Estaleiro Kalmar na Revista da Gol - abril 2013

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133 ZECA PAGODINHO

O craque do samba chega a 30 anos de carreira como unanimidade nacional

MARCELO SERRADO

O ator abre o jogo sobre o filme do mordomo Crô e seus novos projetos

BRASÍLIA

Quatro estrangeiros revelam lados menos conhecidos da cidade

11


PLANO DE VOO

133

98

112

RINDO À TOA

ISTO É BRASÍLIA

A ASCENSÃO DAS CATARATAS

Zeca Pagodinho, o malandro do bem que é unanimidade nacional, comemora 30 anos de carreira lançando CD e DVD

No aniversário da capital federal, um roteiro que foge dos clichês, indicado por quatro estrangeiros que vivem na cidade

Conhecida mundialmente pela força de suas quedas-d’água, Foz do Iguaçu desponta como destino ideal para o turismo de aventura

CARTAS RETROSPECTIVA BASTIDORES DA AVIAÇÃO EM TRÂNSITO EMBARQUE COMPORTAMENTO PERFIL DESCOBERTA POSTAIS POR ESCRITO BEM VIVER VOE GOL TRADUÇÃO MEU JEITO DE VOAR

Versión en español Siempre que aparezca este símbolo tendrá la versión traducida del artículo en la revista

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DEPOIS DA TEMPESTADE

Lorena Kreuger, a jovem proprietária do estaleiro Kalmar, teve que assumir no susto a empresa fundada pelo avô. Hoje, ela perpetua a vocação da família: construir embarcações artesanais de alta qualidade

8 REVISTA GOL

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CAPA DARYAN DORNELLES FOTOS DARYAN DORNELLES, RENATO PARADA, MARCELO MARAGNI E CLAUS LEHMANN TRATAMENTO DE IMAGEM IMAGETOUCH

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ABRIL 2013



EXECUTIVA

POR MARCUS LOPES

FOTOS CLAUS LEHMANN

DEPOIS DA TEMPESTADE Lorena Kreuger assumiu o leme do estaleiro da família quando tinha apenas 24 anos, após a morte precoce do pai. Com uma tripulação experiente e suas novas ideias, ela mantém o Kalmar de vento em popa

Lorena no galpão de onde saem os barcos e móveis da empresa. A paixão pelo mar também foi herdada do pai

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EXECUTIVA

POR MARCUS LOPES

FOTOS CLAUS LEHMANN

DEPOIS DA TEMPESTADE Lorena Kreuger assumiu o leme do estaleiro da família quando tinha apenas 24 anos, após a morte precoce do pai. Com uma tripulação experiente e suas novas ideias, ela mantém o Kalmar de vento em popa

Lorena no galpão de onde saem os barcos e móveis da empresa. A paixão pelo mar também foi herdada do pai

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EXECUTIVA

Serafim Junior, 30 anos, e Mayara Atherino Macedo, 27, começou a namorar ainda na faculdade, em Florianópolis. Após receber o convite de Lorena para assumir o departamento de marketing da empresa, Mayara trouxe na bagagem o namorado, que é designer e também trabalha no Kalmar. Eles se casaram no ano passado e hoje são os imediatos de Lorena. Apesar das dificuldades enfrentadas com a morte do fundador, os Kreuger nunca consideraram vender as instalações. “As coisas iam relativamente bem, havia encomendas e os funcionários ajudaram muito”, lembra Lorena, que hoje encara com naturalidade a administração da empresa. No ano passado o faturamento foi de cerca de R$ 1,2 milhão. Atualmente, são oferecidos dois modelos de barcos e dois de veleiros. O mais popular – se é que pode ser chamado assim um produto que pode passar de R$ 1 milhão – é o veleiro K8, de 26 pés (7,9 metros) de comprimento e R$ 210 mil. Um modelo mais sofisticado, como o Lobster L35, com 35 pés (10,6 metros), sai por cerca de R$ 800 mil. O mesmo modelo com 45 pés (13,7 metros) alcança R$ 1,5 milhão e a construção pode demorar mais de um ano. Também são desenvolvidos projetos exclusivos. Para dar conta de tudo isso, ela conta com projetistas terceirizados e fornece-

“TIVE A FELICIDADE DE TER COMO PRIMEIRO BARCO UM BELO OPTIMIST CONSTRUÍDO PELO KALMAR”

ROBERT SCHEIDT, BICAMPEÃO OLÍMPICO E 11 VEZES CAMPEÃO MUNDIAL DE IATISMO

122 REVISTA GOL

Em sentido horário, a partir da foto abaixo: Robert Scheidt em seu primeiro veleiro, feito pelo Kalmar; Lorena navegando – e se apaixonando pelo mar – com o pai e a irmã; a herdeira com os fundadores Lars e Erik; e no colo da mãe, a enfermeira Maria Regina

