Jornadas "Memória & Esperança 2021" Francisco Franco

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Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco 22-23-24 de outubro de 2021

Uma jornada de memória, luto e afirmação da esperança…


“Aprendemos a dar valor às pequenas coisas da vida, tais como sair de casa, conviver com amigos e familiares, ou, simplesmente, respirar livremente. Com isto, espero que todos tomemos consciência de como até as pequenas coisas importam.”

Afonso Lopes | 10.º 2


opinião, aprendemos a valorizar coisas que antes pareciam ser

insignificantes, tais como o simples facto de podermos sair de casa e

abraçar quem amamos.”

Ana Carolina Medeiros| 10.º 2

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“Com esta pandemia, na minha


“Durante estes dois últimos anos, apercebi-me que o mundo em que vivemos pode mudar do dia para a noite, mas mesmo assim espero que no futuro nos possamos ajudar a todos, ignorando as nossas diferenças.”

António Freitas | 10.º 2


“A normalidade entrou em reajustes e a realidade mudou. A Natureza até ajudou e a esperança aumentou, com o trabalho em cooperação para o bem de todos e de um mundo melhor. Espero que tenhamos aprendido a colaborar para no futuro termos um mundo melhor.”

Carolina Vasconcelos | 10.º 2

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“Com a pandemia aprendi a respeitar mais o trabalho dos

profissionais de saúde, pois estes puseram-se em risco às suas famílias ao estarem em contacto com o vírus. Para o futuro

desejo

voltar

à

minha

rotina,

sem

máscaras,

nem

distanciamento social, ou restrições para viajar.”

Cátia Sousa | 10.º 2

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A pandemia fez-nos perceber quem está do nosso lado.

Dina Abreu | 10.º 2

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“Espero que as pessoas tenham percebido que dependemos uns dos outros e que, juntos, podemos ultrapassar qualquer outro obstáculo. O Covid-19 trouxe muitos problemas de saúde, mostrando-nos que devemos aproveitar todos os momentos e todas as pessoas que amamos.”

Ernâni Correia | 10.º 2


“A pandemia teve um forte impacto na vida de cada um, trazendo consigo inúmeras consequências. Também afetou a sociedade, tornando-a mais responsável e cautelosa. Apesar de tudo a esperança tem de fazer parte das nossas vidas.”

Inês Correia | 10.º 2

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vírus, tao pequeno para se ver, tenha sido grande o suficiente para mudar o mundo, unir populações e fortalecer relações. Trouxe-me a esperança de que possamos, mais do que nunca, valorizar a união.”

Inês Mota | 10º 2

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“Não deixa de ser irónico que um


“O covid ensinou-nos que não se deve dar nada como garantido, uma vez que mudou a vida de milhões de pessoas, num piscar de olhos. Apesar disso, temos de manter a cabeça erguida, pois tudo tem um fim.”

Isabel Pereira | 10.º 2

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vidas são apenas instantes. Assim sendo, tenho a esperança de que mais pessoas irão entender isto e vão parar de deixar para amanhã o que podem fazer, dizer, demonstrar hoje.”

João Almada | 10.º 2

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“Com tantas mortes causadas por esta pandemia, a Covid-19 fez-me perceber que as nossas


“A pandemia fez com que aprendêssemos a valorizar mais pequenos aspetos da vida, como estar com a família e amigos e até viajar. Por esse mesmo motivo, no futuro, as pessoas darão mais valor aos momentos vividos, por terem sido privadas de muitas experiências, durante a pandemia.”

Leonor Jerónimo | 10.º 2

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imaginadas. O isolamento social, que levou a uma nova aprendizagem de estar no mundo e consequentemente a evidenciar

problemas de depressão, fez o número de divórcios disparar no pós-pandemia, pois os casais viram-se confrontados com uma vivência para a qual não estavam preparados.

Em Portugal aumentou o número de casos de violência doméstica e as aprendizagens foram muito penalizadas, pois a aprendizagem presencial é sobejamente melhor do que a digital. As sociedades estão estruturadas em função das escolas, isto é, uma vez que estas fecharam, os pais não puderam ir trabalhar, para ficarem com os filhos menores. Tudo na vida tem vantagens e desvantagens e o maior problema com este vírus foi mesmo a globalização. Ao vivermos num mundo onde há a constante circulação de pessoas, o vírus que surgiu, ao que se sabe, num mercado chinês, rapidamente espalhou-se pelo mundo.

Contudo, e para finalizar, sou da opinião que esta pandemia nos trouxe um caminho para a felicidade e a qualidade de vida das famílias. Tal como a presidente da Nova Zelândia, gostaria que num pós-pandemia as

pessoas pudessem trabalhar mais a partir de casa, ou dois dias na semana e os restantes presencialmente.”

Luísa Sousa | 10.º 2

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“O Covid 19 apanhou-nos desprevenidos no início do ano 2020 e consigo surgiram realidades nunca antes


que devemos aproveitar mais os momentos, uma vez que nada é garantido. No entanto, tenho a esperança de que, no futuro, possamos ser mais gratos por aquilo que temos.”

Maria Inês Silva | 10º 2

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“A pandemia fez-me compreender


“A pandemia fez-me refletir sobre o impacto que temos na vida dos outros e que a altura em que estávamos mais distantes foi também a altura em que nos encontrávamos mais unidos.”

Maya Handa | 10.º 2

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solidão, que se alastrou pelo mundo e afetou muitos. Espero que o futuro

traga uma maior consciência da importância da companhia e da

presença física do outro.”

Mónica Dias | 10.º 2

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“A pandemia revelou o significado de


ser humano ganhou a consciência do quão insignificante é, apesar da tecnologia que domina. Contudo, a sociedade aprendeu a ser mais humana e generosa. Espero que este ensinamento

perdure durante muito tempo, pois outras pandemias poderão surgir.

Nélio Afonso Gonçalves | 10.º 2

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A pandemia do Covid-19 veio ensinar ao mundo inteiro o real significado do verbo confinar. O


negativas no que diz respeito à saúde da população mundial, tendo, concomitantemente, contribuído para o afastamento prolongado de inúmeras famílias, por outro, dada a

necessidade de nos unirmos, permitiu salientar a importância da entreajuda e do trabalho cooperativo e solidário em prol da concretização de um objetivo comum. Como tal, espero que,

futuramente, tendo em consideração a consciência que deveria ter sido adquirida pela nossa sociedade como resultado desta situação infausta, nos encontremos devidamente preparados,

caso nos deparemos com circunstâncias semelhantes.”

Rita Jerónimo | 10.º 2

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“A pandemia do Covid-19, ainda que, por um lado, tenha culminado em repercussões bastante


“Estas jornadas trazem à memória o esforço e união de todos que ajudaram a diminuir as consequências desta pandemia, que infelizmente trouxe danos pessoais a cada um de nós, mas traz também a esperança de um mundo melhor, mais saudável e equilibrado.”

Rute Fernandez | 10.º 2

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especificamente a quarentena, foi

um momento de introspeção, me trouxe outra perceção do mundo e

me ajudou a perceber a fugacidade das minhas certezas. Espero que

depois desta pandemia undo se torne num lugar melhor.“

Sara Nóbrega | 10º 2

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“A pandemia do covid-19, mais


nossas relações pessoais e sociais, evidenciado pelo comportamento e atitude de várias pessoas, quando se verificaram os primeiros desconfinamentos.

Hoje em dia, as tecnologias reformam e revolucionam a nossa sociedade como a conhecemos, mas isso não impediu que todos sentissem saudade, tristeza ou nostalgia. A humanidade

regressará mais unida desta pandemia, as pessoas ficarão mais conectadas. Conseguiremos trabalhar em conjunto para ultrapassá-la! Trabalharemos juntos para um mundo melhor!”

Tiago Flor Fernandes | 10.º 2

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“Durante a pandemia, todos nós ficamos isolados em casa durante meses. Isso afetou muito as


devido ao confinamento. Espero que futuramente, o amor que

sentimos uns pelos outros seja suficiente para aquecer o mundo!”

Tomás Carvalho | 10.º 2

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“As pessoas ficaram mais frias


“Eu agradeço todos os médicos que arriscam a sua saúde todos os dias a lutar contra esta doença.”

Afonso Freitas | 10.º 4


“A pandemia foi uma tragédia para todos nós. Ao longo, perdemos vários seres queridos e eles nunca irão ser esquecidos, mas sempre haverá uma luz no final do túnel e eles sempre estarão nos nossos corações enquanto seguimos em frente. Obrigado a todos os profissionais de saúde que têm feito o seu melhor para a segurança de todos.”

