Revista ESCM - nº2 - Junho de 2010

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Revista escolar nº 02

SomosRevista

Junho 2010

Revista da Escola Secundária do Castêlo da Maia


EVISTA

R OMOS

S

editorial

03

Ensinar, uma difícil e desafiante Missão

Neblina

46

03

Um dia

46

Hoje

46

aconteceu…

04

“um crime na biblioteca”

46

Projecto “Escola Electrão”

04

Um sonho realizado

48

Concurso “Maia, Tu e o Ambiente”

06

O caminho para a vitória

48

Conferência “Literacia Financeira”

07

Quinta das Lágrimas

49

Entrevista ao Dr. Mário Frota

08

Sonho | Lembrança

49

Visita de Estudo ao Planetário e Visionário

10

fora de portas

50

Palestra de Genética Médica com o 11

Visita de estudo a Mafra

11

Ida ao Teatro

11

Dia das Línguas

12

Workshop de fotografia

15

Red Nose Day

16

Passadeira pela vida

16

à conversa com a professora

de Valongo

17

à conversa com o Professor

Pedestrianismo

18

Olimpíadas da Física

18

Concurso de Bandas de Garagem

19

Dia Aberto das Ciências

20

Basquetebol 3X3

22

Educação para a sexualidade

23

Actividade CEF

Visita de estudo ao parque Paleozóico

50

à conversa com a Ana Mafalda 8ºD e Henrique 7ºE

52

O Tomás do 8ºE conta-nos a sua história... Carla Madureira

53 54 56

à conversa com os Dizzy Habits

58

à conversa com os músicos do 7ºE

59

à conversa com João Ferreira 10ºB

60

assim fazia a minha avó...

61

23

Musakka | Ekmek Tatlisi

61

de Queirós em Tornes

24

pontos de Vista

62

Projecto Interculturalidade

25

Numa Escola promotora de mudança

62

Verónica Aranda

25

de José Régio

63

Entre | Palavras

26

Um outro olhar sobre o ensino

64

Intercâmbio ESCM | EEG

27

Indefinição da arte

64

Desporto escolar

28

Da cidadania europeia à responsabilidade

65

Workshop de culinária Turca

29

Correio dos leitores

66

Caminhada e BTT

30

Soluções (SomosRevista 01)

66

vale a pena

67

Visita de estudo à Fundação Eça

oferta formativa da escola…

32

sabias que…

36

Redes Sociais

36

As várias faces do memorial do convento

39

Plantas medicinais

39

galeria

40

trabalhos realizados pelos alunos dos 7º, 8º e 9º anos nas aulas de

Índice

Lúcia teixeira

Eleutério Silva

Encontro com a escritora espanhola

02

à conversa com a Professora

Prof. Dr. Sérgio Castedo

Educação Visual

40

palavras à solta

43

Amigos

43

palavras à solta

43

o mar

44

Sono | Nevoeiro |Festas

44

Autobiografia

44

Tributo à literatura popular portuguesa

45

Comentário Crítico ao “Cântico Negro”

E se a matemática, para além de lógica, pudesse ser divertida

67

SomosRevista investigou

68

O 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974 - Notícia Histórica

68

Cartazes alusivos ao “25 de Abril” realizados nas aulas de Educação Visual pelos alunos do 9ºF

69

já tocou!

70

Vamos lá adivinhar!

70

Que tal tentarmos resolver alguns enigmas? 70 Pontuação

70

Festival da Juventude - Pelouro da Juventude | CMM

71

última página

72

Ficha técnica

72

Patrocínios

72


editorial

Ensinar, uma difícil e desafiante Missão

Nos últimos anos a educação em geral e as escolas em

podem fazer a diferença, mas o professor foi, é, e

particular têm sido palco de alterações profundas, não

sempre será um dos pilares mais importantes na difícil

tanto ao nível de políticas educativas estruturantes,

e desafiante Missão de ensinar alunos desmotivados e

como seria desejável, mas mais ao nível da organização

com dificuldades.

das escolas, do estatuto dos professores e dos alunos,

É claro que é urgente incentivar ao compromisso

dos sistemas de avaliação, dos seus órgãos de gestão…

dos alunos e famílias com a escola, estimulando o

algumas delas necessárias, noutras, a factura foi muito

seu sentido de pertença e reforçando o seu grau de

superior ao benefício.

responsabilidade partilhada, tornando claro que aluno,

A principal vocação das escolas

professor, pai e escola são uma

consiste

de

equipa e que todos têm de dar

saberes académicos sustentados

o seu contributo e trabalhar

e

de

na

transmissão

complementados

desenvolvimento

com

forma

concertada

para

alcançar o mesmo objectivo

aluno, que se pretende venha a

que é o sucesso académico e

ser um cidadão activo, reflexivo e

pessoal dos alunos.

empreendedor.

Os pais têm de confiar na investir

desburocratização

da

na

escola;

os

pesada

confiar

nos

alunos

têm

de

professores;

os

escolas se encontram submersas;

nos seus coordenadores , sub-

é preciso investir na consolidação

coordenadores e na direcção.

da confiança nos professores e

A

na melhoria da formação dos

deixa-nos à deriva, e quem

directores, assumindo que estes são

anda à deriva chega a “lugar

quebra

têm

dessa

de

confiar

confiança

pressupostos indispensáveis ao reforço da autonomia

nenhum”. Trata-se então de, todos juntos, traçarmos

das escolas.

uma estratégia de forma a desenharmos uma visão

É preciso ter consciência de que, para além da

sistémica do processo educativo dos nossos alunos,

importância

seu

tentando criar um “banco de ideias” para “fabricar”

percurso escolar, também existe o chamado “efeito

soluções educativas eficazes, que se concentrem na

escola” e “efeito professor”. Se ninguém duvida da

acção escolar e, em particular na acção pedagógica

responsabilidade inerente e determinante por parte

do professor em contexto de sala de aula.

do aluno no seu sucesso, também convém relembrar

Em educação é preciso trabalho de equipa, sentido

que este é sempre uma equação em que todos temos

de compromisso e tempo porque em educação não

a nossa quota parte de responsabilidade. As escolas

se “plantam eucaliptos”.

do

investimento

do

aluno

no

Paula Romão - Directora da Escola Secundária do Castêlo da Maia

EVISTA

professores

R

carga administrativa em que as

OMOS

preciso

S

do

É

integral

o

03


O Projecto “Escola

Electrão” foi criado

para contribuir para a sustentabilidade do nosso planeta, procedendo à recolha nas escolas de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), através do

Ponto

Electrão

(contentor

criado

pela Amb3E, especialmente concebido

EVISTA

para receber REEE de pequena e média dimensão). Este ano lectivo a adesão da nossa escola ao projecto foi maior, tendo sido recolhidos

1670 kg

de REEE,

R

o que traduz uma maior sensibilização da nossa comunidade educativa face à reciclagem, à valorização energética e

OMOS

ao correcto tratamento de resíduos.

S

Professoras Licínia Pranto e Licínia Martins

No âmbito do projecto “Escola Electrão”, foi-nos proposta pela nossa professora de Ciências Físico-Químicas, Licínia Martins, a realização de entrevistas a alguns elementos da comunidade escolar, sobre o ambiente

aconteceu

e o “Ponto Electrão”. Das muitas pessoas entrevistadas, às quais desde já muito agradecemos, resultaram outros tantos testemunhos, dos quais escolhemos três já que não podíamos publicá-los todos. As perguntas colocadas foram as seguintes: 1- Acha que a população portuguesa tem vindo a contribuir para um melhor ambiente? 2- Qual tem sido a sua contribuição? 3- Como acha que os portugueses deveriam melhorar as suas

04

atitudes?

Alice Coelho, nº2; Beatriz Fernandes, nº3; Joana Ribeiro, nº14, Maria Inês Moreira, nº20; Teresa Paiva, nº28 | 8ºB


e identificar que material deve colocar em cada ecoponto, pois acho que estes hábitos deverão ser incutidos desde criança. 3- Ora bem, isso é uma boa questão…Quando nós vamos na rua vemos que há pessoas que têm atitudes

aconteceu

essa informação à minha filha e ela já sabe as cores

pouco cívicas, às vezes deitam papéis para o chão, pastilhas elásticas… No outro dia vi uma reportagem onde se mostrava o quão difícil é tirar as marcas das

1- Acho que estão mais sensibilizados para essa

pastilhas elásticas que ficam agarradas ao pavimento,

questão, e isso vê-se na informação que passa nos

coisa que eu ignorava. Outra coisa que infelizmente

meios de comunicação. Toda a informação que

muitas pessoas ainda fazem é cuspir para o chão. Há

vocês (alunos) recebem aqui na escola através dos

que trabalhar um pouco essas atitudes. Em nossa casa

professores, em formação cívica, é de alguma forma

há algumas atitudes que podemos tomar. No outro dia

levada para casa. Penso que as famílias, de uma

houve uma palestra aqui na escola, onde foram dadas

maneira geral, já estão mais sensibilizadas, já fazem

pequenas dicas que podemos tomar em prol do

reciclagem e têm contribuído cada vez mais para

ambiente, como por exemplo poupar electricidade,

melhorar o nosso ambiente.

poupar água (quando vamos tomar banho, lavar

2- Dentro das minhas possibilidades, procuro reciclar

os dentes, etc.). São pequenos gestos que, se forem

todos os materiais que levo para casa. Já passei

adoptados por toda a gente, fazem toda a diferença.

Professor José Carlos Monteiro - Prof. de Educação

1- Mais ou menos, há pessoas não cívicas que deitam

1- Nos últimos anos creio que sim, devido às

lixo para o chão, não fazem a reciclagem. Não é

campanhas de divulgação que aparecem nos meios

que eu tenha familiares a fazer isso, mas vejo pessoas

de comunicação. Acho que as coisas estão muito

próximas a mim a causarem imenso lixo. Onde eu moro

melhores.

há muito lixo, e as pessoas não são nada cívicas.

2- Já trouxe uma impressora para o projecto electrão

2- Faço a reciclagem, e não é que prejudique o

e faço a reciclagem em casa, mas sinto que poderia

ambiente, mas acho que podia fazer mais, pois faço

fazer mais.

apenas a reciclagem.

3- A população portuguesa terá que ser mais

3- Deviam reciclar mais, não gastar muito papel, pois

sensibilizada, adoptar uma postura ecológica, e ser

isso implica o abate de árvores.

educada para tal e acho que isso começa na escola.

EVISTA

Física

R

César Dias, 11º G

OMOS

Entrevistas realizadas por: Beatriz Fernandes, nº3; Maria Inês Moreira, nº20; Teresa Paiva, nº28 | 8ºB

S

Professora Raquel Lopes - Prof. de Inglês

05


EVISTA

R OMOS

S A cerimónia da entrega dos prémios do concurso “Maia

tu e o Ambiente” decorreu no dia 2 de Março nas

instalações da Maiambiente com a presença de todos os premiados. Em representação da nossa escola estiveram os alunos

Santos

do 9ºE

Lia Novais, Elsa Maia, Soraia Moreira, Tânia

e Ana Isabel Cunha, Ana Laura Pereira, Cláudia Rute Barbosa, Diana Pinto,

Inês Nogueira, Jonas Azevedo, Mariana Rodrigues do 9ºF, que obtiveram os três primeiros lugares na categoria a que concorreram. Deixamos aqui o testemunho desse momento e aproveitamos para lembrar a importância da gestão de resíduos na preservação do ambiente que é de nós todos!

aconteceu

06

Professoras Délia Carvalho e Júlia Santos


No passado dia vinte e um de Janeiro realizou-se no Auditório da nossa escola, uma conferência intitulada “Literacia Financeira”.

aconteceu

Conferência “Literacia Financeira” Esta ocorrência surgiu no seio de dois projectos, um deles intitulado “Literacia Financeira” e coordenado pela professora Gorete Porto, e outro da responsabilidade do grupo da Área de Projecto de Inovação, Tecnologia e Multimédia “Actual: a Revista Económica”. O início da palestra, apresentada pelas alunas Ana Varão e Sara Ferreira, foi marcado pela intervenção da Directora da Escola, Doutora Paula Romão. Para proporcionar à comunidade escolar um evento de ponta, trouxemos à nossa escola o Professor Doutor Presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo, Mário Frota que, com a sua experiência e formação, nos presenteou com imagens, ideias e conselhos que devemos colocar em prática no dia-a-dia e ao longo da nossa vida. Para percepcionar outra vertente da área financeira, convidámos a Dra. Lúcia Vaz, Gerente da Caixa Geral de Depósitos do Castêlo da Maia, a qual informou os presentes da disponibilidade desta instituição financeira em esclarecer os seus clientes no âmbito da área em questão.

pt e www.ciclodapoupança.com, úteis para ponderar as

Os alunos da turma E de 12ºano apresentaram alguns resultados do inquérito elaborado pela professora Gorete Porto e respondido pela comunidade escolar, aproveitando esta oportunidade para publicitar o “Boletim Financeiro”. Em jeito de conclusão, o

no qual chamou à atenção para alguns “Conselhos financeiramente úteis” a ter em consideração.

EVISTA

Grupo: A Revista Económica, “Actual”, 12ºE

R

grupo exibiu um vídeo elaborado por todos os elementos

OMOS

opções que tomamos ao longo da nossa existência.

S

Divulgou, de igual modo, os sites www.saldopositivo.cgd.

07


S

OMOS

R

EVISTA

Entrevista ao Dr. Mário Frota No passado dia vinte e um de Janeiro, teve lugar no auditório da nossa Escola uma Conferência sobre Literacia Financeira, organizada pelos alunos do Grupo Actual da Área de IT&M*, disciplina de Área de Projecto. Entre os vários convidados estava o Dr. Mário Frota, orador de renome, com um riquíssimo currículo e cultura, que não pudemos deixar de entrevistar. Assim, no período precedente à Conferência, reunimo-nos no Clube Europeu da Escola, com a colaboração das alunas do Grupo Europa em Ponto Pequeno, da Área DLMVTM*, que de forma prestável nos cedeu o espaço, para fazer a recepção e a entrevista ao Dr. M. Frota.

A primeira questão que lhe foi colocada dizia respeito ao seu estilo de vida e ao motivo que o levou a

enveredar pela área profissional em que se encontra. A sua resposta foi deveras peculiar. Este respondeu que o que mais o impressionou na sua formação como jurista e, mais tarde, como docente de Direito foi o desequilíbrio nas relações contratuais. Este terá pensado que o Direito fosse o domínio do justo, das relações equilibradas, da equidade. Por conseguinte, lançou mãos à obra e organizou com os seus estudantes sucessivas manifestações científicas, uma das quais deu brado, tendo-se, por conseguinte, realizado o Primeiro Congresso Internacional das Condições Gerais dos Contratos e Cláusulas Abusivas, na Universidade de Coimbra, no ano de 1988. Foi também por esta altura que criou em Portugal a Associação Internacional do Direito do Consumo. Esta tinha por objectivo o estudo sobre as grandes questões dos Direitos do Consumidor que, por definição, é a parte mais frágil da relação do Consumo.

Uma vez que se falava dos Direitos dos Consumidores, quisemos também saber qual a sua opinião sobre

a posição dos portugueses no que diz respeito ao cumprimento destes direitos por parte de todos os elementos participantes no acto de Consumo, se estes se mostravam passivos face a injustiças, ou se eram reivindicativos dos seus direitos, ao qual este respondeu que, por falta de informação e educação para o consumo, os portugueses eram ainda muito pouco activos neste domínio, não exigindo como se desejaria, o cumprimento dos seus direitos enquanto consumidores. Referiu ainda que, se houvesse mais informação, formação e educação, os portugueses seriam capazes de ultrapassar este problema e apurariam o seu sentido cívico.

Através do discurso, sempre emotivo, do entrevistado, foi possível denotar que o seu trabalho não era

para ele um verdadeiro trabalho; para este, a sua profissão era uma missão que lhe cabia cumprir; o principal

aconteceu

objectivo não era a remuneração, mas sim o combate à manipulação, à exploração, por falta de educação e

08


aconteceu formação sobre a Sociedade de Consumo. Este afirma até, que “nós só seremos pessoas de parte inteira se nos pudermos auto-determinar, se nos pudermos libertar de qualquer tentativa de manipulação”.

Com a sua presença nas escolas, em acções de formação, palestras, conferências, este pretende levar

os jovens, que acredita serem a esperança de uma mudança de consciências, a reflectir, a ver que existe uma realidade diferente da apresentada. Este afirma que, se houver um esforço neste sentido por parte dos cidadãos, será possível construir uma Sociedade mais justa e correcta, mais respeitosa dos Direitos de cada um, será possível criar cidadãos cientes dos seus direitos, capazes de discernir qual a escolha mais acertada, cidadãos dotados de um espírito crítico.

Porém, o entrevistado admite a dificuldade de conseguir transpor para a realidade as suas ideias, as

suas perspectivas. O principal obstáculo à concretização de uma Sociedade de Consumo mais responsável é o facto de as pessoas se encontrarem já, como diz, “pré-formatadas”. Nos tempos que correm não há uma preocupação em formar, desde tenra idade, os indivíduos para a Sociedade de Consumo. Assim, os cidadãos continuam muito vulneráveis às manipulações do Marketing, fala-se actualmente até de Neuro-Marketing, que consiste numa manipulação ao nível dos sentidos. Os mais novos são talvez a faixa etária mais manipulada; a

específicos. Este facto é deveras preocupante, pois afecta as novas gerações e deste modo, incontornavelmente

A Formação para o Consumo torna-se então algo imprescindível e esta deve começar nos mais jovens.

Assim, estes levarão esta nova forma de vida para o Futuro. Consciencializar para a realidade de um mundo repleto de formas de manipulação, cujo objectivo é levar-nos a pensar que um determinado produto ou serviço é indispensável, para a utilização responsável dos recursos, para os problemas sociais, como a pobreza, para que,

Perguntámos também ao nosso entrevistado qual era o seu maior receio. Como foi possível escutar

durante a conversa, o Dr. Mário Frota preza muito a instituição escolar. Posto isto, o entrevistado respondeu que o

à pobreza, através da educação dos indivíduos, através do debate de ideias, que incute nos jovens o sentido de democracia, não só ao nível político, mas também económico e social. Este afirma que devemos caminhar no sentido de preservar esta instituição, mas confessa também que teme que tal esforço não se faça, que tal caminho não se tome.

EVISTA

seu maior receio era que a Escola se extinguisse, uma vez que é a partir desta instituição que se pode fazer frente

R

deste modo, possamos Consumir de forma racional e responsável.

OMOS

o Futuro.

S

publicidade influencia principalmente as crianças, sendo a sua escolha fortemente direccionada para produtos

Como conclusão da conversa, questionámos o nosso entrevistado sobre qual a mensagem que

pretendia transmitir aos auditados, com a sua intervenção na Conferência. Este respondeu que cumpriria o seu objectivo se criasse nos jovens e restantes elementos do público um sentido de que é importante correr riscos, apontando o exemplo dos Descobrimentos, período em que Portugal se lançou para o Desconhecido e, em consequência dessa coragem, conquistou novos Mundos e tornou-se na maior potência mundial da época; mas não deixa também de referir a importância de se construir uma Sociedade com bases sólidas, que assentam em atitudes de Solidariedade, Fraternidade e Equidade.

A entrevista termina com uma chamada de atenção por parte do Prof. Mário Frota para a importância

da formação dos jovens para o Consumo, através da Literacia Financeira.

“Poupar e investir é olhar par o Futuro”

Ana Varão e Ricardo Maia I 12ºE

09


EVISTA

R OMOS

S

Visita de estudo

Planetário e Visionário - 7ºano

Tudo começa numa aula de físico-

o telescópio ajudou a Humanidade

horas de almoço vamos almoçar

química quando preparamos a

a

lugar

claro. As turmas puderam conviver

visita de Estudo. Está tudo pronto

no Universo e a expandir o seu

e partilhar as suas merendas umas

para o grande dia!

conhecimento do cosmos.

com os outras. 1hora e meia para

25 de Fevereiro de 2010 , o

Uma

almoçar e apreciar a vista.

autocarro está à porta da escola,

sobre a história do telescópio, o seu

Com a barriga cheia e com as

só falta mesmo a animação dos

funcionamento e as descobertas

energias carregadas, os alunos

alunos para começarmos a nossa

que

assistem a outro filme, mas este já

viagem. 1, 2, 28 e está tudo. O

alcançar.

