N1 2013 2014

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EDITORIAL FRATERNIDADE

O Natal aproxima-se e uma tensão tendente para o bem faz-se sentir por toda a parte. Na sociedade refulge um excesso de bondade que é captado como se se tratasse de luzes e enfeites garridos. Dilata-se uma generosidade, infelizmente, não encontrada antes. É tempo de dar, de ajudar, de reconhecer o outro, enfim, de ser irmão no sentido mais cristão da palavra. O próprio jornal do Agrupamento, nesta edição estreante do novo ano letivo, pretende ser uma espécie de presente de Natal para todos nós. Nesta edição gostaria de refletir sobre a palavra “irmão”, um termo cristão por excelência, que revela a capacidade pura e desinteressada de amar. Porém gostaria de o fazer, puxando a brasa à minha sardinha, apelando a algumas histórias, do Evangelho, míticas e literárias, que neste contexto apetece lembrar. É com um sentimento contraditório que podemos relembrar que na nossa civilização, tanto na História civil como na História sagrada se parte de um fratricídio. Os filhos de Adão e Eva, Abel e Caim protagonizam uma história aterradora, na qual Caim mata seu irmão, por este ter tido mais sucesso com a oferenda que dirigiu a Deus, uma ovelha do seu rebanho, do que ele próprio que vê os seus frutos oferecidos preteridos. Desse modo, não aguenta os ciúmes do irmão, abrindo no Evangelho a história de um fratricídio, pelo qual se torna um ser errante, banido da sua terra por Deus. Saramago tantos séculos mais tarde, com o livro “Caim” vem reescrever esta mesma história, desenraizando-a do campo do Sagrado, mostrando friamente que a relação entre irmãos condensa todas as diversidades e contradições da Humanidade. De igual modo, encontramos no mito romano dos gémeos Rómulo e Remo, descendentes de Eneias, a mesma história de rancor e inveja entre irmãos, quando um deles se torna por algum motivo favorecido. Este mito romano conta que Rómulo foi o fundador de Roma, tendo sido eleito como tal através do sinal que recebeu quando se dirigiu ao Monte Palatino, avistando doze aves, ao invés de Remo, que avistou seis abutres no

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monte Aventino. Este favorecimento de Rómulo inspirou inveja a Remo que o gozou, ocasionando o seu assassinato pelo próprio irmão. Porém as histórias sobre irmãos não acabam na literatura, concedendo-nos que a aproximação de outras culturas e mundivisões se encontrem com as nossas. Deparamo-nos com um exemplo máximo de amor fraternal em “Antígona”, tragédia clássica da autoria de Sófocles. Este dramaturgo grego criou a irmã mais bela e emblemática que algum leitor jamais leu. Irmã de Isménia, Etéocles e Polinices, assiste à disputa dos seus dois irmãos pelo trono de Tebas deixado por Édipo rei, seu pai. Neste combate ambos morrem e quem assume o trono é o seu tio Creonte que vem proibi-la de enterrar o seu irmão Polinices, sob pena de morte, por ele ter vindo de Argos atacar a cidade. Relativamente ao irmão Etéocles, a este, seu tio fez todas as honras fúnebres. Ninguém fica indiferente ao ler tudo o que Antígona intentou a favor da cerimónia fúnebre de seu irmão Polinices. Tentando convencer o rei a sepultá-lo, sem conseguir convencê-lo, resolve ir contra a lei completamente sozinha e com as suas próprias mãos proceder à sepultação do cadáver caído por terra, rigorosamente vigiado. Na Grécia Antiga acreditava-se que quem não passasse depois da morte pelos rituais fúnebres devidos, teria a sua alma condenada a penar durante cem anos nas margens do rio que transportava as almas para o mundo dos mortos. Revoltada, poupou o irmão a essa condenação desonrosa, sem se importar com a lei do Homem uma vez que para si, “a lei da irmandade” ganha uma importância divina, apesar de não se encontrar escrita. É que o mais importante da moral não está realmente escrito como lei. Vem de dentro. Antígona paga, assim, com a vida, o amor e respeito incondicionais que revela pelo irmão, sendo sepultada viva a mando de seu tio. No romance de Miguel de Unamuno “A Tia Tula”, há uma história de duas irmãs, das quais Tula se destaca como a “mãe virgem” que cria os sobrinhos após a morte da irmã devido a um parto. A demonstração do respeito pela irmã falecida, passa por rejeitar o amor do cunhado mesmo sentindo que a sua vida é dedicada a ele e a seus filhos.O próprio Unamuno, no prefácio do romance, lastima o facto de não existir a palavra “sororidade” tal como a palavra tão cara “fraternidade”. Neste final de período letivo, tão próximo do Natal, fica, deste modo, a ideia de que o Homem deve investir, no século XXI, na aprendizagem da fraternidade (ou *sororidade), podendo sempre partir da literatura para a vida. Feliz Natal e boas leituras! Patrícia Fontinha


PALAVRAS DA DIRETORA AS COMPETÊNCIAS DO SÉCULO XXI

Com o advento e generalização das TIC, as empresas, as escolas e até os países iniciaram um processo de reflexão sobre as Novas Competências, exigidas por uma sociedade cada vez mais globalizada e onde a informação circula à velocidade de um clique. Podemos dizer que no espaço sócio-económico da União Europeia, ao qual pertencemos, existe um relativo consenso sobre este tema, que permite distinguir entre competências base e novas competências. As primeiras, reportam-se ao tradicional saber ler, escrever e contar; as segundas, implicam a aquisição de competências transversais que vão das novas TIC, passando pelo domínio de línguas estrangeiras, empreendedorismo e aptidões sociais, salientando o saber e ser capaz de trabalhar em equipa, o saber e ser capaz de competir de forma ética. Esta reflexão leva-nos a concluir que hoje, pelo menos nos países da União Europeia, a escola não se pode limitar ao papel de transmitir um conjunto de competências básicas, mas antes ajudar a formar cidadãos, com um conjunto complexo de competências que permitam promover, ou mesmo assegurar, a integração social e económica. Com efeito, essas “novas” competências devem permitir uma adequação contínua do indivíduo à sociedade, conferindo aos alunos as capacidades de inovação e de transformação social. Em síntese, para prepararmos os nossos alunos para as exigências do mercado de trabalho do século XXI, temos que apostar numa formação que sem descurar as competências básicas, tenha uma particular atenção com as “novas” competências. Ou seja, precisamos de cidadãos mais competentes de “base” e mais competentes nas componentes “novas”. As primeiras integram e são funcionais, as segundas permitem inovar e transformar. O grande desafio que se coloca ao sistema escolar, consiste precisamente nesta sincronização entre os instrumentos do ensino e aprendizagem e os ritmos da sociedade do século XXI, do capitalismo globalizado e desregulado, do hiperconsumismo, da revolução tecnológica e científica, que em vez de diminuir, está a aumentar as desigualdades entre os seres humanos. O sistema público de ensino tem a obrigação e o dever de continuar a lutar pela igualdade de oportunidades no acesso ao conhecimento e ao saber, porque nunca como hoje este fator (o conhecimento) foi tão importante para a total integração dos indivíduos na sociedade. Temos pois que desenvolver uma nova geração de estudantes e profissionais que seja capaz de pensar de forma independente e criativa, resolver problemas, trabalhar em equipa, cooperar, liderar e gerir projetos, fazer uso das novas tecnologias, mas sempre com profissionalismo e sentido ético. As competências e os hábitos de aprendizagem adquiridos na escola são essenciais para desenvolver novas competências para os novos empregos que os alunos virão a ocupar mais tarde na vida. A Diretora, Maria Margarida M. D. Cascarejo 3


EM DESTAQUE

EDUCAÇÃO ESPECIAL COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO Do dia 16 ao dia 18 de outubro, os alunos da Educação Especial (sala de apoio) realizaram uma exposição sobre o Dia Mundial da Alimentação. Nos dias que antecederam a exposição, pesquisamos na internet alimentos e receitas saudáveis, as consequências de uma má alimentação (obesidade e diabetes), alimentação saudável para adolescentes, regras da alimentação saudável e adivinhas sobre alimentos. Na área de trabalhos manuais, elaboramos uma roda dos alimentos, moldamos e pintamos frutos em relevo. Realizamos também uma exposição de frutos e sementes, alguns desconhecidos da comunidade educativa. Gostamos muito de ter desenvolvido esta atividade e achamos que todos os que a visitaram aprenderam algo de novo. Francisco, 7º A Marcelo, 9º A Rui Pedro, 9º C

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EM DESTAQUE

RICHARD TOWERS RICHARD TOWERS E A EDITORA NEOMA No passado dia 03 de dezembro recebemos a visita do escritor Martinho Torres para nos apresentar a sua obra subordinada ao conceito livro-objeto. Até ao momento publicou três obras, a saber: Tempo, Reflexos e Desafio, escritas sob o pseudónimo Richard Towers. Esta atividade foi promovida e organizada pela Biblioteca Escolar com o apoio da nossa Diretora e com a aprovação do Conselho Pedagógico. Para a sua concretização colaboraram os alunos de todas as turmas de 10.º Ano, 12.º B e Curso Profissional Técnico de Turismo 2.º ano bem como a Bibliotecária Municipal, alguns dos quais fizeram a leitura de excertos das obras acompanhados à guitarra pelo próprio escritor. Antes de terminar a sessão os alunos colocaram algumas perguntas, consideradas pelo autor como muito pertinentes. Seguiu-se a sessão de autógrafos. Enquanto professora bibliotecária agradeço a todos o empenho e colaboração para que esta atividade tenha sido um sucesso. A Professora Bibliotecária, Filomena Marques

