Xilogravura
História da Xilogravura A história da gravura está ligada, na sua origem, à história da escrita e do livro. O homem, desde seus primórdios, gravava imagens. A princípio, o contorno de sua mão nas paredes das cavernas, depois sobre superfícies de barro, pedra, metal, peles de animais e cascas de árvores. Na tentativa de expressar-se, o homem criou diferentes códigos a fim de registrar fatos da vida cotidiana, divulgar o conhecimento e transmitir a religião. De fato, as linguagens evoluem da representação pura aos signos. E os primeiros documentos encontrados, gravados em pedra ou tabuletas de barro, se referem a fatos históricos, códigos de conduta ou são registros de conhecimento.
América A xilogravura veio para a América trazida pela imprensa – ao contrário do que ocorrera na Europa. Os espanhóis, preocupados em colonizar os povos americanos e transmitir-lhes sua fé, apressaram-se em
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mandar, já no ano de 1539, um impressor para a cidade do México, época em que grandes centros europeus ainda não contavam com esta prova de progresso. Toda a América espanhola beneficiou-se desta abertura da metrópole. Como conseqüência, estabeleceuse uma tradição de gravura popular, dando ensejo ao surgimento de figuras destacadas, como José Guadalupe Posadas no México, lugar onde anos depois surgia o Taller de Gráfica Popular.
Brasil O Brasil só desfrutou deste privilégio a partir de 1808 com a vinda da Família Real e sua corte. Até esse instante vigorava, emanada de Portugal, uma proibição expressa com relação à instalação de oficinas de impressão no Brasil, sob a alegação de que a metrópole teria condições de suprir a escassa demanda da colônia. Temia-se, na realidade, pelos efeitos políticos que tal inovação técnica poderia provocar. Ainda assim, podem ser registradas algumas tentativas de introdução da imprensa no Brasil.