é sobre os descobrimentos. O filme

autocarro parte, mas o que seria

Exploram as luas Galileanas, os

foi fantástico mas agora vamos

uma viagem sem música? Toca a

anéis de Saturno e a estrutura

fazer actividades. Passamos por

ligar o rádio e com isso também

espiral das galáxias. Durante a

cinco salas que nos falaram de

o interruptor da animação fica

sua animada conversa aprendem

vários temas: odisseia da vida, da

oficialmente ligado!

também sobre as descobertas de

informação entre outros. Em cada

1ª Paragem: Centro Multimeios de

Galileu, Huygens, Newton, Hubble

sala

Espinho.

e muitos outros.

e educativas experiências para

aconteceu

Chegamos

10

ao

nosso

compreender

o

astrónoma

esta

seu

esclarece-nos

ferramenta

grandes

esperavam-nos

divertidas

primeiro

Abordam

também

destino, mas como foi uma longa

projectos

que

viagem a nossa barriga começa

executados e o que estes permitirão

laboratório. Sentámo-nos e ouvimos

a resmungar de tanta fome, um

alcançar cientificamente.

a explicação da professora sobre

lanchinho não faz mal a ninguém. E

Foi

com a barriga cheia começamos a

estávamos mesmo no espaço! Mas

o que aprendemos fizemos uma

misturar-nos com as outras turmas,

agora finalmente vamos ter um

experiência em que desenterramos

vamos explorar!

tempinho livre. A nossa liberdade

um

Já viram as horas? Temos de ir

veio ao de cima e sobressaiu-se.

como

fantástico,

os

permitiu

estão

parecia

a

ser

que

para o planetário para assistir a um

fazermos. Após umas horinhas de intervalo

fósseis.

dirigimo-nos

Depois

fóssil se

de

para

para

aplicarmos

uma

fossemos

um

concha,

verdadeiros

paleontólogos. Foi super divertido

filme chamado “Dois pequenos

2ª Paragem: Visionarium centro de

mas infelizmente tivemos de voltar

pedaços de vidro”. Este filme fala-

ciências do Europarque

para casa.

-nos de de uma “Festa das Estrelas”

Já chegamos ao nosso segundo

Então, adeus e até á próxima!

onde dois amigos exploram como

e último destino. Mas como são

Adarsha Gavião, 7ºC


Prof. Dr. Sérgio Castedo

No passado dia 22 de Abril e no âmbito da disciplina de Área de Projecto, o grupo

“Genética, Saúde e Ambiente”

organizou uma palestra subordinada ao tema

Médica”. orador

“Genética

A escola contou com a presença do prestigiado

aconteceu

Palestra de Genética Médica com

Prof. Dr. Sérgio Castedo, que não só instruiu, como

também divertiu todos os presentes. É de salientar o seu vasto curriculum: actualmente director do laboratório privado GDPN (Genética Médica e Diagnóstico PréNatal), formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo também estudado e exercido a sua profissão na Holanda. Tem mais de 60 estudos publicados na sua área e lecciona na Faculdade de Medicina e de Nutrição. Algumas das temáticas abordadas foram as doenças genéticas (ocupando grande parte da palestra) e o diagnóstico pré-natal; temas estes que se revelam importantes no quotidiano de todos os cidadãos.

Catarina, Filipa, Inês e Joana, 12ºD

Visita de estudo a Mafra No passado mês de Março do corrente ano lectivo, os alunos do décimo segundo ano de escolaridade, da Escola Secundária do Castêlo da Maia, dirigiram-se a Mafra, no âmbito da disciplina de Português, com o objectivo de visitar o Convento local, alvo da obra de leitura obrigatória do corrente ano: “Memorial do Convento”, de José

uma abordagem mais reais à mesma. Toda a visita assim como todos os seus componentes serviram para que

nacional. Todos estes objectivos foram alcançados, com o apoio excepcional dos guias que nos receberam e dos actores da peça de teatro à qual assistimos. Relativamente à obra, depois de entrar no verdadeiro espírito e sentido da mesma, é possível verificar toda uma enorme significância e importância critica e lógica da mesma até mesmo

de posições e sentidos ainda hoje muito demarcados. João Maria Pereira, 12º A

Ida ao teatro No passado dia 28 de Janeiro de 2010, eu e alguns alunos da minha turma – 9º E - tivemos

Mágico”, lindíssimo

“O Ano do Pensamento

um monólogo interpretado única e exclusivamente por

Eunice Muñoz,

EVISTA

R

nos dias de hoje em pleno século XXI. Verifica-se uma obra extremamente actual, abrangente

a oportunidade de assistir à peça de teatro denominada

OMOS

todos os alunos, de uma forma diferente e mais verídica, procedessem à incorporação da obra do Prémio Nobel

S

Saramago. Esta visita teve como propósito enquadrar os alunos na obra, permitindo uma contextualização e

no

Teatro Nacional São João, no Porto!

Inicialmente, estava um pouco assustada porque tinha receio de não perceber a peça ou de me desiludir com o conteúdo da história. Confesso que me surpreendeu completamente, pois adoro histórias dramáticas e verídicas! O mais incrível foi que, no início, acreditei que aquela história correspondesse à própria vida de Eunice Muñoz! Adorei a personalidade de Eunice, ou melhor, da personagem Joan Didion porque, apesar dos problemas que lhe surgiam na vida, mostrava-se sempre tranquila e tomava a decisão que achava mais correcta como, por exemplo, guardar os sapatos do John após a sua morte, pois assim ele voltaria! Se algum dia perder o meu marido ou algum filho, quero seguir o exemplo de Joan: tornar-me forte e saber ser feliz de novo!

Elsa Maia, 9º E

11


EVISTA

R OMOS

S aconteceu

12

No dia 10 de Fevereiro comemorou-se, pela primeira vez na escola, o

Dia das Línguas,

ou seja um

línguas e na sua organização esteve envolvido todo o Departamento de Línguas que promoveu várias

teatro, karaoke, oficinas

dia completamente dedicado às diferentes línguas

actividades: desde

que fazem parte dos nossos currículos: a portuguesa

do ouvir, falar, ler e escrever, um torneio

(claro!), mas também a inglesa, a francesa, a alemã

de voleibol, uma corrida de panquecas,

e a espanhola. O latim, a mãe das línguas românicas,

exposições, um concerto e até um concurso

também marcou presença e, por um dia, deixou de

de línguas e cultura.

ser uma língua morta e renasceu em deusas e homens

Cada uma das propostas que fez parte do programa

do senado que povoaram o átrio do pavilhão D.

visou,

Este dia foi o culminar de uma semana dedicada às

comunicação

essencialmente, e

pelo

promover

o

gosto

conhecimento.

De

pela uma


dia das línguas 10 de Fevereiro

S OMOS EVISTA

R

forma divertida (mas com todo o rigor linguístico!)

para falar sobre o que nos interessa (oficina do falar,

envolveram-se os alunos e restante comunidade

no auditório).

escolar numa espécie de viagem pelo mundo das

E, falando em sentidos, o paladar também esteve à

palavras e pelo mundo dos sentidos, despertando a

prova nas várias salas de exposições, onde se podiam

atenção para escutar a nossa própria voz (oficina do

provar as mais deliciosas iguarias tradicionais de cada

ouvir), para ver os outros na nossa pele (peça de teatro

país representado.

cómico em que as professoras passaram a ser alunas

Para o ano talvez haja mais. Vamos esperar para ver…

de uma turma “multilingue”), para ouvir Beethoven

e ouvir e falar e ler e escrever, em suma, comunicar…

ao piano (na sala de exposições da língua alemã) ou

Professora Alice Sousa

13


EVISTA

R OMOS

S

A má língua das ciências … Pediram-me para escrever um artigo sobre o Dia das Línguas pois, como professora doutro departamento, teria uma opinião mais objectiva. Nada mais errado! Eu, professora de Físico-Química, comecei o Dia das Línguas com uma actividade de carácter experimental (é certo), que envolveu muita oralidade (definitivamente), mas do âmbito desportivo. Nada mais do que uma partida de voleibol entre professores de línguas e o resto da escola. Já se vê que fiz parte dos restos, restos esses que se revelaram no desenrolar do primeiro jogo, um verdadeiro entulho, tal era a qualidade das jogadoras. Corri mesmo perigo de vida ao ser atingida por um fulminante remate da Dona Berta, o que teria o seu valor se não fosse o facto de sermos da mesma equipa. Na figura do meu filho tive um apoiante extraordinário, sempre a elogiar publicamente a falta de jeito da mãe para a coisa. Constatada a superioridade da nossa equipa em persistir na não pontuação, fomos misturadas com as docentes de línguas e a brincadeira pôde continuar. O desafio final era contra as professoras de Educação Física que se viram e desejaram para vencer os restos promovidos em conjunto com as Línguas. Esta vivência extraordinária impediu-me de assistir à vitória da corrida das panquecas do meu descendente e ainda me custou um braço empenado durante três dias. Da parte da tarde percorri esfomeada, as salas de Francês, Inglês, Alemão e Português, mas imaginem lá: já só havia restos! Decididamente foi o meu destino nesse dia, pois até para assistir à peça de teatro no auditório fui condenada a fazê-lo de pé. A interpretação extraordinária da professora Raquel Lopes, no papel de aluna espanhola, arrancou-me umas boas gargalhadas. O resto do elenco também esteve bem (que ninguém fique com ciúmes). Das outras actividades propostas nota máxima para as oficinas e, apesar de não ter participado, ouvi dizer que o karaoke esteve ao

aconteceu

rubro e os concursos correram bem. As Línguas estão de parabéns, portanto, e à laia

14

de reconhecimento, aqui fica este exercício de pura escrita.

Professora Licínia Martins


aconteceu

workshop de fotografia Quando pela Escola passam fontes de Mudança

No dia dez do mês de Março do corrente ano lectivo, realizou-se no Auditório da nossa Escola, um Workshop de Fotografia, sob a orientação da

professora

Manuela Matos Monteiro. Mais uma vez fomos brindados com a presença de uma

actividades, se dedica também à arte de fotografar. Foi uma manhã que nos abriu a mente e o coração,

Ali, tiveram lugar, a harmonia das cores, o equilíbrio das formas e o acordar no interior de cada um, dos lados simples e bonitos daquilo que tantas vezes nos passa

Teve também lugar uma aprendizagem, informal mas muito enriquecedora, de técnicas de tirar fotografias,

experimentarem, fotografando. Da actividade realizada colheram, todos os que estiveram presentes, ensinamentos da arte de saber tirar partido em cada dia, dos lados bons e genuínos com que a vida nos vai presenteando.

EVISTA

tendo os alunos tido eles próprios, a possibilidade de

R

despercebido.

OMOS

para reflexões centradas num outro olhar sobre…

S

excelente profissional do ensino que entre muitas outras

Pedagogias eficazes, são na verdade aquelas que deixam Memória…o reflexo positivo desta actividade teve efeito durante algum tempo, nas aulas de Psicologia. Aprender a Ver, concorre de forma eficaz para o aprender a Ser e Estar, neste mundo em mudança que devemos estar preparados para receber de braços abertos, prudentemente mas FELIZES.

Professora Marinela Guimarães

15


EVISTA

R OMOS

S

Red Nose Day Os alunos do oitavo ano de escolaridade envolveram-se num projecto intitulado “Red Nose Day” no âmbito da disciplina de Inglês. A actividade desenvolveu-se por etapas e ao longo de alguns meses. Foram produzidos marcadores de livros alusivos ao tema “Solidariedade” em colaboração com a disciplina de Educação Artística; seguidamente, estes foram reproduzidos e vendidos à comunidade escolar e as receitas reverteram a favor da Instituição

“A Causa da Criança”. Alguns alunos venderam bolos e outras iguarias na Barraquinha Verde

com o objectivo de angariarem mais fundos. A actividade teve o seu desfecho com a visita à referida instituição e com a oferta de bens essenciais. Alguns marcadores de livros foram oferecidos pelos alunos às crianças. No dia 10 de Fevereiro, comemoramos o “Red reverteu a favor da Operação

Nose Day”

com a venda de narizes vermelhos, cuja receita

Nariz Vermelho, Instituição de Apoio à Criança.

Professora Alice Silva

PASSADEIRA DA SOLIDARIEDADE ou PASSADEIRA PELA VIDA Tendo a escola um papel fundamental na formação integral dos jovens, esta deve contribuir entre outros

aconteceu

aspectos, para formar cidadãos solidários, esclarecidos, activos e com hábitos saudáveis. Assim, o Clube de Saúde Ambiente e Segurança que desde sempre tem tomado um conjunto de iniciativas nesse sentido, não poderia deixar de integrar o movimento “Um Dia Pela Vida”, da Liga Portuguesa Contra o Cancro no âmbito de um programa internacional promovido pela American Cancer Society e patrocinado pela Sanofi-Aventis. Este movimento desenvolve-se longe dos grandes centros urbanos tendo como finalidade despertar e orientar a comunidade para a prevenção do cancro angariando fundos para as acções desenvolvidas pela Liga. Pretende-se mudar a atitude da comunidade face à doença tendo como uma das metas “A prevenção é o caminho para a cura”. Em Portugal “Um Dia Pela Vida” teve o seu início na Vila de Coruche no dia 5 de Março de 2005. Desde então já teve lugar em Mértola, Azeitão, Lamego, Ponte de Lima, Redondo, Elvas, Caldas da Rainha, Trofa, Seia, Almeirim,

16

Moura e Alcácer do Sal, Castelo Branco, Guimarães, Funchal e Benavente e também na Maia. Na Maia, esta iniciativa teve início a 12 de Dezembro de 2009 e encerrou a 17 de Abril de 2010 com um conjunto


aconteceu

de actividades que tivemos oportunidade de dar a conhecer e participar. Como foi amplamente divulgado, a troco de 1€ todos os elementos da nossa comunidade escolar puderam adquirir um pedacinho de pano onde pintaram, desenharam, gravaram, bordaram ou simplesmente assinaram e assim, serem solidários no combate ao cancro. Mais uma vez a nossa comunidade escolar soube ser solidária contribuindo na angariação de fundos e participando com os quadradinhos na construção de uma PASSADEIRA DA SOLIDARIEDADE ou PASSADEIRA PELA VIDA que integrou algumas das actividades de encerramento na Maia (ver fotos de parte da nossa passadeira) que se desenrolaram numa atmosfera de festa com espectáculos, música, jogos e muita alegria. Clube de Saúde Ambiente e Segurança - Professora Esmeralda Pinto

Visita de estudo

PARQUE PALEOZÓICO DE VALONGO e Paredes. As Serras de Valongo

cristas de rochas quartzíticas que

possuem uma riqueza biológica,

correspondem a uma dobra em

paleontológica,

anticlinal, tombada para ocidente.

geológica

tectónica

notável,

sendo

e uma

Foi

no

Devónico

superior

(375

milhões de anos) por actuação de

tanto

forças tectónicas que provocaram

a

nível

nacional,

como

placas

Trilobites da Era Paleozóica (de

e Laurásia, que se formou

570 a 230 milhões de anos atrás) e

grande dobra com quilómetros de

mineralizações de ouro, exploradas

extensão, conhecida por Anticlinal

durante o Período Romano (séculos

de Valongo.

I a. C. a III d. C.). No séc. XIX e XX

Nesta visita os alunos puderam

efectua-se a exploração de outros

observar

a

VISITA AO PARQUE PALEOZÓICO DE

recursos mineiros não metálicos,

daquela

zona

VALONGO

nomeadamente

exploração

importante em termos geológicos –

28 de

de ardósias e a exploração de

os fósseis. Para além disso, também

Janeiro, os alunos do 10º ano da

carvão. A exploração de ardósias

se

Escola Secundária do Castelo da

também conhecida por louseira

deixados

Maia visitaram o Parque Paleozóico

iniciou-se em 1865 e ainda hoje

exploraram esta zona em termos

de Valongo. O Parque, situado a

está activa. Também no séc. XIX

de extracção mineira, em especial

cerca de 12 km do Porto e criado

e XX foi explorado o antimónio:

o ouro.

em 1998, abrange as Serras de

um recurso mineiro metálico. Estas

O resultado final foi muita aventura

Santa Justa e Pias.

serras constituem um património

e

As Serras de Santa Justa e Pias,

de

e

aprendizagens de coisas novas e

estão separadas pelo Rio Ferreira

paisagístico e delas fazem parte

interessantes integradas no currículo

e

cordilheira

várias elevações – Castiçal (324

das discilinas de Biologia-Geologia

Noroeste-

m), Pias (385 m) e Santa Justa (367

e Fisica-Quimica.

Nos

passados

integram

orientada Sudeste

no que

dias 27 e

uma sentido se

estende

elevado

valor

natural

aos

m) – orientadas na direcção NW-

concelhos vizinhos de Gondomar

SE, formadas, essencialmente, por

continentais,

rica

aperceberam

diversão,

a

biodiversidade e

pelos

Gondwana

um

dos

legado

vestígios

Romanos,

juntamente

que

EVISTA

entre outros, jazidas fossilíferas de

a

prolongada colisão de duas

R

a

OMOS

internacional, onde se albergam,

S

zona natural deveras importante,

com

Mafalda Azevedo, 10º A

17


“De Salamonde à Misarela” Pedestrianismo

é o desporto dos que andam a pé, sendo a modalidade mais

simples do Montanhismo, é acessível a toda a gente, seja qual for a sua idade ou preparação física. Caminhar proporciona um contacto directo com a Natureza e as populações locais, ensinando a respeitá-las.

S

OMOS

R

EVISTA

O Clube de Saúde, juntamente com o Clube da Pegada, realizou uma exposição sobre o Pedestrianismo, com o objectivo de divulgar esta modalidade em crescimento no nosso país, bem como convidar a comunidade escolar a participar numa caminhada na serra do Gerês “De Salamonde à Misarela”, que liga a aldeia de Salamonde à Ponte da Misarela. Foram 55 os participantes que puderam apreciar a magnífica paisagem e conviver de forma diferente exercitando a mente e o corpo, apesar da chuva que teimou em permanecer durante o nosso trilho. A caminhada iniciou-se no lugar de Almas (Salamonde), onde o exército francês, numa das Invasões Francesas ao nosso país, desceu até à ponte de Saltadouro por veredas pelas quais se julgava impossível fazer passar um exército, e segue até à Ponte da Misarela, onde se travaram os maiores combates entre os defensores portugueses e as tropas de Soult.Sobre a ponte da Misarela existem diversas lendas e mitos. Suspensa entre dois penedos parece ser construída por artes mágicas pelo que a sua construção é atribuída ao Diabo. A ponte está ainda ligada a ritos de fertilidade. Com passeios assim, não há desculpa para ficar em casa. Em Junho há mais, desta vez vamos calcorrear a Serra da Freita em busca da “aldeia mágica de Drave”

Professora Laura Pires

aconteceu

Olimpíadas da Física

Parabéns à equipa que participou nas Olimpíadas da Física, pela forma entusiasta e responsável com

que representou a

nossa escola. (Francisco Paiva 11ºB, Mário Lopes e Soraia Neves 11ºC)

18

As professoras Águeda Silva e Arminda Martins


aconteceu

Concurso de bandas de garagem

1º prémio - Alter-Ego

2º prémio - The Crowlers

3º prémio - Dizzy habits

S Garagem organizado pelo grupo de Área de Projecto IT&M, Rádio Escola, orientados pela Professora Délia de Carvalho, responsável pela

Este concurso contou com quatro jurados, o assessor do vereador do Pelouro da Juventude da Maia, Eng. Rui Monteiro; o responsável pelo Fórum Jovem da Maia, Sr. Carlos Frazão; pela docente desta escola, com formação complementar em canto e piano, Carla Lopes, e em representação da Direcção da E.S.C.M., o Professor Mário Lopes.

