Sã Doutrina

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INDICE Parte 1 – Relacionamento com Deus Lição 01 – Relacionamento com Deus através da oração Lição 02 – Relacionamento com Deus através da Palavra Lição 03 – Relacionamento com Deus através do Jejum Lição 04 – Recebendo o Perdão Lição 05 – Perdoando nossos Ofensores Lição 06 – Contrição – Convicção de Pecado Lição 07 – Andar na Luz Lição 08 – Salvação completa Parte 2 – O Caráter Lição 09 – A Impureza Sexual Lição 10 – Materialismo, Avareza Lição 11 – A raiva e a ira Lição 12 – O vocabulário perverso Lição 13 – A Falsidade e a Mentira Lição 14 – O Ocultismo Lição 15 – O Pessimismo Lição 16 – O Vício Lição 17 – O devolver o mal por mal Lição 18 – A Injustiça Parte 3 – Família Lição 19 – O papel do marido como cônjuge Lição 20 – O papel da mulher como cônjuge Lição 21 – Os filhos Lição 22 – Relação entre solteiros Lição 23 – Divórcio e Recasamento Parte 4 – Finanças e Trabalho Lição 24 – Finanças Lição 25 – Trabalho Parte 5 – Orientações aos Discípulos Lição 26 – Cinco Características de um Discípulo Lição 27 – O Evangelho do Reino Lição 28 – Princípios Absolutos da Obra Parte 6 – A Volta do Senhor Lição 29 – Sinais que precedem a volta do Senhor Lição 30 – A subida da Igreja e a volta do Senhor Lição 31 – O Milênio e o Juízo Final Parte 7 – Orientações aos Discipuladores Lição 32 – Características de um Discipulador 2

03 04 07 10 12 15 17 23 26 28 29 31 33 35 37 39 42 44 46 48 50 51 54 56 62 65 70 71 76 81 82 85 88 92 93 97 99 102 103


Lição 33 – Orientações gerais

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Parte

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Relacionamento com Deus

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Lição 1

Relacionando-se com Deus através da Oração O Discipulador deve, nos primeiros três meses de conversão do discípulo, estar, SEMANALMENTE, com ele especificamente para, JUNTOS: orarem, ler a Palavra de Deus e estabelecerem jejum O relacionamento com Deus é o que há de mais precioso na vida, e é o fator indispensável para quem quer ter uma vida de acordo com a Sua vontade. Se alguém não se relaciona com Ele, mesmo que cumpra alguns de seus mandamentos, é um “Religioso” e não conhece a Deus. 1. O QUE É ORAÇÃO E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA? Fp 4.6 = “Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus”. Mt 7.7-11 = “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á, pois aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se abre... ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Oração é a expressão de palavras ou pensamentos a Deus, buscando adorá-lo, bendize-lo, contemplá-lo, ouvi-lo, levando a Ele todas as ansiedades e preocupações, e pedindo tudo o que necessita, segundo Sua vontade. a)- PEDIR. Deus sabe tudo que necessitamos, mas Ele quer que lhe peçamos.

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Mt 7.7-8 = “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se abre”. b)- Pedir EM NOME DE JESUS. Jo 14.13,14 = “e farei tudo o que pedirdes em meu nome...se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. Jo 16.23-24 = “...tudo o que pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vos dará... Pedir no nome de Jesus é pedir em lugar dele, isto é, de acordo com os interesses dele; pedir o que ele pediria, porque é da sua vontade. 2. COMO JESUS ENSINOU A ORAR? Mt 6:9-13 = “...9Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, 10venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu, 11o pão nosso de cada dia nos dá hoje, 12 perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. 13Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre amém”. v. 9 = Momento de adoração v.10 = Se sujeitar inteiramente à vontade de Deus v. 11= Momento para pedir por nossas necessidades v.12 = sondar nosso coração, clamar por nossos erros, e para sermos transformados dia a dia v. 13 = clamar para sermos guardados deste mundo e do pecado v. 13 = momento de adoração 3. ALGUNS CONSELHOS PRÁTICOS. a)- Oração sozinho (Mt 6.5-6). Tenha um tempo específico para oração (Sl 5.1-3). Faça uma lista de assuntos pelos quais vai interceder. b)- Oração junto com os irmãos (Mt 18.19-20; At 2.42; 4.23-31). Todos devemos participar.. Abandonar a timidez ou vergonha.

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Resumo

Relacionando-se com Deus através da Oração Oração é a expressão de palavras ou pensamentos a Deus, buscando adorá-lo, bendize-lo, contemplá-lo, ouvi-lo, levando a Ele todas as ansiedades e preocupações, e pedindo tudo o que necessita, segundo Sua vontade. PEDIR. Deus sabe, mas quer que pessa. Mt 7.7-8 = “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á”. Pedir EM NOME DE JESUS. É pedir no lugar de Jesus. Jo 14.13,14 = “...se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. O modelo de oração: PAI NOSSO adorar Se sujeitar à vontade de Deus pedir por nossas necessidades sondar nosso coração, clamar por nossos erros, e para sermos transformados dia a dia clamar para sermos guardados deste mundo e do pecado Conselhos: Ter um tempo específico para orar Relacionar os motivos de oração.

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Lição 2

Relacionando-se com Deus através da Palavra A Palavra de Deus é eterna. Sl 119.89 = “Ó Senhor, a tua palavra é eterna; ela está firmada no céu” . 1Pe 1.25 = “Mas a palavra do Senhor permanece para sempre...”. Ela é alimento para nossa alma. Dt 8.3 = “Ele te afligiu, e te deixou ter fome; depois de sustentou com o maná que não conhecias, e que os teus pais também não conheceram, para te dar a entender que não só de pão vive o homem, mas de tudo o que sai da boca do Senhor”. (Sl 119.103). Foi inspirada por Deus. 2Tm 3.16 = “Toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir e instruir em justiça”. 2Pe 1.21 = “Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. A Palavra de Deus fornece luz nas trevas. Sl 19.8 = “...o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos”. Sl 119.105 = “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho”. (ver também Pv 6.23; 2Pe 1.19). A Palavra de Deus tem poder para libertar os cativos Jo 8.32 = “...e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. e salvar os perdidos Rm 1.16 = “Não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” A Palavra de Deus deve ser LIDA – PRATICADA – TRANSMITIDA 7


LIDA Mt 22.29 = “Errais não conhecendo as escrituras e nem o poder de Deus”

Jo 5.39 = “Examinais as Escrituras, porque pensais Ter nelas a vida eterna” 2 Tm 3.16 = “Toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; a fim de que o homem de Deus seja perfeito e preparado para toda boa obra”. DIA e NOITE = Sl 1.2 = “nela medita dia e noite” PRATICADA Sl 119.11 – “Escondi a tua palavra no meu coração para eu não pecar contra ti” Mt 7.24 – “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. TRANSMITIDA 2 Tm 4.2 = “prega a palavra, insta a tempo e a fora de tempo, admoesta, repreenda, exorta, com toda longanimidade e ensino”. A Palavra produz: FÉ Rm 10.17 = “A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus” ESPERANÇA Rm 15.4 = “...para que pela paciência e consolação das escrituras tenhamos esperança”. LIMPEZA Jo 15.3 = “vós já estais limpos pela palavra que eu vos tenho dado”. Sl 119.9 = “como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o segundo a Tua Palavra.

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Resumo

Relacionando-se com Deus através da Palavra

A Palavra de Deus

Referências Sl 119.89 - 1Pe 1.25

É eterna

Dt 8.3 - Sl 119.103

é alimento para nossa alma

2Tm 3.16 - 2Pe 1.21

Foi inspirada por Deus

Sl 19.8 - Sl 119.105

É luz nas trevas

Jo 8.32

tem poder para libertar os cativos

Rm 1.16

salva os perdidos

Mt 22.29

Deve ser LIDA

Sl 119.11 – Mt 7.24

PRATICADA

2Tm 4.2

TRANSMITIDA

Rm 10.17

Produz FÉ

Rm 15.4

ESPERANÇA

Jo 15.3 – Sl 119.9

LIMPEZA

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Lição 3

Relacionando-se com Deus através do Jejum Jejum é a abstenção de alimentos sólidos e líquidos por determinado período 1. TIPOS DE JEJUM. a. NORMAL (Mt 4.2). É a abstenção de alimentos sólidos e líquidos (com exceção de água), por um ou mais dias. b. ABSOLUTO (At. 9.9; Dt 9.9; 1Rs 19.8). É a abstenção total de comida e de água. Não deve durar muito tempo, pois é prejudicial à saúde. O jejum de Moisés e de Elias (absoluto por 40 dias) foi sobrenatural. c. PARCIAL (Dn 10.3). É uma restrição na dieta diária, e não uma abstenção completa. 2. PROPÓSITOS DO JEJUM. 

Santificação individual (Ne 9.1-3). O jejum é um corretivo divino; nos prepara, quebra o orgulho e humilha a alma.

Para que Deus nos ouça (Ed 8.21-23;). O jejum dá poder às orações, expressa, aprofunda e confirma o que pedimos p/ o reino de Deus.

Para fazer com que Deus mude a direção das coisas ( Jonas 3.4-10).

Para soltar os cativos e derrotar a Satanás (Is 58.6). O jejum dá força e poder contra Satanás. Obriga-o a soltar os homens que são seus escravos.

Para receber revelação (Dn 9.2-3; 21-22).

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Para subjugar o corpo (I Co 9.27). O jejum nos ajuda a disciplinar o corpo. Os apetites do corpo são lícitos mas temos que tê-los sob controle; o físico submisso ao espiritual.

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Resumo

Relacionando-se com Deus através do Jejum Jejum é a abstenção de alimentos sólidos e líquidos por determinado período TIPOS DE JEJUM. a. NORMAL (Mt 4.2). É a abstenção de alimentos sólidos e líquidos (com exceção de água), por um ou mais dias. b. ABSOLUTO (At. 9.9; Dt 9.9; 1Rs 19.8). É a abstenção total de comida e de água. c. PARCIAL (Dn 10.3). É uma restrição na dieta diária, e não uma abstenção completa. 2. PROPÓSITOS DO JEJUM. 

Santificação individual (Sl 69.10; 35.13).

Para que Deus nos ouça (Ed 8.21-23; Ne 9.1-3).

Para que Deus mude a direção das coisas ( Jonas 3.4-10).

Para soltar os cativos e derrotar a Satanás (Is 58.6; 49.24-25).

Para receber revelação (Dn 9.2-3; 21-22).

Para subjugar o corpo (I Co 9.27; Ex 16.3; Nm 11.4-5; 21-5).

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Lição 4

Recebendo o Perdão 37

E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; 38 e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regavaos com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento 39 Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora ...48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. (Lc 7.37-50) 1. Introdução Que paixão é esta? Lavando os pés? Com as lágrimas? Beijando? Que doce loucura! Que inundação de amor! Porque? Não é exagero? 2. Antes de ela conhecer ao Senhor: imaginemos a história toda.       

Era uma prostituta. Junto com os ladrões era a escória. Prostituta em Israel! (Se hoje é malvisto!). Forte ambiente religioso. Os fariseus a condenavam. A faziam saber que era indigna. A lei de Moisés a condenava e dizia que ela era indigna. Somente os homens da pior espécie e outras prostitutas a recebiam. Quanta angústia! Quanta certeza de que não valia nada! Não era uma tristeza passageira, era uma vida miserável.

3. Aparece o Rabi  

Não podia chegar muito perto, mas de longe ela ouvia. A pregação de Jesus trouxe ainda maior condenação. “Se a vossa justiça...” 12


Mas havia algo diferente em Jesus. Era diferente dos fariseus. Era muito sério, mas era doce. Falava como um príncipe, mas, andava com os pescadores e com o povo! Havia algo muito atrativo nele. Mas seria impossível ser amigo dele. “Se os fariseus não me aceitam, como este Rabi tão impressionante vai me aceitar?”.

4. O Mestre a vê.      

E Jesus viu tudo num só lance. Contra todas as expectativas culturais, sociais e religiosas da época ele se aproxima e vai falar com ela. Estende a mão para ela. A princípio ela não pode nem crer. Mas era verdade. Quanto gozo ela passou a experimentar! A partir daí ela era só paixão: O Rabi me recebeu. O mestre me recebeu. O Deus de Israel me recebeu. O Deus de Abraão e de Jacó me recebeu.

5. Talvez você se sinta como ela.      

Conhece tua indignidade? Jesus quer mostrar que te recebe. Como? Jesus não falou da sua cruz e do seu sangue porque não precisava Mas agora ele não está aqui fisicamente. Como sei que me recebeu? Basta olhar para a cruz. “Os braços do meu Pai...”. “Aquele que não conheceu pecado...”. Substituição. Pagou um caro preço Deus quer que você receba este abraço hoje. Receba o perdão e o benefício da cruz.

1 Jo 1.9 = “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Temos essa certeza. Deus estipulou o sangue de Jesus como sendo o único elemento capaz de lavar nossos pecados. Ele nos perdoa porque vê o sangue de Cristo em nós – Ele é justo. 13


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Resumo

Recebendo o Perdão Lc 7.37-50. Esse texto conta que Jesus estava na casa de um fariseu, chamado Simão, comendo à mesa com ele, quando uma prostituta chegou por traz e passou a lavar os pés de Jesus com suas lágrimas, enxuga-los com seus cabelos, beija-los e ungi-los com um perfume. Ela era prostituta, em Israel, povo religioso, era condenada pelos fariseus e pela lei de Moisés. Só era recebida por outras prostitutas e gente da pior espécie. Mas Jesus era diferente e, embora sendo o Messias, andava com o povo – era simples e humilde. Ele a recebeu. Talvez você esteja se sentindo rejeitado e infeliz. Mas Jesus está de braços abertos NA CRUZ para te receber e, com Seu sangue, poder te perdoar. Deus estipulou que o sangue de Jesus sobre nós é suficiente para lavar nossos pecados. 1Jo 1.9.

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Lição 5

Perdoando nossos Ofensores 23

“ Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu 24 ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe 25 um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo 26 quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se 27 reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a 28 dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Pagame o que me deves ... Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo 33 malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu 35 me compadeci de ti?... Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão. Mt 18.23-35

1. Três coisas simples: a) O que as duas dívidas representam. I - 10.000 talentos. = 164.383 anos de trabalhos (sem folga nem feriado). Simboliza nossa dívida com Deus que é impagável. Pecamos contra um Deus santo. II - 100 denários = cem dias de trabalho. Representa a dívida daqueles que pecaram contra nós. Qual o problema? Somos pecadores também! b) O contraste da atitude do Senhor com a do que não perdoa. I - Perdão. Perdão pagando a dívida! II - Retém. Mesmo quando Deus pagou aquela dívida. Manifesta uma pessoa que não entendeu bem o tamanho de sua dívida. Uma pessoa não quebrantada. Ainda é um escravo do passado. c) O que o Senhor diz ao que não perdoa (Mt 6.14-15).

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I - Não é que Deus retire o perdão, mas que fica comprovado que a pessoa não conheceu ainda o seu pecado, não se arrependeu e portanto não recebeu o perdão. d) Foi gostoso receber o perdão de Deus, não? e) Agora perdoa. ===================================

Resumo

Perdoando nossos Ofensores Mt 18.23-35 – conta a parábola de um certo homem que teve perdoada uma dívida impagável, mas não perdoou uma outra dívida que representava 0,06% da sua. Deus perdoou nossa dívida, cujo valor era incalculável. Não perdoar a ofensa de alguém é não reconhecer o tamanho da sua própria dívida, que foi perdoada. Se não perdoarmos também não seremos perdoados pelo Senhor (Mt 6.14-15).

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Lição 6

Contrição Convicção de Pecado “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl 51:17). Existe alguém que o nosso Senhor tão bom e amoroso possa desprezar? Existe algo que o Senhor despreze? Com toda certeza existem coisas que o Senhor nosso Deus despreze: o pecado. Porém, ainda que observamos neste texto uma grande advertência do Senhor: o homem que não tiver um coração quebrantado e contrito será desprezado por Deus, ao mesmo tempo temos a solução: “… um espírito quebrantado, um coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus”. Deus com sua santidade e justiça despreza o pecado, mas ama o pecador, ama o coração quebrantado e contrito. Mas, o que é um espírito contrito? O que é um coração compungido e contrito? “36 Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, pecadora, ... estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento ... (Lc 7.36-50). 1. O que é Contrição? Contrição é a postura que surge como resultado do contraste da vida de um homem pecador com a santidade de Deus. Descobre o quanto ofendeu a um Deus tão santo e puro. 17


2. O que Jesus nos Ensina sobre este Assunto neste Episódio? Nesta passagem temos 3 pessoas: Jesus, um fariseu e uma pecadora. Temos um contraste gritante. Podemos, então, fazer 3 perguntas: 1. Quem foi que estabeleceu esta diferença? 2. Qual a diferença real entre os dois? Entre o fariseu e a pecadora? 3. Com qual destes dois sou mais parecido? Com o fariseu ou com a pecadora? Fazer comparações é um negócio muito sério e perigoso, mas aqui vemos que o próprio Senhor Jesus estabelece a diferença entre os dois. Veja o versículo 44: “… Vês esta mulher?”. Jesus nunca olha só o exterior, Ele mostra o que há dentro do coração do homem. Assim, de um lado temos o fariseu que era membro de um dos principais grupos religiosos dos judeus. Os fariseus seguiam rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições, os usos e os costumes dos antepassados. Eram os religiosos que viviam debaixo da lei, mas se esqueciam do espírito da lei. O fariseu trata a Jesus formalmente, com respeito, frieza, quase indiferença. Contrasta-se ainda mais com o uso da época em que um fariseu querendo honrar um rabi, convidava-o para sua casa, para um debate religioso e o recebia com todos os protocolos. Do outro lado, temos a mulher, que por si só já era desprezada no meio dos homens. Mas, além disso, era uma pecadora – expressão usada especificamente para prostitutas. Todavia o contraste aumenta ainda mais quando esta mulher desvairada e apaixonada se derrama aos pés de Jesus. O fariseu interpretou de um jeito, Jesus de outro e o mostra com riqueza de detalhes. Jesus fala o que observou em cada um dos dois. “44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. 45 Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés”.(Lc 7:44-46) Neste caso, Jesus mostrou não só o que o fariseu não fez, como determinava o costume da época, como também expôs o interior, deixou patente o que havia em seu coração. 18


“47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7:47). Jesus não está dizendo que o fariseu não tinha pecados para serem perdoados, ou que tinha poucos pecados. Jesus utiliza uma “ironia santa” para expor o coração de Simão, o fariseu, um coração não quebrantado nem contrito. Jesus não deixa na superficialidade, explica claramente que o que está faltando no coração do fariseu é convicção de pecado. Esta é a grande diferença entre os dois: convicção de pecado. Esta diferença é no coração. A pecadora estava cheia de gratidão porque sabia muito bem quem era, tinha convicção de pecado enquanto o fariseu se achava muito bom. É necessário todo o poder do céu para convencer alguém do pecado. Um dos impedimentos de se ter convicção de pecado é não ver seu próprio pecado, é não se comparar a Deus santo. É a cegueira espiritual. É como um leproso já todo corroído pela doença diante do espelho que se acha belo mesmo sem um pedaço do nariz e sem uma orelha, não conseguindo ver sua doença. Assim é o coração do homem que, diante de Deus, acredita que ainda tem alguma coisa de bom e fica se apreciando. A convicção de pecados é muito mais que uma concordância mental e fria: cometi pecados. Nem tão pouco é um entendimento lógico: se a Bíblia diz que todos pecaram, então sou pecador. Muitas vezes diante de Deus falamos a teologia certa, mas diante dos homens manifestamos quem realmente somos. Este é aquele homem que acredita no que a Bíblia diz, mas não enxerga a si mesmo, é difícil ver a sua própria maldade! “Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia” (Pv 30:12). Sabe quem teve “convicção” de pecado? Faraó (Ex 7:27), Saul (1Sm 15:24, 30) e Judas (Mt 27:3-5). Mas que grande diferença quando Davi foi confrontado por Natã: “Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR” (2Sm 12:13). “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (Sl 51:4). Davi tinha um espírito quebrantado e um coração contrito, ele se conhecia muito bem: 19


“Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51:3). Esta mesma postura podemos observar na parábola do Filho Pródigo contada por Jesus: “E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc 15:21). 3. Que Você precisa Entender e Experimentar?  Você deve entender que tem cometido pecados. Precisamos entender isso e experimentar em nossos corações. Precisamos encarar de frente nossa vida, vendo que cometi toda sorte de pecados.  Mas Pior Ainda: Estas coisas você não fez apenas porque quis, mas se tornou escravo delas. Toda a tua natureza é inclinada para o mal. Você nasceu numa condição que Deus diz que é “carnal”. Toda a tua natureza é ruim e inimiga de Deus.  Com isto Você Ofendeu a um Deus Santo e Amoroso. Deus é grande, poderoso, soberano, mas nunca usou seu poder para o mal. Deus todo bondoso, sempre generoso, completamente puro de mente e de sentimentos, Deus é admirável e belo. E, os teus pecados ofenderam a Deus. Assim como um homem esbofeteia uma criança ou como o homem que surpreende sua esposa o traindo com um amigo, assim você ofendeu a Deus com seus pecados.  Assim, Você se Tornou Digno do castigo de Deus. Não é digno de benção, de cuidado. Você entende que Deus é justo em seus juízos e que apenas a sua grande paciência impede que você caia imediatamente na morte e na condenação eterna.  Você Experimenta Quando Vê a Deus. Não existe quem veja a Deus e não seja transformado, impactado, não se sinta impuro ou indigno. Vejamos alguns exemplos: Isaías (Is 6.1-5); Pedro (Lc 5.1-8); Jó (Jó 40:3-5; 42:1-5). 4. Conclusão Como somos no coração? Como a mulher ou como o fariseu? Todos nós, com nossos pecados somos como aquela mulher porque ofendemos a um Deus santo, amoroso e perfeito. Voltemos a esta pecadora. Uma prostituta já é desprezada nos dias de hoje, e naquele tempo? E em Israel? Dela só se aproximavam aqueles que queriam pecar, e ninguém mais. Os fariseus deixavam isto bem 20


claro e evidente. Imagine como ela se sentia: pecadora, rejeitada, sem chances de mudar de vida. De repente aparece um Rabi falando coisas impressionantes. Tudo deve ter piorado para ela. O ensinamento do Rabi era claro e contundente. Mas ao mesmo tempo este Rabi era amoroso. Mas, como se aproximar deste Rabi? “Se todos me desprezam quanto mais este Rabi”, pensava ela. Ela viu seu pecado e a santidade de Jesus. Mas ela também viu a compaixão e o amor que Jesus tem pelos pecadores. A partir daí era só paixão: “O Rabi me recebeu com todos os meus pecados. O Rabi me recebeu! O Rabi me recebeu!” Assim, cheia de contrição, cheia de convicção de pecados pode se derramar aos pés de Jesus na frente de todos aqueles homens. Nada mais importava, só a sua paixão, só a sua adoração aquele homem que a recebeu e a perdoou. Assim descobrimos que a contrição é mãe da paixão por Jesus. Nosso amor por Jesus será na mesma proporção da convicção de pecado, da nossa contrição. Que paixão tinha essa pecadora! Essa paixão era resultante do quanto ela sabia que tinha ofendido a Deus e, também, de quanto havia sido perdoada. Ela era só gratidão, só paixão. Você gostaria que sua vida com Jesus fosse com esta adoração? Você deve começar pela convicção de pecado. Deus deixa Jó chegar aonde chegou porque Deus quer se dar, se derramar. Mas Deus só pode fazer isto àquele que desce fundo, desce tudo, fica lá embaixo, no fundo do poço! Onde habita Deus? Deus habita no alto e santo lugar. Deus na eternidade. Mas também habita com o contrito e abatido de espírito. “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito...”(Is 57:15). Que gozo teve esta mulher! Que alegria! Na própria lágrima amarga da convicção de pecado está incluído o perdão, o gozo, o afago e a aprovação de Deus. Se queremos a aprovação de Deus não devemos sair fazendo muitas coisas, devemos sim fazer como fez esta mulher: nos derramar, contritos, cheios de convicção de pecado, em adoração na presença do Senhor. Desta forma seremos mais do que bem aventurados, receberemos o toque do Senhor, a aprovação do Pai.

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Senhor, permita-me que eu me quebrante para ver tua face amorosa e ter teu gozo. Amém.

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Resumo

Contrição Convicção de Pecado Deus não despreza um coração contrito e um espírito quebrantado. Diferenças entre o fariseu e a pecadora. O fariseu não via seus pecados, se julgava bom, por ser um religioso e “praticante” da lei. A mulher sabia quem ela era; conhecia seus erros, e procurou estar aos pés de Jesus – se humilhar. Não se julgava digna. Só veremos o nosso pecado e o quanto somos ruins se nos compararmos ao Deus santo. Passos para ter um coração contrito: -

devo entender que cometi pecados, muitos pecados;

-

tais pecados foram cometidos não porque eu quis, mas por ser escravo deles;

-

com isso, ofendi a um Deus Santo e amoroso;

-

me tornei digno do castigo de Deus;

-

experimento o quebrantamento quando vejo a Deus.

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Andar na luz

Lição 7

“Vós sois a luz do mundo…” (Mt 5.14,16) “ Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros do mundo” (Fp 2.15).

Ao ser batizado, fui enxertado em um corpo (1Co 12.12,13,26,27); minha vida diz respeito à igreja, que é o corpo de Cristo. Os meus pecados desonram a igreja e a minha confissão deve ser feita diretamente a igreja (1Co 10.16,17;11.29). Eu não estou só! Eu sou corpo! (1Co 12.14; Rm 12.5). A vida que tenho em Cristo é a vida da igreja, o Espírito que habita em mim é o Espírito que está na igreja (1Co 12.13). Somos corpo (1Co 12.27) e não temos como nos ocultar dele – “... cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (1Co 12.25-26).

ANDAR NA LUZ “Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado.” … “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1Jo 1.5-9). “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto o só referir é vergonha. Mas todas as cousas quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz.” (Ef 5.8-14). “Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.19-21).

Esses textos falam sobre confessar, revelar o que está oculto, escondido nas sombras, ou seja, manifestar. Andar na luz, portanto, é tornar-se manifesto, conhecido, mostrar-se tal como é, sem capa 23


nem máscara. Andar na luz, envolve decisão e confissão: exposição voluntária. É permitir que saibam o que eu fui e o que sou. O que fiz e o que faço. Não ter nada escondido na minha vida. I. NÃO SE PODE ESCONDER O PECADO DE DEUS. Jr 16.17; Sl 44.21; Hb 4.13; Mc 4.22; Pv 28.13 II. Conseqüências de escondermos o pecado: a) sentimento de culpa = A isto chamamos de má consciência. Os que insistem nisso, tornam-se hipócritas e terminam naufragando na fé. 1Tm 1.5,19; 3.9; Pv 28.13 b) doenças físicas - Sl 31.3; Pv 3.5-8. III. A Quem Confessar? A Deus - A quem ofendi - Uns aos outros Deus não precisa de que lhe confessemos nada. Requer um coração compungido e um espírito quebrantado, ou seja, arrependimento. (Jr 3.13,22; Os 5.14-15; 6.1-3). Para isso, Ele nos revela o nosso próprio coração enganoso (Jr 17.9). Sem reconhecimento de nosso pecado, não pode haver arrependimento. E sem arrependimento não há perdão de Deus. Compare os seguintes textos: 2Cr 32.27-32 com Is 39.5-8. Foi isto que aconteceu no Éden (Gn 3.8-13): Deus viu e sofreu com a desobediência do homem. Mas o homem precisava manifestar-se voluntariamente; por isso as perguntas: Onde estás? Quem te fez saber? Comeste da fruta? (Deus não viu? Não sabia?)

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Fica claro que não é a Deus mas aos homens que temos de manifestar nossa vida (2Co 1:12; 4.2; 8.21) e confessar nossos pecados (1Jo 1.7) para mantermos a comunhão e recebermos a purificação pelo sangue de Jesus. Se mostro minha sujeira, sou purificado. Se a escondo, permaneço imundo. Sempre que há pecado há abertura para Satanás naquela vida. Tudo aquilo que permanecer em trevas será domínio do diabo (1Jo 1.5,6,8). IV. SÓ HÁ PERDÃO PARA PECADO CONFESSADO: O sangue de Jesus só purifica o que está na luz. Somente a confissão com o arrependimento pode produzir cura e perdão. Quando ocultamos nossos pecados, buscamos justiça própria. Existe até quem faça penitência; jejum, oração, vigília e etc… Deus rejeita (Is 64.6; 43.24-26). Só não existe perdão para o que não é confessado, posto na luz. Nossa justiça é Cristo. Temamos ter algo escondido, mas não temamos colocar na luz. A confissão é a cura que Deus estabeleceu para nossos conflitos.

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Andar na luz

Resumo

Somos luz do mundo – Mt 5.14,16 – Fp 2.15 Estou vivendo como membro de um corpo – o corpo de Cristo. Não estou sozinho – não vivo isolado. Sou corpo. Devemos andar na luz – 1Jo 1.5-9; Ef 5.8-14 Não se esconde o pecado de Deus. Conseqüências do pecado: -

sentimento de culpa

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doenças físicas A confissão deve ser feita:

A Deus - ao ofendido – uns aos outros (irmãos) Só há perdão para o pecado confessado. 25


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Lição 8

O s t rês aspecto s do p ec ado O propósito de Deus ao criar o homem era ter uma família de muitos filhos semelhantes a Ele. Ele criara o homem à Sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26). Perfeito e santo como Deus é. Porém, o pecado foi uma intromissão violenta no propósito de Deus. Aquele homem perfeito e santo estragou-se, corrompeu-se. Deus chamou a isto de morte. Então, o homem passou a sofrer todas as conseqüências dessa morte. Os filhos se separaram do Pai. A família foi rompida. O pecado deixou o homem em estado deplorável. O homem se tornou de tal maneira estragado que não tinha como recuperar-se a si mesmo. As conseqüências do pecado no homem O arrependimento é fundamental, porque sem arrependimento Deus não pode restaurar o homem. Mas há três aspectos importantes do pecado sobre o homem, que não são resolvidos no arrependimento: Primeiro:

Condenação: Rm 1.18, 32; 2Ts 1.7-9; Ap 21.8. 26


O pecado veio condenar o homem a castigo eterno. “não há justo, nem sequer um”. E ainda: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Rm 3.10,23. Todos os homens são pecadores por dois motivos: 1) “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” (1Jo 1.8) Pecamos quando fazemos algo que não agrada a Ele (1Jo 3.4; Tg 2.8-10), e pecamos quando deixamos de fazer algo que Ele ordena – amar, dar, pregar – (Tg 4.17). Deixar de fazer o que Deus manda é tanto pecado quanto fazer o que Ele proíbe. Pecamos até mesmo em pensamento. A intenção de fazer o mal é pecado. Mt 5.21-22. Até os pecados que praticamos sem saber, ofendem a Deus (Hb 9.7). Portanto, ninguém pode declarar-se inocente. Pesa sobre todos nós pesada dívida para com Deus e, sem Cristo, estaríamos condenados à morte eterna, que é o lago de fogo. 2) “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Rm 5.12). Toda a descendência de Adão herdou o seu pecado. Em outras palavras, pelo simples fato de sermos descendentes de Adão, temos pecado em nós. Segundo:

Escravidão: Jo 8.34; Rm 7.14.

O pecado veio escravizar o homem. Ter poder sobre o homem. Deus criou o homem para ser seu filho, e lhe deu liberdade. Ele queria que o homem o obedecesse voluntariamente. Entretanto, o homem preferiu ser independente de Deus. Ele pensava que ficaria livre da obediência. Enganou-se, e abandonando ao Senhor, o homem tornou-se escravo de outro senhor: o pecado. E, agora, o pecado domina sobre ele. Quando o homem se separou de Deus, estava escolhendo um outro senhor. (Rm 1.24, 26, 28). “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,” (Rm 1.28).

Este é um princípio absoluto: Todos os homens na terra obedecem a alguém: ou a Deus , ou ao pecado. E o pecado é um senhor perverso, que levará todos os seus servos à morte (Rm 6.21-23). 27


Terceiro:

Habitação: Rm 7.17,20-21

O pecado veio habitar no homem por toda a vida. A Lei do Pecado “Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.” Rm 7.17-25

A lei do pecado e da morte está presente em nossa carne assim como a lei da gravidade está presente na terra. Assim como os corpos são atraídos pela terra, assim também a lei do pecado determina que nossa carne seja atraída pelo pecado. E assim como não se pode eliminar a lei da gravidade na terra, também não se pode eliminar a lei do pecado. Ela está presente o tempo todo, escravizando todos os homens ao pecado. Mas Deus não desistiu do Seu propósito. E só Ele poderia recuperar o homem estragado. Por isso preparou o único caminho para isto. Ele proveu uma completa e poderosa salvação para o homem, por meio de Jesus Cristo, seu Filho.

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Lição 9

Cristo: completa solução para o pecado- Jo 3.16 O homem não precisava só de arrependimento, nem somente de perdão. Precisava de uma restauração completa. Temos como exemplo um menino, que certo dia subiu numa mangueira desobedecendo o pai. Caiu, machucou-se muito e pediu perdão ao pai. Porém, o perdão não era suficiente para salvá-lo das conseqüências da sua queda. Agora, precisava dos médicos . Necessitava de socorro, ajuda e cura. Mesmo com o completo perdão, se seu pai não lhe desse ajuda, aquele filho morreria. O homem também necessita de restauração total para o seu estado. Vejamos as três soluções, em Cristo:

Primeiro: Solução para a Condenação do pecado. Para nos salvar do castigo eterno, Jesus morreu por nós. O nosso castigo eterno Jesus levou. (Is 53.5-6; Rm 4.24-25; 5.8-9). Esta é uma salvação passada. Já fomos perdoados. “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2Co 5.21)

Cristo morreu em nosso lugar 29


Quando alguém tem uma dívida, outra pessoa pode pagar por ele. Porém, nenhum homem tinha como pagar a dívida com Deus, porque todos eram devedores. Então Deus, por causa do Seu grande amor, providenciou um homem que pudesse fazer isto: Jesus Cristo. “... carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça;...”. (1Pe 2.24) “... mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.” (Is 53.6).

Como Deus aceita a Jesus, em nosso lugar? Ele transfere a nossa dívida para ele. Em outras palavras, para Cristo morrer em nosso lugar, Deus teve que transferir para Ele toda nossa dívida. Jesus nos substituiu. Deus aceitou o sacrifício de Jesus em nosso lugar. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm 5.8-9) “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus;” 1Pe 3.18.

A nossa justificação ocorre por meio da fé na morte de Cristo em nosso lugar Justificado quer dizer declarado justo. Deus nos declara justos. Deus já não nos vê como pecadores. Isto é a justificação dos nossos pecados. “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Rm 5.9.

Segundo:

A solução para a Escravidão do pecado:

É possível ... estar alegres, mesmo com problemas e dificuldades. ... dar graças no meio de necessidades financeiras. ... ficar tranqüilo e sem murmurar, nas enfermidades. ... ter paz com vizinhos e colegas maus, egoístas e briguentos. ... viver uma vida espiritual, morando com uma família carnal. ... ser santo e puro, no meio de um mundo impuro. ... ler a palavra e orar, ouvindo o som altíssimo do vizinho. ... ser justo e verdadeiro, no meio de injustos e mentirosos. ... regozijar-se nos sofrimentos. 30


... e estar feliz em renunciar a tudo e perder a própria vida. Há um caminho para viver esta vida abundante de forma leve e suave. O segredo é A VIDA DE CRISTO EM NÓS. “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.” (1Jo 4.9).

Para resolver o problema de nossa escravidão somos unidos a Cristo e Ele vive em nós. (Rm 6.5-13; Gl 2.20; 1Jo 4.9). Esta é uma salvação presente. Somos libertados do poder do pecado a cada dia. “... já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus…” (Gl 2:20) “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2Co 5.17)

A única solução para o homem estragado e destruído era receber uma nova vida. E foi exatamente isto que Deus fez. “ Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” (Rm 6.3-4)

Quando somos batizados em Cristo, somos unidos a Ele e nos tornamos participantes da sua morte e ressurreição. Isto quer dizer que morremos juntamente com Cristo e ressuscitamos também com Ele, para uma nova vida. “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;” (Rm 6.5-6)

Salvos pela Vida de Cristo “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;” (Rm 5.10)

Somos salvos tanto pela morte de Cristo, como também pela sua vida. Para nos salvar da condenação, Jesus morreu por nós. Agora, para nos salvar da escravidão, Ele vive por nós. A Chave é a Fé 31


A única coisa que temos que fazer é crer. A resposta que Deus espera de nós para que tomemos posse de toda esta realidade é a fé. Deus quer fé. É dizermos: “Senhor eu creio na Tua Palavra.” “Eu creio que Cristo vive em mim, e que Ele tem todo o poder para cumprir toda a Tua vontade em mim”. Pronto. É crer e agir de acordo com esta verdade, deixando Cristo fazer tudo em nós. É como se tivéssemos um tremendo motor dentro de nós. Potentíssimo. Mas esse motor só funciona se acionarmos a chave. O motor é Cristo em nós. A chave é a fé. A fé que recebe-pegando.

O orar sem cessar “Orai sem cessar.” (1Ts 5.17) “… orando em todo tempo no Espírito… “ (Ef 6.18)

Este é um segredo do andar no Espírito. É um dos maiores privilégios e necessidades dos filhos de Deus. Andar o dia todo orando e se relacionando com o Senhor. É uma prática que expressa o próprio andar no Espírito. É passar o dia todo em comunhão com Deus, dependendo dEle, falando com Ele, ouvindo-o e obedecendo-o. Terceiro: Solução para a Habitação do pecado: Para colocar fim à presença do pecado em nós, um dia seremos glorificados, juntamente com Cristo, Ressuscitaremos e receberemos novos corpos sem pecado. (Rm 8.22-23; 1Co 15.51-57; Fp 3.20-21). Esta é uma salvação futura. Ocorrerá quando Jesus voltar. “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (Fp 3.20-21).

