Os instrumentos mortais - cidade das cinzas - vol 2 - cassandra clare

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Clary fechou a porta do quarto da TV com o volume alto e foi a procura de Simon. Ela o encontrou na cozinha, curvado sobre a pia com a água correndo. Suas mãos estavam sobre o escorredor. “Simon?” A cozinha era brilhante, de um amarelo alegre, as paredes decoradas com emoldurados desenhos à lápis e giz que Simon e Rebecca haviam feito na escola. Rebecca tinha algum talento para desenho, você podia dizer, mas nos rabiscos de Simon todas as pessoas pareciam como parquímetros com tufos de cabelos. Ele não tinha olhado até agora, embora ela pudesse dizer pela firmeza dos músculos em seus ombros que ele tinha ouvido ela. Ela foi até a pia, descansando uma mão levemente em suas costas. Ela sentiu a acentuada saliência de sua espinha através do fino algodão de sua camiseta e se perguntou se ele tinha perdido peso. Ela não podia dizer só de olhar para ele, mas olhando para Simon era como se estivesse olhando em um espelho - quando você vê alguém todo dia, você nem sempre nota as pequenas mudanças em sua aparência exterior. “Você está bem?” Ele revolveu a água com um duro movimento de seu punho. “Claro. Eu estou bem.” Ela deslizou um dedo contra o lado de seu queixo e virou o rosto dele na direção do dela. Ele estava suando, seu cabelo escuro que caia sobre sua testa estava preso à sua pele, mas o ar que vinha pela janela semi-aberta estava frio. “Você não parece bem. Foi o filme?” Ele não respondeu. “Me desculpe. Eu não deveria ter rido, é só que...” “Você não se lembra?” Sua voz soou rouca. “Eu...” a voz de Clary morreu. Aquela noite, recordando, parecia como correr ao longo de um nevoeiro, de sangue e suor, de sombras vislumbradas em entradas, que caiam através do espaço. Ela se lembrava dos rostos brancos dos vampiros, como papel recortado contra a escuridão, ela se lembrou de Jace abraçando ela, gritando roucamente em seu ouvido. “Não realmente. É um borrão.” Seu olhar se moveu passando por ela, e em seguida, de volta. “Eu pareço diferente para você?” ele perguntou. Ela levantou seus olhos para os dele. Eles eram da cor de café preto - não realmente preto, mas um rico castanho sem um toque de cinza ou avelã. Ele parecia diferente? Podia haver um toque extra de confiança no jeito como ele ficou desde o dia em que ele matou o Abbadon, o Grande Demônio; mas também havia uma cautela nele, como se ele estivesse assistindo ou esperando alguma coisa. Era algo que ela tinha notado em Jace também. Talvez aquilo fosse apenas a consciência da mortalidade. “Você continua o mesmo Simon.” Ele semicerrou seus olhos como se em alivio, e enquanto seus cílios se abaixavam, ela viu como os ossos de seu rosto pareciam angulares. Ele tinha perdido peso, ela pensou, e ela estava prestes a dizer isso quando ele se inclinou para baixo e a beijou. Ela ficou tão surpresa com a sensação da boca dele sobre a sua que ela ficou toda rígida, agarrando o canto do escorredor para apoiar a si mesma. Ela, no entanto, não o empurrou para longe e claramente fazendo disso como um sinal de encorajamento, Simon deslizou sua mão atrás da cabeça dela e aprofundou o beijo, separando os lábios dela com os seus. Sua boca era suave, mais suave do que a de Jace havia sido, e a mão que se fechava sobre seu pescoço era quente e gentil. Ele tinha gosto de sal. Ela deixou seus olhos se fecharem e por um momento flutuou vertiginosamente na escuridão e no calor, ela sentiu os dedos dele movendo através de seus cabelos. Quando um estridente toque de telefone cortou o seu entorpecimento, ela pulou para trás como se


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