EVISTA

dinamização da rádio da escola.

R

do Castêlo da Maia, pelas 18h30, um Concurso de Bandas de

OMOS

No passado dia 7 de Maio de 2010, realizou-se na Escola Secundária

O Concurso teve a participação de seis bandas formadas por actuais alunos e ex-alunos desta instituição, que apresentaram o seu trabalho, uma selecção de três temas do seu reportório, aos colegas, professores e restante comunidade escolar. O concurso decorreu num ambiente de grande entusiasmo e participação, sendo de realçar a qualidade das bandas, que surpreenderam pela sua qualidade e profissionalismo. A Banda Alter-Ego, que obteve o primeiro lugar terá oportunidade de realizar um concerto na Feira de Oportunidades da Maia, organizada pelo Pelouro da Juventude, que terá lugar no sábado dia 22 de Maio . Os segundo e terceiro lugar, respectivamente os The Crowlers e os Dizzy Habits, obtiveram como prémio a gravação de duas das suas músicas num vinil.

André Monteiro e Carlos Mendes - Equipa rádio escola

19


EVISTA

R OMOS

S aconteceu

dia aberto das ciências – fechado para balanço Um dos passos para combater a iliteracia científica será certamente despertar os alunos para a ciência através de experiências e actividades interactivas, num contexto mais informal do que o da sala de aula. Nas actividades lectivas, estando nós professores condicionados a conteúdos programáticos, não é assim tão fácil conquistar os alunos, ficando estes frequentemente desiludidos com a falta de espectacularidade das experiências propostas, ou com um carácter menos lúdico das actividades que realizam. Com o Dia Aberto das Ciências pretende-se dar a conhecer um lado mais aliciante, que dê resposta à curiosidade natural dos alunos, a qual, sem nós percebermos como, vai desaparecendo, dando lugar tantas vezes à desmotivação. O Dia Aberto das Ciências começou por

20

ser uma proposta dos grupos de Física e Química e Biologia e foi progressivamente ganhando mais adeptos: a Matemática, a Informática e, nos dois últimos anos, a Geografia. De ano para ano, cada vez é mais difícil


melhor. Na minha opinião, este ano lectivo existiram demasiadas salas a funcionar e, para os alunos, tornava-se cansativo visitar tudo com calma e usufruir devidamente da interactividade das experiências ou actividades. Desde experiências de Química e Física nos laboratórios, brinquedos na física, feira dos minerais, laboratórios virtuais de Biologia e Geologia, jogos matemáticos, jogos geográficos, origamis, Matepaper, simultânea de xadrez, atelier de reciclagem de papel, actividades destinadas a divulgar os cursos profissionais para alunos do nono ano até à divulgação de trabalhos dos alunos de área-projecto, houve de tudo e tive o cuidado de não

aconteceu

planificar este dia porque se tenta sempre acrescentar algo de novo à panóplia de actividades, fazendo mais e

ser exaustiva. No meu caso concreto, estive numa sala com a vertente de “oficinas”, destinada à construção de brinquedos ligados à óptica e à astronomia e, francamente, os “clientes” foram poucos, para frustração das minhas alunas do oitavo ano que eram umas exímias colaboradoras. Ainda por cima, os torneios de basquete durante a manhã não facilitaram nada a afluência. Decididamente a ciência não consegue competir com o desporto. O meu filho, por exemplo, comunicou-me logo que iria participar no torneio (e parabéns pelo honroso terceiro lugar) e só visitou algumas das salas das Ciências de tarde, acompanhado pelos professores. Isto não é uma crítica, é apenas uma constatação. Enfim, na minha perspectiva pessoal, o Dia Aberto das Ciências cresceu de tal maneira que faz parecer as visitas ao Museu do Louvre: num dia só se consegue apreciar uma pequena parcela das obras de arte. E é pena ficar tanta coisa pelo caminho …

Professora Licínia Martins

S OMOS EVISTA

R 21


EVISTA

R OMOS

S No dia 26

de Março de 2010, último dia de aulas do 2º período, realizou-se o torneio de

Basquetebol 3x3

Este torneio contou com a presença de, aproximadamente, 120 alunos do sexo masculino e feminino pertencentes ao 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário. É de realçar o bom espírito competitivo entre as equipas e a boa organização patenteada. Para isso muito contribuiu a excelente organização por parte da turma 11ªH do curso tecnológico de Desporto. Aproveitamos para agradecer à Associação de Pais a oferta das medalhas para os vencedores e à Direcção da escola, bem como à Pastelaria S. Peter’s Garden, pelo lanche atribuído aos participantes do torneio. Agradecemos ainda a disponibilidade dos professores estagiários de Educação Física para a arbitragem dos jogos.

aconteceu

22

Professor Rogério Torres


A Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de Abril inclui “a educação sexual nos currículos do ensino básico e secundário, integrada na área da educação para a saúde, da qual fazem parte, igualmente, a educação alimentar, a actividade física, a

aconteceu

Educação para a sexualidade

prevenção de consumos nocivos e a prevenção da violência em meio escolar”. Apesar do generalizado e considerável grau de aceitação desta medida por parte dos professores, a maioria sente lacunas ao nível da formação de base, fundamentalmente nas componentes relacionais e emocionais da sexualidade. Entendemos que à formação existente para as áreas da prevenção de uma gravidez e da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, é necessário acrescentar e relacionar os valores, éticas e comportamentos associados a uma educação sexual humanista. Neste sentido, a coordenadora do Clube de Saúde da nossa escola, professora Esmeralda Pinto, convidou a Professora Doutora Teresa Vilaça, da Universidade do Minho, com formação e experiência na área da educação sexual, para uma palestra realizada em 11 de Fevereiro do corrente ano, em que focalizou a forma como deveria ser abordada a educação para a sexualidade. Ficamos cientes de que este tema deve ser iniciado em casa, pelos pais, não devendo estes nunca deixar de ter a preocupação e envolvimento ao longo da formação dos seus

partir do 1º ciclo e estender-se até ao ensino secundário, sempre com uma linguagem apropriada às idades dos

a formação no âmbito da sexualidade deva ser enquadrada tanto na formação inicial dos professores, como na formação contínua. Desta forma sentir-nos-emos mais confortáveis e disponíveis para abordarmos esta temática, que cremos cada vez mais necessária, premente e actual.

As professoras: Célia Fernandes e Ana Paula Freitas

OMOS

jovens, mas com a preocupação de transmitir a informação com rigor adequado. Para isso, será necessário que

S

filhos, quer em casa, quer na escola, como Encarregados de Educação activos. Na escola deve ser abordado a

EVISTA

R No dia 20 de Abril, pelas 15h00, a cabeleireira Felicidade Vasquez disponibilizou-se para partilhar connosco alguma da sua vasta experiência profissional. Foram 90 minutos de dicas úteis, sugestões de interacção com as clientes, conselhos de imagens e relatos de histórias interessantes, envolvendo famosos do mundo da televisão e do desporto. Tivemos a oportunidade, que desde já muito agradecemos, de colocar inúmeras questões e contactar um pouco mais de perto com uma realidade para nós cada vez mais emergente. As aulas terminaram. Vem aí o estágio e depois… a Vida!

Os alunos do CEF – Estética e Cuidados do Cabelo - Cabeleireiro de Senhoras

23


EVISTA

R OMOS

S

No passado dia 3 de Março de 2010, no âmbito da disciplina de Português, os estudantes do 11ºano tiveram um dia diferente: foram visitar a Fundação

Eça de Queirós em Tormes.

Esta visita foi realizada com o intuito de motivar os alunos para o estudo da disciplina e permitiu a aquisição aprofundada de conhecimentos da vida e obra do autor de “Os Maias”, sendo esta uma obra incluída no programa da disciplina. Mas afinal por que é que Tormes é o lugar privilegiado para conhecermos Eça de Queirós? A casa de Tormes foi a única casa que Eça possuiu legalmente e apesar de não a ter habitado, tomou-a como ponto de referência para a publicação de um dos seus maiores romances, “A Cidade e as Serras”. Esta fundação foi criada na sequência de um velho sonho da filha de Eça de Queirós, continuado pelo filho e nora. Tormes transformou-se na Fundação Eça de Queirós, criada a 9 de Setembro de 1990, por iniciativa da nora, Maria da Graça Salema de Castro, actual presidente vitalícia. O primeiro local por nós visitado foi o espaço interior da casa, onde havia vários objectos pessoais do autor (fotografias, livros, presentes oferecidos pelos seus amigos, como Ramalho Ortigão, alianças do seu casamento, e inclusive a secretária onde escrevia os seus livros e a caneta que usava!). Estes objectos dão-nos, sem dúvida, uma grande percepção dos seus hábitos e gostos e da sua filosofia de vida especialmente do seu cosmopolitismo. De seguida, vimos o filme “Eça de Queirós – Realidade e Ficcção”, que nos permitiu ter uma visão mais pessoal acerca do Eça, uma vez que a protagonista deste filme é a própria filha, revelando-nos um pouco da intimidade deste escritor. Esta visita “à vida de Eça de Queirós” foi sumamente importante porque conseguimos “ir além” daquilo que é dado nas aulas de Português. Foi um grande incentivo para a leitura da obra “Os Maias”… mesmo para aqueles que (ainda!) não conseguem ver arte nas palavras! Pessoalmente, e em jeito de conclusão, podemos dizer que este foi um modo de conhecermos

aconteceu

verdadeiramente Eça de Queirós, porque mais do que ler os seus livros, torna-se fundamental seguir o seu rasto para o compreendermos. Poder contactar com a secretária onde escreveu, os livros que leu, os quadros que observou, a cama onde dormiu, torna-se absolutamente fascinante e quase indescritível. Porque afinal foi assim que todos ficámos: completamente deliciados com tudo o que vimos e com uma vontade imensa de ler todos os seus livros… Contudo, o mais importante foi a grande lição de vida que tirámos desta pequena visita: aprendemos a observar e a admirar aquilo que à partida nos parece tão insignificante. Saímos de Tormes com sentimentos puros; sentimentos de gratidão e de felicidade imensa pelo simples facto de nos ter sido concedido o maior dos dons: a vida. Eça de Queirós, apesar do seu carácter cosmopolita e realista, acaba por se render ao campo e

24

ensina-nos a gostar de tudo aquilo que temos à nossa volta. Porque afinal, “Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.”

Ana Rita Pinto e Eva Carvalho 11ºB


aconteceu

Projecto Interculturalidade Numa época de grande mobilidade, na qual a globalização é a palavra de ordem, este projecto foi encarado pelos alunos de Inglês da turma 10ºD como um grande desafio, um alargamento de horizontes e a oportunidade de revisitar um Portugal moderno, no qual coexistem várias culturas, várias nacionalidades, várias emoções ... São essas histórias de vida que o trabalho desenvolvido pretendeu partilhar através do vídeo intitulado Cultur@. a par de um dossiê, onde são disponibilizadas as informações mais relevantes dos países referentes às nacionalidades dos entrevistados. Acresce a este trabalho o facto de as competências linguísticas no que diz respeito à língua inglesa não terem sido negligenciadas. Tendo ele sido elaborado no âmbito desta disciplina, a marca desta língua esteve presente sempre que possível. Como resultado de todo este esforço, este grupo de alunos foi contemplado com o melhor prémio, para grande orgulho da nossa escola, oferecido pela Socialis conjuntamente com a Câmara Municipal durante a Feira da Interculturalidade que teve lugar no dia 14 de Março, em pleno Parque Central, Maia. Fica feito desde já nosso convite...VENHAM VIAJAR CONNOSCO neste pequeno mundo chamado PORTUGAL!

Professora Raquel Lopes

S OMOS

com

a

escritora

espanhola

em espanhol, sendo este um dos momentos mais empolgantes do encontro para todos os que puderam

No dia 25 de Janeiro, a escola recebeu pela primeira

assistir e participar.

vez, uma escritora espanhola no âmbito da actividade

Por todas estas razões, a Biblioteca abraçou esta

“O Mês da Língua” do Clube de Línguas. A escritora

actividade, montando um espaço acolhedor para

Verónica Aranda, de 28 anos, apresentou pela primeira

a sessão de autógrafos que se seguiu ao recital de

vez em Portugal o seu mais recente livro de poemas

poesia.

“Alfama” que recebeu o IV prémio internacional

Aqui ficam alguns dos momentos gravados na nossa

Margarita Hierro.

memória.

Sem dúvida, o contacto directo com a escritora e a

Os seus poemas são tão lindos e ela fala tão bem e

possibilidade de falar em espanhol com uma falante

disse que ia escrever um poema sobre o Porto. Foi tão

nativa foram a grande motivação dos alunos. Aliás, na

divertido tê-la aqui que falar com ela era a mesma

preparação da vinda de Verónica, o entusiasmo dos

coisa que falar com um amigo de há muitos anos em

alunos levou-os mais longe: à tradução para português

que lhe contámos tudo e mais alguma coisa! Espero

de alguns dos seus poemas.

um dia tê-la de novo na nossa escola para podermos

Com efeito, a apresentação do livro e o recital de

passar o dia com ela. Quem sabe até sermos bons

poesia foram realizados no auditório. No fim do recital,

amigos.

os alunos colocaram perguntas à escritora sempre

Marcos, 7.º B

EVISTA

Verónica Aranda

R

Encontro

25


EVISTA

S

OMOS

R

Entre|palavras

Pelo segundo ano consecutivo, os alunos do 9ºF participaram no

concurso “Entre|Palavras”, promovido

pelo “Jornal de Notícias”, RTP e Agência COSMOS, agora na sua 6ªedição, que pretende ser um fórum de leitura e de discussão de ideias, promovendo o debate de temas relevantes da actualidade, participado por alunos do 3ºciclo de escolas de todo o país. É objectivo deste concurso “Formar cidadãos mais esclarecidos e exigentes, capazes de ler o mundo em que vivem, com conhecimentos mais aprofundados e capacidades de argumentação acima da média” Este concurso, cujos temas para este ano são a

“Res Publica”, o “Emprego/Desemprego” e as

“Redes Sociais”, desenrola-se em várias fases, que se vão desenvolvendo ao longo do ano lectivo, primeiro com debates nas Turmas e Interturmas - a decorrer dentro de cada escola inscrita; seguidamente com os Campeonatos Distritais - realizados entre as escolas apuradas de cada distrito e, termina em Junho com o Fórum da Leitura e Debate de Ideias - grande final a nível nacional que reúne as duas escolas vencedoras de cada distrito e que contará com uma comissão de honra apadrinhada pela jornalista Fátima Campos Ferreira e por outras personalidades conhecidas da nossa sociedade. Depois desta pequena introdução ao concurso, quero dar conta de uma tarde bem passada, no auditório da escola, a ver o trabalho desenvolvido pelos diversos grupos de alunos desta turma que, com o apoio da Professora

aconteceu

Rosa Amaral, prepararam estes temas e escreveram os textos que foram representados com grande empenho e entusiasmo. Pela qualidade do que vi estou certa que foi tarefa árdua decidir qual dos grupos representaria a escola na final distrital que decorreu no dia 10 de Maio na Universidade Portucalense, mas acabou por ficar apurado o grupo (S)Em Rede, formado pelas alunas Ana Cláudia Torres, Ana Sofia Baptista, Bárbara Oliveira e Carolina Popov cujo texto é publicado na integra na secção “sabias que…” desta revista. Apesar de não ter sido possível passar à grande final nacional, salienta-se a qualidade do trabalho desenvolvido, o espírito de entreajuda e cooperação entre todos os alunos, e sobretudo o grande prazer e diversão obtidos em todo este trajecto de aprendizagem.

26

Parabéns aos alunos do 9ºF e à Professora Rosa Amaral que os orientou.

Professora Júlia Santos


Escola Secundária Castêlo da Maia / Escola Emídio Garcia (Bragança)

No passado dia 3 de Fevereiro fizemos uma viagem

Na sequência da visita dos nossos colegas de Bragança

ao Castêlo da Maia, na qual participaram as turmas

à nossa escola, no dia três de Fevereiro, a turma do 11ºF

do 11º G e um aluno do 11ºF. Realizamos esta viagem

da Escola Secundária do Castelo da Maia visitou, no

no âmbito da disciplina de Alemão com a professora

passado dia 26 de Março de 2010, a Escola Secundária

Esmeralda Caderno e também com a professora Maria

Emídio Garcia, no âmbito do intercâmbio que vimos a

do Céu que nos acompanhou.

realizar desde o ano lectivo anterior, entre as turmas de

Visitámos a escola Secundária do Castêlo da Maia,

alemão de ambas as escolas.

porque temos um intercâmbio desde o ano passado

Através desta visita tivemos a oportunidade de

com a turma de Alemão desta escola. É uma escola

conhecer a Escola Emídio Garcia e alguns dos

modernizada e construída por módulos ao longo de

professores que aí leccionam. Esta escola é bastante

uma vasta área bastante acolhedora. É uma escola

diferente da nossa: é maior, mais antiga, mas podemos

muito diferente da nossa em quase todos os aspectos,

dizer que a nossa é um pouco mais evoluída a nível

mas o edifício é um pouco mais pequeno que o nosso

da utilização das novas tecnologias de informação.

e muito mais recente. Estivemos no refeitório, onde

À semelhança do que aconteceu na visita à nossa

almoçámos. Gostámos de visitar esta escola e de

escola, os alunos de Bragança foram muito amáveis

conhecer os colegas, que foram muito acolhedores,

e dinâmicos, presenteando-nos com um espectáculo,

prepararam uma actividade que realizámos em

com um simpático lanche e com diversas recordações.

conjunto com eles, mostraram-nos a escola e até nos

É importante salientar o clima de amizade que se

ofereceram lembranças, não só a nós, mas também

instalou entre nós, como pudemos comprovar no

às professoras que nos acompanharam, e que, temos

almoço e no resto da tarde.

a certeza também ficaram muito bem impressionadas.

Concluindo, a única coisa que lamentamos é não

Em suma, foi agradável conhecer a escola que para

termos passado mais tempo com esta simpática turma.

além de confortável e nova, tem colegas muito

Bragança é uma cidade estupenda e os seus habitantes

simpáticos

muito hospitaleiros, com uma referência muito especial

e

hospitaleiros.

Esperamos

conseguir

recebê-los tão bem quanto nos receberam a nós.

aos nossos correspondentes! Prometemos, então, uma

próxima visita!

Diana Nequinha e Célia Cavaleiro 11ºG

11ºF e Professora Lurdes Lousada

EVISTA

Garcia, em Bragança

R

Castêlo da Maia

OMOS

Visita de Estudo à Escola Secundária Emídio

S

Visita de Estudo à Escola Secundária do

aconteceu

Intercâmbio

27


EVISTA

R OMOS

S Desporto Escolar Neste ano lectivos existem três grupos/equipas de desporto escolar na nossa escola: Ténis de Mesa, Ténis e Voleibol Feminino. Os professores responsáveis por estas equipas são os professores de Educação Física, João Ferreira e o professor, Manuel Firmino. As actividades foram-se desenrolando durante todo o ano lectivo, sendo de salientar as seguintes informações: No passado dia 6 de Fevereiro realizou-se mais uma actividade do Desporto Escolar, o Corta -Mato do CAE Porto. A realização desta actividade teve lugar no Parque das Rabadas em Stº Tirso, um local de excelentes condições para a realização deste tipo de provas e que proporcionou uma verdadeira

aconteceu

festa do Atletismo. É de salientar a excelente prestação dos nossos jovens atletas, destacando-se no escalão de Infantis B masculinos, o aluno Diogo Peixoto, do 7ºD, que conseguiu o excelente 1º lugar. Parabéns a todos os alunos participantes, por todo o esforço dedicado e pelo salutar convívio. No passado dia 8 de Maio, No Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim, realizou-se a prova final da competição individual de Ténis de Mesa, no escalão de infantis masculinos. O aluno Fábio Soares, do 7º D, conseguiu um honroso 2º Lugar na classificação final. Nas modalidades de Ténis e de Voleibol, a prestação dos nossos alunos foi excelente. Aproveito esta ocasião para agradecer a participação interessada e empenhada de todos os alunos e respectivos professores. Para saberes mais pormenores do funcionamento do desporto Escolar para o próximo ano lectivo, contacta o teu professor de Educação Física. Se pertenceres a alguma destas equipas terás a oportunidade de jogar contra outras equipas, representando a nossa escola.