Que completa salvação! Quanta graça e poder! O Pai não somente nos perdoou, mas também nos liberta, a cada dia, do poder do pecado e um dia nos glorificará, dando-nos um novo corpo sem a presença do pecado. Aleluia. “Também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.” (Rm 8.23)

Oh, quanto desejamos nos ver livres da presença do pecado em nosso corpo mortal. Embora não sejamos mais escravos 32


do pecado, quanto ainda sofremos e somos maltratados pela sua habitação em nós. Mas bendito seja nosso Deus, que nos tem preparada salvação completa. Da mesma forma que Ele nos livrou da condenação e da escravidão do pecado, Ele também nos livrará da habitação do pecado. Aleluia! A Vitória Final sobre o pecado (1Co 15.51-56) Nosso Senhor, aquele que se chama Fiel e Verdadeiro, após dar sua palavra de ordem e ressoar a última trombeta, descerá do céu com toda sua glória e poder, juntamente com seus exércitos. Virá ao encontro dos seus. Os que já morreram em Cristo, ao soar a trombeta, ressuscitarão primeiro, com novos corpos, incorruptíveis. Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre as nuvens, para o encontro do Senhor nos ares. Para estarmos para sempre com o Senhor. “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” (1 Ts 4.16-17)

Que dia glorioso. Nosso corpo mortal terá sido transformado em imortal. Nosso corpo corruptível terá sido revestido de incorruptibilidade. Teremos sido libertados de uma vez por todas da presença do pecado. Estaremos livres deste corpo de humilhação.  será um corpo semelhante ao de Jesus (Fp 3.21; 1Jo 3.2; 1Co 15.49);  será incorruptível e imortal (1Co 15.42,53-54) – não haverá doença, decomposição, morte e nem pecado;  será glorioso (1Co 15.42; Fp 3.21)  será poderoso (1Co 15.43) O Senhor nos dá uma salvação completa, perfeita, da influência do pecado no passado, no presente e no futuro. Quanto ao PASSADO: 33


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nos salva da CULPA do pecado (CONDENAÇÃO) – Rm 2 e 3 através da Sua MORTE (RECONCILIAÇÃO) – 2Co 5.21; Cl 2.14; Rm 5.10 nossa resposta: FÉ (INTRIPIDEZ) - Hb 10.19 resultado: Comunhão com Deus – oração fato ocorrido: JUSTIFICAÇÃO – Rm 4; 5.1 Quanto ao PRESENTE:

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nos salva do PODER do pecado (ESCRAVIDÃO) – Rm 6 e 7 através da Sua VIDA em nós (SUBSTITUIÇÃO) – Gl 2.20; Rm 5.10; Jo 6.57; 1Jo 4.9; Cl 3.4 nossa resposta: FÉ (Dependência – andar no Espírito) Jo 15.5; Gl 5.16 e Gl 2.20 resultado: obediência e santificação – Rm 8.4; Gl 5.22,23 fato ocorrido: SANTIFICAÇÃO – Rm 6.19,22 Quanto ao FUTURO:

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nos salva da PRESENÇA do pecado (HABITAÇÃO) – Rm 7 através da Sua VOLTA (MANIFESTAÇÃO) – Jo 6.40; 11.25; Rm 8.17; 1Co 15.22, 53-55; 2Co 4.14; Fp 3.21; Cl 3.4; 1Ts 4.16 nossa resposta: FÉ (Esperança) Rm 12.24; Cl 1.5; Hb 6.18; resultado: Perseverança/paciência/frutificação. Rm 8.25; Hb 12.1 fato ocorrido: GLORIFICAÇÃO – Rm 8.21,30

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Resumo

Salvação completa O Senhor nos salva:

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PASSADO

PRESENTE

FUTURO

Da CULPA

Do PODER

Da PRESENÇA

(CONDENAÇÃO)

(ESCRAVIDÃO)

(HABITAÇÃO)

Rm 2 e 3

Rm 6 e 7

Rm 7

Por sua MORTE

Por sua VIDA

Por sua VOLTA

(RECONCILIAÇÃO)

(SUBSTITUIÇÃO)

(MANIFESTAÇÃO)

2Co 5.21

Gl 2.20

Jo 6.40; 1Ts 4.16

JUSTIFICAÇÃO

SANTIFICAÇÃO

GLORIFICAÇÃO

Rm 4; 5.1

Rm 6.9,22

Rm 8.21,30

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Parte

2

O Caráter

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Lição 9


A Impureza Sexual Toda relação sexual fora do casamento (adultério,fornicação) é proibida por Deus(1 Co 6.9; Gl 5.19; Ef 5.3-5; 1Ts 4.7; Hb 13.4; Mt 19.9). Ainda que sejam noivos e comprometidos, a relação entre o casal é prejudicial e proibida. Jesus condenou os desejos impuros, as paixões desordenadas, os olhares e intenções cobiçosos, sugestivos (Mt 5.27-28). Paulo ensinou em 1 Co 6.13-20: - (v 13): Meu corpo é para o Senhor. - (v 15): Meu corpo é membro do corpo de Cristo: FORNICAÇÃO (sexo quando solteiro) de modo algum. - (v 19): O corpo é templo do Espírito Santo;não sou de mim mesmo. - (v 18): FUGI DA IMPUREZA! do ato, da ocasião, do pensamento e da intenção, dos lugares de tentação, das amizades e outras coisas que provoquem a imaginação: revistas, livros ou filmes pornográficos, alguns programas de TV, vestimentas provocantes, brincadeiras maliciosas, etc. - (v 20): Glorificar a Deus no corpo e no espírito; são de Deus. a) - Deus condena todo uso anormal do sexo. Rm 1.18-32; Ap 21.3 Incesto: contato sexual entre parentes próximos (Dt 27.22) Homossexualismo: relação sexual entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18.22; Rm 1.26-27). Masturbação: auto-excitação com o fim de produzir prazer. Baseiase no egoísmo, não cumprindo o propósito do sexo. Bestialidade: relação sexual entre homem e um animal (Ex22.19; Lv 18.23-24). b) - Como assegurar a pureza sexual? 1- Lembrar que o corpo é do Senhor; é sagrado (1 Co 6.13). 2- Ter cuidado com os olhos. 3- Cuidar com a imaginação, especialmente quando se está só. 4- Cuidar com as palavras sugestivas ou de sentido duplo. 5- Cuidar com os gestos. 6- Leitura da Palavra de Deus (Sl 119.9,11). 6- Prática de esportes. Para jovens, especialmente, o trabalho manual duro e os esportes físicos até o cansaço são bons neste sentido. Um corpo ativo e uma mente ocupada dignamente são fatores muito positivos na luta contra impureza. =================================== 37

Resumo


A Impureza Sexual O sexo fora do casamento é condenado por Deus. Também são condenados os desejos impuros, os olhares e intenções cobiçosos. O corpo é templo do Espírito Santo. É sagrado. Devo FUGIR de toda IMPUREZA, inclusive da aparência do mal (lugares de tentação, amizades, material pornográfico, filmes, TV, vestimentas, brincadeiras etc. Lembrar que o corpo é do Senhor; é sagrado (1 Co 6.13). Ter cuidado com os olhos, com a imaginação, especialmente quando se está só, com as palavras sugestivas ou de sentido duplo. Cuidar com os gestos. Praticar esportes.

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Lição 10


Materialismo, avareza Conceito. Uma desmedida preocupação pelos bens materiais, sua posse e aquisição, supondo que isso é o essencial da vida. A atitude materialista, ávara ou cobiçosa é condenada pela Palavra de Deus. Mc 7.20-23; Lc 12.15; Rm 1.29; Ef 5.3; Cl 3.5; 1 Tm 6.6-10. a) O homem se torna materialista ao crer em três mentiras: 1- Cada pessoa é dona do que possui; 2- A vida do homem consiste na abundância de bens que possui; 3- O homem pode dispor a seu modo do que possui, seja isto adquirido por herança, trabalho, capacidade, engano ao próximo etc. 1a. resposta - Jesus é o dono e Senhor de tudo o que possuímos (Fp 2.11; At 4.32; Lc 14.33). 2a. resposta - A vida do homem não consiste na abundância dos bens que possui (Mt 4.4; Lc 12.15). 3a. resposta - É melhor dar que receber (At 20.35). b) A avareza destroi o homem.  

amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6.6-10). Os avarentos não podem herdar o reino de Deus (1 Co 6.10).

A avareza:  impede o homem de usar tranqüilamente, com liberdade e com alegria, os bens que possui.  faz o homem duro e insensível para com os seus semelhantes.  converte o homem em escravo do dinheiro (Mt 6.24; Lc 16.13).  faz o homem cair em idolatria (Ef 5.5). Podemos dizer que a vontade de Deus é: a) que trabalhemos (2 Ts 3.6-15). b) que prosperemos (3 Jo 2). c) honradamente (1 Tm 3.3; 1 Ts 4.11,12) d) não p/ acumular tesouros sobre a terra (Mt 6.19-21; Lc 12.32,34) e) mas para termos o necessário (1 Tm 6.6-10; 1 Ts 4.11-12) f) e para termos com o que ajudar os necessitados (Ef 4.28; 1 Tm 6.17; 1 Co 16.1-2; At 20.35). ===================================

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Resumo


Materialismo, avareza Avareza = desmedida preocupação com bens materiais. O homem se torna avarento ao crer que: -

cada pessoa é dona do que possui;

-

a vida do homem consiste na abundância de bens que tem;

-

cada um pode dispor livremente dos bens que possui. As três respostas:

1- Jesus é dono e Senhor do que possuo; 2- A vida não consiste nos bens materiais que possa ter; 3- É melhor dar do que receber. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; os avarentos não herdarão o reino de Deus. Avareza : -

impede o homem de usar com alegria seus bens

-

torna-o duro e insensível ao próximo, escravo do dinheiro, e o faz cair em idolatria.

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Lição 11


A raiva e a ira A raiva é uma emoção violenta de caráter penoso. A raiva (ou ira) é obra da carne (Gl 5.19-20), um impulso ou hábito procedente da velha maneira de viver (Cl 3.5-9), da qual devemos despojar-nos. a) A ira é daninha e pecaminosa. Gera contendas, ofensas, gritarias, inimizades, homicídios (Ef 4.31; Cl 3.8; Sl 37.8; Ec 7.9). É o pecado que atenta contra o amor ao próximo (1 Co 13.5). Cristo denuncia a ira como um pecado grave e digno de juízo (Mt 5.21-25). b) Como livrar-nos da ira. 1) Devemos nos despojar do velho homem com seus feitos e revestir-nos do novo (Cl 3.8-15). 2) Devemos fazer morrer, pelo Espírito, as obras da carne (Cl 3.5; Rm 8.13). 3) Cada vez que incorremos neste pecado devemos confessá-lo sem deixar passar o tempo (Ef 4.26-27; 4) Devemos reconciliar-nos com as pessoas afetadas e com Deus (Mt 5.22-26). 5) Reagir com amor frente a injustiças (1Pe 3.8-17).

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Resumo


A raiva e a ira A raiva é uma emoção violenta; é obra da carne; um impulso ou hábito procedente da velha maneira de viver. Gera contendas, ofensas, gritarias, inimizades, homicídios. É o pecado que atenta contra o amor ao próximo. Como livrar-nos da ira. -

despojar do velho homem com seus feitos e revestir-nos do novo.

-

fazer morrer, pelo Espírito, as obras da carne

-

Cada vez que incorremos neste pecado devemos confessá-lo sem deixar passar o tempo.

-

Devemos reconciliar-nos com as pessoas afetadas e com Deus.

-

Reagir com amor frente a injustiças.

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Lição 12


O vocabulário perverso “...porque a boca fala do que está cheio o coração”(Lc 6.43-45). A fala é a expressão do nosso espírito; com ela expressamos nossas reações, sentimentos, idéias, desejos, pensamentos, etc. Além disso, o modo e o tom com que falamos normalmente refletem o nosso estado de ânimo, o estado de nosso ser interior. Já que o falar é a nossa principal forma de expressão, a maioria dos pecados que cometemos é com a boca. Muitos outros pecados são também acompanhados por uma expressão verbal. a) Um sintoma de decadência. O vocabulário utilizado hoje, tanto por homens como por mulheres, adultos, crianças ou velhos, é um sintoma inconfundível da deterioração dos bons costumes e da pureza de espírito. Ao mesmo tempo é um testemunho eloquente daquilo que impera no coração dos homens: atrevimento, irreverência, agressividade, pessimismo, derrota, ironia, presunção, morbidez etc. b) O desprezível vocabulário do velho homem (Cl 3.8-9; Ef 4.29). Alguns dos pecados mais comuns que cometemos com a boca: 1. Blasfêmias, insultos, palavras más, grosserias (Cl 3.8) 2. Conversação torpe, palavras vãs ou chocarrices(zombaria), palavras desonestas (Ef 5.3-4). 3. Ofensas, expressões agressivas, palavras ásperas, gritarias, (Tg 3.2-12; Mt 5.22; Cl 3.8). 4. Zombarias, escárnios, sarcasmos (Sl 1.1; Pv 3.34). A zombaria é é obra da carne, pois não brota do amor que possuo pela pessoa de quem estou zombando. 5. Fofocas, murmurações, maledicências, calúnias. 6. Queixas, resmungos, protestos, lamentações. 7. Tolices, estupidez, leviandade (Ef 5.4). c) Aprender a falar de uma nova maneira. 1. Tudo o que falamos deve ser para edificação (Ef 4.29). 2. Toda conversação deve ser feita em nome de Jesus (Cl 3.17). 3. Tudo o que falamos deve ser com graça (Cl 4.6). A chave para obtermos graça é a humildade. =================================== 43

Resumo


O vocabulário perverso A boca fala do que tem no coração. Vocabulário proibido: -

Blasfêmias, insultos, palavras más, grosserias

-

Conversação torpe, palavras vãs ou chocarrices(zombaria), palavras desonestas

-

Ofensas, expressões agressivas, palavras ásperas, gritarias.

-

Zombarias, escárnios, sarcasmos.

-

Fofocas, murmurações, maledicências, calúnias.

-

Queixas, resmungos, protestos, lamentações.

-

Tolices, estupidez, leviandade

Aprender a falar de uma nova maneira. Tudo o que falarmos deve ser: - para edificação (Ef 4.29). - feita em nome de Jesus (Cl 3.17). - com graça (Cl 4.6). A chave para obtermos graça é a humildade.

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Lição 13


A Falsidade e a Mentira A mentira é covardia para não enfrentar a realidade. É manifestação contrária a verdade, cuja essência é o engano e cuja gravidade se mede segundo o egoísmo ou a maldade que encerra. Deus proíbe e condena a mentira e a falsidade: Ap 21.8; Lv 19.11,12; Mt 5.33-37; Sl 5.6; Pv 6.16-19; 12.22; Jo 8.43-47; Tg 3.14; 1Pe 2.1-2. Cristo é nosso exemplo. Não houve engano na sua boca (Sl 53.9; 1 Pe 2.21,22). Ele nos ordena a sermos absolutamente verdadeiros: Mt 5.37. A mentira anestesia a consciência do mentiroso. Ela cria a desconfiança, a incredulidade, a suspeita. O Senhor nos ordena a rejeitar a mentira em todas as suas formas: falso testemunho, engano, hipocrisia, fingimento, exagero, calúnia, desonestidade, não cumprir os tratos injustificadamente, fraude, falsificação em todas as áreas da nossa vida: lar, trabalho, igreja, autoridades, colégio etc. COMO LIBERTAR-SE E CORRIGIR-SE. Arrepender-se: mudar de atitude e de mentalidade em relação a mentira e falsidade. Confessar o pecado: (Pv 28.13-14; 1Jo 1.9; 2-1; Tg 5.16). Exortação: (Tg 5.19-20; Gl 6.1-2; Ef 4.25), como este pecado afeta as relações entre os irmãos, somos responsáveis uns diante dos outros para corrigir, admoestar, ensinar, etc.

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Resumo


A Falsidade e a Mentira A mentira é covardia para não enfrentar a realidade. É manifestação contrária a verdade. Deus proíbe e condena a mentira e a falsidade: Cristo é nosso exemplo. Não houve engano na sua boca. A mentira anestesia a consciência do mentiroso. Ela cria a desconfiança, a incredulidade, a suspeita. O Senhor nos ordena a rejeitar a mentira em todas as suas formas: falso testemunho, engano, hipocrisia, fingimento, exagero, calúnia, desonestidade, não cumprir os tratos injustificadamente, fraude, falsificação. COMO LIBERTAR-SE E CORRIGIR-SE. Arrepender-se e Confessar o pecado

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Lição 14


Ocultismo Conforme Dt 13 e 18.9-14,veremos algumas formas do ocultismo: 1. Sorte e Superstição: - abrir o guarda-chuva dentro de casa - má sorte - planta de arruda em casa - boa sorte 2. Adivinhação: predizer algum acontecimento futuro. - Quiromancia: ler as linhas das mãos. - Cartomancia: ler a sorte por meio de cartas. - Necromancia: adivinhar a sorte pelo contato com os espíritos de pessoas mortas. - Bola de Cristal. - Astrologia: crença de que os planetas, estrelas exercem influência sobre os seres humanos. 3. Percepção extra-sensorial: habilidade de conhecer coisas através de sentidos incomuns: - telepatia: comunicação de uma mente com a outra sem usar os canais físicos. - clarividência: o mesmo, mas com visões. - Pêndulo: pendura-se um objeto, oscilando, para obter resposta de sim ou não. 4. Expansão mental: a idéia de que a mente pode abrir-se: - Meditação transcendental, ioga; - hipnotismo e drogas. 5. Bruxaria: esforço para obter o controle num mundo espiritual para adquirir informação, influenciar pessoas, conseguir riquezas e poder. - magia branca, curandeirismo; - feitiçaria, feitiço: fazer dano a outrem com magia. 6. Espiritismo: crença de que os espíritos dos mortos se comunicam com os seres vivos. - medium - um guia que faz pacto com os espíritos para atuar e ser mediador entre eles e as pessoas. CONSEQUÊNCIAS: 47


Depressão, perda de interesse pela vida normal, dores de cabeça, descontrole nervoso, dificuldade de controle do pensamento, de concentrar-se, vozes, ruídos ou aparições estranhas; tendências para solidão e suicídio; atitudes anti-sociais. Se estamos debaixo do senhorio de Cristo e cobertos pelo seu sangue, ninguém nos poderá fazer dano (Sl 27.1; Cl 1.12,13; 1Jo 4.4). Todas essas práticas são diabólicas. Deus chama estas coisas de abominações, algo detestável e repugnante (Dt 18.9-12) e devemos assumir uma atitude de repúdio (Ef 4.27; 5.11; Tg 4.7).

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Resumo


Ocultismo Formas de ocultismo: Sorte e Superstição Advinhação -

Quiromancia (mãos) Cartomancia (cartas) Necromancia (espíritos de pessoas mortas) Bola de cristal Astrologia

Percepção extra-sensorial -

telepatia clarividência pêndulo

Expansão mental -

ioga hipnotismo

Bruxaria Espiritismo CONSEQUÊNCIAS: Depressão, perda de interesse pela vida normal, dores de cabeça, descontrole nervoso, dificuldade de controle do pensamento, de concentrar-se, vozes, ruídos ou aparições estranhas; tendências para solidão e suicídio; atitudes anti-sociais. Se estamos em Cristo ninguém nos poderá fazer dano.

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Lição 15


O Pessimismo É uma propensão a ver as coisas no seu aspecto mais desfavorável, e a crer nas mentiras de Satanás ao invés de crer na verdade de Deus. Vitória sobre o pessimismo: - A resposta cristã ao pessimismo não é o otimismo, mas a FÉ e confiança em Deus. A vitória que vence o mundo é nossa fé (1Jo 5.4-5). - CRER que Cristo reina, tudo está sob Seu domínio (Cl 1.16-17; Hb 1.2-3; Ap 19.6). - CRER que Deus me ama. O amor lança fora o medo (Rm 8.35-39; 1Jo 4.18). - ARREPENDER-SE: reconhecer que o pessimismo desonra a Deus. É pecado. Não concorda com a revelação de Deus. “Neguese a si mesmo”. - Colocar a vida sob o senhorio de Cristo. - Disciplinar a mente e conforma-la continuamente com a verdade (1Pe 1.13; Rm 12.2; Ef 4.23). - Levar diante de Deus todas as cargas ou aflições (Fp 4.6-7). - Resistir com firmeza todo espírito de angústia, desânimo ou depressão (Ef 4.27; Tg 4.7).

