Atas do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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I SIMPÓSIO IBEROAMERICANO DE MOTRICIDADE OROFACIAL

ATAS I SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE MOTRICIDADE OROFACIAL SIAMO’2015

ISEP - Instituto Superior de Engenharias do Porto 31 de janeiro 2015 CURSOS PRÉ E PÓS SIMPÓSIO ESTSP - Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto 30 de janeiro e 01 de fevereiro 2015

Instituto EPAP - Ensino Profissional, Avançado e Pós-graduado



ATAS SIAMO I

SIMPÓSIO IBEROAMERICANO DE MOTRICIDADE OROFACIAL OROFACIAL

I SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE MOTRICIDADE OROFACIAL SIAMO’2015

ISEP - Instituto Superior de Engenharias do Porto 31 de janeiro 2015 CURSOS PRÉ E PÓS SIMPÓSIO ESTSP - Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto 30 de janeiro e 01 de fevereiro 2015

SIMPÓSIO COM COMISSÃO CIENTÍFICA E REVISÃO POR PARES (sistema double blind peer review)

Instituto EPAP - Ensino Profissional, Avançado e Pós-graduado


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ATAS DO I SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE MOTRICIDADE OROFACIAL PRESIDENTE

Ricardo Santos

COMISSÃO EXECUTIVA

Ricardo Santos (PRT); Irene Queiroz Marchesan (BRA); Diana Grandi (ESP).

COMISSÃO CIENTÍFICA

Adriana Tessitore (BRA), André Araújo (PRT), Armando Dias da Silva (PRT), Assunção Matos (PRT), Carla Pinto Moura (PRT), Daniele Cunha (BRA), Esther Bianchini (BRA), Eva Bolle Antunes (PRT), Fátima Andrade (PRT), Fátima Maia (PRT), Helena Vilarinho (PRT), Hilton Justino (BRA), Isabel Monteiro da Costa (PRT), Janieny Vieira da Silva (BRA), Maria João Azevedo (PRT), Maria João Cunha (PRT), Maria Manuel Brito (PRT), Mireia Torralba (ESP), Mónica Bartuilli (ESP), Patrícia Nogueira (PRT), Paula Cristina Faria (PRT) e Teresa Pinho (PRT).

COMISSÃO ORGANIZADORA

Adriano Rockland (PRT), António Vieira (PRT), Daniela Ambrósio (PRT), Inês Lopes (PRT), Jorge Reis (PRT), Sandra Martins (ESP)

RELAÇÕES PÚBLICAS Sara Palma Brito.

ASSESSORIA Inês Lopes.

ORGANIZAÇÃO DAS ATAS

Adriano Rockland e Patrícia Nogueira.

FOTOGRAFIA Rui Farinha.

DESIGN E IMAGEM Jorge Reis.

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ENTIDADE PROMOTORA E SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS Rua de São José, 35B 1150-325 - LISBOA PORTUGAL T. (+351) 213 476 464 Tlm. (+351) 917 092 552 \ Tel. (+351) 925 988 288 geral@epap.pt info@epap.com.es geral@epap.com.br www.epap.pt www.epap.com.es www.epap.com.br

PARCEIRO CEFAC - Saúde e Educação www.cefac.br

APOIO INSTITUCIONAL ESTSP - Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto - IPP www.estsp.ipp.pt

I Si m pós i o I bero -Americ ano de M ot ricid a de Oro fa cia l (2 0 1 5: Po rto , Po rt u ga l ) Atas do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial, SIAMO, 30 de janeiro a 1 de fevereiro de 2015. Entidade promotora: Instituto EPAP – Ensino Profissional Avançado e Pós-Graduado – Lisboa: EPAP, 2015 Número de páginas: 195 p. Tema: Motricidade Orofacial Modo de acesso: <http://www.siamo.net/atasdosiamo2015.html> ISBN: 978-989-99356-0-0 1. Motricidade Orofacial 2.Pediatria e Neonatologia 3. Apneia obstrutiva do sono 4. Avaliação e Intervenção 5. Ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares I. Instituto EPAP, Org. II. Título: Atas do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial NÚMERO DE DEPÓSITO LEGAL: 386688/15

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ÍNDICE

8. ORADORES DOS CURSOS ... 55 9. RESUMOS DOS CURSOS ... 59 9.1. Eletroestimulação em Motricidade Orofacial: Práticas Terapêuticas - Sandra Martins (ESP) ... 61

1. MENSAGENS DE BOAS-VINDAS AO SIAMO’2015 ... 10 2. INTRODUÇÃO ... 17

9.2. Intercepção Precoce nas Más-Oclusões com Aparelhos Ortopédicos Funcionais: Corrigindo A Forma, Facilitando A Função - Carina Esperancinha (PRT) e Cristina Póvoas (PRT) ... 62

3. COMISSÃO CIENTÍFICA ... 19 4. PROGRAMA SIAMO’2015 ... 24 5. ORADORES E MODERADORES ... 28 6. DISCURSO DE ABERTURA SIAMO’2015 ... 35

9.3. Bases Neurológicas para a Intervenção em Motricidade Orofacial - Marta Silva(PRT) e Susana Mestre (PRT) ... 63

7. COMUNICAÇÕES ... 39 7.1. Intervenção da Terapia da Fala em Neonatologia - Ana Marques (PRT) ... 41

9.4 . Intervenção Miofuncional Orofacial na Apneia Obstrutiva do Sono e Roncopatia Vanessa Ieto (BRA) ... 64

7.2. Avaliação do Freio Lingual: Um Trabalho em Equipa - Yvette Ventosa (ESP) ... 42

9.5. Bandas Neuromusculares em Motricidade Orofacial: Bases de Aplicação e Evidências Clínicas - Susana Araújo (PRT) ... 65

7.3. Dificuldades de Alimentação de Base Sensorial na 1.ª Infância: Avaliar para Intervir - Tânia Dias (PRT) ... 43

9.6. Odontopediatria e Ortodontia Interceptiva - Pedro Braga (PRT) ... 66

7.4 . Fisiopatologia da AOS - Ana Antunes Oliveira (PRT) ... 44

9.7. Intervenção Miofuncional na Respiração Oral - Daniele Cunha (BRA) ... 67

7.5. Consulta de Medicina Dentária no Tratamento da AOS - Luís Bessa (PRT) ... 45

9.8. Eletromiografia em Motricidade Orofacial: Aplicabilidade na Clínica Ortodôntica Hilton Justino da Silva (BRA) e Pedro Teixeira (PRT) ... 68

7.6. Intervenção Miofuncional Orofacial na AOS e Roncopatia - Vanessa Ieto (BRA) ... 46 7.7. Amiofe: Versão Digital - Cláudia Ferreira (BRA) ... 47 7.8. Avaliação da Mastigação Fundamentada por Registos de Vídeo - Sílvia Hitos (BRA) ... 48 7.9. PAOF/FDA-2 - Isabel Guimarães (PRT) ... 49

9.9. Avaliação e Algumas Orientações Para o Tratamento dos Distúrbios Temporo-Mandibulares - Cláudia Ferreira (BRA) ... 69

7.10. Ortodontia e Funções do Sistema Estomatognático - Josep Maria Ustrell Torrent (ESP) ... 50

9.10. Buteyko Breathing And Beyond: Relação Entre A Respiração E Terapia Miofuncional Orofacial - Patrick McKeown (IRL) ... 70 10. RESUMOS DOS PÓSTERES ... 71

7.11. Tratamento das Más-Oclusões na Perspectiva da Ortopedia Funcional dos Maxilares - Carina Esperancinha (PRT) e Cristina Póvoas (PRT) ... 51

10.1. PÓSTER 01 - Tradução, Adaptação Cultural e Validação de Conteúdo do Instrumento “Avaliação da Prontidão do Prematuro Para o Início da Alimentação Oral” ... 72

7.12. Avaliação Instrumental na Clínica Ortodôntica - Hilton Justino da Silva (BRA) ... 52

10.2. PÓSTER 02 - Correlação Entre Pressão de Língua e a Atividade Elétrica dos Músculos Supra-Hioideos em Adultos Jovens Durante a Deglutição ... 74

7.13. Global Case Studies For Emerging Standards Of Care In Medicine With Myofunctional Therapy - Maria Pia Villa (ITA) ... 53

10.3. PÓSTER 03 - The Effectiveness Of Physiotherapy In The Management Of Temporomandibular Disorders. A Systematic Review Of The Literature ... 76

7.14. Global Case Studies For Emerging Standards Of Care In Medicine With Myofunctional Therapy - Marc Richard Moeller (EUA) ... 44

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10.4 . PÓSTER 04 - A Importância da Intervenção Precoce em Pacientes com Hipoplasia Mandibular: Contributo da Aparatologia Funcional Revisão Narrativa ... 78

10.18. PÓSTER 20 - Descrição da Análise Acústica da Deglutição Pós Eletroestimulação Neurofuncional - Relato de Caso: Uso de Eletroestimulação em Esclerose Múltipla, relato de caso ... 105

10.5. PÓSTER 05 - Efeitos Neurofisiológicos das Bandas Neuromusculares nas Alterações Miofuncionais Orofaciais ... 80

10.19. PÓSTER 22 - Caracterização do Modo Respiratório Oral e Alterações Posturais em Crianças de uma Clínica de Odontopediatria:Trabalho de Investigação ... 107

10.6. PÓSTER 06 - An Anatomical And Embryological Study About A Case Of Dissection Of The Tongue. Clinical Implications ... 82

10.20. PÓSTER 23 - Escores para Frênulo Lingual e Características da Oclusão Dentária em Crianças: Um estudo transversal ... 109

10.7. PÓSTER 07 - Potencial do Trabalho Conjunto da Terapia da Fala com a Ortodontia - Revisão Da Literatura ... 83

10.21. PÓSTER 24 - Interdisciplinaridade em Respiração Oral: Relato de Caso ... 111

10.8. PÓSTER 08 - Aplicabilidade do Iowa Oral Performance Instrument em Indivíduos com Parkinsonismo ... 85

10.22. PÓSTER 25 - Ronco e Qualidade de Vida em Adultos Jovens: Ronco x qualidade de vida - Estudo transversal ... 113

10.9. PÓSTER 09 - Evidencia Clínica de Acceso Abierto para Terapia Miofuncional y Motricidad Orofacial ... 87

10.23. PÓSTER 26 - Síndrome da Brida Aminiótica: Uma Abordagem Transdisciplinar - Estudo de Caso ... 115

10.10. PÓSTER 10 - Eficácia do Tratamento Precoce de Malformações Esqueléticas de Classe III - Estudo de Investigação ... 89

10.24. PÓSTER 27 - Terapia Miofuncional na Artrogripose Múltipla Congênita - Estudo de Caso ... 118

10.11. PÓSTER 12 - Relação Entre as Medidas Antropométricas Faciais e a Força de Língua: Estudo Piloto - Trabalho de Investigação ... 91

10.25. PÓSTER 28 - Desordens Temporomandibulares na Infância: Uma revisão descritiva ... 120

10.12. PÓSTER 13 - Correção Espontânea de Mordida Aberta Anterior por Eliminação de Hábito Succional - Caso Clínico ... 93

10.26. PÓSTER 29 - A Atuação Fonoaudiológica no Contexto Materno-Infantil: Relato de experiência ... 122

10.13. PÓSTER 14 - Mudança nas Áreas Nasais em Crianças com Respiração Oral Após Limpeza Nasal ... 95

10.27. PÓSTER 30 - Atividade Elétrica da Região Supra-Hióidea Durante a Deglutição Pré e Pós Uso de Kinesio Taping : Trabalho de Investigação ... 124

10.14. PÓSTER 15 - Mordida Cruzada - Correção da Forma para Facilitar a Função da Fala e Padrão de Mastigação - Caso Clínico ... 97

10.28. PÓSTER 31 - Sinais e Sintomas de Disfunção Temporomandibular e Fatores Desencadeantes em Crianças de Uma Clínica de Odontopediatria:Trabalho de Investigação ... 126

10.15. PÓSTER 17 - Tratamento Multidisciplinar da Classe III Aparelhos Ortopédicos Funcionais e Terapia da Fala ... 99

10.29. PÓSTER 32 - Análise Da Relação Entre O Padrão Mastigatório e a Postura Corporal de Indivíduos com Disfunção Temporomandibular:Trabalho de Investigação ... 128

10.16. PÓSTER 18 - Avaliação Quantitativa da Pressão de Língua em Adolescentes com Respiração Oral ... 101 10.17. PÓSTER 19 - Descripción de Reflejos y Funciones Orofaciales en un Grupo de Recién Nacidos Prematuros Extremos: Reflejos y funciones orofaciales en recién nacidos prematuros extremos ... 103

10.30. PÓSTER 33 - Adaptação Linguística e Cultural do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua com Escores para Bebês:Trabalho de Investigação ... 130

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10.31. PÓSTER 34 - A Influência da Consistência Alimentar na Maturação dos Aritculadores de Fala: Uma Revisão Narrativa ... 132 10.32. PÓSTER 35 - Pressão de Lingua em Crianças com Respiração Oral: Avaliação Quantitativa Com IOPI - Trabalho de Investigação ... 134 10.33. PÓSTER 36 - Manutenção do Nível Nobre de Prevenção das Más-Oclusões (Feedforward): Relato de caso clinico ... 136 10.34. PÓSTER 37 - Voz, Deglutição e Força Respiratória na Doença de Parkinson: Uma Análise Correlacional - Trabalho de Investigação em Doença de Parkinson ... 138 10.35. PÓSTER 38 - Impacto da Composição Corporal e do Somatótipo na Produção de Vogais: Resultados Preliminares de Trabalho de Investigação Aplicado ao Português Europeu ... 140 11. EVENTOS PARALELOS AO SIAMO’2015 ... 143 11.1. Lanzamiento Internacional de la Revista Científica Signos Fónicos de la Universidad de Pamplona ... 145 11.2. Lançamento do Livro “Processamento

Auditivo: Conhecer, Avaliar E Intervir” ... 147 11.3. Programa Social SIAMO’2015 ... 149 11.4 . Atribuição do Prémio Melhor Póster SIAMO’2015 ... 151 12. EDITAL ... 153 13. ANEXOS ... 155

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1. MENSAGENS DE BOAS-VINDAS AO SIAMO’2015

É

PRESIDENTE

RICARDO SANTOS

com muita satisfação que lhe dou as boas-vindas ao I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial (SIAMO2015), que se realiza na acolhedora cidade do Porto. Os eventos científicos devem ser na sua essência um momento de (re)encontro, de partilha, de valorização e de inovação. Estou certo que o SIAMO2015 deixará a sua marca na história de motricidade orofacial e em todos que nele participam, despertando em cada um de nós a vontade de fazer mais e cada vez melhor.

O SIAMO2015 tem como objectivos principais a divulgação da área da motricidade orofacial, promover o intercâmbio e partilha científica multidisciplinar, criar relações de reciprocidade entre profissionais e instituições de diferentes países e promover a actualização científica. No fundo, repensar as práticas atuais em termos clínicos e de investigação e promover a criação de sinergias futuras de trabalho cooperativo e integrado entre diferentes áreas científicas. Nos últimos anos temos registado uma evolução significativa na área da motricidade orofacial em alguns países. Assim, o programa científico do SIAMO2015 aborda temas atuais e emergentes em motricidade orofacial numa perspectiva multidisciplinar. Para além do programa do Simpósio, é possível a realização de cursos pré e pós Simpósio em áreas específicas da motricidade orofacial. O reflexo desta evolução é o número de submissões de trabalhos para a apresentação em formato de póster, o que para um primeiro evento específico na área da motricidade orofacial realizado em Portugal nos deve orgulhar a todos. Há muita dedicação, trabalho e paixão neste SIAMO2015, requisitos essenciais para o sucesso de qualquer evento. A todos os que fazem parte deste SIAMO2015, Comissão Executiva, Comissão Científica, Comissão Organizadora, Oradores, Apoios Institucionais e Estratégicos, Patrocinadores e Participantes, muito obrigado pela confiança e por nos fazerem acreditar desde o primeiro momento. Sem vocês não seria possível! Desejo um excelente Simpósio e que este seja a primeira de muitas edições do SIAMO! Cordialmente,

Ricardo Santos | Presidente do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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COMISSÃO EXECUTIVA

IRENE QUEIROZ MARCHESAN

ara mim, será uma grande alegria poder estar junto a todos vocês, além de uma oportunidade única, de poder ouvir as novidades que cada um de vocês trará de sua localidade. Esse encontro também nos dará a oportunidade de conhecer pessoalmente colegas dos quais já lemos algo, ou ouvimos falar, isso sem falar que estaremos unindo os especialistas da Europa e da América do Sul, todos eles interessados em discutir um único tema - assuntos ligados à Motricidade Orofacial.

No Brasil já fazemos isso há alguns anos na ABRAMO (Associação Brasileira de Motricidade Orofacial) que em 2014 promoveu seu sétimo encontro. Os encontros da ABRAMO proporcionaram a discussão aprofundada de diferentes formas de avaliação e tratamento dentro do Brasil. O SIAMO também nos dará a oportunidade de unirmos forças internacionais em favor da Motricidade Orofacial mundial. São eventos como esse que fazem a ciência avançar e que levam o profissional a refletir modificando o seu fazer. Sejam muito bem-vindos ao SIAMO.

Irene Marchesan | Comissão Executiva do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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COMISSÃO EXECUTIVA DIANA GRANDI

n los últimos años la Motricidad Orofacial (M.O.) ha crecido de manera exponencial en algunos países. Eso ha permitido que se amplíe de manera importante el estudio y la atención del Sistema Estomatognático (S.E.) y sus alteraciones, con la inclusión de nuevas áreas de actuación y la integración del logopeda en equipos multidisciplinarios.

La especialización profesional, el registro objetivo de casos clínicos, el estudio científico interprofesional sobre evaluación, diagnóstico e intervención…, son pilares básicos para conseguir un mayor crecimiento de la M.O. Pero el crecimiento será más fructífero en la medida en que pueda ser compartido. Os damos la bienvenida a este I SIMPOSIO IBEROAMERICANO DE MOTRICIDAD OROFACIAL. ¡Deseamos que sea una ocasión memorable para el intercambio profesional de todos aquellos interesados en el abordaje del S.E., y un punto de encuentro para el inicio de nuevos proyectos compartidos!

Diana Grandi | Comissão Executiva do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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COMISSÃO CIENTÍFICA PATRÍCIA NOGUEIRA

I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial pretende ser um evento científico onde a discussão, o contacto e a partilha de experiências e conhecimentos, entre os participantes, se apresentam como bases fundamentais. Acreditamos que o sucesso já vislumbrado deste evento se deve ao programa diferenciador e estimulante, desenvolvido pela Comissão Executiva, mas também aos trabalhos inovadores e de elevado rigor científico enviados por diversos investigadores. Obrigada por fazer da Ciência e Investigação um ponto alto do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial. Seja bem-vindo e faça deste evento um momento de partilha e fortalecimento de relações profissionais.

Patrícia Nogueira | Comissão Científica do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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COMISSÃO ORGANIZADORA ADRIANO ROCKLAND

a concretização do alinhamento do programa científico, função da Comissão Executiva, quis, a Comissão Organizadora, por um lado cumprir a natureza técnico-científica do Simpósio e por outro enfatizar a diversidade das temáticas a abordar (pediatria e neonatologia; apneia obstrutiva do sono, avaliação e intervenção em motricidade orofacial; ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares).

Assim, ajuizamos que desta forma se divulga não só a multifacetação da Terapia da Fala no meio das diversas equipas de saúde, como também se fomenta a proveitosa e valorativa discussão dos trabalhos apresentados, dada a diversidade de experiências profissionais do domínio dos colegas intervenientes. Esperamos pela vossa presença com o desejo de poder corresponder às expectativas por todos depositadas neste Simpósio. Que se saibam aproveitar as reflexões e caminhos que nos ajudem a superar os desafios do quotidiano das nossas práticas profissionais, agradecemos, desde já, a vossa participação. As minhas sinceras e calorosas Boas Vindas.

Adriano Rockland | Comissão Organizadora do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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2. INTRODUÇÃO

O

I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial (SIAMO2015) decorreu no dia 31 de janeiro de 2015 no Auditório Magno do Instituto Superior de Engenharia do Porto, do Instituto Politécnico do Porto (ISEP-IPP). Nos dias 30 de janeiro e 1 de fevereiro decorreram os Cursos pré e pós Simpósio na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, do Instituto Politécnico do Porto (ESTSP-IPP).

Este Simpósio foi uma iniciativa conjunta do Instituto EPAP (Portugal) e do CEFAC (Brasil) que teve nesta primeira edição o apoio institucional da ESTSP-IPP. O SIAMO2015 contou com o apoio científico da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF), Conselho Geral dos Colégios de Logopedas de Espanha (CGCLE), da Associação Brasileira de Motricidade Orofacial (ABRAMO), da Academy of Applied Myofunctional Sciences (AAMS), e da Comunidade Latino-Americana de Motricidade Orofacial (CMOL). O SIAMO2015 teve como objetivos principais a divulgação da área da motricidade orofacial, promover o intercâmbio e partilha científica multidisciplinar, criar sinergias entre profissionais e instituições de diferentes países e promover a sua actualização científica. Participaram neste Simpósio 450 profissionais de diferentes áreas científicas como a terapia da fala, medicina, medicina dentária, fisioterapia, entre outras, provenientes de quinze países. O SIAMO2015 organizou-se em quatro Painéis principais com os seguintes temas: pediatria e neonatologia; apneia obstrutiva do sono; avaliação e intervenção em motricidade orofacial; ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares. Houve lugar a comunicações orais por oradores nacionais e internacionais convidados e discussão no final.

Foi possível a apresentação de pósteres científicos, que passaram por uma criteriosa revisão por parte da Comissão Científica do SIAMO2015 por blind peer review. Foi atribuído o Prémio de “Melhor Póster do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial” por uma Comissão constituída para o efeito. Para além do Programa Científico inovador e atractivo, houve a preocupação da Comissão Organizadora em criar momentos de partilha e de (re)encontro entre os participantes. Foi realizado um Jantar no Restaurante DeCastro em Vila Nova de Gaia onde estiveram presentes 50 pessoas, tendo sido abrilhantado pela magnífica atuação da TESUNA, Tuna Feminina da ESTSP-IPP, elogiada por todos. No final do SIAMO2015 foi anunciada a sua segunda edição que decorrerá em junho de 2017, em Madrid, e terá como Presidente a Mestre Diana Grandi. Até lá, fica o registo neste livro de Atas deste I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial cujo sucesso se deve a todos quanto dele fizeram parte.

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3. COMISSÃO CIENTÍFICA ADRIANA TESSITORE (BRA)

ANDRÉ ARAÚJO (PRT)

ARMANDO DIAS DA SILVA (PRT)

Fonoaudiologa clinica, especialista em Motricidade orofacial, Doutora em Ciências Médicas, Mestre em Ciências Médicas, Formação no Conceito de Reabilitação Orofacial e Corporal Castillo Morales e Especialista em manipulação Profunda Sensoperceptiva, Membro da diretoria executiva da SBFa (Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia) e Presidente da ABRAMO (Associação Brasileira de Motricidade Orofacial).

Terapeuta da Fala. Mestre em Ciências da Fala e da Audição. Doutorando em Música. Certificação em Voz pelo CEFAC. Docente no curso de Terapia da Fala na ESTSP|IPP. Vice-coordenador do departamento de Voz da SPTF. Responsável pelo Laboratório de Voz da ESTSP.

Licenciado em Medicina Dentária e Pós-graduado em Ortodontia-Fac. Medicina Dentária Universidade do Porto; Mestre em Ortodontia-Universidade do Porto; Especialista em Ortodontia-Ordem dos Médicos Dentistas; Docente convidado-Fac. Medicina Universidade do Porto.

ASSUNÇÃO MATOS (PRT)

CARLA PINTO MOURA (PRT)

DANIELE CUNHA (BRA)

Doutorada em Ciências e Tecnologias da Saúde pela Universidade de Aveiro. Pós Graduada em Intervenção Terapêutica nas Disfagias Orofaríngeas pelo Instituto EPAP. Coordenadora do Departamento Cientifico de Disfagia da SPTF. Terapeuta da Fala no Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina do Porto, Especialista em Otorrinolaringologia e em Genética Médica e Doutorada em Medicina pela Faculdade de Medicina do Porto, onde é docente.

Graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP, Doutora em Nutrição e Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Especialista em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia – UFPE. Professora Adjunto A do Departamento de Fonoaudiologia da UFPE, na área de Motricidade Orofacial e Membro permanente do Colegiado do Programa de Pós Graduação em Saúde da Comunicação Humana – UFPE. Coordenadora do Projeto de Extensão Universitária Atendimento Interdisciplinar em Respiração Oral do Curso de Fonoaudiologia da UFPE, Membro fundadora da ABRAMO - Associação Brasileira de Motricidade Orofacial e Coordenadora do Comitê de Motricidade Orofacial (Infância e Adolescência) da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – SBFa.

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ESTHER BIANCHINI (BRA)

EVA ANTUNES (PRT)

FÁTIMA ANDRADE (PRT)

Doutora em Ciências - Fisiopatologia Experimental pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Mestre em Distúrbios da Comunicação pela PUC-SP; Especialista em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia; Diretora da Clínica EBianchini Fonoaudioliga Ltda - São Paulo; Presidente do Departamento de Fonoaudiologia da Associação Brasileira do Sono (ABS).

Terapeuta da fala, Pós-graduada em Saúde Pública, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e doutoranda em Perturbações da Linguagem, na Universidade Fernando Pessoa. Docente na Universidade Fernando Pessoa, na licenciatura em Terapêutica da Fala, e nos mestrados em Terapia da Fala e em Educação Especial. Supervisora clínica, na Universidade Fernando Pessoa e no Instituto de Psicologia e Neuropsicologia do Porto. Formadora certificada em SCA® (Supported Conversation for Adults with Aphasia), pelo Aphasia Institute, Toronto, Canadá.

