Jornal Entreposto | Março de 2013

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 154 | março de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Entrevista:

presidente da CeasaMinas

João Alberto P. Lages

Estatal completa 39 anos com perspectiva de ampliar mercados e mantém o foco na sustentabilidade

DPaschoal lança programa de vantagens para caminhoneiros Cartão de relacionamento oferece benefícios exclusivos

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Safra de caqui anima atacadistas da Ceagesp

Sustentável|

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Artigo|

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Financiamentos para agricultura sustentável aumentam 337,4%

Dia Internacional da Mulher puxa alta das vendas de flores

Qualidade|

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Segurança e qualidade dos alimentos nas Ceasas brasileiras

Importação|

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Transporte |

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Bom desempenho da fruta no mercado é resultado do aumento simultâneo da demanda e qualidade registrado nos últimos anos

Cuidados básicos podem aumentar a durabilidade e eficiência de pneus

Cá entre nós| PÁGINA 27 Agronegócio|PÁGINA 20 Agrícola |

Política|

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Alho chinês: somente livre de resíduos vegetais e material de solo

Baixa -1,42 %

Frutas Baixa -4,27 %

Geral

Legumes Alta

10,23 %

Verduras Baixa -5,83 %

Índice Ceagesp - fevereiro 2013

Setor de máquinas Soluções para projeta expansão de adequação ambiental até 15% em 2013 rural em São Paulo

Diversos Alta

8,11%

Pescado Baixa -1,49%

Nossa Turma comemora 15º aniversário

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Dilma empossa novo ministro da Agricultura


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JORNAL ENTREPOSTO março de 2013

VEM AÍ MAIS UMA EDIÇÃO DA TRADICIONAL FEIRA DE TRANSPORTES

NA CEAGESP

21-24 | maio

FEMETRAN

2013

www.femetran.com.br

Turismo no site Acesse e leia as dicas para a Páscoa no Brasil : www.jornalentreposto.com.br/turismo

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

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marรงo de 2013

marรงo de 2011

Editorial

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Mercado e Produção

JORNAL ENTREPOSTO março de 2013

Bom desempenho do caqui é reflexo do aumento na demanda e qualidade Previsão de queda na produção paulista, a princípio, não afeta volume comercializado no entreposto Segundo aponta o mercado da Ceagesp, a safra paulista do caqui não deve ser tão boa quanto a de anos anteriores. Influenciada pelo clima desfavorável, especialistas calculam uma redução em torno de 25%. Piedade provavelmente vai fugir a regra e registrar números iguais aos apresentados em 2012, suprindo a queda de produção (ver página ao lado). Além disso, o boom no desempenho do caqui registrado pelo entreposto entre 1998 e 2012 é “impressionante” - segundo o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp - e não deve desanimar permissionários e produtores. No ano passado, a Ceagesp comercializou 30.863 toneladas da fruta, sendo que a variedade Rama Forte foi a campeã em vendas (16.652), seguida da Giombo (9.751) e Fuyu (3.214). Impulsionados pelo aumento da demanda a cada safra, os produtores estão mais preocupados com a qualidade. É o que comenta o vendedor Antonio Alves da Costa, da atacadista Sol Brilhante: “Preferimos trabalhar com frutas selecionadas, produzidas com alto padrão de qualidade do que ter um box cheio de mercadoria ‘encalhada’”. O caqui é uma fruta originária da China e do Japão. Cultivado em praticamente todo o Brasil, o caquizeiro se desenvolve em regiões mais amenas, de clima temperado e subtropical. Introduzido no país na última década do século XIX, se expandiu nos anos 1920 juntamente com a imigração japonesa. Com tamanho aproximado de uma maçã, aparência de tomate, a fruta é excelente fonte de vitaminas A, C e E. Além de cálcio, ferro e proteínas, é rica em betacaroteno, um componente que atua como antioxidante no organismo e combate

a formação de radicais livres. Contudo, o caqui é calórico. Contém, em média, 75 calorias em 100 gramas. Por ser uma fruta delicada, com casca fina, precisa ser bem embalada para a comercialização. Tem consistência macia e fibrosa. Cerca de 70 a 80% de sua composição é formada por água. Comumente consumido in natura, na hora da comprar é importante atentar a cor, firmeza e rachaduras na casca. A fruta deve ser armazenada na geladeira ou em local fresco por no máximo cinco dias e lavada somente antes do consumo, caso contrário pode perder o sabor, azedando. Quando industrializado, pode ser usado tanto no preparo de passa, quanto de vinagre. Quanto à cultura, o crescimento do caquizeiro pode ser visto como lento, pois a primeira colheita acontece, geralmente, no terceiro ano após o plantio. Por ser perene e com períodos bem estabelecidos de plantio e colheita, faz com que o produtor tenha uma época determinada para enviar seus produtos para a venda. Segundo a Ceagesp, os picos na comercialização do caqui acontecem nos meses de abril e maio.

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Festa do Caqui & Cia valoriza a produção rural Começou a contagem regressiva para a 11ª Festa do Caqui & Cia., realizada pela Prefeitura de Itatiba, que acontecerá entre os dias 5 e 14 de abril, no Parque Luís Latorre. O evento é uma das atrações do Circuito das Frutas. “A Festa do Caqui já é uma atração nacional que divulga o estilo de vida e a cultura do itatibense. E esse ano as atrações estão ainda melhores, com grandes artistas e muita coisa boa”, disse o Prefeito João Fattori. Serão dois finais de semana com programação para toda a família e shows para todos os gostos musicais. A grande atração da Festa do Caqui & Cia. 2013 é a cantora Daniela Mercury, que promete balançar o Parque Luís Latorre. E tem muito mais: Naldo, Gaby Amarantos, Ícones dos Anos 80, Lucas Moraes, Edson & Luís e muitos artistas locais de diversos estilos. A entrada é gratuita. Solidariedade Além de toda a estrutura de uma grandiosa feira de negócios, a Festa do Caqui de Itatiba é sinônimo de solidariedade. Solicita-se apenas a doação de 1 Kg. de alimento não perecível (não obrigatório) que será entregue ao Fundo Social de Solidariedade. Todo o material arrecadado será encaminhado às entidades que assistem pessoas carentes do município. Além disso, a Prefeitura cede o espaço na praça de alimentação para as entidades venderem suas especialidades gastronômicas. “A Festa do Caqui é um evento de suma importância para a economia do município, não estando restrito à esfera do agronegócio. O setor hoteleiro, gastronômico e moveleiro da cidade também sente os reflexos positivos do evento. O público flutuante (turistas) na cidade durante a Festa do Caqui & Cia chega a 15 mil pessoas por dia”, disse o Secretário de Cultura e Turismo, Luis Soares de Camargo.


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Mercado e Produção

PIEDADE - SÃO PAULO

Caqui de Piedade deve suprir queda de produção em outras regiões Jornal Folha de Piedade Após dois anos de recordes consecutivos, a produção paulista de caqui em 2013 deverá ficar abaixo do esperado, influenciada pelo clima desfavorável. A redução pode chegar a 30%, passando de 98 mil toneladas na safra anterior – pouco mais de 32 milhões de caixas de 3 kg – para aproximadamente 68 mil toneladas – 22 milhões de caixas. Uma exceção nesse prognóstico negativo deverá ser a região de Piedade, onde os agricultores acreditam, pelo menos, na repetição dos números de 2012: cerca de 1.020 toneladas, o equivalente a 340 mil caixas, e faturamento aproximado de R$ 10 milhões. Em Mogi das Cruzes, o produtor rural Hideo Furuoka acredita que terá produtividade abaixo da média em três das quatro variedades da fruta que cultiva. O pior resultado, acredita ele, deverá ser nos cultivares de caqui fuyu, o tipo mais produzido em Piedade. “Está um pouco abaixo do esperado. Eu acredito que seja em razão da estiagem que nós tivemos na época da floração e da brotada também”, lamentou o lavrador. Alessio Hamaguchi, presidente da Associação dos Produtores de Caqui de Piedade, garante que não há motivos para

pessimismo no município. Ele concorda que a safra local não deverá atingir os níveis que poderia se a quantidade de chuva e a temperatura tivessem ficado nos patamares ideais para a cultura, mas revela que se continuar como está não há do que reclamar. Segundo ele, a menos que ocorra uma reviravolta no clima – como a chuva de granizo de abril de 2011, por exemplo –, a economia piedadense não terá prejuízo.

Lucro acumulado Mesmo com a redução da produtividade e, consequentemente, do volume de caqui, os produtores da fruta não devem se desestimular. De acordo com declarações do técnico agrícola Renato Alves, da Casa da Agricultura de Mogi das Cruzes, ao Canal Rural, as perdas não devem prejudicar tanto porque as safras anteriores foram muito boas. “Nós temos a

variedade predominante que é a rama forte, que nos últimos dois, três anos, veio com a safra enorme. Mas esse ano nós vamos ter uma safra normal. Esta variedade é aquela que a gente consome macio. Já sobre a fuyu, que nós consumimos de forma crocante, da forma de uma maçã, a resposta dos produtores é que a queda está em torno de 30%. E a variedade biomo também tem queda de 30% na região”, analisou o es-

Safra do caqui movimenta a comercialização da fruta na Ceapi Juliana Diniz Segundo o Setor de Estatística da Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi), em dezembro de 2012 foram comercializados no entreposto mais de quatro mil quilos da fruta. Na primeira quinzena de janeiro deste ano, as vendas de caqui já totalizaram 2.436 quilos e o preço médio tem sido cotado, no atacado, por 55 reais a caixa com cinco quilos. Em relação à procedência, a maior parte vem do estado de São Paulo, que contribuiu com mais

da metade do que é comercializado na Ceapi, seguido de Santa Catarina e Espírito Santo. “O caqui é uma fruta rica em vitamina A, ajuda o sistema imunológico, no crescimento e desenvolvimento dos ossos. Possui potássio, que aumenta a elasticidade dos vasos sanguíneos, contribuindo para o controle da pressão arterial e auxilia a combater o estresse. Garante o bom desempenho mental, como também, colabora para o funcionamento do

intestino, por conter fibras”, explica o médico José Cícero Ribeiro, que atende os feirantes do órgão, gratuitamente, no ambulatório da Ceapi. O médico afirma ainda que o caqui é considerado um antioxidante por retardar o envelhecimento, e ainda, atua na defesa do organismo. “Apesar dessas propriedades benéficas, a fruta possui quantidade considerável de açúcar e frutose, o que não é indicado para os diabéticos, por isso, o consumo

deve ser moderado”, alerta José Cícero. De acordo com a permissionária Flávia Moura, que comercializa frutas e verduras na Ceapi, o caqui é uma fruta que não possui comercialização expressiva, mas sempre que disponível no mercado, tem seus clientes certos. “Essa fruta costuma ser muito procurada por seu paladar saboroso e diferente, bem como, por ter proteínas e bastante líquido”, assegura.

pecialista. Em Piedade, embora o cenário econômico não seja o mesmo descrito por Renato Alves para a região de Mogi das Cruzes, a maioria dos lavradores consultados pela Folha de Piedade não vê motivos para alarmes. Uma diferença básica na comparação com as demais regiões produtoras de São Paulo é que a safra piedadense já vem de uma quebra de aproximadamente 20% em 2012. No entanto, como no ano passado, a qualidade das frutas deverá compensar a menor quantidade por pé e ajudar a manter os preços no mesmo patamar das safras anteriores. Se forem confirmadas as previsões de colher 340 mil caixas de 3 quilos – pouco mais de 1.000 toneladas – e a cotação variar entre R$ 15,00 e R$ 35,00 durante os três meses de colheita – de maio a junho –, a cultura não só repetirá o giro de R$ 10 milhões para o município, como manterá o nível de remuneração do caqui na lista dos agronegócios vantajosos. Em Piedade, são produzidas diversas variedades de caqui, como Coração de Boi, Taubaté e Fuyu. Este último, no entanto, de origem japonesa, continua concentrando a maior parte dos investimentos e ocupando a maioria da área, sendo predominante, atingindo cerca de 80% da produção.

EXPOSIÇÃO

46ª Festa da Uva de Louveira 3ª ExpoCaqui acontece em abril A Prefeitura Municipal de Louveira realizará a 46ª edição da Festa da Uva e 3ª ExpoCaqui, nos dias 11, 12, 17, 18, 19, 24, 25 e 26 de maio, na Área de Lazer do Trabalhador. A data oficial do evento foi firmada durante a primeira reunião da Associação de Produtores Rurais de Louveira de 2013, realizada no início do ano.


