Stroke.pt n.º 5

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10.º CONGRESSO PORTUGUÊS DO AVC

ANIVERSÁRIO

Formação de base em patologia vascular cerebral

O

programa científico do 10.º Congresso Português do AVC culminou, no dia 6 de fevereiro, com o já habitual Curso de AVC, que este ano voltou a revelar-se «um sucesso, em virtude do elevado número de inscrições», como salienta o seu coordenador, Dr. Fernando Pita. O também coordenador da Unidade de Neurologia do Depar-

tamento de Medicina do Hospital de Cascais (HC) lembra ainda que esta é uma «iniciativa formativa de base», que incide sobre os tópicos-chave relativos à avaliação, ao diagnóstico e ao tratamento do AVC. Este curso dirige-se, sobretudo, «aos internos que estão a dar os primeiros passos nas especialidades envolvidas no tratamento da patologia vascular cerebral». Com um programa «que se tem mantido estável desde a primeira edição», em 2013, embora alvo das «devidas atualizações, que pretendem acompanhar o estado da arte deste campo da Medicina», como afirma Fernando Pita, a edição deste ano arrancou com a preleção do Prof. Castro Lopes, presidente da SPAVC, sobre «a necessidade de se empregar a nomenclatura correta». Seguiuse a intervenção do Dr. Miguel Rodrigues, tesoureiro da SPAVC e coordenador da Unidade de AVC do Hospital Garcia de Orta, em Almada, sobre «epidemiologia e fatores de risco vascular». A anatomia vascular e a fisiopatologia do AVC foram abordadas, por seu turno, pelo próprio coordenador do curso.

Já no respeitante à vertente clínica, a Dr.ª Carla Ferreira, coordenadora da Unidade de AVC do Hospital de Braga, versou sobre o AVC na fase aguda, ao passo que a Dr.ª Isabel Fragata, neurorradiologista no Centro Hospitalar de Lisboa Central/Hospital de São José (CHLC/HSJ), se focou na imagem «como meio de diagnóstico e, cada vez mais, de intervenção». «Foram estes os dois principais momentos em que se falou sobre a “revolução” terapêutica da trombectomia mecânica», frisa Fernando Pita. Em seguida, o Dr. Manuel Manita, neurologista no CHLC/HSJ, debruçou-se sobre a «investigação etiológica básica e sequencial», enquanto a Dr.ª Cátia Carmona, neurologista no HC, discorreu sobre o acidente isquémico transitório. Finalmente, a «importância da prevenção secundária» foi sublinhada pela Dr.ª Ana Amélia Pinto, neurologista no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, na Amadora. «Abrindo espaço à discussão, este curso incluiu ainda uma avaliação final, visto tratar-se de uma formação creditada», conclui o coordenador. Ana Rita Lúcio

Exemplos valem mais que mil palavras

E

legendo a sensibilização da sociedade civil para a urgência do combate ao AVC como uma das suas principais bandeiras, a SPAVC encerrou o seu 10.º Congresso com a já habitual Sessão de Informação à População. Inaugurada pela intervenção do Prof. Castro Lopes, presidente da SPAVC, que versou sobre os sinais de alerta e as medidas a tomar em caso de suspeita de AVC, esta sessão contou também com o testemunho de doentes que foram acometidos por esta que é a principal causa de morte em Portugal. Passando das palavras à ação, Rui Barros, professor de Educação Física, convidou os participantes a praticar exercícios físicos (1) que podem ajudar a diminuir o risco vascular. Depois de a Dr.ª Sandra Alves, nutricionista, ter sublinhado a importância de adotar hábitos de alimentação saudável, o chef Fábio Bernardino, auxiliado pelo Prof. Castro Lopes, mostrou como preparar refeições para doentes com disfagia no pós-AVC, adaptadas às suas necessidades e igualmente apetitosas (2). No final, todos provaram as iguarias confecionadas e juntaram-se para a fotografia de grupo (3).

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