Revista Advocatus 13

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DISCURSO

na Bezerra, reunindo as instâncias judiciárias e os fóruns especializados da Capital. Avanços reformistas que são antecipações de futuro; (vi). Mais de duas mil sessões do Tribunal do Júri, ano passado, emápice das metas do ENASP; e (vii) a elevação quantitativa da composição do Tribunal, com sete novos cargos de Desembargador, para atender as necessidades da jurisdição do segundo grau. Cuide-se, porém, que tais registros não atendem a uma expressão que sirva de síntese de tudo o que ele prestou, com dimensão de estadista, à história do Judiciário pernambucano, em sua afirmação institucional. Seja, portanto, o melhor manifesto de gratidão e de reconhecimento ao presidente Jovaldo, o testemunho uníssono dos seus pares e da magistratura estadual, a assinalar na memória do coração e nos pergaminhos da história judiciária, a pedagogia de sua gestão. Vossa Excelência, presidente Jovaldo Nunes, ensinou justiça. Nela colocou toda a essência que sua vida pessoal e o seu trabalho de juiz sempre refletiram, com a leveza do homem amável e simples, piedoso e verdadeiro nas ações e nas palavras, sobretudo, acreditando em sua capacidade de fazer o melhor que se propõe. Não é sem razão que sua pessoa é simbólica, em estreita relação com o significado de sua obra. Uma Justiça de conteúdo, revestida de universalidade dos seus valores, foi o cotidiano obtido a cada atividade de condução do seu governo. A magistratura do Estado aprendeu consigo que o modo mais eficiente de fazer justiça é acreditar no compromisso de fazê-la, pouco importam as dificuldades. A justiça tem o seu nome. Sua presidência foi um dos mais dignificantes e eloquentes apostolados de justiça que o Tribunal já vivenciou. Nesse liame absoluto, que une esta Casa aos seus dirigentes, ganha ensejo, por razão pública intrínseca, no tributo de reconhecimento pessoal aos que assumem os destinos do Judiciário estadual, repetir a exortação feita por Ricardo Reis, heterônimo do poeta português Fernando Pessoa, quando conclama: “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou excluí. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és, no mínimo que fazes. Assim em cada lago, a lua toda brilha, Porque alta vive”. Este tribunal vive convosco, porque também inteiro aprendeu a ser.

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* Discurso de Saudação à nova Mesa Diretora do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, integrada pelos Desembargadores Frederico Ricardo de Almeida Neves (Presidente), Leopoldo de Arruda Raposo (1º Vice-Presidente), Fernando Eduardo de Miranda Ferreira (2º Vice-Presidente) e Eduardo Augusto Paurá Peres (Corregedor Geral da Justiça), proferido em nome da Corte de justiça estadual, em Sessão Solene do Tribunal Pleno, realizada em 06.02.2014.


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