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Mercado e Produção

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Araçatuba avança no mercado e valoriza o trabalhador do campo Em dois anos, José Shinkawa, o Cabeção, completa 50 anos de trabalho nos pavilhões da Ceagesp. Tanta experiência lhe trouxe a oportunidade de abrir o próprio negócio, 12 anos depois. “Mas para chegar a empresário, muitas coisas aconteceram”, relembra. Cabeção, que era lavrador, chegou a “pousar” sob viadutos quando chegou à São Paulo e encontrou no entreposto a chance que precisava para mudar de vida. “A vida na roça era muito difícil. Não existiam as leis trabalhistas que hoje protegem o homem do campo”, explica. José passou por todos os cargos dentro do mercado de FLV. Começou como carregador e em apenas um ano já tinha sido promovido a vendedor. “Fui muito bem acolhido no setor de frutas. Virei gerente, comprei um terreno, comecei a plantar e evolui”, conta orgulhoso, o dono da Comério de Frutas Araçatuca. A evolução foi tanta, que a plantação de morangos em Ibiúna chegou a ter um milhão de pés. O cultivo no sítio vai bem. O problema está na escassez de mão-de-obra. “Ninguém mais

se habilita a trabalhar e morar no campo. Todo mundo quer a mordomia da cidade”, observa o produtor. Para driblar essa situação, Cabeção oferece casa de graça na fazenda e todas as contas básicas pagas. Segundo ele o sonho, que um dia já foi o dele, de sair do campo e procurar uma vida melhor na cidade ainda não acabou. Nesta safra, a produção de caqui em São Paulo, cerca de nove mil pés, foi atingida por uma forte chuva de granizo. O prejuízo foi imenso e agora Shinkawa está trabalhando uma maneira de pulverizar o cultivo em outras áreas e recuperar as vendas. Os agregados que fornecem morango também estão sendo estimulados a começar a plantar mais cedo, cerca de dois meses antes. Alterando um pouco o calendário de sazonalidade, a Araçatuba acredita que vai escapar das intepéries. Além disso, o sítio é assistido por um agrônomo que orienta os colaboradores. A maioria do caqui comercializado no box da atacadista vem parceiros de Minas Gerais e para garantir a qualidade no

sabor e no manuseio, o empresário explica que existe um trabalho de conscientização feito junto aos produtores. “Basicamente, a regra é a seguinte: se não serve para eles, não serve para ser comercializado”, resume. “Há três anos cobrar essa postura dos agricultores era mais complicado. Hoje eles já percebem que precisam acompanhar as tendências do mercado se quiserem continuar vivendo do campo”. Cada agregado da Araçatuba tem a sua própria embalagem, o que o torna responsável pelo produto. Dessa maneira, as frutas já chegam à Ceagesp selecionadas e embaladas, reduzindo o manuseio. “Aqui é proibido sentar nas caixas, tossir ou espirrar em cima da mercadoria e ter contato manual direto com o alimento”, garante Cabeção. Na roça, os trabalhores usam roupas de proteção e higiene. Tudo conforme a lei exige. “O resultado são frutas diferenciadas durante o ano todo e a certeza de que processo de produção foi bem elaborado para atender os requisitos exigidos pelo mercado”, completa.

Boa Estrela comemora 20ª safra de caqui

A Fruta Boa Estrela está completando 25 anos no segmento de fruticultura e comemora a 20ª safra de caqui. Ao todo, são 20 variedades de frutas padrão exportação que têm sabor, coloração e durabilidade diferenciados. O caqui, que é referência no mercado, tem a maturação padronizada para que todas as frutas da caixa cheguem ao seu ponto ideal de consumo ao mesmo tempo. A produtora e atacadista, cuja razão social é João Marques da Silva Comercial Ltda., existe há 96 anos e atua em todos os segmentos da cadeia de produção frutífera: cultivo, beneficiamento, logística e comercialização. Atuando de acordo com normas internacionais, a empresa recebeu o certificado da Global Gap, organização privada que estabelece normas voluntárias para a certificação de produtos agrícolas em todo o mundo. Produzindo cerca de cinco mil toneladas de caqui de diversas variedades a cada safra, Rafael Marques, sócio-gerente da Boa Estrela, garante que a diferença de seus produtos e dos demais disponíveis na Ceagesp é o

frescor. “O nosso slogan resume as característica das nossas frutas: ‘Colhidas ontem, embaladas ontem e hoje estão aqui, disponíveis para você’. Não trabalhamos com câmaras frias, ou seja, a mercadoria precisa ser comercializada em menos de 24 horas após a colheita, oferecendo muito mais durabilidade, sabor e visual”, explica Rafael. A variedade Rama Forte representa 90% da produção, mas a empresa também cultiva Fuyu, Giombo e Kioto. A maioria é escoada no mercado interno - na própria Ceagesp e Ceasas de outros estados. Cerca de10% é exportada para países da Comunidade Europeia. A Boa Estrela oferece treinamento a cada início de safra e realiza a reciclagem quando necessário, de acordo com os manuais de operações e procedimentos de qualidade internos. Além disso, realiza um constante trabalho de renovação e variedade de embalagens, especialmente planejadas e produzidas para melhor armazenamento, proteção e praticidade no transporte e comercialização de cada tipo de fruta.


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Mercado e Produção

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Sol Brilhante se especializa em frutas nobres

Irmãos Parise Empresa diversifica produção e amplia mercado com nova safra de caqui A produtora e atacadista Irmãos Parise começou produzindo uva, ameixa e pêssego, este último, muito conhecido no entreposto, é considerado o carro-chefe até hoje. Com o intuito de expandir o mercado e diversificar a produção, este ano a empresa resolveu introduzir o caqui Fuyu na lista de cultivo. Muito saborosa, a novidade já está disponível para comercialização. Seguindo a mesma linha das outras frutas, o novo caqui é produzido nos padrões compatíveis com as exigências dos compradores. “Por serem muito frágeis, instruímos funcionários e estamos sempre de olho no manuseio, principalmente na descarga. Além disso, somos muito caprichosos na embalagem, que praticamente elimina perdas”, garante Miguel Silva

Mota, gerente da Irmãos Parise e 27 anos de Ceagesp. O próximo passo é aumentar ainda mais a produção. Os produtos cotados para as próximas safras são atemoia e lichia, que serão plantados na fazenda localizada em Jarinu, interior de São Paulo. “Resolvemos diversificar para oferecer frutas o ano todo. Vamos incluir variedades a cada safra”, diz o administrador, acrescentando que técnicos auxiliam no desenvolvimento dos novos frutos. Com clientes espalhados por todo o Brasil, a Irmãos Parise comercializa 80% da produção na Ceagesp. O restante é distribuído diretamente na roça. Mota acredita que o segmento de FLV está em expansão e tem bastante espaço. “Trabalhando bem, os clientes aparecem”, esclarece.

Antonio Alves da Costa trabalha como vendedor na atacadista Sol Brilhante desde 2005 e se especializou na comercialização de pêssego, kiwi e todas as variedades de caqui. Desde então, absorveu a política da empresa e entende as necessidades do público. “Por isso, só trabalhamos com frutas de alto padrão”, explica, referindo-se aos produtos selecionados, que recebem tratamento diferenciado. A Sol Brilhante é especialista na comercialização de frutas exóticas e pouco cotidianas dos brasileiros. Os clientes varejistas que compram frutas distintas vão repassá-las a um público consumidor muito exigente. Por isso, o cuidado no manuseio é imprescindível. “O comprador sempre retorna. Esse caqui fuyu do produtor Masuda, por exemplo, é o melhor caqui do mercado. Você não vai encontrar uma fruta tão bem tratada e saborosa como essa”, garante. Nem todo permissionário tem a disposição da Sol Brilhante para trabalhar com hortifrutis muito delicados, como a pinha e a atemoia, por isso, a empresa virou referência no mercado e tem sempre produtos frescos à disposição. “Damos preferência à qualidade. Preferimos ter menos quantidade à disposição, mas nunca pecar na qualidade”, explica

Costa. “Nossos produtos não sofrem rejeição e não precisamos nos preocupar com reclamações e trocas”, comemora. Até os clientes são instruídos quanto ao cuidado no manuseio da mercadoria. Há um ano, a atacadista ini-

ciou a venda de longan, fruta pequena e exótica. “Apesar de apresentar uma grande semente, ela é carnuda, macia e muito saborosa”, comenta Antônio, acrescentando que São Paulo e Rio de Janeiro são os maiores consumidores.

Liberty acompanha a sazonalidade e garante frutas frescas o ano todo A Agro Comercial Liberty fez história no mercado da Ceagesp priorizando frutas da época, ação que evita desperdícios e garante a venda. A maioria dos produtos que chega ao box da atacadista já foi comercializada. Para não faltar variedade quando encerra a safra de determinada fruta, a Liberty acompanha a sazonalidade. Preocupada em manter a tradição, a empresa entende

que priorizando qualidade não faltará mercado e que isso pode ajudar na evolução do agronegócio. Vender apenas produtos de bons fornecedores, agrega à atacadista uma série de ações que garante frutas frescas e muito saborosas, tratadas com cuidado no cultivo, manuseio e transporte. Apesar da correria na comercialização, a Liberty procura dar um tratamento diferenciado aos funcionários

e tratá-los com igualdade. Em dias de pico na movimentação, até o gerente coloca a mão na massa, ajudando na seleção e embalagem. Para seguir o padrão do mercado, a mercadoria é reembalada em caixas menores ou de acordo com a necessidade do cliente. Além disso, durante o processo de seleção, frutas que não estão nos padrões de venda são descartadas.


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Qualidade

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CRESCIMENTO

Números do caqui no Entreposto Terminal de São Paulo Anita de Souza Dias Gutierrez Claudio Inforzato Fanale Idalina Lopes Rocha Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O desempenho do caqui na ceasa de São Paulo é impressionante. É só olhar os números registrados pelo SIEM – Sistema de Informação e Estatística de Mercado da Ceagesp.

• O volume total de caqui cresceu de 7,9 mil toneladas para 30,9 mil toneladas, entre 1998 e 2012 (quatro vezes) • A variedade que mais cresceu foi o Rama Forte - de 1,6 mil toneladas para 16,6 mil toneladas (dez vezes). • A variedade Giombo foi de 3,5 mil toneladas em 1998 para 10,4 mil toneladas em 2012 (três vezes)

• A variedade Fuyu cresceu menos - de 2,2 mil toneladas para 3,2 mil toneladas (44%)

• A participação do Giombo que foi de 45% do volume total em 1998, caiu para 34% em 2012.

• A participação da Rama Forte cresceu de 20% em 1998 para 54% em 2012 • Houve um grande crescimento do caqui importado, com início de registro de entrada em 2007 com 85 toneladas e chegou a 490 toneladas em 2012 triplicou em 5 anos.

Os dados de 2012 mostram grande concentração do caqui importado e alta participação no volume total nos meses sem caqui nacional – outubro (61%), novembro (82%) e dezembro (80%). A participação

dao caqui importado no ano todo se restringiu a 1,2% do volume total. A safra forte de caqui nacional (88%) aconteceu entre março e junho. O estado de São Paulo é o maior fornecedor com quase 79% da oferta, se-

guido por Minas Gerais (9,6%), Rio Grande do Sul (8,5%), Paraná (3%) e SC (0,15%). Os meses mais fortes de São Paulo, Minas Gerais e Paraná são semelhantes – de março a junho. A produção no Rio Grande do Sul é mais tardia de maio a julho. Ju-

lho é o mês de maior oferta de Santa Catarina com 60% da usa oferta total. Cento e onze municípios brasileiros enviaramcaqui para serem comercializados na Ceasa de São Paulo, em 2012. A variedade Taubaté veio de 17 municípios, a variedade Rama Forte de 92, a variedade Fuyu de 63 e a variedade Giombo de 69 municípios diferentes. A oferta da variedade Giombo se concentrou nos municípios de Mogi das Cruzes, Turvolândia e Guararema, a da Fuyu em Piedade em São Miguel Arcanjo, Pilar do Sul e Caxias do Sul, a da Taubate em Jundiaí e Louveira e a da variedade Rama Forte em Guararema, Taqurivaí, São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul. O caqui é um vencedor. O consumo e a qualidade do fruto cresceram com a produção.

