B-ESEIG - Julho de 2008

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Boletim Informativo da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão Volume 1, Edição nº 2

Julho 2008

Editorial Pontos de interesse especiais: · ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim · Os Instrumentos de Avaliação Propostos pelo Regulamento de Avaliação da ESEIG · Bio|M'08: Prótese da Anca · Programas de Mobilidade e Actividades

Os processos de mudança são habitualmente difíceis, complexos e demorados no tempo. A mudança implica um esforço de diferenciação entre aquilo que se é e aquilo que se pretende ser, pelo que importa ter consciência identitária, seja ela pessoal ou institucional. Estando em consonância com o núcleo que as definem, pessoas e instituições, como sistemas abertos que são, obrigatoriamente sofrem processos de desenvolvimento interno modificando as suas estruturas e processos de funcionamento no sentido de explorarem outras identidades mais adaptadas aos novos tempos. O Ensino Superior Politécnico está em crise desenvolvimental, lutando por uma definição de si próprio que honre o seu passado, mas que ao mesmo tempo se projecte no futuro com uma estratégia que dignifique os múltiplos actores que com ele se relacionam. O auto-conhecimento institucional assume-se como uma condição primeira nos processos de mudança, sendo a base que sustenta incursões projectadas no futuro, pelo que às vezes nos parece que “uma névoa paira” nas instituições o que lhes dificulta a “visão de si próprias”, assim como à missão que têm por diante. Urge ser “maiores do que

nós próprios”, pensar o colectivo e atenuar a primazia das necessidades umbilicais. Quando se abraça um projecto de difusão de informação, como é exemplo o B-ESEIG, os seus actores procuram dinamizar um espaço de discussão que promova a instituição, sendo conhecedores das necessidades institucionais, vão-se definindo os contornos que identificam este meio de comunicação. A comunidade escolar da ESEIG soube reconhecer a importância deste instrumento de comunicação, tendo feito chegar ao corpo editorial múltiplas actividades da sua vida académica, reservando sempre que possível um espaço de tempo e esforço adicional (subtraídos aos seus objectivos mais pessoais) e contribuindo assim para um objectivo mais colectivo. No meio de uma certa indefinição generalizada que o país atravessa, exemplos de participação, como é exemplo este boletim, faz-nos ter uma esperança renovada em nós mesmos e na capacidade de nos reinventarmos continuamente sem nunca deixar de ser quem somos. Obrigado ESEIG pela participação.

Rubricas

ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim

Espaço Científico

2

Espaço Pedagógico

5

Destaque

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Relações com o Exterior

18

Notícias

19

Eventos

20

Tribuna

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Vivendo actualmente sob o signo da exploração de novas fontes energéticas não associadas aos combustíveis fósseis, a Humanidade carece de projectos empreendedores que queiram assumir-se como substitutos credíveis destas fontes poluentes, caras e finitas. A ESEIG (através de dois dos seus alunos de Engenharia Mecânica), a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e uma empresa nacional fabricante de painéis solares e termodinâmicos (Energie), criaram uma (Continuação na página 24)

Luís Rocha, Dr. Macedo Vieira e Doutor José Abel Andrade


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Espaço Científico Investigação fundamental / investigação aplicada Flávio Ferreira Vice-Presidente do Conselho Científico da ESEIG A investigação está na base da actual sociedade do conhecimento. É consensual a importância da investigação científica no progresso económico e social de qualquer sociedade. É, sem dúvida, um dos importantes factores de diferenciação dos países mais desenvolvidos. As instituições de ensino superior desempenham, nesta matéria, um papel preponderante, quer a nível da investigação fundamental, quer a nível da investigação aplicada. A oposição entre investigação fundamental e investigação aplicada carece de argumentação. É possível apresentar exemplos de investigação fundamental que evoluiu para o desenvolvimento de nova tecnologia, bem como exemplos de investigação aplicada que não produziu resultados técnicos ou económicos. O desenvolvimento científico é um processo integral no qual é praticamente impossível colocar fronteiras entre diferentes etapas. E, para que serviriam essas fronteiras? O desenvolvimento científico e tecnológico integra várias etapas, desde a aquisição do conhecimento fundamental até à realização da invenção técnica, num processo único. Essa integração está reconhecidamente mais avançada nos EUA do que na Europa. Nos países europeus, a investigação dita fundamental é desenvolvida, essencialmente, nas instituições de ensino superior. Mas também existem, em alguns países, grandes centros públicos dedicados ao desenvolvimento da investigação aplica-

da, como o CSIC em Espanha, o CNRS em França, o CNR em Itália e o Max-Planck-Gesellschaft na Alemanha. Por outro lado, as empresas europeias, pequenas ou grandes, não estão sensibilizadas para a realização ou promoção de investigação fundamental. As suas actividades restringem-se à investigação aplicada. Contudo, as empresas são muitas vezes as grandes beneficiárias da actividade científica desenvolvida nas instituições públicas, seja ela fundamental ou aplicada, na forma de publicações, patentes, prestação de serviços e, principalmente, do conhecimento especializado dos funcionários mais qualificados que recrutam. Considero, pois, importante que os docentes da ESEIG continuem a realizar investigação científica, seja ela dita fundamental ou aplicada. Concluo com um excerto de Fernando Pessoa, in “Palavras iniciais da Revista de Comércio e Contabilidade” (Janeiro, 1926): “Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria. … para o homem são de espírito e equilibrado de inteligência, há uma separação abusiva. Na vida superior a teoria e a prática completam-se. Foram feitas uma para a outra.”

Merger in a Stackelberg Oligopoly Fernanda A. Ferreira International Journal of Pure and Applied Mathematics, 44, nº2 (2008), 155-160 Abstract: In this work, considering a Stackelberg oligopoly market, we show that the profitability of merger depends on the market structure and on the involved firms’ strategic power. Further-

more, the decision to merge depends neither on the intercept nor on the slope parameters from the demand curve. However, when the incentive to merge exists, it increases with the first

parameter and decreases with the second one. Keywords: game theory, merger, market structure, market power.

Design of a Repository of Programming Problems José Paulo Leal and Ricardo Queirós The 2008 Competitive Learning Symposium, ACM-ICPC World Finals, Banff, Canada, April, 2008 Abstract: This paper describes the design of a repository of programming problems integrated in the EduJudge project. The goal of this project is to open the repository of programming problems of the UVA Online Judge (onlinejudge.uva.es) to pedagogical uses in secondary and higher education. The

EduJudge projects foresees an integration with existing Learning Management Systems (LMS), namely the Moodle and Quest systems. Nevertheless, our goal is to position this repository as a service provider for a larger set of systems with an automatic evaluation engine, such as a LMS or even programming contest man-

agement systems. It is the authors perception that most of the Learning Objects (LO) repositories currently available are actually specialized search engines, and not adequate for feeding an automatic evaluation engine. Although some of these repositories list a large number of pointers to LO, they have


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few instances in any category, such as programming problems. Moreover, they do not provide the actual LO, only pointers, and sometimes these pointers are dangling. Last but not least, the LO listed in these repositories must be manually imported into a LMS. An evaluation engine cannot query the repository and automatically import the LO it needs.

mation will be interesting for the next generation of LMS. Instead of using fixed presentation orders of LO, as they do today, they will dynamically determine presentation orders based on information about their previous use. To accommodate these features our repository will give LMS the option record information on the use of LO and will provide statistics on this data.

We modeled our repository using a book library as metaphor: Learning Objects (LO) may be seen as books that the learner (the reader) accesses trough the Learning Management System (LMS). As in a book library, the repository has a catalog that provides efficient search. After selecting a LO the learner will receive an actual copy of it, as supplied by its author, not just a pointer to another service. As LO are a kind of ebooks the repository will have an unlimited number of copies to lent, unlike in a physical book library. Libraries also keep records of requisitions. It is therefore very simple easy for a librarian to know which are the most popular books, those that were never requested and the books that readers take longer to read. In our view, this kind of infor-

Our first challenge was the definition of programming problems as LO. They must contain every information needed either by programming contest management system or by LMS with automatic evaluation of programming problems. The LO must be a package including assets and metadata describing them. In our case assets include problems descriptions, test vectors, solution programs, etc. Our LO definition provides standard metadata who wrote it, when, versions, languages, etc as well as domain specific problem classification, role of assets, etc.

component with a minimal set of features efficiently implemented. Complementary features are delegated to helper applications that connect to the core component. 2) The repository must be reusable in other contexts, with generic features available through users or applications interfaces. 3) The repository must comply existing standards. The standards include the SCORM (Sharable Content Object Reference Model) specification (data IMS CP and metadata IEEE LOM) and interoperability with other systems based in Web Services (W3C). We modeled the repository based on these principles and we include the present also the main diagrams in this paper. Keywords: Learning Objects; ELearning systems; Repositories; SCORM; Web services.

Based on this view of a programming problem repository we defined a set of design principles for our system. 1) The repository must be simple and effective. This principle lead us to identify a core

3C@Higher Education - Contribution, Collaboration, Community at Higher Education: A Case Study of a course Cândida Silva, Lino Oliveira, Milena Carvalho, Susana Martins Proceedings of the Inted2008 – International Technology, Education and Development Conferente, Valência, 3 a 5 de Março de 2008 Abstract: The appearance of the Internet presupposed a revolution that is not exhausted in this advent. The emergence of Web 2.0 is the (r)evolution that is currently underway and that has been changing the way we relate to the Internet, requires that we be mere consumers of information to start to have an active and interventive role in its production and publication. The implementation of the Bologna Declaration implies another revolution, altering the paradigm of teachinglearning, necessarily forced to change, starting the teaching to be mainly focused on the student and in the work that he will develop along the academic path. It is intended that the student is the protagonist of his learning. This new paradigm implies that his work is assumed to be really active, through independent research and resolution of situations and problems of different

natures, submitted by teachers and eventual external entities. The teachers of the Degree in Science and Technologies of the Documentation and Information (CTDI) are taking advantage of this conjuncture as a complement of their educational activity, promoting, for such, the Laboratory of CTDI and creating a research dynamics and development. In this context, they formed the research group PIGeCo Integrated Projects for Content Management that intends, first, to implement the use of Web 2.0 tools in way to reach the premises that currently govern the new generation web (cooperation, contribution, community), applying them to their teaching activity, and, second, stimulate teachers to the production of scientific papers and students to the production of academic papers, as well as its subsequent analysis.

Therefore, several projects were initiated within disciplines of the course of CTDI, namely, the implementation of an institutional digital repository and a digital magazine. It is made a point of situation of ongoing projects and discussed the expectations estimated. Finally, we performed an analysis of the prospects and future ambitions of the group. Keywords: Web 2.0 technologies, collaborative work, teaching methodologies, teaching-learning, Bologna, elearning, digital repository, e-sine.


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Tese de Doutoramento Titulo: Comunicação Integrada de Colecções de Produtos de Moda Paula da Costa Soares

Escola de Engenharia, Universidade do Minho, Junho de 2008 Resumo: O mercado de produtos de moda tem vindo a acelerar a sua transformação, tanto ao nível do seu modus operandi, como das suas características específicas, em resultado da evolução das necessidades do consumidor, e respectivos grupos, e da pronta e rápida resposta que estes exigem à indústria deste sector. As novas características deste mercado, de que são exemplo a saturação dos mercados pelo excesso de oferta, a ampla oferta de marcas privadas de retalho, o acesso fácil à informação resultante das novas tecnologias e a globalização, impõem às marcas a necessidade de uma presença forte no mercado que as destaque e através da qual se estabeleça o

envolvimento e consequentemente a lealdade à marca. De modo a contribuir para o reforço deste processo, concebeu-se um modelo de comunicação integrada de colecções de produtos de moda, reflexo do desempenho das marcas de moda e da realidade do mercado nacional. Pretende-se, através deste modelo, orientar as empresas do sector na optimização da gestão da interligação entre os múltiplos recursos de que dispõem para a optimização da emissão do conceito total ao mercado. A concepção do modelo de comunicação integrada para colecções de produtos de moda, tendo como base o sistema de comunicação entre a marca e o

consumidor, permitiu concluir que o seu desenvolvimento é realizado através da comunicação da imagem de moda e da identidade da marca, numa troca contínua e construtiva para a marca na emissão de um conceito total, o qual é criado a partir de todos os aspectos com poder comunicativo, como o design das colecções, o marketing mix e a comunicação de marketing, sem recurso à totalidade dos seus meios, técnicas ou actividades. Palavras-Chave: moda, marcas de moda, marketing, comunicação, comunicação de marketing.

Aplicações da Web Social como Complemento da Aprendizagem no Ensino Superior – um Caso de Estudo Lino Oliveira, Fernando Moreira Actas da 3ª Conferencia Ibérica de Sistemas y Tecnologías de la Información, 19 al 21 de Junio de 2008, Ourense, España Resumo: A mudança de paradigma imposta pelo Processo de Bolonha, em que o aluno passa a ser responsável pela sua aprendizagem, e uma nova geração de estudantes universitários com maiores aptidões tecnológicas, representam um enorme desafio para as Instituições de Ensino Superior. A utilização no ensino, de novos conceitos da Web Social, suportados por aplicações habitualmente

designadas de Web 2.0, com as quais estes novos estudantes se sentem àvontade, poderá trazer benefícios em termos de motivação, frequência e qualidade do envolvimento nas actividades académicas. Neste artigo é apresentada uma experiência pedagógica envolvendo uma plataforma de ensino a distância e aplicações centradas na Web, cujos resultados permitem perspectivar de que a utilização conjunta deste tipo de

aplicações poderá contribuir significativamente para que os alunos do ensino superior obtenham competências diferenciadas em domínios habitualmente deficitários. Palavras-chave: e-learning; web 2.0; web social; trabalho colaborativo; metodologias de ensino/aprendizagem.

No passado dia 15 de Maio, dia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a colega Fernanda Amélia Ferreira recebeu, do Director da Faculdade, Baltazar Manuel Romão de Castro, uma medalha da FCUP pelo seu doutoramento em Matemática Aplicada, concluído em Julho de 2007, com a discussão da tese intitulada Applications of Mathematics in Industrial Organization.