Licenciada em Terapia da Fala, Mestre em Ativação do Desenvolvimento Psicológico e doutora em Ciências e Tecnologias da Saúde (Universidade de Aveiro). Coordena o Departamento de Motricidade Orofacial, da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala. É formadora certificada de professores nas áreas de educação especial e educação para a saúde. Tem exercido funções, como docente convidada, na Universidade de Aveiro, designadamente no curso de Terapia da Fala e no Mestrado em Educação Especial.

FÁTIMA MAIA (PRT)

HELENA VILARINHO (PRT)

HILTON JUSTINO (BRA)

Terapeuta da Fala; Pós-graduada em Neuropsicologia Clínica, em Educação Especial (IP) e em TND (Bobath); Doutorada em Estudos da Criança (Educação Especial); Professora Auxiliar da FCS/ESS-UFP, com funções de coordenação no 1º e 2º Ciclos de estudos em Terapêutica da Fala; Terapeuta da Fala na APCB; Coordenadora do Departamento de Linguagem da SPTF; Membro do Conselho Científico da Revista Portuguesa de Terapia da Fala (APTF).

Terapeuta da Fala, Especialista em Terapia da Fala pela UA, Mestre em Ciências da Fala e Audição pela UA, Doutoranda do Programa Doutoral em Ciências e Tecnologias da Saúde da UA, Membro do Departamento de Voz da SPTF, Membro da Consulta de Fendas Labiopalatinas do CHSJoão e do Hospital dos Lusíadas - Porto.

Fonoaudiólogo pela Unicap, Especialista em Motricidade Orofacial pelo CEFAC/ CFFa, Mestre em Morfologia/Anatomia pela UFPE e Doutor em Nutrição pela UFPE.

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Docente do Departamento de Fonoaudiologia da UFPE e docente convidado do EPAP - CEFAC – ESSA.

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ISABEL MONTEIRO DA COSTA (PRT)

JANIENY VIEIRA (BRA)

MARIA JOÃO AZEVEDO (PRT)

Licenciatura em Terapia da Fala pela Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto; Mestre em Psicologia do Desenvolvimento - Multideficiência pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto – FPCEUP; Doutoranda do Programa Doutoral em Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade de Aveiro; Cerificação Internacional pelo The Hanen Centerpara o Hanen Parent Program; Cerficação Internacional pela We Listen International para ao programa Auditory Verbal Practice; Docente e Diretora de Curso de Terapia da Fala da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro de 2005-2013; Responsável pela Delegação Norte da APTF entre 2000-2003.

Mestre em Ciências da Saúde. Especialista pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia em Motricidade Orofacial. Coordenadora da Pós-graduação de Motricidade Orofacial pelo IEPAP Brasil e Universidade São Caetano do Sul. Coordenadora Científica Internacional do IEPAP Portugal.

Licenciada em Terapêutica da Fala, Mestre em Cuidados Paliativos, com pós-graduações na área de Voz, motricidade orofacial e disfagias orofaríngeas. Terapeuta da Fala na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso e nos Hospitais Privados de Alfena e de Gaia do Grupo Trofa Saúde.

MARIA JOÃO CUNHA (PRT)

MARIA MANUEL BRITO (PRT)

MIREIA TORRALBA ROSELLÓ (ESP)

Terapeuta da Fala desde 1984, com Mestrado em Psicologia e Ciências da Educação - Área da Multideficiência. Coordenadora de Área e do Curso de Terapia da Fala na ESTSP desde 2000. Foi Diretora e Presidente do Conselho Técnico Cientifico da ESTSP. Participou em programas relacionados com intervenção Precoce e de Apoio à Escola Inclusiva.

Licenciada em Medicina Dentária pela FMDUP. Pós graduada em Ortodontia pela FMDUP. Especialista em Ortodontia pela OMD. Membro da Coordenação e Docente do 1º Curso de Especialização em Ortodontia do ISCSN – Gandra e do curso de Pós graduação em Ortodontia no ISCSN- Gandra.

Doctora en Didáctica de la lengua y la Literatura. Licenciada en Filologia Hispánica (UB). Diploma de Postgrado de Especialista en Perturbaciones del lenguaje y de la audición (UAB). Máster Oficial en Investigación en didáctica de la lengua y la literatura (UAB). Miembro de Greal-Plural grupo investigación enseñanza y aprendizaje de lenguas y plurilingüismo y aprendizaje de lenguas (UAB-UB).Responsable de los Estudios de Grado de Logopedia de la UManresa (UVic-Universidad de la Cataluña central). Co-coordinadora del Máster en Motricitat Orofacial UManresa – Instituto EPAP.

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MÓNICA BARTUILLI (ESP)

PATRÍCIA NOGUEIRA (PRT)

Diplomada en Logopedia (UCM). Licenciada en Psicología (UCM). Máster en Asesoramiento, Evaluación e Intervención Psicoeducativa (UIMP). Experta en Terapia Orofacial y Miofuncional (UPSA). Profesora asociada de Psicología y Logopedia en la UCM. Investigadora del Departamento de Psicología Básica II (Procesos Cognitivos) (UCM). Coordinadora del servicio de Logopedia y Atención temprana en el Centro neurológico infantil A.Barrio; Psicóloga y logopeda en centro médico Arenal y colaboradora en el centro de neurodesarrollo pediátrico NeuroPed.

Terapeuta da Fala. Mestre em Ciências da Fala. Doutora em Educação-Ramo Saúde. Especialista em Terapia e Reabilitação. Diretora do curso de Terapia da Fala na Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve (ESSUAlg). Presidente da Delegação Sul da Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala e Vice-Presidente Científica da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala. Responsável pelo Laboratório de Audição e Terapia da Fala da ESSUAlg.

PAULA CRISTINA FARIA (PRT)

TERESA PINHO (PRT)

Especialista em Terapia da Fala pela ESTSP; Pós-graduada em Saúde Pública pela Universidade do Porto e em Neurodesenvolvimento Bobath pelo EBTA. Formação avançada em Linguagem e as suas Perturbações. Membro da Comissão de Investigação e Desenvolvimento da SPTF. Responsável pela organização/gestão da Educação Clínica da ESTSP.

Doutorada em Ortodontia e Odontopediatria pela FMDUP. Certificado de excelência na prática clínica ortodôntica pelo Board Francês de Ortodontia em 2009. Professora Auxiliar de Ortodontia e Odontopediatria, ISCS-N. Professora com regência no Mestrado em Ortodontia no ISCS-N. Membro do Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde (IINFACTS)/CESPU e da UnIGENe / IBMC. Revisora em 10 revistas científicas internacionais. Mais de 60 artigos publicados em revistas internacionais e nacionais. várias conferências e posters em eventos nacionais e internacionais. Membro titular do Colégio Europeu de Ortodontia (CEO) e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial (SPODF).

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ISBN: 978-989-99356-0-0


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4. PROGRAMA SIAMO’2015 CERIMÓNIA DE ABERTURA 09h

COMISSÃO EXECUTIVA

IRENE QUEIROZ MARCHESAN (BRA) RICARDO SANTOS (PRT) DIANA GRANDI (ESP)

MESA 1 NEONATOLOGIA & PEDIATRIA MODERADORA IRENE QUEIROZ MARCHESAN (BRA)

09H30

I NTERVEN ÇÃO DA TERA PIA DA FA LA EM NEONAT OLOG IA ANA MARQUES (PRT)

09H50

AVALIAÇÃO DO FREIO LINGUAL: UM TRABALHO EM EQUIPA YVETTE VENTOSA (ESP)

10H10

D I FICU LDAD E S D E AL I M EN TAÇÃO DE BAS E S ENS ORIA L NA 1 ª INFÂ NC IA : AVA LIA R PA RA INT E RV I R TÂNIA DIAS (PRT)

10H30

DISCUSSÃO EM MESA REDONDA

-

C O F F E E

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B R E A K

-

ISBN: 978-989-99356-0-0


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MESA 2 APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO MODERADORES

MARTA GONÇALVES (PRT) e RICARDO SANTOS (PRT) 11H30

FI SIOPAT OLOG IA DA A OS ANA ANTUNES OLIVEIRA (PRT)

11H50

CONS ULTA DE M EDI C INA DENTÁ RIA NO T RATA M ENT O DA A OS LUÍS BESSA (PRT)

12H10

I N TERVEN ÇÃO M I OFUN C IONA L OROFA C IA L NA A OS E RONC OPAT IA VANESSA IETO (BRA)

12H30

DISCUSSÃO EM MESA REDONDA -

A L M O Ç O

-

MESA 3 AVALIAÇÃO & INTERVENÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL MODERADORA

DIANA GRANDI (ESP)

14H30

AMIOF E: V ERSÃ O DIG ITA L CLÁUDIA FERREIRA (BRA) 14H50

AVAL I AÇÃO DA M AS TI GAÇÃ O F UNDA M ENTA DA POR REG IS T OS DE V IDEO SÍLVA HITOS (BRA)

15H10

PA OF/ F DA -2

ISABEL GUIMARÃES (PRT)

15H30

DISCUSSÃO EM MESA REDONDA 25


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- COFFEE BREAK -

MESA 4 ORTODONTIA & ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES MODERADORA

TERESA PINHO (PRT)

16H30

ORTODON TI A E FUN ÇÕES DO S IS T EM A ES T OM AT OG NÁT IC O JOSEP USTRELL (ESP)

16H50

T R ATA MENT O DAS M ÁS -OCLUS ÕES NA PERS PEC T IVA DA ORT OPEDIA F UNC IONA L DOS M A X IL A R E S CRISTINA PÓVOAS (PRT) e CARINA ESPERANCINHA (PRT) 17H10

AVAL I AÇÃO I NS TR UMENTA L NA C LÍNIC A ORT ODÔNT IC A HILTON JUSTINO (BRA)

17H30

DISCUSSÃO EM MESA REDONDA

PALESTRA DE ENCERRAMENTO ORADORES CONVIDADOS

MARC RICHARD MOELLER (EUA) e MARIA PIA VILLA (ITA)

GL OBAL CAS E S TUDI ES F OR EM ERG ING S TA NDA RDS OF C A RE I N M EDI CI NE W I TH M YOF UNC T IONA L T H ERA PY ( 50 m in)

ENCERRAMENTO PELA COMISSÃO EXECUTIVA RICARDO SANTOS (PRT), IRENE MARCHESAN (BRA) e DIANA GRANDI (ESP)

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ISBN: 978-989-99356-0-0


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5. ORADORES E MODERADORES MESA 1 NEONATOLOGIA & PEDIATRIA

MODERADORA

IRENE QUEIROZ MARCHESAN (BRA) Fonoaudióloga. Mestre em Distúrbios da Comunicação. Doutora em Educação. Diretora do CEFAC Presidente em exercício da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (gestão 2014-2016)

ORADORAS

ANA MARQUES (PRT)

YVETTE VENTOSA (ESP)

TÂNIA DIAS (PRT)

Mestre em Terapia da Fala, Doutoranda em Ciências da Cognição e da Linguagem e Pós-graduada em Neurodesenvolvimento em Pediatria pela UCP. Com formação avançada em Neonatologia para Terapeutas. Vice-coordenadora do Departamento de MOF da SPTF. TF responsável pelo protocolo de intervenção na UCIN do Hospital Central do Funchal. Atividade de docência nos mestrados e pós-graduações em terapia da fala nas áreas de motricidade orofacial e reabilitação neurológica.

Mestre em Terapia da Fala, Doutoranda em Ciências da Cognição e da Linguagem e Pós-graduada em Neurodesenvolvimento em Pediatria pela UCP. Com formação avançada em Neonatologia para Terapeutas. Vice-coordenadora do Departamento de MOF da SPTF. TF responsável pelo protocolo de intervenção na UCIN do Hospital Central do Funchal. Atividade de docência nos mestrados e pós-graduações em terapia da fala nas áreas de motricidade orofacial e reabilitação neurológica.

Terapeuta da Fala. Doutoranda em Psicologia. Mestre em Educação Especial: Domínio Cognitivo e Motor. Formadora em Disfagia Infantil, Aleitamento Materno, Motricidade Orofacial e Linguagem na Criança. Terapeuta da Fala nos Serviço de Pediatria: Centro de Desenvolvimento da Criança e UCERN e responsável da área de Terapia da Fala, na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE. Docente do Mestrado em Terapia da Fala: área de especialização em Motricidade Orofacial e Deglutição da Escola Superior de Saúde do Alcoitão/Instituto E.PAP Portugal. Docente do Màster en Motricidad Orofacial, programa de curso da FUB Fundació Universitària del Bages e Instituto E.PAP – Acreditación por la UVic-Universitat de la Catalunya Central (Espanha). Membro do Departamento de de Disfagia da SPTF Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala.

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MESA 2 APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO MODERADORES

MARTA GONÇALVES (PRT)

RICARDO SANTOS (PRT)

Mestre em Psiquiatria e Saúde Mental. Doutoranda em Saúde Pública na FMUP. Titulo Europeu de Somnologista. Coordenadora do Centro de Medicina de Sono do Hospital Cuf Porto. Presidente da Associação Portuguesa de Sono. Membro da Direção da European Sleep Research Society. Membro da Comissão organizadora de vários congressos nacionais e internacionais. Várias publicações internacionais na área do sono.

Terapeuta da Fala. Mestre em Ciências da Fala e da Audição e Especialista em Terapia e Reabilitação. Doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde – ramo Decisão Clínica. Professor Convidado da Licenciatura em Terapia da Fala da ESTSP-IPP e do Mestrado em Terapia da Fala: área de especialização Motricidade Orofacial e Deglutição (ESSA e Instituto EPAP). Presidente da Direção da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala. Membro do Executive Board da Academy of Applied Myofunctional Sciences (AAMS). Membro Internacional do Comité Científico de Fonoaudiologia da Associação Brasileira do Sono. Publicações científicas e apresentações orais na área da Motricidade Orofacial em eventos nacionais e internacionais. Três Prémios de Mérito Científico na área da Motricidade Orofacial.

ORADORES

ANA ANTUNES OLIVEIRA (PRT)

LUÍS BESSA (PRT)

Ana Antunes Oliveira nasceu em Santa Comba Dão em 1980. Licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 2004, tendo completado a Especialidade Médica de Pneumologia em 2011. Desde 2011 que pertence ao corpo clínico do Laboratório do Sono do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e desde 2013 que exerce funções no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Porto. Durante a sua atividade profissional realizou vários cursos pós-graduados em Medicina do Sono, tendo sido palestrante sobre o tema em congressos nacionais e autora de artigos em revista indexadas e com fator de impacto.

Licenciado em Medicina Dentária pelo ISCS-N. Especialista em Cirurgia Oral e Maxilo-Facial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-Graduado em Cirurgia Ortognática pela ABCCMF. Diretor Clinico do Instituto de Reabilitação Orofacial do Norte.

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VANESSA IETO (BRA) Especialista em Motricidade Orofacial. Mestre em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).


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MESA 3 AVALIAÇÃO & INTERVENÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL

MODERADORA

DIANA GRANDI (ESP) Mestre em Bioética e Direito: Problemas de Saúde y Biotecnologia. Licenciada em Terapia da Fala. Professora de Educação Geral e Básica, especialidade Educação Especial. Terapeuta da fala especializada em Terapia Miofuncional com prática em consulta privada e na Clínica Marcó de Ortodontia Lingual (Barcelona). Coordenadora técnica do Máster de Motricidad Orofacial (FUBManresa. Universidad de Vic, Universidad Central de Catalunya / Instituto EPAP España) e de Cursos de especialização em MOF (COLOAN, Andalucía / ILD, Madrid). Vice Presidente do Col•legi de Logopedes de Catalunya.

ORADORAS

CLÁUDIA FERREIRA (BRA)

SÍLVIA HITOS (BRA)

ISABEL GUIMARÃES (PRT)

Fonoaudióloga (graduada em 2003). Ph.D. pelo Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (2012). Atualmente pós doutoranda do Departamento de Ciências Biomédicas para a Saúde, da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Università Degli Studi di Milano. Autora de artigos nacionais e internacionais sobre avaliação miofuncional orofacial e desordens temporomandibulares.

Fonoaudióloga há 25 anos formada pela UNIFESP;

Doutoramento em Fonética experimental, University College London, Out 1998 a Abril de 2002. Diploma de Estudos Superiores Especializados (DESE) em Administração e Ensino na Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA) - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Out 1990-Julho 1991. Bacharel em Terapia da Fala pela ESSA-SCML, 1982-1985. Professora coordenadora na ESSA-SCML desde Out 1988; Co-organizadora e Coordenadora do Mestrado em Terapia da Fala, especialização em Motricidade Orofacial e Deglutição desde 2012, ESSA em parceria com o Instituto E.PAP. Vice-Presidente do Conselho Técnico Cientifico da ESSA desde 2010. Fundadora e Responsável do Laboratório de Fala na ESSA, 2000. Investigadora responsável pela área da motricidade orofacial, deglutição e fala no projecto FraLuso-Park-Dysarthria in Parkinson Disease coordenado por Serge Pinto (Laboratoire Parole et Langage, Université Aix-Marselle/CNRS) e Joaquim Ferreira (Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina de Lisboa).

Mestre e Doutora em Ciências pelo Departamento de Pediatria da UNIFESP; Docente no curso de Graduação em Fonoaudiologia na Faculdade Metropolitanas Integradas – FMU; Docente em cursos EAD especialização em Ortodontia;

e

Coordenadora do Software Motrisis.

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em

ISBN: 978-989-99356-0-0


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MESA 4 ORTODONTIA & ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES

MODERADORA

TERESA PINHO (PRT) Doutorada em Ortodontia e Odontopediatria. Certificado de excelência na prática clínica ortodôntica pelo Board Francês de Ortodontia. Coordenadora da área de investigação de Morfogénese Craniodentofacial, no Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde (IINFACTS)/CESPU. É membro titular do Colégio Europeu de Ortodontia (CEO) e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial(SPODF). Tem mais de 60 artigos publicados em revistas internacionais e nacionais. Revisora em 12 revistas científicas internacionais. Investigadora da FCT integrada no grupo da UnIGENe / IBMC. Pertence, por convite, ao editorial da revista The South European Journal of Orthodontics and Dentofacial Research (SEJODR). 1º curso de pós-graduação na especialização em Ortodontia, ISCS-N/CESPU.

ORADORES

HILTON JUSTINO DA SILVA (BRA)

JOSEP USTRELL (ESP)

Fonoaudiólogo pela UNICAP. Especialista em Motricidade Orofacial CEFAC/CFFa; Mestre em Morfologia/Anatomia e Doutor em Nurtrição pela UFPE; Docente do Departamento de Fonoaudiologia pela UFPE;

Licenciado (1977). Doutor (1985) em Medicina e Cirurgia. Especialista (1982) em Estomatologia, pela Universitat de Barcelona. Subespecialista (2011) em Ortodontia pela Ordem dos Médicos de Portugal. Professor titular (1992) de Ortodontia, com docência na Faculdade de Odontologia, codiretor do Mestrado de Ortodontia, Diretor (2014) do Departamento de Odontoestomatologia, Diretor Facultativo (2014) do Hospital Odontológico e presidente (2012) do Club de Portugal dos Alumni UB.Membro do Comité Técnico (2007) do “Mestrado de Ortodontia e Cirurgia Ortognática” (FMUP. Fundador e vice-presidente (2000) da Sociedad Española de Odontologia Infantil Integrada. Membro das sociedades profissionais (Ortodontia): SEDO, SPODF, SPO, EOS, AAO, WFO. Autor de 6 livros, 93 artigos e orientador de 26 teses de doutoramento. Prémios de mérito científico na área da Ortodontia.

Coordenador do curso do Programa de pós-graduação em Saúde da Comunicação Humana da UFPE; Docente dos cursos de Mestrado em Terapia da Fala e Especialização em Motricidade Orofacial Instituto EPAP/ CEFAC - Saúde e Educação.

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CARINA ESPERANCINHA (PRT)

CRISTINA PÓVOAS (PRT)

Médica Dentista pelo Instituto Superior de Ciências da SaúdeSul; Certificado de Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Pesquisadora do CEPECRAF – OFM – Centro de Ensino e Pesquisa do Crescimento Cranio-facial e Ortopedia Funcional dos Maxilares Mutidisciplinar – Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Pós-graduada em Reabilitação Neuro-oclusal – Planas – Centro de Estudos De Reabilitação Neuro-Oclusal – Barcelona; Membro ativo da IFUNA – International Functional Association; Membro ativo da Academia Brasileira de Fisiopatologia Cranio-oro-cervical; Apresentação de posters e comunicações em congressos nacionais e internacionais.

Médica Dentista pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde- Sul; Certificado de Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Pesquisadora do CEPECRAF – OFM – Centro de Ensino e Pesquisa do Crescimento Cranio-facial e Ortopedia Funcional dos Maxilares Mutidisciplinar – Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Membro ativo da IFUNA – International Functional Association; Membro ativo da Academia Brasileira de Fisiopatologia Cranio-oro-cervical; Apresentação de posters e comunicações em congressos nacionais e internacionais.

PALESTRA DE ENCERRAMENTO GLOBAL CASE STUDIES FOR EMERGING STANDARDS OF CARE IN MEDICINE WITH MYOFUNCTIONAL THERAPY ORADORES CONVIDADOS

MARC RICHARD MOELLER (EUA)

MARIA PIA VILLA (ITA)

Managing Director of the Academy of Orofacial Myofunctional Therapy (AOMT), and Executive Director and Founding Board Chair of the Academy of Applied Myofunctional Sciences, comes to the field of Orofacial Myofunctional Therapy (OMT)with extensive experience as a senior executive in finance, building and bridging strategies across multinational financial conglomerates, specializing in joint-venture integration. He is fortunate to apply this experience as a public health advocate, building bridges in the interdisciplinary profession of OMT facilitating research and developing curricula. He is a graduate of University of California, San Diego and is based in Los Angeles.

University of Bologna , Italy. Magna cum Laude. Certification of Advanced School of Integrated Education, Pediatrics. University of Bologna, Italy. Certification of Advanced School of Integrated Education, Pneumology, Respiratory medicine University of Bologna, Italy. Professor of Paediatrics on Second Faculty of Medicine of the University of Rome ‘La Sapienza’. Participat- ed as a speaker at several national and international conferences. Research about sleep disordered breathing in children, pediatric pulmonology and allergy, pediatric neurology. She has produced numerous scientific papers on prestigious international journals.From 1998 to 2003 coordinate Group Study on breathing disorders during sleep in children under the SIMRI. Since 2006 Director of the residential course of the Sleep Medicine pediatric in collaboration with the Italian Association of Sleep Medicine.

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6. DISCURSO DE ABERTURA SIAMO’2015

É com muita emoção e com uma enorme satisfação que vos digo, Sejam muito bem-vindos ao I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial (SIAMO2015). Em primeiro lugar quero agradecer a presença e saudar os ilustres convidados aqui presentes: \ \ \ \

Prof.ª Doutora Regina Silva (Vice-Presidente da ESTSP-IPP para as Relações Externas e Internacionais e Investigação); Prof. Doutor Rui Pinto (Presidente da Sociedade Portuguesa de Ortodontia); Prof.ª Doutora Maria João Ponces (Presidente Associação Portuguesa de Ortodontistas); Dra. Ana Tavares (Presidente da APTF)

Agradecer também as amáveis palavras dirigidas à Comissão Executiva e Organizadora por alguns convidados que não puderam estar presentes, \ \ \

Mestre Américo Ferraz (Presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial); Prof. Doutor Pedro Mesquita (Presidente da Direção da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária); Prof.ª Doutora Teresa Bandeira (Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria)

Muito obrigado 35


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Cumprimentar igualmente os restantes convidados que muito nos honram com a sua presença. Caras colegas da Comissão Executiva (Doutora Irene Marchesan, Mestre Diana Grandi) Caros Membros da Comissão Cientifica Caros colegas da Comissão Organizadora Caros Oradores Caros Participantes no SIAMO2015 Mais do que um evento científico, este Simpósio é uma manifestação de vontade. Vontade que a Motricidade Orofacial continue a evoluir com a importância e complexidade que lhe é inerente. Como disse Fernando Pessoa, ‘o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem’. Nesse sentido houve um enorme esforço para que este Simpósio seja de tal maneira ‘intenso’ que provoque em todos nós a vontade de querer mais, de mudar, partilhar mais, discutir mais, investigar mais… Evoluir. Para que este evento fosse possível fazem parte muitas pessoas. Cada um de nós, de vocês, teve e continuará a ter um importante contributo nesta história: a história da motricidade orofacial. Compete a cada um querer mais, ousar mais e ver para além do natural caminho do decorrer das coisas. Inovar, empreender e comunicar. Esta é a palavra e o objetivo principal deste Simpósio: comunicar. É fundamental promover o intercâmbio e partilha científica multidisciplinar, criar sinergias entre profissionais e instituições de diferentes países e promover a actualização científica dos profissionais. Não basta estarmos juntos, não basta querermos, temos e devemos fazê-lo em prol da área e sobretudo da qualidade dos serviços que prestamos. O caminho da interdisciplinaridade nesta área não é uma opção. É uma necessidade e verdadeiramente imperativo. É fundamental uma partilha de necessidades e conhecimentos, a criação de oportunidades e formas de comunicação mais funcionais e eficazes. É primordial criar momentos de discussão conjunta, participada e integrada. É para mim um orgulho enorme presidir este primeiro Simpósio, aproveitando para agradecer todo o apoio a todos que o tornaram numa realidade: Aos Parceiros do SIAMO2015, Instituto EPAP, CEFAC e à ESTSP-IPP por todo o apoio e pela cedência do seu espaço para a realização dos Cursos deste Simpósio. Aos Apoios Científicos: Academy of Applied Myofunctional Sciences (AAMS), à Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), à Associação Brasileira de Motricidade Orofacial (ABRAMO), à Comunidade Latinoamericana de Motricidade Orofacial (CMOL), à Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF) e ao Conselho Geral dos Colégios de Logopedas de Espanha (CGCLE). À Comissão Científica pela dedicação no rigoroso trabalho na avaliação científica dos trabalhos submetidos. Não poderíamos estar mais satisfeitos pela quantidade e sobretudo pela qualidade dos trabalhos apresentados neste Simpósio.

