Event Point 5

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GRANDE ENTRE VISTA . J O Ã O G A RRID O D A C O S TA 50

os fornecedores certos para o mate‑ rializar e entregar. Isto é um trabalho de consultoria pura. É uma questão de terminologia, mas faz toda a diferença. Lá fora é este o caminho.

“São os profissionais que fazem o Pavilhão Atlântico”

J O Ã O G A R R I D O D A C O S TA © RUI LUÍS ROMÃO . EVENT POINT

trabalhamos só com pessoas, que por sinal também são empresas. Hoje em dia, com as vicissitudes do mercado, um fornecedor saber que não corre ris‑ cos quando está a trabalhar com uma empresa é importante. Quantos orga‑ nizadores de eventos sabem o que é um seguro de “no‑show”? Quantos fazem seguros de “no‑show”? Não sabem, nem fazem. O seguro “no‑show” é só o garante de que o cliente para quem produzimos o evento está completa‑ mente seguro. Se alguma coisa falhar pode honrar os compromissos finan‑ ceiros que tem connosco, e nós com os nossos fornecedores.

Nesse processo de internacionalização, leva alguns fornecedores de cá? Na Tavolanostra trabalhamos basica‑ mente com fornecedores nacionais. Nem arrisco. Muitas vezes tem a ver com a máquina que está montada. Garantidamente não temos nenhum catering lá fora como temos em Portugal. Qual é o papel futuro dos organizadores de eventos? Acho que cada vez mais vamos deixar de ter organizadores profissionais de eventos para termos consulto‑ res profissionais de eventos. Este é o futuro. O consultor garante a consul‑ toria e a produção. Consegue criar e desenhar o evento, garantir que tem

Como viu a privatização do Pavilhão Atlântico? Primeiro, respeito imenso os profis‑ sionais que trabalham no Pavilhão Atlântico. São os profissionais que fazem o Pavilhão Atlântico. É difícil avaliar uma infraestrutura que não tem concorrência, que garantiu esse lugar não só pela infraestrutura fí‑ sica, mas pela humana. O Pavilhão Atlântico está sozinho no merca‑ do. Existem outros profissionais muito bons, espaços fabulosos, mas o Atlântico está sozinho. Esta nova gestão seria mais fácil de avaliar se o equipamento estivesse num mercado altamente concorrencial. O Pavilhão Atlântico tem um naipe de profissio‑ nais, do departamento comercial à parte operacional, que têm a mesma relação connosco que nós temos com os outros fornecedores. Quando um técnico me diz que não, não tenho como contrapor com um sim. Ele jamais me vai dizer que sim se estiver a comprometer a segurança, a eficácia, ou que for. No Atlântico temos isto. Não há ninguém em Portugal com a capacidade de gestão de público como a Atlântico. Profissionalizaram‑se nessa área. Têm uma coisa que faz a dife‑ rença, um sentido de compromisso, e acho que nenhuma gestão privada vai alterar isso. Não está preocupado? Nada preocupado. Se me perguntasse se precisávamos de mais dois ou três Pavilhões Atlânticos em Portugal... se calhar precisávamos. Quando se está a produzir um espectáculo no Atlântico, ninguém está preocupado com falhas


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