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AULA VIVA

EL ESPAÑOL EN PALABRAS LOS ALUNOS DE ESPAÑOL QUIEREN COMPARTIR COM VOSOTROS Yo he conocido muchas músicas nuevas españolas. Los grupos musicales que me gustan más son Maldita Nerea, El canto del Loco, Raquel del Rosario, Shakira, Pablo Alborán, Mecano, La Oreja de Van Gogh, Estopa… Te invito a descubrirlos en algunas cadenas españolas que seguramente te van a interesar si te gusta la música como por ejemplo Cadena Cien y Los 40 principales que puedes escuchar directamente en internet. Beatriz, 8ºB

¡Hola! Desde temprano que tenemos muchas ganas de aprender el castellano que nos parece muy interesante. Ahora, que ya ha pasado un año estudiando esta asignatura podemos decir que nos encantó conocer a la gente y sus costumbres. Los españoles tienen costumbres diferentes de las nuestras como por ejemplo la hora de las comidas que suelen ser más tarde que en los demás países europeos. Se divierten mucho por la noche: van de tapas, de copas o sea a comer, a beber y a charlar con los amigos. El tapeo es una de las costumbres más extendidas entre los españoles. Es muy usual ir de bar en bar degustando la especialidad de cada sitio: unos calamares, jamón con tortilla de patatas acompañadas con vino o cerveza. Laura, Carolina, 8ºB Los alumnos del décimo curso de Humanidades han elegido la asignatura de español. Es la primera vez que hay español en la escuela secundaria. Los alumnos quieren compartir con vosotros sus experiencias y sus opiniones. ¿Alguna vez has pensado elegir español? Nunca he pensado elegir español porque no sabía que había la opción en la escuela. (Sara, Cláudia).

Nosotras sabíamos que esa posibilidad existía pero, para eso, tendría que haber un número mínimo de alumnos para abrir un grupo. Cristiana, Inês S., 10ºD 6


AULA VIVA

¿Qué piensas de la cultura española, está presente en tu vida? La cultura es muy importante para aprender una lengua. La española es muy diversificada por su gastronomía (paella), fiestas (tomatina), deportes (fútbol), música (flamenco), cine (Penélope Cruz), arte (Pablo Picasso)… Estamos muy contentos por descubrir tantas cosas. La cultura española forma parte de nuestras vidas, vemos mucho los canales televisivos españoles, los informativos, los dibujos animados, las series, por ejemplo. También podemos ver series españolas en los canales portugueses y nos gustan particularmente Los protegidos y El Internado-Laguna Negra. Así disfrutamos de experiencias de varias culturas. Tiago, Catarina, 10ºD

¿Qué te gusta más en el aprendizaje del español? Nos gusta oír las personas hablando y pronunciar las palabras. Hay sonidos bastante diferentes del portugués que tenemos que practicar y a veces es divertido. También nos gusta descubrir el significado de algunas palabras que también son completamente diferentes de nuestra lengua. Tiago, Catarina M., Sara, Catarina P., Leandro, 10ºD.

¿Piensas que el español es importante para tu futuro profesional? Aún no sabemos si el español va a formar parte de nuestro futuro profesional porque las cosas están siempre cambiando. Lo que sabemos es que es siempre bueno aprender. El español es una de las lenguas más habladas en el mundo y si lo hablas, te facilita la movilidad en Europa y si quieres encontrar trabajo es más fácil. Inês R., Jessica, 10ºD

¿Por qué has elegido el español? Porque nos gustan más los idiomas que los números, ya hablamos inglés, francés y ahora español. Ya somos casi plurilingües lo que es muy importante para nuestro futuro profesional. Catarina M. Catarina P., 10ºD 7


AULA VIVA

LA PALABRA FAVORITA DE... Para algunas personas el significado de las palabras puede ser muy especial. A continuación, te proponemos la palabra favorita de algunas de ellas.

“Mi palabra preferida en español, la que me ha acompañado siempre es espíritu porque abarca todo, lo que está fuera, lo que está dentro, el universo completo y además es la misma en muchos idiomas esprit, spirit, espírito.”

“Mi palabra favorita en español es fútbol. No sé si es una palabra puramente española pero para mí fútbol significa toda mi vida, me ha hecho cumplir un sueño que tenía desde chaval.” Vicente del Bosque, Entrenador.

Isabel Allende, Escritora Y PARA LOS ALUMNOS DE 7ºANO

“Nuestra palabra favorita es amistad porque nos gusta estar juntas, nos gusta jugar a barajas, nos gusta hacer bromas y nos gustar hablar de cosas de chicas.” Ana, Cátia, Margarida, 7ºA 8


AULA VIVA

“Mi palabra favorita es abuela porque mi abuela es muy importante, es cariñosa y amiga.”

Mi palabra favorita es navidad porque en esa época toda la familia está junta y hay mucha amistad.”

Marco, 7ºA

Carla, 7ºA

“Mi palabra favorita es melocotón porque recuerdo a mi abuelo que tenía un nombre muy parecido a esta palabra.”

“Nuestra palabra favorita es amor porque es un sentimiento muy fuerte que tenemos por unas chicas muy guapas.”

Andreia, 7ºA

Edgar, Cláudio, 7ºA

“Mi palabra favorita es verano porque recuerdo los mejores momentos con mi mejor amigo.”

“Nuestra palabra favorita es chicas porque son divertidas, interesantes, guapas y amigas.”

Juliana, 7ºA

Ruben, Rui, 7ºA 9


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CINEMA ENSINA O TEMPO DE HITLER

A VIDA É BELA Longo, intenso, emocionantemente belo. Este filme de Roberto Benigni começa de uma forma romântica e leve mas acaba dramaticamente. Passa-se na época da 2ª Guerra Mundial, quando os nazis perseguiam os judeus, levando-os para campos de concentração. Guido, a personagem principal, representada pelo realizador e ator Roberto Benigni, é um judeu muito alegre e bondoso que conhece Dora, uma professora do 1º ciclo riquíssima, por quem se apaixona perdidamente. Passado pouco tempo da sua alegre conquista amorosa, os dois casam-se e têm um filho, Josué. Num determinado dia, Guido é visitado na sua loja por um agente nazi que o leva, juntamente com o seu filho, para um campo de concentração. Dora quando chega, apercebendo-se que fica sem a sua família, resolve apanhar por vontade própria o mesmo comboio de mercadorias onde os judeus seguem para o degredo. Já no campo de concentração, Guido convence o seu filho pequenino, com muito humor e boa disposição, que naquele sítio se joga um jogo e quem ganhar recebe um tanque de guerra, o sonho de Josué. Diariamente Guido é obrigado a esconder o filho para ir trabalhar arduamente como os nazis lhe exigem, mas nunca perde a força e o ânimo para que o filho não dê conta do perigo por que passam. Esta segunda parte do filme deixa o espetador emocionado, e mais do que isso, cheio de piedade dos maus tratos aos judeus capazes de abalar mesmo as pessoas mais frias. O final do filme é trágico mas é a demonstração de uma grande prova de amor pois filho e mãe acabam por juntar-se salvos daquele horror. Concluindo, A Vida é Bela é um filme extraordinário que mostra o horror em que se pode tornar a intolerância religiosa. 9ºC 10


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MAGUSTO EB 1 ALIJÓ A atividade do dia de S. Martinho vem no seguimento da temática do outono, foi dinamizada em todas as salas da E.B.1/JI de Alijó de forma diversificada e interdisciplinar. Em contexto sala de aula trabalhou-se: o significado desta festividade e a importância da partilha. Houve aprendizagem de canções, adivinhas, trava línguas, jogos, leitura de pictogramas…, que foram partilhados num convívio inter-salas. As educadoras dramatizaram a lenda de S. Martinho na Biblioteca escolar para toda a comunidade escolar. Esta atividade culminou com castanhas assadas e sumos para todos. Esta iniciativa foi do agrado das crianças/alunos/adultos, proporcionando momentos de salutar convivência. JI de Alijó

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FILOSOFIA A importância da Filosofia

A Filosofia… Quando as aulas começaram a disciplina de Filosofia era uma das únicas, ou mesmo a única que não nos dizia nada (visto que nunca tínhamos tido aquela disciplina e, por isso, não tínhamos noção do que se tratava nem como iriam ser as aulas). Para sermos sinceros a nossa opinião não era das melhores mas com o decorrer das aulas, esta mudou substancialmente devido à forma como a professora foi lecionando e com o avanço da matéria. Na primeira aula foi-nos colocada uma questão: “Qual a vossa opinião sobre filosofia?”. Como a maioria não fazia ideia do que se tratava as respostam foram, em geral, negativas e baseadas na opinião daqueles que já tinham tido a disciplina, sendo assim respostas como: “É uma seca”, “Tem que se estudar muito”, “Há que escrever muito e estudar”, “As aulas são secantes”. E a panóplia de palavras novas que nunca tínhamos ouvido, logo na primeira matéria que demos (palavras como conceptual…) parecia confirmar as opiniões dos nossos colegas. Mas à medida que a matéria foi avançando, a nossa forma de pensar sobre a Filosofia foi mudando… A Filosofia não é nenhum “bicho-de-sete-cabeças”… é uma disciplina muito interessante que diz respeito a toda a sociedade e que aborda temas muito variados. Não é preciso estudar assim tanto. Se basta estar atento nas aulas? Claro que não. Como todas as disciplinas tem que se estudar, mas a atenção nas aulas é fundamental para ter bons resultados, para assim perceber a matéria e regularmente, dar uma “vista de olhos” sobre o que foi trabalhado nas aulas (mas isso já não é novidade visto que devemos fazer isso em todas as disciplinas). Neste momento Filosofia é uma das nossas disciplinas favoritas, adoramos as aulas, apanhamos bem a matéria… Não quer dizer que se vá formar aqui nenhum filósofo, mas amantes de filosofia já somos por isso, quem sabe um dia… Francisco Correia,Joana Garcia, Helena Narciso, Rita Santos, 10ºC 12