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Resumo


O Pessimismo É uma propensão a ver as coisas no seu aspecto mais desfavorável, e a crer nas mentiras de Satanás ao invés de crer na verdade de Deus. Vitória sobre o pessimismo: - A FÉ e confiança em Deus. - CRER que Cristo reina, tudo está sob Seu controle, e que Deus me ama. O amor lança fora o medo. - ARREPENDER-SE – sem fé não se agrada a Deus. - Colocar a vida sob o senhorio de Cristo. - Levar diante de Deus todas as cargas ou aflições.

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Lição 16


O Vicio O vício é uma disposição, hábito ou tendência acostumada ao que é mau. Cria dependência. Atenta contra o domínio próprio. a) ALCOOLISMO: (Rm 13.13; Gl 5.21; 1Co 5.11; 6.10; 1Tm 3.3) Em Ef 5.18 Paulo nos diz que na embriaguez há dissolução, destruição para a pessoa, para a família e para a sociedade. A bíblia condena a embriaguez (1 Co 5.11; 6.10) e recomenda a abstinência em algumas situações: 1- Por segurança pessoal: se alguém já foi alcoólatra antes, um pouco de álcool lhe desperta o vício de novo. Se não tem domínio próprio, não se deve tomar nada (Lc 21.34). 2- Para não escandalizar a outros (Rm 14.15-21; 1 Co 8.13). 3. Pelo bem dos irmãos mais débeis. Talvez você tenha domínio próprio, mas outros podem não ter. b) GLUTONARIA OU GULA (orgia): (Lc 21.34;Rm 13.13; Dt 21.20) É excesso, intemperança ou falta de moderação na comida ou bebida. Apetite desordenado para comer. c) DROGAS e FUMO: Se a bíblia não condena esse vício é porque naquela época ainda não existia. Faz dano ao corpo. Nosso corpo pertence ao Senhor e é o templo do Espírito Santo (1Co 6.19-20). d) JOGOS DE AZAR POR DINHEIRO: loteria, roleta, cartas, etc. Provém da cobiça, de ganhos repentinos e desonestos (1 Tm 6.910). A vontade de Deus é que trabalhemos e ganhemos o dinheiro dignamente (Ef 4.28; 2 Ts 3.12). Jogos de azar produzem dependência psicológica Há um princípio diabólico: Muitos pagam mas só um ganha em cima da desgraça de muitos. COMO LIBERTAR-SE. - Regeneração espiritual e batismo no Espírito Santo (2 Co 5.17). - acatar o propósito de Deus para nossas vidas e para os membros de nosso corpo (1Co 6.13-20). - Andar no Espírito (Rm 8.2-8,14; Gl 5.16-24). - Auto-disciplina: substituir velhas amizades nocivas. Disciplina sob a supervisão de outros. =================================== 52

Resumo


O Vicio O vício é uma disposição, hábito ou tendência acostumada ao que é mau. Cria dependência. Tipos: ALCOOLISMO Abster-se: 1- quando já foi alcoólatra antes. 2- Para não escandalizar a outros. 3- Pelo bem dos irmãos mais débeis. GLUTONARIA OU GULA DROGAS e FUMO JOGOS DE AZAR POR DINHEIRO COMO LIBERTAR-SE. -

Regeneração espiritual e batismo no Espírito Santo. Andar no Espírito Auto-disciplina: substituir velhas amizades nocivas.

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Lição 17


O devolver o mal por mal É a reação carnal em represália ao que nos fez mal. É vingar-se ou recompensar um agravo recebido. Em geral vem acompanhado de sentimento de justiça. É fazer justiça com as próprias mãos. MANIFESTA-SE DE MUITAS MANEIRAS: Rancor, ressentimento, ofensas ou insultos, gritos; retirar a palavra, a saudação; ameaças; tratar com desprezo; desejos secretos de maldição; fazer sofrer; alegrar-nos com a sua desgraça; gestos grotescos; cara fechada, antipatia; não ajudar; tratar com indiferença; desejar-lhe mal, etc. O QUE NOS ORDENA CRISTO? Mt 5.38-48; 6.14; Ef 4.32; Cl 3.12-13; Mc 11.25-26; 1 Ts 5.15; Lc 6.27-36; Rm 12.17-21; - Nunca devolver o mal por mal. - Sofrer o mal, não nos defendermos. Jesus não se defendeu. - Perdoar de coração aquele que nos fez mal e vigiar para que não brote nenhuma amargura. - Orar e interceder em favor do que nos fazem mal. - Dar graças a Deus por tudo. Sentir-nos bem aventurados. - Vencer o mal com o bem (Rm 12.21). Não ficarmos passivos, devemos reagir com o bem.

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Resumo


O devolver o mal por mal É a reação carnal em represália ao que nos fez mal. vingar-se.

É

MANIFESTA-SE DE MUITAS MANEIRAS: Rancor, ressentimento, ofensas ou insultos, gritos; retirar a palavra, a saudação; ameaças; tratar com desprezo; desejos secretos de maldição; fazer sofrer; alegrar-nos com a sua desgraça; gestos grotescos; cara fechada, antipatia; não ajudar; tratar com indiferença; desejar-lhe mal, etc. O QUE NOS ORDENA CRISTO? - Nunca devolver o mal por mal. - Sofrer o mal, não nos defendermos. - Perdoar de coração aquele que nos fez mal e vigiar para que não brote nenhuma amargura. - Orar e interceder em favor do que nos fazem mal. - Vencer o mal com o bem. - Não ficarmos passivos, devemos reagir com o bem.

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Lição 18


A Injustiça Nossa meta é sermos como Jesus. Ele é justo e nós devemos ser conformados à Sua imagem. Aquele que não faz justiça não é de Deus (1Jo 2.3). O fruto do Espírito é toda bondade, justiça e verdade (Ef 5.9). No evangelho se revela a justiça de Deus e a Sua ira contra toda a injustiça (Rm 1.16-18). A Palavra de Deus é a regra para instruir nossa consciência e declarar o que é justo (2 Tm 3.16; Sl 19.7-11; 119.9-11). Nossa responsabilidade é fazer justiça, não exigir que seja feita justiça a nós. Devemos receber a injustiça que nos fazem e perdoar os que nos agravam (Mt 5.39-44; 7.12; Rm 12.19; 1Co 6.47). EXEMPLOS DE INJUSTIÇA: Dívidas especulativas (Rm 13.7-8; Tg 5.1-6) salários injustos (Cl 4.1; 1Tm 5.18); medidas e pesos injustos ou especificações mentirosas (Lv 19.3536; Pv 20.10); falta de honra (Rm 12.10; 1 Tm 5.1-7; Ef 6.2,4; 5.33; 1Pe 3.7; 2.17; 1 Tm 6.1).

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Resumo


A Injustiça Aquele que não faz justiça não é de Deus. O fruto do Espírito é toda bondade, justiça e verdade. A Palavra de Deus é a regra para instruir nossa consciência e declarar o que é justo. Nossa responsabilidade é fazer justiça, não exigir que seja feita justiça a nós. EXEMPLOS DE INJUSTIÇA: Dívidas especulativas salários injustos medidas e pesos injustos ou especificações mentirosas falta de honra

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Parte

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Família Existem três aspectos do propósito de Deus para a família: cooperar com o seu propósito de ter uma família eterna; amparar, formar e desenvolver o ser humano em um ambiente propício para o seu amadurecimento físico, mental, emocional e espiritual; e dar base sólida à sociedade.

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Lição 19


O papel do marido como cônjuge “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo...” 1 Co 11.3,9 1. POSICIONAMENTO : SER CABEÇA: É muito mais que dar ordens; não ser um mandão, mas ser responsável por cuidar, sustentar e guiar a família em direção ao propósito de Deus. DOIS PERIGOS: 1)- não assumir a posição (é irresponsável, acomodado, preguiçoso, medroso). Alguns maridos gastam todo seu tempo consigo mesmos: descansando, futebol, diversão. 2)- Assumir com excesso de autoridade (machista, mandão, cabeçudo). Ela também sabe pensar, sabia ??? Alguns maridos acham que só eles têm razão. As mulheres ficam frustadas, anuladas, depreciadas. Faz da mulher, uma mulher objeto.  A liderança é para desenvolver os outros, levar os outros adiante.  A dominação ao contrário retarda o desenvolvimento dos outros. Alguns pais dominam tanto seus filhos, que o filho tem uns três ou quatro anos a menos que tem na verdade. Ser líder é assumir a responsabilidade da família, formar os filhos com exemplos. É fazer com que os filhos dêem graças pelo pai, é alcançar que o lar seja um refúgio, que ninguém queira sair dele. Também ser líder é dar segurança e proteção. Estamos entendendo que temos uma posição, devemos ser equilibrados, não abdicar dessa posição, nem sermos dominadores. Sou autoridade porque sou o que mais trabalha, o que mais serve, o que mais cansa, o que mais renuncia. Cada marido tem que ver sua casa como uma empresa. O lar é um empreendimento divino. O maior empreendimento que pode existir. Você tem que ser um bom administrador de empresa. O que temos que administrar no lar ? Alimentação, Vestimenta, Limpeza e ordem da casa, Disciplina (educação dos filhos, bons modos, conversação, costumes, respeito aos mais velhos, tempo para música, esporte, cultura, metas), Vida espiritual, Finanças, Sexo. 2. ATITUDE REQUERIDA: AMOR (Ef 5.22-25; Cl 3.19; 1 Pd 3.7). 59


- Se entregar por ela: cuidar da casa, da família, não deixar a mulher sobrecarregada, servi-la, sustentá-la, evitar conflitos, pedir perdão quando errar, cuidar das finanças etc... - Santificá-la: edificá-la, ser líder espiritual, levá-la a amar a Deus, dar-lhe a Palavra de Deus. - Apresentá-la a si mesmo sem mancha e sem ruga: conhecer suas necessidades de: Romance: O homem deve ser de aço coberto com veludo. Alguns são veludo por fora e veludo por dentro. Alguns, puro aço. Não é afável. Deve ser firme (aço), mas manso (veludo). Ternura, carinho, flores. Reaprender a dizer: Querida eu te amo ! Alguns só sabem dizer eu te amo na hora de ter relações sexuais. Temos que aprender a abraçar nossa esposa quando está cheio de sabão nas mãos, aquele que não pode abraçar sua mulher suada, cansada. Se sentir atrativa: Que feio quando o marido começa a brincar com alguns defeitos da mulher, vem cá minha barrigudinha; a mulher fazendo de tudo para esconder a gordurinha e ele vem e a expõe. Ser elogiada: Quanta coisa ela faz ! Você tem elogiado ? Faz muita coisa durante o dia, à tarde recebe um homem sisudo , reclamão. Elogiar o cabelo, a roupa, o modo como falou, se comportou etc. Ser animada: Ela cumpre seu dever porque o marido a anima. Algumas mulheres andam, mas sob pressão. Falar da importância daquilo que ela está fazendo. Ser tratada como vaso mais frágil. Quantos sabem disso ? Parece tão forte. O homem tem que ser sábio para saber que a mulher é mulher. Não tratá-la como homem, com aspereza, indelicadeza. Ser protegida. O marido deve estar atento às situações. Vivemos em uma sociedade agressiva. Precisamos valorizar a esposa. Ser ouvida: A esposa tem necessidade de ser ouvida. Se ela não falar com o marido, vai falar com quem? De chorar: A mulher é sensível. Precisa ser ouvida, precisa desabafar, colocar para fora suas inquietações. Isso, muitas vezes, evita muitos problemas de saúde.

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Resumo


O papel do marido como cônjuge POSICIONAMENTO = SER CABEÇA ATITUDE = AMOR DOIS PERIGOS no posicionamento como Cabeça: 1)- não assumir a posição (é irresponsável, acomodado, preguiçoso) 2)- Assumir com excesso (machista, mandão, cabeçudo). Atitude de amor: - Se entregar por ela; Santificá-la; Apresentá-la a si mesmo sem mancha e sem ruga. Deve administrar: Alimentação, Vestimenta, Limpeza e ordem da casa, Disciplina, Vida espiritual, Finanças, Sexo. A mulher necessita de: Romance Se sentir atrativa Ser elogiada Ser animada Ser tratada como vaso mais frágil Ser protegida Ser ouvida De chorar

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Lição 20


O papel da mulher como cônjuge “...far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18) 1. O POSICIONAMENTO = AJUDARORA IDONEA - A mulher deve desenvolver o seu papel sem deslocar o marido; a decisão final é do homem. As mulheres que não fazem assim, estão nervosas, frustadas, insatisfeitas e infelizes. 2. ATITUDES BÁSICAS: SUBMISSÃO (Ef 5.22-24; ESPÍRITO MANSO E TRANQUILO (1Pd 3.3-4).

1Pd 3.1-2);

A mulher que não se submete não tem um pecado, mas tem “O” pecado, a rebelião; como Satanás que não guardou o seu lugar. Submissão não é inferioridade. Somos iguais diante de Deus, mas temos funções e papéis diferentes. A submissão não rebaixa, a mulher. A submissão posiciona a mulher, a dignifica e a protege. Jesus não se sentiu rebaixado por se submeter ao Pai. Sua alegria era pregar, fazer milagres, se submetendo ao Pai. 1Pe 3.3-4 - não está proibindo que a mulher se arrume, mas está dizendo que a verdadeira beleza da mulher é um espírito manso e tranquilo. Para isso a mulher tem o Espírito Santo. A mulher sábia edifica a sua casa. A Tola, com suas mãos, a derruba. O marido quer encontrar paz, não nervos. Pv 21:9 “É melhor morar no canto do eirado do que morar na mesma casa com uma mulher rixosa”. (ver também Pv 25.24). Pv 21:19 “É preferível morar no deserto do que com a mulher rixosa e iracunda”. Pv 27:15-16 “O gotejar contínuo em dia de grande chuva e a mulher rixosa são semelhantes, contê-la seria como conter o vento com a mão”.

3. PROCEDIMENTOS RECOMENDÁVEIS. a. Ser amiga e companheira (participar da vida dele). b. Saber animar, reconhecer, apoiar, estimular. c. Cuidar de sua aparência. d. Ter boas relações sexuais. e. Cuidar da casa. f. Ser amiga dos parentes dele. ===================================

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Resumo


O papel da mulher como cônjuge POSICIONAMENTO = AJUDARORA IDONEA ATITUDES BÁSICAS = SUBMISSÃO, ESPÍRITO MANSO E TRANQUILO A mulher que não se submete não tem um pecado, mas tem “O” pecado. Submissão não é inferioridade, não rebaixa a mulher. Ela posiciona, dignifica e protege. A verdadeira beleza da mulher é um espírito manso e tranquilo. A mulher sábia edifica a sua casa. A tola, com suas mãos, a derruba.

PROCEDIMENTOS RECOMENDÁVEIS. a. Ser amiga e companheira (participar da vida dele). b. Saber animar, reconhecer, apoiar, estimular. c. Cuidar de sua aparência. d. Ter boas relações sexuais. e. Cuidar da casa. f. Ser amiga dos parentes dele.

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Lição 21


Os filhos A Palavra nos diz que “A estultícia está ligada ao coração da criança ...” (Pv 22.15). Com toda a inocência das crianças, elas serão egoístas, mentirão, desobedecerão e praticarão o mal. Por isso devemos ensiná-las, formá-las e discipliná-las (Sl 51.5; Pv 22.15; Rm 5.12). Definimos o trabalho de criar os filhos em quatro tarefas: Exemplo + Instrução + Disciplina + Carinho e Atenção 1. Exemplo (Mt 7.28-29; 23.2-3) Os filhos aprendem tudo com o comportamento de seus pais. Ensinamos mais com o exemplo do que com palavras, ordens ou ameaças. O exemplo é a base fundamental para formação do caráter dos filhos. Eles procuram imitar seus pais no que dizem e no que fazem. 2. Instrução (Pv 22.6; Dt 6.6-9) Enquanto o exemplo é a base fundamental para a formação da vida dos filhos, a instrução direciona e ordena essa formação. Instruir significa: ensinar, doutrinar, formar, capacitar, comunicar. As crianças não aprendem somente por ver e imitar, elas necessitam ser instruídas em todos os aspectos da vida. Nossos filhos são bombardeados todos os dias com uma imensa variedade de informações e influências mundanas e pecaminosas. Temos que livrar nossos filhos do engano. Temos que ensiná-los sempre, o dia todo, em todo lugar. Não podemos perder nenhuma oportunidade. É indispensável praticarmos o que está ordenado em Dt 6.4-9. Devemos ensinar nossos filhos nas seguintes áreas:  Relação pessoal com Deus - orar, confiar, amar, submeter, ler a Palavra de Deus, agradecer.  Caráter - não ser orgulhoso, egoísta, medroso, preguiçoso, não mentir, a ser manso, submisso, humilde, generoso, responsável, trabalhador, estudioso, organizado, cuidadoso no falar, honesto.  Relacionamento com as pessoas - amar ao próximo, servir, ter compaixão, ser amável, gentil, cumprimentar as pessoas, respeitar aos outros, em especial os mais velhos e deficientes, tratar bem a todos e não fazer acepção de pessoas, ser simpático, fazer 64


amizades, honrar aos outros, elogiar, ser educado, pedir licença, pedir perdão e por favor.  Higiene e hábitos - ter uma boa alimentação, comer de tudo, educadamente, a ser higiênico, escovar os dentes, tomar banho, não sujar o chão, a cuidar e organizar as suas coisas. 3. Disciplina (Ef 6.4; Pv 3.12; 13.24; 19.18; 20.30; 22.15; 23.13,14; 29.15-17) “... fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.” Pv 23.13-14 “... mas o que ama, cedo o disciplina.” Pv 13.24.

A obediência não é opcional nem se limita ao que o filho considera justo. A obediência deve ser a tudo. A autoridade dos pais foi dada por Deus. Os pais não devem permitir rebelião em seu lar. A. Conseqüências da falta de disciplina Traz juízo de Deus. 1Sm 2.22-23; 3.13-14. O caso de Eli. Deus cobra dos pais a omissão da disciplina. Traz sofrimento, perdição e morte para a criança. Pv 23.13-14. Traz vergonha para os pais. Pv 29.15. Provoca ira e mau comportamento nos pais e nos filhos Ef 6.4. B. Quando Disciplinar? 1) O filho deve ser disciplinado sempre que desobedecer a uma instrução ou ordem dada. A vara não deve ser usada apenas depois de várias desobediências. Nem só depois de uma insistência em não obedecer. Deve ser usada em cada desobediência. A criança deve aprender a obedecer na primeira palavra de seus pais. 2) O filho deve ser disciplinado sempre que tiver atitudes erradas de rebeldia. As atitudes de rebeldia também devem ser disciplinadas: “manha”, “birra”, “esperneada”, “bicos”, murmuração, etc. C. Como Disciplinar 1) Com a vara Os textos acima mencionam o termo vara repetidamente. O uso das mãos ou de objetos foge do princípio e dos objetivos. As mãos servem para acariciar, proteger e abençoar. 2) Imediatamente 65


A disciplina deve ser administrada imediatamente após a ofensa ou desobediência. Não se deve adiar. A disciplina somente deve ser adiada, se não estivermos em casa, e o local for inconveniente. “... se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal.” (Ec 8.11).

