Secção para o Estudo da Patologia do Ombro e Cotovelo
Controvérsias na abordagem do ombro e do cotovelo
A
reunião preparada pela Secção para o Estudo da Patologia do Ombro e Cotovelo (SEPOC), que vai decorrer na sala D, das 11h30 às 13h00, será composta por três painéis de temas controversos. O primeiro vai centrar-se na patologia do cotovelo, com o Dr. Diogo Gomes, ortopedista no Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX), a falar sobre o que mudou no tratamento da epicondilite nos últimos 30 anos; o Dr. Carlos Maia Dias, ortopedista no Hospital CUF Santarém, a questionar se a imobilização gessada do cotovelo faz sentido e por quanto tempo; e o Dr. Alexandre Pereira, ortopedista no Centro Hospitalar do Porto/ /Hospital de Santo António (CHP/HSA), a refletir sobre como recuperar um arco de mobilidade funcional em casos de rigidez do cotovelo. No segundo painel, dedicado às controvérsias nas artroplastias do ombro, o Dr. Nuno Gomes, ortopedista no Hospital Militar do Porto, falará sobre os ganhos reais da instrumentação específica para o doente; o Dr. Antoon Van Raebroeckx, vindo da Bélgica, dissertará sobre a artroplastia invertida na fratura proximal do úmero; e o Dr. Rui Claro,
ortopedista no CHP/HSA, discursará sobre a infeção na artroplastia do ombro. Já no painel que vai abordar as controvérsias na reparação da coifa, o Prof. João Torres, ortopedista no Centro Hospitalar de São João, no Porto, vai discursar sobre o tema «Rotura da coifa + rigidez – é necessário esperar a recuperação completa das amplitudes passivas?»; a Dr.ª Carla Madaíl, ortopedista no HVFX, falará sobre «Roturas parciais articulares da coifa – desbridamento, reparação transtendinosa ou conversão em rotura total?; e o Dr. Roman Brzoska, vindo da Polónia, terá a seu cargo o tema «Roturas irreparáveis em doentes com menos de 60 anos – reparação parcial, reconstrução capsular superior, transferências tendinosas, prótese invertida?». Segundo Pedro Pimentão, coordenador da SEPOC e ortopedista no Hospital dos Lusíadas Lisboa, «as roturas irreparáveis são as que merecem mais atenção neste momento, pela dificuldade na sua abordagem e no seu tratamento». O responsável avança também que, na sessão, será dedicado algum tempo à artroscopia do cotovelo, que «traz avanços
Dr. Pedro Pimentão
significativos na determinação do diagnóstico e da terapêutica». No final da sessão científica, que terminará com uma discussão de casos clínicos aberta à assistência, decorrerá a Assembleia-geral da SEPOC, na qual será eleita a nova coordenação para os próximos dois anos. Existem duas listas concorrentes, «o que demonstra um grande interesse no crescimento desta Secção da SPOT», remata Pedro Pimentão.
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