Beatriz Loreto | 10.º 4

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demonstrar durante esta pandemia, arriscando as suas vidas. Espero que esta situação passe

logo e que em breve possamos usufruir o mundo livre de sofrimento. Obrigada por tudo o que têm feito em favor de todas as vítimas e pelo que continuarão a fazer pela sociedade e o bem-

estar de todos!”

Carolina Alves | 10.º 4

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“Gostaria de agradecer o empenho, dedicação e sacrifício que os profissionais de saúde estão a


“O que era uma loucura tornou-se uma realidade”

Dinis Franco | 10.º 4

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verdadeiros heróis usavam bata e

dedicaram se a salvar as nossas vidas.”

Eduarda Camacho | 10.º 4

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“Durante a pandemia os


"Muito obrigado a todos os profissionais de saúde que fizeram com que muitas vidas humanas fossem salvas, agradeço de coração a todos os que contribuíram para que o Covid acabe."

Hugo Pereira | 10.º 4

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“O Covid-19 fez-nos perceber a importância dos profissionais de saúde que outrora eram desmerecidos e agora nesta pandemia tornaram-se uns verdadeiros heróis com a sua árdua dedicação aos doentes. Obrigado a todos!”

Inês Baptista | 10.º 4

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o covid acabar, mas para isso devemos nos vacinar. Quando isto tudo terminar, assim, celebrar!”

Lídia Silva | 10.º 4

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“Vamo-nos juntar e unir forças para


“Durante a pandemia, todos nós tivemos de ficar em isolamento social, o que nos fez ter consciência de

que precisamos todos uns dos outros, daí ter a esperança de, independentemente do que aconteça, nunca mais ter de me separar de quem gosto e me faz bem.”

Madalena Barbeito | 10.º 4


stress e os sentimentos parecidos não são sinal de que não consigam

fazer o vosso trabalho ou fraqueza. Obrigado por todo o vosso esforço

para tratar esta doença.”

Manuel Brazão | 10º 4

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“Aos profissionais de saúde: O


Todos os que se uniram e lutaram para ajudar quem sofria com a covid malvada ficarão sempre na memória e no coração dos familiares de quem a vida foi salva e de quem a vida foi levada.”

Maria Moreira | 10.º 4

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“A covid apareceu a toda a velocidade e levou inocentes que deixam uma enorme saudade.


“Na quarentena senti-me sozinho por não poder ir à escola e ver os meus amigos mas graças aos médicos e cientistas que trabalharam arduamente agora posso revê-los”

Nuno Cró | 10.º 4

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“ Finais doem, mas recomeços curam.”

Pedro Figueira | 10.º 4

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“COVID-19, um vírus que nos causou muito sofrimento. Muita gratidão

aos

profissionais

de

saúde

pelo

excelente

desempenho a evitar que esta dor aumente.”

Pedro Gouveia | 10.º 4

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“Nestes tempos difíceis, proteger as pessoas que mais amamos é o segredo, para que elas continuem ao nosso lado hoje e sempre.”

Sara Ferreira | 10.º 4

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“Profissionais de saúde, os nossos guerrilheiros mascarados. Cheios de esperança, de boa vontade e força em punho, lutando sem parar contra um inimigo não visível, que só veio nos atormentar. Obrigada por tudo o que têm feito, nossos soldados em combate.”

Sara Gomes | 10.º 4

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“Em tempos de crise, empatia é fundamental.”

Sofia Abreu | 10.º 4

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““A covid-19 tirou muito de nós mas coube aos que ficaram, encher o vazio no coração dos que

partiram. Para ganharmos esta batalha à covid-19 temos que nos unir e lutar por aqueles que já partiram.”

Tomé Freitas | 10.º 4


“Com a pandemia por que estamos a passar, já ocorreram muitas mortes e muitas pessoas gravemente afetadas pelo covid. Durante algum deste tempo tivemos de ficar em casa sem poder sair, o que me fez

perceber que devemos sempre aproveitar cada momento que temos com aqueles que nos são mais próximos pois nunca sabemos o que lhes pode acontecer e começar a valorizar aquilo que muitas

vezes antes era insignificante ou normal, como por exemplo sair de casa quando queremos ou não usarmos máscaras.”

Vera Pereira | 10.º 4


41, 9, 73, 21, 14, 703

38, 64, 100, 124, 74

Tantos números que não mostram a verdade,

Um dia tudo serão zeros

Escondem as memórias dos que partiram

Tudo irá melhorar

E a dor dos que ficaram

E o Covid haverá de passar

5, 16, 42, 27, 52

Mas a que preço?

Mais números que não dizem nada Não falam da correria dos que salvam Nem da tristeza dos que choram

Afonso Almeida | 12.º 1

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Os Números


Mas ele veio.

Ele não sabe com quem se meteu,

a uns assustavam.

Veio para ficar.

e não tem consciência do erro que cometeu.

A outros, que nunca acreditaram,

Quis fazer-se notar.

Irá desaparecer.

os eventos

E não parou, sem desistir,

Irá perecer.

ainda mais superaram

até se fazer ouvir

Irá perder.

as expetativas

em todas as rádios, televisões

Definitivamente!

de quem aos ventos

e inúmeras telecomunicações.

E não mais iremos sofrer,

destinou

Não quer desaparecer,

não mais teremos a liberdade apartada dos

os futuros acontecimentos.

ousa permanecer

nossos corações,

naqueles que, inocentes ou não,

não mais veremos os nossos rendidos às

encontraram escrito, na sua sina,

orações.

que o chegariam a conhecer. Covid, obrigado por nos fazeres ver

o que recusámos perceber. No entanto, agora acabou. A TUA HORA CHEGOU!!!

Afonso Jacinto | 12.º 1

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As notícias que chegavam


que pareciam não acabar e nunca ninguém sabia bem o que se estava a passar nem se a situação iria, algum dia, ficar melhor.

Tudo era muito incerto. Víamos imensas pessoas a morrer e não podíamos fazer nada, apenas acreditar que aqueles que podiam fazer alguma coisa estavam lá para ajudar. Nos hospitais dias intermináveis se passavam. Enfermeiros e médicos a ver os seus pacientes a morrer e sem conseguir dar uma

resposta positiva de que tudo ia ficar bem. Pessoas em pânico constantemente. O mundo parecia que ia acabar. Mas resistentes fomos.

Apesar de infelizmente muitos terem morrido sem uma mão amiga ao seu lado e muita gente ter sofrido por causa da morte dos seus entes queridos, aquela incerteza que todos sentiam começou a melhorar no momento em que ouvimos que a vacina estava para vir. Passámos meses a sonhar pelo dia em que finalmente poderíamos levar a vacina e, no dia em que isso aconteceu, acho

que todos sentiram um alívio. Não um alívio de que agora podíamos fazer tudo o que podíamos fazer há dois anos, mas um alívio de que as coisas, aos poucos, poderiam voltar ao normal ou, pelo menos, tornarem-se num novo normal. Porque agora, nunca mais vamos poder fazer o que fazíamos antes, temos de nos adaptar a este estilo de vida que, infelizmente, o covid nos proporcionou. Mas com esperança e fé podemos ver os números a baixarem, menos mortos, e enfermeiros e médicos mais descansados com a situação.

Ainda bem que está tudo a ficar bem mas acho que, daqui para a frente, a nossa realidade vai mudar. Mesmo assim acho que nos tornamos uma sociedade cheia de fé e que tenta sempre ver as coisas de uma maneira positiva sem nunca desmotivar.”

Ana Maria Dias | 12.º 1

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“Nestes últimos 18 meses a vida de todos nós deu uma volta de 180°. Todos tivemos de ir para casa durante meses, meses estes


Uma cidade vazia

Ouvem-se nas notícias, Leem-se nos jornais,

Uma cidade outrora cheia,

Os casos aumentam

onde se distribuíam beijos e abraços

Mas as distâncias mantém-se iguais.

É agora uma cidade vazia E os convívios são escassos.

Quando haverá isto de passar?

Quando irão os alunos à escola retornar? Já não se veem crianças a correr

Perguntas sem uma resposta certa são feitas

Nem se ouvem conversas nas esplanadas

E a cidade continua a esperar.

Não se ouvem aves a cantar

Tampouco rapazes e raparigas de mãos dadas.

Os poucos que por ali ainda passam São aqueles que em casa não podem ficar

A cidade agora está carente

Que se arriscam nesse mundo “contagioso”

Do afeto que nela se ia distribuindo.

Para que aos seus nada possa faltar.

Fica apenas uma saudade coerente,

Beatriz Jardim | 12.º 1

Dos que passavam por ela sorrindo.


Para cada número

Ó ser destrutivo,

Minúsculo ser destrutivo,

Uma história sem contar,

Que de repente apareceste,

Milhares levaste

Uma família arrasada

Não me digas quantos

Como também

E mais um enterro incrementar.