28

Professor Coordenador do Clube Desporto Escolar João Ferreira


culinária Turca para os professores desta escola, com a colaboração da associação

lusoturca do

Porto. Trinta participantes “encheram” a cantina com a sua vontade de aprender (e de comer) os pratos típicos que faziam parte do programa. Tathsi

Musakka e Ekmek

aconteceu

workshop de

No dia 25 de Fevereiro, realizou-se um

foram os eleitos para a ementa, repletos de

calorias (mas quem é que está a contar?) e agradaram a todos os convivas presentes. Aprendemos também a ler o futuro na borra do café que tem um cerimonial muito característico. Alguns meteram a mão na massa, outros fizeram a reportagem fotográfica e até houve quem se tivesse lembrado de levar o bloco de notas para passar a receita. Sem esquecer que estamos numa escola, atrevo-me a atribuir nota máxima aos professores aprendizes. Não posso deixar de referir que o programa da actividade

incluía

apresentação

de

artesanato,

divulgação da cultura Turca com filmes e música

Não se esqueçam de consultar a secção do jornal com Espero que possam surgir

outras oportunidades de deleitar o paladar!

Professora Inês Moreira

OMOS

a receita destas iguarias!

S

contando ainda com a presença do cônsul da Turquia.

EVISTA

R 29


aconteceu

S

OMOS

R

EVISTA

Caminhada e BTT

30

No passado dia 16 de Abril realizámos a

IVª

de Avioso. Neste local estava montado um percurso

Caminhada/Btt

do

de Orientação para todos os que mostrassem interesse

Castêlo da Maia. A organização esteve a cargo

em participar. A hora de almoço foi um momento de

da

Escola

Secundária

Departamento de Expressões,

com a

partilha das merendas, num piquenique, que serviu

colaboração dos alunos do Curso Tecnológico de

para repor as energias gastas recuperando as forças

Desporto, com o grande intuito de proporcionar, aos

para o regresso. Chegámos à escola cerca das 16

seus participantes, um momento de actividade física

horas.

de mão dada com o convívio.

Este evento só foi possível realizar-se com a colaboração

Por volta das 10 horas, saímos da escola cerca de

de outras entidades que muito contribuíram para o

620 elementos da nossa comunidade escolar, uns de

sucesso do mesmo. Assim, ficam registados os nossos

bicicleta, outros a pé. Embora com percursos distintos,

agradecimentos à GNR, à Protecção Civil da Maia,

o ponto de chegada foi o mesmo, ou seja, o Parque

aos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, à

do


Decathlon, à Unicer e à Rádio Lidador. Também não podemos deixar de registar o nosso reconhecimento, muito especial, ao S.Pedro, por nos ter oferecido as excelentes condições climatéricas. Como já mencionámos, a IVª Caminhada/Btt teve

aconteceu

Câmara Municipal da Maia, à Quinta do Paço, à

como objectivo a actividade física e o convívio. Não nos podemos esquecer que está provado que a actividade física, em qualquer das suas vertentes, é um meio de prevenção de doenças e de promoção da saúde. Assim, podemos dizer que transformámos este dia num momento em que o bem-estar físico, mental e social estiveram contemplados. Deixámos aqui o repto para que todos criem o hábito da actividade física tendo em conta a sua importância na melhoria da nossa qualidade de vida, no nosso dia-a-dia. O Departamento de Expressões ficou satisfeito com a adesão a esta iniciativa e espera que para o próximo ano possamos estar aqui novamente mas com um

nosso agradecimento por terem aderido a um Dia pela Saúde.

Professora Silvina Pais

OMOS

A Coordenadora do Departamento de Expressões

S

número de participantes ainda maior. A todos o

EVISTA

R 31


Cursos Profissionais TÉCNICO DE EVENTOS TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS

Duração das Formações 3 anos lectivos (2010 / 2013)

Condições de Candidatura 9.º ano de escolaridade

TÉCNICO DE PROCESSAMENTO

Certificação Escolar e Profissional

E CONTROLO

Curso de Nível Secundário de

DE QUALIDADE ALIMENTAR

Educação (certificado escolar de 12.º ano) Diploma de Qualificação Profissional de Nível III da União Europeia

Condições de acesso

ano

ESCOLA SECUNDÁRIA DO CASTÊLO DA MAIA e-mail:info@esec-maia-n2rtcs.pt | telef.:229 820 641

Apoios Subsídio de Alimentação + Subsídio de Transporte + Bolsa de Estudo (alunos que beneficiam de escalão) Técnico de Organização de Eventos (de acordo com a legislação em vigor)

Os

Cursos Profissionais

são uma modalidade do nível secundário de educação, que conferem equivalência ao ensino

secundário regular. Caracterizam-se por promoverem uma aprendizagem de competências viradas para o exercício de uma profissão, em articulação com o sector empresarial local. Os Cursos

Profissionais têm em conta o teu perfil pessoal e podem corresponder às tuas expectativas porque:

- Contribuem para que desenvolvas competências pessoais e profissionais para o exercício de uma profissão; - Privilegiam as ofertas formativas que correspondem às necessidades de trabalho locais e regionais; - Preparam-te para acederes a formações pós-secundárias(Cursos de Especialização Tecnológica de nível IV) ou, ao ensino superior universitário ou politécnico, se for essa a tua vontade.


O que é? É o profissional qualificado apto a coordenar e implementar o conjunto diversificado de operações que caracterizam o evento, tais como: programação, planeamento, contratualização e orçamentação, gestão de equipas, relações públicas e avaliação, utilizando as técnicas e procedimentos adequados.

O que faz?

- Programa e produz eventos; - Desenvolve programas de eventos; - Planifica e coordena as operações que compreendem os eventos aplicando técnicas e metodologias de gestão; - Elabora orçamentos, gere tesourarias, interpreta balanços e indicadores de gestão dos eventos; - Coordena as operações de «licenciamento», «ticketing», «público», «segurança», «higiene», «contratos», etc.;

oferta formativa da escola

Técnico de Organização de Eventos

- Aplica técnicas de procurement (selecção e habilitação de fornecedores); - Identifica as necessidades de recursos técnicos e humanos afectos aos eventos; - Coordena e acompanha as equipas de trabalho (gestão de pessoas); - Implementa planos e estratégias de relações públicas; - Organiza actividades promocionais;

- Avalia o processo e os resultados.

- Empresas de Produção de Eventos / Espectáculos; - Empresas de Publicidade; - Departamentos de Comunicação;

- Unidades Hoteleiras; OU

EVISTA

Criação da própria empresa.

R

- Organismos Públicos;

OMOS

Onde pode trabalhar?

S

- Aplica normas protocolares;

Plano de Estudos

33


Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos

O que é? É o profissional qualificado que, de uma forma autónoma ou integrado numa equipa, realiza actividades

S

OMOS

R

EVISTA

de concepção, especificação, projecto, implementação, avaliação, suporte e manutenção de sistemas informáticos e de tecnologias de processamento e transmissão de dados e informações.

O que faz? - Instala, configura e efectua a manutenção de computadores isolados ou inseridos numa rede local; de periféricos de computadores ou de uma rede local; de estruturas e equipamentos de redes locais; de sistemas operativos de clientes e de servidores; de aplicações informáticas; e de servidores para a Internet; - Implementa e efectua a manutenção de políticas de segurança em sistemas informáticos; - Efectua a análise de sistemas de informação; - Concebe algoritmos através da divisão dos problemas em componentes; - Desenvolve, distribui, instala e efectua a manutenção de aplicações informáticas, utilizando ambientes e linguagens de programação procedimentais e visuais; - Concebe, implementa e efectua a manutenção de bases de dados; - Manipula dados retirados de bases de dados; - Planifica, executa e efectua a manutenção de páginas e sítios na Internet; - Desenvolve, instala e efectua a manutenção de sistemas de informação baseados nas tecnologias web.

Onde pode trabalhar? - Departamentos Informáticos de empresas de média ou grande dimensão;

oferta formativa da escola

- Comércio de Equipamentos de Segurança no Trabalho e Ambiente;

34

- Empresas de Serviços (Banca, seguros, comércio, etc.); - Empresas de Projecto e Consultoria; - Operadores de Telecomunicações; - Empresas de Informática; - Administração Pública; - Software Houses; - Construção Civil.

Plano de Estudos


O que é? É o profissional qualificado que coordena, organiza e executa operações relativas ao processamento dos produtos alimentares. Aplica técnicas e métodos analíticos e estatísticos no controlo total da qualidade dos géneros alimentícios frescos e transformados, respeitando condições higieno-sanitárias, nutricionais e legais.

O que faz? - Planifica e executa os processos técnicos de fabrico, segundo as normas vigentes; - Controla a quantidade e qualidade das matérias primas e produtos acabados; - Inspecciona produtos e controla serviços ou processos de fabrico, de forma a verificar a sua conformidade com as normas de qualidade, de higiene e de segurança, assim como as disposições legais, profissionais e comerciais; - Verifica a aplicação das normas definidas na r e c e p ç ã o , p r o d u ç ã o , e m b a l a me n t o , acondicionamento, armazenamento, distribuição e transporte; - Avalia a frequência e a importância das deficiências, de forma a dar o encaminhamento adequado aos

oferta formativa da escola

Técnico de Processamento e Controlo da Qualidade Alimentar

produtos, e informa o departamento de produção; ® Elabora relatórios referentes aos processos de transformação e conservação dos produtos alimentares.

Onde pode trabalhar? - Organismos de controlo e certificação de produtos alimentares;

- Centros de normalização e embalagem de produtos agro – alimentares; - Laboratórios de análise de alimentos e embalagens; - Laboratórios de análise de águas potáveis; - Serviços Regionais do Ministério da Agricultura;

- Empresas Agro – Industriais (fábricas de alimentos compostos para animais); - Unidades de transformação de produtos alimentares (ex: queijarias, matadouros, vinicultura)

EVISTA

R

- Empresas ligadas ao ramo secundário e terciário;

OMOS

- Organizações de Agricultores (Cooperativas Agrícolas, Instituições de crédito);

S

- Hipermercados e Mercados Abastecedores de produtos alimentares;

Plano de Estudos

35


REDES SOCIAIS Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afectivos ou profissionais das pessoas entre si ou entre os seus agrupamentos de interesses mútuos. A rede é responsável pela partilha de ideias entre pessoas que possuem interesses e objectivos em comum e também valores a serem partilhados. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que podem possuir identidades semelhantes e partilhar interesses comuns.

S

OMOS

R

EVISTA

Essas redes sociais estão hoje instaladas principalmente na Internet devido ao facto desta possibilitar celeridade na comunicação e vasta divulgação das ideias. São também consideradas como uma medida de política social que reconhece e incentiva a actuação das redes de solidariedade local no combate à pobreza e à exclusão social e na promoção do desenvolvimento local. As redes sociais são capazes de expressar ideias políticas e económicas inovadoras com o surgimento de novos valores, pensamentos e atitudes. Actualmente, as redes sociais estão presentes em sites de relacionamento online e muitas vezes é possível construir-se uma rede de contactos dentro de sites dos media. Os exemplos mais populares de redes sociais são o Facebook, Hi5, Messenger, MySpace, Orkut e Twitter. Com redes sociais como o Hi5, o Facebook, o Messenger, Blogues, entre outros, podemos conhecer inúmeras pessoas com quem podemos estabelecer conversas, trocar informações, visualizar fotos e até fazer amizades. Para além destes aspectos, as redes sociais são de elevado interesse, pois são mais-valias para as empresas que as utilizam com vista a terem um acesso fácil e rápido a um vasto leque de contactos, produtos, serviços, nomeadamente na procura de possíveis candidatos para nelas integrarem um lugar ou cargo. A inovação aparece pela comunicação rápida e sem intermediários e, acima de tudo, é uma tecnologia fácil e eficaz. Em termos profissionais, uma boa rede de contactos cria valor e facilita a vida. As empresas tardam em reconhecer as capacidades ao seu dispor na Web, mas as pessoas que as formam, não. Entre as funcionalidades mais úteis estão a divulgação do currículo, pedido de referências pessoais, receber propostas de negócios e a selecção de especialistas no assunto pretendido.

sabias que...

Com o Hi5 e o Facebook conhecemos várias pessoas de outros países que nos permitem enriquecer os

36


proporcionando-nos conhecer lugares de difícil acesso

sabias que...

nossos conhecimentos com novas culturas e povos,

às pessoas comuns. O Messenger cria-nos a oportunidade de facilmente estabelecermos conversação com pessoas de diferentes países e continentes, assim como nos permite manter o contacto com amigos e familiares que por motivos de emprego ou estudo se ausentaram do nosso país. Um outro meio de comunicação com grande adesão no tempo actual é o blogue. Este tipo de canal de comunicação permite a divulgação de informação, quer pessoal, quer de âmbito geral, relacionada com trabalhos de vária índole que o seu autor pretenda publicar, facultando aos seus visitantes informações que contribuem para um maior e vasto conhecimento.

fácil e acessível ao seu público-alvo. Um simples publicitário para promover e divulgar os seus produtos apenas

custo reduzido, mas também pelo número de visitantes e volume de negócio que é efectuado por este meio. Pese embora as redes sociais não sejam de abrangência geral, verifica-se que há actualmente uma adesão cada vez mais significativa que comporta os mais variados e diversificados temas. Com efeito, são já muitas as pessoas que utilizam as redes sociais para solicitar emprego e divulgar a sua disponibilidade para o trabalho.

sua opinião em relação a este assunto, reflectir e ver que debater este conceito não é fácil, mas também não é impossível.

consoante o grupo etário e os assuntos focados. Efectivamente, a utilização das redes sociais deverá ser efectuada com algumas precauções, evitando colocar-nos em perigo, bem como aqueles que nos são mais próximos.

EVISTA

A maior parte da população adulta pensa que estas redes sociais são perigosas, todavia a opinião diverge

R

Portugal é o terceiro país da Europa a utilizar mais redes sociais e com isto a nossa população devia mudar a

OMOS

tem que criar um pequeno site e publicitá-lo em lugares-chave. Esta forma de publicidade é atractiva não só pelo

S

Para os publicitários as redes sociais são uma revolução estratégica e inovadora, pois torna a publicidade mais

Aspectos a ter em conta na utilização das redes sociais:

Dados pessoais na página de perfil Dado que o objectivo é apresentarmo-nos aos demais, uma página de perfil terá, necessariamente, dados pessoais acerca do seu criador. É natural que refira os filmes favoritos, os livros que mais o marcaram, até o desporto favorito. No fundo, colocam-se todas as informações que se consideram relevantes, para assim se poderem encontrar outros utilizadores com gostos semelhantes.

Apropriação de identidade Dada a popularidade das redes sociais virtuais, estas tornaram-se, também, um local onde os criminosos virtuais

37


EVISTA

R OMOS

S

tentam enganar os utilizadores menos atentos. Uma forma de o conseguirem é entrando de forma ilícita no perfil dos utilizadores dessas redes e, através destas, enviarem mensagens aos amigos da lista da vítima com mensagens de publicidade, SPAM e outras comunicações não solicitadas.

Falsas identidades Tendo em conta a facilidade com que se pode criar uma página pessoal nos sítios de redes sociais virtuais, um utilizador mal-intencionado também pode criar uma página com dados falsos para atrair um determinado tipo de pessoas e as enganar, importunar ou explorar. Um exemplo disso são os predadores de crianças que criam páginas de perfil fazendo-se passar por jovens com determinados interesses, a fim de se aproximarem de uma criança vulnerável.

Ausência de controlo efectivo de idade Embora os sítios de redes sociais virtuais definam uma idade mínima permitida para se ter uma página pessoal, nada impede um jovem com idade inferior ao permitido de se inscrever na mesma. A ausência de métodos de controlo eficazes faz com que um jovem de reduzida idade possa ser exposto a conteúdos inapropriados ou, de modo ainda mais preocupante, ser abordado por pessoas que, sabendo ou não a sua idade real, o possam lesar de alguma forma.

Os dados não são privados A regra de ouro é: tudo o que for colocado na Internet deixa de ser privado. Mesmo que o seu perfil esteja definido como privado, nada impede a quem tenha acesso autorizado ao mesmo de copiar os seus conteúdos

sabias que...

e enviá-los a terceiros.

Relembrando, Alguns dos perigos mais habituais são: Visionamento de material impróprio (ex: pornografia); Incitamento à violência e ao ódio; Violação da privacidade; Violação da lei; Encontros “online” com pessoas menos recomendáveis.

Convém que crianças e adolescentes sejam orientados na sua “navegação” e que, na medida do possível, aprendam a lidar com as situações que se lhes deparem e nunca devem divulgar informações pessoais, como morada, contactos, escola, passwords, fotos, entre outras. Finalmente, a par de tudo isto - os prós e os contras -, cabe-nos a nós fazer as nossas escolhas, tomar os nossos

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cuidados. São as Redes Sociais o perigo ou somos nós?

Grupo (s)em rede: Cláudia Torres; Sofia Baptista; Bárbara Oliveira; Carolina Popov I 9ºF


sabias que...

As várias faces do “Memorial do Convento”

As capas das edições estrangeiras da obra “Memorial do Convento”, de José Saramago, estão, de facto, relacionadas com o assunto deste romance. Podemos encontrar, nestas capas estrangeiras, referências às acções principais da obra, o retrato de algumas personagens e ainda alusões a episódios caricatos. Por exemplo, na capa da tradução francesa, constatamos que o título dado à obra foi “O Deus Maneta”. Ao lermos o romance, deparamo-nos com um momento em que o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão diz a Baltasar que o próprio Deus é maneta, pelo que Baltasar não deveria subestimar o facto de ele próprio ser maneta. Assim, os franceses terão atribuído o título acima referido ao romance para realçar a importância de Baltasar ao longo da obra. Nas capas das traduções gregas, sueca e dinamarquesa encontramos, quer no título quer na imagem, referências ao par amoroso mais importante da obra, Baltasar e Blimunda. Este par é extremamente importante visto que participa numa das acções principais do romance – a construção da passarola. Esta acção principal é referida na capa da edição dinamarquesa, no título, sendo que também podemos ver o desenho da forma imaginada

S

da passarola nesta capa e também na da edição sueca. Finalmente, na capa da edição coreana, podemos ver o carácter minucioso

OMOS

e crítico de José Saramago, o seu “olhar clínico” que não deixa escapar qualquer pormenor relativo à sociedade portuguesa. Após a análise atenta das capas das edições estrangeiras da obra “Memorial do Convento”, posso concluir que elas abordam, principalmente, as acções e as personagens principais do romance. Edgar Pires, 12.ºD

Plantas Medicinais É bom saber que algumas plantas que conhecemos e que existem mesmo perto das nossas casas, têm uma excelente capacidade curativa para certas doenças. Cidreira: o chá feito desta folha é óptimo para aliviar as dores de barriga e os nervos. Barbas de Milho e Marcela: são boas no tratamento das infecções urinárias.