Todos os resumos foram obtidos a partir da informação recebida no endereço direccao.doc@eseig.ipp.pt.


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Espaço Pedagógico Os Instrumentos de Avaliação Propostos pelo Regulamento de Avaliação da ESEIG Alfredo Paulino Encontra-se em fase de conclusão a revisão do Regulamento de Avaliação, actualmente em vigor, homologado por Despacho IPP/PR-31/2006, de 16 de Fevereiro de 2006. Apesar das mudanças profundas no paradigma educativo e de aprendizagem, suscitadas pela aplicação da Convenção de Bolonha, as alterações ao actual regulamento não serão muito significativas, podendo mesmo ser consideradas mais como pequenos aperfeiçoamentos dos regimes de avaliação que vêm sendo praticados, ficando a substância dos mesmos praticamente inalterada. Então, sem mais delongas, passaremos a referenciar as principais alterações e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunidade para realçar alguns aspectos que, na sua aplicação, têm provocado alguma controvérsia e que, por vezes, têm conflituado com os seus destinatários. Regime de frequência Inculcando o Processo de Bolonha uma maior responsabilização dos alunos no processo de ensino / aprendizagem, foi decidido abandonar, por exigência regulamentar, o regime de frequência obrigatória. Esta decisão revoga o artigo 5.º do Regulamento de Avaliação e, consequentemente, deixa de ser obrigatória a frequência das aulas para todas as unidades curriculares, excepto para aquelas que adoptarem o regime de avaliação contínua. Regras gerais de avaliação A definição de um regime de avaliação deve contemplar, no mínimo, as seguintes regras: Os resultados de aprendizagem definidos para cada curso e unidade curricular; 1. As finalidades e as linhas de orientação estratégica que conferem sentido e coerência a cada uma das licenciaturas; 2. As metodologias de ensino e aprendizagem; 3. Os conteúdos programáticos; 4. Os meios facultados ao aluno. 5. A avaliação final pode resultar de projectos interdisciplinares. 6. A avaliação e consequente classificação são de âmbito individual, mesmo quando respeitantes a trabalhos

realizados em grupo. 7. O regime e os elementos de avaliação de cada unidade curricular deverão ser definidos no início de cada ano lectivo, no quadro respectivo da Ficha “ECTS” em versão portuguesa e inglesa, especificando os elementos de avaliação a utilizar, respectivas ponderações, notas mínimas e condições de acesso a exame. Os dados correspondentes serão agregados de forma a constituir-se a “Grelha de avaliação”. 8. A ficha “ECTS” deverá ainda indicar as alternativas de avaliação, caso sejam aplicáveis, se o aluno não obtiver aprovação na unidade curricular através daquele método de avaliação, ou caso se trate de uma alternativa aplicável a casos especiais, como por exemplo os TrabalhadoresEstudantes. 9. A ficha “ECTS” é única para cada unidade curricular. 10. Cabe ao docente responsável pela unidade curricular, informar os alunos, na primeira semana de aulas, sobre o conteúdo da ficha “ECTS” da respectiva unidade. 11. A avaliação competirá ao docente da respectiva unidade curricular e será da sua exclusiva responsabilidade, sem prejuízo do disposto no “Regulamento de Júris de Exames, Consulta de Provas, Reclamações e Recursos” e no “Regulamento de Avaliação”. 12. As notas finais de classificação da aprendizagem para cada unidade curricular, cujo ensino seja assegurado por mais de um docente, deverão ser atribuídas em reunião de docentes e subscritas por todos eles. Regimes de avaliação Os conhecimentos e competências poderão ser avaliados através dos seguintes regimes: avaliação contínua, avaliação periódica, avaliação final e avaliação mista. Avaliação contínua O novo paradigma de ensino exige dos alunos uma sólida formação teórica e técnica de base e, para além disso, que adquiram um conjunto de competências comportamentais também críticas do seu processo de ensino aprendizagem,

na medida em que são essenciais no desempenho de uma actividade profissional. São as chamadas soft skills, tais como, ter capacidade analítica e de integração, saber expor conteúdos, capacidade de comunicação, aprender a liderar, desenvolver capacidade de trabalhar em grupo … O regime de avaliação contínua é aquele que, de forma mais adequada, permite atingir tal desiderato, na medida em que é um “processo que permite aferir a cada instante as competências e os conhecimentos dos alunos em relação a objectivos previamente definidos e nas mais diversas circunstâncias”. Para o efeito, podem se utilizados os seguintes elementos de análise: a) “Assiduidade, presença, participação envolve todos os elementos em sala de aulas como trabalhos, orais, fichas de trabalho, realização de exercícios de aplicação e trabalhos práticos, análise e resolução de problemas suscitados pela reflexão teórica e/ou prática profissional entre outros; b) Trabalhos práticos de laboratório com elaboração dos relatórios correspondentes, com ou sem defesa dos mesmos; c) Participação nas actividades lectivas, projectos e trabalhos académicos complementares e de extensão das aulas e na apreciação e discussão dos mesmos; d) Elaboração de trabalhos individuais e/ ou de grupo, com apresentação de relatório e com discussão dos mesmos, realizáveis em períodos de tempo não muito extensos; e) Elaboração de projectos de investigação/intervenção individuais ou de grupo, no âmbito de cada unidade curricular e/ou de natureza transversal envolvendo mais do que uma unidade curricular.” A aprovação dos alunos neste regime de avaliação obriga à obtenção de, pelo menos, 10 valores em cada um dos elementos de avaliação adoptados. Avaliação periódica A avaliação periódica é “um processo que permite aferir pontualmente em momentos classificativos predeterminados,” ao longo do tempo lectivo, os conhecimentos e competências dos alunos.


Página 6 Os elementos de análise podem ser os seguintes: mini-testes, testes sumativos e testes modulares. As condições de aprovação são as seguintes: a) Mini-testes – não têm nota mínima, “sendo o produto do coeficiente de ponderação pela nota obtida adicionado à média da restante avaliação”; b) Testes sumativos – nota igual ou superior a 8 valores em todos os testes, numa escala de 0 a 20 valores; c) Testes modulares – nota igual ou

B-ESEIG superior a 10 valores em todos os testes, numa escala de 0 a 20 valores. Avaliação final A avaliação final é um regime de avaliação que se apoia em provas de avaliação global a realizar no final do período lectivo da unidade curricular. O elemento de análise é o tradicional exame final. As condições de aprovação são as seguintes: nota igual ou superior a 10 valores, numa escala de 0 a 20 valores.

Avaliação mista A avaliação mista é o regime “que, de uma forma articulada, combina elementos de avaliação previstos nos regimes” anteriormente referidos. As condições de avaliação são as seguintes: nota igual ou superior a 10 valores em cada um dos regimes de avaliação escolhidos. Antes de terminar, convém informar que as alterações ao actual Regulamento de Avaliação só entrarão em vigor depois do novo regulamento ser homologado pela Presidência do IPP.

Legenda que descreve a imagem ou gráfico. Biblioteca da ESEIG: desafios de Bolonha

Anabela Novais A Declaração de Bolonha trouxe profundas alterações no ensino superior com a adopção de um sistema de ensino tutorial, baseado essencialmente na metodo“Parado chamar a atenção leitor, logia ensino e doaprendizagem por procoloque uma interessante ou uma jecto. Estafrasenova metodologia “desviou o citação do bloco aqui.” foco da transmissão de conhecimentos do docente para o aluno, para o desenvolvimento de competências pelos alunos”1, conduzindo a uma necessária adaptação por parte destes actores, docentes e alunos, mas também das estruturas de apoio da instituição, no sentido de acompanhar essa mudança. Neste contexto, surgem novos desafios para as Bibliotecas do ensino superior. As bibliotecas adquirem particular importância no apoio à obtenção das competências informacionais, exigidas a estes novos alunos, para dar resposta eficiente à realização dos trabalhos académicos solicitados para as unidades curriculares dos cursos. Estas competências informacionais, exigidas aos alunos, pressupõem capacidade de pesquisa e recuperação de informação, selecção e análise dessa informação e consequente sistematização e produção de conhecimento. É na primeira fase deste processo que a Biblioteca deverá centrar a sua actividade, no apoio ao utilizador ao nível da pesquisa e recuperação de informação, através da formação de utilizadores ao nível das técnicas de pesquisa, da utilização de tecnologias da informação eLegenda da utilização que optimizada descreve dos recursos electrónicos disponíveis. a imagem ou gráfico. Consequência da necessária adaptação dos alunos à metodologia de Bolonha, a Biblioteca da ESEIG tem vindo a assistir a uma alteração significativa no perfil do seu utilizador. Este novo utilizador apresenta um maior domínio das tecnologias da informação, procura informação mais específica, consequência das exigências

dos trabalhos académicos que consistem, normalmente, no aprofundamento de uma determinada matéria do programa leccionado, saindo da anterior exclusiva pesquisa da bibliografia recomendada para a unidade curricular. Verificamos, também, por parte destes utilizadores, o reconhecimento de tipologias de documentação e uma procura cada vez maior de informação científica, induzidos, obviamente, pelos docentes, no incentivo de adopção de metodologias de investigação. Constatamos, assim, um aumento da consulta de literatura cinzenta, de teses de mestrado de docentes e, principalmente, de trabalhos académicos e relatórios de estágio de colegas, elaborados em anos anteriores. Neste cenário, e tendo em conta o acervo bibliográfico e a proliferação de trabalhos académicos, a Biblioteca da ESEIG tenta satisfazer as necessidades dos utilizadores, numa perspectiva de interesse colectivo, no entanto, enfrenta algumas dificuldades. Por um lado, a concentração, por parte dos utilizadores, na bibliografia recomendada para a elaboração dos trabalhos académicos, conduz a uma concentração temporal da requisição dessas obras, levando a que não exista a suficiente rotatividade para satisfazer os utilizadores. O número insuficiente de exemplares para servir uma turma de trinta alunos, justifica o prazo de requisição, considerado curto pela maioria dos utilizadores, mas necessário na perspectiva desse interesse colectivo, de forma a servir o maior número possível de utilizadores. Por outro lado, a inexistência de alguma bibliografia, na Biblioteca, determina também a qualidade do serviço prestado. Sendo uma biblioteca especializada nas temáticas dos cursos leccionados, a Biblioteca da ESEIG tem vindo a assistir a

uma maior diversificação das áreas do conhecimento do seu acervo, tendo em conta a transdisciplinaridade dos cursos existentes. No sentido de enfrentar as dificuldades referidas e de ir ao encontro do seu carácter especializado, é necessário um maior investimento financeiro na aquisição de bibliografia, não apenas para os novos cursos que vão sendo criados, mas também para a actualização dos existentes. É necessária, também, mais formação de utilizadores, por parte da Biblioteca, na sensibilização dos alunos para o real aproveitamento da informação científica disponível nos recursos electrónicos, nomeadamente na Biblioteca do Conhecimento Online. É também necessário um maior incentivo, por parte dos docentes, à consulta desses artigos científicos. O ensino por projecto de Bolonha trouxe novas exigências, exige um maior investimento financeiro num regime tutorial de ensino, mas exige também que os serviços de apoio sejam encarados como fazendo parte dessa mudança, “A Biblioteca é o coração da Universidade, um motor que a faz conservadora, transmissora e criadora de saber. A Biblioteca é um serviço imprescindível para que a Universidade cumpra os seus objectivos.”2 Neste cenário, é preciso, cada vez mais, reconhecer a verdadeira importância da Biblioteca para o cumprimento da missão e objectivos de qualquer instituição do ensino superior. LOURENÇO, Júlia Maria [et al.]– Bolonha: ensino e aprendizagem por projecto. V. N. de Famalicão: Centro Atlântico, 2007, p. 17 1

ORERA ORERA, Luisa (ed. lit.) – Manual de Biblioteconomía. Madrid: Editorial Síntesis, 1998, p. 2


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Destaque Jornadas de Gestão da Carreira’08 Licenciatura em Design - Jornadas de Gestão da Carreira’08 Rita Matos Rocha No início do mês de Abril, realizou-se nas instalações da ESEIG – Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão do IPP- Instituto Politécnico do Porto (Vila do Conde), a 1ª Jornada de Gestão da Carreira’08, (JGC’08) numa organização conjunta dos cursos de Gestão e Administração Hoteleira, CTDI, Contabilidade, Design e Recursos Humanos, proporcionou a presença de especialistas em gestão da carreira e de profissionais das respectivas áreas. Na tarde de 10 de Abril, o curso de Design apresentou à sua plateia, quatro “gigantes” do contexto contemporâneo do design e suas áreas envolventes. Chamo de “gigantes” os nossos ilustres convidados, pois são um exemplo de sucesso e de uma boa gestão de carreira. Chamo de “gigantes”, porque nós curso de Design, curso este que se iniciou no ano lectivo 2000/2001 apenas com a vertente de Design Gráfico e Publicidade, e conta hoje também com a variante de Design Industrial; estamos em crescimento há quase 8 anos, e pretendemos geri-lo com o mesmo empenho e empreendedorismo que os “gigantes” oradores ostentam em suas carreiras. O curso de Design quer “ver mais longe”, aprender com descobertas antecedentes e com experiências bem sucedidas. Tal como Isaac Newton, se vemos mais longe, foi por estarmos sobre os ombros de gigantes! A Jornada de Gestão da Carreira, na área de Design, contou com a estreia bem sucedida de Marta Fernandes (professora dos cursos de Design – ESEIG), na moderação de comunicações e no apoio à tradução das questões colocadas na fase de debate. Steven Sarson (coordenador dos cursos de Design – ESEIG), abriu o primeiro painel de “gigantes”, apresentando o Dr. Rui Ventura e o Dr. Carlos Coelho. Passo a explicar porque são eles “tão deliciosamente geniais”:

O Dr. Rui Ventura é licenciado em Marketing e Comunicação pelo ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) de Lisboa. Com apenas 30 anos de idade, o seu percurso profissional, desde 1996, abarca cargos em empresas como a BP, Burson Marsteller do Grupo Young & Rubicam, Grupo GCI e Fortune Promoseven do Grupo McCann Erickson (Bahrain e Dubai). Recentemente reconhecemo-lo no cargo de Director de Marketing e Relações Externas da MTV Networks, onde chancelou o mega evento “MTV Music Awards” em 2005; nesse mesmo ano, foi nomeado pela APPM (Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing) para Personalidade do Ano na área de Eventos Culturais e Espectáculos.

elementos de uma sociedade, somos únicos, com personalidades únicas, tipologia única...”SOMOS MARCAS!”