De prémio fizeste.

Quantos levaste?

Um número,

Uma armadura prateada

E ainda desejas levar

Uma lágrima,

Reduzida a um papel na cara

As lágrimas…

Uma história,

Com a mesma respiração dificultada

Já não conseguem parar.

Uma vida…

Nossas vidas atrasaste.

Circulando, em círculos, na máscara. Ao andar na rua Ligar a televisão

Vários vultos caídos

Não é opção.

A máscara e a tela tapam,

Os números crescem,

Não são reconhecidos.

A vida não.

Beatriz Nunes | 12.º 1

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Vida, não número


Felizmente muitas pessoas estiveram a ajudar

Que o bicho decidiu aparecer

A quem temos muito a agradecer

E tudo o que planeávamos

Estiveram muitas horas a trabalhar

Nunca chegou a acontecer.

Que nem tempo tiveram para espairecer.

Fomos para casa e ficámos em quarentena

Como depois da tempestade vem a bonança

fechados durante uns meses

Finalmente apareceu a vacina

Que mais parecia o cumprimento de uma pena.

que nos deixou com esperança que para muitos repentina.

Carlota Rodrigues e Câmara | 12.º 1

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Foi quando menos esperávamos


sem arma nem ameaça

somente com morte e desgraça. Fomos salvos por guerreiros que deram a sua vida por nós,

por um alguém, por desconhecidos sem sequer refletirem: “E nós?”.

Fascinante! Houve esperança Houve amor, houve tudo

para que pudéssemos sentir a vida mais perto, mais pertinho de nós… Porque é nestes momentos que cada um de nós é chamado para mantermos o mundo em pé e não deitado.

Carolina Gouveia | 12º 1

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Fomos encostados à parede,


Houve pessoas que não sentiram tosse, não tiveram crises de febre nem perderam a capacidade

de captar aromas e paladares. A máscara serviu de barreira, nestes casos, contra este ser que anda junto de nós, escondido, à espera da altura certa para nos atacar. Contudo, esta não tinha a

finalidade de impedir doenças que passam despercebidas no dia a dia. Aquelas que não provêm de um organismo tão pequeno, mas que provêm do equilíbrio psicológico de cada um, desta linha

tão ténue que separa o “estar bem” do ”estar mal”. O isolamento social, a falta de comunicação com o meio exterior, a preocupação com os

familiares idosos ou com aqueles que apresentavam uma saúde mais débil, o medo de serem apanhados por este vírus, foram fatores que tiveram um papel bastante significativo neste

equilíbrio mental. Porém a luta contra este novo vírus era tão grande que por vezes estes desequilíbrios passavam despercebidos, tal como este que anda oculto da vista humana.”

Eda Barros | 12.º 1

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“Doença que não se revela


Milhões foram afetados pela doença e mais de 1 milhão de pessoas infelizmente perdeu a batalha contra aquele que neste momento é o nosso pior inimigo. Assim, não é exagerado dizer que quase toda a gente neste mundo foi prejudicada quer a nível físico quer a nível

sentimental, ou porque contraíram a covid ou porque perderam algum ente querido graças ao coronavírus. Em Portugal, durante estes dois anos tivemos de superar dois confinamentos em massa, ou seja, como que ficamos proibidos de sair de casa, podendo apenas sair para que pudéssemos cumprir as nossas necessidades básicas, como por exemplo, ir ao supermercado

comprar comida. Como consequência, muitos ficaram com problemas psicológicos, ou porque ficaram isolados da família ou porque simplesmente passavam os dias todos sem fazer nada, o que levou a depressões e ansiedade. Outro problema que surgiu foi também a nível da saúde física. Isto porque como praticamente não nos mexíamos, ficava difícil manter a forma. Muitos engordaram e desenvolveram diversos problemas relacionados com esse aumento de peso. Não fomos só nós, a população em geral, que ficou afetada, todo o pessoal ligado à saúde, quer sejam médicos, enfermeiros ou

assistentes de saúde sofrem porque tiveram de passar horas longe dos seus familiares, arriscando a sua vida para ajudar os outros que lutavam para se salvar. Concluindo, a pandemia foi um inferno autêntico e praticamente todos fomos afetados mas, felizmente, a ciência mais uma vez veio

ajudar e com a vacina há a esperança de que isto tudo acabe rapidamente e possamos voltar às nossas vidas ditas normais. Porém, é importante nunca esquecermos aqueles que perderam a vida durante este período pelo que devemos fazer de tudo para que a morte deles não tenha sido em vão.”

Francisco Mendes | 12.º 1

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“Começou há cerca de dois anos aquilo que para muitos de nós foi o período mais difícil das nossas vidas, a pandemia da covid 19.


A vida é cruel

-A vida é cruel.

-Quem vai, envolve-se na paz

-É cruel quando, repentinamente,

-devolvida pelo rompimento da sua dor

nos empurra para um abismo

-Quem fica, afoga-se na mágoa da curta despedida

-E ficamos sem chão, já nada mais faz sentido.

-Aqueles a quem não lhes toca, ultrapassam a dor alheia com a maior das -A sensação de que há uma parte de nós que desaparece

-E nela permanece -Um vazio, incapaz de ser preenchido.

-E é angustiante pensar que quem vai não volta

-E que tudo o que vivemos não passa de uma memória -Que nada nos traz para além de uma saudade que nos sufoca

naturalidades

-Pois mais facilmente se evitam males maiores -Do que se choram pelas fatalidades

-E enquanto muitos sofrem

-Outros mergulham em estatísticas -Nas quais a números são reduzidas milhões de vidas

Inês Fonseca | 12.º 1


ser humano é um ser social e foi-lhe impedido o contacto com os outros. Foi então necessário adotar uma nova mentalidade, “proteja-se a si mas também ao outro”. E de certa forma, o facto

de termos cuidado connosco acaba por contribuir para que o outro também esteja mais seguro. O facto de muitas pessoas não terem tido oportunidade de se despedir dos seus entes queridos foi algo que marcou significativamente esta pandemia e, por isso, é necessário homenagear todos aqueles que passaram por isso mas também aqueles que partiram sem ninguém a seu lado. É importante recordar todo o esforço e empenho que foi concedido e apoiar todos aqueles que ainda sofrem as consequências da pandemia.”

Inês Sousa | 12.º 1

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“É certo que a pandemia devido ao covid-19 foi algo que afetou toda a população. Isto porque o


tempos. “É só uma gripezinha”- diziam aqueles que tentavam menosprezar a realidade que se aproximava e que estava prestes a assolar o mundo: A pandemia. Dizem que quando uma tragédia ocorre, à semelhança da queda de uma meteorito no nosso planeta, este altera-se por completo, extinguindo espécies, causando a devastação total. Todos nós pudemos efetivamente comprovar a veracidade desta afirmação, nenhuma espécie se extinguiu,

é certo…Porém, alterou-se, modificou os seus hábitos, costumes, a sua forma de ser e de estar, de comunicar com os outros ao seu redor e ficou restringida a quatro paredes espessas, “sem ouvidos”, apáticas e gastas de todos os nossos sentimentos “encurralados”. O confinamento passou e com ele levou a vida de muitos, o sonho, a esperança, a fé de que tudo iria “ficar bem”…trouxe o tédio, a necessidade

constante de sentir liberdade e avivou em nós as memórias: memórias de familiares que partiram, ou até mesmo com os quais estávamos impedidos de conviver, memórias do que fomos e do que vivíamos antes de tudo começar. Instalou-se uma “normalidade anormal” sobre nós, regressámos à vida, ao trabalho, uns online, outros presencialmente e tantos (tantos) na linha da frente, durante toda a pandemia a tentar

combater a tal “gripezinha” (como diziam eles), passando dias sem ver os seus, fardados da “cabeça aos pés”, desprovidos de vida. Em tão pouco tempo, a vacina surgiu, fomos inoculados com aquele “líquido de esperança”, e a vida continuou, não podia parar… Mas o certo é que parou! Todos nós tivemos a nossa vida “parada”, mas ainda assim, estávamos em processo de mudança. A pandemia transformou-nos

completamente, fez de nós novas pessoas, obrigou-nos a rever certos conceitos que não estavam devidamente definidos nas nossas cabeças, ensinou-nos a valorizar a vida, os nossos, as vivências e experiências, das quais muitas das vezes abdicávamos porque: “Hoje não me apetece!” Fez-nos mandar para trás este conceito e viver intensamente como se do último dia se tratasse. Pandemia, tu mudaste-me, fizeste de mim uma pessoa mais “crescida” a todos os níveis, fizeste-me aprender a cozinhar receitas as quais jamais julgaria testar, a fazer pulseiras de missangas como antigamente, fizeste-me chorar, ficar aborrecida, triste…Obrigada pelas poucas coisas boas que trouxeste, mas já podes ir embora e levar contigo todo o mal, toda a devastação…Apenas mantém a esperança, pois as memórias, essas ficarão para sempre!”