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A todos os patrocinadores do SIAMO2015 pelo imprescindível contributo à realização deste evento. Não menos importante, um agradecimento pessoal à minha família, por todas as possibilidades que me proporcionaram e proporcionam, e em especial ao meu filho Francisco, que todos os dias faz questão de me mostrar o que é realmente importante na vida. Aos meus amigos, pelo apoio e por estarem sempre presentes sobretudo nos momentos mais difíceis. A todos vocês que aqui estão hoje, obrigado pela vossa presença. É uma enorme satisfação ver este auditório lotado com participantes de 15 nacionalidades. Sem vocês nada disto seria possível! Citando novamente Fernando Pessoa “não sou da altura que me vêem, mas sim da altura que os meus olhos podem ver”. Chegarmos até aqui não foi fácil, daqui para a frente será o que cada um de nós, cada um de vocês quiser. Vamos fazer deste evento um marco em cada um de nós. Um excelente Simpósio a todos! Muito obrigado.

Ricardo Santos | Presidente do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial

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7. COMUNICAÇÕES

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7.1. Intervenção da Terapia da Fala em Neonatologia Ana Marques (PRT)

A

intervenção do terapeuta da fala nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos (UCINP) é já uma realidade do nosso quotidiano. Integrando uma equipa interdisciplinar, o terapeuta da fala assume um papel de relevo nos cuidados prestados ao recém-nascido.

No campo da sua atuação e tendo em conta que o processo de alimentação envolve muito mais que o simples mecanismo oromotor, o terapeuta da fala quando se desloca à UCINP não está somente a intervir ao nível da motricidade orofacial, mas também está a facilitar o desenvolvimento relacionado com as áreas do comportamento, tais como: o estado de consciência, a cognição, o desenvolvimento motor, neurológico, assim como a maturação fisiológica e a interação mãe-filho, com o objetivo de prevenir, detectar e minimizar as alterações do desenvolvimento neurosensorio e psicomotor, promovendo a alta hospitalar mais cedo do recém-nascido de risco.

O terapeuta da fala é o profissional responsável pela: -

Avaliação da motricidade orofacial (MOF) e da função alimentar nos recém-nacsidos de risco; Observação da interação pais – bebé; Elaboração de um plano de intervenção tendo em ocnta as características individuais do recém-nascido de risco, segundo o método de Bobath;

-

Aplicação de técnicas especificas e facilitadoras do desenvolvimento neurosensoriomotor normal, tais como: -

A estimulação Sensório motora oral; Estimulação táctil e gustativa; Treino da sucção não nutritiva (SNN); Treino da SNN associada a alimentação pela sonda; Treino da sucção nutritiva (SN); Estratégias no manuseio do bebé; Adequação de posturas facilitadoras para a alimentação; Adequação de material para facilitar a amamentação; Estratégias para o desmame da sonda; Orientações aos pais e partilha de informações com a equipe; no sentido da continuidade da intervenção durante a hora da alimentação.

Por tal, torna-se fundamental para a sua prática, que o terapeuta da fala que atue junto desta população, tenha conhecimentos específicos e realize a sua intervenção com suporte na prática baseada na evidência na área da neonatologia, do desenvolvimento neurosensoriomotor e cognitivo do bebé, bem como, das capacidades miofuncionais orais para a função alimentar.

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7.2. AVALIAÇÃO DO FREIO LINGUAL: UM TRABALHO EM EQUIPA Yvette Ventosa (ESP)

L

a alteración del frenillo lingual es una anomalía del desarrollo conocida popularmente como “anquiloglosia” que suscita el interés de distintos colectivos profesionales tales como ORLs, pediatras, asesores de lactancia, logopedas, odontólogos, cirujanos maxilofaciales, etc., ya que puede conllevar variadas disfunciones más allá del amamantamiento y el habla.

La controversia existente entre los diferentes profesionales sanitarios entorno a la definición, clasificación, indicación terapéutica, etc. del frenillo lingual alterado es una realidad bien conocida por todos nosotros. Por este motivo es de especial importancia que los distintos especialistas implicados podamos utilizar herramientas de evaluación comunes - como el Protocolo de Exploración Dinámica Interdisciplinar del Frenillo Lingual, PEDIFL - con el objetivo de unificar criterios, tanto de valoración como de intervención, que nos permitan mejorar la calidad asistencial de nuestros pacientes y contribuyan al avance de la disciplina.

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7.3. DIFICULDADES DE ALIMENTAÇÃO DE BASE SENSORIAL NA 1ª INFÂNCIA: AVALIAR PARA INTERVIR Tânia Dias (PRT)

C

omer é um acto integrante do nosso quotidiano que envolve um vasto número de actividades reflexas e voluntárias de nervos e músculos, inseridos nos sete complexos sistemas sensoriais (visual, auditivo, olfactivo, gustativo, táctil, vestibular, proprioceptivo) dos quais depende toda a nossa interacção com o meio envolvente. Podemos considerar que há uma série de factores que influenciam a prática alimentar dos bebés e das crianças, nomeadamente, as preferências pessoais, as relações parentais, os hábitos familiares, os contextos económicos e culturais, o estado de saúde, as fases da vida, entre outras; mas na presente comunicação focar-nos-emos sobre os aspectos sensório-motores envolvidos na alimentação que possuem um papel determinante no (in)sucesso do acto alimentar. A incapacidade do cérebro para processar os sentidos de forma correcta surge assim como uma das principais causas de um número significativo de dificuldades alimentares. A hora da refeição torna-se geralmente, num momento de grande ansiedade e conflito, as queixas dos pais são cada vez mais frequentes e surgem facilmente os rótulos de “piscos”, “preguiçosos para mastigar” e “horríveis, pestinhas e esquisitos para comer”, que podem ser na realidade, a manifestação de uma Disfunção do Processamento Sensorial ou a Disfunção da Integração Sensorial sub-diagnosticada e, consequentemente, mal intervencionada. Neste contexto, torna-se fundamental que o terapeuta da fala, integrado numa equipa multidisciplinar, adquira conhecimentos para avaliar, diagnosticar e intervir no bebé e na criança com dificuldades alimentares de base etiológica sensorial. Na presente comunicação dar-se-á a conhecer o trabalho de equipa do terapeuta da fala e do terapeuta ocupacional realizado com bebés e crianças com dificuldades alimentares de base sensorial, acompanhadas no Serviço de Pediatria na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. 43


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7.4. FISIOPATOLOGIA DA AOS Ana Antunes Oliveira (PRT)

A

apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma entidade nosológica bastante prevalente (4% dos indivíduos do sexo masculino e 2% dos indivíduos do sexo feminino) caraterizada por episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior durante o sono, dos quais resultam dessaturações frequentes da oxihemoglobina e múltiplos despertares. As implicações clínicas desta entidade atingem vários órgãos e sistemas e incluem sonolência diurna excessiva, disfunção cognitiva, disfunção metabólica e doença cardio e cerebrovascular. Identificados como fatores de risco, encontramos o sexo masculino, a idade e o excesso ponderal, entre outros.

Pensa-se que na base da AOS esteja um desequilíbrio entre as cargas mecânicas exercidas a nível da faringe e as respostas neuromusculares responsáveis pela sua patência durante o sono. A presença de tecidos moles e estruturas ósseas em volta da faringe predispõe ao colapso da faringe, enquanto a ação dos músculos dilatadores da faringe mantêm a patência através de vias reflexa com origem no sistema nervoso central. Quando a pressão das estruturas adjacentes atinge o mesmo valor absoluto que a pressão intraluminal, a pressão transmural resultante é zero e ocorre o colapso. O colapso pode ocorrer a diferentes níveis da via aérea superior num mesmo individuo dependendo de condicionantes físicas, tais como, postura durante o sono, variação de peso, consumos farmacológicos. O colapso da faringe leva a uma obstrução da via aérea com interrupção da ventilação. Essa interrupção, frequentemente, leva a uma dessaturação da oxihemoglobina com ativação do sistema nervoso simpático com aumento do tónus vascular e frequência cardíaca predispondo para o desenvolvimento de arritmias e hipertensão arterial, com as consequências cardiovasculares sobejamente conhecidas. Por outro lado, essa obstrução pode provocar múltiplos despertares com fragmentação do sono e alteração da ciclicidade levando a sono não reparador, sonolência diurna excessiva e disfunção cognitiva. 44

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7.5. CONSULTA DE MEDICINA DENTÁRIA NO TRATAMENTO DA AOS Luís Bessa (PRT)

A

apneia obstrutiva do sono (AOS) é hoje em dia um problema de saúde publica, que estima-se afetar 2% das mulheres e 4% dos homens de meia idade. Esta patologia, para além dos Problemas sociais e psicológicos bem conhecidos, acarreta uma quantidade de complicações médicas incluindo alterações cardíacas, hipoxemia e hipertensão arterial sistémica. Na maioria dos pacientes, o primeiro sintoma clínico observado é a roncopatia, associado a períodos de apneia de dez segundos ou mais.

Na sua prática clinica diária, o Medico Dentista, é cada vez mais solicitado pelos pacientes, sobre a relação do seu aparelho estomatognático e as alterações do sono. O Médico-Dentista com formação específica deve ser capaz enquantoprofissional da saúde de integrar uma equipe interdisciplinar de tratamento de alterações do sono, percebendo a doença na sua amplitude desde a sua fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Recentes estudos epidemiológicos revelaram que o tratamento da AOS através de dispositivos intraorais de avanço mandibular é bastante efetivo e por isso a sua utilização foi popularizada. Contudo este tipo de dispositivo tem restritas indicações dentro do protocolo de tratamento da AOS . Na literatura encontramos descritos mais de cinquenta exemplares de modelos de dispositivos. As suas características têm relação causal com as alterações deletérias que estes efectuam na cavidade oral, por isso o acompanhamento na consulta de medicina dentária torna-se indispensável. Nesta apresentação será apresentada uma proposta de atuação interdisciplinar com a Medicina Dentária e a importância deste modelo de atuação na AOS.

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7.6. INTERVENÇÃO MIOFUNCIONAL OROFACIAL NA AOS E ONCOPATIA Vanessa Ieto (BRA)

A

apneia obstrutiva do sono (AOS) pode ser definida como episódios de obstrução total ou parcial da via aérea superior durante o sono. A AOS é um grave problema de saúde pública, dada sua alta prevalência. Nos casos de ronco primário, AOS leve e moderada não existe um tratamento padrão. Recentemente, foi demonstrado que a Terapia Miofuncional Orofacial foi capaz de melhorar em 40% a gravidade da AOS moderada. No entanto, o tratamento ainda não havia sido testado em formas mais leves de obstrução de via aérea superior e no ronco, um dos sintomas mais prevalentes da doença. Após um estudo randomizado e controlado, foi possível demonstrar que, além de diminuir a gravidade da AOS, a terapia miofuncional orofacial foi efetiva em reduzir a intensidade e a frequência do ronco, mensurado objetivamente.

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7.7. AMIOFE: VERSÃO DIGITAL Cláudia Ferreira (BRA)

O

Comitê de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia estabeleceu, no ano de 2002, que uma das metas na área seria “desenvolver protocolos de avaliação, assim como validá-los”(1). Com base neste documento e nas necessidades advindas com a prática clinica e de pesquisa, foi elaborado e validado o protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores (AMIOFE)(2), o qual permite ao examinador expressar numericamente sua percepção sobre as características físicas e os comportamentos orofaciais observados durante a avaliação. Ou seja, tal protocolo visa estabelecer medidas (relações entre condições miofuncionais orofaciais e escalas numéricas), sem a necessidade de instrumentos especiais e de modo breve, definindo, ao final, um grau do distúrbio miofuncional orofacial. O AMIOFE foi validado para crianças em 2008(2), e em seguida foi elaborada e validada sua versão com itens e escalas expandidas, denominada AMIOFE-E(3). Atualmente, o AMIOFE está validado para jovens/adultos e pacientes com desordem temporomandibular(4), assim como o AMIOFE-E que mostrou-se válido para discriminar jovens/adultos saudáveis de pacientes com apneia obstrutiva do sono(5). Outra versão desenvolvida do AMIOFE foi o AMIOFE-idosos, também validado (6) Recentemente, foi publicada a versão informatizada/digita do AMIOFE, cuja usabilidade (funcionalidade) e validade foram analisadas(7), e em breve será implementada em um servidor web, visando otimizar os registros para uso clínico e em pesquisas, bem como facilitar a aplicação e a reprodutibilidade em serviços de atenção à saúde da população. O objetivo dessa apresentação será descrever os aspectos focalizados para a obtenção de dados relevantes para o diagnóstico fonoaudiológico usando o protocolo AMIOFE, com foco na versão digital. Indicando as possibilidades de uso da versão digital em ambiente clínico e de pesquisa. Também serão apresentados estudos nos quais o AMIOFE foi utilizado, para o diagnóstico de distúrbios miofuncionais orofaciais e para o controle de resultado de tratamentos. 47


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7.8. AVALIAÇÃO DA MASTIGAÇÃO FUNDAMENTADA POR REGISTOS DE VIDEO Sílvia Hitos (BRA)

A

mastigação, é a função estomatognática mais importante na preparação dos alimentos por preparar os alimentos para ingestão. Fisiologicamente é caracterizada por: protrusão mandibular no corte dos alimentos, realizado pelos dentes incisivos; oclusão labial; predominância de movimentos mandibulares de rotação; alternância de lado; atividade muscular bilateralmente sincrónica e força uniforme sobre os tecidos de suporte dos dentes, que influenciam diretamente o crescimento facial e desenvolvimento normal sagital e transversal da mandíbula e da maxila, prevenindo as assimetrias

faciais.

Desta forma, a mastigação, garante o desenvolvimento da musculatura e dos ossos da face, a manutenção dos arcos dentários, a estabilidade da oclusão, a saúde das articulações temporomandibulares e o equilíbrio muscular. É a função que exige movimentos complexos e coordenados, com a utilização de grandes forças durante a execução de movimentos precisos. Cabe ao fonoaudiólogo prevenir, avaliar e tratar seus distúrbios, porém faltam recursos clínicos de fácil acesso e utilização para que esta tarefa seja realizada. Esta apresentação visa informar sobre o método de avaliação da mastigação recorrendo a registos de vídeo, por registos de vídeo, que através da análise das imagens em computador, permite verificar: -

Tipo de corte; Classificar a mastigação em bilateral alternada e unilateral preferencial ou crônica; Verificar a participação de musculatura orofacial durante a função; Verificar os tipo de movimentos mandibulares a cada ciclo mastigatório que podem ser classificados em: rotatório, vertical, diagonal, ipsilateral e irregular; Calcular a velocidade mastigatória; Duração dos ciclos por segundo.

Estas informações são imprescindíveis na reabilitação fonoaudiológica e ortodôntica, além de facilitar a orientação do paciente e a verificação da evolução. 48

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7.9. PAOF/FDA-2 Isabel Guimarães (PRT)

U

m dos desafios dos terapeutas de fala consiste em distinguir e/ou determinar o nível de associação, das perturbações da fala com as perturbações oromotoras por si só. É comum que ambos os níveis coexistam em algumas perturbações resultado da enorme interdependência dos constituintes do sistema de produção de fala (por exemplo, a respiração, fonação, articulação, ressonância e prosódia). Apesar dos terapeutas da fala terem competências para identificar a natureza e padrão de mecanismo oral, um elemento central na avaliação clinica é o uso de um protocolo válido. Atualmente, em Portugal, existe um número limitado de protocolos disponíveis, que fornecem instruções específicas de aplicação, validade, fidedignidade e dados normativos para a população portuguesa. Em 1995 foi editado o protocolo de avaliação orofacial (PAOF)1 e mais recentemente, 2014, foi realizada a adaptação linguística e cultural e validação para o Português Europeu do Frenchay Dysarthria Assessment, versão dois (FDA-2)2. Finalidade: Apresentação do PAOF e da versão portuguesa do FDA-2. Resultados: O PAOF foi criado para o despiste das perturbações da estrutura e função orofacial e diadococinésia oral. O PAOF tem um manual com informação teórica, instruções de aplicação, registo e cotação. A pessoa é observada em repouso (morfologia) ou em função ou “na fala’ (diadococinésia oral) ou é dado um conjunto de tarefas pelo avaliador. A sua criação passou por diferentes etapas: (a) construção, através da metodologia de focus grupo com a participação de 16 terapeutas da fala especialistas em diferentes áreas de atuação clínica; (b) validação – aplicação do protocolo para validação do seu construto, sistema de cotação e aplicabilidade. A sua validade e fidedignidade foram analisadas em diversos estudos3-7, foi realizada a sua divulgação na comunidade científica nacional e internacional8,9 e continua a ser referido10. O FDA-2, original, tem um manual com as instruções detalhadas para a sua aplicação, cotação e a validade e fidedignidade foram obtidas em estudos em diferentes países e contextos, com diferentes grupos de pacientes, indivíduos saudáveis e tipos e graus de gravidade de disartria2. A avaliação é composta por sete seções. Em cada seção o paciente é observado (em repouso ou em função ou “na fala’) ou dado um conjunto de tarefas ou perguntas pelo avaliador. A escala de classificação tem nove pontos sendo o ‘e’ (sem função) que corresponde a “zero” e o “a” (normal) correspondente a nove. A adaptação para o português europeu foi autorizada pelos autores e editora apenas para efeitos científicos. O estudo envolveu diferentes fases: tradução, aplicação e validação. Foi seguida a metodologia de tradução de instrumentos de saúde e garantidos os princípios éticos de aplicação em seres humanos. Procedeu-se à sua aplicação em 80 indivíduos com a Doença de Parkinson no âmbito de um protocolo multidisciplinar que envolveu o uso de vários instrumentos (ex. MDS-UPDRS11, VHI12, DIP13) e está a ser usada no âmbito do projecto FraLusoPark14. Foi analisada a validade e fidedignidade do instrumento. Considerações finais: Ambos, PAOF (despiste) and FDA-2 (especifico para disartria) são protocolos de avaliação da natureza e padrão dos movimentos oromotores e da fala. Apesar da existência destes protocolos para o uso clínico, em Portugal, recomenda-se, num futuro próximo, a actualização e melhoria das qualidades psicométricas do PAOF e no caso da versão portuguesa do FDA-2 a melhoria da sua versatilidade, sensibilidade e especificidade. 49


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7.10. ORTODONTIA E FUNÇÕES DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO Josep Maria Ustrell Torrent (ESP)

A

relação que existe entre as estruturas e as funções orofaciais faz com que a interação entre as diferentes especialidades, ortodontia e neste caso terapia da fala, seja uma forma eficaz para a detecção, tratamento e estabilização final da patologia. Um protocolo de exploração funcional orofacial determinará o problema e respectivas vias (possibilidades) de solução (tratamento). Para que a oclusão seja correta, é necessário reabilitar os hábitos disfuncionais e para isso é necessário criar o espaço necessário na cavidade oral. Terminado o tratamento e solucionado o problema, será necessário manter o resultado obtido com aparelhos de contenção, e ao mesmo tempo, deverá ser feito um controlo das funções reabilitadas. De modo que a interação multidisciplinar deverá ser aplicada antes, durante e depois do tratamento da má oclusão dentária. Esta forma de atuar deveria ser aplicada nas etapas precoces de crescimento e utilizando aparelhos o mais simples possível.

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7.11. TRATAMENTO DAS MÁS-OCLUSÕES NA PERSPECTIVA DA ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES Carina Esperancinha (PRT) e Cristina Póvoas (PRT)

A

Ortopedia Funcional dos Maxilares baseia-se no princípio de Claude Bernard de que “ A função cria o órgão e o órgão proporciona a função”. Na perspectiva da Ortopedia Funcional dos Maxilares, a forma e posição correta dos maxilares, a liberdade de movimentos mandibulares, o tónus neuromuscular adequado e uma adaptação correta da articulação temporomandibular leva a uma função perfeita, o contrário leva a uma atrofia do sistema e a uma função deficiente. Nas más-oclusões a forma, posição e postura incorretas das estruturas do sistema estomatognático devem ser corrigidas de modo a facilitar as funções orais de respiração, mastigação, deglutição e fala. Estas funções orais realizadas de forma adequada, por sua vez, mantém a forma, posição e postura correta das estruturas estomatognáticas. O ponto de partida num tratamento ortopédico funcional é a correta excitação neural de uma determinada região do Sistema Estomatognático, primordialmente modificando a postura e posição da mandíbula, promovendo alteração no padrão contracional dos músculos, atuando sobre o tónus neuromuscular, que é um dos principais moduladores do crescimento ósseo. Os Aparelhos Ortopédicos Funcionais mudam o recrutamento muscular, induzem o remodelamento ósseo e afetam a oclusão. A Ortopedia Funcional dos Maxilares, considera que a função da respiração é soberana. A respiração oral influencia de forma negativa a arquitetura das estruturas corporais, como as posturas da coluna vertebral, da cabeça e pescoço, da língua e mandíbula. Estas estruturas são alteradas com a finalidade de manter a passagem de ar, evitando assim a obstrução respiratória. Nos casos em que a respiração é predominantemente oral é fundamental o tratamento conjunto com o otorrinolaringologista. Numa visão multidisciplinar do paciente, é fundamental a atuação conjunta dos profissionais de saúde. Otorrinolaringologia para corrigir a respiração oral, ortodontia / ortopedia funcional dos maxilares para corrigir a forma, posição e postura das estruturas estomatognáticas para facilitar a função e terapia da fala com a terapia miofuncional orofacial para reeducar o paciente na correta realização das funções orais de respiração nasal, mastigação, deglutição e fala. Só com esta visão multidisciplinar do paciente se consegue tratar de uma forma mais fisiológica, com mais estabilidade, dando oportunidade à ciança de crescer harmoniosamente e com as funções orais adequadas, num sistema a que se pode chamar “auto-sustentado”. Serão mostrados casos clínicos de más-oclusões tratados de modo multidisciplinar com aparelhos ortopédicos funcionais, otorrinolaringologista e terapeuta da fala. 51


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7.12. AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL NA CLÍNICA ORTODÔNTICA Hilton Justino da Silva (BRA)

O

avanço tecnológico empregado nas pesquisas relacionadas a anatomofisiologia do sistema estomatognático e os distúrbios miofuncionais orofaciais tem contribuido para o crescimento da Motricidade como especialidade valorizando a Fonoaudiologia como ciência. As primeiras publicações relacionadas a Motricidade Orofacial estão direcionadas a apresentação de casos clínicos ou mesmo de utilização de técnicas e procedimentos terapeuticos. As características do sistema estomatognático em diferentes alterações da cabeça e do pescoço e em sindromes e patologias específicas também fez parte do grande número de publicações na area O uso de istrumentos adaptados a avaliação e o diagnóstico miofuncional orofacial estimulou o crescimento da pesquisa em Motricidade Orofacial. Atualmente lançamos mão de instrumentos que auxiliam o diagnostico dos distúrbios miofuncionais orofaciais em especial os relacionados as alterações tratadas pela ortodontia. O objetivo dessa participação na presente mesa é apresntar os recusrsos tecnólogicos que podem auxiliar o diagnostic em Motricidade Orofacial em ortodontia. Serão apresentados exames instrumentais como o uso da eletromiografia para mastigação, deglutição e fala, o uso da eletrognatografia para avaliação dos movimentos mandibulares, o uso de recursos para avaliação de força de mordida e pressão de língua. Ainda, devido a interferência da respiração nos casos clínicos em Ortodontia, serão apresentados os recusrsos de avaliação da petência e geometria nasal e faríngea, como a avaliação computadorizada da aeração nasal, a rinometria, faringometria acústicas e a rinomanometria.

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7.13. GLOBAL CASE STUDIES FOR EMERGING STANDARDS OF CARE IN MEDICINE WITH MYOFUNCTIONAL THERAPY Maria Pia Villa (ITA)

O

bstructive sleep apnea (OSA) in children is a sleep breathing disorder characterized by prolonged partial upper airway obstruction and/or intermittent complete obstruction that disrupts ventilation during sleep and sleep patterns. Untreated pediatric OSA may result in various problems, such as cognitive impairment, attention and hyperactivity disorder, poor academic achievement, and cardiovascular and metabolic complications. Various etiological factors may underlie pediatric OSA, including craniofacial dysmorphism, obesity, and hypotonic neuromuscular disease, though the most common cause is adenotonsillar hypertrophy. Adenotonsillectomy (AT) remains the first-line treatment in children with adenotonsillar hypertrophy, even if recent evidence suggests that the outcome of this surgical procedure may not be as favorable as expected and that residual OSA persists in some cases . Alternative treatments for OSA include orthodontic treatment, mandibular advancement, and weight loss; these treatments have variable results . Oral breathing and lip hypotonia, which are typical of children with OSA, seldom change after surgical and/or medical treatment and may be the cause of residual OSA. They may actually alter the pharyngeal nasal tone (tongue and cartilage hypotonia), which leads to a collapse during inspiration and consequently increases nasal resistance. Therefore, it is necessary to test the efficacy of other modalities of treatment for OSA. Oropharyngeal hypotonia may also be implicated in the pathogenesis of OSA, and oropharyngeal exercises may improve stomatognathic function and reduce neuromuscular impairment. Oropharyngeal rehabilitation consisted of isometric and isotonic exercises involving the tongue, soft palate, and lateral pharyngeal wall in order to ameliorate functions of suction, swallowing, chewing, breathing, and speech. The future proposal could be the myofunctional treatment to prevent oral breathing and OSA.