Evolução, entre 1998 e 2012, do volume de caqui na Ceasa de São Paulo em mil toneladas

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MATRIZ: Rua Lourival Sales, 501 Jabuti | Eusébio - CE - 85 3216.8100 FILIAL: Rua do Manifesto, 2501 - Ipiranga | São Paulo - SP - 11 2063.0635 FILIAL II - CEAGESP: Av. Gastão Vidigal, 1946 - Portão 3 - Quiosque 0 (zero) - (em frente ao Banco Itaú) - 11 9 8522 2426

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Mercado e produção

Principais variedades de caqui comercializadas na Ceagesp Variedade: Taubaté Formato: Globoso Coloração da casca: Vermelha Coloração da polpa: Amarelada Textura de consumo polpa: Mole Grupo: Taninoso

CONSUMO

Tipos de caqui mais consumidos e comercializados no Brasil • Giombo • Tem formato ovalado e cor vermelha alaranjada. É popularmente conhecido como “caqui-chocolate” pois a incidência de sementes torna a sua polpa escura. Por ser suculento, doce e ter ótima durabilidade, é bem aceito no mercado externo. • Taubaté •

Variedade: Rama-forte Formato: Achatado Coloração da casca: Vermelha Coloração da polpa: Amarelo - parda Textura de consumo polpa: Mole Grupo: Variável

Variedade: Fuyu Formato: Globoso achatado Coloração da casca: Laranja Coloração da polpa: Amarelo - alaranjada Textura de consumo polpa: Crocante Grupo: Doce

Tem cor avermelhada, formato globoso e uma consistência mole no período em que está próprio para o consumo. • Rama Forte •

É a variedade mais consumida e produzida no Brasil, pois é o mais macio quando está maduro. Outras características marcantes desta variedade são a casca vermelha e a polpa macia e suculenta. • Fuyu •

Tem coloração avermelhada e polpa alaranjada. Além disso, sua textura crocante e o sabor neutro e agradável fazem com que a produção brasileira seja exportada para China, Dubai, Canadá e países da Europa. • Kyoto•

Variedade: Kyoto Formato: Ovóide Coloração da casca: Laranja Coloração da polpa: Amarelo - parda Textura de consumo polpa: Crocante Grupo: Doce

Tem formato ovalado e coloração amarelada. Por ter a polpa com sementes internas, torna-se também um “Caqui Chocolate”. A sua boa aceitação no mercado brasileiro acontece por ter um sabor muito doce. Qualidade

Variedade: Guiombo Formato: Ovóide Coloração da casca: Laranja Coloração da polpa: Amarelo - avermelhada Textura de consumo polpa: Crocante Grupo: Variável Ilustrações: B. Borges - Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Cada um dos tipos de caqui tem uma subclassificação que é determinada pelo tamanho e qualidade do fruto. As frutas são divididas em A, B e C, onde A são as melhores e maiores frutas, comercializadas por um maior valor. As intermediárias são consideradas B e as de pior qualidade são consideradas C, tendo assim o menor preço gradativo com a qualidade.


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Qualidade

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CLASSIFICAÇÃO

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SUSTENTABILIDADE

O tamanho das variedades de caqui Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A caracterização do tamanho e da classificação do caqui é uma necessidade para a comunicação entre comerciantes e produtores sobre o tipo de produto: tamanho, qualidade, maturação. As denominações de classificação do caqui utilizam o número de frutas na caixa para todas as variedades com exceção da variedade ‘Giombo’ que utiliza a língua do A – de 5ª até 2 A. O desenvolvimento da ficha de equivalência exigiu muitas pesquisas no mercado e mensurações de produtos de diferentes classificações. Ela estabelece a equivalência entre as denominações de classificação da Cotação de Preços da Ceagesp, do mercado atacadista e uma característica mensurável de tamanho.

Financiamentos para agricultura sustentável

O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) apresentou níveis de aplicação de recursos elevados entre os meses de julho de 2012 e janeiro de 2013. Os desembolsos totalizaram no período R$ 1,9 bilhão, 56,1% dos recursos programados de R$ 3,4 bilhões. Assim, o aumento registrado em relação ao mesmo período da safra anterior foi de 377,4%. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Equivalência de classificação classificaçãoeeuma umamedida medidadedetama tamanho Equivalênciaentre entredenominações denominações de Variedade

Cotação da Ceagesp A

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Kyoto

B C A

Mercado Atacadista 17 e 24 18 e 24 26 e 34 13 e 16 35 e 40 18 e 20 EXTRA 5A e 6A EXTRA 3A e 4A EXTRA 1A e 2A 30 e 32 15 e 16 36 e 42 18 e 21 60 e 64 30 e 32 30 e 32 15 e 16 36, 40 e 42 18 e 21 60 e 64 30 e 32

Camadas 2 2 1 2 1

2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1

A região Sudeste foi a que registrou os maiores volumes de financiamento de investimentos no âmbito do Programa ABC, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. Foram aplicados R$ 874 milhões no período de julho/12 a janeiro/13. O segundo lugar no ranking ficou com o Centro Oeste, com aplicações de R$ 432,4 milhões, seguido pelo Sul, R$ 421,5 milhões.

Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, na medida em que o programa se torna mais conhecido pelos produtores rurais, mais eles procuram as instituições financeiras para a liberação de recursos.

A avaliação do secretário é de que até o final do Plano Agrícola e Pecuário, os R$ 3,4 bilhões disponibilizados C para a implementação de projetos devem ser contraVariedades: principais variedades comercializadas e registradas pela CEAGESP Variedades: principais variedades comercializadas e registradas pela Ceagesp tados pelo produtor rural. Cotação CEAGESP: denominação de classificação utilizada pela Cotação de Preços da CEAGESP Cotação Ceagesp: denominação de classificação utilizada pela cotação de preços da Ceagesp “Isso possibilitará a adoção Mercado denominação de classificação na comercialização pelos comerciantes MercadoAtacadista: atacadista: denominação de classificação utilizadautilizada na comercialização pelos comerciantes e produtorese produtores de práticas conservacionisTamanho: medido pelo maior diâmetro Tamanho: medido pelo maior diâmetro em cmem cm tas nestas propriedades que devem resultar em mais produção, maiorde produtividade diferençaentre entreoodiâmetro diâmetrododomaior maiore do e do menor fruto deve ser no máximo de 15%, para garantia da homogenidade visual tamanho. AAdiferença menor e sustentabilidade ambienfruto deve ser no máximo de 15%, para garantia da tal”, destacou Rocha. homogenidade visual de tamanho.

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Artigo

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Um jornal a serviço do agronegócio

Dia Internacional da Mulher puxa alta das vendas de flores Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz ** O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, vem conquistando, a cada ano, maior expressividade no calendário anual de vendas de flores no mercado interno brasileiro. Representa, hoje, uma das datas mais importantes para o comércio setorial, sendo superada pelos tradicionais campeões de vendas – Dia das Mães e dos Namorados – porém, eventualmente, ultrapassando os valores de vendas em outras relevantes ocasiões como Finados, Natal e Réveillon. A menor contabilização de resultados financeiros do comércio nesta data ocorre em anos em que a sua celebração coincide com o Carnaval – como ocorreu em 2011 –, ou se apresenta muito próxima dele (como em 2012), ou, ainda, quando cai em finais de semana. Como entre os principais compradores de presentes para as mulheres encontram-se clientes institucionais de estabelecimentos que não trabalham aos sábados e domingos (bancos, escritórios, escolas e outros), costuma ocorrer, nestes últimos casos, uma redução significativa nas compras e distribuição dos presentes frescos, os quais são então antecipados na forma de itens menos perecíveis, como chocolates, perfumes, cosméticos e outros gêneros similares. Em 2013, contudo, isso não deverá ocorrer, uma vez que o Dia Internacional da Mulher será comemorado em uma sexta-feira, e em período já mais distanciado das festas carnavalescas. A data comemorativa dedicada às mulheres marca a efetiva abertura anual do mercado nacional de flores, apresentando importantes acréscimos nos fluxos de produção e comercialização setorial, já que sucede os meses de janeiro e fevereiro onde o consumo sofre importantes níveis de queda após as festividades de final de ano, seguidas do período de férias. Observa-se que o consumo brasileiro de flores tem se mantido em níveis ascendentes nos últimos anos, crescendo a taxas médias anuais entre 8% e 10% em quantidade e entre 12% e 15% em valor, no período de 2006 a 2011. Já em 2012, fren-

te ao arrefecimento de alguns indicadores socioeconômicos, o setor diminuiu o seu ritmo de expansão comercial, mas, ainda assim, sustentou níveis bastante aquecidos. Assim naquele ano, contabilizou-se um crescimento médio de 7% a 8% na oferta física de mercadorias e de 10% a 12% em valor, níveis extremamente mais elevados do que o desempenho do próprio PIB nacional. O valor global do mercado, em 2012, fechou em R$ 4,8 bilhões. O abastecimento desse mercado aquecido tem sido garantido principalmente pela produção interna. No entanto, as importações se mostram também crescentes ao longo dos últimos anos, completando a pauta de produtos oferecidos ao consumo notadamente no que se refere a rosas e alstroemérias provenientes da Colômbia e do Equador. As flores de corte preferidas para presentear as mulheres continuarão sendo, em 2013, as rosas (solitárias ou em buquês de diferentes tamanhos),

seguidas pelos lisianthus – que também fazem sucesso crescente –, lírios, tulipas e girassóis. No segmento de vasos – proporcionalmente maiores a cada ano – as escolhas deverão recair sobre as orquídeas (especialmente Phalaenopsis), mini rosas, begônias, lírios, ciclamens, violetas, kalanchoes e calandivas, entre outras. Estima-se que para o Dia Internacional da Mulher de 2013 as vendas nas floriculturas, comércio eletrônico, supermercados e outros canais de distribuição cresçam em torno de 5% a 8% em relação ao ano anterior. Os resultados deveriam ser, contudo, mais expressivos, caso o mercado pudesse apresentar-se melhor abastecido, especialmente de rosas importadas. Acontece que nestes primeiros meses do ano o mercado ofertante dos vizinhos latinoamericanos encontra-se desguarnecido. Tal fato se deve a um relativo aquecimento das compras de rosas colombianas e equatorianas pelos

importadores dos EUA para o Valentine´s Day (14 de fevereiro), seguido dos deslocamentos preferenciais das vendas para a Rússia, para o Dia Internacional da Mulher, que chega a pagar de duas a três vezes mais do que o Brasil pelas mesmas mercadorias. Desta forma, faltarão rosas no mercado, o que desde já vem pressionando os preços e limitando as possibilidades de um melhor desempenho comercial do setor nesta data. Segundo estimativas da Hórtica Consultoria, baseadas em projeções calculadas a partir da performance observada nos três últimos anos, no mês de março de 2013, deverão ser contabilizadas importações pelo Brasil entre US$ 750 e US$ 800 mil em flores de corte, sendo 80 % desse valor composto pelas rosas e os restantes 20 % por outras flores frescas, entre as quais se destacam especialmente as alstroemérias. Esses valores significação um crescimento entre 27% e 30% sobre as importações efetivamente realizadas em março de 2012.

Conforme já dito, tais resultados poderiam chegar a ser bem mais expressivos caso não se observasse escassez de oferta junto aos produtores colombianos e equatorianos. Toda a importação é centralizada pelas empresas localizadas no Estado de São Paulo - especialmente na cidade de São Paulo, seguida por importadores de Holambra e região -, de onde se distribuem por todo o País. O Dia Internacional da Mulher, celebrado a cada ano no dia 8 de março, foi oficialmente instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977. Dois anos antes, a mesma organização decretou 1975 como o Ano Internacional da Mulher. Contudo, a iniciativa de homenageá-las data do início do século XX, quando nos EUA e Europa elas foram, em diferentes ocasiões, destacadas por suas lutas por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito ao voto. Ocupando espaços socioeconômicos e culturais crescentes na sociedade brasileira, as mulheres deverão movimentar no mercado, em 2013, R$ 1,1 trilhão , sendo identificadas como as grandes impulsionadoras das principais mudanças no ambiente social, especialmente na redução dos índices de fecundidade, no aumento nos níveis médios de escolaridade, nas conquistas de novos postos de trabalho, na maior autonomia de renda e no compartilhamento ou substituição dos homens na chefia dos domicílios. A todas elas, portanto, nossas mais justas homenagens nesta data. E sempre! -

* Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/ IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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Política

março de 2013

Novo ministro da Agricultura é produtor rural em Minas Gerais Durante a cerimônia de posse, presidente Dilma Rousseff diz que a troca simultânea de titulares em mais dois ministérios fortalece coalização de partidos que governa o Brasil

Da Agência Brasil O novo ministro da Agricultura, deputado Antônio Andrade, é natural de Patos de Minas e está em seu segundo mandato como deputado federal pelo PMDB. Andrade substitui na pasta o também deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), que vai retomar seu assento no Legislativo. O novo ministro é engenheiro civil e produtor rural. Começou a carreira política como prefeito de Vazante (MG) no período de 1989 a 1992. Depois foi deputado estadual em Minas por três legislaturas. Membro da bancada ruralista na Câmara, Andrade ocupou a presidência da Comissão de Finanças e Tributação até o último dia 7.

Antônio Andrade foi presidente do Sindicato Rural de Vazante, presidente da Associação Microrregional dos Municípios do Noroeste de Minas Gerais e diretor da Associação Mineira

VALTER CAMPANATO/ABr

de Municípios. Como deputado federal, o novo ministro integrou as comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Minas e

Energia, de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça, de Desenvolvimento Econômico, e ainda a comissão especial Agroindústria e Produtor Rural. Também integrou Frente Parlamentar da Cadeia Produtiva do Leite, entre outras. Durante a cerimônia em 16 de março na qual mais dois ministros – Manoel Dias (Trabalho) e Moreira Franco (Secretaria de Aviação Civil) – tomaram posse, a presidente Dilma Rousseff disse que as mudanças fortalecem a base aliada do governo. “Aprendi que em uma coalização você tem que valorizar as pessoas que contigo estão, esses parceiros na luta, que são companheiros que nos acompanham numa jornada diuturna, então tem que estar

conosco, nos momentos bons e nos ruim. Não acredito que seja possível esse país ser dirigido sem essa visão de compartilhamento e de coalização”, justificou. Ao agradecer ao ex-ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, Dilma disse que, além do caráter político, a relação entre eles tem “fortes bases afetivas”, o que levou o ex-ministro às lágrimas. Em tratamento contra um câncer, mesmo debilitado nos últimos meses, Ribeiro se manteve à frente do ministério. “O Mendezinho (sic) é, sobretudo, uma pessoa de grande lealdade política e pessoal. Ao Mendes, vou dizer, com muito carinho, obrigada pelo seu trabalho, e resista às dificuldades porque nós, no Brasil, precisamos de você”, afirmou.