Isabel Rodrigues | 12.º 1

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“Quase dois anos se passaram desde o início daquele, que ninguém diria, que viria a ser um dos acontecimentos mais marcantes dos nossos


Mas após dezoito longos meses vemos luz

Dezoito meses se passaram,

O mundo retorna à realidade,

Dezoito meses de sofrimento

Voltamos a ver sorrisos nesta cidade.

Dezoito meses num fechamento. As memórias não podem afetar a esperança Onde até os mais cuidadosos são apanhados,

Por mais dolorosas que se tenham tornado

É quase como uma questão de sorte

Temos de acreditar que a vacina nos tenha

Que escolhia a vida ou a morte.

Joana Rodrigues | 12.º 1

salvado.

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Dezoito meses


é Carnaval, mas todos dias antes de sair de casa colocamos uma máscara e escondemos quem somos. Vagueamos pelas ruas de máscara, vamos ao supermercado, vamos para a escola, para o trabalho, para todo o lado e usamos máscara, vivemos de máscara. Os olhares, os olhares tornaram-se longos abraços, tornaram-se o mais íntimo dos cumprimentos. Já não vemos sorrisos, não vemos feições, apenas os olhares de todos aqueles que sofrem, que aceitam, que sobrevivem. Não tocar, não aproximar, não retirar a máscara, desinfetar e lavar as mãos, um mundo que de um dia para o outro ficou de pernas para o ar e assim todos nós nos sentimos, estranhos num mundo que é nosso mas já não é

o nosso. Estaremos perto do fim? A situação parece ter melhorado, mas o medo permanece, o que estamos a viver vai

deixar sequelas, não só naqueles que contraíram a doença, mas também naqueles que perderam os seus entes queridos, nos profissionais que lidaram com os doentes, em todos nós, pois de uma maneira ou de outra todos

fomos afetados. No entanto, existe sempre algo que não podemos deixar que seja afetado, a esperança, pois, como dizem, “é a última a morrer”. Não podia fazer mais sentido esta frase, porque num mundo em que a morte nos rodeia, a esperança é mesmo algo por que devemos lutar para sobreviver.

Mara Silva | 12.º 1

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“São só quinze dias, todos diziam. Passaram-se dezoito meses e aqui estamos todos mascarados. Não, ainda não


marcas nas pessoas que tiveram o privilégio de a conhecer. Marcas de amor, carinho, amizade, confiança, mas a maior de todas elas, a saudade. Essa pessoa tão especial ficou infetada devido a uma visita da neta que acabara de ser mãe e vinha dar as felicidades à bisavó. Tinha acabado de ser bisavó... No entanto, era avó de muitos e mãe de outros tantos, sempre com a porta aberta para receber de braços abertos quem precisasse de um teto. Uma vida perdida mas tão bem vivida! Ficou viúva cedo e depressa refez a sua rotina, teve problemas de saúde e superou-os, nunca deixou de lutar pelos seus sonhos, até porque força e coragem nunca lhe faltaram. Adorava a sua

personalidade, sempre divertida, bem-disposta e com alguma anedota para contar. Guardava todos os desenhos que lhe fazia, como se tivessem sido feitos por Picasso, mesmo que fossem apenas dois ou três

rabiscos. Na minha memória ficam os seus abraços calorosos, o sorriso contagiante, as fortes gargalhadas e a força de viver constante. Em mim, permanece a esperança que a vida deixe viver os que a sabem aproveitar da

melhor maneira. 'Viver a vida como se fosse o último dia.', 'Aproveitar cada oportunidade que nos é proporcionada.', 'Planear o presente e deixar que o futuro nos encaminhe por onde ele desejar.', são algumas conclusões e aprendizagens que restam de dias infindáveis para toda a sociedade e que nos fizeram evoluir enquanto seres humanos.”

Maria Inês Santos | 12.º 1

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Num período mais intenso da pandemia mundial, tenho na memória uma pessoa que partiu, deixando grandes


Não sei bem por onde começar, não foi preciso ter perdido a vida para sentirmos que a vida foi perdida.

Desespero? Em palavras é difícil expressar. Não houve uma única alma que se safasse,

Não, era como se o tempo não passasse.

Marta Filipa Jesus | 12.º 1

Com ritmos diferentes, mas todos o vimos a avançar, e quanto ao tempo... nada podemos controlar

simplesmente o deixamos andar.

Como transformar a dor em poema

se a imensidão da dor sentida não me parece que vá acabar.

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Transformar a dor em poema


dias, horas de tristeza, minutos de sufoco e poucos foram os segundos de esperança. Como em toda a jornada temos

momentos de queda, momentos de luta, momentos incertos e ao longo deste tempo, tudo isto pesou de uma maneira tão grande que nos esquecemos das coisas boas, da motivação para a mudança, melhorarmos e sairmos vitoriosos. Temos que nos agarrar às pequenas coisas para fazermos delas as protagonistas da nossa jornada. Vivemos esta pandemia na corda bamba, parecia impossível acharmos um equilíbrio. De um lado a incerteza, do outro o medo, mas não nos podemos esquecer que ainda tínhamos uma corda por onde andar, uma esperança a nos apoiar, o nosso lar para nos proteger, os médicos

para nos socorrer, cientistas a trabalhar, montes de seres pensantes sem tempo para descansar. Nós não podemos ficar de parte, somos responsáveis pelo que aconteceu, mas também somos responsáveis pelo que vai acontecer, todos nós podemos ser a esperança, o cuidado, o suporte, parte de uma barreira para atenuarmos, travarmos este vírus, uma barreira que pode ser construída se trabalharmos em conjunto. Vamos trabalhar para mudar, por nós e por todos. Que nos possamos colocar no lugar da pessoa que realmente sofreu com esta pandemia. Vamos pensar nas vítimas, milhares de pessoas que deixaram memórias,

deixaram uma vida, uma rotina, uma família, um trabalho, pensar no próximo que poderá sofrer, em nós que já sofremos, estamos a sofrer e podemos vir a sofrer. Não vamos deixar que um vírus nos abale, não vamos deixar que nação se vire contra nação. Vamos ser um só, que só pensa em progredir. É difícil, vivemos num mundo com muitas leis, muitas opiniões, diferentes governos

e é sem dúvida um desafio para nos unirmos e estarmos em unanimidade, independentemente de não estarmos sempre de acordo podemos todos sem exceção fazer a diferença, por mais que nos custe temos de ser otimistas, encontrar a luz no fim do

túnel e ter o desejo de navegar em bonança. Em Mateus 5:45 diz "O Sol nasce pra todos e a chuva cai sobre justos e injustos, mas o que semeamos define nossa colheita!" Vamos semear esperança e colher mudança! VAMOS TER ESPERANÇA porque é só o começo da nossa grande jornada!”

Matilde Rego | 12.º 1

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“547


Mesmo à frente dos nossos olhos. Algo que não acontecia, não estava planeado

Não, não aqui! Só em filmes americanos Mas lá se foram planos e sonhos

Confinados ao lar, isolado Canceladas memórias e planos

O Mundo tornou-se pequeno e fechado Pessoas que ainda choramos E para o céu, por respostas, olhamos.

Sara Raposo | 12.º 1

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Aconteceu o inesperado,


Há dois anos tudo começou,

Inicialmente pensou-se em duas semanas,

Isolamento, desespero e sofrimento,

Afinal o vírus atacou-nos brutalmente,

Contudo a esperança despertou,

Todos os dias de pijama e havaianas,

Todos lutavam pelo fim deste tormento.

Deitados no sofá a pensar no futuro constantemente

Colocavam-se à janela

O medo com os casos positivos,

A recordar momentos,

A tristeza profunda com as mortes,

Aqueles momentos que podiam não voltar a ganhar vida,

Realmente não havia motivos

Só se fazia bolos com canela,

Para sorrir e se divertir,

E nas comemorações faltavam sempre elementos,

Apenas tínhamos que ser fortes.

A vida, sem dúvida, pregou-nos uma grande partida.

Sofia Sousa | 12.º 1

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

A Triste época do Covid-19


Na memória fica a saudade, a dor, o progresso da ciência, mas também o esforço, suor, dedicação, empenho e,

sobretudo, a esperança. A esperança daqueles que lutaram e continuam a lutar exaustivamente contra o vírus, como também a esperança deixada por aqueles que já aqui não estão e lutaram até ao fim por essa mesma esperança. É de

salientar que todos fazemos parte desta luta, os professores, profissionais de saúde, funcionários dos supermercados, farmácias e até os pacientes de outras doenças graves que não puderam ser atendidos ou

tratados. Desta forma, estamos a cultivar a esperança para um futuro mais promissor.