A Filosofia é muito importante para nós, embora muitos não saibam a sua importância. Ela ajuda-nos a desvendar os mistérios e histórias da nossa existência, e a compreender o porquê e a razão fundamental para tudo o que existe. A Filosofia é a busca constante do conhecimento, da verdade, é um olhar para dentro de nós mesmos, está sempre à procura de respostas, é um ato filosófico de o homem refletir, criticar e argumentar o pouco conhecimento que tem diante deste mundo imperfeito e maravilhoso em que vivemos. E ela desafia-nos a despertar o nosso espírito crítico, para que possamos ter uma visão clara diante dos factos da vida e dos extremos da natureza humana como a vida e a morte. Temos que estar sempre prontos para as mudanças que aparecerem nas nossas vidas porque a mudança é contínua e a natureza muda, as pessoas mudam, o mundo em geral muda, nunca é tarde demais para mudar o rumo da nossa vida. Cada vez que praticamos uma ação, ao pensarmos, ao compreendermos o que o próximo nos quer dizer e ao saber dizer o que nós queremos transmitir ao próximo, estamos a filosofar porque cada um de nós carrega dentro de si um grande filósofo. Eis por que a Filosofia não se transforma em credo, pois ela está em contínua luta consigo mesma.

Gonçalo Vilela, Guilherme Vilela, João Vilela, Sílvio Teixeira, David Ribeiro, 10ºA


AULA VIVA semos voltar atrás, fá-lo-íamos e mudaríamos essa ideia, pois a Filosofia é o presente do nosso futuro e a nossa vida é uma filosofia. Ana Cláudia, Andreia Vieira, Hugo Cardoso, Ana Margarida, Catarina Batista, Maria Azevedo, 10ªB

Filosofia é “Fichte”

A Filosofia nas nossas mãos Este texto não é mais nem menos que uma opinião, sobre o que é para nós a Filosofia e a sua função nas nossas vidas… se é que tem alguma, a nossa tarefa é descobri-la ao longo deste texto. O que estamos já a fazer é, mais ou menos, um exercício reflexivo e quem neste momento nos estiver a ler, começa também a exercer a sua capacidade de pensar, aquilo a que podemos chamar: refletir. Por isso, o exercício reflexivo é apanágio da Filosofia, pois a curiosidade instala-se em quem quer saber o porquê das coisas. Logo, para se ser filósofo é necessário ser curioso. E curiosos somos todos nós e de certeza que há sempre uma, ou várias questões que marcam a nossa vida. Por exemplo: de onde vimos? Para onde vamos? O que somos? Mas para chegar a estas questões, temos de desenvolver o nosso pensamento e começar a pensar de forma mais abstrata (por essa razão esta disciplina começa apenas no 10ºano). De uma certa maneira, todos somos potenciais filósofos, todos podemos pensar sobre questões existenciais que dizem respeito a todos e que nos causam inquietações, dúvidas, confusões e acima de tudo, geram em nós uma sensação estranha, pois provavelmente, nunca tínhamos pensado em questões tão sérias e profundas. Ainda bem que a filosofia existe, parece que a partir do momento em que a “conhecemos” a nossa capacidade de raciocínio evolui drasticamente para um ponto que nem nós sabíamos que poderia existir na nossa mente, a nossa capacidade de abstração nasceu. Gostávamos que aqueles que nos leem ficassem com uma ideia diferente da Filosofia. Sim, porque pelo que nos disseram a Filosofia era uma “seca”, os filósofos tinham um ar solitário, e como nós, ainda não a tínhamos experimentado, ficamos com essa ideia. Mas hoje se pudés-

Inicialmente, quando nos falavam sobre Filosofia, era-nos transmitida a ideia que seria uma disciplina bastante maçuda e de elevada dificuldade. Com o decorrer das aulas de Filosofia, apercebemo-nos de que essas ideias estavam parcialmente erradas, pois deparamo-nos com uma disciplina interessante e cativante… mas também havia alguma razão pois esta disciplina implica um estudo sério devido à sua dificuldade. Se repararmos bem, a Filosofia está presente nas nossas vidas desde que adquirimos a capacidade de pensar. Enquanto eramos crianças tínhamos dúvidas em relação a tudo, por exemplo: “ Por que é que o céu é azul?”, “Por que é que nunca vi o Pai Natal?” e “Por que é que a chuva cai?”. Na adolescência deparamo-nos com situações limite tais como, morte de familiares, medo da morte, problemas derivados do amor, relação com os pais, etc. Na nossa vida adulta, teremos naturalmente outra maneira de pensar e agir, não sendo tão imaturos como somos. Por isso, concluímos que a Filosofia é imprescindível na nossa vida, pois ela nasce connosco e torna-se ativa apenas no momento que começamos a questionar o todo e a nós próprios. A Filosofia é Fichte (Fichte foi um filósofo alemão que nasceu em 1762 e morreu em 1814) e como dizia o filósofo, os nossos atos e não os nossos conhecimentos, é que determinam o nosso valor, logo o valor da filosofia está na possibilidade que ela nos dá de ser melhor. Marco Gouveia, Ricardo Cardoso, João Pedro Bártolo, Rui Machado, 10ºC

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AULA VIVA

E TU, INTERVÉNS NA SOCIEDADE ?

RECOLHA DE ALIMENTOS

CONTRA O EGOÍSMO

Sempre que temos uma oportunidade de intervir na sociedade para ajudar os outros, fazêmo-lo mas temos noção de que nem todas as pessoas que têm essa oportunidade o fazem. A sociedade devia ter mais preocupação com os mais desfavorecidos pois todos os seres humanos têm o direito de ter uma vida digna. Uma simples e regular recolha de alimentos pode ajudar muita gente necessitada pois uma das maiores causas de morte em alguns países é a falta de alimentos. A nossa maior alegria, se conseguirmos ajudar quem precisa, é saber que essas pessoas irão levar uma vida com mais qualidade.

Tendo consciência do egoísmo que nos rodeia, nós tentamos fazer e fazemos o que podemos para melhorar esta situação mas é difícil… Usando a filosofia da Carlota “ Aceito o que me dão e dou o que tenho!” Mas isto não é suficiente, pois deste modo estamos apenas a melhorar a nossa situação e não a da sociedade. Sonhamos criar um espaço, em que se ative um género de workshop, para ajudarmos as pessoas a deixarem de ser egoístas. Um espaço onde possamos dialogar e fazê-las perceber que não vivem sozinhas no mundo. Preocupa-nos que os portugueses, em geral, dêem mais valor aos bens materiais do que às pessoas. Assim, mesmo não acreditando na adesão à nossa ideia, vamos sonhando que talvez um dia pudéssemos mudar a vida de alguém.

Inês Paredes, Joana Garcia, 10º C

COMBATER O BULLYING NAS ESCOLAS Ana Veiga, Ana Dias, 10ºC Embora não sejamos muito interventivos em relação à sociedade que nos rodeia, como adolescentes o bullying na escola é algo que nos preocupa pois todas as pessoas têm o direito e a liberdade de serem elas próprias sem serem criticadas ou rebaixadas por ninguém. Perante este quadro escolar que nem sempre é favorável, um dia gostaríamos de formar uma parceria com o objetivo de lutar contra a humilhação nas escolas. Como estratégias para esse combate, pensamos fazer algumas ações de formação, chamar os delegados de todas as turmas para intervir nesta causa e apelar a toda a escola para o quão importante é ter respeito pelos outros. Adoraríamos que o nosso projeto tivesse adesão da parte de todos os alunos e que juntos conseguíssemos pôr um ponto final ao bullying nas escolas. Francisco Correia, Helena Narciso, 10ºC 14


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APOIAR OS REFUGIADOS DE GUERRA Nós achamos que no mundo em que vivemos deveria haver mais intervenção social, mais solidariedade pois, a cada dia que passa, vemos que há mais pessoas que necessitam quer de cuidados de saúde quer de alimentação ou até de afeto, no caso, por exemplo, dos refugiados de guerra. Gostaríamos muito de ajudar os refugiados sírios. Dói-nos saber que entre esses sofredores estão incluídos crianças e idosos, sujeitos a situações extremas como a miséria e a doença. Achamos que neste tipo de casos, as instituições de solidariedade das diferentes regiões do globo deviam intervir mais fortemente. Era um bem precioso para nós podermos ajudar os refugiados de guerra!