Um convite da concorrência fez com que Rui Ventura abraçasse o cargo de Director de Comunicação e Imagem da Ogilvy & Mather. Actualmente é Director de Marketing do Sheraton Hotel & SPA do Porto e de Lisboa.

O primeiro desafio do Personal Branding é a selecção natural, pois conforme um outro filme apresentado por Rui Ventura, só o melhor e o mais forte dos espermatozóides atinge o óvulo. O “gigante Rui” incentiva: “Comecem a diferenciar-se, a puxar pela vossa marca pessoal, pelos vossos interesses, pelo que é único em vocês!”

Dr. Rui Ventura

"Cria a tua marca. Diferencia-te!", passou a ser o lema dos nossos alunos, após a apresentação da dissertação do Dr. Rui Ventura, sobre personal branding, a que ele chama de “U-Marketing”. Rui Ventura defende que nós, enquanto

Refere também que “…estamos habituados a dar valor às coisas, quando estão em determinado contexto.”, para melhor o exemplificar, expôs um vídeo de uma experiência de Personal Branding, levada a cabo pelo Washington Post, onde Joshua Bell (violinista conceituado) foi convidado a tocar no Metro, utilizando um Stradivarius avaliado em três milhões de euros. Durante os 45 minutos que esteve a tocar, só uma senhora o reconheceu. Para Rui Ventura, Joshua Bell “era uma obra de arte sem moldura” e “um produto de luxo sem etiqueta de marca”.

As pessoas são marcas, pois segundo Rui Ventura, “todos temos o nosso produto para vender, existe um mercado de oferta/procura, todos nós temos o dom da comunicação, temos que saber usá-la para comunicar as nossas mais-valias e reconhecer os nossos limites. Através da distribuição, podemos estar aqui ou em qualquer parte do mundo.” No entanto é “importante perceber o mundo e perceber onde estamos (“glocal”, imediato e complexo) e perceber o ser humano (80% emocional e 20% racional).” O Dr. Rui Ventura questionou a plateia: “Será possível criar um líder, como criamos uma marca?”. A sua resposta, rápida e descontraída: “claro que sim”. Foi ilustrada com 3 imagens de Che Guevara, Papa João Paulo II e Elvis Presley. Rui Ventura defende que estas três persona-


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lidades “são marcas não só na comercia- tamanho 12, “apresentem currículos lização de produtos, mas no ponto de diferentes na forma, no conteúdo e na vista do statement pessoal, são ícones e abordagem”. continuam a fazer parte das nossas vidas.” · “Traça o teu próprio plano de Marketing” perguntando, “onde quereNo seguimento da sua dissertação sobre mos estar daqui a cinco anos? Quais as “U-Marketing” Rui Ventura, elucidou a áreas que queremos atingir? Quais as audiência enumerando e prescrevendo metas que queremos atingir a nível pesvárias sugestões para a criação e desensoal?” volvimento do Personal Branding: Com duas ferramentas simples, torna· “É fundamental acreditarmos no mo-nos globais: nosso potencial, com trabalho e paixão”; “Youtube + Blog = Global”

·

“Outra palavra fundamental: Actualização”. É necessário acompanhar o tempo, estar atento às tendências, ser susceptível à mudança e reciclar o conhecimento “be a life long leanner!”;

“Nós somos o nosso próprio produto, temos que nos posicionar, posicionar a nossa imagem”, para o efeito Rui Ventura refere a importância de falarmos com pessoas do meio ou com outras que eventualmente possam não ter nada a haver com o meio, o Social Networking é um produto de diálogo (ex: hi5, facebook, myspace...);

·

“As oportunidades não se encontram procuram-se!”; “Faz acontecer!”; “A persistência é a palavra chave!” e não esperes que o telefone toque: “Hunt the Head-Hunter”;

·

Posicionamento único, transmitir emoções, fazer a diferença, respeito e credibilidade, são ingredientes para o reconhecimento;

·

“Criem valor, não criem volume” evidência Rui Ventura, no envio constante de CV’s formatados com Europass, ou a Times New Roman,

Dedicando a sua carreira no domínio da gestão de marcas, o Dr. Carlos Coelho é autor de livros como “Portugal Genial” e, mais recentemente, co-autor do “Brand Taboos”, juntamente com o

Por último, Rui Ventura aconselha “sê bom naquilo que fazes, inova e partilha.”

A carreira do jovem “gigante” Dr. Rui Ventura, é a prova de que “Impossible is Temporary. Impossible is Nothing”. Para este “gigante” jovem, · “Acreditar nas nossas ideias: fol- “não existem fórmulas mágicas”, o low your feeling” devemos criar algum segredo é “trabalhar, trabalhar, trabatipo de ideia muito nossa e inovadora, lhar!...” e “fazer o impossível”. pois “uma ideia pode-se transformar num negócio”. Rui Ventura afirma que Ainda no primeiro painel, tivemos a na área do Design e da Publicidade, o oportunidade de estarmos sobre os capital é o “Capital das Ideias”, “para ombros de outro gigante, tão “genial” além de olhar para as tendências e como os seus livros, como as suas exposeguir essas tendências, é essencial sições e como a sua carreira recheada encontrar um caminho vosso, com uma linguagem única e que possa ser valori- de sucessos: o Dr. Carlos Coelho. zada.”; Formado em Design, pelo IADE, o Dr.

·

Vodafone).

Carlos Coelho assume que “era mau aluno a design”, percebendo que ia ser um péssimo designer, logo resolveu ser gestor, “ajudando muitos designers a serem mais brilhantes ainda, do que eram”.

O Dr. Carlos Coelho, foi um dos fundadores da NovoDesign (posteriormente Brandia), uma das empresas mais premiadas de sempre em Portugal, onde ocupou o cargo de Presidente e geriu marcas relevantes em Portugal, entre as quais se encontram: Multibanco, Telecel/ Vodafone, Yorn, Galp Energia nomeadamente com o projecto Pluma, RTP, TV Cabo e TAP Portugal (marca a que jornalistas brasileiros apelidaram de “Gisele Bündchen dos Aeroportos”). Sendo neste momento um dos mentores do projecto IVITY Brand Corp. (www.ivitycorp.com), em parceria com o experiente designer português Paulo Rocha (condutor de grandes equipas multidisciplinares, com as quais conquistou, entre outros prémios, o de “World’s best prepaid product” com a vitamina Telecel/

Dr. Carlos Coelho

já referenciado designer Paulo Rocha. É professor, conferencista e colaborador em diversas publicações nacionais e estrangeiras, tendo, entre outros prémios, sido distinguido em 2005, como “Personalidade de Marketing” pela Associação dos Profissionais de Marketing. Conhecido por “brandómano”, não poderia iniciar a sua exposição sem falar de “Marca”. Para Carlos Coelho “marca, é fazer xi-xi num sítio, tal como os cães! É marcar um território. É deixar a nossa marca, quer se trate de uma pessoa, de uma empresa, de um produto, serviço ou país.” Carlos Coelho descreveu a “carreira” das marcas, destacando que “as marcas começaram por ser funcionalidades (concretas e funcionais para determinar territórios)”, relembrou a sua origem nas pastagens de gado dos Estados Unidos, quando os criadores de gado precisaram de marcar os seus animais com monogramas, cravados a ferro, nos seus lombos. Com o desenvolvimento económico e o surgimento de diferentes profissões (carpinteiro, alfaiate, criador de gado, etc.) “as marcas começaram a cumprir um segundo objectivo: “diferenciar”, tornaram-se factores de diferenciação. “O mundo mudou e está a mudar” segundo Carlos Coelho, as marcas face à concorrência tiveram que começar a seduzir, acrescentando funcionalidades emocionais e estéticas, para que


Volume 1, Edição nº 2 (segundo Carlos Coelho) “entrem na minha porta e não na porta do lado”. Refere, também, que “não se vai à Zara, comprar roupa” e com sentido de humor, acrescenta: “vai-se à Zara porque as mulheres estão mal dispostas”. Neste sentido “não precisamos de camisolas para o frio do corpo, precisamos de camisolas para o frio da alma! E é isso que a Zara vende!”. O que representa determinada marca e como me faz sentir perante mim e perante os outros (factor de identidade), é segundo Carlos Coelho, outra funcionalidade relevante para a marca, a funcionalidade social, “brands are social ícones” (mais do que deveriam ser, satiriza Carlos Coelho). “A grande dificuldade de hoje, é marcar um território, que continuamente mexe”, ou seja, é como fazer xi-xi para um rio (imagem apresentada). “Vivemos numa época em que não há linearidade! diz Carlos Coelho que aquilo que para os nossos pais ou avós eram certezas, deixaram de o ser: o curso não é para a vida, o emprego não é para a vida, até o casamento, pode ou não ser para a vida. Acrescenta ainda que “ o que caiu - mais do que duas torres, nos Estados Unidos - foram as certezas!” e “depois há um conjunto de elementos que vão alterar a lógica do planeta: há mais pessoas, vamos viver mais tempo e com mais coisas!”. Carlos Coelho defende (tal como Rui Ventura), que é necessário pensar numa estratégia de marketing pessoal, segundo ele, “um bocadinho maior do que tirar um curso, arranjar um emprego... pois a nossa vida não é apenas isso”. “The future is unboring”, sejamos optimistas (muito embora, segundo Carlos Coelho, o optimismo é visto infelizmente como uma doença ou deformação), porque para além de outros factores “The world became a Big Net”, somos uma grande rede, uma rede de pessoas: “a Big Human Net”. E esta “google generation” não vive em Vila do Conde, vive no Mundo! No entanto temos nacionalidade, como pessoas somos marcas. Como portugueses temos que criar, segundo Carlos Coelho, uma cultura de enorme exigência, e de uma vez por todas “todos temos a obrigação de afogar o afogadinho!” (dirigindo-se ironicamente e com grande sentido de humor, ao logótipo do Turismo de Portugal, criado em 1993

Página 9 pelo artista plástico José de Guimarães). Ainda segundo este “huge brand manager” é necessário contribuir para o desenvolvimento económico, libertando, incentivando e promovendo a energia criativa de Portugal. É um facto para todos nós, que se há representante que faz isso quase todos os dias, quer através do seu livro “Portugal Genial”, quer através das suas palestras, quer através dos seus artigos publicados, é Carlos Coelho. Optimista por natureza, ele oferece-nos em seu discurso de evangelização (como ele o descreve) sobre a marca Portugal, uma “visão desafiante sobre as genialidades portuguesas, capazes de contribuir para a afirmação contemporânea da marca de Portugal no mundo”. Tais como: Fernão de Magalhães (o ídolo dos astronautas da NASA); os primeiros mapas do mar, que ajudaram a desenhar os da terra; Catarina de Bragança (rainha de Inglaterra) que levou os doces para fazer a “marmelade”; as coroas de flores do Havai, que são originárias do Funchal; regiões demarcadas como a do Douro (foram os portugueses que as criaram); temos as melhores ondas surfáveis da Europa, nas nossas praias; o conhecido “calçadão” do Rio de Janeiro, é português (calçada portuguesa); é nossa também, a qualidade necessária para os grandes gestores contemporâneos: “O Improviso”, segundo o estudo científico de Miguel Pina e Cunha (um português). Outros nomes de “genialidades” da actualidade, tais como: Sérgio Rebelo, Machado Paes, Prof. Sobrinho Simões, João Magueijo, Edgar Cardoso, Siza Vieira, Manuel de Oliveira, José Saramago, Mariza, António Guterres ou Durão Barroso; afirmam genuinamente a marca de Portugal no mundo (segundo Carlos Coelho), em áreas tão diversificadas como: a medicina, a economia, as ciências, a música, a arquitectura, o cinema, a literatura ou a política internacional. Dirigindo-se à plateia Carlos Coelho salienta: “ousem fazer algo novo! Temos que fazer de Portugal, uma central de energia criativa... a poesia sempre foi mais à frente que a economia”. Referiu igualmente que não conhecia ninguém “certinho” que tenha feito alguma coisa de jeito, e poeticamente e ao jeito de um português genial como Fernando Pessoa, ressaltou “não tenham medo de sonhar, pensem em coisas para além da dimensão física. É preciso construir coisas que não existam! A civilização avança

muito mais pela emergência dos homens excepcionais, do que pelo triunfo da vulgaridade.” Já na fase de debate, e antes de terminar o primeiro painel, Carlos Coelho fez questão de deixar uma mensagem aos Designers. Mensagem essa, que fiz questão de colocar na íntegra, não só porque é um bom exemplo de gestão de carreira em design, como serve também de prolóquio (máxima), com efeito motivador, quer para os alunos, quer para os professores de design, quer para a instituição - ESEIG. Aos Designers: “ Eu (Carlos Coelho) e o Rui Ventura, viemos fazer apresentações que não são de design. O design é isso, não é design. Quem optar por ser técnico vai ser decorador. Ser designer é ter uma intenção e depois materializá-la. Não se deixem cair em flores. Toda a gente já sabe fazer flores, certo? Antigamente um designer que tivesse assim uns skills para misturar umas fontes, era melhor que os outros, porque não conseguiam manipular o Freehand (software) daquela maneira. Agora, já toda a gente sabe! Os grandes designers são quem pensa. Quem é capaz de ter uma intenção profunda daquilo que está a fazer... Eu não emprego designers que não pensam. Estou farto de decoradores! Fazer design, é de algum modo tentar mudar o mundo. Pensem no mundo como uma micro partícula, pode ser a nossa rua, pode ser a nossa casa, pode ser alguma coisa, fazer design é contribuir para alguma coisa materializada, através de um interface de sensibilidades: de cores, de formas e palavras. Estou farto de designers que dizem que os textos tem letras a mais. Essas pessoas vão perder todas o emprego, sabiam? Todas! Hoje espera-se que os designers façam tudo: escrevam, toquem música, saibam paginar, saibam montar um filme, saibam dar uma palestra... Isso é ser designer! E foram vocês que escolheram. Ser designer é ser homem ou mulher mais completo, do que eventualmente outras profissões. Uma constatação: descobri ao logo do tempo, que os melhores designers que eu conheço também são músicos. Músicos! Alguns maus, tocam coisas más, outros bons, mas não tem mal, são músicos! E a música obriga a talento e disciplina, obriga


Página 10 a desatino (que é fundamental), mas a disciplina para dar algum concerto. Por último, não digo isto como nenhuma encomenda. Ninguém me encomendou este sermão, nem digo isto para ser simpático, embora acho que seja neste aspecto: acho que o trabalho que vi produzido, o trabalho de design, sem conhecer a sua intencionalidade, que em materialização vi dos últimos catálogos da vossa Escola, é melhor do que aquele que se faz noutras escolas do país! (ouviram-se intensos aplausos) os aplausos não são para mim, são para vocês. É sincero! Nota-se ao longe! Como calculam eu desenvolvi algumas capacidades para ver ao longe, “o meu olho clínico”, pois ao perto até já vejo mal! Mas não estou enganado, eu sei que não estou enganado. Nota-se! Nota-se pelo corpo de professores, daquilo que procuram pôr nas coisas e nota-se intencionalidade. Nota-se! E vejo que há esse percurso, há essa preocupação. É preciso ser muito bom, e depois de ser muito bom, é preciso ter uma enorme intenção, é preciso querer ir mais longe. Dou os meus parabéns àquilo que se tem estado a fazer nesta Escola, não querendo terminar sem deixar esta nota: MUITOS PARABÉNS! Carlos Coelho (10.04.2008), Jornada de Gestão da Carreira’ 08: ESEIG DESIGN O segundo painel da tarde, foi apresentado apenas por Mike Whalley (Professor na Buckinghamshire New University, UK), visto que Jeremy Aston (da Simplidesign, Braga), devido a um conflito de agenda, foi impedido de continuar na nossa presença até ao final.