3) Sem ira (Tg 1.20) É necessário acalmar-se antes de aplicar qualquer disciplina, que tem como objetivo corrigir, e não descarregar nossos desagrados. 4) Com dor. Pv 19.18; 20.30. A disciplina sem dor não produz efeito. Não é disciplina. 5) No “bumbum” A única região do corpo adequada para aplicar a disciplina são as nádegas, por ser uma região carnosa e sem nenhum orgão vital. 6) Em particular. O objetivo é corrigir, e não humilhar ou ridicularizar a criança publicamente. 7) Sem gritaria da criança A criança deve aceitar e submeter-se à disciplina. Deve apenas chorar, não gritar, nem espernear, nem fugir ou protestar. 8) Sem mágoas ou ameaças dos pais Não devemos proferir expressões de amargura, ou inimizade contra os filhos. O amor permanece. O perdão dos pais deve ser garantido. 9) Com unanimidade Os pais têm que mostrar unanimidade na disciplina. A mulher deve ter o cuidado para não contradizer a seu marido, e o homem deve apoiar a sua esposa, especialmente na presença dos filhos. 10) Proporcional à ofensa Existem ofensas de gravidade diferente. Uma desobediência a uma ordem antiga, que foi esquecida, deve ser disciplinada com menor rigor do que uma resistência “cara a cara”. D. Passos a serem dados ao disciplinar A disciplina correta deve seguir um processo que inclua: 1) Explicação: a criança deve saber o porquê da disciplina. 2) Aplicação da Vara: proporcional à ofensa. 3) Oração: a criança deve confessar seu pecado e saber da limpeza do seu coração que vem pelo sangue de Cristo. 4) Perdão: ela deve saber que a partir daquela hora não há mais culpa pelo ocorrido, e que ela é amada pelos seus pais. 66


5)

Reconciliação: isso significa reparar ofensas, pedir perdão, restituir coisa roubadas e restaurar amizades rompidas.

4. Carinho e Atenção Nossos filhos têm sentimentos e carências afetivas. Os pais devem dar muito carinho. Carinho é afeto, atenção e cuidado. Algumas práticas: A. Dar tempo e atenção Os filhos são prioridade em nossa vida. São o ministério mais importante dos pais. Nossos filhos devem saber do valor que eles tem para nós, e do prazer que eles nos dão. Os filhos não querem as coisas que os pais podem lhes dar. Eles necessitam dos próprios pais. Os pais não são substituídos por presentes, creches ou babás. B. Dar ouvidos Os pais devem dedicar tempo e paciência a ouvir seus filhos. Ouvir suas longas histórias, suas descobertas. Ouvir o que ele sente, o que ele conversa com seus colegas na escola. C. Fazer declarações de amor Esta é uma prática muito simples, mas muito importante. Dizer aos nossos filhos o quanto os amamos. Expressões como: “Eu amo você”, “você é muito importante para mim”, D. Dar beijos, abraços e gestos carinhosos As palavras muitas vezes não conseguem expressar tudo. É preciso gestos! Um abraço, uma carícia, passar a mão pela cabeça, segurar as mãos com carinho, beijar, carregar nos braços, etc. E. Dar elogios e palavras de encorajamento Os pais devem elogiar seus filhos quando fazem algo bem ou quando, pelo menos, tentam fazer bem. Muitas vezes, um elogio ajuda tanto quanto uma repreensão. Os elogios ajudam a formar o caráter dos filhos, e rompem complexos de inferioridade. F. Dar presentes criativos Hoje é muito comum comprar brinquedos industrializados. Os pais perderam a criatividade. Presentes feitos pelos próprios pais (carrinhos de sucata, pipas, barracas, aviões, cavalinhos, etc…) têm um valor muito maior. As crianças gostam, se sentem amadas. Cuidado para não querer trocar o carinho por presentes caros. O carinho é insubstituível! G. Brincar 67


Mesmo que nossos filhos tenham muitos amigos, nenhuma brincadeira se compara a brincar com seu pai ou sua mãe. Temos que ter tempo para sentar no chão e brincar com nossos filhos. H. Sair Juntos Sempre que possível, devemos levar nossos filhos conosco, quando sairmos. Eles devem andar conosco. Devem nos conhecer, ver nosso comportamento, nosso trabalho, nosso relacionamento com as pessoas. Eles não são um incômodo em nossa vida. INCUMBE AOS FILHOS 1. HONRAR PAI E MÃE (Ex. 20.12; Ef 6.2-3). - Ouvir a instrução dos pais (Pv 1.8; 4.1-10; 5.1-7) - Obedecer aos pais voluntariamente (Cl 3.20). - Amar os pais. Ser gratos a eles. Tratar com carinho - Compartilhar a vida com eles. Falar das metas de estudo, etc. - Sustentá-los; ajuda financeira, tarefas caseiras, cuidados, etc. 2. EXEMPLOS: José (Gn 47.12 - sustento); Davi (1Sm 22.3 moradia); Salomão (1Rs 2.19 - respeito); Eliseu (1Rs 19.20 carinho); Recabitas (Jr 35.6-8 - obediência); Jesus (Lc 2.51; Jo 19.26-27 - submissão e cuidado). 3. O QUE OS PAIS ESPERAM DOS FILHOS I – Que os filhos sejam fiéis e transparentes Primeiramente esperam que os filhos estejam constantemente olhando ao autor e consumador da fé, Jesus Cristo. Em segundo, que sejam fiéis aos pais nos princípios que aprenderam, ao amor que receberam, no relacionamento, em tudo. II – Que os filhos sejam amorosos e amigos Às vezes os filhos perdem oportunidades para demonstrarem seu afeto e carinho, com uma palavra, uma flor, um beijo, um gesto, etc. Para que se crie amizade, é necessário que os filhos se determinem a se aproximarem de seus pais. Criem situações para estarem juntos e desenvolverem companheirismo e amizade. O jovem discípulo deve aproveitar esses anos da juventude para firmar bem a sua amizade com seus pais, pois logo irão embora. III – Que os filhos busquem compreender seus pais ===================================

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Resumo


Os Filhos OS PAIS devem dar: EXEMPLO + INSTRUÇÃO + CARINHO e ATENÇÃO. INSTRUÇÃO. Devem ensinar: - a se relacionarem com Deus e com as pessoas - ter bom caráter - ter boa higiene e limpeza DISCIPLINAR - Sempre que desobedecer ou tiver atitudes erradas de rebeldia - Com vara - Imediatamente - Sem ira - Com dor - No “bumbum” - Em particular - Sem gritaria - Sem mágoas ou ameaças - Com unanimidade - Proporcional à ofensa MODO: explicar – aplicar a vara – orar – perdoar – reconciliar DAR TEMPO E ATENÇÃO - dar ouvidos - fazer declarações de amor - dar beijos, abraços e gestos carinhosos - dar elogios e palavras de encorajamento - dar presentes criativos - brincar e sair juntos INCUMBE AOS FILHOS - honrarem pai e mãe - serem fiéis e transparentes aos pais - serem amorosos e amigos dos pais - buscarem compreender seus pais

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Lição 22


Relação entre solteiros O compromisso para casamento vai surgir num ambiente de muita amizade gerado entre o rapaz e a moça. O caminho até aqui não foi emocional, conduzido pela “paixão de desejo desenfreado como os pagãos que desconhecem a Deus” - I Ts 4.3-6a. Quando o rapaz (ou moça) está procurando alguém para observar, pressupomos que esteja buscando desenvolver toda qualificação necessária para vir assumir um casamento. Ao se comprometer pressupomos que tenha:  Maturidade espiritual, emocional e física;  Condições financeiras (não se aplica as meninas). Durante a observação destacamos dois momentos importantes:

a) - O primeiro momento: a ação é secreta, sigilosa. Somente discipulador e companheiro tem conhecimento. Você está a busca de saber: “esta é ou não a pessoa certa para casar-se comigo”. Seja claro e objetivo no que observar: Algumas dicas:  Para os rapazes observarem nas moças.  Ama ao Senhor; ajudadora e companheira;  Mansa e submissa; boa relação com os pais;  Alegre e grata a Deus; Não rixosa;  Trabalhadora e responsável;  Ordeira e higiênica; discreta e feminina.  Para as moças observarem nos rapazes  Ama ao Senhor; amoroso;  Não egoísta; não iracundo;  Corajoso (enfrenta provação);  Decidido, com iniciativa; Fiel e Cumpridor;

b) - O segundo momento: quando a escolha foi feita. Pode começar a sinalizar, sem perder a cobertura. Pode cortejar. Pode, por exemplo, mandar um cartão dizendo: “admiro muito suas qualidades”. Esperar a reação. Se nada acontece, pode mandar outro cartão: “continuo admirando muito suas qualidades”. Você poderá ter um sinal, ou não, de que o outro está ou não interessado, o que definirá sua ação. Se continua investindo ou não. Caso não seja correspondido deve definir junto com o discipulador a estratégia da ação. A oração e o jejum ajudam muito. 70


Se foi correspondido “assinem o contrato de compromisso”. AMIZADE COM COMPROMISSO É uma nova dimensão da amizade, e não de direitos. Podem se conhecer ainda mais, passarem a ter coisas em comum. Deve haver forte amizade, carinho e serviço. Serão uma junta e ligamento.     

A. O que deve acontecer: Oração, edificação; conhecerem-se ainda mais profundamente; Colocar alvos juntos; Não devem se isolar, mas continuar andando em bando: Tratem diversos aspectos do caráter no relacionamento. É a hora de tratar problemas que se evitam no futuro. Preparem-se para o casamento. Procurem crescer no entendimento do papel como marido, como mulher na família.

B. Que tipo de relacionamento físico deve haver? O sexo é reservado só para o casamento. Aqui apenas expressões de carinho e afeto. Mais do que isto seria impureza. Neste relacionamento deve haver um cuidado redobrado com a área de contato físico. Não deve ser esquecido que ainda são só irmãos. Não deve fazer nada que não faria a qualquer outra irmã(o). Não podemos estabelecer regras contra a sensualidade. Liberamos tudo se não podemos estabelecer regras? Não. Quero ser santo como Jesus; Não quero ofender a santidade de Deus; Não quero levar meu irmão, ou irmã, a pecar; Não entrarei num caminho que me conduza a sensualidade; Conhecer o limite para ficar longe dele. Deve haver honestidade e sensibilidade de coração. Os dois podem e devem ajudar um ao outro a fim de manterem um relacionamento santo e puro diante do Senhor.

1. 2. 3. 4. 5.

   

Alguns conselhos: Ninguém se julgue forte; Nunca confie em você; Nunca fiquem sozinhos; e não permitam o mínimo deslize (não comece algo que não poderá terminar); Caso um queira avançar o outro deve retê-lo; Deve haver temor; sempre andar na luz.

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Resumo


Relação entre solteiros Para querer se comprometer deve ter:  Maturidade espiritual, emocional e física;  Condições financeiras Na observação existem dois momentos: O primeiro momento: a ação é secreta, sigilosa. Para os rapazes observarem nas moças.  Ama ao Senhor; ajudadora e companheira;  Mansa e submissa; boa relação com os pais;  Alegre e grata a Deus; Não rixosa;  Trabalhadora e responsável;  Ordeira e higiênica; discreta e feminina.  Para as moças observarem nos rapazes  Ama ao Senhor; amoroso;  Não egoísta; não iracundo;  Corajoso (enfrenta provação);  Decidido, com iniciativa; Fiel e Cumpridor; O segundo momento: quando a escolha foi feita. Pode começar a sinalizar, cortejar. AMIZADE COM COMPROMISSO Amizade e não de direitos. Amizade, carinho e serviço. Não deve haver relacionamento físico. Tratar como irmãos. Deve haver honestidade e sensibilidade de coração. Os dois podem e devem ajudar um ao outro a fim de manterem um relacionamento santo e puro diante do Senhor.    

Alguns conselhos: Ninguém se julgue forte; Nunca confie em você; Nunca fiquem sozinhos; e não permitam o mínimo deslize (não comece algo que não poderá terminar); Caso um queira avançar o outro deve retê-lo; Deve haver temor; sempre andar na luz.

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Lição 23


Divórcio e Recasamento O vínculo matrimonial é indissolúvel. Mc 10.2-12 = "... É lícito ao marido repudiar sua mulher? Ele lhes respondeu: Que vos ordenou Moisés? ... Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Em casa, voltaram os discípulos a interrogá-lo sobre este assunto. E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério". Jesus foi muito claro - incisivo. A carta de divórcio só foi dada em uma circunstância: POR CAUSA DA DUREZA DO CORAÇÃO. O fato dos discípulos terem levantado novamente a questão quando estavam em casa, demonstra que eles ficaram impactados com a radical resposta de Jesus. Eles esperavam encontrar alguma alternativa que pudesse permitir o recasamento, mas Jesus não mudou sua fala: "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela". Lucas, que procurou escrever de forma a sanar todas as dúvidas que pudessem ter surgido com os escritos de Marcos e Mateus (Lc 1.1-4), escreveu sobre o divórcio e recasamento, utilizando-se de apenas um versículo, posto que para eles não tinha ficado nenhuma dúvida a respeito do que Jesus falou. Vejamos: Lc 16.18 = "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério." Não há nenhuma brecha que possibilite ao homem ou a mulher de abandonar seu cônjuge e se casar com outro ou outra. Lucas procura acrescentar algo para deixar ainda mais claro o que Marcos escreveu. Marcos diz que aquele que repudia seu cônjuge e se une a outro comete adultério. Lucas vai além, esclarecendo que também aquele que se une ao cônjuge separado (repudiado), ainda que ele seja solteiro, está cometendo adultério. Mateus também tem a mesma linguagem de Marcos e Lucas. Mt 19.3-6 = "... É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: 73


Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?... Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem." Vemos que o relato de Mateus é uníssono (exatamente igual) ao de Marcos. A resposta dada por Jesus é a mesma - lógico, pois tanto Marcos quanto Mateus ouviram a mesma palavra de Jesus. Mateus continua seu relato: Mt 19.7-12 = "... Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério (e o que casar com a repudiada comete adultério). Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar...". Nada mudou nessas palavras escritas por Mateus. Mas muita gente se apega ao versículo 9 para tentar resolver seus problemas de adultério, afirmando que Mateus escreveu que quando a mulher adulterar o marido pode repudiá-la. Jesus, não disse nada disso. A frase "não sendo por causa de relações sexuais ilícitas" (em outra versão "não sendo por causa de prostituição"), é um parêntese para declarar que quando um homem se une a uma mulher para ter relação sexual com ela, SEM QUE ESTA SEJA SUA LEGITIMA MULHER, deve se separar dela, pois está em prostituição ou tendo relações sexuais ilícitas (está em pecado, por isso deve deixa-la). Esse é o típico caso de CONCUMBINATO – estão amasiados. Alguns interpretam que Jesus estaria dizendo que se a mulher estiver adulterando então pode haver o divórcio e o recasamento. É uma grande mentira. Primeiro, porque o termo usado não é "...por causa de ADULTÉRIO...", mas sim "...por causa de relações sexuais ilícitas...". Segundo, por causa da resposta dos discípulos: v. 10 = "...Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar". Os discípulos responderam dessa forma porque entenderam que não há nenhuma possibilidade de se acabar com o casamento. Quando uma mulher está adulterando seu marido não teria uma grande contribuição para isso? 74


Muitos "crentes" tratam suas esposas exatamente ao contrário do que está escrito em Efesios 5.25-29; não lhes dá carinho, atenção, cuidado, cobertura, amor, dedicação, tempo; não ora com ela, não lhe dá a palavra de Deus, mas vive uma vida egoísta, em torno de si mesmo. No sexo, não leva sua esposa a se sentir amada, prazeirosa (a chegar ao clímax da relação sexual). Um homem assim está praticamente abrindo o caminho do adultério para sua mulher, sendo co-responsável pelo pecado dela. O apóstolo Paulo também escreveu a respeito do casamento: Rm 7.1-3 = "... a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias" I Co 7.39 = A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor." Paulo também segue as mesmas palavras de Cristo: enquanto viverem, marido e mulher formam uma só carne; um está ligado ao outro pela lei conjugal. Acrescenta: de sorte que será considerada ADÚLTERA se unir-se a outro, estando vivo seu marido. Existem algumas situações que o homem cria para justificar o pecado. Uma delas é: 1- Declarar que já estava vivendo com a nova mulher antes de se converter e com a conversão Deus perdoou o seu passado, entendendo que podem continuar vivendo juntos, face o perdão. Quando uma pessoa se torna uma nova criatura, Deus perdoa todos os seus pecados. Mas isso não quer dizer que Deus LEGALIZOU o pecado, vá permitir que continue na prática continuada do pecado. O pecado sempre foi pecado e sempre continuará sendo. Deus perdoa o adúltero, mas não quer que ele continue sendo adúltero. Se antes de se converter, determinada pessoa vivia mentindo, com a conversão Deus perdoou suas mentiras. Por isso ele pode continuar mentindo? Não! Em Hb 12.14 diz: "segui a paz com todos e a SANTIFICAÇÃO, sem a qual ninguém verá o Senhor". 75


Imaginemos que determinada pessoa tivesse furtado uma bicicleta e a estivesse usando por 3 anos. Com a conversão Deus perdoou o seu pecado de furto. Porém, ele pode continuar usando a bicicleta furtada, porque Deus já o perdoou? Ou deve procurar o verdadeiro dono e devolvê-la? O que aconteceu com Zaqueu? (Lc 19.8 = "...se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo 4 vezes mais.") ver Mt 5.23-26. É lógico que ele deve devolver a bicicleta, pois aquilo é fruto de um pecado cometido. E no caso do adultério? Porque já convive com a mulher , o fato de se converter deixa de ser adultério? Deve continuar com a mulher? Absolutamente não. Rm 6.1-2 = "...Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundamente? DE MODO NENHUM! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" ver Efesios 4.17-31 e 5.3-16. 2- Declarar que “todo mundo tem direito de ser feliz”. A felicidade é fruto da presença do Espírito Santo em nós. Se permanecermos no pecado não teremos o Espírito de Deus. A verdadeira felicidade só o Senhor pode dar. Para todo direito existe um dever. E Deus diz: “seja santo, porque Eu sou santo”. “Sem santificação ninguém verá o Senhor”. Temos que fazer uma escolha logo no início de nossa conversão: Eu quero ser feliz, ou quero fazer a vontade do meu Senhor? 3- Mas, quando eu casei eu não era convertido, portanto, Deus não nos uniu. É importante deixar claro quando ocorre um casamento. O casamento surgiu muito antes de existir a escrita, os cartórios, as diversas denominações religiosas. Surgiu com Adão e Eva. “Tu és agora osso dos meus ossos, carne da minha carne...”Gn 2.23-24. O casamento se concretiza exatamente no momento em que o homem e a mulher, solteiros ou viúvos, fazem um pacto, uma aliança, tomando um ao outro por seu marido e por sua mulher. A partir desse momento estão unidos diante de Deus, formando uma só carne. Assim, não importa onde e quando ocorreu esse pacto. Se houve a aliança entre os dois, Deus o une no matrimônio. =================================== 76

Resumo


Divórcio e Recasamento O vínculo matrimonial é indissolúvel. Mc 10.2-12 - Lc 16.18 O divórcio só foi estabelecido por causa da dureza do coração. Quem se separa de sua mulher ou de seu marido e se une a outra pessoa comete adultério. E quem, mesmo solteiro, se casa com a pessoa que se separou, também comete adultério. Mt 19.3-12 Muitos afirmam que quando a mulher adulterar o marido pode repudiá-la. Jesus, não disse nada disso. A frase "não sendo por causa de relações sexuais ilícitas" (em outra versão "não sendo por causa de prostituição"), é um parêntese para declarar que quando um homem se une a uma mulher para ter relação sexual com ela, SEM QUE ESTA SEJA SUA LEGITIMA MULHER, deve se separar dela, pois está em prostituição ou tendo relações sexuais ilícitas (está em pecado, por isso deve deixa-la). Esse é o típico caso de CONCUMBINATO – estão amasiados. Paulo afirma que somente a morte acaba com o casamento. Rm 7.1-3 - I Co 7.39