AJUDAR OS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO Não somos muito interventivos como gostaríamos de ser. Mas temos o dever de incentivar a população perante a realidade que se vive, nomeadamente nos países pouco desenvolvidos. Atualmente as pessoas só olham para si próprias e não conseguem enxergar o mundo que têm. As pessoas com melhor qualidade de vida deveriam ajudar as mais necessitadas, através, por exemplo, da criação e gestão de fundos comunitários. Com tanta pobreza que existe, bens desnecessários para nós são bens preciosos para os mais necessitados. Fátima Azevedo, Francisco Chaves, 10ºC

David Ribeiro, Sara Catarina, 10ºA

MAIS APOIO À TERCEIRA IDADE Gostaríamos de intervir mais na sociedade. Dar apoio aos idosos é uma boa ideia. Os idosos são ricos em experiência de vida e têm um outro olhar sobre o mundo que nos pode ser útil, por isso nunca devem ser olhados como pessoas inúteis como sabemos que acontece. Eles têm muito para nos oferecer. Consideramos que lhes deve ser dado todo o carinho, atenção e apoio. Temos de pensar que também nós iremos ser idosos um dia e iremos gostar que nos tratem com afeto. Ângela Teixeira, Bárbara Correia, 10ºA 15


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RURAL MARKET AE Pelo terceiro ano consecutivo a nossa escola aderiu ao programa A Empresa, no qual se sugere a criação e desenvolvimento de um projeto real ao longo de um ano letivo. O projeto escolhido foi a criação de uma miniempresa, associada à organização JAP (Junior Achivement Portugal). JA Portugal é uma fundação sem fins lucrativos empenhada no desenvolvimento de Programas Educativos de negócios e economia para jovens. Este ano o nosso projeto é realizado pelos alunos do 3º ano do Curso Profissional Técnico de Informática de Gestão (seis deles fazem parte da equipa, os restantes são colaboradores) e assenta em 3 pilares, a saber: divulgar a nossa região, ajudando a criar uma marca com os produtos do nosso concelho, auxiliar os agricultores a vender os seus produtos e dinamizar o empreendedorismo na nossa terra. O objetivo deste projeto é a criação de um portal em Joomla com vendas online dos produtos da nossa região. Faremos a sua divulgação pelas Juntas de Freguesia do Concelho e os agricultores que estiverem interessados em dar a conhecer e a vender os seus produtos entrarão em contato com a nossa direção, que se deslocará para tirar fotografias e saber as características dos diversos produtos. No dia 26 de novembro deslocamo-nos ao auditório municipal para assistir ao Fórum sobre empreendedorismo no Vale do Tua e decidimos apresentar o nosso projeto, o qual obteve o maior número de votos. O nosso projeto foi valorizado pelo facto de estarmos ligados às novas tecnologias e, mesmo assim, não nos esquecermos das nossas origens e da economia do nosso concelho. Esta votação dá-nos mais força para trabalhar e a nossa próxima etapa é chegar à Feira Ilimitada em Vila Real. DIREÇÃO DA MINIEMPRESA:

Este projeto tem como professores responsáveis Cristina Monteiro, António Mansilha e Emanuel Teixeira (professores da componente de formação técnica). Agradecemos a colaboração do nosso colega Tiago Morais (TDG – 3º ano) pela criação do logotipo da nossa empresa. Mais uma vez, agradecemos à nossa diretora, a professora Margarida Cascarejo, sempre pronta a motivar o empreendedorismo nos alunos desta escola, e sem a qual a realização do projeto e a participação nas diversas etapas não seria possível. Professora Cristina Monteiro 16


AULA VIVA

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Em meados de maio de 1893, recebi como presente de aniversário um dinossauro T-Rex. Decidi chamar-lhe Pé de Estaca, devido à sua estatura. Certo dia, acabado de acordar, reparei que algo estava diferente, o mundo tinha sofrido uma alteração muito aterrorizadora. Todas as pessoas se tinham transformado em mortos vivos, tendo apenas eu e o Pé de Estaca escapado àquele maldito vírus. Foram momentos difíceis de ver pois todos eles queriam comer pessoas, animais. Tudo o que fosse carne chamava-lhes logo a atenção. Sabendo que teríamos que arranjar um local seguro para a nossa proteção, fizemo-nos à estrada eliminando os mortos vivos que nos tentavam enfrentar. Era uma desilusão: todos os sítios por onde passávamos estavam destruídos e cada vez havia mais monstros daqueles espalhados por todo o lado. Passado um tempo, descobrimos que havia uma cura, mas para a alcançarmos tínhamos que eliminar todos os monstros que rodeavam o quartel militar onde se encontrava o milagroso antídoto. Pé de Estaca, muito comovido com o que tinha visto, abateu todos os monstros, conseguiu o antídoto e salvou o planeta daquele horror. A partir daí, o povo passou a chamar-lhe Pé de Estaca, o Grande, em sinal de gratidão. João Moutinho, CP – Comércio, 1º ano

O meu cão é muito meu amigo, ele tem olhos castanhos, é alto, tem o pelo castanho com uma mancha branca no peito. Um dia, eu estava com muitas dificuldades em arrumar o meu quarto, pois tinha muito que fazer. A minha mãe tinha-me dito que, quando chegasse, queria ver tudo organizado. Entretanto, fui fazer os trabalhos de casa para a sala e o meu cão começou a brincar com a cadela da vizinha. De repente, fui ao meu quarto para cumprir as ordens recebidas e… espanto!, estava tudo arrumado, a cama estava feita, os livros ordenados… Até parecia que a minha mãe tinha estado no meu quarto! Mas não, olhei para todas divisões da casa e só lá estava eu e o meu cão. Fiquei a pensar por uns momentos. Quem é que tinha estado no meu quarto? De repente, ouvi o carro da minha mãe, desci para a ajudar a trazer as compras. Logo ela me perguntou pelo quarto. Eu estava com uma cara de quem nada tinha feito, mas, por magia, tudo tinha sido concluído. Ela ficou intrigada. Este foi um dia muito estranho passado com o meu cão, ainda hoje me pergunto quem é que me arrumou o quarto… Hélder Borges, CP – Comércio, 1º ano 17


AULA VIVA

QUEM ENTREVISTARIAS? DANIELA RUAH Se nós pudéssemos entrevistar uma figura pública seria a atriz Daniela Ruah. Para além de ser uma famosa atriz internacional, encontra-se nos Estados Unidos, nomeadamente em Los Angeles, e é um grande ídolo para nós. Daniela Ruah está numa terra de sonho, onde também nós gostaríamos de experimentar viver um dia mais tarde. Ela é bonita e é uma excelente profissional. Poucos atores tiveram a oportunidade de realizar uma série televisiva tão reconhecida, NCIS: Los Angeles, em que ela é uma das protagonistas. Esperamos vir a conhecê-la, um dia, pois isso seria para nós mesmo uma grande oportunidade. Helena Narciso, Inês Paredes, 10ºC DIOGO MORGADO Se pudéssemos entrevistar uma figura pública seria o ator Diogo Morgado. Ele é um ator português que já trabalhou nos Estados Unidos da América para interpretar o papel principal no filme “The Bible”. Enfim, trabalhou num lugar onde todos nós gostaríamos de ter uma oportunidade de trabalho ou então ir de férias. Ele é considerado um excelente ator e muito poucos têm tido as suas oportunidades de destaque tanto no cinema como na televisão. Esperamos vir a conhecê-lo, um dia, e a entrevistá-lo, claro… Fátima Silva, Joana Garcia, 10ºC LANA DEL REY Se um dia eu pudesse entrevistar uma figura pública, entrevistaria a Elisabeth Woolridge Grant, mais conhecida pelo nome artístico Lana Del Rey. Eu gostaria de a entrevistar porque, primeiro, ela é a minha cantora favorita, segundo, porque ela é uma personagem enigmática e, em terceiro e último lugar, porque ela é uma compositora, na minha opinião, muito inteligente, inserindo nas suas músicas composições inesperadas, que se adequam perfeitamente ao seu tom de voz profundo e melancólico que é pouco usual em cantoras femininas, o contralto. Contudo, também consegue ter uma voz mais aguda muito parecida com os sopranos (voz mais frequente nas mulheres) o que me deixa profundamente extasiada com o seu largo alcance. Espero, um dia, entrevistar esta pessoa, aparentemente, tão doce e acessível. Ana Dias, 10º C 18


AULA VIVA

AS PALAVRAS DA IMAGEM

INTERROGAÇÕES Onde é que eu acordei? Por que não consigo virar-me para vós? O que estará a acontecer-me? O que tenho eu vestido? O que é que sinto nas costas? Será melhor tirar a roupa? O que me está a acontecer ao cabelo? E à minha pele, por que está tão áspera? Em que me estou a transformar? Que arrepio é este? Que árvore sou eu? Carlos Morais, José Carlos, Luís Pedro, Nuno Moreira, 9ºC IMPERATIVOS Deixa-te dessas ideias. Olha para mim para eu ver quem és. Dá-me a tua mão. Abraça-me. Liga as luzes que trouxeste contigo. Diz-me o que sentes, vá lá… Conta-me o que se está a passar contigo. Diz-me se estás a sofrer. Foge daí. Lança-te para os meus braços. Diz-me o teu nome. Diz-me donde vens. Conta-me por que te aproximas dessa árvore. Ainda te sentes humana? Demonstra-mo. Ouve o que te digo. Obedece. Obedece. Ana Filipa, Ana Pires, 9ºD 19