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Artigo

JORNAL ENTREPOSTO março de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

PREMIAÇÃO

LITERATURA

16ª Edição do Prêmio Andef abre as inscrições

ANDEFedu lança livro sobre a história da agricultura

A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) já abriu as inscrições para quem quer concorrer ao prêmio Andef 2013, que homenageia as pessoas que ajudaram no desenvolvimento do agro brasileiro. Conhecido como Oscar da agricultura, o prêmio “valoriza os profissionais que atuam como parceiros e tem papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio. As expectativas para 2013 são ainda melhores já que o setor cresce dia a dia contribuindo e equilibrando a economia do nosso país”, segundo relata José Annes Marinho, gerente de educação da Andef. Os participantes (exceto jornalistas) podem fazer as inscrições até o dia 30/04/2013 através do site: http://www.andefedu.com. br. Serão três categorias para cada uma das premiações: Boas Práticas Agrícolas, Responsabilidade Ambiental e Responsabilidade Social. “Iremos premiar as universidades que tenham desenvolvido trabalhos em prol da comunidade brasileira”, explica Marinho. Já os profissionais da imprensa disputarão a categoria Jornalismo. Poderão participar jornalistas que tenham produzido matérias no período de 01/05/2012 até 29/03/2013. Os temas e os locais para envio estão disponíveis no site. A entrega oficial será no dia 24 de junho, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo. A comissão julgadora será composta por profissionais ligados ao agronegócio, governo, ONGS, universidades e imprensa. Participe!

Segurança Alimentar * João Sereno Lammel

Em seu aguardado e mais recente relatório, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para este ano um crescimento global de 3,5%, índice ligeiramente acima dos 3,2% alcançados no ano passado. Com economias mais robustas e equilibradas, os países em desenvolvimento serão os responsáveis, em grande parte, por garantir esse resultado, com estimativa de crescimento em torno de 5,3%. O temor maior continuará sendo a chamada zona do Euro, com dificuldade para virar o jogo depois de uma crise sem precendentes. Diante do cenário sombrio, explica-se o fato de a palavra “crise” ocupar o centro das discussões sobre os desafios globais entre líderes políticos, empresários e acadêmicos de mundo. Explica, mas não se justifica. A lamentar é o fato de, ao analisarem temas candentes, sem dúvida, como a crise econômica, estar ausente das discussões uma de suas principais consequências. Ou seja, é preciso recolocar na pauta de prioridades um capítulo crucial para o ser humano e as aspirações de um futuro melhor: a desnutrição e fome no mundo. De acordo com a FAO, órgão das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, o drama atinge cerca de 870 milhões de pessoas, ou seja, 12,5% da população mundial. “A desnutrição infantil leva à morte, por ano, mais de 2,5 milhões de crianças”, alertou, recentemente, Hélder Muteia, representante da entidade no Brasil, durante o Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos, realizado em São Paulo pela FAO e entidades do agronegócio.

O assunto, embora possa parecer distante para a maioria de nós, na verdade está bastante próximo da nossa realidade. A pobreza extrema no Brasil regrediu nos últimos anos, mas ainda atinge 8% da população - cerca de 15 milhões de brasileiros. Em setembro de 2000, na véspera da virada do milênio, os 191 países-membros da ONU declararam os Objetivos do Milênio, com oito metas para o desenvolvimento. Reduzir a fome à metade foi eleita como a primeira das metas. Observa-se, contudo, a tímida repercussão internacional deste tema, ausente nas discussões em Davos, e a postura pusilânime de todos nós frente a este flagelo humano. É equivocada a ideia de que existe fome devido ao desperdício de alimentos. Estudo recente da Institution of Mechanical Engineers, da Inglaterra, admitiu a existência do descarte de alimentos mesmo em bom estado, mas também criticou outros dois fatores: os prazos de validade determinados por órgãos regulatórios, que avalia como exagerados, e a falta de infraestrutura de transportes e armazenamento. Somem-se a isso as intempéries climáticas que frequentemente frustram as colheitas: nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, USDA, reduziu a previsão da safra mundial de soja 2011/2012, de 257 para 251 milhões de toneladas - quebra de 5,5 milhões de toneladas -, devido à estiagem nos principais países produtores, Estados Unidos, Brasil e Argentina. A lei da demanda versus preços também é implacável no caso de produtos in natura: um exemplo tem sido a queda nas vendas quando a ANVISA, do Ministério da Saúde, divulga de forma alarmista os índices de resíduos em

frutas e hortaliças. “Além de recebermos até 50% menos pelo que conseguimos vender, grande parte da produção sobra e acaba indo para o lixo”, afirma Mariliza Soranz, horticultora e secretária de Agricultura do município de Jarinu (SP). Por fim, outro fator a ser considerado é a baixa produtividade das culturas em países pobres e em desenvolvimento, em consequência da ainda reduzida adoção de tecnologias como sementes de qualidade, mecanização, fertilizantes, defensivos agrícolas e armazenagem adequada. Nesse ponto, vale destacar o exemplo brasileiro. O País dispõe, hoje, segundo estudo da consultoria Andrade & Canellas, de aproximadamente 200 milhões de hectares livres para o cultivo - a maior área entre os grandes países agrícolas -, sem precisar avançar um palmo sobre biomas como o Cerrado e a Amazônia. As tecnologias incorporadas nas três últimas décadas resultaram em expressivos ganhos de produtividade, ocupando menor área (poupança de 74 milhões de hectares). Ou seja, o Brasil alcançou lugar estratégico na segurança alimentar mundial. Portanto, se a maioria dos líderes mundiais tem passado ao largo de tema tão importante como a fome, cabe às lideranças brasileiras - governo, especialistas, empresas e a sociedade civil organizada -, assumirem a relevância e o protagonismo do País e recolocarem, na pauta de debates, esta agenda decisiva para o futuro da humanidade. * JOÃO SERENO LAMMEL, engenheiro agrônomo, é presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Andef.

“Pequenas histórias de plantar e de colher” fala sobre a evolução e importância da agricultura A área de educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) promoveu o lançamento do livro “Pequenas histórias de plantar e de colher”, da autora Ruth Bellingini. A obra traz conceitos e retrata a história da agricultura: como apareceram as culturas, a ajuda das máquinas, a ciência das plantas, a revolução verde e a agronomia como ciência e o agro. “Nosso objetivo é levar conhecimento sobre o dia a dia do campo para as escolas de todo o Brasil. Queremos aproximar a cidade das áreas rurais, apresentando informações ricas para os nossos jovens que serão os nossos consumidores e profissionais do futuro”, explica José Annes Marinho, gerente de educação da Andef. O livro pode ser usado entre o 5º e 9º ano do Ensino Fundamental. Dentro dele há um encarte chamado de Guia do Professor para auxiliar os docentes. A distribuição é gratuita e tem sido feita pela própria Andef, porém a associação procura apoio do governo e entidades afins para ampliar o envio dos livros. “Queremos que os livros cheguem para todas as escolas, porém não temos acesso a todas elas. Se tivermos uma colaboração de prefeituras ou órgãos estaduais, poderemos alcançar mais alunos”, finaliza Marinho.


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Agrícola

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JORNAL ENTREPOSTO

Mercado

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CeasaMinas completa 39 anos e prevê ampliar mercados A CeasaMinas chegou aos 39 anos de operação no último dia 28 de fevereiro, com perspectivas de ampliação da oferta, sem perder o foco na sustentabilidade. É assim que o presidente da estatal, João Alberto Paixão Lages, pretende atuar ao longo de 2013. Em 2012, Lages teve sua recondução aprovada pelo Conselho de Administração da CeasaMinas, ampliando o mandato de presidente, iniciado em 2007, por mais três anos. A sustentabilidade tem sido um dos pontos mais valorizados pela Administração. Uma das principais iniciativas nessa área é a instalação das lâmpadas de LEDs, iniciada no ano passado. Esse tipo de lâmpada, que deverá iluminar todo o entreposto de Contagem até meados de 2013, traz vários benefícios, dentre eles uma economia de 40% no consumo, o equivalente a R$ 100 mil/mês, como parte do Programa de Eficiência Energética da Cemig. Outra ação que tem merecido destaque na avaliação de João Alberto é a instalação dos ecopontos, que inclui compactadores de lixo e gaiolas onde comerciantes, produtores e demais usuários depositam separadamente resíduos orgânicos (restos de alimentos) e rejeitos, papéis e plásticos. “Essa medida é importante porque reduz os gastos com o descarte no aterro sanitário e aumenta a renda dos catadores que passam a ter mais volume de materiais descartáveis”, explica o presidente da CeasaMinas.

UniCeasa abre as portas do conhecimento

Em parceria com o Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm), o entreposto de Contagem tem oferecido diversos cursos de extensão principalmente ao público do mercado e moradores do entorno. A novidade neste ano é um curso de pós-graduação sobre abastecimento agroalimentar, que começou em março. “Conhecimento é a chave que abre muitas portas no mundo atual e, no caso do abastecimento, é peça-chave para garantir mais competitividade às empresas e aos produtores”, afirma o presidente. Qualificação

Já na CeasaMinas-Governador Valadares, três áreas estão sendo licitadas para construção de novos galpões de comércios de pneus e serviços correlatos; ração e outros insumos agropecuários; e beneficiamento e venda de citros.

No entreposto de Juiz de Fora, as obras do GP2, com capacidade para 40 lojas, devem ter início no primeiro semestre de 2013. O galpão de aproximadamente 1,3 mil m2 possibilitará aumentar a variedade e volume de produtos ofertados.

Em Uberlândia, uma das principais novidades na área de comercialização é o pavilhão GP III, que diversificou a oferta de produtos. O espaço conta com 52 lojas, também erguidas de modo ecologicamente correto.

Novos pavilhões

No segmento da comercialização, a CeasaMinas tem apostado na abertura de novos espaços para oferta de produtos. No entreposto de Contagem, está em operação desde novembro de 2012 o galpão X, com 2.658 m2, ampliando a oferta do segmento de hortigranjeiros. Segundo o presidente, o espaço tem diferenciais como sistema para captação de água da chuva, que é reservada e usada para lavar pisos no entreposto, e abertura no telhado, que diminui o consumo de energia elétrica. O presidente da CeasaMinas informa que o entreposto de Contagem deverá contar com dois novos galpões em 2013, o V e o Z.

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Pavilhão Z já está pronto, mas não foi oficialmente inaugurado

Pavilhão X está em funcionamento desde o final de 2012

A CeasaMinas também formalizou no ano passado a parceria com a Fundação CDL/BH, pela qual jovens aprendizes tem a oportunidade de mesclar os conhecimentos da escola com a experiência prática na Administração da empresa.

CeasaMinas lidera debate nacional

A CeasaMinas também tem sido decisiva nos principais avanços pelos quais passa o setor de abastecimento em nível nacional, uma vez que João Alberto também é presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Entre as principais conquistas em 2012 está a entrega do Plano Nacional de Abastecimento (PNA) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O documento, elaborado por técnicos das centrais de abastecimento de todo o país, serviu de base para um grupo de trabalho criado pelo Mapa para propor e articular ações necessárias à modernização, reorganização e gestão das centrais de abastecimento. O grupo é formado por representantes Abracen, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do próprio Ministério. “Sabemos que temos muito a avançar em todos os entrepostos, mas estamos no caminho certo, ao levar ao público debates necessários como o das embalagens, classificação de produtos e de novos investimentos na reestruturação dos entrepostos”, explica João Alberto.


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Entrevista

março de 2013

Presidente da estatal aposta no diálogo com representantes dos usuários do entreposto Jornal Entreposto - Como o senhor tem encarado o desafio de lidar com a responsabilidade de comandar a mais diversificada Ceasa e a segunda maior em volume ofertado do país? João Alberto Paixão Lages - Em primeiro lugar, é preciso ter muita capacidade para ouvir e dialogar. Nosso entreposto de Contagem, por exemplo, é uma verdadeira cidade com seus problemas típicos. A diversidade de públicos é proporcional às demandas, seja de produtores, lojistas, compradores, carregadores, chapas e demais trabalhadores. Por isso, uma receita que tem dado certo é a do diálogo permanente com as entidades representativas desses públicos. JE - Sabemos que a demanda por espaços é grande na CeasaMinas. Como o senhor lida com este desafio? João Alberto - Temos implementado formas alternativas para construir novos pavilhões, como a venda “na planta”, a fim de captar recursos a serem usados nas obras. Com isso, inauguramos em 2012 os pavilhões X em Contagem e GP3 em Uberlândia. E para 2013, o entreposto de Contagem deverá contar com dois novos galpões, o V e o Z. Já na CeasaMinas-Governador Valadares, três áreas estão sendo licitadas para construção de novos galpões de comércios de pneus e serviços correlatos; ração e outros insumos agropecuários; e beneficiamento e venda de citros. No entreposto de Juiz de Fora, as obras do GP2 devem ter início no primeiro semestre de 2013. Nosso foco tem sido ampliar nossos espaços com diversificação da oferta e de modo sustentável. JE - O senhor citou a preocupação com a sustentabilidade. Quais as principais iniciativas da CeasaMinas nessa área? João Alberto - A sustentabilidade é uma preocupação mundial e não poderia ser diferente em uma empresa do porte da CeasaMinas. Uma das principais iniciativas nessa área é a instalação das lâmpadas de LEDs, iniciada no ano passado. Esse tipo de lâmpada, que deverá iluminar todo o entreposto de Contagem até meados de 2013, traz vários benefícios, dentre eles uma economia de 40% no consumo, o equivalente a R$ 100 mil/mês, como parte do Programa de Eficiência Energética da Cemig. Outra ação que tem merecido destaque são os ecopontos, que inclui compactadores de lixo e gaiolas onde comerciantes, produtores e demais usuários depositam separadamente resíduos orgânicos (restos de alimentos) e rejeitos, papéis e plásticos.

os outros bancos de alimentos, serão cerca de 90 mil pessoas beneficiadas. São principalmente creches, casas de abrigo e asilos, todos filantrópicos, cadastrados conosco.