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Parte

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Finanças e Trabalho

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Lição 24


Finanças 1 – GANHAR O MAIS QUE PUDER Não queremos ensinar os irmãos a ficarem ricos, mas sim ajudalos a saberem se conduzir de forma a não prejudicarem o REINO DE DEUS, A SI MESMOS E AO PRÓXIMO. Devemos ganhar tudo o que pudermos ganhar, sem comprar o ouro demasiadamente caro, sem pagar por ele mais que o seu devido valor. a) - Sem perder as prioridades. Não devemos ganhar dinheiro se com isto trocaremos as prioridades. Não podemos ficar ansiosos por ganhar muito dinheiro, a ponto de nos levar a ficarmos como aqueles que “ouvem a palavra do reino e por causa dos cuidados do mundo e a fascinação pelas riquezas sufocam a palavra e fica infrutífera” (Mt 13.22). O Reino de Deus é prioridade em nossa vida (Mt 6.33; Pv 23.45). O Senhor nos fala: “não podeis servir a Deus e as riquezas” (Mt 6.24). Nós devemos servir a Deus e buscar ganhar o mais que pudermos, sem contudo perder esta prioridade. b) - Sem prejudicar a nossa saúde. Não devemos ganhar dinheiro à custa de nossa saúde. Devemos rejeitar o emprego que nos abale a saúde, tirando-nos o sono e a alimentação mínima. Alguns trabalhos são totalmente insalubres. A vida é mais valiosa que o alimento (Mt 6.25). c) - Sem ser desonesto. Pv 22.1. Não podemos agir com desonestidade para ganhar dinheiro, pois teremos uma má consciência, e esta pode nos levar a naufragar na fé. Devemos sofrer o dano de deixarmos de ganhar algum dinheiro se tivermos que fraudar ou enganar. Temos que estar atentos nestas situações, pois se o negócio que estamos envolvidos só pode ser exercido com fraude e engano então devem ser evitados, devemos sair deles, porque, PARA GANHARMOS DINHEIRO NÀO DEVEMOS PERDER A ALMA (1Tm 1.5; 3.9). d) - Sem causar dano ao nosso próximo. Pv 21.6; 22.16,23. Certamente não iremos querer ganhar dinheiro, causando dano ao nosso próximo, se o amarmos como Jesus nos mandou amar, isto é , como a nós mesmos. Não 79


devemos causar dano a alguém em seus pertences; nem devorar os bens de alguém através do jogo; também não podemos enganar alguém através de uma aparatosa propaganda; não exigir ou receber juros vedados pelas leis de nosso país, ou arruinar o negócio do próximo para fazer progredir o nosso. 2 – ECONOMIZAR COM ESFORÇO Não atiremos fora o dinheiro em gastos ociosos, que seria o mesmo que atira-lo ao mar. a) - economizar nos desejos da carne. Não podemos gratificar os desejos da carne enquanto muitos irmãos passam necessidades que nem de longe gostaríamos de passar. (1Jo 3.17-18). Os prazeres da carne são os prazeres dos sentidos, principalmente o paladar. Gastamos somas dispendiosas, desnecessárias, apenas para nos agradarmos, enquanto outros não tem o que comer. (Fp 4.11-13). Não queremos proibir os irmãos de abastecerem suas geladeiras com comidas especiais, ou saídas a restaurantes. Mas queremos conscientizar a cada um que não esqueçamos a mesa de nosso próximo. b) - economizar na cobiça dos olhos. Não gastemos o dinheiro em vestuários supérfluos, ornatos desnecessários, adornando a casa com móveis requintados, completamente dispensáveis e caros, pinturas custosas, quadros, livros raros, jardins mais elegantes do que úteis. O Senhor nos chamou para segui-lo e Ele não tinha onde reclinar a Sua cabeça, não tinha comodidades, nem roupas dispendiosas. Se tivermos essa visão chegaremos a plenitude de 2 Co 8.15. c) - economizar na vaidade da vida. Não gastemos para ter o louvor e a admiração dos homens. Não gastemos o dinheiro em qualquer coisa que seja apenas para que “OS OUTROS VEJAM QUE TEMOS”. Não compres caro o louvor dos homens. Contentemo-nos com o louvor que vem de Deus. d) - economizar com os nossos filhos. Não disperdicemos dinheiro com nossos filhos em vestuários dispendiosos, de marca, em manjares finos. Com isso iremos ensiná-los a serem orgulhosos e cobiçosos. Não devemos dar dinheiro aos filhos se percebermos que eles irão gastar nos desejos da carne, cobiça dos olhos ou na vaidade da vida.

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Ao gastarmos com os desejos da carne, estaremos sendo mais sensuais. Ao gastarmos para agradar nossos olhos, ficaremos mais curiosos e mais apegados aos prazeres deste mundo. Ao gastarmos buscando o aplauso dos homens, estaremos nos tornando mais vaidosos. ALGUNS CONSELHOS: atue preventivamente; pesquize os preços; não pague pela marca; não compre à crédito - economize; faça o mais que puderes em casa - serviços, consertos; economize no transporte, na casa, comida; faça um orçamento. 3 – DAR COM GENEROSIDADE Pv 21.26; 22.9. Se ganhamos muito e economizamos bastante e paramos aí, enterramos o dinheiro. Alguns jogam dinheiro ao mar, outros enterram em seus cofres e poupanças. Devemos ter bastante dinheiro para DAR com generosidade (Ef 4.28). Nós somos apenas dispenseiros de Deus, e não temos liberdade para dispor do dinheiro como quisermos, e sim segundo a vontade de Deus. a) - dar com generosidade aos da nossa própria casa. 1Tm 5.8. A esposa, filhos, depois os pais, os avós, etc. (1Tm 5.4). b) - dar com generosidade aos da familia da fé. Depois de termos suprido as necessidades da nossa casa, então devemos suprir as necessidades da família da fé (Gl 6.10). NECESSIDADES: comida, bebida, vestuário (Mt 6.19-34). 1Jo 3.17-18; Rm 15.25-27; 2Co 8.1-15. Vemos que não foram os apóstolos que pediram, mas foram os irmãos que rogavam para participar e dar aos necessitados. A generosidade não deve ser feita como mandamento, mas sim de coração (Rm 7.6). 2Co 9. c) - dar com generosidade a todos os homens. Devemos fazer o bem a todos (Mt 5.42). Sendo irmãos ou não devemos acudir ao necessitado (Ef 4.28). Mt 25.31-46. Devemos amar o próximo, suprindo sua necessidade. Tenhamos a mesma generosidade que havia naquela viúva pobre (Lc 21.1-4). Todos deram a sobra, mas ela deu da sua pobreza. O importante não é o valor, mas sim o dar de coração e com alegria, indo além da sobra (2 Co 9.7). GENEROSIDADE A DEUS (Lc 6.38) Princípios do Velho Testamento a respeito do Dar 81


1. Dar é um princípio moral de Deus que veio antes da lei. 2. Os israelitas davam o dízimo (10%) de toda a sua renda.. 3. O dízimo era para Deus, e não de homens (Lv 27.32; Nm 18.24). 4. Quando o homem não dava estes 10%, Deus o considerava ladrão (Ml 3.8-9) e mandava restituir a 5ª parte (Lv 27.31). 5. A benção ou maldição dependia da fidelidade (Ml 3.10-11). 6. Os recursos sustentavam os levitas (sacerdotes que trabalhavam na casa do Senhor – NM 18.21) e os órfãos e as viúvas (Dt 26.12). Princípios do Novo Testamento a respeito do Dar 1. Os mesmos do V.T., só não tem a fixação dos 10% (dízimo). 2. O percentual foi tirado porque o discípulo de Jesus não precisa de lei para dar. Ele tem um novo coração (Cl 1.27). Nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus. No sermão do monte, Jesus dizia: “ouvistes o que foi dito aos antigos, eu porém vos digo”. E então, trazia um padrão bem maior que a lei. 3. Esta contribuição (chamamos de provisão ou generosidade), é um compromisso com Deus e não com homens. 4. Aquele que não dá a sua contribuição, ou que dá menos do que o justo, está roubando a Deus. 5. A benção de Deus na vida financeira está condicionada à fidelidade nestas contribuições (2 Co 9.6 e Lc 6.38). 6. Não são apenas os que têm muito que devem dar, mas também os que têm dificuldades, para que sejam abençoados por Deus. 7. São para o sustento de necessitados (Ef 4.28) e de obreiros dedicados em tempo integral (1 Co 9.9,11,13,14; Mt 10.10). Como dar 1. Não deve ser estabelecido de improviso. É necessário que seja predeterminado diante do Senhor, para ser uma expressão de generosidade e não de avareza (2 Co 9.5). 2. Propor um percentual no seu coração (2 Co 9.5). 3. Fazer isto com alegria e não com tristeza (2 Co 9.7). 4. Dar das primícias e não do que sobra (Pv 3.9). ===================================

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Resumo


Finanças 1 – GANHAR O MAIS QUE PUDER a) - Sem perder as prioridades. b) - Sem prejudicar a nossa saúde. c) - Sem ser desonesto. d) - Sem causar dano ao nosso próximo. 2 – ECONOMIZAR COM ESFORÇO a) - economizar nos desejos da carne. b) - economizar na cobiça dos olhos. c) - economizar na vaidade da vida. d) - economizar com os nossos filhos. 3 – DAR COM GENEROSIDADE a) - dar com generosidade aos da nossa própria casa. b) - dar com generosidade aos da familia da fé. c) - dar com generosidade a todos os homens. GENEROSIDADE A DEUS (Lc 6.38) Não há fixação de percentual, pois o discípulo não precisa de uma lei para dar. Esta contribuição hoje chamamos de provisão ou generosidade; é um compromisso com Deus e não com homens. Como dar - Não deve ser estabelecido de improviso. É necessário que seja predeterminado diante do Senhor, para ser uma expressão de generosidade e não de avareza (2 Co 9.5). - Propor um percentual no seu coração (2 Co 9.5). - Fazer isto com alegria e não com tristeza (2 Co 9.7). - Dar das primícias e não do que sobra (Pv 3.9).

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Lição 25


Trabalho No meio dos discípulos existe uma certa lentidão e acomodação na área profissional. Às vezes, encontra-se até mesmo negligência e indolência (preguiça). Nem todos são indolentes, mas alguns tem uma visão errada, crendo que a formação profissional não é importante, ou pensam ser um sinal de pouca espiritualidade. 1. Deus criou o trabalho O trabalho não surgiu como uma maldição decorrente do pecado. Antes da queda, Adão já tinha uma tarefa: cultivar e guardar o Jardim do Éden (Gn 2.15). O homem deveria lavrar o solo (Gn 2.5). Deus nos ensina a trabalhar com Seu próprio exemplo (Gn 2.1-3). 2. O conformismo e preguiça produzem ruína A indolência (preguiça) é pecado. Ela envergonha e destrói o homem. E, muitas vezes, se manifesta na forma de uma acomodação, um conformismo diante da vida. Paulo repreende os preguiçosos, ou de vida desordenada: “...nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, ... trabalhamos, a fim de não sermos pesados; ...se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3:6-10). A preguiça, a ociosidade e a negligência são falhas profundas e sérias do caráter de um discípulo. Alguns são preguiçosos porque querem. Outros por falta de orientação. Certo dia, um homem forte, saudável porém necessitado, pediu a um discípulo “um real”. Como o discípulo havia comprado uma caçamba de brita que estava em frente à sua casa, lhe disse: “Olhe, eu não lhe dou um real, eu lhe dou vinte reais, e você coloca esta brita para dentro.” O necessitado agradeceu, e foi embora. Ele queria dinheiro sem trabalhar. Certamente pensou: “Vou pedir a outra pessoa e arranjo o dinheiro sem trabalho”. Este é um falso necessitado. Ele é necessitado porque é preguiçoso.

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Os preguiçosos empobrecem e se tornam necessitados. A Bíblia os repreende severamente (Pv 6:9,11; Pv 10:4; Pv 19:15) . O trabalho faz bem ao homem, o ensina, o faz diligente. Torna-o capaz e responsável. Prepara o homem para servir a Deus. O trabalho é uma ferramenta na formação do caráter do homem. Mas há também aqueles que são acomodados por falta de orientação. Não sabem o que fazer para sair da situação. Existem desempregados que ficam em casa esperando que alguém os chame ou os indique para um trabalho. Se alguém está desempregado deve sair todos os dias à procura de trabalho. Enquanto não o encontra, deve fazer “bicos” ou pequenos serviços aos irmãos e a outras pessoas. Só não pode ficar em casa ocioso. Quem está desempregado, não está sem trabalho. O seu trabalho é procurar emprego, todos os dias. 3. Todo trabalho é bom Nenhum trabalho é humilhante. Jesus tinha uma profissão simples e honrosa: carpinteiro (Mc 6.3). No reino de Deus não há espaço para orgulho de qualquer espécie (Lc 22.24-27; Jo 13.1-17). Um discípulo deve ser fiel no pouco. Muitos falham porque se recusam a realizar pequenas e simples tarefas. Julgam-se diminuídos. (Mt 25:21). Se já tem um trabalho, pode-se procurar um melhor. Mas se está ocioso, deve estar pronto a fazer qualquer trabalho “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Ec 9:10). Também não se deve deixar um trabalho até encontrar outro. 4. O trabalho dá recursos para servir É certo trabalhar para suprir as necessidades (1Ts 4.11-12). Mas Deus também quer que trabalhemos para poder ajudar aos outros: “... trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4:28). At 20.35. 85


5. O Senhor ordena aos trabalhadores a. Trabalhar como para o Senhor. Ef 6.5-8 b. Obedecer em tudo aos patrões, mesmo aos maus. 1P2 2.18 c. Honrar aos patrões. 1Tm 6.1 d. Não “abusar” dos patrões que forem irmãos. 1 Tm 6.2 e. Ser excelentes no cumprimento de seu trabalho. Devem ser: • Rápidos e eficientes (não enrolar); • Assíduos e pontuais (não faltosos nem atrasados); • Responsáveis; • Respeitadores e submissos (não murmuradores) • Esforçados em satisfazer ao patrão (fazendo bem o trabalho). 6. O Senhor ordena aos patrões a. Não usar ameaças. Ef 6.9 b. Ser justo. Cl 4.1 c. Pagar salários dignos e não atrasá-los. Dt 24.14-15; Lv 19.13 d. Deus é juiz contra as explorações. Tg 5.4; Jó 31.13-15 e. Não sonegar impostos. Rm 13.7; Mt 22.21 f. Não colocar o coração nas riquezas. 1Tm 6.17-19 7. A Capacitação profissional “Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será posto; não entre a plebe.” (Pv 22:29). Deus honra àquele que busca ser perito em seu trabalho. Quanto melhor formação profissional alguém tiver, melhor será o seu salário. “A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados.” (Pv 12:24). Portanto, que todos busquem com diligência a capacitação profissional. Todos os jovens devem estudar, fazer um curso superior. Outros devem se preparar para concursos públicos. Todos devem planejar bem o seu desenvolvimento profissional. Devem buscar a excelência naquilo que fazem. Os jovens, normalmente, não gostam de estudar. Estudar é um trabalho, e dos mais exigentes. Exige perseverança. Os pais e discipuladores não devem permitir que os jovens parem de estudar. Caso precisem trabalhar para ajudar no sustento da casa, devem continuar seus estudos à noite, mesmo com grande esforço.

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“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Sl 126:5-6). Um jovem, no início de sua carreira, não deve estar preocupado com o salário que irá receber. Deve aproveitar ao máximo toda oportunidade de se aprimorar em sua profissão. Recebe-se pelo que se vale. A atenção deve estar voltada para aproveitar toda oportunidade para aprender. Poucos anos de sofrimento produzirão muitos anos de fartura. Deus quer que seu povo seja santo e diligente e que expresse a vida de Cristo também no trabalho. CONSELHOS: Tt 2.11-15; Pv 23.17-21. 1) - Use de toda diligência possível em tua profissão. Não perca tempo. Não fique de braço cruzado. Sempre tem alguma coisa melhor para fazer (Pv 22.29). 2) - Faça tão depressa quanto possível; não deixe de um dia para outro, se pode fazer hoje (Pv 14.23; 13.12). 3) - Faça tudo tão bem quanto possível. Gaste tempo pensando se não pode ser melhor. (Pv 13.11; 14.22b; 21.5). 4) - Põe toda tua força no trabalho. Não poupe canceira; não faça pela metade (Pv 6.6-11; 12.24,27; 13.4; 20.13). 5) - Aplique ao teu negócio todo entendimento que Deus te deu. Não podemos correr nas pegadas dos outros - busquemos ao Senhor . (1Pd 1.18; Pv 12.9). É vergonhoso a um cristão não se avantajar em qualquer coisa que empreenda. Devemos procurar fazer de modo mais perfeito hoje do que fizemos ontem. Ec 9.10; Pv 15.22; 22.29.

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Resumo

Trabalho O trabalho já existia antes da queda de Adão. - O conformismo e preguiça produzem ruína - Todo trabalho é bom - O trabalho dá recursos para servir - O Senhor ordena aos trabalhadores: a. Trabalhar como para o Senhor. b. Obedecer em tudo aos patrões, mesmo aos maus. c. Honrar aos patrões. d. Não “abusar” dos patrões que forem irmãos. e. Ser excelentes no cumprimento de seu trabalho. - O Senhor ordena aos patrões: a. Não usar ameaças. b. Ser justo. c. Pagar salários dignos e não atrasá-los. d. Não sonegar impostos. e. Não colocar o coração nas riquezas. - Deus honra àquele que busca ser perito em seu trabalho. - Use de toda diligência possível em tua profissão. - Faça tão depressa quanto possível - Faça tudo tão bem quanto possível. Gaste tempo pensando se não pode ser melhor. - Põe toda tua força no trabalho. Não poupe canceira; não faça pela metade - Aplique ao teu negócio todo entendimento que Deus te deu.

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Parte

5

Orientações aos Discípulos

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Lição 26

Cinco Características de um Discípulo 1. AMA A CRISTO ACIMA DE TUDO. Lc 14.26 Aborrecer pai, mãe, filhos etc., significa AMAR MENOS. Conta-se que há muito tempo atrás um casal foi aprisionado e seriam jogados aos leões por amarem a Cristo. O marido negou a Cristo e foi liberto. Voltou com a mãe e dois filhos da esposa para tentar convence-la e negar a Cristo. Ela respondeu: "tragame algo parecido com Cristo". 2. RENUNCIA A TUDO QUANTO TEM. Lc 14.33 É possível que alguém ame menos aos parentes e família mas ainda continue colocando seus ideais, tempo, dinheiro em primeiro lugar. Aquele que tem dificuldade em dizimar, ofertar, repartir com os necessitados é porque não renunciou a tudo quanto tem. 3. OBEDECE A PALAVRA DE CRISTO EM TODAS AS ÁREAS DA VIDA. Jo 8.31 Uma pessoa pode estar enganada e ser "falsamente" um discípulo; ou ser "equivocadamente" um discípulo. As duas primeiras características são subjetivas, demonstram um atitude interior. Mas o verdadeiro discípulo precisa ter uma demonstração exterior. Como é teu relacionamento com Deus? Ama a Ele? Teme a Ele? Espera nEle? Ama a Palavra? Medita nela? Como é na tua casa? Como trata tua esposa? É manso, carinhoso? ou é seco, machão? A Esposa: é submissa ao marido? Emburra fácil? Nos relacionamentos: está pronto a perdoar ou guarda rancor, mágoa? Está disposto a servir ou é acomodado? aceita a todos, assim como o Pai nos aceitou em Cristo, ou tem preconceito com quem é preto, pobre, simples, culto? Ama e ora pelos teus inimigos e pelos que te perseguem? No trabalho: chega sempre no horário? Respeita o patrão ou participa dos falatórios? Dá graça pelos salários ou vive reclamando? Faz o que lhe manda ou vive tendo idéias? Quanto a integridade: tua palavra é sim, sim e não, não, ou 90


precisa jurar? Paga impostos? É fiel na provisão ou rouba ao Senhor? Prega a palavra ou ainda se mantém calado? 4. AMA AOS IRMÃOS - Jo 13. 3 5 Existem 2 tipos de amor: o humano, natural (depende muito do ser amado. Se ele me ama eu amo; se não me ama também não amo). E existe o amor de Deus que Ele derrama sobre o coração de seus filhos - amor ágape. 5. FRUTIFICA - Jo 15.8 Muitos acham que Jesus está falando de dar o fruto do Espírito Santo registrado em Galatas 5 (amor, alegria, paz, mansidão etc.). Jesus não está falando do fruto do Espírito. 1a. Prova:- Em Gálatas Paulo fala O FRUTO DO ESPIRITO. Em João 15 a linguagem é "...e O VOSSO fruto permaneça". 2a. Prova:- A parábola dos talentos: o Senhor volta para buscar o LUCRO. Se eu responder ao Senhor: eis o amor, a paz, etc. o Senhor vai responder: "não. Isso foi o que Eu te dei. Cadê o lucro com tudo isso? 3a. Prova:- Mt 13.23 "...frutifica e produz a ..." Fruto não é apenas trazer gente para a igreja. Fruto é quando a vida de Cristo em mim produz transformação nos demais. Aqueles que me conhecem são transformados. Os incrédulos se convertem. Os irmãos que vivem comigo crescem em Deus por conviverem comigo. O fruto é a conversão do incrédulo e o crescimento dos irmãos.