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7.14. GLOBAL CASE STUDIES FOR EMERGING STANDARDS OF CARE IN MEDICINE WITH MYOFUNCTIONAL THERAPY. Marc Richard Moeller (EUA)

M

yofunctional Therapy is emerging as an important interdisciplinary field of medicine. Pubmed research is approaching the important threshold of 500+ studies and “Myofunctional Therapy” has just been adopted as a MeSH term for PubMed, MEDLINE, and the NIH. While this field has yet to standardise and adopt international, scientific and clinical norms, current and emerging research in the applicability of Myofunctional Therapy in the Treatment of Obstructive Sleep Apnea (Christian Guilleminault, Yu-Shu Huang, Geraldo Lorenzi-Fihlo, Katia Guimares, Judy Owens, Maria Pia Villa, Macario Camacho, Kasey Li, Stacey Quo, Joy Lea Moeller, Michael Gelb, Stephen Sheldon, and others) has brought a great amount of attention to Myofunctional Therapy for research and also created demand for clinical care. Myofunctional Therapy, viewed through the prism of its application to both pediatric and adult OSA, is set for a great increase in awareness and demand for clinical care. Examination of the role of Myofunctional Therapy in its relationship to OSA, with its rapidly increasing demand for research and clinical care, provides a great case study to explore the emergence of this field as recognised field of medicine and also exposes the need for greater institutional, academic, regulatory, and professional engagement across allied health professions.

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8. ORADORES DOS CURSOS CURSO#1

CURSO#2 INTERCEPÇÃO PRECOCE NAS MÁS-OCLUSÕES COM

ELETROESTIMULAÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL: PRÁTICAS TERAPÊUTICAS

APARELHOS ORTOPÉDICOS FUNCIONAIS: CORRIGINDO A FORMA, FACILITANDO A FUNÇÃO

ORADORA DO CURSO

ORADORA DO CURSO

SANDRA MARTINS (ESP)

CARINA ESPERANCINHA (PRT)

Terapeuta da Fala do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, São Brás de Alportel (CMR-Sul) com experiência prévia em contexto hospitalar (Hospital de Santiago do Cacém - Servicio de Medicina Física e Rehabilitação, unidade de cuidados intensivos, Serviço de ORL)

Médica Dentista pelo Instituto Superior de Ciências da SaúdeSul; Certificado de Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Pesquisadora do CEPECRAF – OFM – Centro de Ensino e Pesquisa do Crescimento Cranio-facial e Ortopedia Funcional dos Maxilares Mutidisciplinar – Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Pós-graduada em Reabilitação Neuro-oclusal – Planas – Centro de Estudos De Reabilitação Neuro-Oclusal – Barcelona; Membro ativo da IFUNA – International Functional Association; Membro ativo da Academia Brasileira de Fisiopatologia Craniooro-cervical; Apresentação de posters e comunicações em congressos nacionais e internacionais.

Professora do Instituto E.PAP - Ensino Profissional Avançado e Pós Graduado no Máster de Motricidad Orofacial.

ORADORA DO CURSO CARINA ESPERANCINHA (PRT) Médica Dentista pelo Instituto Superior de Ciências da SaúdeSul; Certificado de Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Pesquisadora do CEPECRAF – OFM – Centro de Ensino e Pesquisa do Crescimento Cranio-facial e Ortopedia Funcional dos Maxilares Mutidisciplinar – Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo – Brasil; Membro ativo da IFUNA – International Functional Association; Membro ativo da Academia Brasileira de Fisiopatologia Cranio-oro-cervical; Apresentação de posters e comunicações em congressos nacionais e internacionais.

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CURSO#3

CURSO#4

BASES NEUROLÓGICAS PARA A INTERVENÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL

INTERVENÇÃO MIOFUNCIONAL OROFACIAL NA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E RONCOPATIA

ORADORA DO CURSO

ORADORA DO CURSO

MARTA SILVA (PRT)

VANESSA IETO (BRA)

Terapeuta da Fala no Centro Hospitalar do Porto, Serviço de Medicina Física e Reabilitação. Intervém nas perturbações da comunicação, linguagem, fala e deglutição no adulto. Assistente convidada na Escola Superior de tecnologias da saúde do Porto (ESTSP). Docente no Instituto EPAP - Ensino Profissional Avançado e Pós Graduado.

Especialista em Motricidade Orofacial; Mestre em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

CURSO#5

Mestranda em Ciências da Fala e da Audição na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro. Licenciada pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto. Pós-graduada em Motricidade Orofacial pelo Instituto Superior de Saúde do Alto Ave. Pós graduada em Disfagias orofaríngeas pelo Instituto Superior de Saúde do Alto Ave.

BANDAS NEUROMUSCULARES EM MOTRICIDADE OROFACIAL – BASES DE APLICAÇÃO E EVIDÊNCIAS CLÍNICAS

Membro do Departamento de Motricidade Orofacial da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala.

ORADORA DO CURSO SUSANA ARAÚJO (PRT) Terapeuta da Fala no Centro de Reabilitação do Norte. Mestre em Terapia da Fala: área de especialização em Motricidade Orofacial e Deglutição. Pós-Graduada em Disfagias Orofaríngeas. Pós-Graduada em Motricidade Motora Oral e Facial. Docente I EPAP (Ensino Profissional Avançado e Pós-Graduado). Membro da Sociedade Portuguesa de Terapeutas da Fala.

ORADORA DO CURSO Susana Mestre (PRT) Licenciada em Terapia da Fala pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Pós-graduada em Intervenção Terapêutica nas Disfagias Orofaríngeas e em Intervenção Terapêutica Motora Oral e Facial pelo Instituto EPAP. Mestre em Neuropsicologia e Neurociências Cognitivas pela Universidade do Algarve. Desde 2007, Terapeuta da Fala no Hospital de Faro com atuação em doentes adultos de etiologia neurológica. Docente em Mestrados, Pós-graduações e formações contínuas pelo Instituto EPAP, em Portugal e Espanha.

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CURSO#6

CURSO#8

ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIA INTERCEPTIVA

ELETROMIOGRAFIA EM MOTRICIDADE OROFACIAL: APLICABILIDADE NA CLÍNICA ORTODÔNTICA

ORADOR DO CURSO

ORADOR DO CURSO

PEDRO BRAGA (PRT)

HILTON JUSTINO DA SILVA (BRA)

Doutorado e Pós- Graduado em Ortodontia pela Universidade de Santiago de Compostela; Especialista em Ortodontia pela OMD; Pós-Graduado em Odontología Integrada Infantil pela Universidade de Santiago de Compostela; Prática exclusiva de Ortodontia e Odontopediatria.

Fonoaudiólogo pela UNICAP. Especialista em Motricidade Orofacial CEFAC/CFFa; Mestre em Morfologia/Anatomia e Doutor em Nurtrição pela UFPE; Docente do Departamento de Fonoaudiologia pela UFPE; Coordenador do curso do Programa de pós-graduação em Saúde da Comunicação Humana da UFPE; Docente dos cursos de Mestrado em Terapia da Fala e Especialização em Motricidade Orofacial Instituto EPAP / CEFAC.

CURSO#7 INTERVENÇÃO MIOFUNCIONAL NA RESPIRAÇÃO ORAL

ORADOR DO CURSO PEDRO TEIXEIRA (PRT) Presidente do BioSigns; Gerente de Projetos de Reabilitação em Biofeedback Federation of Europe (BFE); Pesquisador convidado na Faculdade de Medicina do Porto; Professor Convidado no Instituto EPAP; Consultor na área de eletromiografia com intuições nacionais e internacionais. Co-autor da Pós-Graduação “Introdução à Eletromiografia de Superfície”.

ORADORA DO CURSO DANIELE CUNHA (BRA) Fonoaudióloga (UNICAP), Especialista em Motricidade Orofacial (CFFa.); Mestre em Nutrição (UFPE); Doutora em Nutrição (UFPE); Docente Adjunto A do Curso de Fonoaudiologia (UFPE); Docente do Mestrado em Saúde da Comunicação Humana (UFPE). Membro fundador da ABRAMO; Docente do Mestrado em Terapia da Fala da Escola Superior de Saúde do Alcoitão/Instituto E.PAP-EPAP; Coordenadora do Comitê de Motricidade Orofacial (Infância e Adolescência) (SBFa)

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CURSO#9

WORKSHOP

AVALIAÇÃO E ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA O TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS TEMPORO-MANDIBULARES

BUTEYKO BREATHING AND BEYOND: RELAÇÃO ENTRE A RESPIRAÇÃO E TERAPIA MIOFUNCIONAL OROFACIAL

ORADORA DO CURSO

ORADOR DO CURSO

CLÁUDIA FERREIRA (BRA)

PATRICK MCKEOWN (IRL)

Fonoaudióloga (2003). Ph.D. pelo Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (2012).

Depois de receber a acreditação de Dr Buteyko, em 2002, Patrick passou os últimos 12 anos, chegando a dezenas de milhares de crianças e adultos que sofrem desnecessariamente devido a padrões de respiração disfuncionais. Até o momento, ele escreveu sete livros sobre o assunto, incluindo o best-seller; Close Your Mouth, e The Oxygen Advantage, em 2015. Além de executar workshops em toda a lrlanda, sua terra natal, Patrick é orador em nome da Buteyko Clínica Internacional e da Academy of Orofacial Myofunctional Therapy.

Atualmente pós doutoranda do Departamento de Ciências Biomédicas para a Saúde, da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Università Degli Studi di Milano. Autora de artigos nacionais e internacionais sobre avaliação miofuncional orofacial e desordens temporomandibulares.

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9. RESUMOS DOS CURSOS

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9.1. ELETROESTIMULAÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL: PRÁTICAS TERAPÊUTICAS Sandra Martins (ESP)

CONTEÚDOS TEORIA (1H30MIN) \ Conhecimentos básicos de estimulação eléctrica (EE) \ Abordagem geral a conceitos de anatomia e fisiologia dos músculos e a sua reação à aplicação da EE \ Precauções gerais e contra indicações de utilização da EE \ Abordagem aos diferentes tipos de correntes e as suas aplicações práticas em Terapia da Fala – prática baseada na evidência \ Aparelhos, eléctrodos e protocolos – breve revisão

PRÁTICA (1H30MIN)

\ Reconhecimento e utilização de aparelhos de electroestimulação \ Aplicação prática de protocolos

TEÓRICO-PRÁTICA (1H)

\ Discussão de casos clínicos: avaliação e intervenção

OBSERVAÇÕES

Os alunos não devem trazer blusas de gola alta

OBJETIVOS

\ Conhecimentos gerais sobre as bases fisiológicas da estimulação elétrica \ Conhecimentos gerais sobre possibilidades de utilização e diferentes aplicações da electroestimulação aplicada à terapia da fala nas áreas de: Motricidade Orofacial, Deglutição, Voz e Fala.

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9.2. INTERCEPÇÃO PRECOCE NAS MÁS-OCLUSÕES COM APARELHOS ORTOPÉDICOS FUNCIONAIS – CORRIGINDO A FORMA, FACILITANDO A FUNÇÃO Carina Esperancinha (PRT) e Cristina Póvoas (PRT)

CONTEÚDOS

\ Mordidas Abertas - diagnóstico e tratamento com AOFs – Mesa clínica; \ Sobremordidas – diagnóstico e tratamento com AOFs – Mesa Clínica; \ Classe II – diagnóstico e tratamento com AOFs – Mesa Clínica; \ Classe III - diagnóstico e tratamento com AOFs – Mesa Clínica; \ Mordidas cruzadas - diagnóstico e tratamento com AOFs – Mesa Clínica; \ DDMs (Discrepências dento-maxilares) – diagnóstico e tratamento com AOFs – Mesa Clínica.

MESAS CLÍNICAS COM

\ Pistas Indiretas Planas Simples; \ Pistas Indiretas Planas Compostas; \ Pistas Indiretas Planas Especial; \ Bimler A e C; \ SN 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12.

OBJETIVOS

Dar a conhecer como se faz o diagnóstico clínico, funcional e cefalométrico das diferentes más-oclusões e os aparelhos ortopédicos funcionais que preconizamos para a sua correção.

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9.3. BASES NEUROLÓGICAS PARA A INTERVENÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL Marta Silva(PRT) e Susana Mestre (PRT)

CONTEÚDOS

\ Controlo neurológico do movimento voluntário para a fala; \ Planeamento e execução motora dos movimentos orofaciais; \ Papel da informação sensorial na fala; \ Bases para a avaliação e intervenção nas alterações do movimento orofacial de causa neurológica; \ Aprendizagem motora e condicionamento motor; \ Pares cranianos que participam nas funções estomatognáticas: normalidade versus patologia; \ Alterações da Motricidade Orofacial e sua relação com a Deglutição; \ Controlo cortical na deglutição voluntária; \ Controlo neurológico do movimento lingual e sua relação com a respiração e deglutição.

OBJETIVOS

\ Ampliar conhecimentos acerca do controlo motor e aprendizagem motora em Motricidade Orofacial; \ Relacionar o controlo motor e aprendizagem motora com outras funções estomatognáticas: Fala, Deglutição e Respiração; \ Diferenciar normalidade versus patologia; \ Conhecer as bases para a avaliação e intervenção.

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9.4. INTERVENÇÃO MIOFUNCIONAL OROFACIAL NA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E RONCOPATIA Vanessa Ieto (BRA)

CONTEÚDOS

\ Fisiopatologia e tratamento do ronco primário, apneia obstrutiva do sono (AOS) leve e moderada; \ Todos os pacientes com AOS são candidatos ao tratamento fonoaudiológico? \ Avaliação e terapia miofuncional orofacial para pacientes com ronco e AOS.

OBJETIVO

Possibilitar ao fonoaudiólogo avaliar a tratar pacientes com ronco e apneia obstrutiva do sono.

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9.5. BANDAS NEUROMUSCULARES EM MOTRICIDADE OROFACIAL: BASES DE APLICAÇÃO E EVIDÊNCIAS CLÍNICAS Susana Araújo (PRT)

CONTEÚDOS

\ Propriedades e caraterísticas do material; \ Indicações e contra-indicações; \ Princípios de aplicação; \ Aplicação da Banda Neuromuscular em condições específicas da Terapia da Fala; \ Simulação de intervenções; \ Análise da evidência científica.

OBJETIVOS

\ Compreender os princípios básicos de aplicação da Banda Neuromuscular. \ Integrar os recursos de tratamento com o uso da Banda Neuromuscular. \ Relacionar teórica e prática com base na evidência científica.

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9.6. ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIA INTERCEPTIVA Pedro Braga (PRT)

CONTEÚDOS

\ Conceitos de Odontopediatria e Ortodontia; \ Desenvolvimento craneofacial e da dentição; \ Desenvolvimento oclusal; \ Desenvolvimento psicológico e técnicas de controlo do comportamento; \ Tratamento integrados em Odontopediatria; \ Vantagens dos tratamentos precoces; \ Diagnóstico Ortodôntico; \ Hábitos parafuncionais; \ Tratamentos intercetivos de classe II; \ Tratamento de assimetrias faciais.

OBJETIVOS

Este curso visa uma maior familiarização dos tratamentos de Medicina Dentária em crianças, alicerçado numa integração e visão multidisciplinar de tratamentos odontopediátricos e ortodônticos intercetivos.

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9.7. INTERVENÇÃO MIOFUNCIONAL NA RESPIRAÇÃO ORAL Daniele Cunha (BRA)

CONTEÚDOS

Anamnese, Avaliação e Terapia Fonoaudiológica em Respiração Oral.

OBJETIVOS

Apresentar conteúdo teórico-prático em Respiração Oral.

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9.8. ELETROMIOGRAFIA EM MOTRICIDADE OROFACIAL: APLICABILIDADE NA CLÍNICA ORTODÔNTICA Hilton Justino da Silva (BRA) e Pedro Teixeira (PRT)

CONTEÚDOS

\ Conceito de Eletromigafia; \ Utilização da Eletromiografia em Motricidade Orofacial; \ Noções de Biofeedback Eletromiográfico.

OBJETIVOS

O curso tem a finalidade de discutir as possibilidades do uso da Eletromiografia de Superfície na Motricidade Orofacial.

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9.9. AVALIAÇÃO E ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA O TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS TEMPORO-MANDIBULARES Cláudia Ferreira (BRA)

CONTEÚDOS

\ Definição e classificação das DTM; \ Entrevista direcionada aos pacientes DTM; \ Procedimentos clínicos de avaliação miofuncional orofacial em casos de DTM; \ Registro dos dados: protocolos escritos, fotográfico e cinematográfico; \ Exames e diagnóstico complementares: análise da oclusão, estereofotogrametria da face, eletromiografia, análise cinemática dos movimentos mandibulares; \ Análise dos dados da avaliação miofuncional orofacial com o protocolo AMIOFE; \ Relações entre achados da avaliação miofuncional orofacial e demais exames; \ Orientações para o planejamento terapêutico; \ Apresentação de estudos nos quais os exames clínicos e instrumentais foram utilizados para diagnóstico e controle de resultado de tratamentos de pacientes com DTM.

OBJETIVOS

Propiciar o conhecimento do processo de avaliação de pacientes com desordens temporomandibulares (DTM), focalizando o diagnóstico e fornecendo orientações para o tratamento dos distúrbios miofuncionais orofaciais nestes casos.

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9.10. BUTEYKO BREATHING AND BEYOND: RELAÇÃO ENTRE A RESPIRAÇÃO E TERAPIA MIOFUNCIONAL OROFACIAL Patrick McKeown (IRL)

CONTEÚDOS 1.ª PARTE \ 30 min

Este workshop inicia-se com uma breve descrição da relação entre as alterações respiratórias (ex.: respiração oral, asma, rinite, apneia obstrutiva do sono) e as alterações dentofaciais. Abordará aspetos fisiopatológicos da respiração e as suas consequências, como a relação com a curva de dissociação de oxigénio e efeito Bohr.

2.ª PARTE \ 1h30 min Demonstração prática: 1) Como medir o volume de respiração relativa em adultos e crianças: a) Interpretação de cada medição e determinação do progresso; b) Listagem das três etapas necessárias para o progresso. 2) Exercícios de ‘descongestionamento’ nasal; 3) Exercício de redução do volume de respiração para o volume normal; 4) Demonstração de etapas e exercícios para crianças e adolescentes; Instruções “passo a passo” serão fornecidas para que os participantes apliquem diretamente os exercícios, e observem os resultados das reações corporais, incluindo a dilatação nasal, aumento da sensação de calor devido à vasodilatação (melhoria da circulação sanguínea). O conhecimento prático proporciona uma maior compreensão dos efeitos negativos associados à respiração oral, e hiperventilação crónica (quando a respiração se caracteriza por um volume de ar maior do que as necessidades metabólicas).

Resumindo, no final, os participantes serão capazes de: 1) Reconhecer as alterações da respiração e medir o volume de respiração; 2) Ensinar exercícios simples para o ‘descongestionamento nasal’ imediato; 3) Identificar, na prática, os efeitos relacionados às alterações da respiração.

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10. RESUMOS DOS PÓSTERES

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10.1. PÓSTER 01 TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DO INSTRUMENTO “AVALIAÇÃO DA PRONTIDÃO DO PREMATURO PARA O INÍCIO DA ALIMENTAÇÃO ORAL” Cristina Trigo 1; Ana Marques 2; Sílvia Hitos 3 1

ESSA, Escola Superior de Saúde Do Alcoitão; 2 Centro de desenvolvimento da criança Hospital Dr. Nélio Mendonça, Funchal 3 FMU, Faculdade Metropolitanas Unidas –São Paulo

A

INTRODUÇÃO

intervenção do terapeuta da fala nas unidades de cuidados intensivos neonatais é imprescindível no nosso quotidiano. Para que a transição da alimentação de sonda gástrica para a via oral ocorra de forma adequada e segura, é essencial que o terapeuta da fala siga um protocolo de avaliação. O presente estudo teve como objetivo traduzir, adaptar culturalmente e fazer a validação de conteúdo do português do Brasil para o português europeu, do instrumento “Avaliação da prontidão do prematuro para o início da alimentação oral” e do seu

manual de instruções. Trata-se de um instrumento específico para o uso e aplicação do terapeuta da fala em prematuros clinicamente estáveis na neonatologia.

MÉTODOS Dividiu-se o trabalho em duas fases principais: Tradução – consistiu na tradução e adaptação cultural, seguida duma análise da qualidade da tradução realizada por dois clínicos especializados na área; e na validação de conteúdo - análise de compreensão e aceitação por um painel de onze peritos terapeutas da fala, a exercerem funções na assistência à alimentação de prematuros em unidades de cuidados intensivos neonatais de nove hospitais públicos do Continente e da Madeira.

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RESULTADOS Não existiram obstáculos na análise da qualidade da tradução do instrumento e do seu manual. Na validação, todos os itens apresentaram índices de concordância acima de 85%, tendo-se obtido um índice de concordância média de 96,02% no total dos itens do instrumento e do manual de instruções.

CONCLUSÃO A versão portuguesa do instrumento de avaliação e de seu manual foi realizada e seu conteúdo foi validado com sucesso, com um percentual de concordância superior a 85% tal como o instrumento original. Mantém a equivalência ao original em termos semânticos e de conteúdo.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS A próxima etapa deverá ser a sua validação clínica, de modo a este poder ser utilizado pelos terapeutas da fala nas unidades neonatais.

PALAVRAS-CHAVE Adaptação Intercultural, Instrumento de Avaliação, Prematuro, Alimentação.

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10.2. PÓSTER 02 CORRELAÇÃO ENTRE PRESSÃO DE LÍNGUA E A ATIVIDADE ELÉTRICA DOS MÚSCULOS SUPRA- HIOIDEOS EM ADULTOS JOVENS DURANTE A DEGLUTIÇÃO Amanda Roselle Cândido da Silva 1, Hilton Justino da Silva 2 Elaine Cristina Bezerra dos Santos 3, Ricardo Santos 4 Graduanda em Fonoaudiologia da UFPE . 2 Fonoaudiólogo pela UNICAP. Especialista em Motricidade Orofacial CEFAC/CFFa; Mestre em Morfologia/Anatomia e Doutor em Nurtrição pela UFPE; Docente do Departamento de Fonoaudiologia pela UFPE; Coordenador do curso do Programa de pós-graduação em Saúde da Comunicação Humana da UFPE; Docente dos cursos de Mestrado em Terapia da Fala e Especialização em Motricidade Orofacial Instituto EPAP/ CEFAC - Saúde e Educação. 3 Graduanda em Fonoaudiologiaa da UFPE. 4 Terapeuta da Fala no Hospital Privado da Trofa, Mestre em Ciências da Fala e da Audição e Doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde. Assistente Convidado do Curso de Licenciatura em Terapia da Fala na ESTSP-IPP, Docente Convidado no Mestrado em Motricidade Orofacial (ESSA/IEPAP). 1

A

INTRODUÇÃO

deglutição é um procedimento complexo, relacionada às estruturas da cavidade oral, faringe, laringe e ao esôfago, controladas pelo SNC que consente o deslocamento do alimento até o estômago. Um fator importante na deglutição é o deslocamento do hióide no instante em que o bolo passa para a cavidade faríngea e depende da pressão exercida pela língua e contração dos supra-hioídeos.

OBJETIVOS

Analisar a relação da pressão de língua e a atividade elétrica dos músculos supra-hioideos durante a deglutição em indivíduos adultos jovens saudáveis.

METODOLOGIA O estudo foi realizado no Laboratório de Motricidade Orofacial da Universidade Federal de Pernambuco, com sujeitos adultos jovens saudáveis de 19 a 24 anos. Foi realizada a aplicação do termo de Consentimento Livre 74

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e Esclarecido e breve triagem adaptado de BIANCHINI (2000). A pressão de língua e a atividade elétrica dos músculos supra-hioides foram obtidas, através do IOPI, que quantifica a pressão em kPa e do Eletromiografo MIOTOOL 200, que mede a atividade elétrica do músculo em (µV). O participante pressionou o bulbo do IOPI contra o palato o máximo que conseguisse, para aquisição da pressão máxima, para aquisição da atividade elétrica máxima foi solicitada o pressionamento da língua contra o palato durante 5 segundos. Logo, foi solicitado a deglutir 20 ml de água por três vezes, para avaliar os dois grupos musculares. Para a análise, optou-se por realizar normalização dos valores em forma de porcentagem. Considerando o valor máximo alcançado como sendo o 100% e o valor da média das três deglutições como o valor obtido do máximo para deglutir.

RESULTADOS Dos 20 sujeitos analisados, em 6 caracterizados como face curta constatou-se correlação entre a pressão e a atividade elétrica com p 0,0045. Assim, quanto maior pressão de língua realizada pelo sujeito maior a atividade dos supra-hioideos.

CONCLUSÃO Na deglutição de 20 ml de água quanto maior a função exercida de um dos grupos estudados, maior o valor esperado do potencial do seu agonista.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS As alterações da deglutição podem ser melhor compreendidadas quando se estuda essa correlação língua e musculatura supra-hióidea.

PALAVRAS-CHAVES Eletromiografia; IOPI; pressão de língua; músculos supra-hioideos.

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10.3. PÓSTER 03 THE EFFECTIVENESS OF PHYSIOTHERAPY IN THE MANAGEMENT OF TEMPOROMANDIBULAR DISORDERS. A SYSTEMATIC REVIEW OF THE LITERATURE Maria Paço 1,2,3, José Alberto Duarte 2,3, Teresa Pinho 1,2 1

Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde (IINFACTS), 2 Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), 3 Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

Fonte de financiamento: Instituto de Investigacão e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde (IINFACTS), CESPU

B

ABSTRACT ackground and Purpose: Physiotherapy is one of the treatment options for temporomandibular disorders and encompasses several techniques. Notwithstanding, its effectiveness is still controversial. Thus, the aim of this systematic review of literature was to analyze the effectiveness of physiotherapy interventions in the management of temporomandibular disorders.

METHODS

A literature search of published trials was performed on Pubmed, Science Direct and EBSCO, using the following inclusion criteria: (1) randomized controlled trials, (2) the intervention being within the scope of physical therapy, performed by a therapist, and (3) reporting outcome measures in at least one of the primary temporomandibular disorders symptoms (pain, function, and range of movement). From the 3,243 articles initially retrieved, 25 articles were further selected and evaluated but from these only seven articles met all the inclusion criteria. These manuscripts were independently assessed by two researchers taking into account its quality using the PEDro scale, the Jadad scale and also through the Cochrane risk of bias tool.