Benedita Faria | 12.º 2


Nunca antes ouvira este ditado, mas agora que o escrevo, penso em inúmeras situações onde

posso usá-lo. Guerras, doenças, até simples problemas fúteis, são todos exemplos de que após um conflito, instala-se um período de esperança, esperança que tal não volte a acontecer,

esperança que tal tenha acontecido pelo melhor… A pandemia não é exceção. Por detrás de todos os números exorbitantes de vítimas da COVID-19, que não só reduzem uma vida, um ser,

a um mero risco na contagem, como também causam o pânico, o medo, a descrença, estão números também significativos de recuperados, seres humanos que encararam o conflito, e

conseguiram vencer, não por serem pessoas mais fortes, mas talvez porque mantiveram um espírito de esperança, crença de que tudo pode ser melhor, e que é possível vencer um vírus

que muito mal causou. Os números não devem alimentar o caos. Aliás, muito pelo contrário: os números devem fomentar a organização, o sentido de proteção, e, acima de tudo, a esperança, pois sempre ouvi dizer, “A fé move montanhas”.

Gonçalo Silva | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Do conflito nasce a esperança.


Falecidos mas não esquecidos

E aos médicos também

Vidas e momentos perdidos

Aqueles de quem

Tudo por causa de um vírus.

Muitos esquecem o esforço Durante todo este alvoroço.

Vindo da China como o arroz

Cada um deles uma vida,

Veio este vírus atroz.

Cada um deles tem gente querida.

Ao início subestimámos No fim os números espantaram-nos.

Por isso não façamos esquecer O quanto este vírus fez sofrer

Mas por detrás de cada unidade

Para que uma situação como esta

Está uma pessoa de qualquer idade

Não volte a acontecer.

Que perdeu a vida ou foi infetado Tocando a nossa humanidade.

João Carlos Amaro de Jesus | 12.º 2


A luz no fundo do túnel está cada vez mais perto. Obstáculos foram ultrapassados. Guerreiros e anjos da guarda fizeram de tudo para que hoje estivéssemos aqui, fortes e inquebráveis, mas cansados de algo que parece não ter fim. Mas o fim já é mesmo ali!

Laura Nunes | 12.º 2

Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco


Capaz de vidas mudar e atormentar. Parece que veio para ficar. Uns vão, outros ficam

Permanecem para ver no que vai dar, Rezando para que o fim esteja finalmente a chegar. Muitos foram apanhados pelo meio Embrulhados na confusão, O que é certo é que as vítimas Estarão sempre no coração!

Maria Francisca Rodrigues | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Algo tão pequeno tornou-se enorme,


““Quase dois anos passaram,

O porquê de tudo isto?

Desde o início desta jornada.

Não sei, mas creio que podia ser pior.

De facto, o tempo é a única coisa passada,

Nada pode ser previsto,

Pois os que partiram, muita saudade deixaram.

Exceto a esperança de que o amanhã será melhor!

Matilde Abreu Vasconcelos | 12.º 2


“Eu tive a sorte de recuperar após contrair este vírus. Infelizmente, milhões de almas não tiveram a mesma sorte. O meu pensamento permanece com todas as pessoas que não conseguiram vencer esta luta pela vida, bem como com todos aqueles que perderam alguém que amavam, pois não há maior dor do que essa. O céu está hoje mais estrelado. A todos as minha sinceras condolências.”

Matilde Franco | 12.º 2

Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco


necessitamos de amor extremo e do apoio que os corajosos nos dão.”

Pedro Pita | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“No meio deste sofrimento supremo


Que te levaram para um lugar melhor,

Tendo-te ajudado a voar Esta doença que está ao nosso redor.

A tua falta é imensamente sentida Tanto quanto a dos outros milhares que partiram, A esperança tem de renascer

Acreditando naqueles que nunca desistiram.

Rita Baptista | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Ó meu querido avô,


Em dois tempos o significado

os números aumentam,

Do ser humano fica alterado,

e quanto vemos já está no dobro.

E a vontade de viver fica perdida,

E assim todos assentam. Mas a esperança difundida, As almas perdidas, desprovidas

Tudo e todos supera,

de um último abraço, partem,

Tornando a pandemia menos severa.

comovidas mas ouvidas apenas em números que comovem.

Rui Costa | 12.º 1

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

De um momento para outro,


outra. Que ensinou não mil ou dois mil, mas milhões ao mesmo tempo, sejam do Norte, Sul, Este ou

Oeste. E o que nos ensinou? Valores. Muitos valores que, já sabendo da sua importância, foi como se afinal nunca soubéssemos e só o tenhamos sabido, entendido e, sobretudo, sentido nestes dois anos.

Saudade. Ai as saudades que tive (ou ainda tenho). De quê? De tudo aquilo que essa “escola”, que todos conhecem por pandemia, nos privou, para então nos poder ensinar. Quem diz privar, também diz tirar. Tirou muita coisa, sim, mas de todas elas nada vale mais do que uma vida humana, essas sim tirou muitas. Foi ao tirá-las, por exemplo, que muitos de nós aprenderam a respeitar o tempo, comboio que passa sem volta… O valor de um abraço, dos momentos vividos lado a lado com os outros, os risos e os sorrisos foram como ferro que passou a ouro. Enfim… Vamos usar o que aprendemos a partir de agora! Vamos fazer com que estes dois anos não sejam apenas dois números no calendário! Que todos estes ensinamentos permaneçam em nós, para nos guiar segundo melhores caminhos. Que o mundo mude, mude para melhor! Haja esperança!”

Afonso Freitas | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Nunca houve melhor escola que esta. Uma escola que, em dois anos, nos ensinou mais do que qualquer


Uma pandemia chegou

Levou-nos à pergunta porquê?

Mas para além disso

Bateu à porta sem convite

Porquê tanta maldade, tanta arrogância?

Para nos mostrar que

Abalou, destruiu tudo e todos

Porém, ela olha e diz

Ainda há esperança para a humanidade

Mostrou que, de facto, não mandamos em nada.

Não vês que ainda há esperança

Ainda podemos aprender a amar Ainda podemos dar e ser amor

Fez-nos engolir a inveja

Esta pandemia bateu à porta

Mesmo que esse seja dado e demostrado

Fez-nos ver que à nossa volta também há gente

Não foi só para nos abalar

Todos os dias na forma de saudade

Que somos todos iguais

Foi para nos dar um abanão

Com lágrimas nos olhos a sorrir para o céu

Todos iguais!

Foi para nos fazer acordar

E a dizer num sussurro Amo-te!

Ana Carolina Rocha | 12.º 2

Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco


A morte é, e será sempre um assunto delicado.

Independentemente da idade das vítimas, Independentemente da causa, Independentemente de tudo.

A morte deixa marca em todos aqueles que as viram partir. A marca deixada nos últimos anos é distante. Distante, pois não conseguimos estar presentes nos últimos anos de vida, Distante porque o nosso único contacto era não havendo contacto,

Distante porque nem na despedida conseguimos ter o apoio e a presença e todos. A marca deixada é apenas virtual, sem carinho nem afeto. O carinho e afeto físico são essenciais para o ser humano, E foi sem este carinho que muita gente partiu.

Foi sem este afeto que os vimos partir. Foi na solidão que vivemos tudo isto, Por isso, todos os que partiram e que viram partir... Merecem uma homenagem por toda a força e por toda a garra.

Ana Margarida Perneta | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

A morte


Nestes últimos anos retiraste da minha vida pessoas importantes. Pessoas as quais chamava de família. A sua presença foi marcante, mas também os Natais que eram passados juntos, os telefonemas à noite para falarmos dos jogos de futebol, os almoços e os jantares que duravam

horas. Restam as lembranças, as memórias e o desejo de ter essas pessoas ainda perto de mim. As saudades permanecem, tal como o aperto que senti no coração quando no hospital disseram “

Infelizmente trazemos más notícias “. Pobres médicos que se esgotam a cuidar de todos, que se esforçam para que um dia, quanto tu

Covid fores embora, nos podermos reunir todos outra vez. Trabalham para que não só a minha, mas a família de todos passe no futuro Natais sentados à mesa a rir e a falar.

Apesar do desgosto, da angústia e do sofrimento que causaste, durante todos os dias nestes últimos anos, a todas as pessoas que fazem parte deste nosso mundo, ensinaste-nos a viver com

esperança. E é com esperança que te escrevo esta carta. Esperança de nunca mais te escrever.”