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Resumo

Cinco Características de um Discípulo 1. Lc 14.26 = AMA A CRISTO ACIMA DE TUDO. 2. Lc 14.33 = RENUNCIA A TUDO QUANTO TEM 3. Jo 8.31 = OBEDECE A PALAVRA DE CRISTO EM TODAS AS ÁREAS DA VIDA 4. Jo 13. 3 5 = AMA AOS IRMÃOS 5. Jo 15.8 = FRUTIFICA

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Lição 27

O Evangelho do Reino A igreja evangélica está equivocada em muitas práticas, por causa do evangelho que prega, que também é equivocado. O manual utilizado nestes dias não é o mesmo da igreja de Atos. Lc 16.16 = “A lei e os profetas vigoraram até João Batista. A partir daí é anunciado o Evangelho do Reino...” As confusões hoje nas denominações se dá pela utilização do Velho Testamento como fonte de informação. Todos os mandamentos dados por Deus, através de Moisés aos judeus visava a edificação de uma nação. Hoje Deus está edificando Sua igreja, a noiva do Cordeiro. Para a nação de Israel, Salomão construiu um templo, onde Deus visitaria, a qual foi chamada “casa de oração”. Hoje, a Palavra afirma: At 7:48 – “O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens”. (ver 1Co 6.19). No Novo Testamento não há uma referência sequer de discípulos que tenham construído algum templo para se reunirem, como igreja. O Velho Testamento era apenas a sombra das coisas que deveriam vir. Hoje já não nos serve como parâmetro a ser seguido. Hb 1.1-2 – “...hoje nos fala pelo Filho” At 2.42 - “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...” Jesus veio pregando o Evangelho do Reino Mt 4.23; 9.35; Mc 1.14,15; Lc 4.43; 8.1; 9.60 CONCEITO Para entendermos o que é Evangelho do Reino, precisamos compreender qual é o pecado do homem. O problema do homem com Deus não está nas coisas erradas que faz, mas na atitude interior de independência e rebelião. Os pecados cometidos (mentira, homicídios, furtos, etc) são consequências da atitude interior de independência. Com o pecado, Adão e toda sua descendência passou a ter o seu EU no governo de sua vida. Passou a viver para si, para sua autosatisfação. 93


Isso tornou o homem inútil para Deus O Evangelho do Reino é a solução para a queda do homem. Ele anuncia um Rei, um Senhor. O Evangelho do Reino é o evangelho que está baseado no Senhorio de Cristo Jesus, e não nas necessidades do homem. Ele produz o fim da rebelião e da independência do homem. CONTEÚDO DO EVANGELHO PREGADO POR JESUS Mc 8.34-35; Lc 14.26 e 33 Paulo compreendeu bem qual a mensagem que deveria transmitir: 1Co 1.17-18; Gl 6.14 = “...na cruz de Cristo...através da qual estou crucificado para o mundo...” O Evangelho do Reino é a mensagem da morte do homem, sua crucificação, e o anúncio de um novo Rei, Senhor e dono. No Eden o homem quis ser Deus, dono de si mesmo. O Ev. Reino é a proclamação de que o homem deve morrer, estar crucificado para o mundo; deve negar a si mesmo, renunciar a tudo quanto tem ou venha a ter - para que Jesus se torne o Senhor de sua vida; o dono; o que manda. APLICAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO O E.R. não é para ser pregado apenas, mas, principalmente, deve ser aplicado. A aplicação do E.R., em primeiro lugar, deve ser em minha vida. Para eu me tornar um discípulo de Cristo devo estar submisso a Ele. Se Ele é o Senhor, o que manda, o que dá as ordens, eu sou o que se submete totalmente. A submissão não é uma opção, mas condição para ser salvo. Ela não é um alvo, mas está na porta de entrada do Reino de Deus. Jesus aplicou o Evangelho do Reino. Mc 10.17-23 = O jovem rico tinha um problema sério que o impediria de seguir incondicionalmente o Senhor: suas riquezas. Jesus aplicou o E.R. estabelecendo que para segui-lo primeiro deveria vender tudo o que possuia e dar aos pobres. Lc 9.57-58

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Resumo

O Evangelho do Reino A igreja evangélica está equivocada em muitas práticas, por causa do evangelho que prega, que também é equivocado. A Lei e os Profetas vigoraram até João Batista. A partir daí vigora o EVANGELHO DO REINO. Jesus veio pregando o Evangelho do Reino O Evangelho do Reino anuncia um Rei, um Senhor. O Evangelho do Reino é o evangelho que está baseado no Senhorio de Cristo Jesus, e não nas necessidades do homem. Ele produz o fim da rebelião e da independência do homem. CONTEÚDO DO EVANGELHO PREGADO POR JESUS O Evangelho do Reino é a mensagem da morte do homem, de sua crucificação, e o anúncio de um novo Rei, Senhor e dono. O ER é a proclamação de que o homem deve morrer, estar crucificado para o mundo; deve negar a si mesmo (seus gostos, vontades, idéias, sabedoria, sentimentos), renunciar a tudo quanto tem ou venha a ter - para que Jesus se torne o Senhor de sua vida; o dono; o que manda. O E.R. não é para ser pregado apenas, mas, principalmente, deve ser aplicado. A aplicação do E.R., em primeiro lugar, deve ser em minha vida. Jesus aplicou o E.R. Ex. O jovem rico.

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Lição 28

Princípios Absolutos da Obra 1. O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS

Ninguém pode questionar Rm 8.28-29. Se queremos cooperar com Deus, temos que trabalhar em função disto. Não podemos trabalhar para salvar muita gente, encher o salão, mantê-los na igreja, ter um trabalho grande e reconhecido,, etc. Se não trabalhamos como Paulo (Cl 1.28; Ef 4.13), não cooperamos com Deus de maneira completa. 2. JESUS É O NOSSO ÚNICO PONTO DE REFERÊNCIA.

Não devemos olhar somente para Jesus na cruz, na ressurreição ou no trono. Devemos olhar para o Jesus obreiro, sua maneira de operar, sua estratégia de ação. Os homens de sucesso não servem como ponto de referência. Apenas na medida em que eles seguem a Jesus (Mt 17.1-5; Hb 1.1-3). 3. A PALAVRA APOSTÓLICA É A NOSSA ÚNICA FONTE DE INFORMAÇÃO.

O V.T. é útil (2 Tm 3.16) mas não serve como base. O V.T. contém as sombras e figuras (Cl 22.16-17; Hb 8.5; 9.23; 10.1), mas o N.T. contém a realidade que é JESUS e a IGREJA. Se quiséssemos edificar uma nação terrena, deveríamos buscar os princípios no V.T., mas a igreja é uma nação celestial (Ef 2.6; Hb 12.22) e os princípios para sua edificação estão no N.T. (Gl 4.8-11). 4. A ORDEM DE JESUS É QUE FAÇAMOS DISCÍPULOS.

Mt 28.18-20. Para entendermos que obra é esta é preciso ver no N.T.: a)- O que era um discípulo para Jesus (Lc 14.26-27; 14.33; Jo 8.31; 13.34,35;); b)- Como Jesus fazia discípulos, a mensagem pregava e que condições colocava (Mt 4.18-19; 9.9; 19.16-22; Lc 9.57-62; 14.26-33); c)- Como ele cuidava dos discípulos (Mc 3.14; Jo 17; Mt 5.1-2). Não consideremos esta maneira de Jesus trabalhar como relativo: devemos fazer como ele fez. 5. A ÚNICA PREGAÇÃO QUE FORMA DISCÍPULOS É A DO EVANGELHO DO REINO

Temos que conhecer bem a diferença entre o evangelho do reino e o evangelho de ofertas. Se pregamos salvação sem as condições do discipulado não vamos formar discípulos, mas um ajuntamento de gente sem compromisso e submissão a Deus. 96


6. A ESTRATÉGIA DE DEUS PARA CUMPRIR O PROPÓSITO É O SERVIÇO DOS SANTOS

Se não entendemos bem Ef 4.11-16, podemos até juntar muita gente, mas nunca amos cooperar a fundo com o propósito de Deus revelado em Rm 8.28-29; Ef 4.13. 7. TODO RECONHECIMENTO DO MINISTÉRIO DEVE SER PELO FRUTO DO SERVIÇO

Mt 7.16 - Deve haver fruto de vidas alcançadas, transformadas, edificadas, para que alguém vá crescendo no ministério. Nos setores mais tradicionais da igreja o reconhecimento vem através de um curso teológico. Nos setores chamados "renovados" o reconhecimento é pelo carisma, ou pela eloquência no ensino. Nos tempos do N.T. os presbíteros surgiam no seio da igreja, e eram reconhecidos por sua vida reta e pelo serviço (Tt 1.5-9). 8. OS PASTORES E OUTROS LIDERES DEVEM SER E FAZER TUDO AQUILO QUE QUEREM QUE OS DEMAIS DISCÍPULOS SEJAM E FAÇAM

At 1.1; Hb 5.1-3 - Devem ser o exemplo, não apenas quanto a sua santidade pessoal, mas também quanto ao serviço. Devem se relacionar nas juntas e ligamentos, pregar o evangelho, fazer discípulos, edificá-los, formar igrejas nos lares etc. 9. TODO ENSINO SIMPLICIDADE

E

ESTRUTURA

DEVE

SE

MANTER

NA

2 Co 11.3 - Não devemos ter um "pacote" muito grande. Paulo deu todo o conselho de Deus aos Efésios em apenas três anos (At 20.27). Jesus mandou guardar todas as coisas (não toda a bíblia). Se a igreja está cheia de intelectualismo bíblico ou está sempre atras de novidades, será muito difícil edificar discípulos. A novidade na igreja é que o amor e a obediência aumentam, e muitos novos se convertem ao Senhor. 10. TUDO ISTO SE FAZ NAS CASAS (At 2.46; 5.42; Rm 16.10,14,15;

1Co 16.15,19). O Espírito Santo levou a Igreja para as casas, não para fazerem reunioezinhas com oração, cântico e pregação, mas para serem tudo o que a igreja deve ser (principalmente desenvolver o ministério dos santos). Em grandes reuniões, com muita gente, não se pode ordenar os santos para o seu ministério. Por isso devemos nos reunir nas casas, em grupos pequenos. PRINCÍPIOS ABSOLUTOS ESPECÍFICOS DO GRUPO CASEIRO 97


1. QUE SEJAM GRUPOS PEQUENOS

Nem sempre é possível manter os grupos pequenos como se gostaria por causa da lentidão em formar novos líderes. Mas devemos fazer todo o esforço nesta direção porque com muita gente é muito difícil supervisionar concretamente todos os ministérios do grupo. 2. QUE TODOS DO GRUPO ENTENDAM QUAL É A OBRA DO GRUPO

Devem ter uma mente libertada do reunionismo. Devem entender que a principal obra não é a que é feita no encontro do grupo, mas a que é feita durante toda a semana, por todos os integrantes do grupo (isto é, o companheirismo, o evangelismo nas ruas, as visitas aos contatos, o cuidado dos discípulos, os encontros com os discipuladores, os encontros com o núcleo do grupo, os encontros de liderança). 3. QUE OS LIDERES SEJAM FORMADOS EM TUDO AQUILO QUE DEVEM PRODUZIR NOS GRUPOS.

Se alguém não tem uma sólida experiência de companheirismo, evangelismo, edificação de discípulos e formação de discipuladores, como vai levar o grupo a ter esta experiência? 4. QUE SE TRABALHE POR NÍVEIS.

Isto porque Jesus é o modelo da obra, e ele trabalhava por níveis (tinha as multidões, os 500, os 120, os 70, os 12, e entre estes Pedro, João e Tiago). Para cada nível corresponde uma intensidade de acompanhamento. Cada igreja deve procurar a melhor maneira de fazê-lo. Mas quem não distingue níveis no grupo está deixando de lado um princípio absoluto, que percebemos no ministério de Jesus. 5. QUE O ENCONTRO DO GRUPO SEJA CHEIO DE PARTICIPAÇÃO.

Os discípulos que fazem parte do grupo não apenas devem trabalhar durante a semana mas durante os encontros, devem participar com suas orações, testemunhos etc. 6. QUE HAJA TRABALHO NA RUA

Mt 5.1 - Jesus passou a maior parte do seu ministério nas ruas. Mesmo quando edificava os discípulos estava na rua. Isto cria ampla possibilidade de evangelismo. Discípulos medrosos que querem sempre ficar dentro de casa dificilmente vão dar continuidade a obra. Devemos sair em grupos ou com o companheiro, de todas as formas e em todas as oportunidades possíveis.

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Resumo

Princípios Absolutos da Obra 1. O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS 2. JESUS É O NOSSO ÚNICO PONTO DE REFERÊNCIA. 3. A PALAVRA APOSTÓLICA É A NOSSA ÚNICA FONTE DE INFORMAÇÃO. 4. A ORDEM DE JESUS É QUE FAÇAMOS DISCÍPULOS. 5. A ÚNICA PREGAÇÃO QUE FORMA DISCÍPULOS É A DO EVANGELHO DO REINO 6. A ESTRATÉGIA DE DEUS PARA CUMPRIR O PROPÓSITO É O SERVIÇO DOS SANTOS 7. TODO RECONHECIMENTO DO MINISTÉRIO DEVE SER PELO FRUTO DO SERVIÇO 8. OS PASTORES E OUTROS LIDERES DEVEM SER E FAZER TUDO AQUILO QUE QUEREM QUE OS DEMAIS DISCÍPULOS SEJAM E FAÇAM 9. TODO ENSINO E ESTRUTURA DEVE SE MANTER NA SIMPLICIDADE 10. TUDO ISTO SE FAZ NAS CASAS (At 2.46; 5.42; Rm 16.10,14,15; 1Co 16.15,19). PRINCÍPIOS ABSOLUTOS ESPECÍFICOS DO GRUPO CASEIRO 1. QUE SEJAM GRUPOS PEQUENOS 2. QUE TODOS DO GRUPO ENTENDAM QUAL É A OBRA DO GRUPO 3. QUE OS LIDERES SEJAM FORMADOS EM TUDO AQUILO QUE DEVEM PRODUZIR NOS GRUPOS. 4. QUE SE TRABALHE POR NÍVEIS. 5.

QUE O ENCONTRO PARTICIPAÇÃO.

DO

6. QUE HAJA TRABALHO NA RUA 99

GRUPO

SEJA

CHEIO

DE


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Parte

6

A Volta do Senhor

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Lição 29

Sinais que precedem a volta do Senhor A- SINAIS QUE JÁ OCORRERAM A GRANDE TRIBULAÇÃO DE MT 24 Em Mt 24:3 há três perguntas: 1. quando sucederá a destruição do templo? 2. que sinal haverá da vinda do Senhor? 3. que sinal haverá do fim do século? A segunda pergunta - sinal da vinda do Senhor - é respondida em Mt 24:29-31; Mc 13:24-27 e Lc 21:25-28 A terceira pergunta - sinal do fim do século - é respondida em Lc 21:8-11; Mt 24:4-14; Mc 13:5-8. A primeira pergunta é respondida em Mt 24:15-22; Mc 13:14-23; e Lc 21:12-24. Muitos escritores acham que a Grande Tribulação registrada em Mt 24 e Daniel 9.26-27 ainda irá ocorrer. Verifica-se que a linguagem utilizada por Marcos (Mc13.14-23) é idêntica a de Mateus (24.15-22). Ambos fazem referência a Daniel 9.26-27. Mt 24.15 = “...quando virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel...” Lucas escreveu o evangelho procurando por em ordem os acontecimentos e os relatos (Lc 1.3-4). Lucas 21:20-24. É o mesmo relato descrito por Marcos e Mateus. Entretanto, Lucas esclarece que a abominação da desolação na verdade é “quando virdes Jerusalém sitiada de exércitos”. E continua narrando a “Diáspora”, já ocorrida no ano 40 depois da ressurreição (70 A.D.). Tito sitiou Jerusalém por longo período ninguém entrava nem saía da cidade; os que saíam morriam a fio da espada. Muitos morreram de fome. Flavio Josefo, um historiador, conta que os habitantes de Jerusalém ficavam esperando algum velho morrer para se alimentarem de seu corpo; o mesmo acontecia com os recém nascidos (por isso a observação "ai das grávidas"). Os judeus caíram ao fio da espada, foram levados cativos para todas as nações (a "Diáspora") (Lc 21:24). Em 1948 foi reconhecida 101


a nação de Israel e em 07.06.67, Jerusalém foi reconquistada pelos judeus, cumprindo-se, assim, o final do versículo 24: "até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles". Em 1967 se completou os tempos dos gentios. Assim, podemos afirmar que a última semana de Daniel, que muitos aguardam, na verdade já se passou. B – SINAIS QUE ESTÃO ACONTECENDO

1. PERTURBAÇÕES CÓSMICAS muito particulares que estão acontecendo: vulcões, terremotos, camada de ozônio destruída, efeito El Ninho etc. As estatísticas mostram um crescimento destes fatos.