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RESULTS Two trials evaluated manual therapy plus exercise, three trials assessed manual therapy plus home physical therapy, one study analyzed the effect of manual therapy alone and the other study assessed the effect of dry needling. Regarding pain at rest, through visual analogue scale, one study showed favorable results of physiotherapy (p<0,01), while two studies found no differences between physiotherapy and control groups (p>0,05). Concerning active mouth opening, four trials found a significant improvement favoring physiotherapy (p<0,05).

CONCLUSION The evidence for physiotherapy in the management of temporomandibular disorders is not conclusive. This is due mostly to the small number of included studies, and the variability of the instruments used to assess the main outcomes. Clinical implications: Though still controversial, the physiotherapy intervention seems to contribute to symptoms improvement, namely enhancing the range of motion.

KEYWORDS Temporomandibular joint disorders; Physical therapy modalities; Pain; Range of motion.

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10.4. PÓSTER 04 A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE EM PACIENTES COM HIPOPLASIA MANDIBULAR: CONTRIBUTO DA APARATOLOGIA FUNCIONAL – REVISÃO NARRATIVA Carla Lavado 1, Clara Lamela 2, Francisco do Vale 3 MédicaDentista; Especialização em Odontopediatriada Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto; 2 Terapeutada Fala; Pós-gradução em Intervenção Terapêutica Motora Oral e Facial; 3 Especialista em Ortodontia; Coordenador Pós-graduação Ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 1

A

INTRODUÇÃO

malformação esquelética de Classe II é caracterizada por um posicionamento ântero-posterior inadequado entre a maxila e a mandíbula. Pode estar presente por protrusão maxilar e posição normal da mandíbula, retrognatia mandibular com posição normal da maxila ou a combinação de ambas. A correção precoce, através de aparelhos ortopédicos extra-orais e/ou funcionais, deve ser realizada no período de dentição mista, onde o crescimento é mais significativo, possibilitando modificação da direcção de crescimento mandibular.

O objetivo deste trabalho é evidenciar a importância da intervenção precoce nas deformidades esqueléticas de classe II destacando a aparatologia funcional mais utilizada.

MÉTODOS Pesquisa bibliográfica efetuada nos motores de pesquisa da MEDLINE/Pubmed, Science Direct e B-on, no mês Novembro de 2014, com limitação temporal de 10 anos e com as palavras-chave: Classe II esquelética, hipoplasia mandibular, aparatologia funcional, terapia miofuncional, intervenção precoce.

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RESULTADOS Ao determinar o momento ideal de início do tratamento intercetivo devem ser tidos em conta fatores como o potencial de crescimento do complexo craniofacial, a possibilidade de traumatismos dos incisivos, desenvolvimento de padrões de deglutição inadequados, incompetência labial, efeitos na articulação temporomandibular e efeitos psicossociais.

A literatura revela que se deve iniciar o tratamento no final da dentição mista e início da dentição permanente. No entanto, é durante a fase de crescimento pubertário que são alcançados resultados mais eficazes.

CONCLUSÕES O tratamento de hipoplasias mandibulares inclui a utilização de aparelhos funcionais como o Ativador de Andresen, Bionator, Herbst e também a essencial intervenção mioterapêutica e miofuncional.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS/ TERAPÊUTICAS O tratamento ortopédico das deformidades esqueléticas de classe II com hipoplasia mandibular engloba a ação do Ortodontista/Odontopediatra e Terapeuta da Fala, favorecendo o tratamento e evitando necessidade de tratamento ortodôntico-cirúrgico-ortognático na idade adulta.

PALAVRAS-CHAVE functional orthodontic appliances, retrognathia, activator appliances, myofunctional therapy.

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10.5. PÓSTER 05 EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DAS BANDAS NEUROMUSCULARES NAS ALTERAÇÕES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS Ana Barros 1, Ricardo Santos 2 1 Estudante na Escola Superior de tecnologia da Saúde do Porto - Instituto Politécnico do Porto (ESTSP - IPP) 2 Terapeuta da Fala (ESTSP-IPP), Terapeuta da Fala no Hospital da Trofa, Especialista em Terapia e Reabilitação, Mestre em Ciências da fala e da Audição, Doutorando em Ciências e Tecnologias da Sáude (UA), Assistente Convidado ESTSP-IPP, Assistente Convidado no Programa de Pós-graduação em Motricidade Orofacial (Instituto EPAP).

A

INTRODUÇÃO

s bandas neuromusculares são um recurso terapêutico com uso crescente nas alterações miofuncionais orais. No entanto, existem poucas evidências científicas acerca da sua eficácia, restringindo-se à constatação dos efeitos neurofisiológicos que fundamentem o seu mecanismo de ação. Neste sentido, por ser um tema recente e ainda pouco estudado, considerou-se relevante a sua pesquisa em relação às alterações miofuncionais orofaciais.

OBJETIVO

Enquadrar as especificidades neurofisiológicas dos músculos faciais e os efeitos neurofisiológicos das bandas neuromusculares.

MÉTODO A pesquisa foi realizada na B-on, PubMed e Scielo, entre 1998 e 2014, nos idiomas português, inglês e espanhol. Efetuou-se uma análise dos artigos utilizando o critério de inclusão a utilização das bandas neuromusculares como um recurso terapêutico nas alterações miofuncionais orais.

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RESULTADOS O conhecimento do mecanismo de ação das bandas neuromusculares nos músculos orofaciais é ainda exíguo. Na literatura estão descritos os seus efeitos biomecânicos, exterocetivos, neuroreflexos, analgésicos e circulatórios, baseados em conceitos teóricos da neurofisiologia. Os efeitos neurofisiológicos que fundamentam a utilização das bandas neuromusculares baseiam-se nos seus efeitos mecânicos, efeitos neurológicos-sensitivos na sua ação sobre mecanoreceptores e nociceptores e, ainda, modificação do tónus muscular, estabelecendo relação com as particularidades neurofisiológicas dos músculos faciais.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os estudos sobre o uso deste recurso nas alterações miofuncionais orofaciais são escassos, embora recentes. Os efeitos neurofisiológicos que fundamentam o mecanismo de ação das bandas neuromusculares sustentam teoricamente a sua aplicação, no entanto são necessários estudos futuros sobre a evidência clínica dos resultados obtidos.

PALAVRAS-CHAVE Alterações miofuncionais orofaciais, Bandas neuromusculares, Efeitos neurofisiológicos, Terapia da Fala.

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10.6. PÓSTER 06 AN ANATOMICAL AND EMBRYOLOGICAL STUDY ABOUT A CASE OF DISSECTION OF THE TONGUE. CLINICAL IMPLICATIONS Thierry Gouzland 1 1

T

University of Bordeaux

INTRODUÇÃO he tongue is considered to have a major influence on the oro-facial functions and on the development of the cranio-facial structures. During this study we wanted to realize the importance and the complexity of the tongue and its environment. So we made a dissection of the stomatognathic system. We correlated the found elements to their embryological origins in the literature. And we analyzed their clinical implications, because they are all elements that we work with, in myofunctional therapy.

At the embryonic stage, the beginning of the formation of the tongue begins between 3 and 4 weeks in the stomodeum, primitive mouth and we are already seeing rich and complex tissues and nerves roots. The morphogenetic role of the tongue begins with sucking. When there is a problem during the growth, we observe clinical cases like Pierre Robin Syndrom.

During the dissection we saw and highlighted the rich innervation of the tongue, the links between the muscles and the hyoid bone, the mandibular, the palate and the temporal bone. The place of the tongue in the upper aerodigestive tract explains its influence on the obstructive sleep apnea and dysphagia. The complexity of its constitution with its 17 muscles explains its role during the swallowing and speech.

This study has allowed to analyze and understand the origins and the constitution of the hyo-lingual system but also its implication in the evolution of pathologies. We are sure that it is important for all myofunctional therapists to visualize the structures on which they work.

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10.7. PÓSTER 07 POTENCIAL DO TRABALHO CONJUNTO DA TERAPIA DA FALA COM A ORTODONTIA. - REVISÃO DA LITERATURA Marçalo, M. 1, Oliveira, F. 2, Figueiredo, A. 3 1,2,3

Mestranda em Terapia da Fala - Especialização em Motricidade Orofacial e Deglutição na Essa em parceria com o Instituto EPAP

O

INTRODUÇÃO s hábitos deletérios interferem nas funções orofaciais sendo fatores etiológicos do desequilibro muscular, podendo comprometer o desenvolvimento da oclusão normal, da morfologia e da função oral. Também a postura da língua é apontada como uma das principais causas de recidiva ortodôntica, enquanto as alterações de fala e de deglutição são referidas como intimamente relacionadas com más oclusões. Atualmente, as principais razões para encaminhamento pelos ortodontistas, para a terapia da fala, são interposição da língua,

deglutição atípica, entre outros, no entanto, o encaminhamento é limitado por falta de conhecimento do real papel do terapeuta da fala.

O objectivo deste trabalho será descrever os resultados obtidos no trabalho conjunto entre a terapia da fala e a ortodontia apresentados na literatura, dando a conhecer aos médicos dentistas ortodontistas o potencial deste trabalho em parceria.

MÉTODO Foi realizada uma revisão da literatura nas bases de dados Google académico, Medline, B-on e Cefac de artigos dos últimos 15 anos que descrevam o resultados do trabalho conjunto do terapeuta da fala com os médicos ortodontistas.

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RESULTADOS A literatura aponta a terapia miofuncional e a mioterapia como as técnicas mais utilizadas pelos terapeutas da fala no trabalho conjunto com a ortodontia. Quando o ortodontista não recorre ao trabalho da terapia da fala para reabilitação das funções existe ineficiência dos resultados, no entanto o trabalho em conjunto é produz resultados mais estáveis e completos. A literatura refere ainda que quando a terapia da fala é feita precocemente poderá evitar a necessidade de tratamento ortodôntico.

CONCLUSÕES A literatura descreve que o trabalho multidisciplinar entre a terapia da fala e a ortodontia produz resultados mais rápidos, com maior eficácia e eficiência.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS A interação da terapia da fala com a ortodontia é essencial para o sucesso e estabilidade do tratamento ortodontico, eliminando os riscos de recidiva da forma e da função do sistema estomatognático.

PALAVRAS-CHAVE Terapia da fala, Ortodontia, Intervenção terapêutica.

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10.8. PÓSTER 08 APLICABILIDADE DO IOWA ORAL PERFORMANCE INSTRUMENT EM INDIVÍDUOS COM PARKINSONISMO IOPI em indivíduos com Parkinsonismo (estudo exploratório) Rita Cardoso 1,3, Rita Loureiro 1,2, Helena Santos 2, Joana Carvalho 1,3, Josefa Domingos 1,3, Daniela Guerreiro 1, Isabel Guimarães 2; Joaquim J. Ferreira 1,3. Campus Neurológico Sénior; Torres Vedras, Portugal, 2 Escola Superior de Saúde do Alcoitão- Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Portugal, 3 Laboratorio de Farmacologia Clínica e Terapêutica, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, Portugal 1

O

INTRODUÇÃO Iowa Oral Performance Instrument é usado para medir a força e resistência linguais, sem dados normativos para a população com Parkinsonismo. Pretende-se avaliar a sua aplicabilidade em doentes com síndromas parkinsónicos com e sem declínio cognitivo.

MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo transversal, participantes com diagnóstico de Doença de Parkinson idiopática e Parkinsonismos atípicos. O protocolo do estudo envolveu a avaliação da força lingual (máxima, resistência e força durante a deglutição de saliva e líquidos na consistência néctar) medida com o Iowa Oral Performance Instrument (em quilopascal), da motricidade lingual e deglutição (Frenchay Dysarthria Assessment, V2) e a opinião do indivíduo sobre a perturbação da deglutição (Swallowing Disturbance Questionnaire).

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RESULTADOS Foram incluídos 24 adultos (13 homens e 11 mulheres), com idade média de 73 anos (desvio padrão=8.8), diagnosticados com Parkinsonismos atípicos e Doença de Parkinson há 6.43 anos (desvio padrão=4.6) e com demência (25%). Verificaram-se dificuldades na aplicação do protocolo (33%) devido a demência (21%), incapacidade para iniciar a propulsão lingual (8%) e reflexo de vómito (4%). Não existem diferenças significativas na força lingual - (peak max (41.1±2.8), peak máx na deglutição saliva (21.5±2.6) e peak máx na deglutição de néctar (22.4±2.0) e resistência lingual (12.7±3.3) - ao género, idade e diagnóstico (p>.005). A motricidade lingual é significativamente diferente em função do diagnóstico da doença (p<0.05). Foram encontradas correlações positivas significativas fortes entre os valores de peak máx e resistência lingual (r=0.857) e, moderadas entre o peak máx e a avaliação subjectiva da deglutição (r=0.61) e o peak máx na deglutição saliva e de néctar (r=0.67) e a resistência e a opinião do individuo sobre o problema de deglutição (r=0.53).

CONCLUSÃO E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS OU TERAPÊUTICAS Os dados preliminares apresentados, de força e resistência linguais, para a população em estudo, confirmam a aplicabilidade clínica do Iowa Oral Performance Instrument na avaliação da motricidade lingual de indivíduos com Parkinsonismo.

PALAVRAS –CHAVE Parkinsonian Disorders, Deglutition Disorders, Symptom Asessment.

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10.9. PÓSTER 09 EVIDENCIA CLÍNICA DE ACCESO ABIERTO PARA TERAPIA MIOFUNCIONAL Y MOTRICIDAD OROFACIAL Revisión Sistemática Cochrane Eliana E. Rivera C. 1, Heriberto J. Rangel N. 2, Carlos Alfonso Mantilla Duarte 3, Francisco José Albarracín 4 1,2,3,4

Universidad de Pamplona – Colombia

INTRODUCCIÓN

E

valuar la sensibilidad de uso de los descriptores Myofunctional Therapy y Orofacial Myology a partir del nivel de evidencia y grado de recomendación ofrecida en artículos de acceso abierto.

MÉTODOS Revisión Sistemática Cochrane; tipo: “otras revisiones”. Banco de Datos: PUBMED. Los conceptos básicos de búsqueda fueron categorizados en: funciones, estructuras y oclusión, los cuales se cruzaron con los descriptores Terapia Miofuncional y Motricidad Orofacial. Se generaron 47 cruces para la búsqueda. Se utilizó como escala para establecer los niveles de evidencia y grado de recomendación del artículo la propuesta del Center for Evidence-Based Medicine.

RESULTADOS El número de articulos por fase de revisión pasó de 1.791.324 a 0 para Orofacial Myology y de 1.836.20 a 20 para Myofunctional Therapy. De los 20 títulos econtrados solo 5 cumplen con los criterios de recomendación del Center for Evidence-Based Medicine. La tasa de disminución a partir de la inclusión del tercer criterio para Myofunctional Tehrapy fue: -88,86%, -60,87%, -5,95%, -79,50%, -98,62%, -80,00%; indicando que la inclusión del quinto criterio, refina de manera efectiva la búsqueda y para Orofacial Myology fue de -11,40%, -68,09%, -23,79%, -78,08%, -98,56%, -100,00% demostrando que este descriptor no arroja resultados para textos de acceso abierto... 87


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CONCLUSIONES El número de artículos de acceso abierto que puede ser utilizados por los clínicos en Terapia Miofuncional, equivale al 0,0025%, lo cual compromete la construcción de una cultura de la práctica clínica basada en evidencia. El descriptor de mayor sensibilidad para textos de acceso abierto es Myofunctional Therapy.

IMPLICACIONES CLÍNICAS Las barreras de acceso a la evidencia disponible limitan la toma de decisiones sobre la atención de los pacientes, lo que supone que el clínico debe basarse en su experiencia y reflexiones no sistemáticas para organizar los procesos de diagnóstico en Terapia Miofuncional.

PALABRAS CLAVES Práctica Clínica Basada en la Evidencia, Terapia Miofuncional, Acceso Abierto.

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10.10. PÓSTER 10 EFICÁCIA DO TRATAMENTO PRECOCE DE MALFORMAÇÕES ESQUELÉTICAS DE CLASSE III – ESTUDO DE INVESTIGAÇÃO Carla Lavado 1, Clara Lamela 2, Francisco do Vale 3 MédicaDentista; Especialização em Odontopediatriada Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, 2 Terapeutada Fala; Pós-graduçãoemIntervençãoTerapêuticaMotoraOral e Facial, 3 EspecialistaemOrtodontia; Coordenadorda Pós-graduação Ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

1

A

INTRODUÇÃO

malformação esquelética de Classe III caracteriza-se por uma relação sagital intermaxilar mesial. A alteração da relação sagital pode ser devido a uma hipoplasia maxilar, a um hipertrofia mandibular ou a ambos. A hipoplasia maxilar é caracterizada por uma deficiência sagital, vertical e transversal do osso maxilar, a qual requer uma intervenção precoce com aplicação de forças ortopédicas. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos sobre o esqueleto crâniofacial da máscara facial

ortopédica associada à disjunção palatina.

MATERIAIS E MÉTODOS O grupo A corresponde ao grupo de tratamento e inclui 29 crianças, entre os 4 e os 9 anos de idade, com malformação esquelética de Classe III, que realizaram o tratamento com máscara facial ortopédica e Quad-helix modificado. O grupo B corresponde ao grupo de controlo e inclui 18 crianças, com a mesma malformação, que não realizaram qualquer tratamento. No grupo A foram obtidas radiografias cefalométricas no início (T1) e no final (T2) do tratamento. No grupo B foram realizadas radiografias cefalométricas na primeira consulta (T1) e passados 12 meses (T2). Foram utilizadas 14 variáveis cefalométricas e o plano SN para orientação e referência da face, através do qual foi traçada uma linha perpendicular passando pelo ponto cefalométrico Sella. Comparamos valores entre T1 e T2 através de um teste de diferenças de médias, teste t de Student, com nível de significância 0,05. 89


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RESULTADOS Na comparação entre T1 e T2 do grupo A demonstraram-se diferenças estatisticamente significativas para todas as variáveis cefalométricas cujos pontos se situam no terço médio e superior do esqueleto craniofacial.

CONCLUSÕES Está provada a acção da máscara facial no deslocamento anterior do maxilar superior, permitindo corrigir precocemente malformações esqueléticas de Classe III com forte componente maxilar.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS OU TERAPÊUTICAS O tratamento precoce desta malformação induz alterações mais favoráveis no esqueleto craniofacial comparativamente a tratamentos iniciados em idades mais tardias.

PALAVRAS-CHAVE Maxillofacial abnormalities, extraoral traction appliances, orthodontic face bow.

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10.11. PÓSTER 12 RELAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS FACIAIS E A FORÇA DE LÍNGUA: ESTUDO PILOTO - TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO Farinha, J. 1 Justino, H. 2, Santos, R. 3 Terapeutada Fala no CMRRC-Rovisco Pais. 2 Fonoaudiólogo pela UNICAP. Especialista em Motricidade Orofacial CEFAC/CFFa; Mestre em Morfologia/Anatomia e Doutor em Nurtrição pela UFPE; Docentedo Departamento de Fonoaudiologia pela UFPE; Coordenador do curso do Programa de pós-graduação em Saúde da Comunicação Humana da UFPE; Docente dos cursos de Mestrado em Terapia da Fala e Especialização em Motricidade Orofacial Instituto EPAP/CEFAC - Saúde e Educação. (3)Terapeuta da Fala no Hospital Privado da Trofa, Mestre em Ciências da Fala e da Audição e Doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde. Assistente Convidadodo Curso de Licenciatura em Terapia da Fala na ESTSP-IPP, Docente Convidado no Mestrado em Motricidade Orofacial (ESSA/Instituto EPAP). 1

A

INTRODUÇÃO

avaliação da força de língua é usualmente avaliada de forma subjetiva. A avaliação objetiva da condição muscular é fundamental na intervenção com alterações miofuncionais orais. O Iowa Oral Performance Instrument é um instrumento que possibilita essa avaliação. Em estudos anteriores, os valores obtidos relacionaram a pressão da língua com idade e género. Para além das medidas quantitativas da língua, é possível obter outras medidas quantitativas da face através da antropometria, não tendo sido encontrados estudos que relacionassem

estas duas variáveis. O presente estudo apresenta como objetivo relacionar a altura e largura de face com a pressão de língua em jovens adultos.

MATERIAIS E MÉTODOS Estudo não experimental, descritivo-correlacional, transversal e exploratório. A amostra é não probabilística (n=30), com idades entre 18-31 anos e tipo de face Hiperleptoprósopo. A recolha dos dados foi realizada num único momento com recurso ao Iowa Oral Performance Instrument, e antropometria indireta (fotografia) e posterior análise com o software ImajeJ®. Para a análise estatística utilizou-se o Statistical Package for Social Sciences. Para a análise das variáveis quantitativas foi utilizado a média, desvio padrão, mínimo e máximo, e para as variáveis qualitativas, as frequências absoluta e relativas. Na relação entre a pressão de 91


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língua e os diferentes tipos faciais, foi utilizado o teste de correlação Tau de Kendall, sendo definido um nível de significância 5%.

RESULTADOS Não existe relação estatisticamente significativa (0.05) entre a altura, largura e índice morfológico da face quer com a pressão anterior quer com a pressão posterior da língua.

CONCLUSÕES Será pertinente realizar estudos com diferentes tipologias faciais, com amostras maiores de forma a existirem dados mais representativos.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS OU TERAPÊUTICAS A avaliação objetiva da condição muscular da língua, ou outras estruturas orofaciais, irá permitir um diagnóstico mais preciso e uma reavaliação mais específica das alterações obtidas.

PALAVRAS-CHAVE Pressão de Língua; Iowa Oral Performance Instrument; Tipologia Facial; Antropometria.

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10.12. PÓSTER 13 CORREÇÃO ESPONTÂNEA DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR POR ELIMINAÇÃO DE HÁBITO SUCCIONAL - CASO CLÍNICO SOARES, C. 1, Santos ,R. 2, Vega, S. 1, Amado, L. 3, Silva, A. D. 4, Pinto, J. C. 5 Médica Dentista (FMDUP), Aluna do Mestrado em Cirurgia Ortognática e Ortodontia (FMUP), 2 Terapeuta da Fala (ESTSP-IPP), Especialista em Terapia e Reabilitação, Mestre em Ciências da Fala e da Audição, Doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde (UA), Assistente Convidado ESTSP-IPP, 3 Médica Dentista (FMDUP), Docente convidada FMUP, 4 Médico Dentista (FMDUP), Pós Graduado e Mestre em Ortodontia pela FMDUP, Especialista em Ortodontia pela OMD, Doutorando em Ciências Médicas ICBAS, Docente convidado FMUP, 5 Médico Estomatologista, Diretor do Serviço de Estomatologia do CHSJ 1

O

INTRODUÇÃO s Hábitos Orais têm impacto no desenvolvimento do sistema estomatognático, podendo influenciar o crescimento das estruturas orofaciais e as relações oclusais existentes. Durante a primeira infância alguns destes hábitos são considerados normais e a sucção faz parte do desenvolvimento normal da criança. À medida que esta se desenvolve física e emocionalmente pode abandoná-los espontaneamente. No caso de persistirem, o desenvolvimento do sistema estomatognático poderá ser afectado.

O uso da chupeta é considerado um factor etiológico de más-oclusões, destacando-se as mordidas abertas anteriores. Alguns estudos demonstram que a permanência de hábitos orais disfuncionais aumenta a incidência destas anomalias.

DESCRIÇÃO DO CASO Paciente de 3 anos, género masculino, no qual após avaliação ortodôntica, se observaram sinais clínicos patognomónicos de uma mordida aberta anterior: compressão da arcada superior, inoclusão e protrusão incisiva. O exame clínico revelou persistir o uso de chupeta. Sem outras intercorrências de relevo (eg. alterações do foro de ORL).

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DISCUSSÃO Pretende demonstrar-se a importância da eliminação atempada de hábitos orais inadequados de modo a evitar o aparecimento de más-oclusões e/ou minimizar o seu impacto. O caso clínico em causa apresenta características clínicas típicas de uma mordida aberta anterior, originada pelo uso prolongado de chupeta. Os registos fotográficos intra-orais efectuados assim o demonstram. Após a cessação do hábito observou-se a autocorrecção desta anomalia sem recurso a qualquer tipo de aparatologia.

CONCLUSÕES A maioria dos estudos concorda que os hábitos de sucção não nutritivos devem ser eliminados precocemente. Para além dos 3 anos de idade, estes hábitos disfuncionais podem contribuir para o desenvolvimento de más-oclusões, alterações miofuncionais orofaciais e emocionais na criança.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS OU TERAPÊUTICAS A eliminação precoce do uso da chupeta pode promover atenuação ou a autocorreção de más-oclusões. Assim, a consciencialização da criança e dos pais acerca da importância da remoção do hábito torna-se essencial.

PALAVRAS-CHAVE “Pacifier”; “sucking habits”; “Anterior open bite; “Non-nutritive sucking”

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10.13. PÓSTER 14 MUDANÇA NAS ÁREAS NASAIS EM CRIANÇAS COM RESPIRAÇÃO ORAL APÓS LIMPEZA NASAL Ana Carolina Cardoso de Melo 1, Adriana de Oliveira Camargo Gomes 2, Daniele Andrade da Cunha 3, Hilton Justino Da Silva 4 1,2,3,4

A

UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

INTRODUÇÃO

avaliação instrumental da permeabilidade e função nasal vem se fazendo necessária ao longo dos anos, principalmente em indivíduos que apresentam uma respiração oral predominante. Crianças que respiram cronicamente pela boca podem desenvolver distúrbios da fala, deformidades da face, mau posicionamento dos dentes, postura corporal inadequada e alterações no sistema respiratório.

OBJETIVO

analisar mudanças ocorridas na geometria nasal, antes e depois da limpeza nasal através da rinometria acústica em crianças com respiração oral.

