Revista Espírita de Fevereiro de 2003

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mita a felicidade de saber-te plenamente restaurado de saúde. Muito grato pelas notícias em que me confirmas a existência do nosso caro irmão Álvaro Damasceno, apresso-me a contar-te novo encontro que tivemos no Plano Espiritual, de 29 para 30, ou de sexta para sábado últimos. – Vim tarde para casa, porque a nossa sessão pública terminou nas primeiras horas da madrugada. Deitei-me e, pouco tempo passado, vi-me conduzido a uma região que não sei descrever corretamente. Tive a idéia de que no estado em que me achava não me afligia por qualquer aspecto exterior. Acompanhado, entrei numa casa de agradável aparência, ladeada de flores e num ambiente alegre como se houvesse ali música que não era ouvida. Não tenho outra expressão para figurar o que senti. Fui recebido pelo mesmo Espírito que fiquei conhecendo por Álvaro Damasceno. Mandou-me entrar com afabilidade. Entrei. Numa sala grande e bela, mas simples e acolhedora, estavam senhoras. Conheci logo Estevina, a irmã dela, que já conhecia de nossos trabalhos espirituais em Pedro Leopoldo, uma outra que fiquei sabendo ser D. Aldana, muito singular pela formosa cabeleira escura, e uma outra muito simpática que me apresentaram como sendo Carlinda. Ao lado delas, reconheci-te e, de improviso, reconheci Emmanuel, percebendo que fora ele que me conduzira até lá, porque cumprimentava-te, dando a entender que estava chegando. Reformador/Fevereiro 2003

Com o Álvaro, formamos ao todo oito pessoas. Reunimo-nos de alma alegre. Felizes. Uma felicidade leve, estranha. Emmanuel, sorrindo, pediu a D. Aldana que assumisse a direção dos trabalhos espirituais. Compreendi que estava ali para seguir uma reunião.

Ismael Gomes Braga

Não estávamos em torno de mesa grande como na Terra, em reuniões habituais de nossa fé. Sentávamo-nos à vontade, em espécies de divãs compridos, mas D. Aldana se deslocou e sentou-se ao pé de um móvel diferente, que parecia característico para salientar a pessoa que o ocupasse. D. Aldana fez uma prece que nos deixou em lágrimas de profunda emoção. Em seguida, leu num exemplar de O Evangelho segundo o Espiritismo alguns trechos do capitulo V, em que se fala de bem-aventurança aos aflitos. Comentou

em minutos rápidos e, em seguida, a senhora de nome Carlinda se levantou e, caminhando para teu lado, aplicou-te muita medicação na zona do tórax, envolvendo-te em forças magnéticas que tomavam cor aos meus olhos. Uma espécie de coleção de ondas rosadas que absorvias, através da respiração a longos haustos. Agradeceste em pranto mal contido o socorro que acabaste de receber, chamando a Sra. Carlinda por “Vovó”, mas não fiquei sabendo se era mesmo alguma de tuas avozinhas. O ambiente doce, mas extremamente respeitável, não me favorecia perguntas. D. Aldana encerrou a reunião enquanto a irmã Quininha tocava um instrumento que me pareceu um piano diferente, porque era alto e exigia da musicista a posição de pé. A melodia era suave, de grande beleza. Finda a música, a irmã Quininha disse-te: – Ismael, dediquei a música não apenas ao teu coração fraterno, mas também ao Oscar e à mamãe Augusta, ausentes de nossas preces. Sorriste e aprovaste, mas não fiquei sabendo de quem se tratava. Perguntaste a ela sobre a mamãe Augusta e ela disse que o “Padre Anselmo estava prestando a ela grande auxílio”. Seguia tudo com atenção, mas sentia de mim para comigo que não devia perguntar sobre o que vinha observando. Logo após, todos os presentes, inclusive Emmanuel, te dirigiram palavras de reconforto. Pediam-te coragem, tranqüilidade, bom ânimo, alegria. > 57

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