Leonor Vasconcelos | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Covid,


É como se me tivessem roubado,

Que injustamente partiram

Arrancando uma parte de mim.

E a todos os outros

Ó avô, porque me deixaste assim?

Que choram a partida. Ainda que triste seja a realidade

E o quão grande seja a saudade, Lembramos as memórias partilhadas Que numa caixinha especial estão guardadas.

Maria de Baeta Freitas | 12º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

A todos aqueles


a preocupação pela sua família. Mas o que muitos esqueceram é que por detrás de cada número existiam histórias de amor que eram perdidas, todos os dias. Muitos pais, companheiros, amigos, filhos, famílias viram aqueles que amavam partir sem sequer poder dar um último abraço. Restam agora apenas a memória e saudade dos que partiram e o amor e carinho para os que ainda cá estão. “

Sara Gil | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Durante grande parte do confinamento, o foco de todos era o aumento do número de mortos e


E passou-se um ano…

Com uma grande tristeza e sem liberdade, numa grande irregularidade no nosso quotidiano. Acende-se, por fim, uma luz de esperança na sociedade.

Apesar de muitos terem partido, ainda se encontram no nosso coração.

E com alegria dedico este poema sentido, de modo a entregar uma forte inspiração.

Victória Abreu | 12.º 2

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Esperança


Oh que fado triste,

Oh que fado triste,

Daqueles que se perderam

Daqueles que sofreram

E jamais se poderão reencontrar.

E jamais se poderão curar.

Daqueles que choraram

Daqueles que lutaram

E passaram dias a rezar.

E passaram dias a trabalhar,

Esperando uma melhoria

Esperando que tudo passe um dia

Enquanto a felicidade era nostalgia.

Uma nova memória: livres da pandemia.

Ana Beatriz Fernandes | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Pandemia


uma forma pura de tristeza. Fomos separados daqueles que mais amamos, daqueles que mais nos fazem rir, fomos obrigados a ficar em casa, impedidos de fazer as coisas de que mais gostamos, mas acima de tudo isto,

perdemos muitos de nós à custa deste vírus. Consequentemente, os casos de depressão aumentaram, muitos sentiam e admitiam a sua tristeza. No entanto,

no meio de todo este espírito negativo que se sentia no ar, surgiu um incrível sentimento de comunidade e cooperação. Os cientistas trabalhavam o máximo que podiam para descobrir uma vacina, médicos e enfermeiros cuidavam, noite e dia, dos infetados e o resto da sociedade começou a fazer os possíveis para evitar a propagação do vírus. Foi implementada uma distância de segurança e uma hora de recolher obrigatório, as pessoas utilizavam máscaras na rua e tinham o cuidado de desinfetar as mãos regularmente. Todos tinham o seu papel. Nos dias de hoje, já descobrimos mais do que uma vacina e os casos de infeção diminuem todos os dias. A

esperança e a alegria voltaram aos nossos corações. Foi uma guerra longa e, infelizmente, perdemos a vida de muitos soldados. Contudo, o esforço de todos nós

levou-nos a vencer esta batalha e orgulho-me de todos.”

Ana Beatriz Ferreira | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Negros foram estes últimos anos. Todos fomos capazes de sentir dentro de nós e naqueles que nos rodeiam


valor à nossa família e amigos, pois ninguém gostou de estar sozinho e isolado no

confinamento. Aprendemos a dar valor aos profissionais de saúde, que desde o início da pandemia até aos

dias de hoje trabalham incansavelmente para podermos todos viver as nossas vidas com a máxima naturalidade. Aprendemos a ter mais compaixão e ser solidários perante os outros.

Eu, felizmente, não perdi ninguém, mas imagino a dor, a dor de não poder estar junto da pessoa, de acompanhá-la nos últimos dias de vida, de dizer o último “adeus” e de um funeral. Quem diria que sentiríamos a falta de um evento tão triste como um funeral, tudo isto a acrescentar à dor da perda em si. Mas com esperança tudo acabará o mais breve possível e o sofrimento e desespero fará apenas parte do passado que iremos recordar no futuro.”

Ana Beatriz Sousa | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Passaram-se meses, quase dois anos, desde que a vida de todos mudou. Aprendemos a dar


de estar no mundo, trazendo algumas inseguranças e incertezas sobre o futuro. Já não bastava as alterações climáticas, a crise, a vulnerabilidade mundial, o mundo prega-nos mais uma partida,

um vírus mundialmente transmissível. Tanto os profissionais de saúde como os políticos foram postos à prova, sendo “obrigados” a agir

rápido e de forma eficaz numa altura de muito stress e desordem. O vírus era visto como uma doença incurável, pois não se sabia ao certo como combatê-lo. Fruto disso, deixo uma palavra,

apesar do que aconteceu os profissionais não baixaram os braços usando todas as armas ao seu alcance. Muitos deles puseram a sua vida em risco para ajudar o próximo. O governo também teve uma palavra a dizer. Por fim, quero salientar o facto de que a sociedade, por vezes, desaprende. Muitas pessoas olham demasiado para o seu umbigo, pensando que estão sozinhas no mundo mas esta pandemia veio abrir os olhos a muitas pessoas com essa mentalidade que, por azar ou sorte, tiveram que recorrer a esses profissionais de saúde na linha da frente.”

Ana Catarina Freitas | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“O mundo “parou” desde 2020, a nossa rotina mudou como também a nossa maneira de pensar e


“Nestes dois anos as nossas vidas foram significativamente afetadas pela pandemia covid-19. Esta situação pandémica foi uma barreira para muitos visto que, para além de termos a nossa liberdade

condicionada, não podíamos estar com quem mais gostávamos. Infelizmente muitas famílias não puderam despedir-se dos seus entes queridos, o que deixará marcas profundas na sua vida pois, as vítimas mortais provocadas pelo coronavírus não são só mais um número, eram pessoas que tinham sonhos e objetivos que queriam realizar e não o puderam fazer. Esta pandemia no fundo pode ser representada como uma onda gigante que nos devastou e arrastou a todos e

que será sempre recordada com tristeza e saudade dos que partiram.”

Carolina Nóbrega | 12.º 3


“Tempos difíceis necessitam de muito amor para aqueles que partiram ou que sofreram com a ida dos mais próximos, que a vossa consciência esteja limpa apesar de não se terem despedido uma última vez.”

Henrique Velosa | 12.º 3

Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco


“Jornadas Memória e Esperança 2021”

Planos e Sonhos cancelados

Lembranças e histórias

para tentar se proteger,

Para a vida toda levar,

esta pandemia afetou todos,

Uns anos muito duros

mesmo àqueles que não quer parecer.

Que custarão a superar.

Marcas profundas deixou,

uma luz no meio desta escuridão profunda

Famílias que ficaram incompletas

se consegue ver,

Muitas vezes sem sequer oportunidade de se despedir.

uma pequena segurança,

coisa que não foi fácil para muitos por aí.

começa a aparecer.

Pouco a pouco as coisas

parecem caminhar para a normalidade. O trabalho árduo de todos

Está a ser compensado.

Inês Chicória | 12.º 3

Mas mesmo assim,


ódio este que tem perdurado desde o começo, desde o começo do covid -19. Tantas vezes já me perguntei “Mas por que tinha de ser agora? Uma pandemia nos melhores anos da minha vida existência…”. Apesar de ser um pensamento deveras egoísta, é um pensamento real e sincero. Depois penso se estarei a ser egoísta na medida em que, não sou só eu a sofrer, mas sim toda a gente, mas acontece numa altura em que os avanços medicinais são surpreendentes e não foi uma pandemia tão devastadora como as anteriores foram. Sou grato a todos os profissionais de saúde e a todas as pessoas que contribuíram para o atenuar desta doença. Afinal, é de relembrar que, em menos de dois anos, foi descoberta uma vacina. Prova de que quando a humanidade se une “jamais é vencida”.

Honestamente, apesar de muitos familiares meus terem sido vítimas da pandemia, nenhum ficou permanentemente lesionado e nenhum faleceu. Além da angústia e frustração que esta

pandemia provocou, o que mais me faz odiá-la é a quantidade de vidas que retirou, vidas essas que ainda tinham muito que viver.”

João Pedro Gomes | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Há quase dois anos surgiu este, por muitos dito, pesadelo, pelo qual eu possuo um ódio interior,


planeta. Esta situação de crise levou ao pânico e ao stresse mundial. Familiares e amigos ainda estão de luto com a perda de alguém mais próximo e ainda desejam um último abraço e um último momento com as pessoas que perderam para o COVID-19.

E depender das tecnologias numa situação de vida ou morte como esta é desumano. Felizmente, agora o fim da pandemia parece cada vez mais próximo, isto devido ao trabalho,

esforço e paciência dos profissionais de saúde e do resto da população.”