MÉTODO Foram selecionadas para este estudo piloto cinco crianças com idade entre quatro e 12 anos, sendo duas do sexo feminino e três do masculino. A coleta de dados foi realizada no laboratório multifuncional do departamento de Fonoaudiologia/UFPE. Inicialmente foi aplicado o Termo de Assentimento Livre Esclarecido ao responsável; em seguida foi aplicado o Protocolo de Classificação Funcional do Modo Respiratório, para o diagnóstico da respiração oral, seguindo com a realização da aeração nasal por meio do espelho milimetrado de Altmann e do exame da geometria nasal com auxílio da Rinometria Acústica. Após a limpeza nasal foram realizados os mesmos procedimentos.

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RESULTADOS Observou-se diferença estatisticamente significante na relação entre a aeração nasal antes e depois da limpeza nasal. Contudo, no que diz respeito à geometria das cavidades nasais analisadas pela rinometria acústica, não houve diferenças significativas nas medidas nas áreas de secções transversais e distâncias quando comparadas antes e depois da limpeza nasal.

CONCLUSÕES Diante dos resultados deste estudo piloto, podemos observar que não houve mudanças significativas nas áreas nasais aferidas pela rinometria acústica após a limpeza nasal. Contudo, o ciclo nasal pode ser observado em 80% da população, predominando a preferência respiratória pela narina direita, a que mais se aproximou com resultados estatisticamente significantes. O ciclo respiratório persiste durante a respiração bucal, oclusão nasal e anestesia tópica.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS OU TERAPÊUTICAS O valor clínico da rinometria acústica consiste em sua capacidade de medir a geometria nasal, sendo um instrumento importante para o acompanhamento clínico rinológico, auxiliando de forma eficaz na terapia fonoaudiológica em respiradores orais.

PALAVRAS-CHAVE Respiração Bucal, Rinometria Acústica, Limpeza nasal.

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10.14. PÓSTER 15 MORDIDA CRUZADA - CORREÇÃO DA FORMA PARA FACILITAR A FUNÇÃO DA FALA E PADRÃO DE MASTIGAÇÃO - CASO CLÍNICO Sandra Moisés 1, Noémia Eleutério Silva 2, Carina P. Leite Esperancinha 3, Cristina Pimenta Póvoas 3, Inês Mendes 4

A

INTRODUÇÃO

s mordidas cruzadas são más-oclusões bastantes frequentes que levam muitas vezes a problemas funcionais como alterações da fala por protrusão lateral da língua e aquisição de um padrão de mastigação unilateral. Segundo as Leis Planas de desenvolvimento dos maxilares, a mastigação é feita preferencialmente do lado da mordida cruzada. No entanto, a mastigação deve ser bilateral alternada, possibilitando a distribuição da força mastigatória, intercalando períodos de trabalho e de repouso musculares e articulares, levando à sincronia

e equilíbrio funcional e muscular. Já a mastigação unilateral, estimula inadequadamente o crescimento, que se pode tornar assimétrico e desequilibra a musculatura craniofacial.

O objetivo deste trabalho é salientar a necessidade de corrigir precocemente a mordida cruzada de modo a impedir um crescimento assimétrico e facilitar o trabalho mioterapeutico de correção da fala e do padrão de mastigação unilateral.

Será mostrado um caso clínico de uma paciente de 6 anos, enviada pela terapeuta da fala por dificuldade na articulação de sons e padrão de mastigação unilateral. Apresentava uma mordida cruzada posterior unilateral esquerda. Foi tratada com um aparelho ortopédico funcional, um SN 12 (Simões Network 12) em que a base é um aparelho pistas indiretas planas encapsulado, com uma aleta vertical do lado oposto à mordida cruzada, de modo a centralizar a mandíbula e descruzar a mordida.O tratamento durou 12 meses. Serão apresentadas fotos intra e extra-orais antes e depois do tratamento. A paciente foi sempre acompanhada pela terapeuta da fala.

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A mordida cruzada foi corrigida, a paciente adquiriu um padrão de mastigação bilateral alternado e houve uma correção da fala com correção e automatização dos sons /lh/, /s/, /j/ e /ch/.

A correção das mordidas cruzadas deve ser realizada o mais precocemente possível de modo a harmonizar o crescimento craniofacial e facilitar o restabelecimento das funções corretas da fala e do padrão de mastigação.

PALAVRAS-CHAVE Mordida cruzada; Mastigação unilateral; Protrusão lateral da língua; Correção precoce;

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10.15. PÓSTER 17 TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR DA CLASSE III – APARELHOS ORTOPÉDICOS FUNCIONAIS E TERAPIA DA FALA Helga Leite 1, Carina Pimenta 2, Carina Pereira Leite Esperancinha 3, Cristina Pimenta Póvoas 4

A

INTRODUÇÃO

base do tratamento ortopédico funcional na má oclusão de classe III consiste na correção das desproporções ósseas e / ou dentárias e funcionais. A correção da forma consistiu na expansão maxilar sagital e transversal e redireccionamento do crescimento mandibular com um suster da quantidade de crescimento mandibular. Do ponto de vista funcional, nesta má oclusão, ocorre a redução do espaço funcional oral superior e o aumento do espaço inferior que pode ser produzido pela interferência exercida pela língua, a qual se posiciona inferiormente,

proporcionando um estímulo para o aumento do crescimento mandibular. Nesse sentido, o tratamento funcional não reduz o volume da língua, mas preserva os seus movimentos e a sua posição postural que se irá adequar e passar a ter uma ação apropriada ao desenvolvimento dos maxilares.

OBJETIVO O objetivo deste trabalho é mostrar como o tratamento precoce com pistas diretas planas e com aparelho ortopédico funcional podem ajudar a corrigir a forma e posição dos maxilares assim como a posição e postura linguais. Em simultâneo atua a terapia da fala para equilibrar as funções orais de mastigação, deglutição e dicção.

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RESULTADOS Será apresentado um caso clínico de um paciente de género masculino com 5 anos, com uma classe I esquelética e classe III dentária e com dimensões maxilares normais. Apresenta mordida cruzada anterior. A terapeuta da fala identificou uma deglutição adaptada à forma, anteriorização da língua e distorções da articulação da fala. A abordagem inicial foi a colocação de pistas diretas planas nos incisivos decíduos superiores para reposicionamento mandibular e melhorar o contacto incisivo. Nesta fase o paciente foi encaminhado à terapia da fala, mas não efetuou tratamento. Foi observado durante 18 meses para controlo das pistas. Aos sete anos o paciente ainda apresentava alterações na dicção e posição baixa e anteriorizada da língua, segundo a terapeuta da fala. Foi então colocado um aparelho ortopédico funcional, um SN3 – Simões network 3 - “ Lower Winglets Model”, para promover alteração da posição postural da língua, promover expansão do maxilar superior e controlar o crescimento mandibular. O aparelho foi utilizado por 12 meses. A criança foi acompanhada com terapia miofuncional durante todo o tratamento. Mostram-se fotos intra e extra-orais iniciais e finais e do aparelho utilizado.

CONCLUSÕES Em conclusão, o tratamento multidisciplinar precoce com ortopedia funcional e terapia da fala pode ser fundamental para se obter correções mais estáveis e que permitam ao paciente crescer com funções orais adequadas; estas, por sua vez, permitirão um crescimento craniofacial mais harmonioso.

PALAVRAS-CHAVE Ortopedia Funcional dos Maxilares; OFM; Odontopediatria; Má-oclusão classe III; Correção precoce; Tratamento Multidisciplinar; Terapia miofuncional; Terapia da Fala

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10.16. PÓSTER 18 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA PRESSÃO DE LÍNGUA EM ADOLESCENTES COM RESPIRAÇÃO ORAL Priscila Rossany De Lira Guimarães Portella 1, Daniele Andrade da Cunha 2 Hilton Justino da Silva 3, Luciana Moraes Studart Pereira 4, Ricardo Santos 5 1,2,3,4

UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 5 Instituto EPAP - Ensino Profissional, Avançado e Pós-graduado

A

INTRODUÇÃO

Respiração Oral pode ser causada por alguma alteração no padrão respiratório nasal. A mudança de padrão respiratório pode ocorrer devido a causas orgânicas e hábitos viciosos. Os acometimentos gerados pela respiração oral são diversos, causando alterações de desenvolvimento da musculatura, principalmente a orofacial. O objetivo para esse estudo foi comparar a pressão de língua em adolescentes com respiração oral e adolescentes sem respiração oral.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi iniciada após liberação CAAE N° 31251014.8.0000.5208. O estudo foi realizado em um hospital e em um colégio de aplicação da região, nestas instituições foi possível a obtenção do número de 41 indivíduos, obedecendo aos critérios de exclusão: adolescentes com comprometimentos neurológicos, psíquicos e/ou cognitivos; adolescentes com deficiência visual, auditiva e/ou motora; adolescentes com anormalidades craniofaciais; adolescentes com frênulo lingual curto e/ou palato ogival; adolescentes que utilizassem aparelhos ortodônticos. Os indivíduos foram classificados em grupos de respirador oral (16) e respirador nasal (25). A definição do diagnóstico da respiração oral foi realizado através da avaliação clínica associado a exames complementares. Para essa pesquisa, primariamente, foi realizada a entrevista e classificação funcional do modo respiratório dos indivíduos para definir o diagnóstico de respiração oral ou respiração nasal complementando esse diagnóstico, através da observação dos exames anexados em prontuários dos indivíduos classificados como respiradores orais, após isso foram avaliadas quantitativamente as médias das 3 solicitações de pressões máxima de língua de cada adolescente, durante 2 segundos. Através 101


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do instrumento Iowa Oral Performance Instrument foi possível caracterizar o número, em quilopascal (Kpa), das pressões máximas da língua dos adolescentes.

RESULTADOS os respiradores orais adolescentes apresentaram diferença significativa p<0,023, de acordo com o recurso da estatística do programa SPSS, na média das pressões máximas de língua, quando comparados com os respiradores nasais. Sendo a média das pressões máximas de língua para os respiradores orais de 51,35Kpa e para os respiradores nasais, 57,27Kpa confirmando a hipótese desse estudo.

CONCLUSÃO Os resultados encontrados para o grupo de respiradores nasais concordam com a literatura quando relacionada com os valores encontrados em indivíduos normais. Porém os resultados no grupo de respiradores orais contrapõem os valores de normalidade para a população adolescente. Indicando que adolescentes classificados como respiradores orais, possuem pressão de língua diminuída quando comparada com a pressões de língua em adolescentes com respiração nasal.

PALAVRAS-CHAVE Respiração Oral. Língua. Fonoaudiologia. Pressão de Língua. IOPI.

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10.17. PÓSTER 19 DESCRIPCIÓN DE REFLEJOS Y FUNCIONES OROFACIALES EN UN GRUPO DE RECIÉN NACIDOS PREMATUROS EXTREMOS Reflejos y funciones orofaciales en recién nacidos prematuros extremos María Angélica Fernández Gallardo 1, Belén González Alvarado 2, Camila González Venegas 3, Mariana Vargas Iturra 4, Javiera Vargas Keith, Estefanía Vega Cid 5, Stephanie Vidal Belmar 6 1,2,3,4,5,6

E

Universidad de Chile

INTRODUCCIÓN n los últimos años se ha incrementado la sobrevida de niños prematuros extremos, condición a la cual se asocia la presencia de un patrón de coordinación succión-deglución inmaduro, no pudiendo ser alimentados por vía oral, y alterando el desarrollo del sistema estomatognático y engramas motores orofaciales. El objetivo del estudio es caracterizar el rendimiento de reflejos orales, succión nutritiva y no nutritiva en un grupo de recién nacidos prematuros extremos.

MATERIAL Y MÉTODOS

Previa firma de consentimiento informado, se evaluaron 25 lactantes prematuros extremos, estando estables medicamente y sin daño neurológico, con un promedio de 34 semanas de edad corregida. Se aplicó “Protocolo de Evaluación de Funciones Orofaciales”, evaluando reflejos orales, succión nutritiva y no nutritiva, observándose: prensión, movimiento lingual y mandibular, acanalamiento lingual, ritmo, fuerza y frecuencia. Al ser un estudio descriptivo, el análisis de datos se realizó de manera porcentual.

RESULTADOS Los reflejos orales más alterados fueron el reflejo de búsqueda (84%) y protrusión lingual (84%). En succión no nutritiva, la totalidad de la muestra presentó succión ineficiente (100%), siendo el ritmo el parámetro más alterado

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(80%). En succión nutritiva, 0% de la muestra presentó una succión eficiente y el parámetro de succión más alterado fue el ritmo (88%), seguido de prensión (76%). La coordinación succión-deglución-respiración estuvo alterada en 76% de la muestra.

CONCLUSIONES Se considera que una alteración de los reflejos orofaciales puede dificultar el proceso de alimentación. La mayoría de los reflejos orales se encontró adecuado salvo los reflejos de búsqueda y protrusión lingual. La totalidad de la muestra, tanto para succión no nutritiva como nutritiva tuvo un rendimiento ineficiente, siendo el parámetro de succión más alterado el ritmo de succión.

IMPLICANCIAS TERAPÉUTICAS La caracterización de funciones orofaciales en esta población es relevante para poder determinar qué parámetros se deben intervenir tempranamente y así hacer el tránsito a una alimentación oral más segura, eficiente y agradable, mejorando mejorar su calidad de vida.

PALAVRAS-CHAVE Niños prematuros extremos, succión nutritiva, succión no nutritiva, reflejos orofaciales

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10.18. PÓSTER 20 DESCRIÇÃO DA ANÁLISE ACÚSTICA DA DEGLUTIÇÃO PÓS ELETROESTIMULAÇÃO NEUROFUNCIONAL: RELATO DE CASO Uso de Eletroestimulação em Esclerose Múltipla, relato de caso Mariana Ribeiro Lopes Neves 1, Suellen Almeida Santiago 2, Elisa Dahia Almeida 3, Yonatta Salarini Vieira de Carvalho 4, Mariana Pinheiro Brendim 5, Charles Henrique Dias Marques 6 1,2,3,4,5,6

E

Universidade Federal do Rio de Janeiro

INTRODUÇÃO sclerose Múltipla é doença neurodegenerativa que pode provocar alterações na fisiologia da deglutição. O estudo teve como objetivo descrever o registro acústico da deglutição pré e pós-intervenção utilizando eletroestimulação funcional associada a exercício de excursionamento laríngeo.

DESCRIÇÃO DO CASO

Sexo feminino, 44 anos, 11 anos diagnosticada com esclerose múltipla e relato recente de dificuldade deglutitória com estase para diferentes consistências. Intervenção semanal com eletroestimulação tipo FES, frequência 80 Hz e 300 Hz’s de duração da fase durante 20 minutos associada ao exercício de Shaker adaptado. Registrados sinais acústicos de líquido fino e néctar (5ml e 10ml), captados com microfone unidirecional na região medial da cartilagem cricóide. Análise realizada pelo Praat 4.4.2. Número de componentes, quantidade de deglutições, duração (em segundos), picos de intensidade (decibéis) e de frequência (Hertz) foram respectivamente: 5ml líquido fino pré-intervenção: 3; 1; 0,28; 76,86; 2706,33; pós-intervenção: 2; 1; 0,19; 71,76; 2219; 10ml líquido fino pré-intervenção: 3; 3; 0,35; 77,98; 2852,88; pós-intervenção: 2; 2; 0,46; 69,48; 2027,85; 5ml néctar pré-intervenção: 3,5; 2; 0,40; 78,75; 2977,43; pós-intervenção: 2; 1; 0,35; 59,25; 965,4; 10ml néctar pré-intervenção: 5,5; 2; 0,79; 79,58; 2796,67; pós-intervenção: 2,5; 2; 0,30; 65,24; 1561,8.

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Nos registros pré-intervenção néctar (10ml) encontraram-se sinais sugestivos de adução glótica e estase.

DISCUSSÃO Dados demonstram redução do número de componentes com melhora da qualidade espectográfica e ausência de ruídos. Registros pós-intervenção sugerem menor esforço e melhor eficiência na excursão laríngea com diminuição da quantidade de deglutições. O tempo de duração reduzido inferiu trânsito orofaríngeo mais rápido favorecendo a passagem do bolo.

CONCLUSÃO A intervenção fonoaudiológica com eletroestimulação demonstrou ser eficaz para evolução deste caso com melhora nos registros pós-intervenção.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS Sugerem-se novas pesquisas a fim de esclarecer o uso desse instrumento na clínica dos transtornos de deglutição e consequentes mudanças na função deglutitória e qualidade de vida desses indivíduos.

PALAVRAS-CHAVE Uso de Eletroestimulação em Esclerose Múltipla, relato de caso.

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ISBN: 978-989-99356-0-0


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10.19. PÓSTER 22 CARACTERIZAÇÃO DO MODO RESPIRATÓRIO ORAL E ALTERAÇÕES POSTURAIS EM CRIANÇAS DE UMA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA Trabalho de Investigação Janieny Vieira da Silva 1, Liliane Pereira 2, Adriano Rockland 3, Ricardo Santos 4, Inês Lopes 5 1,2,3,4

P

Instituto EPAP Brasil, 1,3,4 Instituto EPAP Portugal, 1,3,4 Instituto EPAP Espanha, 1,3,4 CEFAC - Saúde e Educação, 5 Instituto Universitário de Lisboa

INTRODUÇÃO retende-se caracterizar o modo respiratório oral e as alterações posturais presentes em crianças com respiração oral.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado um estudo analítico, observacional do tipo seccional, realizado numa Clínica de Odontopediatria, em maio de 2013. Participaram 30 crianças entre 6 e 12 anos de idade, em acompanhamento odontológico, sem alterações neurológicas ou síndromes. A recolha de dados foi realizada através de uma entrevista para seleção das crianças respiradoras orais e verificação da capacidade de permeabilidade nasal; para caracterização do modo oral em misto (oronasal) ou com predomínio oral; e verificação da postura pelo método Kendall (análise da influência do modo respiratório na postura). A análise do modo respiratório e das alterações posturais foi realizada pelo Exato de Fisher, sendo estabelecido um nível de significância de 5% (p<0.05). O modo respiratório oral foi caracterizado como misto para as crianças cujo fluxo respiratório na aeração ocorria pela região nasal e oral, encontrado em 97%. Para as crianças que mantinham a boca permanentemente entreaberta e a aeração nasal limitada, o modo respiratório foi caracterizado como predominantemente oral, obervado em 7%.

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RESULTADOS Foram encontradas alterações posturais relativamente à posição de cabeça, ombros, abdomén, tórax e dorso, coluna lombar, pelvis e joelhos na maioria das crianças com modo respiratório misto, e em 100% das crianças com predomínio oral. Verificou-se uma associação significativa entre a alterações da postura de ombros (rotação anterior) e o modo respiratório com predomínio oral (p-valor <0,01).

CONCLUSÃO Verificou-se maior prevalência de respiradores de modo misto. As alterações posturais estavam presentes em ambos os modos respiratórios. A criança com predomínio oral apresenta alterações posturais caracterizada por rotação anterioir dos ombros e compensações ao nível da cintura escapular.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS O conhecimento da relação entre modo respiratório e alterações posturais favorecem o correcto diagnóstico e planeamento terapêutico adequado.

PALAVRAS-CHAVE Respiração Oral; Postura; Terapia da Fala; Odontopediatria

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10.20. PÓSTER 23 ESCORES PARA FRÊNULO LINGUAL E CARACTERÍSTICAS DA OCLUSÃO DENTÁRIA EM CRIANÇAS Um estudo transversal Luciana de Barros Correia Fontes 1, Leonardo Cavalcanti Bezerra Santos 2, Niedje Siqueira de Lima 3, Sônia Maria Soares da Silva 4, Acácia de Souza Barros 5, Amanda Souza Carvalho 6, Franciele Gomes Alves de Melo 7, Nathalia Kelly Veloso de Lima 8, Waniere Hortência Nóbrega Santos 9, Priscila Ribeiro da Cunha 10, Rafaela do Couto Melo 11, Ronildo Lima da Silva 12, Thaisy Santana da Silva 13, Hilton Justino da Silva 14, Daniele Andrade da Cunha 15 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15

A

Universidade Federal de Pernambuco

INTRODUÇÃO

inserção anteriorizada do frênulo lingual em bebês, frequentemente denominada língua presa pode estar associada a problemas futuros no desempenho das funções orais e da oclusão dentária. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os níveis de inserção do frênulo lingual, com relação à indicação cirúrgica e as características da oclusão dentária em crianças. Em acréscimo verificar uma associação possível entre esses.

MATERIAIS E MÉTODOS

Desenvolveu-se um estudo transversal, com a avaliação de crianças de dois anos de idade, portadoras da dentadura decídua completa, atendidas em projeto de extensão direcionado ao Teste da Linguinha, em universidade pública, na área metropolitana de cidade do nordeste do Brasil. O protocolo de avaliação do frênulo lingual abrange a inspeção visual e a palpação do frênulo lingual dos bebês, com o estabelecimento de escores funcionais; estes a partir de estudo de Martinelli e colaboradores. Obteve-se a amostra por demanda espontânea dos pacientes,entre os meses de julho a novembro de 2014. Construiu-se um banco de dados, com análise estatística descritiva e inferencial, a partir de um intervalo de confiança de 95% e do software Statistical Package for the Social Science, na sua versão 20.

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RESULTADOS A amostra abrangeu 21 bebês, sendo 13 do sexo feminino. Desses, o escore médio da avaliação do frênulo lingual foi 6, com mínimo de 0 e máximo de 14; 42.9% das crianças avaliadas apresentavam arco tipo II de Baume para a maxila e a mandíbula, 33,3% possuíam arco misto, superior do tipo I e inferior do tipo II e 23,8% arco tipo I para maxila e mandíbula. Em 23,8% dos investigados constatou-se mordida aberta anterior e para 14,3% mordida cruzada anterior, sendo os maiores escores estabelecidos para os últimos, com associação significante, p<0.05 entre as más oclusões e escores superiores a 9.

CONCLUSÃO Houve associação entre os escores superiores a nove, que sinalizam para a necessidade de intervenção cirúrgica no frênulo e as más oclusões constatadas.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS Reforço para a indicação cirúrgica em alterações do frênulo, com a cautela pela limitação do estudo, principalmente no tamanho e representatividade amostral.

PALAVRAS-CHAVE Lingual frenum, Malocclusion, Children.

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10.21. PÓSTER 24 INTERDISCIPLINARIDADE EM RESPIRAÇÃO ORAL: RELATO DE CASO Estudo de Caso Anderson Weyder Silva De Jesus 1, Ana Carolina Cardoso de Melo 2, Amanda Souza Carvalho 3, Ana Carollyne Dantas de Lima 4, Izabella Maria da Silva Santos 5, Klyvia Juliana Rocha de Moraes 6, Renata Andrade da Cunha 7, Sandro Júnior Henrique Lima 8, Wigna Rayssa Pereira Lima 9, Luciana de Barros Correia Fontes 10, Leonardo Cavalcanti Bezerra Santos 11, Niedje Siqueira de Lima 12, Sônia Maria Soares da Silva 13, Hilton Justino da Silva 14, Daniele Andrade da Cunha 15 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15

A

Universidade Federal de Pernambuco

INTRODUÇÃO

respiração oral tem sido um tema bastante discutido entre os fonoaudiólogos, dentistas e médicos das diferentes especialidades. Observamos que o atendimento aos pacientes portadores de alterações de respiração aumentou muito e a importância que pacientes e familiares têm dado a este assunto é muito maior do que antigamente.

OBJETIVOS

Descrever um caso clínico avaliado por uma equipe interdisciplinar do projeto de extensão que atende crianças com respiração oral.

DESCRIÇÃO DO CASO Paciente do sexo masculino, 06 anos, com diagnóstico médico de rinite alérgica, encaminhado para avaliação fonoaudiológica com dificuldade de respirar pelo nariz e alteração postural. Foi realizada uma avaliação interdisciplinar, pelo profissional Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional e

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Alergologista Pediatra, por meio de protocolos específicos como: Avaliação Clínica Fonoaudiológica; Protocolo de Antropometria Facial; Protocolo de Avaliação de Pressão de Língua; Software de Avaliação Postural (SAPO); Questionário de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação e do Perfil Sensorial.

DISCUSSÃO Observou-se que o paciente apresenta alterações miofuncionais orofaciais, como diminuição de força, tônus e mobilidade de língua, lábios e bochechas, secundário a respiração oral. Alterações posturais, como cabeça inclinada à direita e levemente anteriorizada e ombro esquerdo mais elevado.

CONCLUSÃO Com as avaliações observamos a importância da equipe interdisciplinar no atendimento a indivíduos com respiração oral. A partir da análise desses resultados iniciamos o tratamento fonoaudiológico, fisioterápico, terapia ocupacional e nutricional, a fim e reestabelecer o equilíbrio das estruturas orofaciais e posturais, melhorar a coordenação e o planejamento dos movimentos visando sucesso nas atividades realizadas rotineiramente, bem como o modo respiratório mais próximo do fisiológico.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS/TERAPÊUTICAS O paciente após intervenção fonoaudiológica alcançou o modo respiratório mais próximo da normalidade, resultando no aumento de tônus, força e mobilidade das estruturas orofaciais.

PALAVRAS-CHAVE Avaliação, Respiração Bucal e Interdisciplinaridade.

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10.22. PÓSTER 25 RONCO E QUALIDADE DE VIDA EM ADULTOS JOVENS Ronco x qualidade de vida - Estudo transversal Caroline Luz de Jesus 1, Marisa Sacaloski 2, Silvia Fernandes Hitos 3 1,2,3

FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas

INTRODUÇÃO O ronco, além de ser considerado um incômodo social, é um fator que está relacionado com qualidade de vida, pois é considerado um dos principais sintomas no diagnóstico da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono.

OBJETIVOS Verificar a relação entre queixa de ronco e sonolência diurna com a qualidade de vida em adultos jovens.

MÉTODO Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, parecer nº 610.908. 100 adultos jovens (19 a 24 anos), alunos universitários após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, responderam o questionário auto-admnistrado sobre qualidade de vida. Somente os que apresentavam queixa de ronco responderam o questionário de Berlim e a Escala de Sonolência de Epworth.