AULA VIVA

DESIGN GRÁFICO PROJETOS DESENVOLVIDOS- GRAFISMO PARA LOGÓTIPO E IDENTIDADE CORPORATIVA Curso Profissional de TDG No âmbito das disciplinas de Design Gráfico e Oficina Gráfica os alunos do Curso de Técnico de Design Gráfico, desenvolveram projetos de identidade corporativa, nomeadamente na criação de logótipo adaptado ao evento “7ª Bienal Internacional de Gravura do Douro 2014”. A existência deste evento internacional na região do Douro, permitiu a elaboração de projetos gráficos adaptados à realidade e não, como habitualmente acontece, num contexto virtual. Assim, será possível contextualizar estes projetos no grafismo da Bienal de Gravura e alguns deles serão certamente impressos e divulgados no âmbito da Bienal do Douro. Aqui se reproduzem alguns destes trabalhos, estando prevista a seleção do logótipo que melhor representará a 7ª edição da Bienal do Douro do próximo ano 2014. Os Professores, Nuno Canelas e César Israel Paulo

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AULA VIVA

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AULA VIVA

O QUE PENSAM AS CRIANÇAS DO PAI NATAL

Eu penso que o Pai Natal gosta muito das crianças, porque dá muitos presentes. (Matilde) Eu penso que o Pai Natal é um homem bom, porque só aparece no Natal. (Elisa) Eu penso que o Pai Natal é nosso amigo e nós também somos amigos dele. (Jéssica) Eu penso que o Pai Natal deixa as crianças felizes. (Mónica S.) Eu penso que os melhores amigos do Pai Natal são os anõezinhos. (Tiago) Eu penso que o Pai Natal é bom, bonito e gosta de dar presentes às crianças que se portam muito bem. (Rafael) Eu penso que o Pai Natal tem uma barriga muito grande. (Mónica Isabel) Eu penso que o Pai Natal é muito simpático e dá presentes às crianças. (Márcia) Eu penso que o Pai Natal tem uma barriga e um bigode muito grandes e passa em muitos países. (Olívia) Eu acho que o Pai Natal é preguiçoso porque só vem no Natal. (Pedro) Eu acho que ele é nosso amigo. (Afonso) Eu acho que o Pai Natal gosta de nós. (João) Eu acho que o Pai Natal existe mesmo. (Inês) Eu acho que ele é bom porque dá prendas. (Diogo) Eu acho que o Pai Natal tem um fato vermelho. (André) Turma A (1.º e 2ºanos) da E.B.1 de Pegarinhos

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AULA VIVA

BRINCAR À POESIA A AMORA E O AMOR A amora queria casar, Mas o amor não estava interessado, Queria estar no computador E estar lá de bom agrado. A amora começava a não gostar Daquele vício preocupante, Tirou-lhe o computador Mas o amor achou-o de rompante. Já estava chateada, pois o amor Não tinha horas para comer, E ele não se importava nada, Que a namorada estivesse a sofrer. Até que a amora se lembrou, Que se queria separar, Ele não era o amor Que ela andava a procurar. Então ficou solteira, Mas que bem! Não devia ter namorado Com aquele Zé Ninguém! Érica Miranda, 5.ºD

O BARRO E A BARRA Casou a barra (de chocolate) com o barro, mas o casamento não resultou. Quando Iam à praia A barra (de chocolate) derretia e o barro endurecia. Sara Ferreira, 5.ºD

CASAMENTO Casei uma conta, Com um conto. A conta, E o conto Tiveram uma continha, Que era a sua filhinha.

O conto contava contos, Para a continha, A sua filhinha. A conta Achou-se a contas, E começou a contar. Com eles, Não dava bem, Tiveram que se divorciar. Afinal de contas, Não podiam namorar. Vasco, 5ºD

O QUADRO E A QUADRA O quadro serve para escrever Mas a quadra só queria ler. O quadro não gostou da confusão E a quadra não gostou da situação. A quadra gosta de rimar E o quadro gosta de escrever A quadra gosta de cantar E o quadro sabe ler. Um dia separou-se a quadra Do quadro e a quadra começou a chorar Lá se vai o amor que agora Vai começar. Flávia Geraldo Bessa, 5.º D

A BOLA E O BOLO O Bolo queria combinar Uma saída com a Bola A Bola aceitou E lá foram os dois Mas o bolo queria ir Ao restaurante e a Bola queria jogar futebol E assim se desentenderam A Bola e o Bolo. Mafalda Vieira da Silva, D

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FORA DA SALA

DIA DA ALIMENTAÇÃO EB 1 PINHÃO No dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, os alunos da EB1 do Pinhão, deitaram as mãos à obra e confecionaram compota de uva e de tomate. Os cozinheiros estavam animados e prontos para o trabalho!!

Todos ajudaram a mexer o tacho para o doce não se pegar! - Um , dois , três… agora é a tua vez!

Como cheira bem!!! Vamos pôr a mesa e provar o doce com tostas.

Depois de prontinho vamos partilhar!! Para todos bom apetite!

Os alunos da Turma B, 2º/ 3º anos

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FORA DA SALA

DIA DA ALIMENTAÇÃO JI E EB FAVAIOS Dia 16 de outubro, os alunos da escola EB e do Jardim de Infância de Favaios comemoraram o Dia da Alimentação na escola. Resolveram fazer uma sopa deliciosa e aprender um pouco mais sobre este alimento tão importante para a nossa saúde. Logo pela manhã, foram para a cantina descascar os legumes que trouxeram de casa para fazer a sopa. Depois lavaram tudo muito bem e as professoras meteram-nos dentro da panela que já estava ao lume com água e juntaram sal e azeite. Entretanto, foram para a biblioteca e viram e exploraram oralmente algumas histórias entre as quais “O caldo de pedra”. Também aprenderam a canção do Avô Cantigas “ A sopa”.

Quando tocou para o intervalo, os meninos tiveram uma surpresa: a mãe do Lucas ofereceu um cesto cheio de triguinhos pequeninos que estavam deliciosos. A sopa só ficou pronta depois do almoço e por isso só a comeram no dia seguinte e posso dizer que estava muito saborosa.

Se quiserem saber mais sobre esta notícia ou sobre a nossa escola podem visitar o Blogue da nossa escola: http://eb1favaios.blogspot.pt/

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FORA DA SALA

PNL BE PINHÃO PINHÃO

Atividade de escrita criativa, após a leitura e exploração da obra A Maior Flor do Mundo, José Saramago

Era uma vez um menino chamado Ivo, que vivia numa aldeia muito longe daqui. Um dia com os seus binóculos estava a observar os aviões e viu um espaço no cimo da montanha. Nesse espaço havia uma flor muito murcha, por isso foi até lá cheio de curiosidade. Poucos minutos depois, o Ivo chegou ao cimo da montanha e viu melhor se a flor estava murcha, e estava. O menino decidiu ajudá-la e foi vinte vezes ao rio buscar água com as mãos em conchinhas. Começou a chegar a noite e o Ivo adormeceu. Os pais, muito preocupados, andaram à sua procura e correram a aldeia toda mas não o encontraram. Estava a chegar a manhã, mas o menino continuou desaparecido até que viram uma flor nunca vista, no cimo da montanha. Os pais dele foram lá e encontraram- no a dormir. Ficaram felizes e muito mais descansados por encontrarem o seu filho. O pai andou a correr a aldeia com o menino às cavalitas e os aldeãos ficaram felizes por ele ajudar a flor e, ainda mais, por ele ter aparecido. Francisca, Rita, Mariana, Rafael Ilustração: Mariana, Rafael 4º ano

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FORA DA SALA

PRODUÇÕES DO 1º CICLO

A Girafa brilhante

começou a chamar–lhe “A gira- Uma boa ação praticada pela bruxinha, personagem principal fa brilhante”. da História com Recadinho de Alunos do 2º ano Luísa Dacosta (texto), Cristina Valadas (ilustração), ASA (editoAtividade de pré-leitura da ra) história O Gigante e o Anão Histórias com recadinho (parte 3) Sinto-me gigante quando: Num belo fim de semana de outono, a bruxinha resolveu ir visitar o -todos me tratam bem. “NaturewaterPark”. -trato as pessoas bem. Durante o seu passeio invisível re-ajudo as pessoas. parou numa menina que ia a descer -partilho as minhas coisas. o escorrega, mas com a boia mui-há amizade. to vazia, o que lhe poderia causar grandes danos ao bater na água. Sinto-me anão quando: A bruxinha pensou numa maneira fácil de a ajudar e fê-lo rapidamen-me tratam mal. te, pois viu que a menina não sabia -não ajudo as pessoas. -me julgo superior aos outros. nadar. Pegou noutra boia cheia, que estava perto do segundo escorrega - sou egoísta. e trocou-a pela vazia. Assim, a menina, ao chegar à água, não teve qualquer problema. A bruxinha sentiu-se feliz por a ter ajudado. Rúben Cruz, 4º ano

Num belo dia de sol, a girafa estrelinha foi passear para o parque. Começou a comer as folhas verdes das árvores. As árvores ficaram despidas. As pessoas ficaram tristes, porque as árvores já não davam sombra. Elas levaram a girafa para o jardim zoológico e fecharam - na bem fechada, com um portão muito grande. E a estrelinha ficou muito triste, porque estava sozinha. Como não tinha folhas verdes para comer, olhou para o céu e comeu algumas estrelas amarelinhas. A partir desse dia, toda a gente

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FORA DA SALA PNL - atividades de pré-leitura – obra “O senhor do seu Nariz”, de Álvaro Magalhães. Os alunos deram asas à imaginação , partindo da frase: O senhor do seu nariz foi um dia .… O senhor do seu nariz Foi um dia à discoteca Cansado de tanta música Dormiu uma boa soneca.