B-ESEIG A intenção do segundo painel, era confrontar “mestre e aluno” (já que, Mike Whalley fora professor de Jeremy Aston no Reino Unido), ouvindo as suas visões sobre o contexto contemporâneo e significado do design, reflectido na descrição das suas experiências profissionais e no crescimento das suas carreiras e nos contextos (nacionais e internacionais) onde se desenvolveram.

Dr. Marta Fernandes, Dr. Steven Sarson e Dr. Mike Whalley

Tendo uma carreira de aproximadamente trinta anos como designer, e sendo duas vezes mais velho, do que a média de idades da plateia que o assistia, referiu que foi “designer num mundo sem computador”, e que o foco da mudança em design é essencialmente tecnológico, e o que se mantém, é a sua essência: “ o desenvolvimento de ideias”. Mike Whalley fazendo uma ponte entre o seu percurso como designer e como professor de design, e o percurso dos seus ex e actuais alunos, evidenciou, que actualmente o Design é mais assumido e procurado, o que por sua vez, aumenta a competitividade entre cada designer, face ao crescente número de designers profissionais actualmente no mercado de trabalho.

Steven Sarson (coordenador do curso de Design – ESEIG), descreveu Mike Whalley, como um “batalhador e guerreiro”, quer na sua vida profissional quer pessoal. Ou seja, mais um “gigante” que nos fez ver mais longe!

Para Mike Whalley, compreender o contexto contemporâneo do Design é apreender a cultura contemporânea, e facultou para o efeito, uma sugestão de leitura: “The Culture at the New Capitalism” do sociólogo Richard Sennett.

A apresentação de Mike Whalley, foi riquíssima. Ao ouvirmos o seu discurso, de imediato se vislumbrava uma extensa “tabela cronológica” do seu percurso profissional.

Foi uma tarde riquíssima em experiência e conteúdo, foi uma tarde, estruturada para “marcar a diferença”; foi uma tarde que nos fez “pensar em coisas, para além da dimensão física”; foi uma tarde em que sonhamos, e vale bem a pena sonhar, porque a sonhar “ousamos fazer algo novo”!

Em criança, Whalley queria ser artista embora não soubesse bem o que isso significava. O gosto por desenhar foi o ponto “zero”, na escola descobriu a pintu“Cria-te e diferencia-te!” ra, a escultura e por fim a tridimensionalidade, enveredando pelo curso de design “O futuro é tudo, menos aborrecido!” tridimensional. E rapidamente o seu lema se tornou “do things for people”.

Licenciatura em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Susana Martins Após a realização de mais um evento de peso para a comunidade académica da ESEIG, mas também para a sociedade em que a escola se integra, o balanço que se pode fazer é indubitavelmente positivo. Este evento, diferenciou-se dos anteriores por unir, na sua organização, a maioria dos cursos da escola. CTDI viu os seus convidados falarem na tarde do 1º dia do evento, a 9 de Abril. Pelas 14h30m teve inicio a sessão de

abertura, com a participação do Exmo. Sr. Director da ESEIG, o Prof. Doutor Abel Andrade e com a participação da Coordenadora do Curso de CTDI, a Dra. Inês Braga. De seguida deu-se a palavra aos convidados integrantes do primeiro painel intitulado “Formação, Competências e Saídas Profissionais”, composto por duas personalidades de renome no meio da Documentação, a Dr.ª Paula Ochôa (Ministério da Educação) e a Dr.ª Leonor Gaspar Pinto (Câmara Municipal de Lisboa) sendo moderadora a Doutora

Teresa Pereira (docente do curso de CTDI). A comunicação da Dr.ª Paula Ochôa pautou-se por um sábio alerta acerca da necessidade de os actuais e futuros profissionais da informação saberem gerir convenientemente tanto a sua formação como a sua carreira. Já a Dr.ª Leonor Gaspar Pinto evidenciou o caso da Biblioteca Municipal de Lisboa e das várias iniciativas que tem levado a cabo na prossecução dos objectivos daquilo que é uma biblioteca do séc. XXI e dos seus recursos humanos. Ambas as palestrantes destacaram ainda o leque de saídas profissionais que se


Volume 1, Edição nº 2 avizinham para os futuros licenciados, nomeadamente ao nível do sector privado. Depois de um breve coffee-break seguiu-se o segundo painel moderado pelo Dr. Telmo Vilela da Fundação IPP. Este contou com a participação da Dr.ª Mafalda Cunha, representante da AEBA – Associação Empresarial do Baixo Ave. Uma vez mais a ESEIG e o curso de CTDI em particular estreitam relações com o meio empresarial envolvente e a comunicação da Dr.ª Mafalda Cunha

Professor Luís Amaral

Página 11 veio mostrar como os alunos de CTDI podem contar com os serviços desta associação para desenvolver a sua actividade profissional, destacando também, a importância de uma carreira profissional ponderada e baseada em estratégia empresarial e empreendedorismo. De seguida pudemos assistir à intervenção do Prof. Doutor Luís Amaral (PróReitor da Universidade do Minho) que destacou a importância da gestão da informação e das novas tecnologias nas organizações bem como a importância de recursos humanos qualificados para desempenharem tal tarefa. Posteriormente o Dr. Rui Avelãs (Critical Software) falou-nos um pouco do seu percurso académico e profissional e da necessidade de formação continua. Abordou depois o protocolo estabelecido entre a ESEIG e a Critical Software bem como o programa que a Critical Software desenvolveu para a gestão de informação, o CSarch.

Dr. Rui Gaspar, Professor Luís Amaral, Dr. Telmo Vilela, Dr.ª Mafalda cunha, Dr. Rui Avelãs

O segundo painel terminou com a participação do Dr. Rui Gaspar (Byblos). Foi apresentado todo o conceito inovador que está subjacente à recém-nascida Byblos, à tecnologia usada e aos recursos, físicos e humanos, necessários para desenvolver um projecto desta natureza. Um novo olhar para o mundo da leitura e uma nova arena de actuação profissional para todos os profissionais da informação.

Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira Luís Correia O principal objectivo destas JGC’08 era trazer profissionais de referência de cada uma das áreas dos referidos cursos e discutir a forma (ou as novas formas) de gerir a carreira. Depois da sessão de abertura das JGC’08, no dia 9, o primeiro painel foi dedicado ao tema “O percurso da carreira profissional no sector hoteleiro”. A organização deste foi da responsabilidade do curso de Gestão e Administração Hoteleira e contou com a presença do Sr. Manuel Ai Quintas (Director de Hotel e autor de vários livros técnicos da área hoteleira), do Chefe Hélio Lou-

Drª Isabel Glória, Dr. Salvador Araújo, Dr. Luís Correira, Chef Hélio Loureiro, Sr. Manuel Ai Quintas

reiro (Chef Executive de Cozinha do Porto Palácio Hotel e da Selecção Nacional Futebol) e da Dra. Isabel Glória (Directora do Desenvolvimento Organizacional do Grupo Pestana). Com o perfil, o percurso profissional e experiência dos três oradores foi possível termos uma perspectiva de como se pode gerir a carreira no sector hoteleiro.

Chef Hélio Loureiro, Moderador Dr. Salvador Araújo

O Senhor Manuel Ai Quintas, com base no seu percurso e experiência profissional, realçou a necessidade de se estabelecer objectivos profissionais e pessoais, ou seja, definir onde é que queremos estar e fazer no curto, médio e a longo prazo. Para tal, é importante “desenhar um caminho” a percorrer para atingir os objectivos definidos. Alertou, ainda, os alunos que por vezes não é fácil, que é preciso ser persistente e estar consciente do que se pretende alcançar.

Por fim, a Dra. Isabel Glória apresentou a forma como o Grupo Pestana, maior grupo Hoteleiro português, gere a carreira e a formação dos seus colaboradores. Para cada um, é estabelecido um plano de carreira, pois o Grupo Pestana pretende que os seus colaboradores possam progredir na sua carreira, contribuindo desta forma para a sua satisfação e melhoria do seu desempenho.

O Chef Hélio Loureiro, por sua vez, referiu que apesar de não ter planeado de forma mais precisa a sua carreira profissional, que é importante trabalhar/ fazer o que se gosta e procurar ser excelente na sua área.

Após as apresentações, houve ainda tempo para alguns alunos e docentes colocarem várias questões aos oradores, para satisfazerem algumas curiosidades e esclarecerem dúvidas.


Página 12 Como nota final, é importante referir que toda a operação de Alimentação e Bebidas das JGC’08 foram planeadas,

B-ESEIG organizadas e executadas pelos alunos do 3º Ano e do 1º Ano do curso de Gestão e Administração Hoteleira.

Muitos parabéns a todos os alunos e professores que estiveram envolvidos nas JGC’08. Até à próxima…

Licenciatura em Contabilidade e Administração Conceição Castro A flexibilidade laboral e a competitividade invadem o nosso dia-a-dia, impondo novos valores, novos modelos de organização do trabalho e práticas empresariais. Hoje, o mercado de trabalho, de emprego se quisermos, não se compadece das tradicionais estruturas rígidas de carreira, isto é, não sustenta mais o tradicional modelo de emprego para toda a vida, sob pena de funcionalizarmos as empresas e o sector público.

Dr. Jorge Teixeira, Doutor Freitas Santos, Eng. Caetano da Silva, Doutora Conceição Castro

Nesta decorrência, Flexibilidade, Funcionalidade e Oportunidade na gestão da carreira dos sistemas público e privado foi o tema seleccionado para o painel de Contabilidade e Administração, com o objectivo de ampliar as oportunidades de carreira aos alunos da ESEIG, pelos contactos que se estabelecem com o mundo empresarial e da administração pública e pelos instrumentos que se fornecem para a efectiva gestão da carreira, por forma a maximizar as suas oportunidades, através do alargamento da sua rede de conhecimentos e contactos. Para este painel foram convidados a Drª Teresa Nunes, Directora Geral da Administração e do Emprego Público, o Dr. Jorge Armindo Teixeira, Presidente do Conselho de Administração da Amorim Turismo e o Eng. José Caetano da Silva, Managing Partner da Talent Search, tendo sido moderado pelo Doutor Freitas Santos, Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Porto.