Essa medida é importante porque reduz os gastos com o descarte no aterro sanitário e aumenta a renda dos catadores que passam a ter mais volume de materiais descartáveis. Os novos pavilhões também são ecologicamente corretos, com sistemas de aproveitamento de águas da chuva e da luz natural. JE - Outro grande desafio para as Ceasas é o uso adequado das embalagens. Como o senhor avalia o desenvolvimento do Banco de Caixas na unidade de Contagem? João Alberto - Na verdade, temos avançado bastante nessa área. Nos últimos dois anos, consolidamos a implantação das caixas plásticas higienizáveis nas nossas unidades de Governador Valadares e Caratinga e em Contagem o

processo tem evoluído bastante. Nossa unidade em Uberlândia foi pioneira nesse processo, sendo referência desde 2004 para outras Ceasas do país. As caixas de madeira e de papelão devem ser, de acordo com a lei, descartadas após o primeiro uso. Já as caixas plásticas podem ser reutilizadas, desde que higienizadas a cada uso. Daí a importância de se ter um banco de caixas plásticas, onde é possível higienizar, alugar e realizar o rodízio de caixas por meio da troca de vales-caixas. Seja alugando ou comprando essas caixas, o resultado para produtores e comerciantes é a redução de custos e a possibilidade de oferecer produtos de melhor qualidade. JE - A CeasaMinas há muitos anos também é referência em se-

gurança alimentar, com o Prodal Banco de Alimentos. O que esse programa tem de tão especial? João Alberto - O Prodal Banco de Alimentos da CeasaMinas de Contagem é uma maneira de combater dois problemas: o do desperdício de produtos e, de outro lado, a carência de muitas pessoas, por alimentação adequada. No ano passado, nós comemoramos os 10 anos do programa, com a marca de 10 milhões de quilos de produtos doados desde sua fundação. São alimentos que estão em condições de consumo mas perderam valor comercial, por estarem com algum defeito ou muito maduros para o atacado. Temos hoje cerca de 200 entidades diretamente cadastradas e cerca de 35 mil pessoas beneficiadas. Mas se somarmos as entidades redistribuidoras, como

Ecopontos no entreposto contribuem com a coleta seletiva

600 mil caixas plásticas são higienizadas por mês em Contagem

CeasaMinas marca presente na maior feira supermercadista de MG

Funcionários e usuários do entreposto durante aula no UniCeasa

JE - O senhor também é presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Quais as principais conquistas à frente da entidade? João Alberto - A CeasaMinas também tem sido decisiva nos principais avanços pelos quais passa o setor de abastecimento em nível nacional. Entre as principais conquistas em 2012 está a entrega do Plano Nacional de Abastecimento (PNA) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O documento, elaborado por técnicos das centrais de abastecimento de todo o país, serviu de base para um grupo de trabalho criado pelo Mapa para propor e articular ações necessárias à modernização, reorganização e gestão das centrais de abastecimento. Participamos ativamente da elaboração do texto que originou o Projeto de Lei 174, que fixas as diretrizes para os entrepostos públicos. Realizamos encontros periódicos com dirigentes das Ceasas do país, para os desafios e compartilhar experiências positivas. Ao longo de nossa gestão, também criamos a Revista Abastecer Brasil que completou 11 edições e é um importante instrumento para disseminar idéias e alavancar o debate nacional. Sabemos que temos muito a avançar em todos os entrepostos, mas estamos no caminho certo, ao levar ao público debates necessários como o das embalagens, classificação de produtos e de novos investimentos na reestruturação dos entrepostos JE - O que esperar do futuro do abastecimento? João Alberto - Temos boas perspectivas para nosso abastecimento. Hoje as centrais de abastecimento têm outro status. Durante quase três décadas, a maior parte dos entrepostos ficou em segundo plano no planejamento das políticas públicas do país. Até meados dos anos 80, tínhamos o Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento, o Sinac do governo federal, que formava uma rede. Com o fim do Sinac e o repasse das Ceasas para os governos estaduais e municipais, houve o desmantelamento do sistema. Hoje os governos, principalmente o federal, nos veem de outra maneira. Sabem que não podem prescindir das Ceasas para sua política de segurança alimentar, que significa alimentos em quantidade e em qualidade adequadas a toda a população.


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JORNAL ENTREPOSTO

Qualidade

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ACADEMIA

Um jornal a serviço do agronegócio

CENTRO DE QUALIDADE

Estudante português aperfeiçoa Seguranç estudos sobre mandioca na Esalq dos alim Tomás Sassetti Coimbra, 23 anos, estuda no Instituto Superior de Agronomia em Lisboa, Portugal (ISA/UTL). Após ter terminado a licenciatura em engenharia agronômica, ele faz o mestrado em agronomia tropical e desenvolvimento sustentável. Vale destacar que, diferente daqui, o termo mestrado em Portugal remete ao último ano do curso, equivalente à residência ou projeto de fim de curso, característicos da graduação no Brasil. Durante um almoço na casa de familiares, um brasileiro amigo da família lhe disse que, caso quisesse estudar no Brasil, deveria procurar pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq). “É a melhor do Brasil”, disse ele. Como projeto de final de curso, o estudante conta ser fundamental ter a experiência de viver pelo menos um ano fora, em um país tropical. Para tanto, precisou selecionar um produto cultivado em ambiente tropical para aprofundar seus conhecimentos. “Optei, então, pela mandioca e, pelo avanço tecnológico, pela importância social da agricultura e pela dimensão deste país escolhi o Brasil e, claro, a Esalq, seguindo a sugestão daquele amigo”, conta Sassetti. Mandioca

A escolha da tuberosa é justificada uma vez que a mandioca tem imensa importância na quase totalidade da área terrestre dos trópicos. “Para as sociedades mais pobres é um bem de subsistência muito importante! Na África, milhões de pessoas sobrevivem diariamente graças ao consumo de mandioca, sob várias formas. Inclusive aqui no Brasil, nos estados do Norte, a ingestão in natura ou da farinha é essencial para uma alimentação adequada em calorias. Por outro lado, para sociedades com níveis de renda mais

SABOR BRASILEIRO

elevados, a raiz pode ser transformada na indústria do amido, para fabrico de muitos produtos que conhecemos, como o chocolate, papas de criança, ou ainda na alimentação animal, perdendo, desta forma, importância no consumo in natura”, lembra. Apesar destas inúmeras aplicações, Sassetti ressalva que a mandioca continua a ser uma cultura pouco prestigiada, pouco estudada e deixada aos agricultores de subsistência ou de pequena escala. “Sendo aluno quase formado de Agronomia Tropical devo me preocupar com este tipo de assunto. Culturas onde as pessoas têm investido pouco estudo, ou pouca atenção, são exatamente aquelas que um engenheiro agrônomo deve recair o olhar para aumentar a produção, ou melhorar pelo menos o conhecimento de como produzir”.

Bernardes, a vinda de um aluno estrangeiro para um semestre letivo, participando das aulas, é algo importante. “O fato de o Tomás estudar o caso da cultura da mandioca, tipicamente tropical e ausente no país de origem (Portugal) trata-se de uma oportunidade de trabalho e pesquisa em âmbito mundial, seja no Brasil, seja em outros países tropicais”, comenta. Bernardes reforça ainda a importância de o estudo ter apoio das duas instituições. “Fundamental ainda a disposição de professores, de ambas as intuições (ISA-Portugal e Esalq), em diferentes departamentos, em apoiar um estudo interdisciplinar envolvendo produção vegetal, agroindústria, administração, economia, política agrícola, entre outros”, complementa. SolidarISA

Em Piracicaba

No segundo semestre de 2012, o português cursou disciplinas na Esalq e, essa semana, chegou a Piracicaba pela segunda vez. “Agora realizarei o trabalho sob o tema “A cultura da Mandioca: a cadeia produtiva no Brasil”, complementa. Na Esalq, o graduando terá orientação de Marcos Silveira Bernardes, docente do Departamento de Produção Vegetal (LPV) e, concomitante, será e co-orientado pelo professor Bernardo Pacheco de Carvalho (ISA/ UTL). De acordo com o aluno, seu trabalho será composto, na primeira parte, por uma descrição da cultura, englobando aspectos da economia, história e caraterísticas fisiológicas. Em uma segunda parte, será feita a avaliação da cadeia produtiva deste bem, quando o autor observará as vias dos produtos e subprodutos da mandioca e o valor gerado em cada uma. Para o professor Marcos

Em Portugal, Tomás Sassetti Coimbra participa do projeto SolidarISA. A iniciativa teve início em 2011, com o objetivo de ajudar instituições de cunho social a partir de recursos disponíveis nas práticas agrícolas da Universidade. “A finalidade é reverter os benefícios resultantes de cada atividade agrícola, quer sejam bens alimentícios ou dinheiro resultante da venda dos produtos finais para o Banco Alimentar”. No primeiro ano, o projeto ocupou-se da sementeira de três hectares de grãos cedidos pelo Instituto. A colheita foi a meados de setembro, com uma colheita manual que juntou alunos e voluntários e resultou em 1.830 quilos de grão de bico. Em 2013, o SolidarISA doará couve-lombarda. “Acredito que na Esalq é possível praticarmos algo semelhante, temos áreas produtivas e muita gente envolvida em grupos de estudo e atividades práticas”, finaliza.

Campanha para fortalecer produção de mandioca Uma das ações será o Festival Sabor Mandioca. Bares e restaurantes apresentarão pratos a base da raiz O projeto de campanha de valorização da mandioca foi apresentado aos participantes da Câmara Setorial da cadeia produtiva da raiz dia 7 de fevereiro, em Brasília. De acordo com o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Eloísio Barbosa Lopes, a promoção da tuberosa no mercado nacional será feito por intermédio do Festival Sabor Mandioca 2013, onde os bares e restaurantes poderão apresentar diversos pratos de um alimento tradicional. “A cadeia produtiva da man-

dioca enfrenta uma das mais sérias crises, especialmente no Nordeste, por causa da estiagem. Isso exige a adoção de medidas de fortalecimento do setor”, aponta Lopes. “É oportuno aproveitar a visibilidade do Brasil por causa dos grandes eventos esportivos, como a Copa das Confederações, para difundir alimentos tipicamente brasileiros”, acrescenta. A campanha da mandioca vai valorizar além dos atributos culinários e nutricionais, aspectos sociais, econômicos, ambientais e históricos para consolidar a produção agrícola

e industrial. Cerca de dois milhões de agricultores familiares brasileiros vivem da produção da maniva. Os organizadores do XV Congresso Brasileiro de Mandioca, que ocorre de 21 a 26 de outubro, em Salvador, apresentarão palestras e montarão um estande da campanha de valorização da raiz. Está previsto, para o dia 15 de junho, a publicação trilíngue de um Guia Internacional Sabor Mandioca, em Brasília. A obra contará com 48 pratos e aproveitará também a Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

brasileir Anita de Souza Dias Gutierrez

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

As previsões catastróficas de Malthus em 1798 em sua famosa publicação “EssayonPopulation” - “A população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética. A solução para evitar epidemias, guerras e outras catástrofes provocadas pelo excesso de população, é a restrição dos programas assistenciais públicos de caráter caritativo e na abstinência sexual dos membros das camadas menos favorecidas da sociedade” – não se realizaram. Os agricultores mostraram, ao longo dos séculos, serem capazes de garantir o abastecimento de alimentos com o crescimento da área cultivada e da produtividade (produção por área). O problema atual de escassez de alimentos é de acesso das populações mais pobres ao alimento, não de sua falta. A população continua crescendo, auxiliada pela diminuição da mortalidade infantil e pela maior longevidade. Até o século XIX o crescimento da população mundial foi lento e depois explodiu – um bilhão de pessoas em 1.850, seis bilhões em 1.999, 6,9 bilhões em 2.010 e previsão de 8 bilhões em 2.022 e 9 bilhões em 2.050. A demanda por alimentos está crescendo mais que a população. A demanda por alimentos cresceu conduzida pelo aumento da população, aumento da afluência, mudança nos hábitos de consumo, competição pelo uso da terra entre a produção de alimentos e a produção de energia (como nos EUA com o milho). A melhoria das condições de vida trouxe para o mercado 3,5 bilhões de pessoas - metade da população mundial - que até então não tinha renda. Países de grandes populações, como a China e a índia, crescem rapida-