RESULTADOS 50% da amostra apresentaram queixa de ronco e, 25% destes, alto risco para apnéia. O ronco e sonolência diurna não foram considerados, pelos sujeitos da pesquisa, fatores prejudiciais á qualidade de vida. Diferente da alimentação, os aspectos relacionados ao sono ( poucas horas ou intranquilo), comunicação ( dificuldade de compreender e serem compreendidos) , respiração (problema nasal, cansaço ao correr, tosse, coceira ocular) e condição dentária (aparência dentária, estética) correlacionaram-se entre si significativamente como 113


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fatores considerados interferentes na qualidade de vida pelos indivíduos da pesquisa . Indivíduos, identificados pelas escalas, com alto risco para apnéia referem mais sonolência diurna que os que apresentam baixo risco.

CONCLUSÃO Adultos jovens não relacionaram o ronco e a sonolência diurna com prejuízos na qualidade de vida. A presença de sonolência diurna deve ser verificada em indivíduos com queixa de ronco, uma vez que é freqüente em pessoas com alto risco á apnéia do sono.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS Adultos jovens devem ser assistidos pelo fonoaudiólogo de forma preventiva ou reabiltadora. Orientar esta população e tratar sobre ronco e apnéia pode ser a chave para a diminuição de problemas constitucionais e circunstanciais no idoso.

PALAVRAS-CHAVE Ronco, Sono, Qualidade de vida.

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10.23. PÓSTER 26 SÍNDROME DA BRIDA AMINIÓTICA: UMA ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR ESTUDO DE CASO Tatiane Chagas Silva 1, Carlos Elias de Freitas 2, Gabriele Guimarães Gonçalves 3, Murillo Leite Mascarenhas 4 1,2,3,4

Centro Neural - GRUPO Lusófona

Fonte de Financiamento: Centro Neural - GRUPO Lusófona

A

INTRODUÇÃO

Síndrome da brida amniótica é uma variável de condição esporádica com espectro que inclui anéis de constrição, pseudosindactilia amputações, múltiplas anormalidades craniofaciais associado a fendas orofaciais, parede do corpo visceral e abortos espontâneos. Sua incidência é de 1:1200 a 1:15000 nascimentos.

OBJETIVOS

Compreender a importância da intervenção precoce, interdisciplinar, na síndrome de brida amniótica.

MATERIAIS E MÉTODOS Após 10 dias de nascida iniciou-se o tratamento fonoaudiológico pré cirúrgico.Atuando nas suas funções estomatognaticas, através adequação e adaptação de sua mobilidade, tonus, sensibilidade e inervação. Com 24 meses foi submetida a abordagem cirúrgica para corrigir hipertelorismo. Utilizando abordagens intra e extracranianas por meio da osteotomia em caixa das órbitas. Uma incisão coronal foi utilizada para obter exposição subperiosteal dos ossos frontais, órbitas e parte superior do terço médio da face. A paciente foi submetida a craniotomia frontal, osteotomias orbitais circunferenciais e osteotomias nos pilares zigomaticomaxilar e nasomaxilar. A osteotomia segmento frontoetmoidal central foi planejado para ressecção devido a uma

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fístula craniofacial anterior, na qual foi realizada correção cirúrgica aos 34 meses através da abordagem multidisciplinar cirurgia bucomaxilofacia com neurocirurgia. Após a remoção do segmento médio, órbitas foram translocadas medialmente. Cantopexia Medial foi realizada utilizando a fiação transnasal. Processos nasofrontal da maxila foram fixadas com fios, e os pilares verticais foram fixados com placas e parafusos de titânio Durante todo o processo cirúrgico e de desenvolvimento infantil até 34 meses, foram realizados atendimentos fonoaudiologicos, na freqüência de 3 vezes por semana.Associado à utilização de 4 protocolos de disfagia, com atendimentos diários, por dez dias consecutivos. primeiro com 6 meses, o segundo aos 12 meses, o terceiro aos 18 meses e o quarto aos 24 meses.Os procedimentos utilizados eram baseados na abordagem do desenvolvimento infantil e sua neurofisiologia global e específicas das funções estomatognaticas, com técnicas de adequação dos pontos motores, reflexos e funções de mastigação, deglutição, respiração, mímicas, fala e transcição alimentar.

DESCRIÇÃO DO CASO IVSF de 2 anos, sexo feminino, natural de Salvador-Bahia, pais não consanguíneos, mãe com 28 anos, pai com 32 anos e hipertenso. Na 12ª semana foi diagnosticado hidrocefalia e na 20ª semana a malformação por brida amniótica. Parto cesáreo, com 35 semanas, APGAR 7/8, baixo peso, desconforto respiratório, icterícia leve, encefalocele, fissura craniofacial, translocação nasolabial, atresia de coanas, hipertelorismo, leucoma congênito e malformação de membros superiores e inferiores. Ao nascimento , I.V. foi avaliada por uma equipe especializada de reabilitação fonoaudiologica, Bucomaxilo e neuropediatriaca.Evidenciando a necessidade da abordagem transdisciplinar.

RESULTADOS Durante todo o processo cirurgico e de reabilitação, foi possivel adequar e adaptar seu desenvolvimento infantil relacionado à sua sensibilidade peri e intra oral, reflexos, sucção, mastigação, deglutição, respiração, fala e transcição alimentar.Esses resultados obtidos foram mensurados, em avaliação transdisciplinar, através de um protocolo desenvolvido pela equipe, aonde comprovou-se a melhora em 95% das suas funções estomatognáticas e aceitação da transição alimentar.

DISCUSSÃO Estudos apontam que em 77% dos casos apresentam os anéis de constrição dos dedos das mãos e dos pés associados com múltiplas anomalias. Remetendo a importancia da abordagem transdisciplinar 116

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transdisciplinar em casos de sindrome de brida amniótica. Entrentanto, o presente relato de caso, revela a eficácia dessa intervenção na melhoria significativa da qualidade de vida desta paciente.

CONCLUSÃO As síndromes de brida amniótica com malformações orofaciais, afetam de forma significatica as funções estomatognáticas. Portanto, faz-se necessário a atuação fonoaudiólogica e bucomaxilofacial no processo de reabilitação. Assim, o estudo de caso denota a importância da atuação transdisciplinar para o adequado desenvolvimento infantil principalmente no que se refere a suas funções vitais.

PALAVRAS-CHAVE Fonoaudiologia, Cirurgia Maxilofacial, Reabilitação, Equipe Interdisciplinar.

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10.24. PÓSTER 27 TERAPIA MIOFUNCIONAL NA ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA CONGÊNITA ESTUDO DE CASO António Vieira 1, Janieny Vieira da Silva 2, Adriano Rockland 3 1,3

A

Instituto EPAP Portugal, 2 Instituto EPAP Brasil, 2,3 CEFAC - Saúde e Educação

INTRODUÇÃO

artrogripose é uma afecção decorrente de um defeito ou degeneração das células do corno anterior da medula espinhal de caráter não progressivo, causando malformação congénita. É caracterizada por múltiplas contraturas articulares provocando limitação na mobilidade articular e rigidez de tecidos moles, provocando atrofia pela substituição de tecido fibrogorduroso. A terapia miofuncional visa promover o equilíbrio dos elementos estruturais e funcionais de acordo com a possibilidade apresentada pelo sistema estomatognático através

de técnicas específicas para regulação do tónus favorecendo a flexibilidade muscular e dinâmica funcional. P.C.S.M., 41 anos, nasceu com artrogripose múltipla congénita, com acometimento nos membros superiores e inferiores, e depressão do osso esterno na parede torácica, comprometendo significativamente a função respiratória. Apresentava prognatismo realizando cirurgia ortognática para reposicionamento maxilomandibular aos 38 anos de idade. Após este procedimento manifestou parestesia do nervo alveolar inferior, rigidez na musculatura mastigatória e contratura na articulação temporomandibular, provocando limitação dos movimentos mandibulares com implicações diretas nas funções de respiração, mastigação, deglutição e fonoarticulação. A sua respiração era de modo oral, a mastigação com ciclos verticais e reduzidos sem eficiência mastigatória, a deglutição com baixa força de ejeção e compensações cervicais, a fonoarticulação restrita com redução da intensidade vocal e inteligibilidade. Devido à perda de flexibilidade muscular e à contratura articular, que limita os movimentos mandibulares e orofaciais, há dificuldades em manter o fluxo respiratório, em preparar e controlar o bolo alimentar para deglutir, e em harmonizar os aspectos fonoarticulatórios, tendo limitações na inteligibilidade da fala. Durante um ano de terapia miofuncional, foram realizadas técnicas isotónicas para flexibilidade muscular mastigatória e orofacial, implementando o aumento da amplitude dos movimentos mandibulares e da 118

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mímica facial. Após este resgate foram desenvolvidas terapias isométricas e isocinéticas para fortalecimento e resistência dos grupos musculares e estimulação sensorial com mudança de temperatura e texturas nas áreas com parestesia. À medida em que os exercícios foram efetuados, direcionou-se os movimentos para as atividades das funções estomatognáticas, havendo o redirecionamento dos ciclos mastigatórios com ganho de amplitude, o que auxiliou junto as técnicas específicas para força na musculatura extra e intra-oral o controle do bolo alimentar para trituração. A força de ejeção foi aumentada, reduzindo os movimentos compensatórios cervicais. Quanto à sensibilidade do lábio inferior, os movimentos mastigatórios e da musculatura orofacial foram aumentados, havendo ganhos na inteligibilidade da fala, que com a regulação da entrada do fluxo respiratório via nasal, permitiram também ganho da intensidade vocal. Embora mantennha uma leve limitação dos movimentos mandibulares e das funções orofaciais devido ao encurtamento e atrofia muscular apresentada, foi evidenciado neste caso, que as implicações miofuncionais orofaciais causadas pela artrogripose podem ser amenizadas pela intervenção da Terapia da Fala proporcionando uma regulação da funcionalidade do sistema estomatognático.

PALAVRAS-CHAVE Artrogripose Múltipla Congênita; Terapia Miofuncional, Terapia da Fala.

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10.25. PÓSTER 28 DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES NA INFÂNCIA Uma revisão descritiva 1

PEREIRA, S., 2 Leitão, M., 3 Silva, C., 1,2,3

N

UFP - Universidade Fernando Pessoa

INTRODUÇÃO a infância ocorre o desenvolvimento da fonação, mastigação e deglutição, cuja aprendizagem, utilização e desenvolvimento serão fulcrais nas seguintes etapas do crescimento. Hábitos parafuncionais como onicofagia, sucção não-nutritiva, respiração bucal e deglutição atípica podem comprometer o desenvolvimento de diversas estruturas e provocar desordens temporomandibulares. Apesar de não se conhecer uma causa única, sabe-se que o bruxismo está intimamente ligado às desordens temporomandibulares, começando por vezes na

infância, mesmo antes da erupção do primeiro dente.

MATERIAIS E MÉTODOS Pesquisa na base de dados PubMed de artigos de revisão, revisão sistemática e ensaios clínicos, sobre

desordens

temporomandibulares

na

infância,

publicados

entre

2010-2014.

Das

2182

publicações encontradas, 8 cumpriam os critérios de inclusão e apresentavam relevância científica. Artigos que não referiam dados da infância ou publicados antes de 2010 foram descartados.

RESULTADOS Os

estudos

de

desordens

predominante,

analisados

apresentam

diferentes

temporomandibulares. apresentando

em

A 6

dor artigos 120

prevalências de uma

cabeça alta

de

sinais

é

um taxa

e

sintomas

dos

sintomas

de

prevalência.

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A influência do género é controversa, não havendo distinção na prevalência de um sobre o outro, mas 6 artigos referem mais sintomas nas raparigas e apenas 1 reporta mais casos de bruxismo noturno em rapazes. Sete artigos referem uma relação íntima entre ansiedade e estas patologias, correlacionando-a com sintomas de tensão muscular e hábitos parafuncionais, que indiretamente são também factores predisponentes. A presença de mordida aberta e/ou cruzada poderá estar associada à susceptibilidade para a doença, segundo 4 artigos. No entanto, a associação entre factores oclusais e desordens temporomandibulares não está completamente esclarecida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A consciencialização dos responsáveis para uma supervisão das crianças, evitando ou detectando precocemente transtornos no desenvolvimento das diferentes estruturas anatómicas é extremamente importante. É também responsabilidade do Médico Dentista, já que uma precoce e correcta avaliação contribui para um melhor prognóstico.

PALAVRAS-CHAVE “childbruxism”, “temporomandibular disorders children”, “temporomandibular disorders”, “childhood”.

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10.26. PÓSTER 29 A ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO CONTEXTO MATERNO-INFANTIL Relato de experiência Marlon Bruno Nunes Ribeiro 1, Tatiana Coelho Lopes 2, Elysângela Duarte Dittz 3, Graduando do curso de Fonoaudiologia da UFMG e bolsista do programa PET-Vigilância UFMG, 2 Fisioterapeuta do Hospital Sofia Feldman e preceptora do programa PET-Rede Cegonha UFMG. 3 Professora do curso de Enfermagem da UFMG e Tutora do programa PET-Vigilância UFMG.

1

Fonte de financiamento: PET (Programa de Ensino pelo Trabalho) programa vinculado ao Ministério da Saúde do Brasil.

O

INTRODUÇÃO programa Pet Saúde III – Vigilância é um programa do Ministério da Saúde do Brasil que visa o aprendizado dos estudantes através do trabalho. Um dos subprojetos é o PET-Vigilância com o tema: “Vigilância de óbito: contribuições para a redução da morbimortalidade materna e infantil em situações de risco habitual”, cujo campo de atuação é um Hospital Público Amigo da Criança, situado na cidade de Belo Horizonte. O objetivo deste trabalho é relacionar a teoria acadêmica com a prática observada de forma reflexiva.

MÉTODO O presente trabalho foi construído através da percepção do estudante acerca do trabalho fonoaudiológico realizado no hospital durante o período de junho de 2013 a julho de 2014.

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RESULTADOS Existe um incentivo ao aleitamento materno na primeira hora de vida que estudos apontam sua importância principalmente no vínculo mãe-bebê e um auxílio individual a mães com dificuldades no aleitamento materno que necessitam de um apoio técnico a respeito das condições da criança na extração do leite. Há uma avaliação diária sobre as condições fisiológicas dos bebês que utilizam sondas como ritmo de sucção, respiração adequada e deglutição segura, pois a fonoaudiologia é responsável por confiar a estas crianças a alimentação por via oral, tal habilidade comprovada pela literatura. É realizado um rastreio baseado no pioneiro “Teste da linguinha” que avalia o frênulo lingual destas crianças, visando uma identificação e intervenção precoce das crianças que podem apresentar dificuldades no aleitamento materno. O atendimento é humanizado onde mães e filhos são vistos além de suas dificuldades.

CONCLUSÃO A atuação fonoaudiológica está de acordo com a teoria e vai além, buscando novos meios para promover um atendimento humanizado.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS/TERAPÊUTICAS Avaliar a prática com os argumentos teóricos nos leva a ter uma visão critica sobre a literatura que não é estática e carece sempre de novos estudos.

PALAVRAS-CHAVE Neonatology, Speech Therapy, breastfeed, suction and learning.

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10.27. PÓSTER 30 ATIVIDADE ELÉTRICA DA REGIÃO SUPRA-HIÓIDEA DURANTE A DEGLUTIÇÃO PRÉ E PÓS USO DE KINESIO TAPING Trabalho de Investigação Susana Araújo 1, Hilton Justino 2, Ricardo Santos 3, Pedro Teixeira 4 Graduando do curso de Fonoaudiologia da UFMG e bolsista do programa PET-Vigilância UFMG, 2 Fisioterapeuta do Hospital Sofia Feldman e preceptora do programa PET-Rede Cegonha UFMG. 3 Professora do curso de Enfermagem da UFMG e Tutora do programa PET-Vigilância UFMG.

1

O

INTRODUÇÃO s vários aspetos da fisiologia normal da deglutição constituem área de interesse para diversos profissionais, nomeadamente o Terapeuta da Fala, que procura o propósito de reestabelecer o padrão funcional da alimentação. Com o pressuposto de que o movimento e a actividade muscular são imprescindíveis para o bem-estar do indivíduo, surgiu o método Kinesio Taping. Tem sido evidenciado em várias pesquisas a importância de uma ferramenta que auxilie no diagnóstico terapêutico nos distúrbios motores orais, destacando-se a Eletromiografia

de superfície como um recurso no estudo da musculatura do Sistema Estomatognático. Este estudo teve como objetivo verificar possíveis alterações na variação do sinal eletromiográfico pré e pós recurso do método Kinesio Taping na musculatura supra-hióidea.

MÉTODO Trata-se de um estudo quasi-experimental e longitudinal onde foi estudada a atividade elétrica da musculatura supra-hióidea durante os momentos de contracção máxima isométrica da língua, deglutição de 10ml e 20ml de líquido, deglutição de 5g de sólido e repouso, pré e pós aplicação do método Kinesio Taping. Foram consideradas como variáveis dependentes as provas funcionais pós uso do Método Kinesio Taping e como variável independente o recurso ao método citado.

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eletromiográfico, registado pelo equipamento SLEXCOMP®, foram estudados os valores médios da atividade mioelétrica. Este estudo pretendeu verificar os efeitos do método Kinesio Taping, através da estatística descritiva e inferencial, comparando os resultados obtidos intra-grupos, pela avaliação do sinal eletromigráfico pré e pós uso do método referido.

RESULTADOS Verificou-se diminuição dos valores médios da actividade mioelétrica pós uso de banda, sendo que a deglutição de sólido registou maiores valores médios comparativamente às restantes provas. As diferenças estatisticamente significativas (p<.05) ocorreram nos momentos de repouso final pós uso de banda; repouso inicial e final pré uso de banda; repouso inicial e final pós uso de banda.

CONCLUSÕES Ocorreram alterações ao nível da variação do sinal eletromiográfico pós aplicação do método Kinesio Taping com diminuição da actividade eléctrica da musculatura supra-hihóidea pós uso de banda nas provas funcionais e no repouso. Considera-se que o estímulo das bandas pode não ter sido suficiente para produzir alterações significativas em todas as variáveis estudadas.

IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS Os resultados divulgados permitirão um conhecimento mais alargado sobre técnicas passíveis de serem usadas na Terapia da Fala com base na evidência científica.

PALAVRAS-CHAVE Kinesio Taping, electromiografia, deglutição

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10.28. PÓSTER 31 SINAIS E SINTOMAS DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E FATORES DESENCADEANTES EM CRIANÇAS DE UMA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA Trabalho de Investigação Janieny Vieira da Silva 1, Hanah Gonçalves 2, Adriano Rockland 3, Ricardo Santos 4, Inês Lopes 5 1,2,3,4

Instituto EPAP Brasil, 1,3,4 Instituto EPAP Portugal, 1,3,4 Instituto EPAP España, 1,3,4 CEFAC - Saúde e Educação, 5 Instituto Universitário de Lisboa

INTRODUÇÃO A pesquisa pretende investigar a presença de sinais e sintomas e os fatores desencadeantes de disfunção temporomandibular em crianças.

MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado um estudo analítico, observacional e prospectivo, do tipo transversal, realizado numa Clínica de Odontopediatria entre maio e junho de 2012. Participaram 15 crianças de ambos os géneros, com idades compreendidas entre 6 e 12 anos. A recolha de dados realizou-se através de anamnese e avaliação da articulação temporomandibular, considerando aspectos como: movimentação mandibular (característica, desvio ou deflexão, abertura oral funcional, deslocamento condilar), presença de dor (muscular e/ou articular), dificuldades funcionais (respiração, mastigação, deglutição, bocejo e fala), sintomas auditivos e/ou labirínticos, presença de hábitos orais nocivos, perfil emocional e comportamental. A análise dos dados foi realizada através do agrupamento dos resultados em frequência relativa.

RESULTADOS Relativamente aos sinais e sintomas, verificou-se dor muscular e/ou articular durante a mastigação e dor articular durante a fala, e sintomas auditivos do tipo otalgia e zumbido; não houve presença relevante de 126

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alterações envolvendo os movimentos mandibulares. Entre os fatores desencadeantes verificou-se a presença de hábitos orais nocivos como sucção digital e bruxismo e associação destes com a respiração oral.

CONCLUSÕES Os sinais e sintomas de disfunção temporomandibular podem estar presentes em crianças acima dos seis anos, principalmente nas que apresentam hábitos orais nocivos.

PALAVRAS-CHAVE Disfunção Temporomandibular; Hábitos Orais Nocivos; Odontopediatria

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10.29. PÓSTER 32 ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE O PADRÃO MASTIGATÓRIO E A POSTURA CORPORAL DE INDIVÍDUOS COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Trabalho de Investigação Janieny Vieira da Silva 1, Ádila Ribeiro 2, Adriano Rockland 3, António Vieira 4, Inês Lopes 5 1,2,3,4

A

Instituto EPAP Brasil, 1,3,4 Instituto EPAP Portugal, 1,3,4 Instituto EPAP España, 1,3,4 CEFAC - Saúde e Educação, 5 Instituto Universitário de Lisboa

INTRODUÇÃO

pesquisa teve como objetivo analisar da relação entre as características do padrão mastigatório e as alterações posturais presentes em indivíduos com Disfunção Temporomandibular, através de um estudo analítico, observacional do tipo seccional, realizado numa Universidade, na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil, em maio de 2013. Participaram 26 indivíduos com disfunção temporomandibular, com idades compreendidas entre 18 e 35 anos, independentemente do sexo ou etnia. A recolha de dados foi realizada

através de uma entrevista e da avaliação das características da mastigação considerando aspectos como: ciclos mastigatórios durante a trituração, velocidade, adaptações durante a trituração e padrão mastigatório, para além da verificação do prontuário fisioterápico para investigação dos dados sobre a postura corporal pelo método de Kendall. A análise dos dados realizou-se através da comparação do padrão mastigatório bilateral alternado com os tipos unilaterais direito e esquerdo. Utilizou-se o Exato de Fisher e estabeleceu-se o nível de significância de 5% (p≤0.05). Verificou-se um maior predomínio do padrão mastigatório unilateral para a direita. Em ambos os padrões de mastigação (unilateral ou bilateral alternado) foram encontradas alterações na postura corporal, com significância para a alteração de abdómen protruso nos casos de padrão mastigatório bilateral alternado (p-valor <0,01). Concluiu-se que o portador de Disfunção Temporomandibular com padrão mastigatório bilateral alternado pode apresentar alteração postural do tipo abdómen protruso, o que pode comprometer a postura global do indivíduo. Entre os casos que apresentam mudanças no padrão mastigatório 128

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há maior propensão para predomínio unilateral direito. Sugere-se que a amostra seja expandida, com o intuito de se confirmar a existência de uma relação direta e justificável entre a postura abdominal nos participantes e o padrão bilateral alternado. Nestes casos, ressalva-se a necessidade de uma intervenção interdisciplinar precoce.

PALAVRAS-CHAVE Disfunção Temporomandibular; Mastigação; Postura.

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10.30. PÓSTER 33 ADAPTAÇÃO LINGUÍSTICA E CULTURAL DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DO FRÊNULO DA LÍNGUA COM ESCORES PARA BEBÊS Trabalho de Investigação Inês Pimentel 1, Maria dos Anjos Dixe 2, Ana Marques 3 1,2,3

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ESSA - Escola Superior de Saúde do Alcoitão, 3 Instituto EPAP Portugal

INTRODUÇÃO Protocolo de avaliação do frênulo da língua com escores para bebês pretende identificar alterações no frénulo da língua que condicionem a função estomatognática de sucção, através das avaliações anatomofuncional e de sucção nutritiva e não nutritiva. Neste trabalho apresentam-se os resultados das primeiras etapas do processo de validação do referido protocolo para o Português Europeu.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo metodológico retrata o processo de adaptação linguística e cultural, seguindo os passos recomendados para esse fim. A primeira etapa foi realizada por duas professoras de Português Europeu e a segunda com recurso a um focus group de três terapeutas da fala especialistas na área de neonatologia. Este protocolo está organizado em três partes: História clínica; Exame Clínico e Avaliação anatomofuncional e das Funções Orofaciais. Para a sua validação foi solicitada autorização aos autores. Foram analisados todos os termos resultantes da validação linguística, cultural e de conteúdo e comparadas as suas diferenças.

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RESULTADOS Na validação linguística e cultural do protocolo verificou-se que não existiam termos do Português do Brasil que sejam diferentes de interpretação do Português-europeu pelo que não surgiram alterações nesta matéria. Na validação de conteúdo e através do focus group verificou-se que questões da história clínica relacionados com o local de residência da criança fazia sentido excluir (nomeadamente o “bairro” e a “cidade/estado”, pois não se justifica culturalmente em Portugal), adaptando-se para a realidade de Portugal.

CONCLUSÕES A versão final validada linguística, cultural e de conteúdo irá ser aplicada à população-alvo para determinar as características psicométricas.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E/OU TERAPÊUTICAS A validação deste instrumento irá ajudar os terapeutas da fala na identificação de alterações no frénulo da língua, permitindo-lhes intervir precocemente atenuando dificuldades de amamentação, nos movimentos da língua na mastigação e ainda na produção de fonemas do Português-europeu, como o /r/ e o /l/. Permitirá determinar taxas de prevalência e compará-las com os dados de países como o Brasil.

PALAVRAS-CHAVE lingual frenum; clinical protocols; breastfeeding; sucking behavior; deglutition

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10.31. PÓSTER 34 A INFLUÊNCIA DA CONSISTÊNCIA ALIMENTAR NA MATURAÇÃO DOS ARITCULADORES DE FALA Uma Revisão Narrativa Helena Marques 1, Joana Mendes 2 1,2

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ESTSP - Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto

INTRODUÇÃO

consistência alimentar determina a atividade muscular da língua e dos músculos mastigatórios, bem como a estabilidade mandibular, através do grau de resistência que o alimento oferece durante a mastigação. Esta constitui uma função do sistema estomatognático decisiva para a prevenção de distúrbios miofuncionais que, consequentemente, se traduzem em alterações do padrão articulatório. A presente revisão bibliográfica tem o objetivo de averiguar o impacto da consistência alimentar na maturação dos aritculadores de fala.