Na Talent Search «ajudam as empresas a gerir o seu bem mais precioso: o talenÉ neste sentido que a gestão de carreira to». Com o tema “O Papel do Executive ambiciona mostrar critérios de evolução Search” na carreira, para além da apreprofissional, percursos naturais e altersentação da Talent Search, o Eng. José nativos de carreira, no sentido de Caetano Silva, deu-nos a conhecer alguexpandir e reconhecer os contributos mas das metodologias de recrutamento individuais dos trabalhadores, por forma mais utilizadas naquela empresa: o a potenciar uma maior e mais flexível recrutamento e selecção por anúncio adequação da pessoa à função. que, em Portugal, funciona preferencialmente para posições não directivas, o Hoje, já não se fala numa carreira como recrutamento via Internet com uma um conjunto de categorias, fala-se, isso relevância cada vez maior, e o Executive sim, numa carreira (profissional) como Search. No Executive Search pesquisam um conjunto de empregos. Desde o final directamente quem querem que venha a da década de oitenta que as reformas do trabalhar com uma dada organização. Mercado de Trabalho (público e privaNeste âmbito, entre as competências do) se tornaram assunto de atenção, profissionais mais procuradas, o orador com visível grandeza, extensiva a quase salientou o percurso profissional sólido todo o mundo. Têm sido, por isso, enu- e ascendente, sobretudo baseado em merados vários factores socioresponsabilidades; as etapas profissionais económicos que concorreram forteconsolidadas; a consciência do Valor mente para fazer desaparecer a crise do entregue; as boas razões de mudança; e Mercado de Emprego e, em particular, a aquisição de conhecimentos multimedidas de reforma que visem criar disciplinares (ZIG-ZAG). Para além desemprego, gerir positivamente as reestru- tas, procuram, em termos de competênturações da empresas, promover a flexi- cias pessoais, a capacidade de liderança bilidade com segurança, reforçar a quali- (capacidade de seleccionar, atrair, motivar e desenvolver equipas), de visão ficação e a mobilidade. estratégica (do negócio, da empresa, do

sector, entre outras), de lidar com a frustração (capacidade de operar em ambiente instáveis/surpreendentes), de empreendedorismo (agarrar oportunidades, tomar iniciativas e assumir responsabilidades), de mobilidade geográfica, de orientação a resultados (concretizar objectivos definidos antecipando potenciais problemas), e de trabalho em equipa. Expressões como “Mesmo!” para a mobilidade geográfica e “360º” para o trabalho em equipa foram utilizadas pelo orador para salientar a sua importância. Para o Dr. Jorge Armindo “Talento… Precisa-se”. Para o economista, a capacidade humana organizacional é o garante do sucesso e continuidade de qualquer organização. «Gerir é uma arte» para a qual é necessário «paixão». Mais do que o salário ou benefícios, as oportunidades e as condições da fazer o dia a dia, aprendendo constantemente e construindo um espírito de missão num projecto de visão é o que o «apaixona». Neste contexto, o orador explicou como se pode ser empreeendedor trabalhando por conta de outrem, invocando a sua experiência profissional: trabalhando num Grupo económico (contratado pela via da resposta a um anúncio), «alinhou cada projecto individual com a estratégia da organização», prosseguindo com um conjunto de iniciativas, que a Direcção do Grupo aprovou, permitindo que a sua criatividade fosse concretizada. Startups lançadas pelo Dr. Jorge Armindo Teixeira, com equipas criadas e geridas por este empreendedor e líder. Ser empreendedor é «ser visionário, acreditar na iniciativa, ser capaz de transmitir a ideia do negócio à organização em que se insere» e o papel dos líderes é o de «servir a

Dr.ª Teresa Maria Nunes


Volume 1, Edição nº 2

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sua equipa para atingir o estado de alta motivação». A Era dos Talentos, que se vive actualmente, «tem por base o desenvolvimento dos talentos em concordância com uma visão de futuro apaixonante». As empresas cada vez mais procuram gestores capazes de tomar iniciativas e dirigir responsavelmente a sua carreira e a sua vida. Parafraseando Winston Churchil, o Dr. Jorge Armindo Teixeira concluiu que «A sorte não existe. Aquilo a que se chama sorte é o cuidado com os pormenores».

descrever e desenvolver toda a temática em que se incrementaram as reformas estruturais na Administração, com especial destaque para a racionalização das estruturas (nova Arquitectura de Organização do Estado), a eliminação da duplicação de tarefas e custos e aproveitamento de economias de escala, o Novo Modelo de Gestão dos Recursos Humanos (melhor integração da Gestão dos Recursos Humanos com a Gestão Orçamental), e o novo Regime de Protecção Social. A especial ênfase da prelectora foi para A segunda parte foi dedicada à gestão da o Novo Regime de Vínculos, Carreiras e carreira no sector público. Coube à Dra. Remunerações, com duas únicas modaliTeresa Maria Nunes, Directora-Geral da dades de vinculação: contrato como Administração e do Emprego Público modalidade predominante; nomeação

restrita a funções de soberania. Neste contexto, explicou como se fundiram 1.715 carreiras nas 3 carreiras de regime geral, a fusão geral das remunerações (uma tabela remuneratória com 115 posições, em vez de 22 tabelas com 522 posições), a possibilidade de atribuição de prémios de desempenho, em função da avaliação (novo SIADAP), e por último, o Recrutamento mais competitivo, flexível e célere. Ficaram, ainda, comentadas as linhas de orientação sobre o Novo Estatuto Disciplinar e a convergência dos regimes de protecção social no sentido de se alcançar um aperfeiçoado planeamento e mobilidade dos recursos humanos e do reforço dos mecanismos de controlo de admissões.

Licenciatura em Recursos Humanos Ester Vaz No dia 11 de Abril de 2008 o tema desenvolvido foi “Do Emprego para o Trabalho: (re)pensar a carreira organizacional e profissional”. A abordagem orientou-se nas perspectivas do planeamento e desenvolvimento de gestão da carreira e, simultaneamente, nos contextos organizacional e individual. Para o desenvolvimento do planeamento e gestão da carreira foi organizado o primeiro painel onde os convidados apresentaram as práticas organizacionais dissertando sobre os efeitos dessas práticas quer na organização, quer na pessoa enquanto colaboradora da organização. No contexto empresarial privado tivemos a presença de directores de recursos humanos do grupo Santander (Dr.ª Isabel Viegas) e da ITAU (Dr. António Diniz). O contexto da administração pública foi representado

Jornalista Carlos Carlos Daniel Daniel e Rosa e Atleta Mota Rosa Mota

pelas responsáveis de recursos humanos na Câmara Municipal do Porto (Dr.ª Cristina Douteiro) e na Unidade Local de Saúde de Matosinhos (Dr.ª Maria de Lurdes). Contamos com o analista Dr.

José Lucas, da Oficina de Competências, que enquadrou e analisou as práticas acrescentando outro tipo de práticas a que os colaboradores poderão recorrer. O segundo painel foi orientado para o desenvolvimento da carreira na organização e na profissão e foi orientado pelo analista Dr. Carlos Daniel, jornalista da RTP. Foram abordadas as experiências de duas organizações que promovem o desenvolvimento da carreira dos seus colaboradores: A Siemens com o Dr. Pedro Henriques e a Lee Hecht Harrison com o Dr. Yves Turquin. A abordagem do desenvolvimento da carreira individual foi garantida com a presença da atleta Rosa Mota que, em dinâmica com o público presente, respondeu às questões colocadas acerca dos princípios que nortearam o desenvolvimento da sua carreira. O último painel foi de reflexão acerca dos desafios do novo mercado de trabalho. O Professor Daniel Bessa, director da Escola de Gestão do Porto, dissertou sobre as tendências do mercado de trabalho nacional e a mobilidade de profissões tradicionais e as emergentes. O Dr. Luís António Noronha Nascimento, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, mostrou as várias profissões que se movimentam na área da justiça e as modalidades de progressão na carreira profissional e individual. Moderou este painel a coordenadora do curso de Recursos Humanos da ESEIG, Ester Vaz, realçando dados mundiais indicadores de mudanças rápidas no desenvolvimento das carreiras das pessoas: As 8 carreiras no trabalho que terão maior pro-

Professor Daniel Bessa, Doutora Ester Vaz, Dr. Noronha Nascimento

cura no ano 2012 ainda não forem criadas; Hoje o conhecimento duplica em cada 2 anos, em 2012 duplicará em cada 3 dias; Calcula-se que no século XXI, aproximadamente, 1 pessoa desempenha até 14 trabalhos diferentes antes dos 38 anos. Na sessão de encerramento o Presidente do IPP, Eng.º Vítor Santos, felicitou a iniciativa enaltecendo a importância destas Jornadas para o aumento do conhecimento na ESEIG e no seu contributo para a comunidade. Realçou que a ESEIG, na sua diáspora polivalente, é uma escola do Politécnico do Porto com competências e mais valias prometedoras de uma boa implementação no mercado.

Arq. Pedro Matos, Doutor Vítor Costa, Eng. Vítor Santos, Doutor Abel Andrade


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B-ESEIG

Gabinete de Relações Internacionais – Programas de Mobilidade e Actividades Milena Carvalho res e testem métodos de ensino num ambiente internacional.

Programas e fluxos de Mobilidade Internacional

Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida – Erasmus O Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida tem como principal objectivo contribuir para o desenvolvimento da Comunidade Europeia enquanto sociedade baseada no conhecimento, caracterizada por um crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos assim como com uma maior coesão social, actuando em paralelo para uma adequada protecção do ambiente, considerando as gerações futuras. O Programa destina-se a promover essencialmente os intercâmbios e a cooperação, assim como a mobilidade entre sistemas de ensino e formação, a nível europeu, no sentido de estes se estabelecerem enquanto referência mundial de qualidade. Assim, o Programa Erasmus é um subprograma sectorial do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, que decorre de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2013, de acordo com a Decisão 2006/1720/CE de 15 de Novembro de 2006, adoptada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia. O Instituto Politécnico do Porto teve aprovada a Carta Universitária Erasmus (EUC) Alargada, que lhe consagra a participação no Programa Erasmus nas acções de mobilidade por ele financiadas: · Mobilidade de estudantes (duração de 3 a 12 meses): Realização de um período de estudos; Realização de um estágio curricular; Realização de um estágio profissionalizante; · Mobilidade de docentes e não docentes (duração de 5 horas / 1 semana a 6 semanas) TM: Realização de missão de ensino; Realização de formação; · Mobilidade de outro pessoal (duração de 1 a 6 semanas): Realização de formação em estabelecimentos de ensino superior e em empresas - ST-ES. Programas Intensivos Erasmus organizados a nível multilateral (duração de 10 dias a 6 semanas) Este programas têm os seguintes objectivos: · Encorajar o ensino eficiente e multinacional de tópicos especiais, que de outra forma não teriam a possibilidade de ser leccionados; · Permitir que estudantes e docentes trabalhem em grupos multinacionais e beneficiem assim de condições de aprendizagem e ensino especiais; · Permitir que os docentes troquem experiências no âmbito de conteúdos programáticos e novas abordagens curricula-

Leonardo da Vinci O programa Leonardo da Vinci é uma iniciativa da União Europeia que pretende estimular um trabalho em comum, a fim de desenvolver novas abordagens de formação, novos modos de aquisição de conhecimentos e competências e, ao mesmo tempo, favorecer o intercâmbio e a transferência de boas práticas e de inovação em matéria de formação, tendo então, como objectivos: · melhorar as aptidões e competências das pessoas especialmente dos jovens -na formação profissional inicial, independentemente do seu nível; · melhorar a qualidade e o acesso à formação profissional contínua e à aquisição de aptidões e competências ao longo da vida, tendo em vista aumentar a capacidade de adaptação das pessoas, sobretudo para acompanhar a evolução tecnológica e organizacional; · promover e reforçar o contributo da formação profissional para o processo de inovação, tendo em vista reforçar a competitividade e o espírito empresarial, bem como criar novas possibilidades de emprego. Para mais informações consultar site da ESEIG-GRI. Mobilidade Internacional De modo a cumprir com os planos de actividades e objectivos que foram propostos pela responsável do GRI em articulação com o GIN-IPP, para os anos académicos de 2005 a 2008, o Gabinete de Relações Internacionais deu continuidade a projectos já implementados e desenvolveu outros projectos e actividades no âmbito da inovação e da divulgação interna e externa dos programas de mobilidade e respectivas parcerias. Assim, no âmbito do programa Aprendizagem ao Longo da Vida, que tem atraído um número cada vez maior de estudantes e de docentes empenhados em fazer mobilidade Internacional, indicamos nos gráficos seguintes os fluxos de estudantes e docentes recebidos e enviados, nos anos lectivos de 2005 a 2008. O Gráfico 1 representa a mobilidade de alunos enviados por Ano lectivo, verificando-se um aumento significativo, no ano lectivo de 2007/08. Alunos Erasmus - Env iados 2005/2006

30

2006/2007

2007/2008 24

25

nº de alunos

Ao Gabinete de Relações Internacionais (GRI) da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão compete informar, acompanhar e gerir programas de mobilidade e intercâmbio, de âmbito nacional e internacional, em que a Universidade participa, nomeadamente no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida - Erasmus, Leonardo da Vinci e outros.

20 14

15 9

10 5

5

6

13

8

6 1

0

1º Sem.

2º Sem.

Ano completo Enviados Total

Ano Lectivo

Gráfico 1


Volume 1, Edição nº 2

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O Gráfico 2 representa a mobilidade de alunos recebidos por Ano lectivo, verificando-se um aumento no ano lectivo de 2006/07.

Alunos - Enviados por Pais Esp. Rom.

Fr. UK.

Bel. Sue.

Pol. Rep.Checa

10

9

Alunos Erasmus - Recebidos 2006/2007

2007/2008

n º d e alun o s

14 12

nº d e aluno s

2005/2006

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12 11

10 8 6 4

8

3

2

3

3 2

2

2005/2006

2006/2007

Gráfico 5

Recebidos Total Ano completo

Ano Lectivo

Gráfico 2

O Gráfico 3 representa a mobilidade de alunos enviados por Curso, verificando-se em 2007/08, um aumento na maioria dos cursos, assim como um maior número de cursos participantes.

O Gráfico 6 representa a mobilidade de alunos recebidos por Pais, não se verificando uma variação significativa nos anos lectivos de 2006/08. Verifica-se ainda uma maior diversidade de países. Alunos - Recebidos por Pais Esp. Rom.

Alunos - En via dos por C urs o RH

CA

DGP

GAH

EM

7 6

nº de alunos

6

6 5

5

5

3

3 2

5

4

4 3

3

2

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

EGI

3

2

nº de alunos

CTDI

1

1

2006/2007

Fr. UK.

2007/2008

3

3 1

2006/2007 Ano Lectivo

Alunos - Recebidos por Curso DGP

GAH

3

3 3 3 3

O Gráfico 7 representa a mobilidade de docentes enviados por Ano lectivo, verificando-se um aumento significativo no ano lectivo 2007/08, bem como na mobilidade (TM) Docência 5 horas. A mobilidade (OM) – Visitas de apoio à organização da mobilidade, teve um decréscimo, devido à diminuição das verbas atribuídas à Escola.

EGI 4

Docentes - Enviados

3

1º Sem.

2º Sem.

Mobilidade TM

Mobilidade OM

12

2

10

10

1

0

2005/2006

2006/2007

2007/2008

Ano Lectivo

Gráfico 4

O Gráfico 5 representa a mobilidade de alunos enviados por Pais, verificando-se que Espanha e Inglaterra são os mais procurados. A partir de 2006 houve uma diversificação de destinos escolhidos. Este factor deveu-se ao aumento de protocolos celebrados com instituições de outros países.

nº d e d o c e nte s

nº de alunos

EM 4

4

3

2007/2008

Gráfico 6

O Gráfico 4 representa a mobilidade de alunos recebidos por Curso, verificando-se em 2006/08, um aumento do número de cursos e de alunos.