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Qualidade

EM HORTICULTURA DA CEAGESP

ça e qualidade mentos nas Ceasas ras mente, fortalecendo a demanda por volume e diversidade de alimentos. Em 1984, havia 1,1 bilhão de chineses pobres e nenhuma classe média. Atualmente a classe média chinesa de 250 milhões de pessoas, é 30% maior que toda a população brasileira. A expectativa é de um grande aumento de consumo per capita de calorias e de carne nos países emergentes como a China e a Índia: de 2.900 calorias em 2000 para 3.300 calorias em 2040 e de 15 kg para 46 kg de carne per capita na China. Hoje os países industrializados consomem 3.500 calorias per capita por dia. Durante os últimos 50 anos, os preços declinantes dos alimentos, em termos reais, e os custos crescentes achataram os lucros das fazendas e dizimaram o número de fazendeiros. O aumento atual de preços dos alimentos pagou uma dívida vencida há muito tempo. A falta de água e a desertificação restringirá a produção de alimentos, especialmente em países densamente povoados como a China e a Índia. O Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda podem expandir a sua área de produção de alimentos. A população brasileira cresceu 2,8 vezes nos últimos 50 anos: 70 milhões em 1.960, 170milhões em 2000 e 195 milhões em 2011. A produtividade agrícola brasileira cresceu muito. A desnutrição diminuiu e aobesidade é um problema nacional. O Brasil é o5º maior território do mundo, ocupa 47% da América do Sul, com 851 milhões de hectares, sendo 160 milhões de hectares ocupados por agricultura e pecuária (19%). A grande maioria dos solos brasileiros é de baixa fertilidade, exigindo grande investimento em insumos e tecnologia. As leis ambientais determinam a destinação de uma grande parte das propriedades rurais para reserva legal: 20% no Cerrado e outros, 35% na

Pré-Amazônia e 80% na Amazonia e ainda para as APPs – Áreas de Proteção Ambiental próximas à agua. A população, a urbanização, as exigências legais (saúde, meio ambiente, segurança alimentar crescem. É preciso buscar maior produtividade, maior eficiência na utilização de insumos, menores perdas entre a produção e o consumo. Hoje 0,30 hectares alimentam uma pessoa, vinte cinco anos precisaríamos de 0,50 hectares (67% mais), a previsão é de que em trinta anos 0,15 hectares serão suficientes para alimentar uma pessoa – um crescimento de 233% em 55 anos. A área possível de expansão agrícola no Brasil é grande quando comparada aos outros países mas pequena, cerca de 1%, quando consideramos o crescimento da demanda. O desafio da produção de alimentos no Brasil e no mundo é aumentar o alimento disponível através do crescimento da produtividade e do seumelhor aproveitamento - diminuição de perdas e melhoria da qualidade. A produção e o abastecimento da população brasileira como produtos hortícolas frescos é uma tarefa muito complexa. O consumo de frutas e hortaliças frescas cresce com o desenvolvimento, com a riqueza. A preocupação com saúde, variedades, marcas e o consumo de frutas e hortaliças frescas predominam em países de renda per capita acima de US$ 15.000 por ano. No Brasil o consumo é maior nas classes de renda mais elevadas: a classe de renda mais alta consome 5 vezes mais frutas e 3 vezes mais hortaliças que a classe de menor renda. As frutas e hortaliças frescas são alimentos especiais, únicos. Elas são a conexão entre o consumidor e a Natureza, símbolosde sabor, frescor, beleza, saúde,prevenção de doença, capacidade física. Não existe indústria entre a produção e o

consumo.No caso dos produtos agrícolas industrializados, o agricultor é fornecedor de matéria prima e a indústria estabelece os padrões para essa matéria prima, os volumes de compra e a época do fornecimento. A indústria desenvolve novos produtos, novas embalagens, estuda o mercado consumidor, faz propaganda dentro e fora dos estabelecimentos comerciais, tem sistema de venda e distribuição, SAC, SOC, assessora o comprador e assim por diante, ou seja, a indústria coordena a cadeia, o que de nenhum modo ocorre no caso dos hortícolas frescos, em que ninguém coordena a cadeia. A produção hortícola é uma das únicas atividades agrícolas que permite a sobrevivência digna do pequeno produtor. A produção na melhor época e região permite maior produtividade, menor custo de produção, menor ocorrência de pragas e doenças e menor aplicação de

insumos e defensivos, frutos de melhor qualidade e menor custo para o consumidor.A diversidade geográfica do Brasil garante, para a maioria das frutas e hortaliças frescas, a oferta do produto ao consumidor todos os dias do ano ao longo do ano. O produtor é especializado por produto e a produção é sazonal. O produto é perecível, sensível: alto conteúdo de água,metabolismo intenso, macio. Existe grande diferenciação de valor por qualidade (sabor, frescor, beleza). A melhor qualidade acontece no momento da colheita.A comercialização é uma corrida contra o tempo, com grande fragilidade comercial do produtor. O produto mais valorizado é o mais perecível: a fruta colhida mais madura, a hortaliça colhida mais tenra.Todos os cuidados da colheita até o consumo só conseguempreservar a qualidade do produto, nunca melhorá-la. O abastecimento de frutas e

hortaliças frescas é uma operação logística muito complexa – a logística do pequeno, do perecível, da luta contra a perda de valor e do produto. Ele exige a existência de centros eficientes de consolidação e distribuição dos produtos, com regras de comércio justas e transparentes, um sistema de informação de apoio à tomada de decisão ao longo da cadeia e um sistema de gestão que preserve a segurança e a qualidade do alimento – as Ceasas. As Ceasas devem ser centros de informação, de capacitação, de monitoramento da qualidade e de apoio ao pequeno produtor, ao pequeno varejo e ao pequeno serviço de alimentação, trabalhando para eliminar as atuais distorções em favor dos grandes e favorecendo a concorrência leal. A sobrevivência do pequeno produtor, do pequeno varejo e do pequeno serviço de alimentaçãodepende da sua existência.


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Importação

INSTRUÇÃO NORMATIVA

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Um jornal a serviço do agronegócio

ECONOMIA AGRÍCOLA

Importação de alho chinês:

Setor de máquinas projeta expansão de somente livre de resíduos vegetais e material de solo até 15% em 2013 Por Mariana Leal ANAPA

A Instrução Normativa que aprova os requisitos fitossanitários para a importação de bulbos de alho produzidos na República Popular da China, foi publicada no Diário Oficial da última quinta-feira dia 28 de fevereiro de 2013. Com base no documento, o alho importado deverá estar livre de resíduos vegetais e material de solo. Esta Instrução Normativa SDA N. 2 de 26 de fevereiro de 2013 é resultado de um pleito encaminhado em 2006 pela Associação Nacional dos Produtores de Alho – ANAPA ao Ministério da Agricultura, no qual solicitava a Análise de Risco de Pragas sobre o alho importado, com base em um estudo pormenorizado realizado juntamente com a EMBRAPA, que identificou mais de 20 pragas quarentenárias que colocam em risco a produção nacional. O presidente da ANAPA Rafael Jorge Corsino buscou incessantemente a finalização desse processo, tendo em vista tratar-se de assunto de extrema urgência e de segurança nacional, pois todo o alho importado da China ingressa ao Brasil sem nenhum tipo de controle fitossanitário. “Nossa preocupação é garantir a qualidade e continuidade da produção nacional. As importações, sem regulação fitossanitária, podem colocar em risco a segurança das lavouras em nosso país, uma vez que há algumas pragas que podem vir juntamente com a carga, das quais não temos controle e nem pesquisas para combatê-las. O que buscamos é diminuir as possibilidades de contaminação em solo nacional”, afirma Corsino. Para Olir Schiavennin, vice-presidente da ANAPA, a publicação da Instrução Normativa é um marco ao setor: “É uma conquista importante, que garante a produção nacional e leva a certeza de que o alho chinês passará por uma análise minuciosa e acarretará em um maior controle das importações. Além disso, ressalta a credibilidade da ANAPA e traz consequências positivas ao produtor nacional.”, finaliza Olir. O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/ SC) empreendeu todos os esforços necessários ao acompanhamento do processo de Análise de Risco de Pragas – ARP do Alho, que desdobrou-se na Instrução Normativa e destaca que essa é uma conquista importante para os produtores brasileiros, que poderão produzir com mais segurança e garantir a qualidade da produção sem correr riscos. A Análise de Risco de Pragas foi uma solicitação inicial do então presidente da ANAPA Gilmar Dallamaria e sua continuidade transcorreu pelos sucessores Jorge Kiryu e Rafael Corsino.

Otimismo está baseado nas excelentes perspectivas do agronegócio para este ano

Confirmando as expectativas dos empresários do segmento, a indústria brasileira de máquinas e implementos agrícolas fechou 2012 com uma receita bruta de R$ 11,2 bilhões, o que representa um crescimento de 13% sobre o desempenho do ano anterior. Este resultado final é fruto da consolidação dos dados referentes a 2012, realizada em fevereiro de 2013 pelo Departamento de Economia e Estatística da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Os dados fechados do ano passado foram divulgados junto com os de janeiro deste ano, quando foi registrado um faturamento de R$ 715 milhões, apontando um crescimento de 4,3% em relação a janeiro de 2012. Para este ano, as projeções dos empresários ligados à Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) também são otimistas. Estima-se um crescimento da ordem de 10% a 15%. Tal otimismo se baseia nas excelentes perspectivas do agronegócio para este ano. Além disso, a redução nas taxas de juro do Finame PSI, do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até o fim do ano também colabora para manter aquecidos os negócios na área de máquinas e implementos agrícolas. “A medida não soluciona todos os problema de competitividade do setor, mas sinaliza o comprometimento do governo com a criação das condições mínimas que possam contribuir para incentivar a mecanização no setor, além de propiciar a renovação da frota nacional”, diz Celso Casale, presidente da CSMIA. Ele enfatiza que tão importante quanto a instituição de instrumentos de crédito é a sua permanência. Analisando os dados fechado de 2012, Casale chama a atenção para o declínio das exportações, simultaneamente ao aumento das importações do setor. Pelos dados consolidados de 2012, houve um crescimento acumulado nas importações de 22,9%, com a entrada de máquinas e implementos agrícolas de países como Estados Unidos, Itália, França e Coreia, enquanto as exportações recuaram 12,1%. Segundo Casale, o fortalecimento da indústria nacional de máquinas e implementos agrícolas e o atendimento da crescente demanda dos produtores rurais estarão assegurados pela manutenção da oferta de financiamento, todos eles com as mesmas condições oferecidas pelo Finame-PSI. O presidente da CSMIA assegura também que os fabricantes nacionais continuam empenhados no desenvolvimento de novos produtos, em consonância com os avanços demandados pela modernização do setor nos últimos anos.


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Ceasas do Brasil

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Um jornal a serviço do agronegócio

ECONOMIA

Preço médio de hortaliças fica 4,6% maior, e o de frutas cai 7,2% na CeasaMinas previsão é de que o preço das hortaliças se mantenha estável até o fim de abril. Entre as hortaliças, é possível encontrar produtos mais acessíveis, a exemplo dacouve-flor, milho-verde, moranga híbrida, quiabo e mandioquinha. Frutas

No grupo das frutas, as principais quedas foram dos mamões havaí (-47,8%) e formosa (-26,5%), limão (-42,6%), figo (-27,2%), melancia (-25%), uva rubi (-17,3%), abacaxi (-10,4%) e goiaba (-7,1%). Também são boas dicas de consumo a bananananica, pequi, laranja pêra, manga, abacate, caqui e maçã nacional. Ovos

Dicas de consumo Couve-flor Milho-verde Moranga híbrida Quiabo Mandioquinha

Frutas

Os ovos ficaram 13% mais caros em fevereiro, influenciados por fatores como a altade custos e o aumento da demanda, comum no período da Quaresma. O entreposto de Contagem ofertou, ao todo, no mês passado cerca de 160 milhões de quilos de hortigranjeiros, cereais e industrializados, movimentando R$ 292,37milhões.

