eSaúde Magazine 02

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Janeiro 2013

eSaúde – Magazine dos Sistemas de Informação na Saúde | 32

importante efetuar uma monitorização rápida, eficaz e total dos sistemas para precaver falhas e eventuais downtimes com custos normalmente elevados. A monitorização permite uma ação proativa na medida em que antecipadamente podem ser detetados problemas como por exemplo a simples falta de espaço em disco de um servidor, excesso de tráfego de um determinado interface de rede num switch, a temperatura dentro de um Data Center, o consumo excessivo de uma UPS ou um datafile de uma base-de-dados que está prestes a encher e parar todo o sistema de informação. Permite também uma ação reativa mais rápida e eficaz uma vez que após uma falha do sistema, rapidamente é identificado o problema pela consulta dos vários sensores espalhados estrategicamente pelo sistema em causa, dando de imediato uma visão global e clara da extensão do problema. Para além da capacidade de monitorização, o Nagios tem ainda duas vertentes absolutamente fundamentais para o grau de criticidade que lhe está subjacente; A alarmística ou notificação, onde o Administrador de Sistemas é alertado para algo que está fora dos padrões normais e previamente definidos. Essas notificações, podem ser enviadas de várias formas, como por exemplo, Correio Eletrónico, SMS, MSN, avisos sonoros, alertas visuais, aplicações para SmartPhones, etc. Inclusive estas notificações podem ser parametrizadas e enviadas para empresas externas de suporte, desencadeando assim um processo de resolução mais célere e eficiente. Após a deteção de um constrangimento, são geradas ações e mediante um conjunto de regras previamente definidas pelo Administrador de Sistemas, o Nagios executa tarefas no sentido de debelar o problema o mais rapidamente possível, como por exemplo dar instruções a um servidor para reiniciar um determinado serviço caso detete que este parou, eliminar logs de uma determinada diretoria quando o disco chega a níveis críticos da sua capacidade, etc. Modo de funcionamento A estrutura e configuração do Nagios são baseadas em ficheiros de texto facilmente editáveis e parametrizáveis. O Nagios tem duas formas distintas de funcionar, dependendo do tipo de equipamento que esta a monitorizar. Caso sejam servidores o alvo da monitorização (ficheiro hosts), é usado um agente previamente instalado no servidor que corre como um processo Windows que recolhe a informação solicitada pelo Administrador de Sistemas e a disponibiliza de uma forma segura para o Nagios. Existem vários agentes que interagem com o Nagios, o mais utilizado é o NSClient++, cuja instalação é bastante simples, e a configuração resume-se a um único ficheiro de texto, onde é definido todo o comportamento do agente. Este agente permite colher a mais variada informação sobre o servidor, desde a utilização de disco, CPU, memória, número de processos e o estado dos mesmos, quantidade de memória por processo, indicadores de performance, etc.. É importante salientar que a monitorização não é exclusiva de servidores Windows, Sistemas Operativos como Linux, Solaris, HP-UX, Unix, MacOS, AIX, são facilmente

Figura 2— Estrutura funcional do Nagios

monitorizados, contudo na sua maioria sem necessidade de recorrer a agentes, como no caso do Windows. Se os equipamentos a monitorizar são por exemplo ativos de rede, camaras IP, UPS, sistemas de climatização de Data Center, equipamentos de radiologia, impressoras, apenas para referir alguns, é utilizado o protocolo standard SNMP. Este protocolo está amplamente disseminado pelos vários equipamentos que são ligados a uma rede de dados, pelo que dificilmente se encontra um equipamento que tenha uma placa de rede e que não o implemente, o que torna “todos” os equipamentos passiveis de serem monitorizados pelo Nagios. Um excelente exemplo da utilização do protocolo SNMP para a monitorização de tráfego na rede é o MRTG, que integra com o Nagios permitindo ter uma visão geral de todo o tráfego existente na rede e facilmente identificar pontos de congestionamento. Após a recolha da informação, seja via agente ou SNMP, o Nagios, analisa-a e dessa análise faz despoletar um (1) de quatro (4) estados possíveis para o equipamento/serviço monitorizado como mostra a tabela da figura 4. A forma como o Nagios atribui os vários estados aos equipamentos/serviços é definida pelo Administrador de Sistemas atribuindo valores para o estado de WARNING e CRITICAL. Podemos dar como exemplo o disco rígido de um servidor onde foi definido que caso a sua capacidade seja excedida em 80% passa do estado OK para o estado WARNING e caso ultrapasse os 95%, passa do estado WARNING para o estado CRITICAL.


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