CA

3

2

Gráfico 3

RH

Pol. Rep.Checa

6

Ano Lectivo

CTDI

Bel. Sue.

8

2005/2006

0

2005/2006

2007/2008

Ano Lectivo

0

1º Sem.

2 1

3

2º Sem.

5

3 3

0

3

2

5

4

6 4

7

6

9

8 6 4

6 5 3

3

3

2

2

1

0

2005/2006

2006/2007 Ano Lectivo Gráfico 7

2007/2008


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B-ESEIG

Docentes - Recebidos 1º Sem.

2º Sem.

Mobilidade TM

Mobilidade OM

3

3 2

2

3

3

3

RH

CA

DGP

GAH

EM

4

3 2

2

2

1

1

1

1

1

2006/2007

2007/2008

0

2

2005/2006

Ano Lectivo 1

Gráfico 10 0

2005/2006

2006/2007

2007/2008

Ano Lectivo

Gráfico 8

O Gráfico 9 representa a mobilidade de docentes enviados por Curso, verificando-se um aumento significativo de docentes enviados pelo Curso de Recursos Humanos, no ano lectivo de 2007/08. Docentes - Enviados por Curso CTDI

RH

CA

DGP

GAH

EM

6 5

5

nº de docentes

Docentes - Recebidos por Curso CTDI

Docentes - Enviados por Pais Esp. Rom.

Fr. UK.

Bel. Sue.

Pol. Rep.Checa

10 8

8 6 4 2

4 3 2 1

1

1 1

0

4

2005/2006 3

3 2

O Gráfico 11 representa a mobilidade de docentes enviados por País, verificando-se um aumento significativo dos cursos que recebem docentes, devido ao facto de se

nº de docentes

nº de docentes

4

de se terem estabelecido novos protocolos.

nº de doc entes

Página O Gráfico16 8 representa a mobilidade de docentes recebidos por Ano lectivo, constatando-se que não houve alterações nos anos lectivos de 2006/08. Sendo que a única mobilidade verificada é na área da docência (TM) e é realizada no 2º semestre.

2

2

2 1

1

2 1

2

2007/2008

Gráfico 11

1

0

2005/2006

2006/2007 Ano Lectivo

2006/2007

2007/2008

Ano Lectivo

Gráfico 9

O Gráfico 10 representa a mobilidade de docentes recebidos por Curso, verificando-se um aumento gradual de número de cursos que recebem docentes, devido ao facto

terem estabelecido novos protocolos. Podemos concluir, após a análise destes gráficos, que o aumento da mobilidade no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, é indicativo de que a ESEIG se encontra no Espaço Europeu de Ensino Superior, contribuindo para o processo de inovação a nível Europeu cumprindo assim com os objectivos propostos.

Mobilidade ERAMUS De 14 a 18 de Abril de 2008, dois docentes do Curso de RH estiveram em mobilidade ERASMUS em terras dos Campeões Europeus de Futebol 2008. Ester Vaz e Manuel Salvador rumaram ao Sul de Espanha, para aí estabeleceram laços de cooperação científica, profissional e pedagógica com os seus congéneres ibéricos. No que respeita ao aspecto científico, realizaram-se sessões/workshops de apresentação e discussão de projectos de investigação de ambos os países, assim como esboços de parcerias de investigação conjunta nos domínios da

violência no local de trabalho, na certificação para a qualidade das organizações não governamentais, na gestão dos serviços para os maiores de 65 anos, assim como nas políticas sociais de recursos humanos ao nível regional. Assuntos de ordem mais profissional foram também debatidos em reuniões com especialistas das áreas da psicologia, serviço social, medicina, enfermagem e antropologia, entre outras, partilhando experiências de intervenção local e regional de cada um dos países. Foi também motivo de aceso debate, as experiências e opções das diferentes universidades e cursos no que ao processo de Bolonha

diz respeito, estando as universidades em Espanha mais atrasadas na implementação deste processo, mas na opinião dos presentes, tendo amadurecido mais a reflexão sobre o tipo de mudanças em causa, e por isso optando genericamente por formações de primeiro ciclo de 4 anos e não três como em Portugal. Obviamente que a mobilidade de docentes vai para além das questões científicas, pedagógicas ou profissionais. Os aspectos de ordem cultural e social estiveram sempre presentes, não só na viagem de 2500 km de carro, que nos permitiu algumas curtas paragens turísti-


Volume 1, Edição nº 2

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cas, com ementas gastronómicas e de contacto social com as gentes acolhedoras de Espanha (vem à memória de uma valsa tocada por um violonista e dançada pela professora Ester com um jovem Murciano em frente à bela Catedral de Múrcia numa dessas noites encantadoras). As experiências de mobilidade docente promovidas pela UE são sem dúvida bons meios de difusão científica, cultural, pedagógica e profissional, tendo os docentes que realizaram este

“caminho” uma noção clara do balanço positivo que esta lhes ofereceu, antecipando frutos académicos a breve trecho destes contactos intensos. Um deles já se concretizou através do acolhimento na ESEIG do Director da Escola de Serviço Social da Universidade de Múrcia, Professor Doutor Manuel Medina Tornero, que nos presenteou com uma palestra sobre a certificação para a qualidade das ONG.

Aproveitando a proximidade das datas definidas para as respectivas Mobilidades ERASMUS, quatro docentes de CTDI – Lino Oliveira, Milena Carvalho, Cândida Silva e Susana Martins – empreenderam uma viagem conjunta por terras de nuestros hermanos.

sequência desta realização, foi demonstrada a intenção de trocar experiências envolvendo estas novas práticas e a realização de projectos conjuntos sobre o tema apresentado ou relacionados com outras áreas do curso.

O périplo teve lugar na semana de 26 a 29 de Maio. Lino Oliveira tinha como destino a Universidade de Valência, a cujo departamento de Historia de la Ciência y Documentación, propôs a realização, nos dias 27 e 28, de um seminário sobre o tema “Utilização da Web Social como complemento da aprendizagem”. Uma vez que a Universidade de Valência está a desenvolver o processo de adequação dos seus cursos a Bolonha, entendeu que o seminário proposto teria mais interesse para a comunidade docente. Foram, assim, discutidas as novas práticas envolvendo as ferramentas Web 2.0, que estão a ser por nós levadas a cabo em unidades curriculares do curso de CTDI. Na

A viagem continuou para Norte, mais concretamente para León, onde a Cândida Silva e a Susana Martins leccionaram aulas a alunos do departamento de Património Artístico y Documental. Cândi-

No âmbito da mobilidade docentes ERASMUS, dois docentes do Departamento de Matemática – Fernanda Ferreira e Flávio Ferreira – deslocaram-se à Escola Politécnica Superior da Universidade de Córdoba, em Espanha, na semana de 24 a 28 de Março, levando a cabo uma missão de ensino de curta duração. Ao longo dessa semana, na área de Matemática, procuraram levar um pouco da realidade portuguesa até aos estudantes e docentes da instituição anfitriã, promovendo frutíferos intercâmbios científico-pedagógicos, culturais e mesmo pessoais. Foi leccionado um

curso em modelos matemáticos, sob a forma de seminários e workshops de forma a dar a conhecer conceitos matemáticos e correspondentes aplicações, que, em geral, não fazem parte dos planos de estudo. Nas reuniões com investigadores/docentes da universidade anfitriã foi discutido o trabalho de investigação que realizamos com vista à possibilidade de colaboração em futuros trabalhos. Foi também analisada a possibilidade de se estabelecerem acordos de mobilidade entre outros cursos das duas instituições, tendo sido acrescentado o curso de Gestão e Administração

da Silva apresentou diferentes tecnologias de informação e comunicação open source que podem auxiliar e melhorar o modo de gerir e transmitir informação. Susana Martins mostrou como se podem utilizar ferramentas Web 2.0 para apurar e refinar o serviço de DSI (Difusão Selectiva de Informação) de uma Biblioteca. Ficou também expressa a intenção de estreitar os laços entre as duas instituições. Quer em Valência quer em León, foi demonstrada a admiração pelo trabalho que está a ser desenvolvido na ESEIG e, mais concretamente, no curso de CTDI, com cariz marcadamente prático e com utilização intensa de novas tecnologias. Em ambas as cidades, Milena Carvalho desenvolveu contactos com as universidades visitadas e os respectivos gabinetes de relações internacionais. Fez também o acompanhamento de alunos ERASMUS da ESEIG que lá estão a frequentar programas de mobilidade. Hoteleira ao protocolo já existente. Sendo a educação indubitavelmente uma das áreas onde numerosas vitórias podem ser conseguidas, projectos como estes são prova que o grande objectivo de proporcionar o intercâmbio de novos métodos de ensino no espaço europeu é não apenas possível mas também, e sobretudo, profícuo. Estas experiências, mutuamente enriquecedoras, são prova do valor acrescentado que representa a abertura institucional às realidades nacionais e internacionais.


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B-ESEIG

Relações com o Exterior Novas formações no Grupo Hospitais da Trofa, SA. Manuel Salvador e Luís Correia Depois de uma experiência muito produtiva no ano de 2007 com a parceria entre o Grupo Hospitais da Trofa, SA e a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, através dos cursos de formação avançada em Atendimento Hospitalar, no presente ano deu-se continuidade a esta colaboração tendo sido agendados mais 5 cursos de formação. Numa estratégia crescimento acentuado, esta instituição pretende contar com 4 hospitais privados e uma rede de clínicas especializadas a funcionar em pleno antes de 2010 na região Norte do país, servindo mais de 2500000 utentes. Para acompanhar as

necessidades de recursos humanos, a DRH do grupo encontra-se a recrutar, seleccionar, acolher e integrar novos colaboradores, tendo para isso solicitado a nossa intervenção no domínio da formação inicial dos Auxiliares de Acção Médica e de Recepcionistas. Numa época em que várias organizações se encontram em crise, se deslocalizam ou fecham, apraz-nos constatar o vigor e o investimento que o Grupo Hospitais da Trofa, SA, está a realizar na região, dando a oportunidade de emprego e de desenvolvimento profissional. Digno de nota é o facto de os novos colaboradores

serem este ano exclusivamente do sexo feminino, maioritariamente jovens e com habilitações elevadas (12º ano e superior), o que contraria algumas estatísticas mais pessimistas em relação ao emprego de jovens mulheres com estudos.

Visita da Escola Básica 2,3 de Góis à ESEIG Aldina Correia, Cristina Lopes, Filomena Soares e Paula Nunes No dia 3 de Junho de 2008, a ESEIG recebeu a visita de 50 alunos acompanhados por 4 professores da Escola Básica 2,3 de Góis – Coimbra. Esta visita teve como objectivo, premiar os alunos que se destacaram em alguma actividade ligada com a área de Matemática: desde os alunos que obtiveram as melhores classificações nesta disciplina, aos que se evidenciaram no Campeonato Nacional de Cálculo Mental e nas Olimpíadas, ao vencedor dos desafios propostos pelo departamento de Matemática da Escola, etc. O programa da visita foi elaborado pelo Projecto Viva@Matemática em conjunto com docentes das áreas de

Física e Electrónica da ESEIG. Perante o elevado número de alunos houve necessidade de efectuar um desdobramento do programa, dividindo os presentes em dois grupos: Grupo I – alunos do 2º Ciclo Grupo II – Alunos do 3º Ciclo Da parte da manhã, o Grupo I e dois dos seus professores efectuaram a visita aos laboratórios de Física e de Electrónica, onde lhes foi possibilitada a realização de várias experiências e desafios. Simultaneamente, o Grupo II e os outros dois professores, que os acompanharam, participaram num Workshop de Origami. Na parte da tarde os grupos, e professores, trocaram de “posições”. Para terminar esta visita realizou-se uma demonstração do “Robot” que fez as delícias de todos os presentes. Infelizmente, dado o entusiasmo com que todos participaram nas actividades propostas, o dia passou muito depressa …

Desde já agradecemos a todos os que colaboraram, em especial, ao Eng.º Rui Barral, Eng.º António Patacho, Eng.º Nuno Dias, Eng.º André Dias, Eng.ª Daniela Campos e Eng.º Luís Mourão, sem os quais esta visita não teria sido o sucesso que foi. Fica aqui, também, um agradecimento às alunas de Engenharia e Gestão Industrial, Marisa e Rafaela, que se disponibilizaram para levar a cabo a referida demonstração do “Robot”.


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Notícias Final do Ano Lectivo 2007/08 comemorado em várias Escolas com Exposições do Projecto Viva@Matemática da ESEIG Várias são as actividades do Projecto Viva@Matemática mas, sem dúvida, as que mais se destacam para o seu exterior, são as suas Exposições Itinerantes. Nos últimos três meses deste semestre, a ESEIG marcou presença nos mais variados cantos da região (e não só) através das Exposições Itinerantes do Projecto Viva@Matemática: · Exposição Viva@Matemática Laranja na Escola Básica 2, 3 do Castelo da Maia - Maia 7 a 11 de Abril de 2008 · Exposição Viva@Matemática Azul no Colégio Luso-Francês - Porto 9 a 11 de Abril de 2008 · Exposição Viva@Matemática Verde a realizar no âmbito das Iníadas (Festa das Famílias) do INA- Instituto Nun'Alvares - Santo Tirso 11 e 12 de Abril de 2008 · Exposição Viva@Matemática Laranja na Escola Profissional do Minho Braga 31 de Maio a 5 de Junho de 2008 · Exposição Viva@Matemática Azul no Colégio de Fornelos - Associa-

ção Cultural e Recreativa de Fornelos - Fafe 2 a 6 de Junho de 2008 Para terminar este ano lectivo com Matemática, as três exposições encontram-se requisitadas e estarão patentes, nas seguintes instituições: · Exposição Viva@Matemática Azul na Escola Básica 2, 3 - Júlio Saúl Dias - Vila do Conde 11 e 12 de Junho de 2008 · Exposição Viva@Matemática Azul na Escola Básica 2, 3 de Góis Coimbra, inserida na IX Semana da Matemática 16 a 20 de Junho de 2008 · Exposição Viva@Matemática Laranja na Escola Básica 2, 3 de Escariz Arouca 18 a 20 de Junho de 2008 · Exposição Viva@Matemática na Escola Básica 2, 3 - Rosa Ramalho de Barcelinhos - Barcelos 18 a 23 de Junho de 2008 · Exposição Viva@Matemática Azul aberta à comunidade, promovida pela Escola Básica 2, 3 de Góis Coimbra, organização conjunta com

a Câmara Municipal, no "Góis sob o signo da Matemática" - GóisArte2008. 11 a 13 de Julho de 2008 A gestão deste Projecto, da responsabilidade dos seus quatro membros activos – Aldina Correia, Cristina Lopes, Filomena Soares e Paula Nunes, docentes de Matemática da ESEIG, tem requerido cada vez mais tempo e disponibilidade, dado o número crescente de requisições. Infelizmente, têm-se recusado vários pedidos, tanto pela distância a que se encontram as Instituições requisitantes como pela ausência de exposições disponíveis (existem semanas com as três exposições requisitadas). Apesar das exposições serem montadas pelos membros do Projecto, tem-se conseguido, com a flexibilidade das Instituições requisitantes, levar a cabo a montagem das mesmas, em dias e horas que não interferem com o horário lectivo e de atendimento aos alunos, dos seus membros (ainda não foram recusadas montagens por este motivo…). Fica prometido, para breve, a “história” deste Projecto.