EVISTA

R

Eucalipto: cura problemas respiratórios, tosse e expectoração, colocando as suas folhas em água muito quente de forma a respirar o seu vapor, ou usando esta água para desinfectar feridas. Malvas: bom desinfectante. S. Roberto: óptimo chá para problemas de vesícula e fígado. Flor de Sabugueiro: trata problemas dos olhos. Raiz de Morango: o chá desta raiz é bom para o estômago. Pumpinela: bom para os rins e bexiga. Hipericão: facilita o bem-estar geral. Professora Maria Clara do Vale

39


galeria

S

OMOS

R

EVISTA

Trabalhos realizados pelos alunos dos 7º, 8º e 9º ano nas aulas de Educação

40

Visual


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S OMOS

EVISTA

R

41


42

galeria

S OMOS

EVISTA

R


palavras à solta

Amigos Ao andar no parque, olhei para eles. A Amizade feita silêncio. Os Amigos são aqueles que são para os momentos especiais e para as pequenas coisas.

Têm todos a vida inteira pela frente… São tão novos, tão jovens, tão cheios de uma vontade que nem sabem de onde lhes vem…

Olho novamente e numa calma irreprimível de os olhar, de os ver, de os fixar, de os pensar… tiro esta fotografia.

S

É uma idade de promessas, de tanto que sonhar, de tanto por fazer!

do encontro deixam-se ir.

Professora Ana Luísa Melo

Que Felicidade posta em acto!

Latejam no vazio por viver Avessos da verdade que não fala. Voam em rodopios sem querer Risos de uma mensagem que é vassala

EVISTA

Alvas saudades que a distância cala.

R

Partem do interior de cada Ser

OMOS

Olham para o mundo a desfilar em frente de si e no silêncio das palavras e

Acalentando sôfrega e a correr Saberes a tropeçar em cada vala.

À deriva nos vamos entretendo. Só sabemos quem somos se o quisermos. Odes cantam-se aos montes nos caminhos

Professora Marinela Guimarães

Lá onde mora a vida, se soubermos Trautear esses hinos vespertinos Ancorados nos montes sós e ermos.

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O mar Ai mar! Símbolo da pureza! Sonho e pesadelo dos homens! Tu que és ora meigo ora feroz, como um lobo esfomeado! És resistência! És força! Pobre do homem que ao teu lado repousa! Afinal que és tu? Nem nós, humanos, sabemos a tua identidade por trás do manto azul e negro que usas para tapar a tua temível cara. Alguma vez te conseguirão controlar? Domar o teu poder infinito? Despir-te o teu manto de glória e chicotear-te? Perdoa-nos mar, elemento ancião, pelo que fizemos para

EVISTA

te magoar. Por ti nos aventurámos, ferimos-te com as nossas guerras, com a nossa ambição e egoísmo! Não ataques mais, pois sabemos o teu poder! Já causaste dilúvios em eras antigas, quando mataste milhares de homens e saíste impune. Que isto sirva de aviso a todos os humanos: parem de atacar o mar!

R

Gustavo Rangel, 7º B

Sono

OMOS

O sono é doçura que podemos consumir É a paz do próprio e que, Na presença de profundidade, É a morte temporária

S

Nevoeiro Nevoeiro é a escuridão em estado puro É a cegueira do longínquo É o paraíso dos vivos na terra Festas As festas são o fogo dos presentes

Pedro Cunha, 10ºH

O futuro inferno dos exagerados E o paraíso dos moderados

Autobiografia

palavras à solta

No

44

lago

profundo

da

minha

saltando cada vez mais além.

criatividade e imaginação. Aprendi

memória, onde o mais recente flutua

Comecei a minha corrida de saltos

lições, levei recordações e encontrei

e o passado vai afundando, decido

não propriamente a saltar. Comecei

a Saudade de alguns amigos.

mergulhar. Vejo-me a saltitar, muito

por gatinhar depois da visita ao novo

Nadando de novo para a superfície,

pequenina… A cada salto que dou,

mundo. Fui a passo para o jardim-

com medo de ir mais fundo, dou

vou ficando maior e vou também

de-infância.

conta

Assim

lhe

chamam

do

tanto

que

aprendi,

eles bem, porque, tal como num

apesar de agora não me parecer

jardim encontramos plantas belas

absolutamente nada. E, subindo

e raras, num jardim-de--infância eu

para o meu barco, desejo continuar

encontrei os melhores do melhor

a saltar como até agora e, mais

da vida, os amigos. Comigo eles

tarde, poder correr até as pernas

andaram, acompanhando-me para

me pesarem e ter de andar cada

a escola primária, onde criei parte

vez mais devagar. Quando isso

da minha personalidade e tudo o

acontecer, as minhas memórias já

que hoje sou.

estarão afundadas e eu afogar-me-

Finalmente, depois de muito tentar,

ei com elas. Anita Marante Teixeira, 8ºB

aprendi a saltar e desenvolvi a minha


palavras à solta

Tributo à literatura popular portuguesa! A viagem dos sentidos e da razão…

eterno!

capital dos Impérios! Porque as almas insaciáveis anseiam conhecer… A essência de todos os mistérios.

E o Rei, ali especado Deixa a função acontecer.

Cumprido o milagre, Ergue-se o Convento Graças ao Homem E ao seu sofrimento!

E o Rei Absoluto: - Eu quero, posso e ordeno! E o proletariado Já vive o desespero!

Já Bartolomeu, Blimunda e Sete-Sóis Tentam conquistar os Céus!

O Amor é soberano,

O mestre da Natureza?

A vida é cruel

A visita ao Jardim Botânico,

E os Sonhos se esbatem

Foi de certeza!

Como a borracha no papel. Borboletas e plantas Já em Lisboa,

Em co-evolução?

No largo de S. Carlos

Alegrou, certamente,

A casa onde Pessoa

O heterónimo da emoção!

Inicia o seu triste fado! De regresso ao Castêlo A Brasileira,

Surge uma questão:

O Martinho da Arcada,

De que é que serviu

Lugares predilectos

Este estado de exaustão?

Para a dor suportada. Valeu a pena? A Casa-Museu,

“Tudo vale a pena se a alma não é

Simbólica e mística,

pequena!”

EVISTA

Há tanto para dizer!

Um tributo a Caeiro,

R

Chegados a Mafra…

E a Inquisição logo os matou!

OMOS

-Avance a todo o vapor rumo à

Que jamais será esquecida.

S

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r

Com vontade(s) a passarola voou

Caracteriza o poeta E a sua estilística.

Aprender e crescer, São as palavras de eleição

Fernando Pessoa,

Para designar a viagem

Poeta singular,

Do intelecto ao coração!

Tornou a sua vida Numa dor de pensar.

Joana Marques, 12ºB Disciplina de Português

A alma fragmentada, A infância perdida… Uma obra sublime

Professora Margarida Portela

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Neblina Com a boca encostada à areia da praia respiro o odor da nostalgia que a neblina me traz… As gaivotas despenham-se sobre o mar e no indefinido adeus, trazem a vertigem do silêncio… Será que também trazem o desejo?!

S

OMOS

R

EVISTA

As mãos estendidas, abertas, pedem o fascínio dos dias sem dúvidas… Afinal na vida o que importa é partir não é chegar?!! Aprenderemos a caminhar sem esperar alcançar a chegada… Professora Maria Clara do Vale

O romance da viagem é na realidade o que mais interessa e o que mais desperta a criatividade e não o destino da viagem… Depois… No meu caminho um vislumbre de sol e de carinho… uma sombra transformada em neblina... No entanto feliz, nos sucessivos luares primaveris, a escrita faz-se... e, por vezes, a vida inteira para dizer uma palavra!!!!

...também porque estamos condenados a pensar com palavras, a sentir com palavras... porque escrever é, pois, fundamentalmente, tentar esclarecer e fixar uma inquietação.... “felizes os que chegam a dizer uma palavra!” (Virgílio Ferreira) Hoje caminho perdida e só, pelas ruas. Esperando encontrar-te...

Um dia

Ao sair, sei que nunca te encontrarei Um dia vou poder caminhar contigo Um dia vou poder ver as ondas do

e cada vez estou mais longe de ti! À noite, tudo o que lembro são conversas,

mar

soltas, neste tempo infinito...

Baterem nas rochas enquanto

Mas, neste poema, vou encontrar-te em mim

decorre o pôr do sol Um dia verei os teus olhos brilharem,

vou sentir-te, vou ser... e no fim deste poema, tão imenso, e quando

tal como Os meus brilharam quando te vi sorrir

palavras à solta

pela primeira vez. Mariana Oliveira, 8ºE

a noite passar... ter-te-ei já encontrado. dentro de mim, dentro de ti... Catarina Gonçalves, 8ºE

conta-nos uma história... Durante o 2º período, decorreu uma actividade de escrita, proporcionada pelo grupo “Genética, Saúde e Ambiente”. A ideia surgiu a partir de uma actividade experimental realizada no “Laboratório Aberto” – IPATIMUP (“Código da Vida: O criminoso”), na qual era sugerido aos alunos que descobrissem, a partir de material biológico, o culpado – de entre uma lista de suspeitos – de um crime idealizado por nós. Pretendíamos que os alunos dessem asas à sua imaginação e descrevessem os factos que levaram ao assassínio

46

de Audrey Singer. Os critérios de selecção foram vários, mas o que levou à decisão final, foi o carácter científico da história.


Pedro Neves, do 10º C,

que foi contemplado com um cheque-prenda

FNAC e a possibilidade de mostrar as suas capacidades de escrita na revista da escola. Deste modo, aqui fica

“Um crime na Biblioteca”: Parecia

um

início

de

um

calmo

sábado numa universidade irlandesa; porém, quando a biblioteca foi aberta

palavras à solta

Anunciamos agora o vencedor:

descobriu-se um corpo! Pertencia a uma aluna desta mesma universidade. O corpo estava de costas e despido. De imediato, um professor que estava com a bibliotecária telefonou para o número de emergência médica nacional que reencaminhou a chamada para o departamento de medicina legal da cidade. Primeiro, chegaram os inspectores e só depois a equipa forense. Ao virar o cadáver foram notórias as formas desenhadas no corpo da jovem. Para além disso, o trabalho da equipa forense revelou impressões digitais na roupa e uma mancha de sangue já limpa. O sangue proveniente da cabeça da rapariga era evidente. Deste modo, as suspeitas iniciais recaíam sobre o professor de Antropologia da rapariga que, provavelmente, lhe fizera o traumatismo craniano que causara a morte; porém, não aparecia a arma do crime. Quando o inspector perguntou à bibliotecária se faltava alguma coisa, ela notou

Ao comparar as impressões digitais encontradas na roupa com as do professor, verificou-se uma compatibilidade. Contudo, a Física contrariava a teoria pois um homem baixo como o professor de Antropologia não realizaria

Para além do professor, impressões digitais da líder da claque também foram encontradas. Testemunhas garantiram que as duas raparigas tinham discutido e trocado uns empurrões durante a tarde, contudo, existia também um álibi que a tirava da lista de suspeitas: à hora do crime, estava a jantar com os amigos num restaurante

Quando chegou o resultado do teste de ADN, era compatível com o da empregada de limpeza. No entanto, ela argumentou que se cortara numa folha de poster que afixara. Esse poster tinha realmente sangue da senhora e

Porém, os inspectores repararam na postura estranha do director que, inúmeras vezes, pediu aos inspectores para levarem o corpo para os alunos poderem aceder à biblioteca. Ao averiguar o tamanho do director que era suficiente para realizar a trajectória eles lembraram-se que poderia ter havido uma relação sexual (voluntária ou não). Encontraram sémen que compararam com o ADN do director! Era compatível!

EVISTA

uma vez que, aparentemente, não tinha motivos para assassinar a rapariga, foi ilibada do crime.

R

e as imagens tinham ficado gravadas nas câmaras de segurança.

OMOS

uma trajectória descendente ao acertar no crânio mas sim mais oblíqua!

S

a falta de um pisa-papéis que, pela descrição desta, podia ser a arma do crime…

Revistando o lixo da escola encontraram o pisa-papéis no caixote do lixo da portaria e os polícias especializados em informática conseguiram recuperar os dados gravados da noite do crime. “19h - Funcionária da limpeza com um corte no dedo pinga o chão da biblioteca que estava a limpar, limpando também as manchas. 19h30 – Numa altura em que a biblioteca já estava fechada, a aluna e o professor de antropologia entram, estudam a matéria; a jovem parece apenas querer passar à disciplina e para lhe mostrar o valor da antropologia o professor ajuda-a a despir-se (pensando ela que ia ter boa nota em troca de um favor); o professor começa a demonstrar os princípios da antropologia no corpo da jovem e esta fica assustada e grita. 20h – O reitor vai à biblioteca, vê a aluna nua e depois de brigar com o professor de antropologia, expulsa-o. Viola a rapariga e, receando que ela estrague a sua carreira contando o que ele fizera, bate-lhe com o pisa-papéis. Pedro Neves, 10º C

47


Após o estudo da nossa belíssima epopeia “Os Lusíadas”…. Os nossos alunos imaginaram-se marinheiros! … Eis alguns desses relatos … ( escritos em contexto de Teste de Avaliação!)

Professora Margarida Miranda

S

OMOS

R

EVISTA

O caminho para a vitória. Estávamos

de

qualquer

terra,

mas

Um sonho realizado!

insegurança! Sentíamos que os Deuses não estavam

Havíamos acabado de encontrar costa e, finalmente,

problemas! Contudo, já nem pensávamos nos terríveis

chegado ao nosso tão desejado Destino!

monstros, cuja “função” era destruir, eliminar, qualquer

Com os dourados e belos raios de Sol acabados

tipo de navio que por seu mar passasse! Lendas e

de nascer banhando a nova terra, nossos olhos

histórias pairavam, mas continuámos …

lacrimejavam cheios de emoção, perante visão tão

Lembro-me claramente da minha partida! Embarquei

fantástica!

neste lenho leve e deixei a minha família só! Foi um

do nosso lado, e que a chegada à India nos iria trazer

Embora cansados, todos nós demos o que restava da nossa energia para poder atracar neste porto avistado. Parecia que até a Natureza estava do nosso lado comemorando e ajudando, pois um bom vento, forte e fresco soprava fazendo com que a chegada a

o pé na prancha. Olhámos em volta … vários nativos surpreendidos

pela

nossa

momento constrangedor, pois a minha família é a minha essência, mas o sangue lusitano corre-me nas veias! Tenho o dever de lutar pela Pátria e luto pelo que me pertence! É apenas o orgulho que fala mais alto neste desabafo, sem tempo para pormenores, pois estar onde estou é uma vitória!

Perto de uma hora tinha passado quando colocámos

inesperada

chegada!

Reparei em algumas crianças que, depois de passada a surpresa inicial, largavam tudo e corriam a espalhar a novidade “Homens estranhos, de aspecto estranho!

Marinheiros vão morrendo das epidemias que nos atacam, mas a rota continua! Não há homem que não sinta este espírito de conquista! Afinal, o nosso receio de não ter o apoio dos Deuses foi apenas um erro… Tenho a pele queimada, as mãos cortadas e os pulsos feridos, mas nada consegue perturbar este sentimento de conquista!

Visitantes imprevistos chegaram !!” Nosso Capitão, Vasco da Gama, vibrando de entusiasmo, avançava em direcção ao nosso Sonho! Patrícia Palha, 9ºE

palavras à solta

milhas

continuávamos destemidos! O ambiente era de

terra se aproximasse rapidamente.

48

a

Estamos apenas a duas milhas de uma terra, a terra do Destino! Chegamos à Índia! …

Sara Barros, 9ºE


Já sentiram alguma vez na vossa longa, ou curta, vida que já viram um local sem nunca terem lá estado? Sentiram, porventura, uma ligação com um lugar sem nunca o conhecerem? Reconheceram, por acaso, o gotejar de uma fonte sem nunca o ouvirem? Eu não… até agora. Nunca tinha estado na Quinta das Lágrimas até ao dia 31 de Março, quando a visitei durante uma visita de estudo. Claro que a manhã tinha sido fascinante, com a visita de estudo à Universidade de Coimbra e que o almoço na Escola Secundária D. Duarte fora fantástico, mas a Quinta das Lágrimas tem uma melodia, uma presença que destrona todos os outros jardins, por mais belos que sejam. Rodeia-a um arvoredo nostálgico, uma brisa aconchegante e a mais bela história de amor de Portugal, que

palavras à solta

Quinta das Lágrimas

comove todos os corações, por mais duros, frios, insensíveis ou cruéis que sejam. Podemos deduzir que são os passos da delicada donzela que por lá vagueou, as lágrimas que dos seus olhos brotaram, as palavras que nos seus lábios morreram, ou o nome que o seu coração amava que tornam o jardim um local ilídico, que nos faz acreditar que o amor eterno é possível. A Quinta das Lágrimas tornou-se palco de uma poesia secreta: o amor. É, então, a prova que o verdadeiro amor ultrapassa os homens e que torna locais comuns memoráveis, não pela beleza física que possuem, mas pelos magnificentes sentimentos que transmitem.

Andreia Ferreira, 9ºC

S OMOS

Sonho

Lembrança Saudosos momentos guardados,

Sonhei um dia em criança,

Chora o idoso cansado,

Servem de força e abrigo,

Que o mundo era paz e amor,

Lembra o tempo de menino,

Àquele que hoje é idoso

Mas foi apenas um sonho,

Que traz sempre bem guardado,

E não tem um ombro amigo.

Pois o que mais existe é dor.

No seu coração, num cantinho.

EVISTA

R

poemas de Sofia Senra, 9ºE

Lembra o tempo da sua infância, O tempo passa a voar,

E triste, em sua casa,

Pede de volta os momentos,

E eu continuo a sonhar,

Sente o peso da solidão.

Que são apenas lembranças,

Que um mundo colorido,

Hoje sente-se sozinho,

Unidas aos sentimentos.

Não demora a chegar.

esquecido na imensidão. E o “velhinho” vai vivendo,

O meu sonho de criança,

Não tem um carinho amigo.

O dia-a-dia com a esperança,

Que me faz adormecer,

Sofre sozinho, calado.

Que encontrou por acaso,

Arrastou- me até esta folha,

Que triste vida que leva,

No olhar de uma criança.

Onde me encontro a escrever.

Pois está só, abandonado.

49


EVISTA

R

S

OMOS

à conversa com a Professora Lúcia Teixeira

SR - Quando é que

apresenta as conclusões do seu grupo sobre o tema.

começaste a mi-

Segue-se o testemunho de um dos casais animadores

nistrar cursos para

sobre a sua experiência de vida relacionada com o

noivos e como sur-

tema. Finalmente, o assistente espiritual intervém dan-

giu essa oportuni-

do a perspectiva da Igreja sobre o tema. Claro que

dade?

pelo meio há um lanche-convívio, cantam-se canções

Em 2003, eu e o meu marido fomos convidados pelo

e oferece-se uma lembrança alusiva a cada tema. No

pároco de Alfena (a freguesia onde vivemos) para

final do curso, os noivos e famílias participam na Eu-

fazer parte da equipa de sete casais que iria começar

caristia onde recebem um diploma de participação.

a realizar o CPM (Curso de Preparação para o Mat-

Segue-se um jantar-convívio com os noivos, equipa e

rimónio). Nós aceitámos e fazemos parte da equipa

famílias que é sempre o momento alto do curso.

fora de portas

desde essa altura. Nos três primeiros anos fomos um

50

casal animador e nos últimos quatro fomos convidados

SR - Que temas são abordados / discutidos?

para ser o casal-piloto, ou seja, somos nós que orga-

Os temas abordados são: “Uma Comunidade de

nizamos o curso e a sua preparação e dinamizamos

Amor” (abordando-se a vocação para o casamento,

as sessões, fazendo também parte da equipa inter-

o conhecimento do outro, o diálogo e o saber perdo-

paroquial de Ermesinde que coordena os cursos nas

ar) “Matrimónio Sacramento” (que foca as diferenças

paróquias de Alfena, Ermesinde, Água Longa, Sobra-

entre o casamento civil e religioso e o significado deste

do, Águas Santas e Corim.

sacramento), “Diálogo e Gestos de Amor” (abordando a importância dos gestos de amor e sexualidade con-

SR - Como se processa esse curso?

jugal), “A Fecundidade do Casal” (que foca não só a

O CPM (embora o nome o mencione) não se pode

questão dos filhos, mas também como um casal pode

considerar propriamente um curso. São sete sessões de

ser fecundo, mesmo que não possa ter filhos), ”Novas

diálogo e partilha de experiências entre os casais de

Situações, Novas Exigências” (que aborda as mudan-

noivos e os casais animadores. Em cada sessão há um

ças que temos que fazer para passar do “eu” ao “nós”)

tema que os noivos debatem durante a semana num

e “O Amor ao Longo da Vida” (que foca a evolução

diálogo a dois. Na sessão, primeiro os noivos discutem

do amor e as suas várias etapas). Há ainda uma sessão

as questões do tema em grupo com um casal anima-

técnica sobre “Sexualidade e contracepção”, normal-

dor. Depois, em plenário, um porta-voz de cada grupo

mente com um animador convidado.


fora de portas no CPM do Centro Inter-paroquial de Ermesinde, de quase 50%, comparando com 2008. O que notamos

experiência?