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

A área localizada a 26 graus de latitude sul e 48 graus de longitude oeste, em Itajaí, no litoral catarinense, é um porto seguro para os navegantes. É ali que fica o estaleiro Kalmar. Fundado há 30 anos e com clientes como o apresentador Luciano Huck e o iatista Torben Grael, a empresa é referência em marcenaria naval e construção de embarcações artesanais de alta qualidade. O nome homenageia uma pequena cidade no sul da Suécia. Ali, à beira do mar Báltico, nasceu a família Kreuger, que sempre teve uma relação intrínseca com o mar. “A água salgada corre na nossa veia”, brinca a proprietária Lorena Kreuger, 28 anos. O estaleiro foi fundado pelo avô, Erik Kreuger, e o pai dela, Lars Kreuger, em 1982. Erik, um comandante de navios que se mudou para o Brasil ainda jovem, juntou-se ao fi lho engenheiro mecânico na paixão por construir e

restaurar barcos. Desde o começo, fizeram questão de usar a madeira como matéria-prima principal, de preferência o cedro-rosa, forte e ideal para a construção de cascos, ou o mogno. Lars dominou o ofício com a experiência como velejador e um curso de construção naval feito nos Estados Unidos. Em 2008, a família sofreu um baque com a morte precoce de Lars, aos 53 anos, vítima de câncer. Erik já tinha morrido em 2001 e a mãe de Lorena, Maria Regina, enfermeira com especialização em patologia, seguiu dando aulas em uma universidade de Itajaí. A irmã mais nova, Cristina, trabalha como fotógrafa em Florianópolis. Recaiu sobre Lorena, na época com 24 anos, sem experiência no dia a dia do negócio e prestes a se formar na faculdade de desenho industrial na capital catarinense, a tarefa de assumir o comando do negócio da família. “Não tive muito o que pensar. Foi como uma tempestade no mar. Não dá para voltar. Tem que enfrentar e seguir em frente”, lembra a jovem empresária. Parte do sucesso, diz, se deve aos funcionários, alguns com mais de 20 anos de casa. São pintores, chefes de produção e marceneiros especializados em construção e reforma naval. “Somos uma grande família. Se o barco afundar, afundamos todos juntos”, ri Lorena, que desde pequena gostava de ir com o pai ao estaleiro. Nos fi ns de semana, saíam para velejar pelo litoral catarinense, onde ela herdou a paixão dele pelo mar e o surf. Em 2012, para complementar o que já sabia sobre o ramo, Lorena fez um MBA em gestão de negócios. A família Kalmar abriga outras famílias também. O jovem casal José

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EXECUTIVA

Serafim Junior, 30 anos, e Mayara Atherino Macedo, 27, começou a namorar ainda na faculdade, em Florianópolis. Após receber o convite de Lorena para assumir o departamento de marketing da empresa, Mayara trouxe na bagagem o namorado, que é designer e também trabalha no Kalmar. Eles se casaram no ano passado e hoje são os imediatos de Lorena. Apesar das dificuldades enfrentadas com a morte do fundador, os Kreuger nunca consideraram vender as instalações. “As coisas iam relativamente bem, havia encomendas e os funcionários ajudaram muito”, lembra Lorena, que hoje encara com naturalidade a administração da empresa. No ano passado o faturamento foi de cerca de R$ 1,2 milhão. Atualmente, são oferecidos dois modelos de barcos e dois de veleiros. O mais popular – se é que pode ser chamado assim um produto que pode passar de R$ 1 milhão – é o veleiro K8, de 26 pés (7,9 metros) de comprimento e R$ 210 mil. Um modelo mais sofisticado, como o Lobster L35, com 35 pés (10,6 metros), sai por cerca de R$ 800 mil. O mesmo modelo com 45 pés (13,7 metros) alcança R$ 1,5 milhão e a construção pode demorar mais de um ano. Também são desenvolvidos projetos exclusivos. Para dar conta de tudo isso, ela conta com projetistas terceirizados e fornece-

“TIVE A FELICIDADE DE TER COMO PRIMEIRO BARCO UM BELO OPTIMIST CONSTRUÍDO PELO KALMAR”

ROBERT SCHEIDT, BICAMPEÃO OLÍMPICO E 11 VEZES CAMPEÃO MUNDIAL DE IATISMO

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Em sentido horário, a partir da foto abaixo: Robert Scheidt em seu primeiro veleiro, feito pelo Kalmar; Lorena navegando – e se apaixonando pelo mar – com o pai e a irmã; a herdeira com os fundadores Lars e Erik; e no colo da mãe, a enfermeira Maria Regina