Lara Gomes | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Esta pandemia afetou-me a mim, à minha família, aos meus amigos, ao meu país e ao meu


Lembro-me perfeitamente de pensar "Está lá longe." e "Não vai chegar a nós." Mas a verdade é que chegou, num abrir e fechar de olhos. Chegou tão rápido que nem sequer nos deu tempo para nos prepararmos e nos defendermos propriamente. E quando, finalmente, demos por isso, já não se tratava apenas de um vírus a infestar a China; falávamos agora de uma pandemia que vinha mudar o mundo inteiro. E como podemos conviver com um vírus que não conhecemos? Como podemos protegermo-nos do desconhecido? Durante estes últimos tempos, medidas drásticas têm sido adotadas, medidas que jamais pensei viver, além da

televisão, do virar das páginas, da ficção. Nunca pensei que sairia à rua e veria somente rostos tapados e pessoas forçadamente afastadas umas das outras. Nunca pensei que chegaria uma altura em que seria proibida de ir à

escola e sair de casa. Uma altura em que passaria dia após dia sem sair do quarto. Uma semaninha em casa, pensei, que maravilha. Pois... Nunca me passou pela cabeça que essa dita "semaninha" se tornaria tão longa, tão

entediosa, tão desmotivadora e que me obrigaria a manter-me afastada dos que me são queridos. Foram momentos de medo, incerteza e insegurança para todos, em que os números de casos e mortes divulgados diariamente faziam temer o pior, mas graças às pessoas que estiveram sempre na linha da frente na luta contra este vírus, que nunca baixaram os braços, pudemos ter esperança.”

Lara Matos | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Estranhamente aquilo que menos esperamos é, muitas vezes, o que nos acontece.


Quando estamos fechados, tudo muda. Os abraços encontram-se mais distantes, pessoas passam a memórias que jamais serão esquecidas.

Quando estamos limitados, tudo muda. Aqueles que estavam perto já não estão e com sofrimento dizemos adeus.

Quando todos se cuidam, tudo muda e enfim veremos esperança, louvando aqueles que foram e aqueles que lutaram. “

Leonor Silva Assunção | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Covid-19


“Escrevo este texto para agradecer, elogiar e demonstrar o respeito que tenho por aqueles que durante este tempo difícil, tempo de pandemia, continuaram a trabalhar.

Primeiramente, agradeço aos médicos, enfermeiros e a todos aqueles que trabalham na área da saúde, que fizeram o possível para que aqueles que foram contagiados pudessem sobreviver.

Em segundo, eu como aluno, agradeço aos professores, isto porque em tão pouco tempo conseguiram adaptarse ao novo método de ensino, ensino online, e, deste modo, continuar a nos ensinar e a preparar para o futuro. Finalmente, agradeço ao cidadão responsável, aquele que respeitou e respeita as regras e normas de segurança, pois ao respeitá-las não só se protege a si mesmo, mas também protege todos os que o rodeiam. Muito obrigado!”

Marco Lobo | 12.º 3


mesmo de forma diferente, podemos concordar que estes foram meses em que ficamos privados de muitas coisas que nos trazem alguma felicidade, quer sejam estas, uma atividade, um encontro presencial com amigos, família ou apenas alguma

presença humana, ou simplesmente a liberdade de sair à rua e viver sem a preocupação de um vírus que devasta o mundo. Senti-me muito presa a esta rotina de acordar, estar em frente ao computador a ter aulas online a maior parte do dia. Quando tinha tempo, mudava deste ecrã para outro e a noite ia chegando a tempo de ir dormir e despertar novamente para

a mesma vivência; tudo isto num ciclo. Apesar de tudo isto, também tive, pessoalmente, a possibilidade de estar mais com a minha família, mãe e irmão, sendo que

estamos sempre juntos, apesar de na maior parte do dia continuar ocupada com a escola. Enquanto isto, via as notícias e reportagens sobre o covid-19 em todos os noticiários, desde os seus impactos, ao estado de lotação dos hospitais e exaustão dos profissionais de saúde, às mortes constantes e revoltantes e até problemas de outrem que apesar de não aparentarem alguma relação, também eram seriamente influenciados pela pandemia. Porém, o mundo como sociedade está, progressivamente, a ultrapassar esta situação, lentamente, estamos a regressar à

normalidade. Agora, podemos recordar os falecidos, todos aqueles que lutaram pela sociedade, pelos indivíduos cumpridores, mas também nos agarrar à esperança de um mundo melhor e realmente lutar para tal, por um mundo mais justo, inclusivo e feliz.”

Margarida Teixeira Brazão | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Para mim a pandemia, mais especificamente o confinamento, foi uma viagem monótona, atribulada e vazia. Todos nós,


“A pandemia tirou-nos muitas coisas, desde momentos, abraços e experiências com quem mais gostamos, avôs, pais, amigos. De todos sentiremos muita falta, pois, por detrás dos números e das estatísticas, há pessoas, há famílias, há funerais, há sofrimento, há dor de quem desejava dizer um último adeus e não pode. Mas agora, finalmente vemos uma Luz, agora cada vez mais temos esperança de que talvez o futuro seja melhor.”

Maria Leonor Santos | 12.º 3

Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco


Tudo aconteceu tão rápido e sem aviso. Ficámos todos atordoados e sem rumo. Muitos perderam quem amavam sem ter uma última conversa de carinho.

Mas após estes dois últimos anos extremamente difíceis, tivemos alguma esperança. Temos de agradecer pelo

trabalho árduo das pessoas relacionadas com a área da saúde, pelo seu apoio às vítimas e pelo rápido fabrico das vacinas, que nos deixou mais descansados.

Tivemos períodos terríveis - em cada dia eram muitas pessoas a testar positivo - no entanto, agora estes números desceram significativamente.

Já vemos a luz no final do túnel, a situação está a melhorar e, com esperança, daqui a nada estamos de volta à

normalidade. .

Matilde Figueira | 12.º 3


sem nos despedirmos devidamente. Foi (e ainda continua a ser) um período duro! Para os alunos, que por muitos meses estiveram longe da escola e dos amigos, quer para os pais que tiveram de trabalhar em casa e cuidar dos filhos que permaneciam na mesma. Para não falar daqueles (pais e não só) que perderam os seus empregos com uma família para sustentar. Para as inúmeras pessoas que não conseguiram lidar com a dor e a situação, acabando por adquirir distúrbios ou até mesmo tirar as suas vidas Também para os enfermeiros, médicos e todos os auxiliares de saúde que trabalharam exaustivamente, correram perigo, permaneceram longe das duas famílias, mas ainda assim salvaram e ajudaram imensas vidas. A todos devemos um grande obrigado. Tudo foram acontecimentos muito dolorosos, é verdade! E nada pode mudar isso! Mas com tudo isto aprendemos várias coisas, entre elas, o que devemos fazer e como agir no futuro para prevenir e lidar com uma situação parecida. Não devemos desistir, mas sim ajudarmo-nos uns aos outros e acreditar que ainda vamos ser muito felizes.”

Mónica Basílio | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“É terrível estar longe de quem amamos. Ainda pior é perdermos quem amamos de um dia para o outro,


“É nos momentos de crise que a humanidade se une. Sempre foi desta maneira e acredito que sempre será. O acontecimento mais recente foi o aparecimento de um vírus que, por se pensar ser inofensivo, gerou milhares de mortes.

Falta pouco para completar dois anos em que vivemos numa bolha onde temos medo de viver como antigamente, sem máscaras e restrições. Não consigo imaginar o que é ser uma vítima da Covid-19, não

consigo acreditar que neste par de anos já não está aqui gente que fez ficar a saudade permanente. E dói quando são lembrados, mas das memórias nunca serão apagados. E por todos os cuidadores que persistem e não desistem na vitória desta guerra mesmo perdendo algumas batalhas, muito obrigado por continuarem de pé a caminhar para um futuro a que podamos chamar normalidade.

Mais uma vez, a humanidade irá vencer!”

Nuno Pereira | 12.º 3


imaginar. Perder um ser amado já é suficientemente mau, mas não poder estar com ele, não poder fazer nada para o ajudar e ver como este se converte em mais um número das estatísticas é terrível.

Esta pandemia que aterroriza o mundo inteiro causou muitos danos, pois apesar de haver umas situações mais fortes do que outras, todos fomos afetados. As pessoas que não conseguiam ver

as suas famílias, as que estavam sozinhas, as que já estavam doentes em hospitais, esta pandemia só piorou todas as situações. No entanto apesar de ser uma época terrível a que

vivemos, e o medo e que ainda existe, houve sempre heróis e, graças a eles, hoje conseguimos estar a voltar às nossas vidas quase normais.