Hortaliças

Ashortaliças ficaram 4,6% mais caras e as frutas tiveram redução de 7,2% no preço médio, em fevereiro na comparação com janeiro, no entreposto de Contagem daCeasaMinas. A alta dos legumes e verduras continua influenciada pelo clima chuvoso em várias regiões produtoras. Já no grupo das frutas, o período de safra de vários produtos contribuiu para garantir boas opções de consumo, a exemplo do mamão formosa, melancia, goiaba e limão. De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim),Ricardo Fernandes Martins, os produtos que mais influenciaram a alta do grupo de hortaliças foram os mais sensíveis às chuvas. Entre as principais altas, estão a do repolho (80,3%), berinjela (65,5%), cenoura (35,5%), chuchu (18,8%),cebola (16%) e batata (3,2%). O tomate apresentou queda de 7,7% no preço médio no comparativo de fevereiro em relação a janeiro, fechando em R$ 1,93/kg no atacado. Apesar da queda, o preço ainda é considerado alto para o consumidor, porque em janeiro o tomate havia ficado 64,61% mais caro. A

Abacaxi Banana nanica Laranjapêra Limão tahiti Mamão formosa

Mamão havaí Pequi Figo Goiaba Melancia

Abacate Caqui Maçã nacional Uva rubi

CEASA CAMPINAS

Dia da Mulher aumenta em 40% a venda de rosas na Ceasa O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, movimenta o Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). A rosa é a preferida para a data, por isso há aumento de até 40% nas vendas da flor nesta semana comparada com outros períodos normais. Segundo Ana Rita Pires Stenico, gerente do Mercado, a oferta da rosa sobe de 80 mil dúzias comercializadas em uma semana sem data festiva para 115 mil dúzias nos dias que antecedem o Dia da Mulher. O tom mais procurado da rosa é o vermelho. Também têm boa saída, conforme a gerente, diversas flores em vasos de vários tamanhos como violetas, lírios e crisântemos. São bastante comercializadas as orquídeas - em especial a mais comum, a phalaenopsis. Em março de 2012 foram ofertados 36 mil vasos de orquídeas no Mercado da Ceasa, 70% mais que em meses onde não há datas especiais para o setor. Além do Dia da Mulher, este aumento da venda de orquídeas foi resulta-

do da estratégia dos produtores no ano passado, conta Ana Rita, que investiram na phalaenopsis e colocaram uma grande quantidade da planta no mercado. Em março 2012, a calandiva e o kalanchoe também tiveram a oferta aquecida, com aumentos de 30 e 35%, respectivamente. Foram comercializados 20 mil vasos de calandiva e 65 mil de kalanchoe naquele mês, ambos nos potes mais vendidos no tamanho médio com cerca de 11 centímetros de diâmetro. A gerente explica que a data ganha força a cada ano. “Há uns 10 anos este dia passava quase despercebido. Mas existe uma valorização muito maior das mulheres que conquistam cada vez mais espaço na vida social e no trabalho e esta importância reflete, inclusive, neste comércio de flores”, ressalta. Empresas

O dia da semana em que a data é comemorada influencia no desempenho da oferta de produtos. Neste ano, o Dia Internacional da Mulher será numa sexta-feira,

dia útil, o que, conforme Ana Rita, favorece a comercialização, pois boa parte das homenagens com entrega de flores acontecem no ambiente de trabalho. “Há grande procura de empresas, bancos, condomínios, mercados e outros estabelecimentos que têm por tradição oferecer flores as funcionárias ou as clientes. Todos querem prestar uma homenagem às mulheres. É uma forma de valorizá-las e de fidelizar a marca”, explica Ana Rita. Para a vendedora Patrícia Passadori - da Mart Flora, permissionária do Mercado da Ceasa - presentear e homenagear mulheres com flores é um acerto garantido. “Recebemos muita encomenda de comércio e empresas. A flor é um símbolo de carinho e toda mulher gosta de receber”, avaliou. O Mercado de Flores da Ceasa-Campinas funciona para o público em geral às segundas e quintas-feiras, das 13h às 16h30 às terças, quartas e sextas-feiras, das 8h às 16h30 e aos sábados, das 8h às 13h. Os clientes cadastrados têm horários exclusivos às segundas e quintas-feiras, das 6h30 às 13h.


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Ceasas do Brasil

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ECONOMIA

Índice Ceagesp recua 1,42% em fevereiro Até o fim de março, preços de legumes e verduras devem voltar aos patamares habituais

Limão taiti

-29,2 %

ce crespa (-21%) e do agrião (-11,7%). Entre asprincipais altas do setor estão as do repolho (26,1%), da mostarda (24,3%) e do espinafre (16,8%). A seguir, o setor de Frutas fechou o mês com retração de 4,27%. Entre as principaisbaixas estão as do limão taiti (-29,2%), da manga palmer (-25,2%), do mamão havaí (-23,9%), da goiaba (-21,7%) e da uva itália (-16,1%). Por outro lado, subiram principalmente o maracujá azedo (21,3%), o caju (14,3%) e a melancia(13,3%). Os Pescados registraram queda de 1,49% e tiveram como principais quedas as da sardinha (-37,9%), da cavalinha (-30,3%), do robalo (-16,8%) e do badejo(-12,7%). As altas mais significativas foram as das anchovas (27,7%), do pacu(16,5%) e do cação (4,3%). Por outro lado, o setor de Legumes subiu 10,23%, sendo as

Em fevereiro, o Índice de preços Ceagesp recuou 1,42%. No último mês, os setores de frutas, verduras e pescados registraram retração e impulsionaram a desaceleração depreços no atacado. Neste ano de 2013, entre os meses de janeiro e fevereiro, o Índice acumulou 1,89% e nos últimos 12 meses registrou alta de 20,73%. “Apesar das condições climáticas adversas, como excesso de chuvas e altas temperaturas nas regiões produtoras de toda a região sudeste, o volume ofertado e a qualidadedas hortaliças começam a apresentar ligeira melhora”, explica Flávio Godas, economista da Ceagesp. Conforme o cenário descrito, a baixa mais expressiva foi a das Verduras, que caíram 5,83%. Sendo asquedas mais relevantes as do coentro (-37,6%), do brócolis (-32,4%), docouve-flor (-28,9%), da alfa-

Brócolis -32,4 %

principais elevações as da cenoura (44,6%), da ervilha torta (29,6%), da beterraba(25,8%), do tomate (25,1%) e da abobrinha italiana (24,2%). Já as principaisretrações foram as do jiló (-27,8%), do chuchu (-21%), da vagem (-18,5%) e do pepino japonês (-11,9%). E, finalmente, o setor de Diversos elevou 8,11%, com destaque para a alta dos ovos (17,5%), da cebola nacional (12,3%) e da batata lisa (4,9%). Somente o coco seco (-6,6%) registrou queda neste setor. Tendência

Até o final de março, os preços de legumes e verduras deverão iniciar o processo de retorno aos patamares habituais. Para estes dois setores, preservadas as condições atuais, não há mais perspectivas de elevação dos preços praticados.

Cenoura 44,6 %

O setor de frutas apresenta ótimas opções para o consumidor e a entrada em maior volume de produtos sazonais deverá manter este quadro inalterado. Já no setor de diversos, batata e cebola devem permanecer com preços em patamares elevados. O setor de pescados deverá apresentar acentuada elevação do volume ofertado em razão da Semana Santa. Mesmo com a elevação da quantidade, os preços deverão sofrer majorações, principalmente na última semana de março, em razão da maior procura, característica nesta época. Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos

Ovos 17,5 %

à cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011. Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp que é referência nacional em abastecimento.

Cação 4,3 %


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Transporte

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DESTAQUE

Actros ganha mais um prêmio internacional de design

Conceituado prêmio “iF” foi conquistado pelo novo Mercedes-Benz na categoria design de produto

A grife “iF” é reconhecida mundialmente como marca de excelência em design – um selo que agora foi agregado ao novo

Mercedes-Benz Actros europeu. Neste ano, 49 especialistas das áreas de design, indústria e educação escolheram seus favoritos

entre mais de 3.000 inscritos. Essa competição faz parte da premiação “iF design awards”, agora em seu 60º ano, organiza-

da pelo International Forum Design, que tem sede em Hanover e abriga trabalhos do mundo todo. Anualmente, os prêmios por excelência em design são apresentados em três categorias: produto, comunicação e embalagem. O júri passou três dias, a portas fechadas, vendo, experimentando e analisando os trabalhos inscritos. “Todos os cases premiados são exemplos excepcionais em design de produtos”, afirma o veredicto do júri de especialistas internacionais. Os critérios-chave são a atratividade e o conteúdo para o público-alvo, qualidade e criatividade do design, importância para o cliente, economia, originalidade e inovação. Os ganhadores do “iF”refletem as tendências atuais de design e as credenciais econômicas de objetos bem projetados. “O fato de nosso Actros ter conquistado um prêmio de design tão importante é um reconhecimento magnífico de nosso empenho diário,” afirma Kai Sieber, chefe de Design da Mercedes-Benz Trucks& Vans. “Nos-

so foco é atingir a mais perfeita harmonia entre forma e função.” O novo Actros da Mercedes-Benzj á havia conquistado, anteriormente, o prêmio “reddot” conferido pelo Design Zentrum Nordrhein-Westfalen, o prêmio “German Design Award 2013” na categoria Transportand Public Space e o “Focus in Gold 2012” do Design Center Stuttgart. O caminhão que é o top de linhada Mercedes-Benz conquistou os júris internacionais pela alta qualidade e ergonomia do interior de suas cabinas e pelo design externo consistente das diferentes versões do veículo. O novo Actros A nova série de caminhões Actros, produzida na fábrica da Mercedes-Benz em Wörth, na Alemanha, foi concebida para o transporte de longo percurso. Os designers voltaram às suas pranchetas para desenvolver um Actros totalmente novo, que atende às exigências sempre crescentes com relação a conforto, economia, dinâmica de condução e diversidade.

Cuidados básicos podem aumentar a durabilidade e eficiência de pneus Rosalvo Streit Da Agência CNT de Notícias O pneu é um item básico dos veículos e faz parte do cotidiano de milhões de motoristas de carros de passeio, ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. Para garantir a segurança e durabilidade deste item tão importante, alguns cuidados são fundamentais. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), entidade que representa a indústria de pneus e câmaras de ar instaladas no país desde 1960, tem um guia com dicas para fazer a

manutenção correta e aumentar a vida útil dos pneus. De acordo com a entidade, os fabricantes também investem em tecnologia para atender a consumidores cada vez mais exigentes. A primeira dica é respeitar o desgaste máximo de 1,6 mm de profundidade dos sulcos, limite de segurança em que o pneu passa a ser considerado “careca”. A ANIP alerta que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proíbe o tráfego de veículos neste estado, o que pode causar apreensão. Pneus com sulcos abaixo do limite de segurança aumentam

as chances de derrapagens laterais e requerem mais espaço para frenagem, mesmo em pista seca. Em pistas molhadas, também causam instabilidade, uma vez que não dão drenagem adequada à água. Existem componentes mecânicos do veículo – amortecedores, molas, freios, rolamentos, eixos e rodas - que interferem na quilometragem rodada dos pneus. Sem a manutenção correta, eles podem ocasionar desgastes prematuros. Outra dica importante é o balanceamento das rodas para evitar perda de tração, estabilidade e desgastes

acentuados. Desvios mecânicos provocam o desgaste prematuro de pneus e o desalinhamento da direção, o que deixa o veículo instável e inseguro. O carro deve ser alinhado sempre que sofrer impactos na suspensão, na troca de pneus ou quando eles apresentarem desgastes irregulares, quando o veículo estiver puxando para um lado ou a cada 10 mil km. Calibrar os pneus é outro cuidado para garantir a durabilidade. A baixa pressão acelera o desgaste, consome mais combustível, diminui a estabilidade nas curvas, deixa o veículo mais ‘pesado’ e

interfere na capacidade de manejo. O excesso de pressão também é prejudicial porque causa maior desgaste no centro de rodagem e reduz a estabilidade nas curvas por causa da menor área de contato com o solo. Para garantir mais eficiência e estabilidade, especialmente em curvas e freadas, o rodízio dos pneus deve ser feito para compensar a diferença de desgaste. As últimas dicas são evitar o contato do pneu com derivados do petróleo ou solventes, que atacam a borracha e não dirigir com freadas fortes ou mudanças bruscas de direção.


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Transporte

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SERVIÇO

Novo programa “TruckCard” beneficia caminhoneiros em produtos e serviços da rede A DPaschoal, uma das maiores redes de serviços automotivos do Brasil, lança uma novidade direcionada aos clientes do Varejo Pesado/Caminhoneiros, o cartão de relacionamento “TruckCard”. O novo programa tem como principal objetivo trabalhar a fidelização destes clientes, oferecendo benefícios exclusivos da rede. Segundo William Bossolani, gerente de marketing da DPaschoal, o programa é uma forma de estreitar relacionamento e também divulgar a variedade de produtos e serviços que a empresa oferece aos caminhoneiros. Para se cadastrar, o caminhoneiro precisa ser cliente DPaschoal e ter realizado uma compra no mesmo dia da emissão do cartão “TruckCard”. O cliente deve fazer a atualização do seu cadastro, informando dados pessoais e do veículo. Efetuado o cadastro, o novo fidelizado receberá na hora um kit especial, composto pelo cartão “TruckCard”, uma carteirinha do Clube Vantagens e um porta documentos feito especialmente para o cliente guardar os documentos pessoais e do veículo. O porta documentos, de acordo com Bossolani, foi identificado em pesquisas da empresa como um item importante de uso do público alvo. O caminhoneiro também receberá informativos via SMS de garantias e ofertas da DPaschoal. O novo programa de fidelização da DPaschoal surgiu após um estudo etnográfico encomendado pela empresa para identificar o perfil consumidor do caminhoneiro no Brasil. A pesquisa mostrou que os profissionais não conhecem todos os serviços oferecidos pela rede. Para Bossolani, o “TruckCard” tem o objetivo de mostrar ao caminhoneiro a quantidade de benefícios da DPaschoal. Benefícios

O programa “TruckCard” tem como objetivo mostrar ao caminhoneiro as vantagens de utilizar os produtos e serviços DPaschoal. “Queremos mostrar que o caminhoneiro pode contar conosco não apenas para a troca de pneus, mas também para a recapagem e cuidados com bateria, câmaras, lonas e

DPaschoal lança programa de fidelização para clientes prêmios ocorrerá da seguinte forma: • Na compra de três itens: uma bolsa térmica; • Na compra de mais três itens: um galão térmico; • Na compra de mais três itens: uma bolsa de viagens exclusiva DPaschoal.