O senhor do seu nariz Foi um dia ao Gerês Desejou para o almoço Canja de galinha pedrês.

O senhor do seu nariz Foi um dia a Vila Real Estava a comprar uns sapatos Quando se sentiu mal.

O senhor do seu nariz Foi um dia à biblioteca E no meio de tantos livros Encontrou uma boneca.

Filipa

O senhor do seu nariz Foi um dia à praia E no meio do mar Encontrou uma raia.

Ana Carolina

O senhor do seu nariz Foi um dia ao mar Com vontade de curtir E de, nas ondas, surfar.

O senhor do seu nariz Foi um dia ao seu jardim Plantou flores sem conta E regou o alecrim.

O senhor do seu nariz Foi um dia ao japão P`ra viajar mais rápido apanhou um foguetão.

O senhor do seu nariz Foi um dia à Nazaré A pensar que via um peixe Estava a ver um jacaré.

O senhor do seu nariz Foi um dia à lua Ficou admirado de ver O seu nome numa rua.

Marta Monteiro

O senhor do seu nariz Foi um dia ao café Mas descalçou-se E cheirava a chulé.

Bruna

O senhor do seu nariz foi um dia ao quintal e em cima de um pimento viu um pequeno pardal.

O senhor do seu nariz Foi um dia à sua horta Ficou muito aflito Ao ver uma couve torta.

O senhor do seu nariz foi um dia ao lago tropeçou numa grande pedra e ficou todo encharcado. Marta

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Simão Filipe

Simão Pedro


FORA DA SALA

A VINDIMA JI VILAR DE MAÇADA “Ser educador não é apenas ensinar, ser educador é acender a luz que guiará os passos de um ser humano por toda a sua infância, a adolescência até á idade adulta…” Paulo Freire O outono é uma das mais bonitas estações do ano graças à sua diversidade de cores em que se espalham os cheiros e se degustam os mais saborosos frutos maduros e suculentos. Assim, no âmbito da área do conhecimento do mundo, na temática do outono e o ambiente natural que o envolve, decidimos ir a uma vinha e observar o castanho, o amarelo, o laranja, o vermelho, o roxo tão presentes nas vinhas… Num dia, do mês de Outubro, fomos a uma vinha onde havia muitas videiras e uvas. Eu e os meus amiguinhos colhemos e transportamos as uvas para a nossa escola. Pudemos observar as videiras, os seus troncos, ramos, folhas e frutos, tocar-lhes e provar as uvas, que também tinham sabores diferentes... Depois, lavámos os pés para entrarmos descalços no balde grande. Tinha chegado a hora de pisar as uvas com os pés, até ficar vinho. Foi um dia bastante divertido… Provámos o vinho que tínhamos feito que afinal era sumo de uva. O primeiro vinho fica doce. Guardamos em garrafões o sumo que sobrou para depois vermos o que lhe acontece.

Avaliação da atividade Todas as crianças tiveram a oportunidade de se aperceberem da importância deste fruto. A sua participação nesta atividade permitiu o desenvolvimento de outras actividades relacionadas com o tema nas diversas áreas de conteúdo: Na matemáticas fizeram contagens, medições, quantidade, peso e divisão em partes. Na linguagem, adquiriram novas palavras e o seu significado. Na formação pessoal e social, na componente da socialização aprenderam a partilhar juntos. Esta atividade possibilitou, não só o alargamento de conceitos como também permitiu a interiorização de regras, da partilha e do respeito mútuo quando se trabalha em conjunto. Jardim-de-infância de Vilar de Maçada.

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FORA DA SALA

ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES

A nova Associação de Estudantes da Escola EB 2,3/S D. Sancho II – Alijó, tomou posse no dia 18 de Novembro de 2013, numa cerimónia presidida pela Diretora do Agrupamento. O presidente da direção é José Luís Espírito Santo do 2.º ano do Curso Profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos . A Diretora destacou a forma ordeira e cívica em que decorreu a campanha eleitoral, visto que se apresentaram sete listas de estudantes. Salientou a importância do papel de uma associação na vida escolar, lembrando a responsabilidade de cada um dos seus membros, enquanto alunos e cidadãos. Desejou ao José Luís e à sua equipa sucesso no trabalho que vão desenvolver, disponibilizando o seu apoio.

A Diretora, Margarida Cascarejo

JUST DANCE

No dia 30 de outubro de 2013, pelas dez horas da manhã, o grupo de dança Just Dance, composto por Marta Martinho, Diana Silva e Ana Cardoso, participou na festa de Halloween realizada no nosso Agrupamento, com a ajuda da professora Cláudia Morais e da Diretora Margarida Cascarejo. Não se pode esquecer a colaboração da colega Margarida Felgueiras, que maquilhou e penteou com perfeição as participantes. Estava prevista a atuação de duas coreografias mas, como o público pedia sempre mais com tanto entusiasmo, o grupo acabou por dançar cinco músicas diferentes. Terminada a performance, passou-se à fotografia da praxe. Foi muito gratificante atuar para os colegas do Agrupamento! Este foi o primeiro espetáculo deste ano letivo… mas outros se seguirão! Até breve! As Just Dance 30


FORA DA SALA

DIA DO DIPLOMA

Celebrou-se, no passado dia 27 de Setembro, o Dia do Diploma, uma iniciativa criada pelo Ministério de Educação e Ciência com o objetivo de distinguir e valorizar o esforço, a dedicação e o trabalho dos alunos que concluíram o ensino secundário no ano letivo 2012/2013. A cerimónia contou com a presença da GNR através dos seus representantes da Escola Segura e da Sra. Presidente do Conselho Geral do nosso Agrupamento, bem como dos professores que lecionaram o 12º ano e o 3º ano do cursos profissionais em 2012/2013. Para além dos alunos finalistas, respetivos encarregados de educação e da comunidade educativa em geral, foram também convidados os alunos que frequentam atualmente o 12.º ano e o 3.º ano dos cursos profissionais, em funcionamento na nossa escola. A Diretora abriu a sessão dando as boas vindas aos convidados e os parabéns aos alunos homenageados nesta cerimónia. Destacou a importância da obtenção deste diploma, na medida em que representa uma certificação de conhecimentos que ninguém lhes pode retirar. Felicitou também os senhores professores pelo contributo para o sucesso e formação destes alunos. Refe-

riu-se ainda, aos pais, lembrando o esforço muitas vezes empreendido e agora compensado. Foram chamados sucessivamente ao palco do auditório os alunos das turmas do ensino secundário dos Cursos Científico-humanísticos e dos Cursos Profissionais para receberem os seus diplomas. Por decisão da direção da escola, foi oferecido um livro a cada um destes alunos, como forma de assinalar este momento. Os dois alunos com melhor classificação – Bárbara Filipa Ferreira Cardoso - Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias (18,6) e Mariana Mateus de Barros Henrique - Curso Profissional Técnico de Turismo (17,1) - foram alvo de um momento especial, ao receberem o respetivo diploma de mérito e para além do livro um presente de grande utilidade, um disco externo de 500 GB. A Diretora encerrou a sessão salientando a importância da qualificação dos jovens e a abertura a outros horizontes após a conclusão desta etapa. Formulou votos de êxito pessoal e profissional a todos os jovens. A cerimónia terminou com um almoço na Pousada Barão de Forrester, permitindo a confraternização e o convívio entre todos neste dia especial.

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FORA DA SALA

DESPORTO CORTA-MATO ESCOLAR Decorreu, no passado dia 12 de novembro, no novíssimo jardim junto às Piscinas Municipais de Alijó, a fase local do Corta-Mato Escolar, prova dinamizada pelo grupo de Educação Física do Agrupamento de Escolas. D. Sancho II e que consta do Plano Anual de Atividades 2013/2014. No seguimento das comemorações do São Martinho, o padroeiro desta localidade não desiludiu e, uma vez mais, proporcionou um verdadeiro “Verão de São Martinho”, tendo a competição decorrido num bonito dia de sol e portanto perfeito para a prática desta modalidade. Esta prova, que conta já com mais de 20 edições realizadas, recebeu, uma vez mais, a escola do Pinhão, numa participação conjunta que pretendeu promover a articulação e o estreitamento de relações entre professores e alunos dos dois estabelecimentos. Nesta dinâmica de sequencialidade, os cerca de 150 participantes concorreram divididos em oito escalões (infantis A e B, iniciados e juvenis nas categorias de masculinos e femininos), aos quais corresponderam diferentes distâncias percorridas e um consequente maior ou menor número de voltas a cumprir. Paralelamente à vertente competitiva, a prova foi também uma forma de proporcionar alguns momentos de convívio, promovendo a amizade, o companheirismo e o respeito no seio das atividades desportivas, bem como, a criação de hábitos de prática física e desportiva nos alunos e na restante comunidade educativa. Os seis primeiros classificados em cada escalão/sexo, serão os representantes das duas escolas na fase distrital, que se realizará na cidade de Vila Real. Esta importante prova do calendário do Desporto Escolar vai juntar alunos oriundos de todas as escolas do distrito, e servirá para apurar os seus representantes no Corta-Mato Nacional.