é que nos últimos anos há menos noivos a procurar o

Em primeiro lugar, trata-se de um serviço que presta-

CPM, mas aqueles que se inscrevem são mais maduros

mos à comunidade com o objectivo de fomentar os

e fazem-no mais por convicção e não apenas por im-

valores cristãos na criação dos novos lares e na preser-

posição ou sugestão das famílias.

o nosso testemunho de vida matrimonial e de como

já ministraste que, por algum motivo, te tivesse ficado

superamos os nossos problemas.

na memória e que gostasses de partilhar connosco?

Para além disso, é muito gratificante a partilha de ex-

Há várias situações e casais que nos ficam na memória

periências com outros casais e com os noivos. Na pre-

por várias razões. Vou apenas partilhar duas situações:

paração para cada curso, cada casal reflecte sobre

Tivemos uma noiva que vinha sozinha ao curso com a

o que tem sido a sua vida e como pode melhorar a

futura sogra, pois o noivo trabalhava na Alemanha. A

sua relação. Depois há a partilha dessa revisão de vida

noiva enviava-lhe por mail as informações e as pergun-

com os outros casais da equipa. Isto tem sido muito

tas do CPM e preparavam assim as sessões em con-

enriquecedor para a nossa relação, pois descobri-

junto. O noivo veio a Portugal e assistiu a uma sessão e

mos que temos problemas comuns a todos os casais

disse que gostou muito, pois ao vivo era muito melhor

e isso dá-nos força para os superar. É muito importante

do que o que a noiva relatava.

a amizade que fica com os noivos e o acompanha-

Outro casal de noivos, depois de assistir às sessões do

mento pós-CPM que cada casal continua a dar ao seu

CPM e ouvindo os testemunhos dos outros noivos e ca-

grupo de noivos.

sais, chegou à conclusão de que não se conheciam o

EVISTA

SR - Houve alguma situação no decorrer dos cursos que

R

da Igreja. Não somos casais perfeitos, apenas damos

OMOS

vação da família como célula central da sociedade e

S

SR- O que consideras mais enriquecedor para ti nesta

suficiente para dar o passo de casar pela Igreja. DuranSR - Diz-se que os casamentos religiosos estão em que-

te o CPM, abordaram assuntos de que nunca tinham

da abrupta. Comparando o ano de 2002 com 2008, a

falado durante o namoro e concluíram que eram muito

descida foi de 35 301 para 19 363. Este fenómeno tam-

diferentes. Decidiram adiar o casamento até se conhe-

bém se reflecte na igreja com a qual colaboras?

cerem melhor e descobrirem se era realmente isso que

Sim, sobretudo no ano de 2009 houve uma descida

queriam. E agradeceram-nos por essa descoberta. Equipa SomosRevista

muito grande do número de casais de noivos inscritos

51


EVISTA

R OMOS

S

à conversa com a Ana Mafalda do 8ºD Na turma do 8ºD uma aluna, a Ana Mafalda, pratica

uma em Cerezedo.

equitação. O SomosRevista, através da “jornalista”

Henrique: Eu só entro em competições para o ano que

Joana Mota, da mesma turma, foi saber um pouco

vem.

mais sobre esta actividade. JM: Quais são as tuas ambições futuras? JM: Há quanto tempo praticas esta modalidade?

Mafalda: Quero continuar porque gosto dos cavalos

Mafalda: Desde os três anos de idade.

e divirto-me imenso, mas claro que também espero

Henrique: Eu pratico equitação há 4 anos.

obter melhores resultados a nível competitivo. Henrique: As minhas futuras ambições para o desporto

JM: Com que frequência o fazes neste momento?

são continuar federado e continuar em competições e

Mafalda: Treino quatro vezes por semana: segundas,

ainda participar activamente no ramo.

quintas, sábados e domingos. Henrique: Eu ������������������������������������������� infelizmente pratico apenas 1h por sema-

JM: Qual é a relação estabelecida com o cavalo?

na sendo que no verão pratico mais por ter o cavalo

Mafalda: Sobretudo de confiança e amizade. Aprendi

do meu tio disponível.

a confiar no cavalo e a ter uma grande empatia com

fora de portas

ele. É sobretudo uma relação de amizade recíproca,

52

JM: Quais os factores que te fizeram iniciar este

pois também os animais conseguem perceber os

desporto?

nossos sentimentos.

Mafalda: Primeiro, porque gosto muito de animais

Henrique: A relação estabelecida com um cavalo

e depois também já conhecia pessoas que me

docíl é sempre de confiança e amizade, sendo, que

incentivaram à prática de equitação.

com um cavalo “ranhoso” é sempre preciso ter uma

Henrique: Os factores que me fizeram entrar para a

relação de superioridade.

equitação foi a minha mãe e a minha tia.

e com o Henrique do 7ºE JM: O que mais gostas nesta actividade? Mafalda: Gosto do contacto com os animais. Henrique: O que mais me entusiasma na equitação é o salto a cavalo pois tem-se uma sensação de liberdade incrível.

JM: Já participas em competições? Mafalda: Sim. Já participei em quatro: três no Sport e


ter qualquer tipo de alergia quer à terra quer ao pêlo

com um animal?

do cavalo

Mafalda: Temos que ver que um animal não é um objecto, temos que aprender a cuidar dele e mimá-lo

JM: Quem quiser começar, como deve fazer?

para que também ele confie em nós.

Mafalda: Basta dirigir-se a um centro hípico, marcar

Henrique: A diferença de praticar um desporto com

uma aula (no início de sela 1) e, no dia da aula,

um animal nomeadamente equitação é ter em aten-

montar... Aconselho os pais a comprarem o material só

ção as necessidades físicas do cavalo.

mais tarde, um ano depois do início da prática, porque o material não é barato e há sempre a tendência para

JM: Quais são as aptidões físicas necessárias à prática

desistir. O cavalo não faz tudo. É um desporto que,

da equitação?

como outro qualquer, exige esforço e prática física da

Mafalda: Não é preciso força, basta simplesmente

nossa parte.

confiar no cavalo e guiá-lo bem. No meu caso, como

Henrique: Basta dirigir-se à brigada de trânsito da

sou muito grande, tinha dificuldade em termos de

GNR à beira do Hospital de Santo António no Porto e

profundidade das coisas e a equitação ajudou-me

inscrever-se.

fora de portas

JM: Qual é a grande diferença em praticar um desporto

muito. Também melhorei a minha postura. Henrique: Para praticar equitação é só necessário não

seguiram aprendi a andar a trote, a galope e a saltar.

pratiquei equitação.

Mais tarde mudei para um outro centro Hípico, para

A minha paixão por cavalos começou quando, numa

acompanhar o meu instrutor.

quinta perto da minha casa, via cavalos, que o dono

Este Centro fica situado em Moreira, dispõe de dois

e

levava

a

picadeiros,

um

interior

e

passear na rua.

um ao ar livre, vinte boxes

O meu pai viu o meu

e cavalos para a iniciação

interesse

ao

e,

como

hipismo.

conhecia o Centro Hípico

disponibiliza

de

de

Guilhabreu,

decidiu

Além

disso,

programas

passeio

a

cavalo

e

levar-me lá.

presta serviço terapêutico

Gostei muito e inscrevi-me.

especializado,

Na

o cavalo como principal

mesma

minha

mãe

semana

a

levou-me

que

EVISTA

montava

R

Durante cinco anos, desde os meus nove anos,

OMOS

O Tomás do 8ªE conta-nos a sua história...

S

Joana Mota, 8ºD

utiliza

instrumento de execução.

ao Porto e comprámos

Este

desporto

agrada-me

botas, calças, luvas, toc

especialmente

porque

(capacete) e stick.

uma

entreajuda

e

Comecei as aulas; primeiro só às voltinhas, com

cumplicidade entre cavalo e cavaleiro, o animal

o cavalo preso por uma corda, depois, já sozinho

transmite-nos calma e podemos desfrutar da natureza.

percorria o picadeiro a passo. Nas aulas que se

Tomás, 8ºE

53


EVISTA

à conversa com a Professora Carla Madureira

convidar a felicidade!” visto que permite reflectir sobre quem somos, permite que estejamos mais conscientes de nós e como tal do outro que connosco contacta. O

S

OMOS

R

praticante de reiki procura aplicar no seu dia-a-dia os 5 princípios do reiki: “Hoje, não te preocupes. Hoje, não te zangues nem critiques. Hoje, sê grato pelas múltiplas bênçãos que recebes. Hoje, faz honestamente o teu trabalho. Hoje, respeita o teu semelhante e tudo o que SR - Como surgiu a paixão pela escrita? Antes de ter surgido a paixão pela escrita surgiu a paixão pelos livros e leitura. No início da adolescência escrevia

versos

em

cadernos,

propositadamente

comprados para o efeito. Entretanto com a entrada na faculdade parei de escrever e voltei a ter imensa vontade quando já trabalhava e passava muitas horas em viagem, de comboio, para o meu local de trabalho. No entanto, a paixão aumentou desenfreadamente e começou a ser um vício escrever com a criação do meu blogue, o Serenidade. Do blogue nasceu o livro.

SR - Sabemos que és praticante de Reiki. De que forma esta técnica influencia a tua vida pessoal e profissional e a tua escrita? Curiosamente quando o blogue surgiu já era iniciada

fora de portas

no Reiki. É obvio que à medida que o tempo passa vamo-nos tornando diferentes, mas acredito que a consciencialização da energia reiki, ao ser iniciada, teve um enorme contributo para ser como sou, quer a nível pessoal, profissional, influenciando até aos dias de hoje a minha escrita. Isto porque reiki é energia Universal, praticar reiki é estar consciente que fazemos parte de um Todo e que esse Todo está em nós. Praticar reiki é estar consciente que tudo o que nos rodeia é energia, sob variadíssimas formas. O que vemos não é mais do que energia, densa,

54

sob a forma de matéria. É também uma prática, tal como diz o mestre Mikao Usui “Reiki é a arte, secreta de

vive.” Além de nos impulsionar a viver no presente, no momento do “agora”, permite que dia-a-dia aprendamos a viver de bem com tudo o que nos rodeia e fazer face às adversidades com serenidade e respeito por nós e por quem nos rodeia. Como tal, posso asseverar que, esta prática contribuiu determinantemente para encarar o dia-a-dia pessoal e profissional com maior serenidade e respeito pelo outro. O que também se reflecte na minha escrita.

SR - És uma mulher das Ciências no mundo das Letras e com uma grande apetência pela vertente espiritual. É óbvio que são para ti três realidades compatíveis. De que forma se complementam? No mundo das ciências procura-se encontrar respostas face a questões e dúvidas. A nível espiritual passa-se exactamente a mesma coisa, o que muda é o foco das dúvidas e questões. As letras permitem, muitas das vezes extravasar essas mesmas dúvidas, essas mesmas questões e muitas das vezes, permitir que estas mesmas dúvidas e questões sejam mote de discussão dentro daquele que “me lê” visto que todos temos, de uma maneira ou de outra, as mesmas questões e dúvidas, principalmente no que concerne ao nosso Ser como parte integrante de um Todo.

SR - Muitos dos teus poemas retratam uma mulher absolutamente apaixonada. Por quem e/ou pelo quê? A paixão surge acima de tudo no facto de acreditar na perfeição do Universo, da vida, no poder da nossa


fora de portas

intenção/vontade e no facto de que a qualidade do nosso futuro é construído por nós, hoje, com as nossas acções. É óbvio que sou uma mulher apaixonada…

SR - Tens mais algum projecto literário “na forja”? Podes partilhar connosco algum excerto? Sim, tenho uma série de textos / contos que, um dia, poderão vir a ser publicados, além de continuar a escrever poesia. Partilho um conto, que não está incluído no “Retalhos serenos”.

Poderá o Amor dissecar uma flor? Vermelhas, de paixão; amarelas, sem inacção; brancas, na sua pureza; rosas de singeleza…. Mil e uma cores possuem. Mil e uma maneiras há de as observar. Muitas mais existirão para as admirar. Como poderia meu coração colhê-la, se ela é a vida que há em mim?! Como poderia minha mão ceder, a fragilidade humana do querer ter egoisticamente, exclusive para usar o domínio, a soberania, momentânea, de

Como poderiam meus olhos felicitar-se no sucumbir da sua formosura. Fitar a

enviado pela Mãe Terra, incapacitado de alimentar sua filha, usurpada! Poderia eu, alimentar o lenho, alimentado pelo mesmo alimento que me alimenta? Como poderia eu, ter a ousadia de querer possuir um Ser belo e perfeito, um Ser que se conhece na perfeição e contempla o Todo como sendo ele próprio, nada

Poderei ter a ousadia de a descrever, se… em relação à minha pessoa existe uma

-me tal e qual sou, tal e qual sei que sou! Poderia eu ter a audácia de a perpetuar no pergaminho que adorna as paredes do meu quarto, se o retrato que observo, como sendo a minha pessoa, nada me diz acerca do que sinto, agora, quem sou?! Elejo a via da contemplação. Caminhar, serenamente, entre o vigor de seus caules

EVISTA

incapacidade constante de me olhar ao espelho, olhar-me nos olhos, descrever-

R

sentindo como distinto ao seu próprio Ser?

OMOS

agonia diária, os instantes de martírio, o perecer de suas células ávidas do alimento

S

usufruir da sua singela perfeição em minha mão?!

esguios. Sentir a beleza imanada por cada um destes seres afins. Ouvir as suas suaves vozes clamarem a alegria de viver. Proferir-lhes o Amor que me transmitem, a harmonia que remetem sem selecção, a paz que fazem sentir no Homem, no seu coração. Opto por ver-te em mim. Ver o teu ser com os olhos da minha alma, que nunca será fiel à tua real formosura, mas que permite-me sempre ter-te em mim, nunca me separar de ti, sermos Unos na unidade que é a vida e seu fluxo constante de energia. (29 Julho 2009) Equipa SomosRevista

55


à conversa com o Professor Eleutério Silva SR - Quando iniciaste a tua actividade e o que te levou a optar por ela? Comecei a prática/trabalho em Outubro de 2003, fez portanto 6 anos. Estou no

S

OMOS

R

EVISTA

início, principalmente, quando comparado com pessoas como o meu mestre, que pratica esta actividade há 38 anos. Quando frequentava o 8º ou 9º ano, tomei conhecimento de um estágio realizado na Escola Carolina Michaëlis, onde estudava. Na altura, a mensalidade que me disseram praticar-se nas escolas era proibitiva para o orçamento familiar. Não imaginava que duas décadas depois viria a entrar na Escola Murakami da Maia, Região Norte da Associação Shotokai de Portugal, onde praticam os responsáveis pela organização e realização desse mesmo estágio. Em 2003, achei que era altura de iniciar uma prática regular de alguma actividade. Em Agosto desse ano, de férias no Algarve, confortavelmente sentado numa esplanada a degustar um gelado, questionei um amigo da família praticante há 35 anos “Que tal o karate?”. Resposta pronta: “Não custa nada”. Fui experimentar. Logo no primeiro treino percebi que não ia ser bem assim, até no balneário corria um certo rumor de apostas para ver quanto tempo os novatos aguentariam. Disseram na altura que apenas cerca de 20-25% dos curiosos ficam. Na realidade, dos quatro amigos que iniciaram juntos a prática desta modalidade, infelizmente, só eu estou no activo.

SR - Em que aspecto é que o karate é enriquecedor ao nível pessoal, cultural e /ou profissional? Para se entender o valor do Karate, da sua prática, do seu trabalho, seria necessário uma vida... ou duas... ou mais. Na sua essência é uma arte, como tocar um instrumento, dançar, escrever, cozinhar, ensinar... Ou seja, pode ser melhorada ao longo de toda a vida, uma vez que eventualmente a perda de capacidades físicas inerentes à própria condição humana pode ser minimizada por uma melhor condição espiritual. Também é na sua essência uma Arte Marcial. A nível pessoal, neste momento, não conseguia conceber o meu dia-a- dia sem o karate. Entre tantas outras coisas, ajuda-nos a lembrar que o esforço, mesmo que não compensado, é trabalho.

SR - Houve algum acontecimento marcante relacionado com a tua actividade que gostasses de partilhar connosco?

fora de portas

Fiz um estágio no Japão, e estávamos no Dojo Central (estrutura que rege a associação internacionalmente) no meio de uma sessão de treino. O Mestre questionava a classe se alguém queria fazer a demonstração de um determinado kata, de um nível já avançado, e que eu ainda nem iniciara. Nesse instante, sem me aperceber da questão colocada, levantei o braço orientado para o ar condicionado para ver se estava ligado. O mestre insistiu comigo para avançar para o centro e iniciar a demonstração. O acontecimento mais marcante aconteceu, além da já referida viagem ao Japão, na competição de Katas realizada em Abril do ano transacto, acontecimento que não se realizava em Portugal há muito tempo. Fiquei, dentro do meu escalão, classificado em primeiro lugar… num total de três concorrentes (risos)!!! Também a caminhada que fizemos juntos a Santiago de Compostela, celebrando a vida e obra do mestre que introduziu em Portugal este método, merece um destaque especial.

56

SR - Quais são os teus planos para o futuro, no que diz respeito à prática desta modalidade?


fora de portas A curto prazo, e depois do próximo estágio internacional em Itália, em Abril, terei em Julho / Agosto um estágio Internacional, organizado pela escola onde prático, na Nazaré. O sonho dentro desta área era ver, tal como aconteceu no Japão nas décadas de 20 e 30, o karate ser incorporado no nosso sistema de ensino, ou seja, ser ensinado nas escolas, universidades… Penso que o ISMAI chegou a avançar nesse sentido, incluindo o ensino do karate nos seus currículos, mas actualmente o programa está desactivado. Há também um projecto de se abrir uma escola de karate num colégio privado.

escolar? O trabalho que pratico foi introduzido em Portugal na década de 60 por um mestre japonês, de

particularmente a Região Norte, na pessoa do Dr. Fernando Duarte Sarmento, conterrâneo do Castêlo da Maia, com o apoio dos seus alunos mais antigos, preservam e divulgam esta prática desde o fim da década de 60 início de 70.

é, por assim dizer, o combate com um adversário (imaginário), em que se pratica a técnica individualmente. O kumite pode resumir-se como o combate com um adversário real, em

do estilo, do mestre, etc.) são séries de movimentos que (semelhantes a uma dança coreografada) utilizam e encadeiam os mesmos movimentos da técnica. Muito mais haveria a dizer sobre o tema, inclusive a terminologia utilizada (Shotokan, shutokai, budokan, dojo, gedan-barai, shudan-oizuki, ni, kai, etc.) e os princípios defendidos

EVISTA

que os ataques e defesas são previamente combinados. O kata (cerca de 19, dependendo

R

O trabalho no dojo pode ser divido em três componentes, o kihom, kumite e kata. O kiohm

OMOS

seu nome Tesjuji Murakami (Foto 3), infelizmente já falecido. A Associação Shotokai de Portugal e

S

SR - Há algum outro aspecto que consideres relevante e que queiras partilhar com a comunidade

por esta modalidade (perseverança, humildade, determinação, antecipação, etc.) O que distingue fundamentalmente o nosso estilo de outros é o facto de não haver competição. A excepção é feita no caso de kata, como já referido anteriormente, mas mesmo assim em altura de festa, ou ligado a algum acontecimento especial em que se realiza a referida competição. Deixo o convite a toda a comunidade escolar para um dia experimentar uma sessão de treino, embora fique desde já o aviso que, numa só aula, não se fica com a ideia mais correcta do que é a prática e os seus objectivos correndo-se mesmo o risco de se ficar com uma ideia errada. No entanto, poderia ser, quem sabe, mais uma ferramenta para os profissionais da Educação Física.