“Os brindes foram pesquisados justamente por serem itens de uso diário dos caminhoneiros”, afirma o gerente. O Clube Vantagens é válido por um ano e após esse período novos prêmios estarão disponíveis para os cliente. Expectativa

itens de uso frequente como cordas e óleo”, afirma Bossolani. Além de utilizar os serviços oferecidos pela DPaschoal, quem se cadastrar no programa “TruckCard” terá benefícios exclusivos da marca. O caminhoneiro pode ganhar até R$300 em descontos e prêmios oferecidos anualmente. No mês de seu aniversário, o cliente recebe um desconto de R$50 em duas recapagens. No mês de julho, quando se comemora o mês

do caminhoneiro, cada cliente “TruckCard” receberá um Cheque Bônus no valor de R$100 com vale descontos em produtos e serviços. “Queremos fidelizar nossos clientes e, acima de tudo, concretizar nossa excelência em atendimento”, afirma Bossolani. Clube Vantagens

Junto com o seu kit “TruckCard”, cada cliente receberá uma

carteirinha. A cada aquisição nova, será marcado nessa tabela o produto ou serviço comprado na loja DPaschoal e, com isso, o caminhoneiro pode ganhar prêmios exclusivos do Clube Vantagens. Funcionando no sistema “Comprou>Ganhou”, a cada três produtos ou serviços adquiridos pelo cliente, ele recebe um brinde personalizado DPaschoal. A pontuação e entrega de

Bossolani diz que a expectativa da DPaschoal é atingir 50 mil clientes no primeiro ano de execução do “TruckCard”. “Já temos aproximadamente 3 mil cadastrados utilizando os benefícios do programa. O número está crescendo devido a equipe explicar todos os benefícios do “TruckCard” aos clientes e mostrar a quantidade de benefícios oferecidos”. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), existem mais de 600 mil caminhoneiros atuando no ramo. Na lista de clientes já cadastrados, a DPaschoal conta com mais de 300 mil nomes. Confira mais informações no site: truck.dpaschoal.com.br Sobre a Dpaschoal

William Bossolani, gerente de marketing da DPaschoal

Queremos fidelizar nossos clientes e, acima de tudo, concretizar nossa excelência em atendimento

A DPaschoal é uma empresa brasileira que atua desde 1949 na prestação de serviços automotivos especializados, contando com 3.800 funcionários, em mais de 500 lojas distribuídas pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Para o segmento de linha pesada, a DPaschoal conta com 11 unidades de recapagem e 17 Truck Centers. A empresa fornece pneus, serviços e acessórios para veículos de passeio, caminhões, ônibus, tratores, máquinas agrícolas e industriais. O Grupo DPaschoal compreende também a Fundação Educar e as empresas Daterra, DPK e portal AutoZ. Saiba mais em www.dpaschoal.com.br.


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RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Programa apresenta soluções para adequação ambiental rural em São Paulo O programa Clickarvore, da Fundação SOS Mata Atlântica, já recuperou mais de 13 mil hectares de floresta. Proprietários de São Paulo interessados em participar do projeto têm até o dia 20/5 para se inscrever A burocracia, a falta de recursos financeiros e dúvidas sobre quais são as exigências da legislação ambiental são as principais dificuldades mencionadas por proprietários de terra quando o assunto é recuperação de áreas degradadas. Uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Grupo Abril, porém, tem colaborado para mudar esse panorama. O Clickarvore, programa de restauração florestal que consiste em uma rede de parcerias entre internautas, empresas patrocinadoras, viveiros fornecedores e proprietários rurais, já recuperou mais de 13 mil hectares da Mata Atlântica. Agora, em seu V Edital, o programa recebe propostas de projetos de restauração florestal de proprietários de terra do Espírito Santo, Norte do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Sudoeste e Leste do Mato Grosso do Sul, que têm interesse em recuperar áreas degradadas de suas propriedades. Juntas, essas regiões correspondem a uma população de mais de 5 milhões de habitantes. A região de Santa Catarina que pode ser beneficiada tem hoje cerca de 24% de remanescentes florestais de Mata Atlântica, seguida de São Paulo com 14%, Espírito Santo com 11%, o Norte do Paraná com quase 7% e o Sudoeste e Leste do Mato Grosso do Sul, com um pouco mais de 5%.Neste edital, serão doadas 600 mil mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica. Com este edital, a ONG espera promover a restauração e a conservação de 360 hectares do bioma. O lançamento do quinto edital conta com recursos do Bradesco Cartões. Os interessados devem encaminhar suas propostas até o dia 20 de maio de 2013. Podem participar proprietários rurais, pessoas físicas ou jurídicas, associações, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e ONGs. O edital completo está disponível nos endereços www.sosma.org.br e www.clickarvore.com.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo email restauracao.areatecnica@sosma.org.br ou pelo telefone (11) 4013-3445/4598.

Os contemplados Para serem contemplados com a doação das mudas, os projetos devem ter como objetivo: a restauração florestal; a conservação da biodiversidade regional; a proteção dos recursos hídricos; conectividade de fragmentos florestais e a proximidade de Unidades de Conservação (UCs). Serão apoiados

pelo programa apenas projetos para a restauração de áreas entre 1,5 e 30 hectares. Para o senhor Aldo Rossetti, administrador da Fazenda Piracicaba, de Presidente Epitácio (SP), contemplado no IV Edital do programa, um dos principais benefícios de ter participado do Clickarvore foi o sistema de plantio e todo o acompanhamento oferecido. “Além de

receber as mudas de graça, recebemos um técnico para nos orientar no plantio e depois para saber se tudo correu bem. Isso foi de muita valia para que o plantio desse certo”, diz Rossetti, que recebeu quase 12 mil mudas plantadas em uma Área de Preservação Permanente (APP) de 7 hectares. Outro aspecto apontado pelos proprietários é a questão

Acesse o site: Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

www.jornalentreposto.com.br

econômica. Muitas vezes, mesmo com o interesse de recuperar uma área degradada, eles desistem da ideia após perceberem que não terão as condições financeiras para essa atividade. “Algumas pessoas pensam que recuperar área é ruim, que terá perda econômica, mas não. Recebemos as mudas de graça, mas o que faz toda a diferença é o modo como esse plantio é feito. Por isso, decidimos nos inscrever no Clickarvore. Com o projeto tivemos uma perda mínima de mudas e ainda podemos ganhar com isso”, explica Antônio Felipe Reis, de Tamarana (PR), que recebeu cerca de 5 mil mudas no Rancho Universo Real, de seu pai, contemplado no primeiro edital. Ao dizer que ainda pode ganhar com isso, Reis se refere ao incentivo financeiro que pode receber pelo programa com a restauração florestal realizada. Depois da doação de mudas para os proprietários, a SOS Mata Atlântica faz, ainda, vistorias para verificar como está sendo conduzido o projeto de restauração florestal contemplado pelo edital. Constatado o sucesso do plantio, após o período de três anos, os proprietários recebem esse incentivo. Ele ainda aproveita e manda um recado aos internautas e proprietários interessados em participar do programa. Ele pede para que “façam uma conta”: “Analisem o que uma área preservada pode dar de rentabilidade e verão que vale a pena plantar”, diz ele. Outro grande parceiro do Clickarvore é o senhor Petrônio Pereira, proprietário da Fazenda Califórnia, de Rubiácea (SP), selecionado no primeiro edital. “Sou o maior incentivador dessa iniciativa. O Clickarvore é um programa que está à disposição da gente, basta se enquadrar ao que ele pede. O projeto indica tudo para a gente. Já tentei plantar três vezes de outras formas e não deu certo, não adianta plantar e largar. Com o Clickarvore isso não aconteceu. O programa dá a receita e depois o bolo já vem feito”, avisa.


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CÁ ENTRE NÓS

BCA

ANAC recebe doações do Banco Ceagesp de Alimentos A Associação Nacional de Assistência ao cardíaco (ANAC) foi fundada em setembro de 1963, na sede do Instituto de Cardiologia de São Paulo, atual Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, com a finalidade de prestar assistência material e moral ao cardíaco e a sua família, promovendo a reabilitação do paciente. Os pacientes e acompanhantes recebem na sede da ANAC, diariamente, alimentação (almoço com sobremesa), além de vestuário, enxoval infantil, e todos os cuidados assistenciais necessários. Para isso, conta com a generosidade do Banco Ceagesp de Alimentos, assim como de outros parceiros que nos incentivam a continuar trabalhando na busca de recursos financeiros e humanos que serão empregados na melhoria de aportes materiais para a manter a Casa do Cardíaco. www.anacar.org.br Rua Caravelas, 527 Vila Mariana-SP Telefone: (11) 5579-0609 Seja um doador Banco Ceagesp de Alimentos Telefones: (11)3643-3832 (11)3643-3850 (11)36433920 Nextel: 55*45*4964 E-mail: bancodealimentos@ceagesp.gov.br Resumo banco de alimentos fevereiro Ranking Banco de Alimentos Fevereiro/2013 Cinco alimentos mais doados 1. 2. 3. 4. 5.

Melão Mamão Cenoura Manga Melancia

1. 2. 3. 4. 5.

Itaueira H. Shimizu Jks Agrícola Famosa Guepardo

Cinco maiores doadores

Volume de doações recebidas: 253.782 toneladas Descarte BCA: 14.166 toneladas Volume de doações distribuídas: 239.616 Total de entidades beneficiadas: 107

Nossa Turma completa 15 anos Por Manelão A Páscoa vem chegando e trazendo a mesagem do novo papa Francisco I que, por ter formação de jesuíta e se inspirar na vida de São Francisco de Assis, teremos um chefe da Igreja Católica humilde que deverá olhar com carinho para as nações onde a pobreza e a miséria imperam. Ao papa, saúde e coragem para fazer as reformas necessárias. No setor de frutas, a pluralidade de cores e sabores reina mais que absoluta. Nesta época do ano é o caqui que está delicioso e com uma super oferta. O preço está convidativo. No dia 10 de março, realizamos o bingo da páscoa. Recebemos as famílias das crianças atendidas pelo projeto social que vieram de vários lugares da Grande São Paulo: Rio Pequeno, Pirituba, Carapicuíba, Cajamar, Perus, Franco da Rocha e Lapa. Ficamos contentes com a presença do produtor rural José Eugênio, que cultiva carambolas na cidade de Taquaritinga. Ele rodou mais de 300 quilômetros e se admirou com o samba na interpretação magistral de Royce do Cavaco, que cantou, encantou e autografou o seu mais recente CD. Compareceram vários associados da Ciesp Oeste, convidados pela Laura, que é gerente da unidade Lapa. A Luciana, da Luciana Imóveis, trouxe uma prenda e ficou contente em saborear os deliciosos pastéis que foram preparados pelas quituteiras voluntárias da Paróquia São Mateus: tias Elza, Maria Giarola, Eni e Isabel. Elas ficaram alegres em saber que a galera adorou o seu tempero. O garoto Pietro, cujo pai é torcedor do Inter, lá no Sul, ganhou a camisa autografada do Vasco da Gama e ele deu um belo sorriso. No próximo dia 31 de março, a querida Escolinha Nossa Turma, completará 15 anos. E com a graça do bom Deus, vamos organizar uma grande festa para recordar com carinho das pessoas que lá no início da criação da entidade, se doaram. Esperamos contar com a presença dos familiares dos saudosos Nelson Fortes e do senhor Herman Letcher, que sempre tinham uma palavra de otimismo pelo futuro da Nossa Turma e do destino da Ceagesp. A cerimônia oficial vai ocorrer no dia 02 de abril. Convidamos o pre-

sidente da Ceagesp, Mário Maurici, para fazer um pronunciamento. Esperamos contar com a presença de todos que trabalham pelo engrandecimento do mercado, pois vocês abastecem a nossa despensa com frutas,

verduras, legumes, ovos, peixes fresquíssimos. Queremos que nessa Páscoa, o menino Jesus renasça no coração de todos. Obrigada pelas orações e contribuições que nestes 15 anos foram destinadas a nossa

entidade. O tio Edu e a tia Cida da padaria vão confeccionar o bolo mais gostoso dessa cidade. E você é nosso convidado para saborear e cantar na companhia das crianças. Aleluia! Aleluia!


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Um jornal a serviรงo do agronegรณcio


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