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

A área localizada a 26 graus de latitude sul e 48 graus de longitude oeste, em Itajaí, no litoral catarinense, é um porto seguro para os navegantes. É ali que fica o estaleiro Kalmar. Fundado há 30 anos e com clientes como o apresentador Luciano Huck e o iatista Torben Grael, a empresa é referência em marcenaria naval e construção de embarcações artesanais de alta qualidade. O nome homenageia uma pequena cidade no sul da Suécia. Ali, à beira do mar Báltico, nasceu a família Kreuger, que sempre teve uma relação intrínseca com o mar. “A água salgada corre na nossa veia”, brinca a proprietária Lorena Kreuger, 28 anos. O estaleiro foi fundado pelo avô, Erik Kreuger, e o pai dela, Lars Kreuger, em 1982. Erik, um comandante de navios que se mudou para o Brasil ainda jovem, juntou-se ao fi lho engenheiro mecânico na paixão por construir e

restaurar barcos. Desde o começo, fizeram questão de usar a madeira como matéria-prima principal, de preferência o cedro-rosa, forte e ideal para a construção de cascos, ou o mogno. Lars dominou o ofício com a experiência como velejador e um curso de construção naval feito nos Estados Unidos. Em 2008, a família sofreu um baque com a morte precoce de Lars, aos 53 anos, vítima de câncer. Erik já tinha morrido em 2001 e a mãe de Lorena, Maria Regina, enfermeira com especialização em patologia, seguiu dando aulas em uma universidade de Itajaí. A irmã mais nova, Cristina, trabalha como fotógrafa em Florianópolis. Recaiu sobre Lorena, na época com 24 anos, sem experiência no dia a dia do negócio e prestes a se formar na faculdade de desenho industrial na capital catarinense, a tarefa de assumir o comando do negócio da família. “Não tive muito o que pensar. Foi como uma tempestade no mar. Não dá para voltar. Tem que enfrentar e seguir em frente”, lembra a jovem empresária. Parte do sucesso, diz, se deve aos funcionários, alguns com mais de 20 anos de casa. São pintores, chefes de produção e marceneiros especializados em construção e reforma naval. “Somos uma grande família. Se o barco afundar, afundamos todos juntos”, ri Lorena, que desde pequena gostava de ir com o pai ao estaleiro. Nos fi ns de semana, saíam para velejar pelo litoral catarinense, onde ela herdou a paixão dele pelo mar e o surf. Em 2012, para complementar o que já sabia sobre o ramo, Lorena fez um MBA em gestão de negócios. A família Kalmar abriga outras famílias também. O jovem casal José

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EXECUTIVA

Barco Thomaz II passa por reforma completa no estaleiro de Itajaí. Na pág. ao lado, a partir da esquerda: poltrona costado, da movelaria Boá; prancha de stand up paddle; e canoas canadenses

Mar de negócios

NAVEGUE PELOS NÚMEROS DO KALMAR

ANO DE FUNDAÇÃO 1982 FUNCIONÁRIOS 20 FATURAMENTO EM 2012 R$ 1,2 MILHÃO NÚMERO MÉDIO DE CLIENTES ATENDIDOS POR ANO, ENTRE REFORMAS E CONSTRUÇÕES 12 PORTFÓLIO SETE MODELOS, ENTRE BARCOS, VELEIROS, CANOAS E PRANCHAS DE STAND UP PADDLE* PRODUTOS OFERECIDOS PELA MOVELARIA BOÁ 12* *NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO OS PROJETOS PERSONALIZADOS, DESENVOLVIDOS DE ACORDO COM A VONTADE DO CLIENTE

124 REVISTA GOL

dores de componentes, como os motores. “O Kalmar é o grande líder nacional em marcenaria naval e acabamento. A qualidade dos produtos e serviços é indiscutível”, atesta o navegador brasileiro Robert Scheidt, bicampeão olímpico e 11 vezes campeão mundial de iatismo. Ele é primo de Lorena e seu primeiro veleiro foi construído pelo tio Lars. “Tive a felicidade de ter como primeiro barco um belo Optimist construído pelo Kalmar, do qual guardo ótimas recordações”, completa Scheidt. “Eles são uma referência no mercado. Os barcos de madeira têm forte apelo entre os navegadores mais tradicionais e saudosistas”, diz o jornalista Jorge de Souza, editor-chefe da revista Náutica, especializada no setor. Em 2011, Lorena decidiu apostar na diversificação dos negócios e pôs em prática uma ideia dos tempos de faculdade. Por ser uma atividade sazonal, com períodos ociosos entre um projeto naval e outro, ela quis abrir o leque. Surgiu assim a movelaria Boá, que desenvolve belos produtos de madeira aproveitando a mão de obra e a infraestrutura disponíveis no estaleiro. As primeiras peças começaram a ser fabricadas em janeiro de 2012 e atualmente são 12 modelos, com preços de R$ 2.600 (mesa bombordo lateral) a R$ 22.900 (banheira Joaquina). Também são oferecidas luminárias, com preços entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Por ser uma