O balanço da atividade é francamente positivo, sendo os alunos e os professores unânimes em considerar que, neste novo espaço, as condições da corrida tornam-se mais agradáveis e propícias à prática deste tipo de atividades. Na organização da prova, os professores de Educação Física contaram com a colaboração de alguns alunos do ensino básico, com o apoio da Câmara Municipal de Alijó e com a assistência dos Bombeiros Voluntários e GNR de Alijó, aos quais deixamos aqui o nosso apreço e gratidão. Para finalizar, gostaríamos de agradecer a participação dos alunos de ambas as escolas, enaltecendo o esforço e o espírito competitivo por todos patenteado. O Grupo de Educação Física

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CULTURA

DIZ-ME O QUE LÊS

O Fantasma dos Cantervile Este é um livro de contos do autor Oscar Wilde que contém quatro histórias em noventa e seis páginas. Eu escolhi apresentar a principal, “O Fantasma dos Canterville”. Gostei imenso do livro e principalmente da história do Fantasma que tanto me cativou. Fiquei logo curiosa pois nem queria acreditar que o comprador do castelo assombrado pelo Fantasma não mostrava ter nenhum medo dele. Pois, e nunca mais quis parar de ler… é a história de uma família americana que compra o referido castelo assombrado dos Canterville. O Lorde Canterville avisou-a com insistência dos perigos que corria, mas a família Otis nunca desistiu da ideia de ir morar naquele sítio habitado por um espectro, por sinal, perigosíssimo. E com esta decisão de compra, o Fantasma irá ver a sua vida virada do avesso. A família Otis tem uma relação muito boa entre si mas com o Fantasma não. Esta família vai enganar o Fantasma, levando-o mesmo até ao desespero. Só no final do conto é que a filha da família Otis, Virgínia, se dará bem com ele. Mas não vou adiantar mais pormenores aliciantes da intriga para não estragar a surpresa aos pretensos leitores…Só acrescento que este livro leva-nos a virar freneticamente as suas páginas, como uma droga que vicia. Parabéns Oscar Wilde! Ana Carlota Veiga, 10º C

O Grande Gatsby Este romance de F. Scott Fitzgerald surpreendeu-me muito pela positiva. É considerado pela crítica a sua obra prima e tornou-se clássico da literatura do século XX. Quando comecei a lê-lo pensei que o seu final fosse o cliché do “… e viveram felizes para sempre”, mas na verdade não, o que é bom na minha opinião! Fiquei encantada com as personagens e com a forma como o narrador, que é também uma personagem, as descreve. Gostei do ambiente e espaço onde se passa toda a intriga, tudo muito vintage e luxuoso, retratando a vida típica da “idade do Jazz”. O retrato de uma América esplendorosa e decadente e, ao mesmo tempo, em muitos pontos igual à da atualidade. Esta é a história de amor de Jay Gatsby por Daisy Buchanan, que o vai levar a usar negócios menos usuais para ficar rico e ir viver para junto da sua amada, embora na margem oposta. O amor por Daisy fez Gatsby cometer as maiores loucuras e viver toda a sua vida num sonho eterno em que ela era a protagonista. Paralelamente é também contada a história do seu melhor amigo Nick, que tem uma “amizade colorida” com a tenista Jane Baker. Gatsby mudou a vida de Nick para sempre, e não no bom sentido, pois a sua morte fê-lo enfrentar a dura realidade do que é o interesse material e a traição. Sim, Jay Gatsby acaba por morrer, assassinado na piscina da sua mansão. Em conclusão, o que mais gostei neste romance foi a sua intriga e a mostra de luxo dos anos 20, das festas, das roupas, dos carros, enfim, de um estilo de vida muito atrativo – um autêntico “american dream”. E agora estou ansiosa por ver o filme da Warner Bros baseado na história deste livro!

Ana Rita Cardoso, 10ºC

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DISCURSO DIRETO

CONVERSA COM... PSICÓLOGA ANA LUÍSA GUIMARÃES

Ana Luísa Guimarães, psicóloga do Agrupamento D. Sancho II, é natural de Braga, tem 28 anos de idade e é uma apaixonada pelo seu trabalho. É Licenciada pela Universidade do Minho e desenvolveu o seu Mestrado, na mesma instituição, na área do divórcio.

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P.L. - Como é que a Psicologia surgiu na sua vida?

P.L. - No universo da Psicologia que subdisciplina ou autor é que a interessa sempre?

A.L.G. - Sempre fui muito atenta às questões sociais e ao impacto que as nossas características pessoais, fatores familiares, ambientais entre outros têm nas nossas vidas. Mas penso que o facto de ter estudado numa escola problemática, até ao 9º ano de escolaridade, me despertou mais para a complexidade do comportamento humano, assistindo com interesse e curiosidade aos diferentes percursos e atitudes adotadas pelas pessoas que me rodeavam e como isso marcava de forma tão distinta a vida dos meus colegas. Por outro lado, também sempre gostei de trabalhar com pessoas, pelo que fui encontrando na Psicologia a opção mais completa para investir os meus sonhos profissionais.

A.L.G. - Tendo em conta o meu especial interesse pela intervenção com crianças e jovens, acompanho com regularidade o trabalho dos psicólogos Miguel Gonçalves e Bárbara Figueiredo. Tive o privilégio de ser aluna destes dois psicólogos e investigadores e recorro frequentemente às suas publicações para a minha prática. A Professora Bárbara Figueiredo desenvolve um trabalho muito interessante na área do divórcio e também junto de mães adolescentes. O Professor Miguel desenvolveu, por exemplo, um programa muito eficaz para crianças denominado “Pôr o medo a fugir” que me é muito útil para a intervenção na área da ansiedade.


DISCURSO DIRETO

CONVERSA COM... P.L. - Quais são os principais projetos que oferece à nossa comunidade escolar? A.L.G. - Um dos grandes objetivos do papel do psicólogo no contexto escolar é o combate ao insucesso, passando pela identificação e posterior intervenção nesta problemática em específico. Neste sentido, para além do acompanhamento e intervenção individual, este ano letivo estão a ser implementados vários programas de intervenção ao nível dos hábitos e métodos de estudo, em diferentes anos letivos de escolaridade. Outra importante área de intervenção incide na Orientação Escolar e Profissional que é direcionada essencialmente para os alunos do 9º e 12º anos de escolaridade, procurando desenvolver um projeto de vida coerente e realista. Todos os anos tenho, ainda, construído e implementado projetos atendendo às necessidades específicas do agrupamento, tendo já sido trabalhada a problemática do Bullying, assim como a Promoção de Competências Pessoais e Sociais. A par destes projetos existe, ainda, a intervenção individual em distintas áreas e a consultoria a professores, procurando sempre fomentar a articulação casa/escola. P.L. - Esses projetos estão a satisfazê-la? A.L.G. – Sim, bastante, uma vez que considero estar a fazer tudo ao meu alcance para atender às necessidades do agrupamento e dos alunos. É, também, muito satisfatório observar os resultados alcançados por vários alunos e o interesse que apresentam em voltar a participar em novos projetos e programas. P.L. - Onde trabalhou nos anos letivos anteriores? Gostou sempre das suas funções? A.L.G. - Iniciei o meu percurso profissional como psicóloga membro da Unidade Familiar: “Estudos e Intervenção na área do Divórcio”, do Departamento de Psicologia, da Universidade do Minho. Simultaneamente, trabalhei como psicóloga voluntária na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Braga. Posteriormente trabalhei no Agrupamento de Escolas de Gualtar (Braga) e fui ainda psicóloga na Escola Secundária de Alberto Sampaio (Braga). Exerci, também, funções em duas clínicas privadas, uma em Braga e outra em Vila Nova de Famalicão. Atualmente e desde o ano letivo passado, para além da intervenção no Agrupamento de Esco-

las D. Sancho II, sou também psicóloga no IRIS (Instituto de Reintegração Social, Braga), onde trabalho exclusivamente com crianças e jovens com necessidades educativas especiais (apoiando os seguintes agrupamentos de escolas em Braga: Carlos Amarante, Sá de Miranda e Real). Felizmente posso afirmar que gostei sempre das minhas funções e dos contextos onde trabalhei, contudo é sem dúvida o trabalho desempenhado em escolas o que mais me completa e mais me realiza, pela diversidade de problemáticas, pela proximidade com a comunidade educativa, pela articulação e trabalho em equipa. P.L. - O que destaca de positivo e de negativo no serviço de psicologia que tem vindo a prestar nas escolas onde esteve? A.L.G. - Ao nível do serviço de psicologia, posso destacar que um dos aspetos mais positivos é a aprendizagem que, enquanto psicóloga, posso retirar de trabalhar neste contexto, uma vez que é um constante desafio, pelas diferentes problemáticas com que é necessário lidar e intervir e pelos momentos desenvolvimentais muito diferentes com que contactamos. Ainda de positivo, posso destacar o trabalho em equipa, em colaboração com toda a comunidade escolar. De negativo, saliento os contratos que são muito instáveis, não permitindo investir em projetos a longo prazo, porque nunca sabemos se a escola volta a ter vaga para o serviço de psicologia, ou se sou eu ou outro(a) colega que fica. Por outro lado, o número de alunos é muito elevado para apenas um psicólogo por agrupamento e este ano a situação ainda é pior, uma vez que estou colocada com metade do horário. Claro que estes são aspetos que ultrapassam completamente o agrupamento de escolas, que infelizmente não dependem da nossa vontade. P.L. - Uma mensagem que possa deixar à nossa comunidade escolar é … : A.L.G. - Para os pais dos nossos alunos: considero que é muito importante continuarem a acompanhar a vida escolar dos educandos, a articular e a colaborar com a escola, porque desempenham um papel fundamental para o sucesso dos alunos no contexto escolar e em todos os contextos da sua vida. P.F. 35


