os debates nos inúmeros segmentos sociais, é que são as diferenças que constituem os seres humanos. Os sujeitos têm suas identidades determinadas pelo contexto social e histórico em que sua existência é produzida. A vida em sociedade pressupõe o reconhecimento das multiculturas, advindas da acelerada tecnologização e das complexas transformações nos modos de produção social que fazem surgir novas formas de acúmulo do capital e distribuição de renda na contemporaneidade. Assim:
constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (FERREIRA e GUIMARÃES, 2003, p. 37). Segundo uma pesquisa nacional sobre a inclusão e diversidade nas escolas, os jovens sofrem conflitos desde cedo, principalmente por sua cor ou orientação sexual. A pesquisa mostra a triste realidde do jovem LGBT, principalmente pela sua exclusão. A grande maioria sofre algum tipo de agressão, sendo fisica ou verbal.
Muitas vezes ameaçado, humilhado, separado e desamparado. Mesmo assim continuei firme e forte determinado a completar os anos em que perdi por medo, insegurança, e mais medo, com a esperança de que um dia as escolas sejam uma segunda casa, onde além de se aprender sobre apenas fazer expressões matemáticas ou poemas arcaicos, mas também sobre igualdade, sobre respeito, sobre amar o próximo, porque é isso o que deveria ser ensinado nas escolas, respeito. (depoimento de um estudante gay, 16 anos, estado do Paraná) (PESQUISA NACIONAL SOBRE O AMBIENTE EDUCACIONAL DO BRASIL, 2016).