parte relativamente nova do Kalmar, os produtos Boá são feitos e vendidos diretamente na matriz em Itajaí, mas em breve devem chegar às lojas. Outra aposta de Lorena para o futuro é a divisão Kalmar Sports, que amplia a diversificação com o foco em esportes aquáticos. Além da canoa canadense, já consagrada e com preço na casa dos R$ 12 mil, são vendidas pranchas de stand up, laminadas em madeira, em três tamanhos. O preço médio é de R$ 4,4 mil. “O stand up é uma prática esportiva que cresce muito e tem a ver conosco”, diz Lorena. As pranchas também são feitas sob encomenda, mas já há conversas com lojas de esportes para comercializar os produtos. Os novos projetos demandam cada vez mais tempo, mas Lorena, solteira e sem fi lhos, consegue encontrar suas brechas. No tempo livre a jovem empresária navega pelo litoral brasileiro, em especial em Angra dos Reis e Búzios, no Rio de Janeiro. É a tal água salgada correndo no sangue escandinavo, sempre falando mais alto.

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EXECUTIVA

Barco Thomaz II passa por reforma completa no estaleiro de Itajaí. Na pág. ao lado, a partir da esquerda: poltrona costado, da movelaria Boá; prancha de stand up paddle; e canoas canadenses

Mar de negócios

NAVEGUE PELOS NÚMEROS DO KALMAR

ANO DE FUNDAÇÃO 1982 FUNCIONÁRIOS 20 FATURAMENTO EM 2012 R$ 1,2 MILHÃO NÚMERO MÉDIO DE CLIENTES ATENDIDOS POR ANO, ENTRE REFORMAS E CONSTRUÇÕES 12 PORTFÓLIO SETE MODELOS, ENTRE BARCOS, VELEIROS, CANOAS E PRANCHAS DE STAND UP PADDLE* PRODUTOS OFERECIDOS PELA MOVELARIA BOÁ 12* *NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO OS PROJETOS PERSONALIZADOS, DESENVOLVIDOS DE ACORDO COM A VONTADE DO CLIENTE

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dores de componentes, como os motores. “O Kalmar é o grande líder nacional em marcenaria naval e acabamento. A qualidade dos produtos e serviços é indiscutível”, atesta o navegador brasileiro Robert Scheidt, bicampeão olímpico e 11 vezes campeão mundial de iatismo. Ele é primo de Lorena e seu primeiro veleiro foi construído pelo tio Lars. “Tive a felicidade de ter como primeiro barco um belo Optimist construído pelo Kalmar, do qual guardo ótimas recordações”, completa Scheidt. “Eles são uma referência no mercado. Os barcos de madeira têm forte apelo entre os navegadores mais tradicionais e saudosistas”, diz o jornalista Jorge de Souza, editor-chefe da revista Náutica, especializada no setor. Em 2011, Lorena decidiu apostar na diversificação dos negócios e pôs em prática uma ideia dos tempos de faculdade. Por ser uma atividade sazonal, com períodos ociosos entre um projeto naval e outro, ela quis abrir o leque. Surgiu assim a movelaria Boá, que desenvolve belos produtos de madeira aproveitando a mão de obra e a infraestrutura disponíveis no estaleiro. As primeiras peças começaram a ser fabricadas em janeiro de 2012 e atualmente são 12 modelos, com preços de R$ 2.600 (mesa bombordo lateral) a R$ 22.900 (banheira Joaquina). Também são oferecidas luminárias, com preços entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Por ser uma

parte relativamente nova do Kalmar, os produtos Boá são feitos e vendidos diretamente na matriz em Itajaí, mas em breve devem chegar às lojas. Outra aposta de Lorena para o futuro é a divisão Kalmar Sports, que amplia a diversificação com o foco em esportes aquáticos. Além da canoa canadense, já consagrada e com preço na casa dos R$ 12 mil, são vendidas pranchas de stand up, laminadas em madeira, em três tamanhos. O preço médio é de R$ 4,4 mil. “O stand up é uma prática esportiva que cresce muito e tem a ver conosco”, diz Lorena. As pranchas também são feitas sob encomenda, mas já há conversas com lojas de esportes para comercializar os produtos. Os novos projetos demandam cada vez mais tempo, mas Lorena, solteira e sem fi lhos, consegue encontrar suas brechas. No tempo livre a jovem empresária navega pelo litoral brasileiro, em especial em Angra dos Reis e Búzios, no Rio de Janeiro. É a tal água salgada correndo no sangue escandinavo, sempre falando mais alto.

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