Revista Reformador de Fevereiro de 2008

Page 33

reformador Fevereiro 2008 - b.qxp

3/4/2008

10:38

Page 33

A magnitude da fé em nossas vidas A D É S I O A LV E S M AC H A D O

Q

uando Ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos aos seus pés, disse: Senhor, tem piedade de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois cai muitas vezes no fogo e, muitas vezes, na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui este menino. E, tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos, então, vieram ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: transporta-te daí

para ali e ela se transportaria e nada vos seria impossível. (Mateus, 17:14-20.)

Muito significativa essa passagem de Jesus. A parábola da figueira que secou é outra demonstração deixada por Jesus para refletirmos seriamente sobre a fé, encontrada em Lucas (13:6-9). Nela, passamos a ver o homem na figueira que foi plantada, mas que não frutificou. Assim é o religioso que se diz cristão, mas em verdade, não mostra seus “frutos”. Todos os homens, deliberadamente inúteis por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou. Pedro, ao não conseguir andar sobre as águas, mereceu de Jesus uma advertência quanto à sua falta de fé, em Lucas (8:25). Quantos de nós não nos amedrontaríamos, como o fez Pedro, e também afundaríamos!? Tomé, em João (20:24), não acreditou no reaparecimento de Jesus após a sua crucificação. Tor-

nou-se, por isso mesmo, até hoje, um símbolo da falta de fé. Essa passagem é sempre lembrada por todos quantos desejam enfatizar a ausência da fé na criatura. Jesus, em várias de suas lições, querendo destacar a significativa importância da fé, mostrou, com sua exemplificação, que será necessário ao homem acreditar nas próprias forças, o que o tornará capaz de executar certos feitos materiais. Quem duvida é um pessimista e se vê impossibilitado de crescimento moral. Se não acreditarmos que somos capazes de amar até os inimigos, de que adianta afirmar que acreditamos em Jesus? Estabeleceria, por acaso, Jesus um objetivo educativo para nós impossível de ser alcançado? Como ficaria sua condição de Mestre dos mestres? Tiago, em sua Carta (2:14), foi extraordinário quando se referiu à associação que deve existir entre a fé e as ações da criatura, ao afirmar que “[...] nenhum proveito existe, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras. Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?”. Fevereiro 2008 • Reformador

71

33


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.