Lançamento do livro “A Velhice na Primeira Pessoa” de Ester Vaz Decorreu no passado dia 5 de Junho de 2008 pelas 18h00 na Universidade Fernando Pessoa a apresentação oficial do livro “A Velhice na Primeira Pessoa” da nossa colega Ester Vaz. Em "A Velhice na Primeira Pessoa", de Ester Vaz, publicado pela Editorial Novembro, a autora propõe-se "desconstruir" a percepção moderna de que a velhice se configura como problema social. A visão leiga da velhice encara-a apenas na sua dimensão de construção da sociedade, associada à problemática da inclusão social pelo trabalho. Mas ser reformado/a não é ser velho/a: é o olhar dos outros que faz as pessoas velhas. A autora mostra como a tipologia social

criada no século XX tornou as pessoas mais velhas reféns de atitudes e comportamentos socialmente esperadas. O comportamento do mercado de trabalho influenciou grandemente esse figurino que, no final do século XX, se evidenciou no conflito entre gerações de trabalhadores mais novos e trabalhadores mais velhos. Mostra também que, a representação social de velhice moderna, inculcada ao longo do século XX, atira as pessoas para uma institucionalização que não é do seu agrado. Apesar disso, as pessoas procuram estratégias de vida que garantam a sua liberdade com felicidade. Ester Vaz apoia-se nos resultados de um estudo qualitativo sobre a represen-

tação social de velhice e de envelhecimento. Realizou entrevistas em profundidade a homens e mulheres do Norte de Portugal, com idades superiores a 50 anos. A interpretação e análise do material recolhido permitiu à autora concluir que a velhice, mais do que ser a assunção de uma identidade nova atribuída socialmente, corresponde a uma autoreconstrução que valoriza a continuidade da trajectória individual.


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B-ESEIG

Eventos Bio|M'08: Prótese da Anca Ana Queiroz e Elga Costa O encontro “Bio|M'08 – Prótese da Anca”, realizado no passado dia 14 de Maio no auditório da ESEIG, teve como principal objectivo dinamizar e promover a Engenharia Biomédica como uma área multi e interdisciplinar, envolvendo várias vertentes de conhecimento, onde a importância da sua articulação, coordenação e integração é crucial.

Doutor Pedro Granja

Neste âmbito, no decorrer da preparação do encontro, foi lançado um desafio aos alunos de Engenharia Biomédica da ESEIG, no sentido de formularem uma opinião sobre o interesse para a sua formação do assunto a ser debatido. No final, foram premiados três alunos: dois do 2º ano e um do 1º ano. A artroplastia (cirurgia que envolve a substituição de uma articulação) total ou parcial da anca é uma das intervenções cirúrgicas com maior incidência no nosso país – todos conhecem alguém que sofreu uma cirurgia deste tipo. Assim sendo, o tema passou a ser pertinente, não só para a Engenharia Biomédica mas também para todas as áreas afins da Engenharia, bem como para qualquer pessoa simplesmente interessada em conhecer mais sobre um assunto, cuja actualidade é indiscutível.

gem de Engenheiros Biomédicos, procurou-se promover este encontro com notoriedades das mais diferentes áreas ligadas à referida Engenharia. Desta forma, tornou-se um privilégio poder contar com a presença de notáveis convidados, de tal forma que se torna difícil destacar algum em particular, uma vez que todos, sem excepção, são individualidades de reconhecido mérito internacional, na sua área de intervenção. Assim sendo, aqui se faz uma breve apresentação dos oradores presentes: Prof. Doutor Trigo Cabral, Director de Serviço do Ortopedia do Hospital Geral de S. João (HSJ) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); Doutor Pedro Granja, investigador do Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), individualidade de reconhecido valor na área dos Biomateriais, fazendo já, com menos de 40 anos de idade, parte do European Society for Biomaterials (ESB) Council e tendo sido galardoado com o Prémio de Jean Leray Award - Prémio atribuído pela ESB a jovens cientistas de reconhecido valor internacional; Dr. Fernando Parada, Director de Serviço de Medicina de Reabilitação do HSJ e Presidente das VIII Jornadas Internacionais de Medicina Física e Reabilitação, realizadas em Outubro de 2007, no Porto; Prof. Doutor Torres Marques, Professor Catedrático do Departamento de Mecânica e Engenharia Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP); Profª Doutora Fátima Pina, Professora Associada da FMUP e Investigadora do INEB.

Professor Torres Marques

Este Encontro, que se espera tenha sido o primeiro de muitos, permitiu reunir uma panóplia de diferentes abordagens científicas em prol de um mesmo fim. Tornou-se, assim, possível verificar que, na área da Engenharia Biomédica, todos os campos se cruzam e concorrem com uma mesma finalidade. A possibilidade de reunir, num mesmo espaço e ao mesmo tempo, as diferentes áreas abordadas/referidas revestiu-se na verdadeira novidade de um Encontro que tornou possível, como poucos até hoje, conseguir discutir as mais diversas perspectivas que se aportam nesta realidade que une a Medicina à Engenharia. Como nota final, ressalta-se o facto de o encontro se ter revelado como de elevado interesse para o público exterior à ESEIG, facto esse comprovável através das inúmeras inscrições externas que foram registadas, o que em muito engrandece não só a imagem de um curso ainda recente, como a instituição que o integra.

A execução da artroplastia é apenas a “ponta do iceberg” de todo o processo evolutivo da prótese da anca, desde o seu estudo, passando pela sua concepção, até ao paciente final, envolvendo áreas anexas como estudos epidemiológicos e de marketing. Com o intuito, já definido no Objectivo, de demonstrar a multi e interdisciplinaridade da Licenciatura em Engenharia Biomédica e, claramente, colocar a ESEIG como ponto de formação e passa-

Doutora Fátima Pina, Eng. Adelino Silva, Prof. Doutor Trigo Cabral, Dr. Fernando Parada


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ESEIG na FNAC com o Projecto Viva@Matemática Dia Mundial da Criança - 1 de Junho de 2008 Inserido em mais uma quinzena do Instituto Politécnico do Porto (IPP) na FNAC, o Dia Mundial da Criança 2008 teve uma comemoração “mágica” na FNAC de Sta. Catarina, dinamizada pelo Projecto Viva@Matemática da ESEIG.

Por incrível que possa parecer, a Matemática é o truque! Desafiamos-te a descobrir os Jogos e Enigmas que temos para ti neste... Podes ter a certeza que te vais divertir (apesar de ser Matemática…)”.

Muitos foram os que reagiram ao desafio Foram várias as actividades desenvolvilançado nos vários spots publicitários: das pelos presentes que culminaram com uma pequena sessão de magia a “Podes vir a ser o “MateMágico” da tua cargo das “matemágicas” do Projecto turma. Viva. Só tens que vir aprender os truques que O ambiente foi “matedivertido” e as temos para ti no Dia Mundial da Criança.

horas passaram sem que a Matemática cansasse os activos petizes participantes.

RHNet-ertúlia Decorreu na sexta-feira dia 20, pelas que implicam políticas de gestão organi19:30, a primeira tertúlia da RHNetwork zacional e de Recursos Humanos tamnum restaurante da Póvoa de Varzim. bém elas diferentes. Decorrendo num ambiente informal e descontraído, apresentaram-se aspectos fundamentais da legislação relativa à formação profissional. Foram apresentadas e debatidas as mudanças legislativas em termos de formação profissional, mudanças essas

Sendo uma oportunidade interessante de reunir múltiplos profissionais de RH com objectivos comuns, o balanço dos seus organizadores (equipa RHNetwork) é francamente positivo, na medida em que permitiu uma acesa discussão sobre as consequências decorrentes da legislação para todos aqueles mais direc-

tamente implicados neste subsistema de RH. O B-ESEIG cumprimenta toda a Equipa RHNetwork pelo dinâmico trabalho que têm vindo a realizar na criação desta Rede Profissional, assim como pelas ideias inovadoras na sua construção.

Gestão e Certificação da Qualidade nas Organizações sem Fins Lucrativos O curso de Recursos Humanos organizou no dia 29 de Abril de 2008, na ESEIG, Anfiteatro B 201, um seminário internacional sobre “Gestão e Certificação da Qualidade nas Organizações sem fins Lucrativos", dinamizado pelo Senhor Prof. Manuel Enrique Medina, da Universidad de Murcia. O Professor Manuel Medina lecciona no curso de Gestión de Calidade na Uni-

versidade de Múrcia e é consultor especialista na área da qualidade nas organizações que prestam serviços sociais à comunidade. É também director da Faculdade de Servicios Sociales da Universidad de Murcia e tem uma vasta obra publicada sobre esta matéria. A pertinência desta iniciativa tem a ver com a formação dos nossos alunos e diplomados em recursos humanos que,

cada vez mais, expandem a sua empregabilidade no mercado de trabalho associado ao terceiro sector. As exigências do terceiro sector passam por proporcionar serviços de qualidade num contexto de forças potencialmente competitivas: os valores centrados na pessoa e os serviços estruturados com base em critérios essencialmente económicos.

1.º Workshop - Uso da Plataforma Moodle Realizou-se no passado dia 9 de Maio de 2008 o 1º Workshop sobre o tema "Uso da Plataforma Moodle", promovido pelo DI-ESEIG (Departamento de Informática da ESEIG). Com esta iniciativa pretendeu-se dinamizar a utilização do Moodle na ESEIG, não só como uma plataforma de ensino e aprendizagem, mas também como ferramenta colaborativa e de suporte ao processo de avalia-

ção nas unidades curriculares. O workshop foi organizado por três Docentes da ESEIG (Mário Pinto, Ricardo Queirós e Eduardo Albuquerque) que asseguraram, respectivamente, os seguintes módulos: · Configuração das Unidades Curriculares e do ambiente de trabalho no Moodle · Gestão de Recursos e Actividades no Moodle · O Moodle como Instrumento de Avaliação

Atendendo à avaliação positiva dos Docentes que frequentaram este 1º workshop e ao interesse demonstrado por outros colegas que estiveram impossibilitados de se inscreverem por sobreposição com a sua actividade profissional, o DI-ESEIG vai organizar no início do próximo ano lectivo o 2º workshop nesta área.


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B-ESEIG

Tribuna NI HÃO E XIÈ XIÈ Iva Carla Vieira “Ni hau”, como se pronuncia, significa Olá. Os Chineses são simples e expeditos. Não têm, como nós, muitas expressões idiomáticas para se cumprimentarem ao longo do dia. Basta um “ni hau”, bem dito, com o “h” aspirado e bem entendido, para que nos libertem um sorriso. O mínimo que poderia fazer, em terra estranha que me recebeu, era aprender um cumprimento, uma saudação afável e saber dizer obrigada que, nestas paragens, se diz Xiè Xiè, pronunciando-se “cié-cié”. Ao contrário do que me tinham dito, encontrei um povo simpático e cordial, sedento de conhecer e de entrar em contacto com outras culturas. Quem sabe se o isolamento a que foram obrigados, durante décadas, terá despertado esta vontade de comunicar e aprender. A China de hoje parece ser uma sombra do seu passado. Aqui e ali, em restaurantes, espectáculos e outros locais públicos, damos de caras com hábitos e costumes que nos são estranhos e parecem, à primeira vista, anacronismos. Mas se perseverarmos e resistirmos ao velho hábito ocidental de julgar as outras culturas, à luz dos nossos padrões, a China é aquilo que poderemos apelidar de uma realidade que, primeiro, “se estranha” e, depois, “se entranha”. Aprendi mais do que pensava. As diferenças, quase de abismo, entre nós e eles. Os extremos encontrados, dentro de um país que, na verdade, é um gigante que desperta. Como em tudo na vida, e sempre que se quer, é fácil encontrarmos pontos de união e relevar o que nos é estranho. Que interessa se as noivas casam de vermelho, com sedas estampadas com a flor de lótus, se é esta a cor da felicidade chinesa? O sentimento, esse é o mesmo. O noivo, emocionado, foi capaz de nos dizer solenemente “My wife is beautifull and I love her very much”. Na zona de Guilin, simplesmente mágica e digna de uma tela, os rapazes dançam

numa das margens do Rio Li, e as raparigas na outra. Se elas se enamorarem de um deles, atiram-lhe uma bola que eles apanham, ou não, se o amor é retribuído. Também nós, com os lenços dos namorados, as feiras de moços e moças, não marcamos grande diferença.

