RJAU

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01 Ano 1 - Maio 2011

MAGAZINE

Prêmio Casa HOPE Riacardo Julião é homenageado em prêmio da casa HOPE Pag.11

Centro Esportivo do Bradesco é inaugurado Entrevista

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Jovens Talentos

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ShopDesign

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Sustentabilidade

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EDITORIAL

ARQUITETURA VANGUARDISTA E UM SONHADOR COM PÉS NO CHÃO

Ricardo Julião Editor Chefe

Comandado pelo arquiteto Ricardo Julião, o escritório “Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo” se reafirma no mercado com sua arquitetura atemporal, equipe atualizada e variedade de projetos O que faz o legado de um profissional, como do arquiteto Ricardo Julião, algo que pode ser atribuído muito mais do que à sua experiência profissional, mas também ao seu discernimento de vida e às suas grandes idéias, impressas no papel e em grandes obras? Quem conhece a pessoa Ricardo Julião – que não se desassocia do profissional RJ – percebe como seus valores, adquiridos em 63 anos muito bem vividos, são colocados em prática na sua visão de empreendedor, fundador, presidente e sócio principal do escritório “Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo”, fundado em 1978 e, hoje, um dos maiores nomes em arquitetura do Brasil. Pai aos 56 anos de idade, com um vigor invejável, e comparável a um verdadeiro “arquivo vivo” de cultura geral – o que inclui história da arte, motos, piano e até paixão por aviões – o arquiteto aplica à sua equipe de mais de 50 de profissionais seus diferenciais: inovação, criatividade, experiência e a melhor estrutura corporativa possível. Nesse contexto, a ampla variedade de projetos é o grande diferencial do escritório. Essa característica – inclusive, comum nos escritórios internacionais – tornou o escritório hábil para se adequar a uma ampla clientela e às variáveis do mercado, durante os

mais de 32 anos de sua experiência.

EQUIPE INTEGRADA COM IDÉIAS VANGUARDISTAS Como alicerces do escritório “Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo” estão grandes profissionais – Ricardo Julião, Hélio Nakagawa e Renato Siqueira – que simbolizam experiência, sabedoria e discernimento, características adquiridas após uma longa trajetória profissional. Enquanto isso, arquitetos como André Santos e Cláudia Sofia Valadinhas compõem o outro lado da “moeda”, representando a mais nova geração de profissionais do escritório e contribuindo com seus conhecimentos técnicos e conceituais sempre renovados e atualizados. Reinventar constantemente, sem abandonar fórmulas que tiveram grande êxito no passado, é um método de trabalho eficaz na RJAU. Dessa forma, sob o comando dos principais sócios Ricardo Julião, Marcia Mourad Julião, Renato Siqueira e Deborah Doria, atravessando várias gerações de arquitetura e se adequando às necessidades do mercado, o escritório “Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo” se posiciona atualmente como um dos mais respeitados nomes da arquitetura no Brasil.

BOA LEITURA!

CONTEÚDO EDITORIAL: Marina Castellan - EDIÇÃO: Fabiano Alvarenga (arte), Luiz Pires (fotografi a) e Ricardo Ribeiro (textos) - TEXTOS: Carolina Yada, Juliana Nunes e Tales Torraga REVISÃO: Amélia Alves e Victor Pinheiro JORNALISTA RESPONSÁVEL: Tales Torraga (MTb 43.632) DEPARTAMENTO COMERCIAL: (11) 3868 3590 - PROJETO GRÁFICO: Fabiano Alvarenga - IMPRESSÃO: Gráfi ca IBEP - Periodicidade: bimestral

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RICARDO JULIÃO É HOMENAGEADO EM PRÊMIO DA CASA HOPE Durante a primeira edição do “Prêmio Casa Hope de Responsabilidade Social, o arquiteto será homenageado pela contribuição efetiva na construção da sede própria da instituição, que cuida de crianças com câncer

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manhã, o arquiteto Ricardo Julião receberá uma homenagem, em nome de todo o escritório “Ricardo Julião – Arquitetura e Urbanismo”, no “I Prêmio Casa Hope de Responsabilidade Social”, evento que será realizado na Sala São Paulo (Rua Mauá, 51, Campos Elíseos, São Paulo – SP), a partir das 19h30. Ricardo é fundador, presidente e sócio principal do escritório “Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo”. O escritório será homenageado por todo apoio, parceria, serviço e empenho depositados na “Casa Hope”, instituição 100% filantrópica, fundada em 1996, que dá apoio biopsicossocial e educacional para crianças e adolescentes carentes portadores de câncer e seus familiares, além de transplantados de medula óssea, rim, fígado e pâncreas, vindos de todo o Brasil. Há mais de um ano, a sede própria da “Casa Hope” foi inaugurada, com mais de 6 mil metros quadrados de área construída. Com o apoio de vários parceiros – em especial do arquiteto Ricardo Julião – e com a concessão

