Esmeralda

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A lei religiosa de Cashel era justa. Ela sabia que mãe nenhuma era obrigada a abandonar o filho. Contudo, tirá-lo do reino era excluí-lo do futuro trono. Como poderia fazer tal coisa? — Randu — Lugus reagiu, exasperado. — Sou seu pai e seu Rei. É ao meu lado que deve ficar. — Se minha mãe ir embora, irei com ela — ele avisou. Era uma chantagem emocional infantil. Lugus amava o filho, mas não mais que o próprio orgulho. — Se for com ela, será deserdado. Será tratado como bastardo, e jamais porá os pés novamente no castelo. É isso que quer? — Eu não quero ser rei — o menino retrucou. — Eu só quero ficar com a minha mãe. Subitamente, Brione compreendeu uma das grandes verdades da vida. Nenhum poder e nenhuma riqueza no mundo valeriam mais que a presença de uma mãe. Ela chorou pela sua, quando teve que ir embora. Durante todos aqueles anos no castelo, em nenhum momento quis ser rainha. Quando a mãe faleceu, não pôde velá-la porque o reino estava em guerra. Perdeu toda a família quando Lugus usou sua aldeia como escudo contra o exército de Masha. Agora, pensava em abandonar o filho pequeno em nome de algo que não lhe traria felicidade?


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