DISCURSO DIRETO

CONVERSA COM... COORDENADORES DOS DIRETORES DE TURMA (2º/3º CICLOS E ENS. SECUNDÁRIO)

Ana Lúcia Costa, Rui Antão e António Beça são os coordenadores dos diretores de turma do 2º, 3º ciclos e ensino secundário, respetivamente, e professores de Português do nosso Agrupamento. Ana Lúcia é natural de Mirandela, Rui Antão de Sabrosa e António Beça de Sanfins do Douro. São todos professores efetivos do nosso Agrupamento e dedicam a suas vidas à escola e aos alunos, com o sacrifício que todo o bom desempenho acarreta. O Plátano conversou com os três para tentar captar a ideia sobre o que significa para eles o desempenho deste cargo de responsabilidade. Foram colocadas algumas questões a cada um dos nossos coordenadores. O PL.: Ana, o trabalho de coordenação dos diretores de turma é realizado de que forma habitualmente? individualmente ou em trabalho de grupo? A.L.: Há tarefas que são transversais aos vários ciclos de escolaridade e essas são feitas em gru36

po – por essa razão temos no nosso horário semanal horas coincidentes para a realização dessas tarefas. Além do mais, se o trabalho for feito em conjunto torna-se muito mais fácil e rentável. No entanto, há tarefas específicas para cada ciclo e essas, obviamente, são feitas individualmente. O PL. :E, afinal, em que consiste o trabalho de um coordenador de diretores de turma? Podes explicar-nos? A.L.: Como a própria designação indica, o coordenador dos diretores de turma coordena as atividades das turmas do seu ciclo de ensino e é responsável pela aplicação das orientações emanadas pela Diretora e pelo Conselho Pedagógico e pelo cumprimento das disposições legais da direção de turma. O PL.: O que consideras um bom diretor de turma? A.L.: O cargo de diretor de turma é um cargo muito exigente, pois é ele que se relaciona com os diferentes intervenientes no processo educativo: pais,


DISCURSO DIRETO

CONVERSA COM... alunos, pessoal docente, pessoal não docente. Por isso, tem de possuir várias qualidades: ser firme, mas, simultaneamente, tolerante e compreensivo; ter capacidade organizativa e espírito de iniciativa, capacidade de antecipação de modo a agir de forma precoce e eficiente; ter disponibilidade para responder às exigências do cargo; e, sobretudo, ter bom senso e ponderação. Em suma, deve ser um líder. O PL.: Rui, e a ti, o que é que te dá mais gozo neste cargo? R.A. : Este cargo faz-me sentir útil à escola e aos colegas diretores de turma quando se servem do meu cargo para melhor executarem as tarefas inerentes à função de diretor de turma. O PL.: Ao seres coordenador dos diretores de turma tornaste-te num diretor de turma mais versátil ou, pelo contrário, pela responsabilidade redobrada que tens, é mais difícil cumprires as tuas obrigações de D.T.? Qual dos desempenhos gostas mais de cumprir? R.A.: Sem dúvida que o cargo que mais gosto de desempenhar é o de diretor de turma porque me permite um contacto diário com os alunos. No entanto, este é um cargo que me permite uma visão e uma consciência mais profunda dos problemas e constrangimentos com que os diretores de turma se enfrentam diariamente, o que é muito enriquecedor. Este cargo permitiu alargar a minha experiência como diretor de turma e para apoiar os colegas, mas sinto que o tempo de que disponho para

desempenhar as minhas funções é sempre muito escasso. PL. - Beça, quanto mais subimos no grau de ensino, mais difícil se torna ser coordenador dos diretores de turma? É mais difícil ser coordenador do ensino secundário? Explica-nos. A.B. - Os dts são o elo de ligação entre a escola e a comunidade educativa. Havendo bom relacionamento entre os intervenientes, as tarefas tornar-se-ão mais fáceis de executar. Do mesmo modo será entre o coordenador e os dts. No secundário o papel dos dts é mais exigente como é o próprio ensino secundário. No ensino secundário não há muita burocracia com nos restantes ciclos (2º e 3º) de ensino.Daí que a tarefa do coordenador seja mais facilitada. No entanto, há que ter em conta toda a legislação que sai emanada da tutela e dar conhecimento aos dts.

PL. - Como professsor experiente que és, diz-nos, que características consideras fundamentais para se ser um bom coordenador dos diretores de turma? A.B. - O coordenador do dts deve estar sempre disponível para o outro, ser solidário nas ações e nas atitudes, boas ou más, na interajuda, na responsabilidade,na simplicidade e na honestidade daquilo que faz. É esta a minha atitude para com todos os colegas dts. OBRIGADA AOS TRÊS. P.F.

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SOCIEDADE

GLOBAL PRINT 2013 390 Ar"stas - 390 Obras - 60 Países – LAMEGO - RÉGUA - ALIJÓ - SALZEDAS A aposta na cultura como resposta à crise económica A cultura pode dar uma importante contribuição na resposta à crise que o país atravessa. A difícil conjuntura económica pela qual Portugal atravessa, de maneira alguma justifica, este estado de abandono a que a cultura tem sido sujeita e o desinvestimento de que tem sido vítima e que pode provocar futuramente danos irreparáveis. A cultura é hoje reconhecida como um fator decisivo no desenvolvimento de qualquer país, região ou cidade, como pilar que nas suas diversas vertentes, contribui não só para o desenvolvimento dos países, como para a afirmação dos povos e para a visão que eles têm do seu futuro. Assim sendo, não faz sentido este alheamento do Estado nas questões culturais. É tacanho e medíocre, nos tempos que correm, ver a cultura como um mero ornamento, uma “não prioridade”, “dinheiro deitado fora”... Como afirmou a Comissão Europeia, na sua comunicação sobre “a agenda europeia para a cultura num mundo globalizado, a cultura, além de se encontrar no cerne do desenvolvimento humano e da civilização, é um importante ativo, num mundo imaterial e baseado no conhecimento. O setor cultural europeu é um importante propulsor de atividades económicas e de emprego que ajuda a promover uma sociedade inclusiva e contribui para a prevenção e redução da pobreza e da exclusão social”. O que assim se realça é, a meu ver, que a cultura pode e deve dar uma importante contribuição na resposta à crise que o país atravessa. Nesta perspetiva, a Bienal do Douro pretende manter-se viva e de modo afirmativo contribuindo para um claro desenvolvimento da região do Douro, promovendo as suas reconhecidas virtudes turísticas e sociais, bem como, destacando-se como um evento de grande projeção e impacto fora da linha do litoral e da capital do país. Esta descentralização da cultura é uma aposta da Bienal desde a sua origem em 2001 e de alguma forma tem conseguido o seu objetivo, a ver pelo nível, vasta programação e globalidade de espaços em que se desenvolvem as suas atividades. O seu cunho internacional, envolvendo sempre perto de cem países e centenas de artistas, confere-lhe um destaque raramente visto em Portugal. A IMPORTÂNCIA DA BIENAL PARA A REGIÃO DO DOURO Existem mais de duzentas Bienais no mundo, mas não é qualquer cidade que consegue realizar uma Bienal. Para uma Bienal nascer e se desenvolver é necessário que exista uma consciência clara de que a questão da identidade no mundo contemporâneo atravessa outros problemas que vão para além das identidades nacionais ou regionais. A construção dessa identidade é muito mais complexa do que a questão da nação ou da região. Além disso, uma Bienal deverá ser projetada no sentido de incorporar um projeto educativo permanente, para que a Bienal não cesse os seus efeitos com o encerrar do evento, e não espere mais dois anos para que algo aconteça de novo. Neste sentido, tem este evento criado um fabuloso acervo artístico que motivou uma candidatura para a construção de um museu de gravura contemporânea, projeto esse que poderá manter no tempo esta preciosa oferta cultural. Nuno Canelas, Diretor e Curador da Bienal

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O PLÁTANO FICHA TÉCNICA Propriedade Agrupamento de Escolas D. Sancho II- Alijó Coordenação Patrícia Fontinha Projeto Editorial Patrícia Fontinha César Israel Paulo Nuno Canelas Coordenação de Design Gráfico Nuno Canelas César Israel Paulo Paginação Cristiana Carvas Andreia Alves Tiago Morais Capa Tiago Morais Impressão Gráfica do Norte - Amarante Colaboração Especial Curso Profissional de Técnico de Design Gráfico Alunos correspondentes do Jornal Endereço Avenida 25 Abril 20 5070-011 - Alijó E-mail oplatano2010@gmail.com Papel 90 gr Tiragem 300 exemplares Edição nº1 - dezembro 2013

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