Equipa SomosRevista

57


à conversa com os Dizzy Habits Carlos Reis (guitarra solo) aluno 12ºC ESCM

S

OMOS

R

EVISTA

Rui Ferreira (guitarra ritmo) ex-aluno ESCM Elisiário Guto (bateria, piano) ex-aluno ESCM Aires Silva (baixo) ex-aluno ESCM Tiago Cruz (voz)

A banda Dizzi Habits existe há dois anos e já mostrou ser

e Marcos Vinhas. Nesta altura, a banda mudou de

capaz de cativar o público mais exigente. Agora com

nome para Pineapple Stone. Por altura de gravação

novo vocalista, os Dizzi Habits actuaram pela primeira

do EP de estreia, a banda muda para Dizzy Habits por

vez num bar em Matosinhos – BlaBlá -, na noite de 17

razão ainda desconhecida. Pouco depois do EP estar

de Março, com uma energia contagiante alimentada

finalizado, Marcos Vinhas abandona a banda por

pelo som e pelo ritmo sempre certos e vigorosos. A

motivos pessoais e entra para seu lugar Tiago Cruz.

Revista esteve lá e procurou saber um pouco mais sobre este grupo de amigos que, resistente, se deixa

CL - Já têm algum álbum editado?

levar pelo sonho.

DH - Neste momento, a banda tem um EP intitulado de “Faith, Screams and Wolves”.

CL - Falem-nos um pouco da formação dos Dizzy Habits (para quem ainda não conhece).

CL - O Concerto de 17 de Abril esteve à altura dos

DH - A história da banda remonta a finais de 2008 onde

melhores. Transmitiram garra, energia e muita música.

o Carlos e o Aires tiveram a ideia de fazer um tributo

Foi o primeiro desta nova formação?

aos Pink Floyd e actuar no sarau da Escola Secundária

DH - Quando éramos Pineapple Stone, chegámos

do Castêlo da Maia, depois juntaram-se o Eli, o Raitz

a dar vários concertos entre eles na Casa Viva e no

e o Marcos, e a partir daí a evidente química entre

Fórum da Maia. Com a nova formação, o concerto do

todos começou a gerar temas originais, pelo que uma

dia 17 de Abril foi o primeiro.

vontade de fazer algo mais para além de um tributo se elevou. Inicialmente denominada “Pineapple Stone” a

CL - O que é para vós a música?

banda atravessa agora um ponto de viragem, mudou

DH - A música é uma forma de estar, uma filosofia...

fora de portas

o nome para “Dizzy Habits” e acaba de lançar o EP de estreia “Faith, Screams and Wolves” produzido

CL - Quais são os vossos sonhos neste projecto musical?

por Ricardo Pinto. Em Fevereiro de 2010, logo após

Os sonhos da banda em geral são gravar um álbum e

o lançamento do EP, Marcos Vinhas abandona o

tocar em grandes palcos.

projecto. Em Março, Tiago Cruz (também membro do grupo Purple Blues Trio), toma, com entusiasmo, o lugar

CL- Onde vos podemos ver e ouvir?

de vocalista da banda.

DH - Podem-nos ouvir em http://www.myspace.com/ dizzyhabits

ou

em

http://palcoprincipal.sapo.pt/

CL - Como surgiu a ideia do nome do grupo e da sua

dizzy_habits. As datas e as horas

formação?

dos

DH - A banda surgiu como um tributo aos Pink Floyd com

disponíveis no MySpace.

concertos

encontram-se

o nome de Echoes e tendo como elementos Carlos Reis, Elisiário Couto e Aires Silva. Com necessidade

58

de expandir os horizontes musicais, a banda focou-se em produzir temas originais e juntaram-se Rui Ferreira

Professora Carla Lopes


fora de portas

à conversa com os músicos do 7ºE A música sempre acompanhou o ser humano ao longo dos tempos. Há diversos géneros musicais e diferentes instrumentos. Nesta conversa conduzida pelo aluno Henrique do 7ºE pretende-se realçar e valorizar instrumentos por vezes esquecidos, por serem considerados clássicos. O Alexandre, a Ana, a Beatriz e a Teresa são exemplos de adolescentes que se apaixonaram pelo piano e pelo violino.

música?

em relação à Maiorff e entrei nela.

Alexandre – Desde sempre, no meu seio familiar, foi

Beatriz – Estou a aprender piano numa escola privada

fomentado o gosto pela música. Tenho dois irmãos e

onde a minha professora de música da primária dá

ambos tocam há algum tempo. Por influência também

aulas.

eu decidi aprender a tocar.

Teresa – Eu estou a aprender piano na Maiorff. Sempre

Ana – Como o meu pai toca numa banda, desde

ouvi falar bem desta escola e, além disso, é perto de

muito pequena tive oportunidade de assistir aos seus

minha casa e assim não dependo de ninguém para

concertos. Certa vez prestei mais atenção ao som

me levar lá.

do piano e a partir daí nasceu a minha vontade de o

Beatriz – Acho que o gosto pela música nasceu comigo,

Alexandre – Quando toco violino, sinto tranquilidade,

por isso assim que pude e os meus pais concordaram

paz, bem-estar. Tocar violino, para mim, é a melhor

comecei a aprender música.

forma de descontracção. Quando toco não sinto a

Teresa – A vida sem música não tem piada. Em

passagem do tempo.

minha casa sempre se ouviu boa música. Acredito,

Ana – É complicado conseguir expressar o que sinto…

sinceramente que a vontade de aprender música, tal

é uma sensação tão agradável, tão boa que não

como aconteceu com a Beatriz, nasceu comigo.

encontro adjectivos que a qualifiquem. Quando começo a tocar não sinto o decorrer das horas e não

H: Qual é o instrumento que tocam?

me apetece parar.

Alexandre – Toco violino.

Beatriz – O acto de tocar é mágico. Saio deste mundo

Ana, Beatriz e Ana – Tocamos piano.

e entro noutro cheio de emoções. Também fico sem

EVISTA

H: O que sentem quando estão a tocar?

R

aprender a tocar.

OMOS

não fui aceite. Posteriormente, ouvi boas referências

S

H: Qual a razão que vos levou a querer aprender

noção do tempo. H: Onde estão a aprender a tocar? E porquê?

Teresa – Quando toco piano sinto-me bem, com

Alexandre – Aprendi a tocar violino numa escola de

vontade de continuar pois é algo que me descontrai,

música chamada Maiorff que se situa no concelho da

fazendo-me esquecer de tudo… levando-me para o

Maia. Escolhi esta escola porque, além de ter ouvido

mundo da música.

boas referências, geograficamente é muito perto de minha casa. Ana – Inicialmente, tentei entrar para o conservatório do Castêlo da Maia, mas os exames eram difíceis e

Henrique, 7ºE

59


à conversa com o João Ferreira do 10ºB

S

OMOS

R

EVISTA

o nosso campeão de bilhar

João Ferreira na Taça do Mundo de Bilhar

SR - Há quanto tempo praticas esta modalidade e o que te levou a iniciá-la? Pratico esta modalidade desde os meus sete anos e comecei a praticá-la porque o meu pai comprou um bilhar para casa e desde logo aquilo me suscitou interesse. SR - O 5º lugar que alcançaste no Campeonato Europeu Júnior (sub-21) do ano passado na Alemanha, onde defrontaste grandes campeões europeus e muito mais experientes, tem que importância para ti a nível pessoal e a nível competitivo? Sim, claro. Para além de ser um grande passo para a minha evolução na modalidade, é sempre uma grande motivação para continuar a trabalhar, para fazer mais e melhor. SR - Como consegues conciliar os estudos, a tua vida pessoal e ainda a prática deste desporto? Que “sacrifícios” tens de fazer? Por vezes torna-se difícil, como por exemplo, já houve várias vezes em que tinha um teste numa semana e no fim de semana anterior tinha um torneio que me deixava sem tempo para estudar, ou quando tenho um teste num dia e na véspera à noite tenho jogo. Torna-se cansativo, mas quando temos prazer naquilo que fazemos

fora de portas

conseguimos sempre arranjar soluções. SR - Tens obtido bons resultados (venceste ultimamente o 4º Torneio Aberto Zona Norte) e és considerado uma das maiores promessas do bilhar em Portugal. Até onde queres chegar? O mais longe possível, talvez ser campeão do mundo, seria um sonho tornado realidade... até lá tenho de continuar a dar o meu melhor e a trabalhar muito. SR - Pensas vir a viver do bilhar? Isso é possível no nosso país? Não sei, depende dos objectivos que conseguir alcançar. No nosso país isso não é possível, mas em países como a Espanha aqui ao lado isso é uma realidade. Se alguma vez quiser viver do bilhar não poderei ficar em Portugal. SR - Para além do bilhar tens outros interesses? O que mais gostas de fazer quando tens tempo livre? Sim, claro. Fazer desporto, ver filmes, ouvir música, estar com os amigos... o normal para um jovem da minha

60

idade.

Equipa SomosRevista


INGREDIENTES: 200gr carne de vaca picada; 1 cebola, finamente cortada; 2 beringelas, cortadas ao comprido em rodelas de 1 cm de espessura; 4 batatas médias, cortadas ao comprido em rodelas de 1 cm de espessura; Molho de tomate; Óleo de girassol; Sal;

workshop de culinária Turca - receitas

Pimenta preta (facultativo); Salsa (facultativo). Para a cobertura: molho bechamel

Modo de cozinhar:

assim fazia a minha avó...

MUSAKKA

EKMEK TATLISI

1.Fritam-se as batatas em rodelas e colocam-se num

2.Fritam-se as beringelas em rodelas (depois de

1 pacote de natas;

lavadas) e colocam-se num prato para escorrer o

700 ml de leite;

excesso de óleo;

7 colheres de sopa de farinha Maizena;

3.Numa frigideira, cozinha-se a cebola em lume

2 copos de água;

brando, até que esteja macia, acrescentando-se

2 copos de açúcar;

depois a carne picada e deixando-se cozinhar até que

1 pacote de tostas;

esteja bem solta e acastanhada. Acrescenta-se depois

Coco ralado.

o molho de tomate e envolve-se bem. Finalmente,

mais uma vez e está pronto!

1.Fervem-se os dois copos de água com um copo e

4.Dispõem-se em camadas, num tabuleiro de ir ao

meio de açúcar durante cinco minutos;

forno, as batatas, as beringelas e a carne. Acrescente

2.Dispõem-se as tostas num tabuleiro e regam-se com

mais uma camada de beringela e outra de carne;

a água açucarada;

5.Prepare e espalhe o bechamel e cubra tudo com

3.Coloca-se o leite num fervedor e acrescenta-se, por

queijo ralado;

esta ordem, o resto do açúcar, a farinha Maizena e as

6.Coloque o tabuleiro no forno pré-aquecido a 175º e

natas. Mexe-se continuamente até levantar fervura e

deixe gratinar até que o queijo adquira uma cor rosa

seguidamente regam-se as tostas com a mistura;

pálido;

4.Por último, cobre-se com coco ralado e coloca-se a

7.Deixe repousar 15 minutos antes de servir.

sobremesa no frigorífico. Quando estiver frio, corta-se

EVISTA

Modo de cozinhar:

R

acrescenta-se sal, pimenta e salsa a gosto. Mexe-se

OMOS

INGREDIENTES:

S

prato para escorrer o excesso de óleo;

em quadrados e serve-se.

61


Numa Escola promotora de Mudança Conscientes todos da necessidade de MUDANÇA DE PARADIGMA, na Missão do Ensinar- Aprender, perguntamo-nos o que significa na verdade

S

OMOS

R

EVISTA

SER PROFESSOR. Passam anos atrás de anos e continuamos presos à vontade de fazer melhor, sabendo convictamente que nada se move em autenticidade de não acontecer de dentro, lugar único, onde radica a autenticidade de cada um. Ser autêntico hoje, procurar sê-lo, esbarra nas evidências da necessidade de ser e estar, num mundo de ter, abundância vazia que nos entretém e limita. Somos hoje, na medida em que aparentamos sê-lo, temos hoje, na medida em que ostentamos tê-lo. Por isso, nos quedamos admirados com esta ânsia interina de CRESCER para ser MELHOR… Melhor que o outro, que sendo-o ou não, ostenta sê-lo? Se o importante for mostrar, assumirmo-nos como actor principal, atropelar o outro, fazendo, primeiro que o outro, se possível em vez do outro…. E este lado obscuro de faz de conta, tem por vezes consequências nefastas que limitam o desocultar da essência humana. A vontade de Ser, Fazendo, em entrega verdadeira e dádiva serena. E deve ser este o caminho de cada um. Ser, Estar, Fazer, Criar, Transformar, limpos dos limbos nas águas estagnadas, impregnados de Vontade Boa, banhados da Luz da transparência, repudiando cada vez mais a hipocrisia anémica daqueles que se corroem dentro, porque não querem SER, mas são. E a Escola que queremos, é deveras aquela que se move pacífica mas audaz, que se entrega sem espera de retorno, que se despe de vaidades e se veste de Esperanças. De nada vale dizer que mudamos, se não se soltar de dentro essa vontade. De nada vale correr atrás do diferente, se não lutarmos nós próprios por sê-lo, em cada conquista, em cada semente lançada, na terra do amanhã que se prepara hoje. Por isso ser professor numa escola promotora de mudança, é alimentar a mente e o corpo de seivas limpas e fecundas, é ser modelo sem etiqueta, deixando marcas que apenas aqueles que sabem escutar percebem, caminhando em silêncio, sentindo os passos de cada um que passa connosco pela vida. Porque a vida é a escola que nos ensina a estar na Escola, a transformar na Escola, a SER na Escola. A Escola que queremos é a Escola daqueles que se motivam motivando, sem esperar reconhecimento e sem

pontos de vista

vaidades…

62

Ser professor hoje, é abrir caminhos, com segurança e perícia, incutindo no aluno a vontade de mudar e mudando, sempre no sentido espiralado do aprender a aprender. E então sim, estaremos numa escola promotora de mudança.

Professora Marinela Guimarães


“Vem por aqui” - dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: “vem por aqui!” Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali...

Comentário Crítico

Cântico Negro, José Régio

“Cântico Negro” aborda a problemática do indivíduo que anseia pela sua afirmação, não se deixando acomodar pelas fórmulas simples de uma vida simples – que não é - “Vem por aqui” - dizem-me alguns com os olhos doces”. Mas porquê seguir …? “Se ao que busco nenhum de vós responde (…)” Nesta perturbação profunda de ser em si um único, o sujeito poético pretende procurar-se para lá do que se vê e procurar os outros para lá do que eles são. Este prefere lutar só, mas consciente do seu papel, do que aceitar as imposições dos outros. A mensagem do poema é que o espírito de independência de cada um deve ser valorizado e cada indivíduo deve procurar criar o seu projecto de vida. Sendo um poema onde o orgulho se apresenta como principal motivador das acções do poeta “Não, não vou por aí! Só vou por

estrofes com número desigual de versos e de sílabas métricas, onde

que parte dum diálogo dramatizado, para fazer transparecer uma antítese constante entre o “eu” e o “vós”. É utilizado um tom imperativo, tornando o poema, então, numa espécie de “grito de revolta”. O título, composto por dois elementos, “cântico” e “negro”, deixa

homens para se aproximarem dos deuses) em homenagem a um ente de natureza divina, (se bem que “negro” se associa a Maldito, lúgubre,

afirmar. E de ficar só, apesar disso?

Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, E vós amais o que é fácil! Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tectos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios... Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém. Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; Mas eu, que nunca principio nem acabo, Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Neste poema está presente a autonomia (isto é, a “lei” de si e para si

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!

próprio sem recorrer à heteronomia – a leis, a normas, à obediência

Edições Quasi, 2002

por conveniência, aos costumes dos outros), atitude crítica e a

EVISTA

à solidão da noite), mas principalmente lembra a voz, acto de falar e se

Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí...

R

transparecer a ideia de hino (os cânticos religiosos que se afastam dos

Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: “vem por aqui!”?

OMOS

o equilíbrio vem da sua arrumação rimática e num discurso directo

Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos...

S

onde/ Me levam meus próprios passos...”, encontra-se dividido por nove

A minha glória é esta: Criar desumanidade! Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha Mãe.

pontos de vista

Cântico Negro, José Régio

radicalidade (no fundo, o que valem os caminhos trilhados pelos outros impensadamente? Para que solução caminham os outros?). Por conseguinte, o autor canta a sua independência contra um mundo que massacra sistematicamente a identidade pessoal. A mensagem que se retira do poema é que é fundamental alhear-nos de caminhos já traçados e, assim, definir os nossos próprios caminhos, ou seja, pensar por nós próprios, mesmo que daí resulte “escorregar nos caminhos lamacentos, redemoinhar aos ventos como farrapos, arrastar os pés sangrentos”.

Ana Rita Areosa,10º F

63


Um outro olhar sobre o Ensino - Joana Marques, 12ºB A aprendizagem é, como sabemos, um processo cognitivo fundamental no processo de tornar-se humano no sentido em que, por estar dependente de variados factores (biológicos, sociais, culturais, comportamentais, cognitivos, pessoais...), é a base dos comportamentos que distinguem o Homem dos outros animais. A escola, sendo o primeiro agente de socialização, a seguir à família, deve contribuir, efectivamente, para o sucesso de cada indivíduo, no decorrer da sua vida. No entanto, nem sempre

S

OMOS

R

EVISTA

a forma como as diferentes temáticas são abordadas, junto dos alunos, nos estabelecimentos de ensino, potencia o desenvolvimento do indivíduo enquanto Pessoa equilibrada e em relação com o mundo. A Psicologia B, cujo objectivo é o estudo e a interpretação do comportamento humano, torna-se fundamental no desenvolvimento bio-psico-sociocultural do adolescente na medida em que, ao explorar as potencialidades deste, até aqui, de certa forma, reprimidas, possibilita o seu auto-conhecimento e o seu auto-domínio. A Psicologia B faculta ao aluno, no fundo, as ferramentas que ele, singularmente, utiliza para traçar o seu próprio caminho, a linha orientadora do seu próprio comportamento em sociedade. Por outro lado, podemos dizer que o sucesso dos estabelecimentos de ensino não passa pela relação estritamente profissional criada entre o professor e o aluno, tem de existir, acima de tudo, cumplicidade e cooperação entre eles. Os conflitos que teimam em permanecer nas escolas são, nem mais nem menos, do que o reflexo das falhas do próprio sistema e só serão ultrapassadas quando este abandonar os ideais fantasiosos possibilitando que quer o aluno, quer o professor, tomem consciência do seu verdadeiro papel como educandos e educadores. Em suma, podemos constatar que, se os processos de socialização primários forem, de facto, bem conseguidos, o Ser Humano frágil, inerte e dependente, dará origem a um ser adaptado à realidade na qual está inserido, preparado para enfrentar os obstáculos e as vicissitudes da vida e capaz de estabelecer relações interpessoais estáveis que mantenham o seu equilíbrio interno. Isto só é possível graças à constante e dinâmica interacção entre a dimensão interna de cada indivíduo e o exterior, desde a sua concepção até à sua morte.

