Revista Reformador de Fevereiro de 2004

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Alberto Nogueira da Gama Lauro de O. São Thiago

EFORMADOR de janeiro noticiou a desencarnação de nosso confrade Alberto Nogueira da Gama, ocorrida na madrugada de 29 de novembro de 2003. Foi, então, apenas uma breve notícia. Agora, porém, aqui queremos novamente recordar o nosso Gama – como todos nós, seus confrades espíritas da FEB, afetuosamente o tratávamos –, lembrando de maneira mais demorada o devotado trabalhador que ele foi na seara espírita e acompanhada essa mais demorada lembrança de nossos sentimentos de afeto e já, agora, de verdadeira saudade. Nesta revista – Reformador, que é órgão de imprensa da FEB – ele colaborou intensamente por várias décadas com artigos por ele muito bem elaborados, neles adotando diversos pseudônimos, tais como Laureano Prado, Plínio Lúcio, Lucas Pardal e Passos Lírio. Foi inclusive com este último, Passos Lírio, que ele escreveu sob o título “Natal com Jesus” um notável artigo publicado em Reformador de dezembro de 2003. Ele não era apenas um escritor de linguagem escorreita e fluente, mas também um orador eloqüente que deleitava ou comovia a quantos o ouviam. Nasceu Alberto Nogueira da

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Gama no Estado do Espírito Santo, na cidade de Linhares, em 30/4/1918. Tinha, portanto, quando desencarnou, pouco mais de 85 anos de idade, sendo sepultado no cemitério de S. João Batista. Foram seus pais Francisco de Paula Nogueira da Gama e D. Idalina Paulina Nogueira. Proporcionaram eles ao filho a possibilidade de realização de estudos completos de 1o e 2o graus. O curso primário ele o realizou em Colatina e o secundário em Vitória, a capital do Estado capixaba. Mas o Gama quis dedicar-se também à prática da taquigrafia e a tal ponto que, no Centro Taquigráfico Brasileiro, chegou a exercer funções de professor de taquigrafia. Além destas funções no Centro Taquigráfico Brasileiro, ele foi também funcionário da Rhodia e da Federação Espírita Brasileira.

Em primeiras núpcias casou o nosso confrade com D. Maria de Lourdes Barros da Gama, com quem teve oito filhos. Enviuvando mais tarde, casou em segundas núpcias com a nossa estimada Maria Angélica, não tendo, porém, dela nenhum descendente. Ingressou no Espiritismo no alvorecer da vida, mal saído da adolescência, e já aos 18 anos ascendia à presidência do Centro Espírita “Paz e Amor em Deus”, no subúrbio de São Torquato. Em 1939 mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi representante, no Conselho Federativo Nacional, da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, de 1958 a 1962. Diretor do Departamento de Juventude da FEB em 1953 e de 1959 a 1965, do qual era membro ativo desde 1949. Diretor do Departamento de Infância e Juventude da FEB de 1966 a 1969. Tornou-se em 1947 o primeiro presidente da União das Juventudes Espíritas do Distrito Federal, da qual faziam parte jovens de saudosa memória, como Antonio Villela, Arnaldo Ávila Campos, Clovis Tavares, Laís Teixeira Dias, Agadyr Teixeira Torres, Célia Xavier, Joel Soares de Castro, Hernani Trindade Sant’Anna, Abelardo Idalgo Magalhães, além de outros. A U.J.E.D.F. foi fundada na Federação Espírita Brasileira em 31 de agosto de 1947, com a presença de Deolindo Amorim, Lins de VasconReformador/Fevereiro 2004


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