Tenho a certeza que toda a humanidade estará sempre agradecida ao pessoal de saúde, os nossos heróis, e que as vítimas não serão esquecidas como mais um número nas estatísticas,

mas sim serão lembradas com imensas saudades e estarão sempre presentes.”

Paola Gouveia | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Neste tempo terrível em que vivemos, há pessoas que passam por situações que nem consigo


trabalho, da família. Família. É o aspeto que mais dor me causa e sobre o qual quero escrever. Não por ser algo mau, mas por ser o maior sofrimento de muita gente, nestes tempos. Eu não perdi ninguém por Covid. Mas foi durante este abalo mundial, na famosa “quarentena” de 2020, que a minha irmã se foi embora. Mesmo sabendo que não era Covid, sentíamos algo parecido. Não havia visitas, passava o dia ligada ao respirador, mal falava e já nem comer conseguia. Que desespero! O nosso e, mais ainda, o dela. E que dor! E só penso: se foi assim connosco que já estávamos habituados aos internamentos (apesar deste ter sido o pior), como será para os familiares e doentes que enfrentaram algo novo e completamente desconhecido? UAU! O ser humano é tão forte e corajoso, mas, às vezes, esquecemo-nos disso. Quero, por isso, homenagear

todas as vítimas mortais do Covid-19, encher de força e esperança todos aqueles que lutam, atualmente, contra ele (incluindo as famílias) e mandar um grande abraço aos que o venceram.

Quero, ainda, saudar e agradecer de coração a todos os profissionais de saúde, dos auxiliares aos médicos, que muito fazem por todos nós. Obrigada!”

Patrícia Flores | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“A vida pré-vírus. Só agora, que não a temos, é que a desejamos. A correria das escolas, do


pregou um susto e nos mandou a todos para casa. Considerada uma pandemia mundial, este

vírus mudou o mundo, obrigando os seres humanos a se adaptarem a um modo de vida diferente. Nesta mudança eu também tive que me adaptar e passei a ter aulas online. Sinceramente não gostava muito, pois os meus níveis de concentração não são muito elevados o que me dificultou a aprendizagem de certos conteúdos. Pessoalmente sinto uma raiva, uma fúria interior com este vírus, porque me fez perder um ano e meio da minha adolescência e da minha vida. Eu apanhei covid-19, mas a mim em nada afetou, nem tive sintomas e o mais aborrecido foi mesmo ter de passar dez dias confinado em casa. Neste momento a vacinação está avançada e sinto uma alegria enorme pelas restrições serem levantadas e um ano e meio depois voltarmos à normalidade.”

Pedro Câmara | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Covid-19 é o nome do vírus que, em finais de dois mil e dezanove e início de dois mil e vinte, nos


“O Covid trouxe uma nova realidade às nossas vidas, uma realidade que chegou sem aviso prévio e marcou-nos para sempre. O que no início parecia apenas uma constipação tornou-se numa pandemia, 15 dias em casa tornaram-se tão rapidamente em meses e meses que pareciam não ter fim, e ninguém diria que esta

"constipação" ia levar os nossos familiares consigo, e ainda, nos iria impedir de realizar uma despedida merecida.

O Covid mudou-nos e nunca o contacto humano foi tão valorizado como agora.”

Sara Gouveia | 12.º 3

Jornadas “Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco


de vida e quotidiano de cada um viraria totalmente ao contrário pelo surgimento de um pequeno, mas de longe simples vírus. Não só a saúde das pessoas que ficaram bastante

afetadas, mas também a economia e o funcionamento de todos os países foram devastadamente abalados.

Prevaleceram, no entanto, dois elementos que, na opinião de muitos, permitiram o sustento da positividade entre nós: a memória, que permaneceu pelas vivências e experiências passadas,

trazendo grande nostalgia; a esperança, para que a situação que mundo passava, a tristeza, as perdas e o confinamento acabassem seguidos por um novo recomeço. Este virá mais forte do que nunca, e quiçá provocará ou estimulará uma necessidade pela autodescoberta e procura de aventuras que, se não fosse o covid-19, poderiam nunca acontecer…”

Sofia Dias | 12.º 3

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

“Este ano de 2021 foi um tanto de caótico e atípico. Quem diria que, durante 18 meses, o estilo


“Já passaram 18 meses desde que este vírus apareceu. Em tão pouco tempo vidas mudaram, pessoas que eram amigos, colegas e familiares perderam a vida. Apos estes 18 dolorosos meses, apareceu um

fio de esperança que a vida possa voltar a normalidade e que já não precisamos de despedirmos das pessoas que tanto gostamos. Mesmo assim não podemos esquecer o que perdemos, o que mudou e o

que aprendemos com esta mudança.”

Vítor Gonçalves | 12.º 3


liberdade e para o bem comum. São muitos os apelos, mas por vezes o ser humano teima em ignorar a realidade em que vive. Mas, o universo tratou de, pelo menos por uma vez, nos juntar a todos num barco idêntico. Fomos assolados por um vírus mundial que nos parou a quase todos, que nos tornou vulneráveis, apreensivos, amedrontados. Fomos atacados microscopicamente de forma tão agressiva que nos fez danos incalculáveis. Foi uma fase em que o tempo que antes não havia, ficou a sobrar. Foi um momento em que se pensou e repensou, em que se sofreu, em que se ganhou e perdeu. Mas, foi acima de tudo dias em que o terror tomou conta de nós, em que nos faltou a proximidade, o afeto, em que nos faltou aquele abraço inigualável. Momentos em que houveram perdas das maiores referências para quem as sofreu,

de forma dura e inesperada. Foram alturas em que fomos obrigados a negar beijos, abraços, carinho. Mas, também foi altura de renascimento, de descoberta e de muita aprendizagem. Naquela altura, onde estávamos enfiados numa redoma escura, pouco próxima e cheia de carências, o banco de afetos, sentiu a necessidade de estar próximo, de poder proporcionar algum conforto para que a comunidade escolar se sentisse aconchegada, e sentisse que tinha espaço para partilha e expressar. Foi então que surgiu a ideia de propor à comunidade escolar que criasse ou encontrasse poemas que refletissem os seus estados de alma. A atividade foi bem recebida e juntaram-se memórias e esperança em níveis incalculáveis. Escreveu-se o amor, a perda, a incompreensão, a dor, o desespero, a esperança, o sonho, a vida e espelhou-se a alma de cada um no

todo que são as palavras, linguagem universal que o bicho não matou. Hoje, altura em que estamos devagarinho a regressar à nossa vida dita normal, é de grande importância que se reflita, que se guardem as memórias e que se sinta a esperança. É o momento de sermos todos a fénix renascida das cinzas.

Texto da Voluntária Cristina Henrique 2021 | 2022.

Jornadas "Memória & Esperança 2021“ FF

Vivemos num mundo repleto de inúmeras particularidades, num mundo em que tanto se fala e se apela para a igualdade, para a


Que saudade tenho eu,

Nas linhas desalinhadas da vida,

Quando se calam as palavras,

Daquele mundo só meu.

Onde o precisar e o ter se debatem,

Com medo que digam verdades.

Olhar puro,

Numa desalinhada batalha.

Quando não se fazem perguntas,

Coração aberto,

Eu assisto internamente,

Com medo das respostas.

Alegria infinita,

Dúvidas pairam na minha mente.

Quando se vive na mentira,

Calor do inverno,

Não sei se aceito,

Por medo de enfrentar a verdade.

Fresco do verão,

Se insisto,

Quando já não se toca,

Cheiro da primavera.

Se me revolto.

Com medo de não ter de volta.

Que saudade me dá,

Vejo em flash o decorrer da batalha.

Quando tudo se sabe,

Disto já não há.

Preciso de colo,

Mas se finge não saber.

Tudo mudou,

Mas fui base.

Quando se faz por fazer,

O olhar se carregou,

Preciso de calor,

Com medo de se perder.

Está tudo quente ou frio,

Mas tive frio.

E quando tudo se está a ruir,

Que amargo vazio.

Quis ser pássaro,

O castelo da lugar a pó,

Mas continua cá,

Mas fui peixe.

Que penetra no ar,

O sentir daquela menina,

Quis ser princesa,

Como nevoeiro,

Que disse que um dia,

Mas não foi desta.

Denso e frio,

Vai reconstruir a beleza de uma vida.

Nas linhas desalinhadas da vida,

Duro e vazio.

Continuo sem medo,

Não digas que me amas,

Agradecendo,

Porque amar,

E procurando o que preciso.

É outra coisa.

Poema da Voluntária Cristina Henrique 2021 | 2022


Jornadas "Memória & Esperança 2021“ Francisco Franco 22-23-24 de outubro de 2021 Uma jornada de memória, luto e afirmação da esperança


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