Indefinição da arte - Ana Silva, 10º H Seria muito mais fácil abordar qualquer outro tema, independentemente da sua complexidade e dos conhecimentos que este me obrigasse a ter. Isto se não estivéssemos a falar do tema que desvaloriza todos os objectivos que conheço ligados ao amor por algo! Como posso eu mero ser humano dar uma definição de Arte? Talvez o pudesse, se este tema não tivesse o “impacto” que tem sobre mim, se fosse uma inconsciente e não tivesse a mínima noção da sua grandiosidade. “Nada nem ninguém me comanda, nem muito menos me controla por completo”, diz muitas vezes o meu lado

pontos de vista

orgulhoso… Mas que grande mentira confesso eu! É a Arte, é a Arte que me deixa completamente irracional, que mexe e remexe com todos os meus sentimentos, que com a mesma força com que me faz cair, me levanta… que me torna no ser mais forte deste mundo e ao mesmo tempo no mais frágil e desprotegido… é ela que me “despe” e me deixa completamente “nua”, descoberta de qualquer carapaça… É ela que me mostra quem eu verdadeiramente sou! E, depois disto, pergunto-me… Conseguem defini-la sem ao mesmo tempo estar a desvalorizá-la? Do que serviria estar a dizer que para mim ela é vida e me dá uma felicidade imensa? Que é através dela que melhor me consigo expressar e que sem dúvida, que para mim, é das coisas mais importantes existentes neste mundo? De que serviria isto? Não iria passar de mais uma tentativa falhada de definição!

64

Eu prefiro ficar-me pelo sentimento, porque como se costuma dizer e muito acertadamente… Há coisas que só se sentem…


O Mundo Ocidental em geral e a União Europeia (UE) em particular, estão a atravessar um período particularmente difícil do ponto de vista económico e financeiro, com repercussões sociais que, naturalmente , a manter-se este estado de coisas, agravar-se-ão.

pontos de vista

Da cidadania europeia à responsabilidade

De facto, a UE tem vindo a ser asfixiada no seu prestígio, no seu protagonismo, até há bem pouco tempo indiscutível, pelo processo complexo da globalização, indutor de perturbações graves na economia mundial e de onde, só a título de exemplo, poderemos respigar o parâmetro relativo à emergência económica de países como a China, o Brasil, a Índia e a própria Rússia. Neste contexto, o orgulho do “cidadão europeu”, que o recente Tratado de Lisboa – 2007 consagrou, encontra-se perante um dilema; ou se reforça a solidariedade inter-estadual ou então corre-se o risco elevado de a UE entrar num processo de degradação, que se pode tornar irreversível, o que constituiria, a acontecer, um verdadeiro desastre num projecto original, importantíssimo motor do bem estar e da paz na Europa do pós 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Indubitavelmente, a ambicionada união política do Velho Continente (há muito que se fala nos Estados Unidos da Europa...) passaria ao nível mais puro de uma utopia. Trata-se, efectivamente, de uma crise económica e

de economia descrevem. Sem dúvida que o “euro”, o símbolo da afirmação financeira da Europa a nível mundial (que surpreendeu o todo poderoso dólar americano como moeda - padrão), corre sérios riscos, sendo consensual

Incumbe, nestas circunstâncias, à UE e aos seus cidadãos criar um novo modelo económico, um novo paradigma que ataque os problemas não só do ponto de vista estritamente técnico, mas que incuta também nos cidadãos desta grande comunidade uma responsabilidade, bem interiorizada, de quão pertinente é a questão da gestão

pressionar os respectivos governos nacionais a adoptarem políticas económicas e sociais mais racionais, menos pérfidas, tantas vezes à sombra dos mecanismos e das engenharias eleitorais que, de per se, viciam os princípios

Tal desiderato não inibe, todavia, o simples cidadão de ter o dever de adoptar uma cartilha de valores, de atitudes, que deve respeitar com rigor, evitando situações de ruptura social e política como a que vivemos.

De forma sucinta, elencarei alguns princípios sobejamente demonstrados:

EVISTA

básicos da democracia, exactamente porque a subvertem.

R

financeira que cada um deve fazer. São, sem dúvida, os cidadãos europeus, mulheres e homens, que devem

OMOS

que o seu hipotético desaparecimento constituiria uma tragédia, com consequências de difícil previsão.

S

financeira com alguns contornos desconhecidos, com situações turbilhonares que nem os manuais universitários

a)- A trajectória insustentável do défice externo, entenda-se , o endividamento constante ao estrangeiro, mostra a insuficiência das poupanças internas de cada um e o consumo (melhor dito, consumismo) persistente e muitas vezes irracional; b)- O arrastar de longos períodos de endividamento no exterior contribui para um passivo externo líquido que, no caso português em finais de 2009, já superava os 110% do nosso P.I.B., isto é, superior a toda a riqueza que o país produz num ano; c)- Esta necessidade constante de financiamento no estrangeiro da nossa economia leva ao pagamento de taxas de juro, que em períodos críticos, tendem a agravar-se e, por consequência, limitar ou impedir o investimento,

65


seja público ou privado.

Daqui resulta que, como cidadãos responsáveis, é imperativo:

1. Gastar só aquilo que se tem, devendo-se construir uma reputação impoluta. Para se ter dinheiro é imprescindível

S

OMOS

R

EVISTA

ser credível, ou seja, acreditarem em nós. Situações de emergência devem ser correctamente renegociadas; 2. Não perder a credibilidade pois ela representa, tanto para uma pessoa singular, colectiva ou o Estado, um forte argumento convincente à obtenção de créditos, caso se precisem; 3. Não descurar nunca a contingência de que, mesmo numa boa situação financeira, ela poder descambar, de forma repentina e intempestiva, para uma crise, caso não nos tenhamos acautelado, previamente, com as boas práticas de gestão; 4. Reduzir o consumo e reponderar os investimentos sempre que situações críticas se deparem, de forma aleatória, isto é imprevisível; 5. Nunca menosprezar a poupança pessoal, por mais pequena que seja, dado que ela constitui em termos microeconómicos, grosso modo, um contributo para a redução do endividamento externo do país, e em termos pessoais, uma reserva que devemos sublimar e aplicar de forma circunspecta.

Termino como comecei; tenhamos orgulho da cidadania europeia, que é um belo exemplo para o Mundo, mas saibamos ser dignos da mesma, não a delapidando. Tenhamos respeito pela “delicadeza” da área financeira, adoptando atitudes de gestão racionais, inteligentes. A prudência é uma boa arma. Como diziam os antigos romanos, “firmum in vita nihil”, nada é firme na vida. Professor António M. Peres (engº)

pontos de vista

correio dos leitores

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Caríssimos leitores:

A vossa opinião interessa-nos. Envie o seu comentário (positivo ou não) sobre esta edição ou sugestões para o próximo número para: somosjornal.escm@gmail.com soluções nº 01 Sopa de Freguesias: p54 |vamos lá adivinhar:1- relógio; 2- alho; 3- vento; 4- olhos; 5- ovo; 6- marmelada; 7- um milhão. p55|Que tal tentarmos resolver alguns enigmas: 1 - Porque em vez de trabalhar, o guarda-nocturno estava a dormir, durante a noite! 2 – Dois cortes em cruz (perpendiculares) e um na horizontal; 3 - Se o caracol de dia sobe 5 metros e de noite desce 4 metros acaba por subir apenas 1 metro de cada vez, logo ao fim do 15º dia está aos 19m e depois escorrega para os 15m. Ao fim do 16º dia atinge o topo do muro e já não escorrega mais. 4 - “Como se vai para a sua aldeia?” - Se a mulher for da aldeia onde todas as pessoas mentem, vai responder o caminho para a Aldeia dos que Dizem a Verdade. Se a mulher pertencer à aldeia em que todos dizem a verdade, irá responder também o caminho para a Aldeia dos que Dizem a Verdade;


Certamente todos nós já nos deparamos com uma falta de entusiasmo perante a Matemática. É um facto mundial que matemática quase nunca combina com

vale a pena...

E se a matemática, para além de lógica, pudesse ser divertida?

diversão. E se tudo isso pudesse mudar? E se a matemática se tornasse divertida, um sonho repleto de brincadeiras, descobertas e segredos? É exactamente isto que Roberto, um rapaz da nossa idade vai alcançar quando começa a sonhar com um Diabo dos Números que lhe ensina “truques” para ver a Matemática numa nova perspectiva. O livro “O Diabo dos Números”, de Hans Magnus Enzensberger, está cheio de curiosidades matemáticas que todos nós ignoramos no nosso quotidiano, mas que nos fazem encarar a matemática de uma maneira totalmente diferente. Sabia que:

S OMOS Aconselhamos, portanto, a leitura deste livro fantástico, com bastante interacção entre leitor/escritor, aconselhado

Andreia Ferreira, Cátia Correia, Marta Garcia, Rui Alves, 9ºC

EVISTA

para todos que atravessam a fase “A Matemática é chata”!

R

É deste género de truques com que o leitor de “O Diabo dos Números” se vai deparar.

67


O 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974

S

OMOS

R

EVISTA

- Notícia Histórica Como afirmou José Cutileiro “Os homens fazem a diferença” e perante situações limites são também os homens que constroem as diferenças. Na Madrugada do dia 25 de Abril o Estado Novo começou a ser desmantelado pelo MFA e pela Junta de Salvação Nacional. As polícias, tal como o próprio Governo, foram os primeiros alvos da Revolução. A censura, uma das poderosas armas da ditadura, foi, ela própria, riscada pelo lápis azul. Os presos políticos são libertados, pondo fim a anos de perseguições. As figuras do regime são exiladas e regressam os membros da resistência, como o Álvaro Cunhal e o Mário Soares. A reconquista da liberdade de expressão percorre as páginas dos jornais, rádio e televisão e os próprios cartazes de cinema. Senão vejamos e de uma maneira mais detalhada: Otelo Saraiva de Carvalho, por volta das 22 horas do dia 24/4/1974 chega ao Regimento de Engenharia Nº1, na Pontinha. É ali que o major, acompanhado de outros oficiais, instala o posto de comando num pequeno anexo com as janelas tapadas por alguns cobertores. O primeiro sinal, como combinado, seria dado pelo então posto “Emissores Associados de Lisboa” às 22:55. João Paulo Dinis era lá locutor e fizera a tropa em Bissau sob as ordens de Otelo, e às 22:55 dá voz e escolhe a canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, canção vencedora desse ano do Festival da Canção RTP, a qual iria, dentro de alguns dias, representar Portugal no Festival da Eurovisão. Esta seria a primeira senha. A segunda senha é dada na “Rádio Renascença”. Otelo fazia ponto de honra que fosse uma canção do Zeca Afonso e é «Grândola Vila Morena» que acaba por ir para o ar no programa «Limite» de Paulo Coelho e Leite de Vasconcelos que antes de pôr o disco recita a primeira quadra de «Grândola Vila Morena».

SomosRevista investigou

Eram 0:20 e grande parte das forças envolvidas põe-se em movimento. O Quartel-General da Região Militar de Lisboa é o centro nevrálgico das “Forças do Regime”. O edifício é tomado pelo Batalhão de Caçadores 5 com o código «Canadá». A mesma unidade também se encarrega de proteger a residência do general António de Spínola. Importante é também o aeroporto da Portela, operação com o código «Nova Iorque». Junto ao aeroporto, o capitão Costa Martins desesperava e decide neutralizar sozinho de pistola em punho a guarda do aeroporto e entrou mesmo na torre de controlo fazendo «bluff» durante mais duma hora dizendo que o aeroporto estava cercado e para se interditar o espaço aéreo português imediatamente. Controlar os órgãos de comunicação social também era de crucial importância. Então, através do RCP o MFA, apresenta-se ao país pela 1ª vez às 4:26. A programação é alterada e passa o hino nacional, marchas militares e canções de protesto e de contestação. Sucedem-se os comunicados escritos por Victor Alves e Lopes Pires no quartel da Pontinha, que eram lidos aos microfones do RCP. Mediante esta situação os ouvintes ficam a par do desenrolar dos acontecimentos. Mas a missão principal cabe ao capitão Salgueiro Maia e seus homens da Escola Prática de Cavalaria, vindos de Santarém pois ficam encarregados de várias acções. Outro momento muito importante dá-se às 5 horas quando o Major Silva Pais director-geral da PIDE/DGS dá conhecimento ao presidente do Conselho, Marcello Caetano, dos acontecimentos que este ainda desconhecia. Referindo que a situação era grave e dando instruções para se refugiar o mais depressa possível no Comando-Geral da GNR no Largo do Carmo porque era um dos sítios que não se encontrava sitiado e que passava mais despercebido. No entanto isto de nada resultou. Marcello Caetano, receoso, permaneceu

68

encurralado no Quartel do Carmo com blindados apontados e ouvindo uma multidão crescente que tinha


democracia e liberdade. E gritavam palavras de ordem contra a ditadura e guerra colonial e outras coisas. O povo nesse dia tinha ouvido coisas novas e ficou a saber em que tipo de regime e que tipo de políticos governavam o país por isso aderiram de imediato ao Movimento das Forças Armadas! À 1:30 já do dia 26/4/74 aparecem na televisão as novas caras do poder: A Junta de Salvação Nacional, como presidente, António de Spínola, em que lê uma proclamação ao país: …Um novo regime… A democracia, a paz. Poucos dias depois do 25 de Abril, aconteceu o primeiro 1º de Maio (Dia do Trabalhador) festejado em Portugal, pois esse tipo de manifestação de massas era proibido no Estado Novo. As pessoas saíram à rua felizes por se poderem manifestar em liberdade. Preparava-se o caminho para a Democracia

Professores Maria Clara do Vale e Ilídio Machado

Cartazes alusivos ao “25 de Abril” realizados nas aulas de Educação Visual pelos alunos do 9ºF

SomosRevista investigou

acordado dum sono profundo ou que tinha aprendido ou descoberto nesse dia que existiam outras coisas como

S Edgar Ramos, nº17

Bárbara Oliveira, nº11

Sílvia Torres, nº27

Sofia Baptista, nº10

Sara Torres, nº26

Cláudia Rute, nº13

João cruz, nº19

Inês Nogueira, nº18

Ana Teixeira, nº9

David Oliveira, nº14

EVISTA

R

Diana Pinto, nº15

OMOS

Ana Cláudia, nº3

69


vamos lá adivinhar: 1 Sou um fruto de Outono. Quando chego a amadurecer, dou um trabalhão ao dono se ele me quiser comer.

S

OMOS

R

EVISTA

2 Tenho um tio que é meu tio; o meu tio tem um irmão, o meu tio é meu tio e o irmão do meu tio não.

Que tal tentarmos resolver alguns enigmas? 1 O tio Manuel e os seus sobrinhos Pedro e Rafael querem atravessar de barco o rio para a outra margem. O barco só aguenta com 80Kg. As duas crianças pesam 40Kg cada uma e o tio pesa 80 Kg. Como devem fazer para atravessar o rio sem afundar o barco?

3

2

À meia-noite se levanta o francês,

Quando ia a Alenquer encontrei 1 homem com 7

sabe das horas e não sabe do mês,

mulheres, cada mulher com 7 sacos, cada saco com

tem esporas e não é cavaleiro,

7 gatos, cada gato com 7 gatinhos.

tem serra e não é carpinteiro,

Homem, mulheres, gatos e gatinhos, quantos iam a

tem picão e não é pedreiro,

Alenquer?

cava no chão e não acha dinheiro.

3

4

O Marco tem menos uma irmã do que os irmãos que

Uma senhorita,

tem.

muito assenhorada,

A sua irmã Mafalda tem mais três irmãos do que as

nunca sai à rua,

irmãs que tem.

anda sempre molhada.

A família tem dez crianças. Quantas raparigas e quantos rapazes há na família?

pontuação

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim: “Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.” Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes. 1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

já tocou!

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 4) Aí, chegaram os descamisados da cidade.. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

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Moral da história: “A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos a sua pontuação. E isso faz toda a diferença...”



SomosRevista - ficha técnica Revista 02 / Junho 2010 Escola Secundária Castêlo da Maia Coordenadora: Délia Carvalho Grafismo e Paginação: Júlia Santos / Délia Carvalho Publicidade: Maria Clara do Vale / Ana Paula Pereira Redacção / Revisão: Alice Sousa; Ana Maria Silva; Délia Carvalho; Júlia Santos; Maria Clara do Vale; Rita Gonçalves; Xavier Calicis.

Colaboraram nesta edição: Adarsha Gavião, 7ºC; Alexandre, 7ºE; Alice Coelho, 8ºB; Alunos CEF – Estética e Cuidados do Cabelo; Ana Cláudia Torres, 9ºF; Ana Mafalda, 8ºD; Ana Rita Areosa, 10º F; Ana Rita Pinto, 11ºB; Ana Varão, 12ºE; Ana Silva do, 10º H; Ana Teixeira, 9ºF; Ana, 7ºE; André Monteiro, 12ºE; Andreia Ferreira, 9ºC; Anita Marante Teixeira, 8ºB; Banda Dizzy Habits; Bárbara, 9ºF; Beatriz Fernandes, 8ºB; Beatriz, 7ºE; Carlos Mendes, 12ºE; Catarina Gonçalves, 8ºE; Catarina, 12ºD; Cátia Correia, 9ºC; Cláudia Barbosa, 9ºF; David Oliveira, 9ºF; Diana Nequinha e Célia Cavaleiro, 11ºG, da Escola Secundária Emídio Garcia; Diana Pinto, 9ºF; Edgar Pires, 12.ºD; Edgar Ramos, 9ºF; Elsa Maia, 9º E; Eva Carvalho, 11ºB; Filipa, 12ºD; Grupo (s)em rede, 9ºF; Grupo A Revista Económica, “Actual”, 12ºE; Gustavo Rangel, 7º B; Henrique, 7ºE; Inês Nogueira, 9ºF; Inês, 12ºD; Joana Marques, 12ºB; Joana Mota, 8ºD; Joana Ribeiro, 8ºB; Joana, 12ºD; João Cruz, 9ºF; João Ferreira 10B; João Maria Pereira, 12º A; Mafalda Azevedo, 10º A; Marcos, 7.º B; Maria Inês Moreira, 8ºB; Mariana Oliveira, 8ºE; Marta Garcia, 9ºC; Patrícia Palha, 9ºE; Paula Romão Directora da Escola Secundária do Castêlo da Maia; Pedro Cunha, 10ºH; Pedro Neves, 10º C; Professor António M. Peres; Professor Eleutério Silva; Professor Ilídio Machado; Professor João Ferreira; Professor Rogério Torres; Professora Águeda Silva; Professora Alice Silva; Professora Alice Sousa; Professora Ana Luísa Melo; Professora Ana Paula Freitas; Professora Arminda Martins; Professora Carla Lopes; Professora Carla Madureira; Professora Délia de Carvalho; Professora Esmeralda Pinto; Professora Inês Moreira; Professora Júlia Santos; Professora Laura Pires; Professora Licínia Martins; Professora Licínia Teixeira; Professora Lurdes Lousada; Professora Margarida Miranda; Professora Margarida Portela; Professora Maria Clara do Vale; Professora Marinela Guimarães; Professora Raquel Lopes; Professora Silvina Pais; Professoras Célia Fernandes; Ricardo Maia, 12ºE; Rui Alves, 9ºC; Sara Barros, 9ºE; Sara Torres, 9ºF; Sílvia Torres, 9ºF; Sofia Baptista, 9ºF; Sofia Senra, 9ºE; Teresa Paiva, 8ºB; Teresa, 7ºE; Tomás, 8ºE. Impressão: tipografia Lessa - www.tipografialessa.pt / geral@tipografialessa.pt Tiragem: 300 exemplares SomosRevista, Escola Secundária Castêlo da Maia Rua Professora Idalina Quelhas 4475-640 STª Maria Avioso

Patrocínios:

telef. 22 9820641 / 22 9825088 somosjornal.escm@gmail.com

O nosso obrigada a todos os que colaboraram na concretização desta edição do “Somos Revista”. Desejamos sinceramente que o resultado final revele o empenho e o cuidado que todos imprimimos nesta segunda edição de 2010. equipa “SomosRevista”


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