do terreno pelo governo do Estado, a construção se tornou realidade. Em 2003, Ricardo Julião e toda sua equipe de mais de 50 profissionais começaram a realizar os primeiros estudos para o desenvolvimento do projeto de arquitetura da sede própria da Casa Hope. Foram anos de trabalho, da criação ao desenvolvimento do projeto, até o acompanhamento à obra. O trabalho envolveu a doação de muitas horas de trabalho de toda a equipe do escritório. Foram dois anos, somente de obra, até a inauguração da Casa, em maio de 2009. A obtenção de grande parte dos fornecedores, que doaram materiais para a construção, e o trabalho por parte de vários outros profissionais e empresários também foram fundamentais para que o sonho da sede própria fosse concretizado. A instituição conta com 188 leitos, ampla área de lazer, dois refeitórios, salão para eventos, biblioteca, brinquedoteca, salas de aula, artes, TV, leitura e de convivência, além de outros ambientes.


Ricardo Julião, que também foi vice-presidente da “Casa Hope” de 18 de outubro de 2006 até 31 de julho de 2009, fala sobre sua posição sobre responsabilidade social: “Responsabilidade social é uma postura adotada desde o nascimento de nosso escritório, há mais de 30 anos. Isso é educação, no sentido literal da palavra!”, coloca o arquiteto. Ricardo acrescenta: “A responsabilidade social é ‘não fechar os olhos para quem precisa de ajuda’. Isso começa com pequenas atitudes do dia-a-dia, como o simples respeito ao próximo à construção de uma instituição, como a Casa Hope, cujo projeto foi inteiramente doado por todos os integrantes da RJAU, com muita satisfação!”. O “Prêmio Casa Hope de Responsabilidade Social” tem o intuito de agradecer publicamente a todos aqueles (pessoas físicas ou empresas) que tornaram real o sonho da sede própria da instituição. Além do arquiteto Ricardo Julião, estão entre os homenageados: o Sr. Abram Szajman, presidente da FECOMERCIO; o Sr. Laércio A. Cesar, vice-presidente de TI do Bradesco; a Sra. Janete Mar-

tins, proprietária da Escola “Morumbi”; o Sr. Carlos Bier Gerdau Johannpeter, diretor-executivo da área de Negócios do Grupo Gerdau; o Sr. Luis Stuhlberger, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo; o Sr. Marcos Couto, presidente da Ace Seguradora; o Sr. Michael Klein, presidente da Casas Bahia; e o Sr. Paulo S. Alves, um dos sócios do Restaurante América.

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CENTRO ESPORTIVO DO BRADESCO É INAUGURADO COM PROJETO SUSTENTÁVEL E INOVADOR DO ARQUITETO RICARDO JULIÃO 6


Referência de Centro Esportivo no Brasil, o “Centro de Desenvolvimento Esportivo da ADC Bradesco Esportes e Educação” foi construído em um terreno de quase 10 mil metros quadrados, reunindo três princípios de excelência em projeto de Ricardo Julião: arquitetura atemporal, soluções sustentáveis e, nesse caso, inclusão social 7


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Um dos pontos mais importantes nesse contexto é o aproveitamento da água da chuva

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Banco Bradesco acaba de inaugurar o “Centro de Desenvolvimento Esportivo da ADC Bradesco Esportes e Educação”, uma das mais modernas instalações e estruturas arquitetônicas do Brasil, com projeto de autoria do arquiteto Ricardo Julião. O trabalho conta com princípios que ressaltam grandes preocupações do arquiteto, que tem mais de 30 anos de história com o escritório “Ricardo Julião Arquitetura e Urbanismo”, como sustentabilidade, arquitetura atemporal e inclusão social. Localizado em Osasco (Grande SP), o Centro é resultado do Programa Bradesco Esportes e Educação nas modalidades vôlei e basquete e foi planejado para atender meninas de 8 a 18 anos, de todo o país, fornecendo moradia, alimentação, transporte, educação, assistências médica e odontológica, treinamento esportivo, entre outros serviços, além do principal: a revelação de novos talentos no esporte junto a formação profissional dessas jovens. O Centro foi instalado em um terreno de cerca de 10 mil metros quadrados, cedido

pela Prefeitura de Osasco à “ADC Bradesco Esportes e Educação”. O projeto começou a ser desenvolvido em 2007 e valorizou a questão de funcionalidade, sustentabilidade e comodidade para futuras atletas e profissionais que ali trabalham diariamente. A capacidade do Centro é de atender diariamente até 500 atletas e mais 50 profissionais, entre técnicos, professores de educação física, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, médicos e outros. Nos quase 9 mil metros quadrados de área construída do Centro, Ricardo Julião desenvolveu um projeto composto por: subsolo de 1.790 metros quadrados com estacionamento de 88 vagas, almoxarifado e sala para reciclagem; térreo, com quadras esportivas, piscina, alojamento e diversos ambientes; segundo piso (bloco de apoio) com 425 metros quadrados, que abriga a área administrativafinanceira, salas de psicologia e reuniões; e primeiro piso, com recepção, sala de troféus, auditório e copa. Em geral, são cinco quadras oficiais cobertas em mais de 3,3 mil metros quadrados – uma dessas foi projetada para jogos