2. DEGRADAÇÃO MORAL, como nunca antes houve(2Tm 3:1-5) 3. GLOBALIZAÇÃO DA TERRA - preparação para a vinda do anticristo, o homem do pecado, a besta, o iníquo, o diabo. As nações se unem para que haja um governante (Daniel 7.24-27). C – SINAIS QUE IRÃO ACONTECER - 2 Ts 2:1-8

1. O ANTI-CRISTO - Ap 13:1-10 = Este anti-cristo governará a terra por 42 meses e receberá o trono, o poder do diabo. “...se lhe deu que falasse grandes coisas, que perseguisse o povo de Deus, e fará a imagem que fala e se move, e haverá um falso profeta que pregará diante dele às nações”. O falso profeta (Ap 13:11-18) fará uma estátua do anti-cristo para ser adorada. Estabelecerá um número (666) sem o qual ninguém compra e nem vende. A manifestação do Anti-Cristo depende de que seja “afastado o que agora o detém” (2Ts 2.7). Muitos interpretam que o Espírito Santo ou a Igreja é quem detém o anti-cristo e devem sair da terra para que o mesmo se manifeste. Isso vai contra a Palavra do Senhor, muito clara no sentido de que a Igreja estará aqui na terra quando o anti-cristo estiver reinando (Ap 13.7). E se a igreja estiver aqui, por óbvio, o Espírito Santo não poderá se ausentar. Na verdade, para sabermos quem detém o anti-cristo precisamos saber quem dará condições para que ele se manifeste. Em Ap 13.2 diz que “O dragão (diabo) deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade”. Isto quer dizer que, enquanto o diabo não der o seu poder, seu trono e autoridade estará detendo a manifestação do anti-cristo. Então, aguarda-se apenas que o diabo seja afastado. A outra pergunta a ser feita é: De onde o diabo deverá ser afastado? Na palavra não diz que tem que ser afastado da terra. A resposta é: do Céu. Ap 102


12.7-12. Nessa passagem podemos ver que haverá uma peleja entre Miguel e o diabo e este será expulso do céu. Não haverá mais lugar para ele ir lá acusar os santos diante de Deus. Com as portas do céu fechadas e não tendo ele mais condições de nos acusar diante de Deus, sendo precipitado para a terra, sabendo que lhe resta pouco tempo antes da vinda de Jesus, acabará transferindo a um homem o seu poder, seu trono e autoridade, para que através dele o próprio diabo seja adorado.

2. A APOSTASIA - muitos deixarão o Senhor (2 Ts 2.3), provavelmente por causa do número da besta e com medo de morrer por não adorar a sua estátua e por causa da tribulação que sobrevirá sobre a igreja, que será perseguida: Ap 13:7 = "Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse..." Dn 7.19-22 "...fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles... ".

3. SINAIS NOS CEUS E NA TERRA- Mt 24:29-30 "...o sol escurecerá, a lua não dará sua claridade, as estrelas cairão ... os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem..." Mc 13:24-27 e Lc 21:25-27. Ap 6:12-17 = "...sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro...a lua toda como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra...e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares..." Zac 14:5-7 = "... não haverá luz, mas frio e gelo..." Is 24:18-23 "...a terra violentamente se moverá. A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir... "

4. A PELEJA DAS NAÇOES CONTRA ISRAEL - Zac 14:1-3 = “...porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém...” v. 12-16 = “...todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém...” Joel 3:9-15 = “...o Dia do Senhor está perto, no vale da Decisão. O sol e a lua...” Ap 16:12-16 = “...se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus...” 5. AS DUAS TESTEMUNHAS – Ap 11.3-14 Atuarão no mesmo período que o anti cristo e falso profeta = lançarão praga sobre a terra; fecharão o céu para que não chova.

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Resumo

Sinais que precedem a volta do Senhor A - SINAIS QUE JÁ OCORRERAM A GRANDE TRIBULAÇÃO DE MT 24 – A ULTIMA SEMANA DE DANIEL B – SINAIS QUE ESTÃO ACONTECENDO 1. PERTURBAÇÕES CÓSMICAS 2. DEGRADAÇÃO MORAL 3. GLOBALIZAÇÃO DA TERRA C – SINAIS QUE IRÃO ACONTECER 1. 2. 3. 4. 5.

O ANTI-CRISTO A APOSTASIA SINAIS NOS CEUS E NA TERRA A PELEJA DAS NAÇOES CONTRA ISRAEL AS DUAS TESTEMUNHAS

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Lição 30

A subida da Igreja e a volta do Senhor 1 Ts 4:16-17 = “Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim, estaremos para sempre com o Senhor”. 1 Co 15:51-52 = “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar d’olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Zac 14:5 = “...então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos, com ele”. 2 Ts 2:1 = “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele...” Mt 24:30 = “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. Antes do Senhor voltar à terra para estabelecer um reinado de mil anos, a Igreja se reunirá com Ele no céu. O dia e hora em que isso ocorrerá ninguém sabe. É certo que os mortos ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16-17). Depois de um determinado tempo, não revelado na palavra, a Igreja dos vivos também se reunirá com o Senhor. Será uma transformação instantânea do corpo – num abrir e fechar de olhos. Depois que toda a Igreja estiver reunida com o Senhor, lá no céu, então o Senhor Jesus voltará, juntamente com sua Igreja (Zc 14.5). O Senhor socorrerá Jerusalém, que estará sitiada de exércitos de todas as nações – Ele aniquilará a todos os que guerrearem contra Jerusalém (Zc 14.1-13). O anti-cristo e o falso profeta serão mortos por Jesus (2Ts 2.8), os quais rescussitarão imediatamente para serem lançados vivos no lago de fogo (Ap 19:20). 105


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Resumo

A subida da Igreja e a volta do Senhor Antes do Senhor voltar à terra para estabelecer um reinado de mil anos, a Igreja se reunirá com Ele no céu. Os mortos (em Cristo) ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16-17). Depois, os vivos (que estão em Cristo) serão transformados. Jesus, e toda a Igreja, voltarão. O Senhor socorrerá Jerusalém, que estará sitiada de exércitos. O anti-cristo e o falso profeta serão mortos por Jesus (2Ts 2.8), os quais rescussitarão imediatamente para serem lançados vivos no lago de fogo (Ap 19:20).

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Lição 31

O Milênio e o Juízo Final MILÊNIO O diabo será preso e lançado no abismo por mil anos (Ap 20:1-3). Jesus e os santos (Ap 2.26-27) reinarão em Jerusalém, por mil anos. Isaías 2:2-4 e Miqueias 4:1-5 = “nos últimos dias acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão:...para que nos ensine os seus caminhos...Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações...converterão suas espadas em podadeiras...” – VER Isaias 33.20-24; O número de homens será pequeno sobre a terra: Isaías 4:1 “Sete mulheres naquele dia lançará mão dum homem” A natureza estará livre e os animais serão mansos: Rm 8:19; Isaías 11.4-10; Zac 14.16-17; Isaias 66.23-24 Todos os anos as nações deverão subir até Jerusalém para adorar o Senhor Jesus e celebrar a festa dos tabernáculos (Zc 14.16). A DESTRUIÇÃO DA TERRA - MORTE DOS ÍMPIOS Terminado os mil anos, Satanás será solto e sairá a enganar as nações e reuni-las para batalhar contra Jesus e contra os santos. Acamparão em redor de Jerusalém. Então, fogo descerá do céu e consumirá a todos - ver Ap 20:7-10 O diabo será lançado no lago de fogo, onde já se encontram o anti-cristo e o falso profeta. O JUIZO FINAL Todos os mortos, desde Adão até os que rodearam Jerusalém para batalhar contra Jesus, ressuscitarão (essa é a SEGUNDA RESSURREIÇÃO) e serão julgados de acordo com suas obras escritas em livros nos céus (Ap 20:12). A morte e o inferno são lançados no lago de fogo (que é a segunda morte) - Ap 20:14. 107


Todos os que de alguma forma ouviram a respeito de Jesus e não creram serão lançados no lago de fogo, e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos (Ap 20:final do v.10; e Ap 21:8). Alguns que nunca ouviram falar a respeito do reino de Deus, nem de Jesus, e, de acordo com sua consciência tiveram uma vida piedosa, não sendo covardes, incrédulos etc. (Ap.21.8) terão seus nomes escritos no livro da vida (Ap 20:15) e habitarão uma nova terra, porém, longe da presença de Deus e da Igreja. Essas pessoas formarão nações que receberão a luz que vem da Nova Jerusalém. Essas nações levarão a glória e a sua honra para os habitantes da Nova Jerusalém, porém não entrarão nela (Ap 21:24-27). Na nova Jerusalém haverá uma árvore, cujas folhas servirão para cura das nações (Ap 22:2). Todos os que participaram da primeira ressurreição, ou seja, todos os que subiram a encontrar Jesus nos ares quando de sua vinda, não passarão pelo juízo descrito em Ap 20:11-15. Todos esses tiveram seus nomes lançados no livro da vida do Cordeiro (Ap 21:27) e habitarão a Nova Jerusalém (Ap 21:9-23).

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Resumo

O Milênio e o Juízo Final MILÊNIO O diabo será preso e lançado no abismo por mil anos. Jesus e os santos reinarão em Jerusalém, por mil anos. O número de homens será pequeno sobre a terra: A natureza estará livre e os animais serão mansos. Todos os anos as nações deverão subir até Jerusalém para adorar o Senhor Jesus e celebrar a festa dos tabernáculos. A DESTRUIÇÃO DA TERRA - MORTE DOS ÍMPIOS Terminado os mil anos, Satanás será solto e sairá a enganar as nações e reuni-las para batalhar contra Jesus e contra os santos. Fogo descerá do céu e consumirá a todos. O diabo será lançado no lago de fogo, onde já se encontram o anti-cristo e o falso profeta. O JUIZO FINAL Os que morreram sem Cristo ressuscitarão e serão julgados. A morte e o inferno são lançados no lago de fogo. Todos os que de alguma forma ouviram a respeito de Jesus e não creram serão lançados no lago de fogo. Alguns que nunca ouviram falar a respeito do reino de Deus, nem de Jesus, e, de acordo com sua consciência tiveram uma vida piedosa, não sendo covardes, incrédulos etc. (Ap.21.8) terão seus nomes escritos no livro da vida (Ap 20:15) e habitarão uma nova terra, porém, longe da presença de Deus e da Igreja. Essas pessoas formarão nações que receberão a luz que vem da Nova Jerusalém. Essas nações levarão a glória e a sua honra para os habitantes da Nova Jerusalém, porém não entrarão nela (Ap 21:24-27). Na nova Jerusalém haverá uma árvore, cujas folhas servirão para cura das nações (Ap 22:2). 109


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Parte

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Orientações aos Discipuladores

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Lição 32

Características de um Discipulador 1. Ter um coração de Pai. A ligação de Jesus com seus discípulos não era simples encargo ou trabalho. Era um laço forte e profundo. Eles faziam parte da sua vida. Eram como seus filhos. Jo 17.6,11,12 “...Eram teus, tu mos confiaste ... quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu.” Este tem que ser também nosso sentimento e postura para com nossos discípulos: guardá-los e protegê-los em nome de Jesus. Não podemos perder nenhum deles. Em Lucas 15 estão registradas as parábolas da Ovelha Perdida, Dracma Perdida e Filho Prógido. Cada uma delas ilustra uma situação diferente de perda. A ovelha se perdeu pela fraqueza, debilidade ou fragilidade da própria ovelha. A dracma foi perdida por deficiência ou descuido do responsável por ela. A dracma não se perde sozinha. O Filho pródigo se rebelou e abandonou o lar. Nas duas primeiras, a ação de quem cuida foi a de ir atrás da perdida, procurar, buscar com zelo até encontrar. Na terceira o pai ficou esperando. Porém, nas três situações o sentimento era de perda, amor e desejo intenso de encontrar de volta. Primeiro devemos fazer um esforço para evitar que alguém se perca. Mas, se algum deles se afastar, façamos todos os esforços para traze-lo de volta. Paulo tinha um coração de pai. Gl 4.19 “...meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto...” 2Co 11.2 “...zelo por vós com zelo de Deus...” Cl 1.24-29 “...advertindo a todo homem e ensinando...” 2. Ter um esforço de Oração pelos Discípulos

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A obra de fazer discípulos é espiritual. Não se pode fazer com recursos humanos. A oração é recurso ilimitado para esse trabalho. A oração é o trabalho mais produtivo, fundamental e eficaz do discipulador. É o trabalho que exige mais fé, porque a sua ação é invisível. Ninguém vê. Por isso, às vezes, corremos o risco de achar que só quando estamos com os discípulos dando uma palavra ou um conselho, é que estamos fazendo a obra. Jesus nos deu o exemplo. Mesmo com sua graça e poder, sabia da necessidade e importância da intercessão. Jo 17.9,11,15,17. Lc 22.31-32 “...Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça”.

Paulo também é um exemplo nessa área: Rm 1.9-10; Ef 1.16; Fp 1.4; Cl 1.9; 1Ts 1.2-3; 2Tm 1.3 O Espírito Santo nos exorta: “... toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). Uma frase de Thozer, adaptada por Benito: “Nunca deveríamos falar da parte de Deus ao discípulo sem primeiro ter falado do discípulo a Deus”.

3. Dar a Palavra de Deus O ensino da Palavra de Deus é o ministério central no discipulado. No grego: discípulo = mathete = aprendiz; Mestre = didáskalos = ensinador (Discipulador). Discipulador que não ensina a Palavra não é discipulador. O que vai edificar o discípulo é a Palavra de Deus. Jesus nunca deixou de dar a Palavra de Deus aos discípulos: Jo 17.6,8,14,17. Ensino de Formação: uma alimentação normal que dará crescimento e saúde futura; é um pacote de ensinamentos indispensáveis (damos o nome de Sã Doutrina). Ensino de Crise: é uma medicação para enfermo; orientações especiais para dificuldade específica pela qual passa o discípulo. Kerigma: é a pregação das verdades que constituem a base da fé. Ex: capítulos 3, 4, 5, 6, 7, 8 de Romanos. Kerigma é para ser crido. Ele mesmo produz fé no coração do discípulo. Didaquê: é a doutrina, o conjunto de mandamentos práticos para a vida do discípulo. Ex: Rm 12. Ele é essencial para formar o 112


caráter do discípulo. O Didaquê é para ser obedecido. Ele direciona à obediência do discípulo. Um discípulo precisa receber abundantemente Kerigma e Didaquê. Se receber muito Kerigma e pouco Didaquê, será cheio de fé e ânimo, mas sem direção para sua vida e com dificuldades em seu caráter. Se receber muito Didaquê e pouco Kerigma, será alguém com muito conhecimento do padrão que deve viver, mas sem fé, nem ânimo para praticar o elevado padrão. O kerigma é a agulha que vai abrindo o caminho ao costurar, e o Didaquê é a linha que vai matendo unido tudo por onde a agulha passou. Não se pode abrir mão nem de um, nem de outro.

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Resumo

Características de um Discipulador 1. Ter um coração de Pai. A ligação de Jesus com seus discípulos não era simples encargo ou trabalho. Era um laço forte e profundo. Eles faziam parte da sua vida. Eram como seus filhos. 2. Ter um esforço de Oração pelos Discípulos A obra de fazer discípulos é espiritual. Não se pode fazer com recursos humanos. A oração é recurso ilimitado para esse trabalho. A oração é o trabalho mais produtivo, fundamental e eficaz do discipulador. Uma frase de Thozer, adaptada por Benito: “Nunca deveríamos falar da parte de Deus ao discípulo sem primeiro ter falado do discípulo a Deus”. 3. Dar a Palavra de Deus O ensino da Palavra de Deus é o ministério central no discipulado. Discipulador que não ensina a Palavra não é discipulador. O que vai edificar o discípulo é a Palavra de Deus. Ensino de Formação: é a Sã Doutrina ensinada dia a dia ao discípulo, de forma ordenada. Ensino de Crise: ministração de um tema específico, para tirar o discípulo de uma crise. Kerigma: é a pregação das verdades que constituem a base da fé. Kerigma é para ser crido. Didaquê: é a doutrina, o conjunto de mandamentos práticos para a vida do discípulo. O Didaquê é para ser obedecido

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Lição 33

Orientações gerais 1. DISCIPULADO NÃO É REUNIÃO. É RELACIONAMENTO. Trata-se de um vínculo forte, pessoal e intenso entre o discípulo e o discipulador. Assim era o discipulado de Jesus: Jo 1.38-39 - “...vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia...” Mc 3.14 - “Então, designou doze para estarem com ele...”

Jesus não tinha uma sala de reunião. Ele ensinava aonde Ele vivia. Um discipulador ensina em todo tempo, em todo lugar, com sua vida e com a palavra. Um discípulo aprende vendo, ouvindo e perguntando. 2. TRËS TIPOS DE DISCÍPULOS. “Exortama-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.” (1Ts 5.14)

A função básica de um médico é reconhecer bem cada tipo de doença e saber dar o tratamento correto. Paulo mostra que há três tipos de doentes na igreja, e para cada um deles há um remédio correto: - admoesteis os insubmissos - consoleis os desanimados - ampareis os fracos a) Os insubmissos: os que tem uma atitude interior de rebelião, não reconhecem autoridade sobre si. Precisam ser corrigidos firmemente. Atenção: nem todo desobediente a uma orientação é um insubmisso. Pode ser um fraco ou desanimado. b) Os desanimados: desânimo é um estado emocional momentâneo e circunstancial, que qualquer um pode passar. O desanimado precisa de consolo. Consolo, muitas vezes, é uma 115


palavra de ânimo, colocando-se ao lado, proclamando a verdade e procurando gerar fé em seu coração. c) Os fracos: são os que desde o início da fé, mesmo tendo o desejo sincero de seguir a Cristo, tem debilidades e deficiências em sua vida como discípulos. Eles reconhecem seus erros e aceitam a correção. Não é um rebelde. Precisam ser amparados. Amparo quer dizer, suporte e ajuda. É necessário emprestar-lhe força. Às vezes, precisa ser carregado nos ombros. 3. TIPOS DE PALAVRA E NÍVEIS DE AUTORIDADE. O discipulador dá 3 tipos diferentes de palavra aos discípulos: - Palavra de Deus - Conselho - Opinião Para cada uma dessas palavras deve haver um tipo de reação: a) Palavra de Deus (1Co 7.10) – Submissão Absoluta É toda palavra ou princípio claramente enunciado nas Escrituras. b) Conselho (1Co 7.12) – Submissão Relativa É toda orientação importante dada para a vida de um discípulo, que não esteja explicitamente enunciada nas Escrituras. c) Opinião (1Co 7.40) – Nenhuma submissão É toda orientação ou sugestão advinda da opinião ou gosto do discipulador. 4. FIRMEZA e BRANDURA “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem...” (2Tm 2.24-26) “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura... (Gl 6.1)

O discipulador deve ser firme, não deixar de corrigir os erros do discípulo. Porém, não pode tratar o discípulo de forma carnal, áspera e rude. O texto acima diz que deve ser paciente, sem briga. Deve ser brando. Brando não é frouxo. É firme, mas cordial e amoroso. Deve tratar com respeito, sem ira.

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Resumo

Orientações gerais 1. DISCIPULADO NÃO É REUNIÃO. É RELACIONAMENTO. Trata-se de um vínculo forte, pessoal e intenso entre o discípulo e o discipulador. Um discipulador ensina em todo tempo, em todo lugar, com sua vida e com a palavra. Um discípulo aprende vendo, ouvindo e perguntando. 2. TRËS TIPOS DE DISCÍPULOS. - admoesteis os insubmissos - consoleis os desanimados - ampareis os fracos a) Os insubmissos: os que tem uma atitude interior de rebelião, não reconhecem autoridade sobre si. b) Os desanimados: desânimo é um estado emocional momentâneo e circunstancial, que qualquer um pode passar. c) Os fracos: são os que desde o início da fé, mesmo tendo o desejo sincero de seguir a Cristo, tem debilidades e deficiências em sua vida como discípulos. Eles reconhecem seus erros e aceitam a correção. Não é um rebelde. 3. TIPOS DE PALAVRA E NÍVEIS DE AUTORIDADE. a) Palavra de Deus (1Co 7.10) – Submissão Absoluta b) Conselho (1Co 7.12) – Submissão Relativa c) Opinião (1Co 7.40) – Nenhuma submissão 4. FIRMEZA e BRANDURA O discipulador deve ser firme, não deixar de corrigir os erros do discípulo. Porém, não pode tratar o discípulo de forma carnal, áspera e rude.

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