Na China há uma genuína superstição com os números. O 8 é especial e considerado o portador da sorte. Há quem esteja disposto a pagar 40.000 yuanes (4.000 Euros) para ter esse número na matrícula do automóvel ou na porta de casa. Na China, a romã simboliza a fertilidade, a maçã a saúde e a tartaruga a longevidade. E os exemplos sucedem-se sem fim, porque este é o país onde as flores e os animais são sacralizados. Mas onde também são comidos sem dó nem piedade. Ao contrário das nossas paisagens, raro foi encontrar bandos de pássaros nos céus e ouvir o pipilar das aves. E cães, se vi uma dúzia, terá sido muito. Com excepção dos “pequinois”, que eram a companhia dos Imperadores, e que se passeavam em trela de dono, rafeiros quase não avistei. Provavelmente são tragados, porque ainda há muita fome na China, ou são uma iguaria apreciada. Enquanto no Norte da China a comida é mais doce e podemos, nós os Ocidentais, engolir, confiadamente, os pitéus que nos servem, já em Cantão convém estar de sobreaviso. É que aqui, come-se “tudo o que tem duas asas, menos o avião e tudo o que tiver quatro pernas, menos a mesa”. Na ementa dos restaurantes mais caros pode figurar o gato, a serpente, a tartaruga, a rata seca, a carpa e outros peixes com aparência venenosa, e os miolos de macaco são um manjar dos deuses, preferencialmente se forem extraídos depois de uma marreta-

da no crânio do animal. Tal e qual como num dos filmes de Indiana Jones que, pelos vistos, não era pura ficção. No Sul da China a comida é mais picante, enquanto que no centro as especiarias são usadas com moderação. Por toda a China, descobrir as matériasprimas com que se confeccionam as vitualhas é uma empresa arrojada e a melhor atitude poderá ser a do “seja o que Deus quiser!”. E o melhor será nem sequer ter a tentação de ir ver cozinhas, a higiene deixa a desejar, os resíduos abundam a céu aberto, com vísceras e tudo o que se possa imaginar. Um pesadelo se por lá houvesse uma ASAE! Comi o pato à Pequim, lacado e fatiado com um rigor religioso, o pepino, a couve chinesa, o aipo e outros legumes, primorosamente laminados, o porco, a alga e a flor de lótus na sopa, os crepes, o camarão feito de mil modos, o arroz cozinhado de formas diversas, a massa frita e tantas, tantas especialidades, que o acto de nos sentarmos à mesa e vermos a passerelle das taças e travessas no ,prato giratório é um ritual de se tirar o chapéu. E no final, sempre a proverbial melancia! Não fosse um peixe manhoso, tipo carpa, que arreganhava os dentes para nós e vinha trinchado com as escamas todas eriçadas, teria sido mais catita! Aparte o enjoo natural de quem, de um momento para o outro, sai de uma dieta mediterrânica e se enterra até aos joelhos (entenda-se o estômago, o fígado e as demais miudezas do aparelho digestivo) na ementa oriental, haveria a registar incidentes de pequena monta. Há turistas que não aguentam. Mergulham completamente na novidade, atafulham-se de comida que nunca saborearam e, poucos dias depois, é a hecatombe! Houve, também, aqueles que, com um profundo e sentido lamento, sempre que olhavam para o prato giratório da mesa, desabafavam “Isto não é gente!”. Mas que diriam os Chineses se lhes impingíssemos, durante uma boa quinzena em Portugal, favas com chouriço, feijoadas e rojões à moda do Minho? Logo eles que rejeitam o sal e comem sopas doces!


Volume 1, Edição nº 2 Na China, a classe média – que trabalha para as multinacionais estrangeiras e ganha salários superiores a 10.000 yuanes (1.000 Euros) – interessa-se pelo design e a decoração de interiores e é cliente da IKEA, do Carrefour, da PizzaHut, do KFC – Kentucky Fried Chiken e dos cafés Starbucks, que vão aparecendo em todos os cantos das grandes cidades. Na China, desenvolveu-se uma paixão arrebatada pelo Karaoke, o que mostra à evidência como gostam de cantar e divertir. Longe vão os tempos dos hinos à Revolução e das marchas militares. O gosto pelos computadores é maior que o nosso e levam-nos a palma no que respeita a telemóveis e aos acessos online com banda larga, já que os Chineses representam, neste momento, o maior número de consumidores do mundo, com o 4º lugar no ranking mundial dos utilizadores de PC em casa. Em toda a China vigora, ainda, a regra do filho único. Se nasce o segundo, os casais pagam uma multa, no valor aproximado de 4.000 Euros, o que, para a média salarial dominante, é uma fortuna e representa uma dívida que pode levar a vida inteira a saldar. Especialmente para os camponeses que mal ganham para subsistir. Esta regra é quebrada nas regiões onde há falta de mão-de-obra para o trabalho rural, devido ao êxodo para as grandes cidades. Em todo o caso, os camponeses subvertem completamente a regra do filho único, e não revelam a dimensão real do seu agregado familiar, aquando dos recenseamentos, ou pagam subornos aos dirigentes das aldeias, que são os donos das melhores residências nas regiões em que o controlo da natalidade não funciona. Até há pouco tempo, os chineses preferiam filhos varões, por entenderem que estes garantiam o seu sustento na velhice. Por este motivo, as meninas recémnascidas eram (e são) abandonadas, assim como os filhos nascidos com deficiências, que vão para orfanatos, onde vivem em condições infra-humanas. Mas hoje, preferem descendência feminina. Os casais já acolhem favoravelmente as meninas, por reconhecerem que elas podem ser instruídas, independentes e proporcionar cuidados aos velhos. Por isso, há hoje um desequilíbrio grave entre o número de homens e mulheres adultos, a tal ponto que as chinesas, em tom jocoso, reclamam o direito de ter “mais do que um marido”. Na China tradicional de há duas décadas, só o homem podia divorciar-se da mulher;

Página 23 hoje a igualdade entre sexos está restabelecida, tal como no Ocidente. Não vi preocupações com horários laborais; não existe um regime de protecção social para o infortúnio; ao lado das fábricas, incipientes nas instalações, há camaratas que pude ver, através das janelas abertas; o sistema de segurança e higiene no trabalho é algo que desconhecem; o artífice que trabalha o jade ou faz peças de cloisoné, ouve música com auriculares, alheia-se completamente da horda de turistas que fazem as visitas guiadas e não usam qualquer meio de protecção individual para os olhos, os ouvidos, as mãos e o corpo. O pobre que adoece, não terá dinheiro para comprar remédios e sabe que morrerá, sem assistência médica, porque, nos hospitais, só se trata quem tem dinheiro para pagar estes serviços. Os jovens recrutados pelas grandes empresas ganham substancialmente mais do que os seus pais, ainda que estes sejam funcionários públicos ou professores, com uma média salarial que ronda os 150 Euros; esta nova camada executiva e laboriosa tem acesso a bens de consumo e a estilos de vida que se afastam da tradição chinesa e incorporam o apartamento mobilado ao estilo escandinavo. As novas gerações não se interessam por política; fogem mesmo às questões que impliquem um juízo ou opinião sobre o regime. O que lhes interessa é ter capacidade aquisitiva e ter acesso ao consumo de luxo. De resto, a frota automóvel de topo de gama inclui modelos que nem sequer são comercializados na Europa ou, pelo menos, em Portugal, por não existir mercado para tão potentes e dispendiosas marcas. Todos sabemos que a China tem de percorrer um longo caminho para reconhecer e tutelar os direitos, liberdades e garantias fundamentais do povo chinês. A inesquecível rebelião da Praça Tian’anmen, em 1989, foi esmagada e milhares de jovens foram aí massacrados. Este acontecimento, que pairou na minha consciência, enquanto percorria essa Praça, a maior do mundo, foi despoletado pela morte e os funerais de Hu Yaobang, Secretário do Partido Comunista Chinês, um simpatizante das reformas e dos movimentos de contestação estudantil. Mas em Pequim ninguém gosta de falar nestes acontecimentos e, um pouco por toda a China, se repete que o povo “não se interessa por política”, por estar

mais interessado em viver e ter com o que sobreviver. E temos o dever de saber que as execuções sumárias e a pena de morte é aplicada de tal forma que as cifras negras são as que mais contam. Hoje, os mais ricos, como Ma Yun, conhecido por Jack Ma – dono do sítio www.alibaba.com, que destronou o eBay e está em vias de se converter no primeiro site mundial de comércio electrónico – convivem, mais ou menos clandestinamente, com uma franja crescente de miseráveis e espoliados da terra. Poderia não acabar aqui. Porque a China é enorme e muda a uma velocidade estonteante. Tem uma vontade inabalável de liderar. Por múltiplas razões culturais e históricas conhecem perfeitamente a sua força e os seus recursos e estão dispostos a pagar preços elevados para, ao contrário dos seus ancestrais, saírem do seu “Império do Meio”. Tenho uma absoluta certeza que, se lá voltasse, com a Expo 2010, em Shanghai, encontraria grandes mudanças na fisionomia das cidades que visitei, porque a China é, de facto, esse gigante que Napoleão pressentiu. Agora bem acordado, falta-lhe cuidar do seu povo e dos mais desprotegidos, resolver a premente questão social e os fluxos migratórios, controlar o seu crescimento demográfico, adoptar um modelo de desenvolvimento sustentado que não ignore os miseráveis e reprimir a corrupção, sem descurar os seus valores e tradições, em nome de um progresso económico e de

uma economia de mercado, aberta pelo grande reformador Deng XiaoPing. Acredito, depois do que vi, que a China tem de reinventar-se constantemente, sob pena de implodir sobre si mesma. Apesar de tudo, destes enormes e quase insuportáveis contrastes, por tudo que lá vi e vivi, foi com uma pena imensa que disse zai jian (adeus) à China. Mas ficará sempre na memória o ni hão.


ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim (Continuação da página 1)

parceria no sentido de disponibilizar, à comunidade veraneante, uma solução de aquecimento da água dos chuveiros disponíveis na Praia da Lagoa. ESEIG Rua D. Sancho , 981 4480–876, Vila do Conde Portugal Tel: 252 291 700 Fax: 252 291 714

B-ESEIG Boletim Informativo da ESEIG

DIRECÇÃO José Abel Andrade EDIÇÃO Fernanda Ferreira Cândida Silva Lino Oliveira Manuel Salvador E-MAIL b-eseig@eseig.ipp.pt SITE www.eseig.ipp.pt/b-eseig DEPÓSITO LEGAL 273774 / 08

Sendo a Póvoa de Varzim pioneira na utilização da tecnologia que aproveita a energia solar para fins de serviço aos banhistas, enche de orgulho a autarquia que afirma que para além Para quem, depois de um da inequívoca utilidade do pro“banho de mar” ou mesmo jecto, que acrescenta à qualidadepois de um “banho de sol” de do acolhimento poveiro e à pretender limpar o sal ou o qualidade dos meios de conforsuor do corpo, não tem agora to, uma mensagem clara à razões para “gritar” com o população da necessidade de choque térmico do contacto popularizar as energias amigas com a água fria dos chuveiros, do ambiente. Para a ESEIG fica como em épocas balneares a grata constatação da oportupassadas. nidade dos seus alunos aplicaO conforto de obter um duche rem na realidade as suas múltirápido com água tépida ou até plas competências, ainda para quente é agora possível através mais tendo uma finalidade tão do Projecto “Praias Solares”. nobre.

Promovendo o uso de energias alternativas, estas três instituições são um bom exemplo do quanto se pode obter através do esforço sinergético das instituições sociais, privadas ou públicas, no prosseguimento do bem comum e sustentável.

Licenciaturas em Gestão Hoteleira no Porto A propósito da notícia intitulada “Porto vai ter Licenciatura em Gestão Hoteleira” e do eco que fizemos de explanações que nos foram dadas por alunos da Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, em Vila do Conde, chegou-nos agora uma nota de esclarecimento da APHORT, que nos veiculara a primeira notícia. Também o Coordenador da Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira da ESEIG do Instituto Politécnico do Porto, Luís Correia, nos quis elucidar um pouco mais sobre o curso que coordena. Uma vez mais o Turisver.com vai dar voz a ambas as partes, tentando contribuir para o esclarecimento desta situação. É o seguinte o teor da “nota de esclarecimento” que recebemos por parte da APHORT, e que transcrevemos na íntegra: Nota de esclarecimento “A APHORT gostaria de esclarecer que o anúncio do arranque da primeira Licenciatura em Gestão Hoteleira no Porto foi feito dentro do contexto do ensino universitário, ou seja, ao

nível de cursos ministrados em universidades. Neste sentido, a Universidade Portucalense apresenta-se efectivamente como a primeira universidade do Porto a apresentar uma licenciatura nesta área. Respeitando todas as instituições de ensino, a associação considera, no entanto, existirem diferenças evidentes entre a formação universitária e o ensino politécnico, pelo que reafirma as características únicas desta nova licenciatura e o facto desta vir a representar uma mais-valia para o sector do turismo e para a região.” O Gabinete de Imprensa Porto, 5 de Junho de 2008 Por sua vez, o Coordenador da Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira da ESEIG do Instituto Politécnico do Porto, Luís Correia, em e-mail que nos foi dirigido, deu mais algumas explicações sobre este curso e a entidade que o ministra: Diz Luís Correia que “até este momento, somos o único curso superior público na área metropolitana do Porto do Norte do País. É um curso novo. Iniciou no ano lectivo 2005/06 e já está adaptado ao processo de Bolonha. Neste ano lectivo o curso

teve a melhor média de todos os cursos de Gestão Hoteleira do país: 15,62! Tivemos 644 candidatos. Pode verificar esta informação no site: www.acessoaoensinosuperior.pt. É uma grande responsabilidade para nós, mas pretendemos formar alunos com competências e conhecimentos que lhes permita ser no futuro grandes profissionais hoteleiros.” E continua: “Este ano lectivo 2007/08 vão sair os primeiros alunos licenciados. Ao longo destes quase três anos, temos desenvolvido várias actividades e colocado vários alunos em estágio, em hotéis em Portugal e em Espanha e construir uma excelente relação com várias cadeias/ grupos hoteleiros portugueses e estrangeiros. Como os alunos referiram, temos vindo a dotar a ESEIG com boas infra-estruturas para o curso, que lhes permite ter uma boa aprendizagem teórico-prática. Alias, em 6 semestres têm várias Unidades Curriculares teórico-práticas e práticas e ainda um estágio de 800h (cerca de 20 semanas) em Unidades Hoteleiras.” Texto publicado em Turisver.com http://www.turisver.com/


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