oficiais com arquibancada, cuja capacidade é para 250 pessoas –, vestiários, quadra de areia, piscina com quatro raias e 15 metros de comprimento, academia, sala de fisioterapia, consultório médico, auditório, cozinha semi-industrial, restaurante com capacidade para atender mais de 90 pessoas, lavanderia, salas de informática, de TV e de estudo. Segundo Ricardo Julião, uma questão importante na concepção do projeto foi que o Centro tivesse “a cara” dos arredores do bairro onde se encontra, o Jardim Cipava, de perfil residencial e familiar. “Obtivemos uma composição harmônica com o entorno. Para isso, optamos por dispor o térreo do Centro em

uma área mais profunda do terreno. Com isso e mais outros recursos como cores e formas, conseguimos integrar o Centro ao ambiente”, explica. Essa solução proporcionou também o conforto térmico e isolamento de som ideais para as quadras de basquete e vôlei. De acordo com a arquiteta do escritório “Ricardo Juliao Arq. e Urb.” e coordenadora do projeto, Juliana Distefano, o alojamento é uma área muito peculiar. Com 435 metros quadrados, ele foi projetado com 14 suítes, de três lugares cada, para comportar 42 pessoas, entre atletas e governantas – 12 dessas são reservadas para 36 atletas vindas de fora de São Paulo. “Foi uma área projetada vi-

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sando total conforto!”, reforça Juliana. Outra arquiteta que coordenou o projeto, pelo escritório Ricardo Julião, foi Karin Kröner. O Centro ainda conta com uma área verde de aproximadamente 2,2 mil metros quadrados, por onde passa uma pista de cooper de cerca de 260 metros de extensão, entre uma área ocupada por um projeto de paisagismo, com 250 árvores, assinado por Olair Falcirolli De Camillo. “É importante lembrar que essas árvores são nativas e exigem pouca água, um aspecto que – apesar de parecer apenas mero detalhe – já contribui com o aspecto da sustentabilidade desse projeto”, diz Juliana. Sustentabilidade em sintonia com soluções arquitetônicas Um dos princípios do arquiteto Ricardo Julião é sempre aplicar soluções sustentáveis e inteligentes em seus projetos e, nesse caso não foi diferente! Alinhado à política de responsabilidade socioambiental da Orga-

nização Bradesco, projeto e concepção arquitetônica privilegiaram os mais modernos conceitos de ecoeficiência e preservação de recursos naturais, seguindo os critérios internacionais de sustentabilidade, inclusive da certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (selo verde). Iluminação natural, sistema de circulação de ar eficiente através de vãos livres e uso de madeira certificada estão nesse contexto. A questão da preservação do meio ambiente já aconteceu durante as obras do Centro de Esportes. Por exigência da certificação, por exemplo, os caminhões que transitaram durante a construção tiveram seus pneus lavados com água de reúso antes de saírem da obra, para não sujar as ruas. Com relação ao aquecimento solar, foram utilizadas 105 unidades de placas solares na cobertura da edificação para o aquecimento da piscina, chuveiros, cozinha e


alojamento. Enquanto isso, vãos livres permitem uma excelente circulação de ar interna e favorecem a evaporação do ar quente, dispensando a utilização de ventiladores e ar-condicionado. Um dos pontos mais importantes nesse contexto é o aproveitamento da água da chuva e a reutilização da água, inclusive, 100% da irrigação do paisagismo e lavagem (geral) são feitas dessa forma. Foi projetada uma caixa (a principal) com capacidade para comportar 111 mil litros de água de reúso, reserva de incêndio e potável. Outras duas caixas, de 120 mil litros cada, foram planejadas: uma totalmente para água de reúso, e outra de retenção, que armazena água quando há excesso de chuva. Além disso, a área do telhado, de quase 6 mil metros quadrados, foi projetada para coletar 100 % da água da chuva. Quando o assunto é sustentabilidade, Ri-

cardo Julião coloca: “Independente da moda do termo ‘sustentabilidade’ hoje em dia, nós (todos os profissionais do escritório) sempre valorizamos e propomos soluções sustentáveis em nossos projetos, por conta dos princípios e valores que carregamos em toda nossa trajetória profissional”. O arquiteto acrescenta: “E, apesar desses sistemas envolverem altos gastos, é importante que o cliente perceba que esse custo é recompensado a longo prazo, como foi o caso do Bradesco. A natureza agradece!”. O “Centro de Desenvolvimento Esportivo da ADC Bradesco Esportes e Educação” é uma obra do Bradesco, cujo investimento foi de R$ 24 milhões, em parceria com a Prefeitura Municipal de Osasco, e contou com o apoio do CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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