RECONCILIANDO TODAS AS COISAS

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Introdução

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Fui para Jackson por três meses e fiquei por dezessete anos. Minha esposa, Donna, e eu nos conhecemos e nos casamos na Voice of Calvary, e nossos três filhos nasceram ou foram adotados lá. Eu vi nossa igreja quase ser dividida em uma crise racial. Experimentei revelações de como Deus pode trazer alegria, amizade e nova vida através da dor, do fracasso e da fraqueza. Ao longo do caminho tornei-me um amigo e colaborador improvável de Spencer Perkins, o filho do fundador, que cresceu em meio a intensa animosidade racial. Ajudamos a iniciar uma comunidade cristã chamada Antioquia, na qual nossas famílias viveram durante doze anos. Fundamos também um ministério nacional de reconciliação e escrevemos um livro para contar nossa história. Então Spencer e eu quase nos separamos em 1997 – uma dolorosa crise de relacionamento. Mas, de alguma forma, com a ajuda de amigos, aprendemos a dar um ao outro graça suficiente para seguir em frente e a confiar em Deus na necessidade. Tentar viver pacificamente em uma vizinhança, em uma igreja e com uma pessoa chamada Spencer, me ensinou que a reconciliação é uma longa e frágil jornada. Mas a lição mais importante daqueles dezessete anos no Mississipi foi essa: mesmo em um mundo profundamente dividido, mesmo no mais profundamente dividido relacionamento, o modo como as coisas são não é o modo como as coisas têm que ser. Depois da morte repentina de Spencer em 1998 e de um período de discernimento, nossa família abriu um novo capítulo. Aqui em um lugar diferente – do outro lado do caminho na Duke University – imediatamente me senti inquieto: podem lugares como Duke e West Jackson dizer alô, se tornarem amigos e transformarem um ao outro?


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