Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia - nº 73 - Sanidade em Organismos Aquáticos

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Em condições de cultivo, essa bactéria pode apresentar quatro morfologias de colônia distintas16: lisa e rizoide, com coloração amarelada; rugosa e rizoide, com bordas irregulares e de coloração mais alaranjada; lisa, de bordas arredondadas e coloração amarelada; e, por fim, lisa, polimórfica, de coloração branca levemente amarelada. Independentemente da morfologia, as colônias mantêm-se fortemente aderidas ao ágar, e o morfotipo mais comumente encontrado nos isolados de peixes é o rugosa-rizoide16 (Figura 1). Amostras com essa morfologia têm sido descritas como mais virulentas que isolados com demais morfotipos16. No Brasil, todos os isolados pertencentes

ao banco de bactérias do Laboratório de Doenças de Animais Aquáticos – AQUAVET (Escola de Veterinária – UFMG) apresentam essa morfologia, independentemente do hospedeiro de origem. A dificuldade da diferenciação de isolados de F. columnare por análises fenotípicas acarretou o desenvolvimento de técnicas de biologia molecular para estudos de diversidade intraespecífica2. A análise de polimorfismos no tamanho de fragmentos de restrição (RFLP) do gene 16S do RNA ribossômico (rRNA) foi padronizada e tem sido utilizada para avaliar a diversidade genética desse microrganismo2,17,18,19,20,21. Essa metodologia permitiu a discriminação das amos-

Figura 1: Isolado de F. columnare em ágar MHS, onde pode ser verificada a morfologia rugosa-rizoide com coloração amarela característica das colônias. 2. Columnariose em peixes de água doce

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