eSaúde Magazine 02

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Janeiro 2013

eSaúde – Magazine dos Sistemas de Informação na Saúde | 6

A partilha de informação de saúde já é uma realidade

PLATAFORMA DE DADOS DE SAÚDE Conheça a Plataforma de Dados da Saúde. Desde o seu arranque saiba que já foram realizados mais de 220.240 acessos (142.803 efetuados por médicos e 77.437 por profissionais de enfermagem), tendo já sido utilizada por cerca de 13.000 profissionais diferentes a partir de mais de 410 instituições diferentes (entre Cuidados de Saúde Primários e Hospitais) do país.

Introdução A partilha de informação entre organizações prestadoras de cuidados de saúde, e entre estas e o utente, traduz-se em benefícios a vários níveis de entre os quais se destacam, a segurança para o utente, o apoio à boa prática clínica e a redução de custos por maximização de recursos de informação e conhecimento. A informação historicamente registada em múltiplos sistemas eletrónicos legados e atualmente em uso em todas as organizações de saúde em Portugal, constitui um manancial fundamental de dados de saúde sobre os portugueses, apesar de distribuída, heterogeneamente registada e colocando desafios sociotecnológicos no seu acesso. A disponibilização da plataforma de dados de saúde - PDS que apresenta um somatório potencial de toda a informação já presentemente registada sobre o utente, em cada uma das organizações isoladamente, traduz-se numa maior capacidade de gerar conhecimento sobre o caso em causa. A disponibilização de informação através de barreiras físicas e organizacionais tradicionais: cuidados saúde primários, hospitalares e dados de organizações privadas e convencionadas, apresenta elevado potencial no que diz respeito a diminuição de custos associados à obtenção da mesma informação por falta de acesso. Uma das áreas onde tal impacto poderá ser comprovado será a diminuição do recurso a determinados meios complementares de diagnósticos, mormente análises laboratoriais, ou outros. A Plataforma surge como um projeto no âmbito da Comissão de Informatização Clínica (CIC), constituída no dia 06/Dez/2011 por despacho do Sr. Secretário de Estado da Saúde Dr. Manuel Teixeira e teve desde o seu início dois grandes pilares de definição e implementação. A realidade nacional, composta por sistemas tecnologicamente e arquitecturalmente avançados bem como de sistemas com mais de duas décadas de existência e com arquiteturas fechadas com os quais a plataforma teria que interoperar de forma transparente para o utilizador, foi o fator base e fulcral de definição de todo o modelo tecnológico da plataforma. O outro pilar diz respeito às restrições de cariz financeiro com as quais a plataforma teria que ser concebida e implementada. No que diz respeito à segurança para o tratamento dos utentes, esse benefício traduz-se no facto de que os profissionais de saúde terão acesso a toda a informação disponível sobre o utente independentemente do local de registo da mesma. Essa situação traduz-se igualmente no apoio à boa prática clínica pois o contexto dessa prática

ficará alicerçado num mais amplo e fidedigno conjunto de informação. A realidade à luz do momento Passado um ano de atividades ambos os projetos são já uma realidade para todos os profissionais e utentes do SNS. O Portal do Profissional, foi disponibilizado gradualmente desde o dia 6 de Julho de 2012 com o arranque em produção na ARS Norte e chegando no dia 6 de Novembro de 2012 à ARS Lisboa.

Figura 1 - Arranque da PDS na ARS Norte (Sr. Sec. Estado da Saúde)

Durante este período foram realizados mais de 220.240 acessos (142.803 efetuados por médicos e 77.437 por profissionais de enfermagem), tendo já sido utilizada por cerca de 13.000 profissionais diferentes a partir de mais de 410 instituições diferentes (entre Cuidados de Saúde Primários e Hospitais) do país. O acesso à PDS encontra-se hoje disponível em praticamente todos os sistemas clínicos existentes nas instituições de saúde, sejam os mesmos disponibilizados pelo Ministério da Saúde ou de cariz comercial. Relativamente ao Portal do Utente, a sua disponibilização foi igualmente gradual. Inicialmente a disponibilização foi efetuada para os utentes que espontaneamente aderiram ao serviço de beta testers (utilizadores de teste). Após validação e incorporação das alterações e correções sugeridas o sistema foi alargado a todos os utentes do SNS. A realidade hoje é de que a plataforma já foi utilizada por mais de 14.000 utentes diferentes, os quais já registaram mais de 4.400 contactos de emergência, 400 alergias, 9.600


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