MÉTODO

Revisão narrativa de publicações datadas entre 1999 e 2014, representativa do estado da arte do tema em estudo, através da consulta de livros e pesquisa de artigos científicos, segundo as palavras-chave “consistência alimentar”, “alterações de fala”, “mastigação” e “crescimento mandibular”.

RESULTADOS Confirma-se que a ingestão preferencial de alimentos pastosos resulta na desconformidade do crescimento das estruturas ósseas envolvidas na mastigação, nomeadamente a mandíbula do lado do balanceio e a maxila do lado do trabalho, propiciando o aparecimento de más oclusões dentárias. Acresce-se que o tónus muscular é igualmente afetado pela consistência alimentar, verificando-se aspetos atípicos como abertura da cavidade 132

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oral em repouso e interposição lingual em função nas crianças cuja dieta é predominantemente pastosa.

CONCLUSÕES Os resultados demonstram que a alimentação pastosa representa uma quebra no equilíbrio muscular e constitui uma causa etiológica do crescimento craniofacial atípico. A dieta sólida, por oposição, promove o crescimento e a estabilidade mandibular, basilares para a produção de fala fluida e inteligível, uma vez que permite a graduação necessária para a oscilação entre posições mandibulares a que a coarticulação exige.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E/OU TERAPÊUTICAS O terapeuta da fala, porque intervém com perturbações de fala e deglutição, e assume um papel na formação da população, é responsável pela prevenção de hábitos alimentares deletérios, sensibilizando para a importância da dieta sólida na preparação da musculatura orofacial para a mastigação e fala.

PALAVRAS-CHAVE Consistência alimentar, Mastigação, Padrão articulatório, Terapeuta da Fala.

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10.32. PÓSTER 35 PRESSÃO DE LINGUA EM CRIANÇAS COM RESPIRAÇÃO ORAL: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA COM IOPI Trabalho de Investigação Elaine Cristina Bezerra dos Santos 1, Amanda Roselle Cândido da Silva 2, Ricardo Jorge Santos 3, Hilton Justino da Silva 4, Daniele Andrade Da Cunha 5

A

INTRODUÇÃO

Respiração oral ocorre quando o sujeito substitui o padrão respiratório nasal por um padrão de suplência oral. Pela falta de fluxo aéreo nasal, a pressão da língua no palato é reduzida. Para medir a pressão de língua podemos utilizar duas abordagens de forma qualitativa ou quantitativa, nesta pesquisa foi utilizado o Iowa Instrumento Desempenho Oral que se trata de um dispositivo projetado para medir a pressão gerada pela língua quantitativamente.

OBJETIVO Quantificar a pressão de língua em crianças com respiração oral.

MÉTODO Foram estudadas 60 crianças de ambos os sexos de 04 a 09 anos de idades, sendo 30 crianças com respiração oral e 30 crianças com respiração nasal, atendidas nos ambulatórios de Endocrinologia, Otorrinolaringologia, Alergologia e Pediatria no Hospital das Clínicas de Pernambuco. A coleta constou da autorização através dos termos de consentimento livre e esclarecido, da aplicação do protocolo sobre o modo respiratório criado para esta pesquisa e da avaliação da pressão de língua. A pressão máxima foi a maior pressão registrada em tela repetida por três vezes e a pressão média constou da média aritmética das três fases.

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RESULTADOS Houve prevalência no sexo masculino e direta relação com o diagnóstico de rinite alérgica e obstrução nasal com a respiração oral. As médias obtidas das pressões de língua em crianças com respiração oral e nasal apresentaram diferenças significativas, com 38,27 Kpa e 53,73 Kpa, respectivamente.

CONCLUSÃO Os resultados concordam com os achados nas literaturas sobre a diminuição da pressão de língua no respirador oral. Evidenciou concordância entre os resultados das características clínicas respiratórias e da avaliação objetiva, tendo o instrumento utilizado se mostrado importante na complementação e confirmação dos achados fonoaudiológicos.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS Contribui para avaliação funcional e complementação dos dados no diagnóstico em Motricidade Orofacial, permitindo que o fonoaudiólogo realize uma avaliação miofuncional orofacial mais fidedigna, trace planos de terapia específicos e acompanhe a evolução terapêutica.

PALAVRAS-CHAVES Respiração oral, pressão de língua, Motricidade orofacial.

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10.33. PÓSTER 36 MANUTENÇÃO DO NÍVEL NOBRE DE PREVENÇÃO DAS MÁS-OCLUSÕES (FEEDFORWARD) Relato de caso clinico Rita Sousa Tavares 1, Carina P. Leite Esperancinha 2, Cristina Pimenta Póvoas 3

F

INTRODUÇÃO eedforward – É o conjunto de procedimentos realizados quando é feita a prevenção. A prevenção ocorre em qualquer momento ontogenético para manter o nível nobre ou recuperar o crescimento harmonioso. Prevenir é intervir no desenvolvimento, acompanhando-o, e sempre que possível, antecipando a ação à presença da má-oclusão. O nível nobre de prevenção ocorre sempre que ainda não se instalou a má-oclusão.

A respiração oral causa alterações no crescimento craniofacial e más-oclusões. O “Feedforward” na respiração consiste num conjunto de procedimentos que visam o impedimento da respiração oral. O diagnóstico da respiração oral ou mista nasal deve ser realizado o mais precocemente possível, bem como a intervenção para o restabelecimento do crescimento e desenvolvimento craniofaciais harmoniosos. Tratamentos otorrinolaringológicos e com terapia miofuncional poderão ser necessários.

A mastigação adequada promove um correto crescimento craniofacial. O “Feedforward” na alimentação consiste primeiramente na estimulação da amamentação pelo peito que deve ser mantida pelo maior tempo possível para o bom desenvolvimento craniofacial e das vias respiratórias. Depois a alimentação mais consistente e seca deverá ir sendo introduzida e deverá ser dada orientação mastigatória que deve ser bilateral e alternada. Será apresentado um caso clínico de uma criança de 5 anos de idade, do sexo feminino com hábito de sucção digital em que foram aplicados, desde o nascimento, um conjunto de procedimentos preventivos que serão descritos. A criança foi acompanhada pela Terapeuta da fala, Otorrinolaringologista, Pediatra e Fisioterapeuta (cinesioterapia). Serão apresentadas fotos extra e intra orais da criança. 136

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A intervenção precoce é fundamental a fim de que a criança possa melhor desempenhar suas funções de mastigação, deglutição, respiração e fala, as quais têm uma interferência direta sobre a oclusão.

É essencial a visão integral do paciente e a interação de uma equipa multidisciplinar para se alcançar uma reabilitação significativa, integral e eficaz.

PALAVRAS-CHAVE Prevenção das más-oclusões; Nível nobre da prevenção; Respiração oral; Mastigação adequada; Terapia miofuncional;

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10.34. PÓSTER 37 VOZ, DEGLUTIÇÃO E FORÇA RESPIRATÓRIA NA DOENÇA DE PARKINSON: UMA ANÁLISE CORRELACIONAL Trabalho de Investigação em Doença de Parkinson Mariana Ribeiro Lopes Neves 1, Carolina dos Santos Batista Morais 2, Yonatta Salarini Vieira de Carvalho 3, Mariana Pinheiro Brendim 4, Charles Henrique Dias Marques 5 1,2,3,4,5

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

INTRODUÇÃO A doença de Parkinson pode gerar impactos na respiração, voz e deglutição. Este estudo propõe analisar a relação entre medidas fonatórias, de ingestão por via oral e força respiratória na doença de Parkinson.

MÉTODOS Estudo prospectivo, 10 doentes (7 homens) acompanhados em unidade pública, comparados a 10 não doentes (6 homens). Aplicaram-se as escalas: Hoehn & Yahr (estadiamento) e Funcional de Ingestão por via Oral. Registrados valores de força expiratória e inspiratória através do manovacuômetro, emissão sustentada de /a/, /s/ e /z/ pelo Praat 4.4.2. Utilizada estatística descritiva e inferencial.

RESULTADOS As médias e desvio padrão dos doentes foram: idade (69,5±5,9 anos), estadiamento (2,9±0,9), tempo diagnóstico (5,4±4,1 anos), Escala Funcional de Ingestão por via Oral (5,5±0,7), frequência fundamental /a/ (150,6±36 Hz, sendo 162,8±55 Hz para feminino e 145,35±28,8 Hz para masculino), /s/ (9,4±4,1 segundos), /z/ (9,3±4,3 segundos), força expiratória (45,6±3 cmH2O) e força inspiratória (36,7±22,5 cmH2O). Os nãos doentes exibiram: frequência fundamental (139,11±30,82 Hz) e idade (56,3±10,83 anos). Correlação linear nos doentes: entre relação s/z e Escala Funcional de Ingestão por via Oral (0,7), relação s/z e tempo diagnóstico (0,7), força inspiratória e Escala Funcional de Ingestão por via Oral (0,6), força expiratória e Escala Funcional 138

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de Ingestão por via Oral (0,5) e frequência fundamental e estadiamento (0,6 para todo o grupo, 0,9 no feminino e 0,4 no masculino).

CONCLUSÃO Apesar de algumas limitações, foram encontradas correlações lineares entre medidas objetivas de respiração, voz e deglutição, o que pode sinalizar relações no grupo estudado de acordo com o estadiamento da doença.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS A compreensão da relação entre estas funções contribui para o aprimoramento das avaliações e intervenções fonoaudiológicas. A interface das provas vocais que avaliem a eficiência da coaptação glótica, proteção das vias aéreas e coordenação respiratória na deglutição, pode auxiliar a terapêutica na doença de Parkinson.

PALAVRAS-CHAVE voice, deglutition disorders, speech therapy e Parkinson disease.

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10.35. PÓSTER 38 IMPACTO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E DO SOMATÓTIPO NA PRODUÇÃO DE VOGAIS: RESULTADOS PRELIMINARES DE TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO APLICADO AO PORTUGUÊS EUROPEU Débora Franco 1, Isabel Fragoso 2, Júlia Teles 3, Fernando Martins 4 Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Leiria, 1,4 Centro de Linguística, Universidade de Lisboa, 2,3 Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, 2,3 Centro Interdisciplinar para Estudo da Performance Humana (CIPER), 4 Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Portugal

C

INTRODUÇÃO

onsiderando que diferenças biológicas entre falantes, relativas às especificidades individuais da composição corporal e do tipo morfológico, refletem-se na produção de fala, este estudo teve como objetivo verificar a influência da composição corporal e do somatótipo nos parâmetros acústicos de qualidade vocal em falantes adultos do Português Europeu.

MATERIAIS E MÉTODOS

Setenta e dois adultos foram alvo de avaliação morfológica para a caracterização da sua composição corporal e somatótipo predominante, atendendo a: componentes endomorfismo, mesomorfismo e ectomorfismo, densidade corporal, índice de massa corporal, massa gorda e livre de gordura, percentagem de massa gorda, somatotype attitudinal distance e somatotype dispersion distance. Foram, ainda, submetidos a análise acústica para se caracterizar a qualidade vocal na produção dos segmentos [a,i,u]: frequência fundamental, desvio padrão da frequência fundamental, primeiro, segundo, terceiro e quarto formantes, intensidade, jitter, shimmer e harmonic-to-noise ratio.

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RESULTADOS A identificação das variáveis morfológicas que predizem significativamente os parâmetros acústicos foi realizada através de análises de regressão multivariada. Verificou-se principalmente que o índice de massa corporal influencia significativamente o harmonic-to-noise ratio. A massa livre de gordura influencia significativamente a intensidade. A interação sexo e índice de massa corporal têm efeito significativo na frequência fundamental. A idade influencia significativamente os parâmetros de frequência fundamental e o sexo tem efeito nestes parâmetros e nos formantes.

CONCLUSÕES Os resultados sugerem que a composição corporal induzem variações específicas nos parâmetros acústicos de produção.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E/OU TERAPÊUTICAS A análise de parâmetros acústicos, atendendo às características morfológicas do falante, é importante na compreensão de limites individuais (associados a essas características) e na planificação de estratégias para o desenvolvimento de competências miofuncionais transversais às funções estomatognáticas, com impacto na produção vocal e de fala. Esta análise é especialmente relevante em grupos populacionais específicos, como a obesidade, onde parece haver valores mais elevados nos parâmetros acústicos de perturbação.

PALAVRAS-CHAVE Speech; Voice; Phonetics; Body composition; Somatotypes.

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11. EVENTOS PARALELOS AO SIAMO’2015

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11.1. LANZAMIENTO INTERNACIONAL DE LA REVISTA CIENTÍFICA SIGNOS FÓNICOS DE LA UNIVERSIDAD DE PAMPLONA La editora de la Revista Científica Signos Fónicos, profesora de la Facultad de Salud de la Universidad de Pamplona Colombia: Eliana Elizabeth Rivera Capacho, recibió invitación del presidente del I SIMPOSIO IBEROAMERICANO DE MOTRICIDAD OROFACIAL - SIAMO 2015, Dr. Ricardo Santos, para que en el marco de este evento, se llevara a cabo el lanzamiento de la revista, en el espacio de presentación de publicaciones en el stand de la SPTF - Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala. La profesora Rivera en entrevista manifestó que estos logros son la materialización de un trabajo de 10 años que se ha venido llevando a cabo con el profesor Heriberto Rangel Navia, quien tuvo la iniciativa de hacer visibles los productos de investigación de estudiantes y docentes del programa que semestre a semestre generan manuscritos de artículos originales, revisiones sistemáticas, sistematizaciones de experiencias y estudios de caso, a través de una publicación electrónica desarrollada en la plataforma del Open Journal System (OJS) con la que actualmente cuenta la Universidad de Pamplona. “Esta revista tiene una clara política de acceso libre, pues sus creadores encuentran que hoy por hoy no se concibe el desarrollo de una disciplina científica si hacemos cerrado y poco accesible el conocimiento que los investigadores producen”, indicó Rivera. Adicional al lanzamiento de la revista, se llevó a cabo una reunión de trabajo entre la profesora Rivera de la Universidad de Pamplona y las Directivas de los Institutos EPAP de Lisboa Portugal y CEFAC de São Paulo Brasil. Este encuentro tuvo como propósito revisar la posibilidad de establecer alianzas de cooperación internacional con fines de investigación y formación en diferentes áreas de la fonoaudiología pero principalmente en Motricidad Orofacial. Los asistentes acordaron celebrar un convenio marco y consecuentemente convenios específicos que permitan llevar a cabo proyectos de investigación en el área, aplicados en los 3 países Brasil, Portugal y Colombia; de otra parte se contempló la posibilidad de favorecer intercambios docentes y estudiantiles para la formación en Motricidad Orofacial, Voz y Habla principalmente.

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11.2. LANÇAMENTO DO LIVRO “PROCESSAMENTO AUDITIVO: CONHECER, AVALIAR E INTERVIR” No SIAMO2015 foi efectuado o lançamento do livro “PROCESSAMENTO AUDITIVO – Conhecer, Avaliar e Intervir”, da autora Prof.ª Doutora Cristiane Nunes editado pela Papa-Letras. A apresentação foi no expositor da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala e contou com a presença de inúmeros participantes que assim puderam contactar directamente com a autora e com o seu mais recente projecto.

Biblioteca da Educação e Formação

PROCESSAMENTO AUDITIVO CONHECER, AVALIAR E INTERVIR Cristiane Lima Nunes Prefácio da Dra. Luísa Monteiro

SOBRE A AUTORA Cristiane Lima Nunes nasceu no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, e viveu em Niterói até 2008. O seu percurso académico de nível superior no Brasil iniciou-se em 1995 com o curso de Fonoaudiologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguido PAPA-LETRAS® da pós-graduação em Voz, no Centro de Estudos da Voz (CEV) em São Paulo, e com um mestrado em Fonoaudiologia na Universidade Veiga de Almeida (UVA) no Rio de Janeiro. O seu doutoramento em Saúde Infantil foi concluído na Universidade do Minho, Portugal, em 2012. O seu trajeto clínico e também docente no serviço público e privado no Brasil colaborou para a sua experiência na área da Fonoaudiologia, especialmente em instituições como a Prefeitura Municipal de Casimiro de Abreu, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Estácio de Sá e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ao terminar o doutoramento em Portugal, optou por permanecer na terra natal de seus pais, para um grande desafio: disseminar o tema do Processamento Auditivo e promover uma atividade clínica atualizada. Após sete anos em Portugal já ajudou centenas de famílias e crianças, mas o percurso é longo e foi partilhado com muito amigos, otorrinolaringologistas, terapeutas e professores. Atualmente é coordenadora clínica da Arte de Comunicar e colabora na realização de exames em diversas instituições privadas, incluindo clínicas e hospitais, promovecursos e é convidada para congressos nacionais e internacionais. É investigadora colaboradora do CIEC (Centro de Investigação em Estudos da Criança) da Universidade do Minho, professora convidada dePósgraduação e Mestrado do Instituto EPAP e de outras universidades, é membro da BSA (British Society of Audiology) e da AAA (American Academy of Audiology), e coordenadora do Departamento de Audição da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF).

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11.3. PROGRAMA SOCIAL SIAMO’2015

De forma a criar um momento de socialização, partilha e de (re)encontro entre os participantes a Comissão Organizadora realizou, na noite de 31 de janeiro, um Jantar no Restaurante DeCastro em Vila Nova de Gaia onde estiveram presentes 50 pessoas. Contámos com a atuação da TESUNA, Tuna Feminina da ESTSP-IPP, que incluiu no repertório dessa noite músicas portuguesas, brasileiras e espanholas, por isto e pela alegria, que foi contagiante, o momento foi elogiado por todos os presentes.

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11.4. ATRIBUIÇÃO DO PRÉMIO MELHOR PÓSTER SIAMO’2015

De acordo com o Regulamento de Submissão de Trabalhos do SIAMO2015, estava prevista a atribuição do Prémio “Melhor Póster do I Simpósio Ibero-Americano de Motricidade Orofacial”. O Prémio foi atribuído por uma Comissão de avaliação criada para o efeito composta pela Prof.ª Doutora Patrícia Nogueira, Prof.ª Doutora Maria Assunção Matos e Prof.º Doutora Fátima Andrade (elementos da Comissão Científica do SIAMO2015). O Póster vencedor foi o Póster n.º 13 com o título “Correção espontânea de mordida aberta anterior por eliminação de hábito succional”, tendo como primeira autora a Dra. Cláudia Soares (Médica Dentista e estudante do Mestrado em Cirurgia Ortognática e Ortodontia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto).

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SIMPOSIO IBEROAMERICANO MOTRICIDAD OROFACIAL

JUN 2O17 M A DRI D

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12. EDITAL II SIMPOSIO IBEROAMERICANO MOTRICIDAD OROFACIAL

SIAMO’2017 - MADRID

II SIMPOSIO IBEROAMERICANO DE MOTRICIDAD OROFACIAL - SIAMO II SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE MOTRICIDADE OROFACIAL – SIAMO Convocatoria de Trabajos Chamada de Trabalhos/edital

www.siamo.net ENFOQUE SIAMO’2017 FOCO SIAMO’2017: Interdisciplina en Motricidad Orofacial Interdisciplinaridade em Motricidade Orofacial Lenguas de trabajo Línguas de trabalho Portugués Português Castellano Castelhano Inglés Inglês

PRESENTACIÓN DE TRABAJOS SUBMISSÃO DE TRABALHOS

Fecha límite para envío de presentación de trabajos Data limite para envio de submissões de trabalho: 24 de marzo de 2017 24 de março de 2017 [ pueden ocurrir alteraciones sujeito a alterações ]

PRESENTACIÓN DE TRABAJOS SUBMISSÕES DE TRABALHOS

Reglamento, plazos y normas de presentación de trabajos para el II Simposio Iberoamericano de Motricidad Orofacial: estarán disponibles en la pagina web del evento. Regulamento, prazos e normas para submissão de trabalhos para o ii simpósio ibero-americano de motricidade orofacial estarão disponíveis na íntegra no site do evento.

CONTACTOS SIAM O ’20 1 7 – II SIM PO SIO IBEROA MERIC A NO DE MOTRIC IDA D OROFA CIA L – S IA MO siamo2 017@gmail.com 153


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13. ANEXOS

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ATIVIDADE ELÉTRICA DA REGIÃO SUPRA-HIÓIDEA DURANTE A DEGLUTIÇÃO PRÉ E PÓS USO DE KINESIO TAPING Araújo, S.(1) Justino, H. (2) Santos, R. (3) Teixeira, P. (4) susanamarquesaraujo@gmail.com | hiltonfono@hotmail.com | ricardosantos_tf@hotmail.com | lt.pedro@gmail.com

(1) Terapeuta da Fala no Centro de Reabilitação do Norte. Docente no Centro EPAP. Membro da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala. Mestranda em Motricidade Orofacial e Deglutição. Pós-Graduada em Disfagias Orofaríngeas e em Motricidade Orofacial. (2) Fonoaudiólogo pela UNICAP. Especialista em Motricidade Orofacial CEFAC/CFFa; Mestre em Morfologia/Anatomia e Doutor em Nurtrição pela UFPE; Docente do Departamento de Fonoaudiologia pela UFPE; Coordenador do curso do Programa de pósgraduação em Saúde da Comunicação Humana da UFPE; Docente dos cursos de Mestrado em Terapia da Fala e Especialização em Motricidade Orofacial Instituto EPAP/ CEFAC - Saúde e Educação. (3) Terapeuta da Fala no Hospital Privado da Trofa, Mestre em Ciências da Fala e da Audição e Doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde. Assistente Convidado do Curso de Licenciatura em Terapia da Fala na ESTSP-IPP, Docente Convidado no Mestrado em Motricidade Orofacial (ESSA), Pós-graduação em Motricidade Orofacial. (4) Presidente do BioSigns, Gerente de Projetos de reabilitação, em Biofeedback Federation of Europe (BFE), Pesquisador convidado na Faculdade de Medicina do Porto, Professor Convidado na EPAP, consultor na área de eletromiografia com intuições nacionais e internacionais. Co-autor da Pós-Graduação "Introdução à Eletromiografia de Superfície".

INTRODUÇÃO A deglutição depende de um complexo mecanismo neuromotor e da coordenação precisa das fases que a compõem, iniciando com o movimento do bolo alimentar da boca em direção ao estômago 1,2,3 . A fisiologia da deglutição constitui uma área de interesse para diferentes áreas científicas, nomeadamente para a Terapia da Fala, com o objetivo de reestabelecer o padrão funcional da alimentação. Com o pressuposto de que o movimento e a atividade muscular são imprescindíveis para o bem-estar do indivíduo, surgiu o método Kinesio Taping. Tem sido evidenciado em várias investigações a importância de um instrumento que auxilie no diagnóstico terapêutico nas alterações da motricidade orofacial. Neste sentido destaca-se a eletromiografia de superfície como um recurso no estudo da atividade muscular do sistema estomatognático.

OBJECTIVO: Verificar possíveis alterações na variação do sinal eletromiográfico pré e pós recurso do método Kinesio Taping na musculatura supra-hióidea durante a deglutição. Palavras-chave: Kinesio Taping, electromiografia, deglutição Figura 1 – Representação da aplicação banda Kinesio Taping Quadro 1 – Média, Desvio Padrão e Nível de Significância de CMI de língua, deglutição

MATERIAIS E MÉTODOS

e repouso

Trata-se de um estudo quasi-experimental e longitudinal. Foram consideradas como variáveis dependentes as provas funcionais pós uso do Método Kinesio Taping e como variável independente o recurso ao método citado.

Estudada a atividade elétrica da musculatura supra-hióidea durante os momentos: Contração Máxima Isométrica (CMI) de língua

CONCLUSÕES

Deglutição de 10ml, 20ml de líquido e 5g de pão  Após aplicação do método Kinesio Taping ocorreu diminuição da atividade eléctrica

Repouso

da musculatura supra-hihóidea. Pré e Pós aplicação do método Kinesio Taping Participaram 14 indivíduos do sexo feminino com uma média de idades em torno dos 27

 O estímulo fornecido pelas bandas neuromusculares, no período de tempo de 60

anos. A recolha dos dados ocorreu no dia 28 de junho de 2014 no Centro de Reabilitação

minutos, pode não ter sido suficiente para produzir alterações significativas em

do Alcoitão. Após avaliação do sinal eletromiográfico, registado pelo equipamento

todas as variáveis estudadas.

SLEXCOMP®, foram estudados os valores médios da atividade mioelétrica.

IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Este estudo pretendeu verificar os efeitos do método Kinesio Taping, através da estatística descritiva e inferencial, comparando os resultados obtidos intra-grupos, pela avaliação do sinal eletromigráfico pré e pós uso do método referido.

Os resultados obtidos com este estudo possibilitam um conhecimento mais específico sobre os efeitos neurofisiológicos das bandas neuromusculares, assim como possibilitam

RESULTADOS

perspectivar aplicações terapêuticas das mesmas no âmbito da Terapia da Fala.

 Verificou-se diminuição dos valores médios da atividade mioelétrica após o uso de

BIBLIOGRAFIA

banda neuromuscular, sendo que a deglutição do alimento sólido registou maiores valores médios comparativamente às restantes provas.

Logemann L.A. Evaluation and treatment of swallowing disorders.1998. 2a ed. Austin, TX: Pro-Ed. Costa, M.M. Anatomia funcional da fase oral da deglutição. 2007. Material Instrucional ICB/UFRJ.

 As diferenças estatisticamente significativas (p<.05) ocorreram nos momentos de

Kikawada, M., Iwamoto, T., Takasaki, M. Aspiration and infection in the elderly: epidemiology, diagnosis and

repouso final pós uso de banda; repouso inicial e final pré uso de banda; repouso inicial

management. Drugs aging, 2005. 22(2):115-30.

e final pós uso de banda.

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