Jornal Entreposto | Dezembro 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Dezembro de 2014

ANO 15 - Nº 175

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

Começou a safra de frutas paulistas para o fim de ano

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp afirma que não faltará fruta paulista no mercado, com destaque para a uva niágara. Em 2013, o Estado de São Paulo respondeu por 62% do volume de produtos recebido pelo entreposto. Pág 8 a 12

ENCONTRO ABASTECIMENTO

Instabilidade de presidentes preocupa permissionários de Ceasas do Brasil

Pág 17

Pág 22

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Em todo esse tempo subimos, pulamos, escorregamos, mas nĂŁo paramos.

A cada ano que passou, o nosso desejo de progredir aumentou. Adotamos atitudes positivas, fomos honestos e pontuais com nossos clientes e colaboradores, tivemos flexibilidade diante dos desafios, procuramos sempre uma solução criativa e nos adaptamos a realidade de cada momento para demonstrar nossas habilidades. Somos apenas uma jovem empresa de 15 anos com grandes ideias na cabeça para tornar este mercado um lugar melhor para todos.


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2015

ANOS

Dezembro de 2014


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ÍNDICE

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LEIA TAMBÉM... TAMBÉM... LEIA Mudança de direção pode melhorar Ceasas

Galeria de Fotos Femetran

#18

#17

ASSISTA O VÍDEO

#12

www.jornalentreposto.com.br/videos

Confira a entrevista em: http://youtu.be/5UnCQF1sBH0

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic Redes varejistas influenciam a

comercialização de produtos in natura na Inglaterra

#18

Floricultura brasileira em 2015: o que esperar para opróximo ano?

Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014

#20 #9

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo

Embalagem paraaprimora uva Mercedes-Benz favorece abastecimento Atego, Axor e Actros na atacadista De Marchi

FRUTAS Pavilhão

2ª feira

6h às 20h

MFE-A

6h às 21h

MFE-B/C

6ª feira

Sábado

6h às 21h

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

3ª a 5ª feira 6h às 20h

6h às 20h

HF’S

LEGUMES Pavilhão

2ª à 5ª feira

6ª feira

Sábado

AP’s

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

VERDURAS Sábado

Pavilhão

2ª feira

3ª a 5ª feira

MLP

6h às 21h

12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

6ª feira

ABÓBORAS

#21 #16

Receita: Bobó de camarão na moranga

Pavilhão

2ª à Sábado

MSC

8h às 20h

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS Pavilhão

2ª à 6ª feira

Sábado

BP’s

6h às 20h

6h às 17h

PESCADOS Pavilhão

3ª à Sábado

Pátio da Sardinha

2h às 6h

FLORES Pavilhão

#19 #10 #22 #17 Romances Entreposto famosos do Livro disponíveis no sugere opções Entreposto do infantis para Livro

as férias

3ª e 6ª feira

2ª à 5ª feira

5h às 10h30

MLP Praça da Batata

2h às 14h

SAZONALIDADE

FRUTAS

CONTATOS ÚTEIS FORTE REGULAR FRACA

JUN

JUL

ABACATE KIWI

Indicador de boa oferta dos produtos comercializados no mercado. Tendência de baixa nos preços.

PINHA BANANA-CATURRA

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: BANANA-PRATA BANANA-MAÇÃ (11) 3643-3945 HORTALIÇAS FRUTOS - comunicacao@ceagesp.gov.br JUN JUL ABÓBORA SECA

CAQUI

COCO Departamento de Armazenagem: ABÓBORA HOKAIDO FIGO

ALHO PORÓ (11) 3832-0009 - depar@ceagesp.gov.br MORANGO JILÓ

NÊSPERA

MAXIXE Departamento de Entreposto da Capital: PÊRA PIMENTA PINHÃO (PIMENTÃO 11) 3643-3907 depec@ceagesp.gov.br VERMELHO TOMATE

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN Departamento de Entrepostos do Interior: MIMOSA/MEXERICA (11) 3643-3950 - ceagesp@ceagesp.gov.br HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA Centro de Qualidade Hortigranjeira: AGRIÃO PERA IMPORTADA

COUVE-BRÓCOLO (11) 3643-3827 - cqh@ceagesp.gov.br UVA IMPORTADA CHEIRO-VERDE

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Diretor Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Responsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848

Edição Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /Artes Letícia Doriguelo Benetti

Colaboradores Anita Gutierrez e Manelão

Web Master Michelly Vasconcellos

Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita Redação Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed II - loja 14A CEP 05314-000 Tel.: 11 3831.4875

E-mail

contato@jornalentreposto.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os subscrevem.

COUVE-MANTEIGAde São Paulo (Pescado): HORTALIÇAS TUBEROSAS Frigorífico COUVE-FLOR BATATA-DOCE (COUVE-CHINESA 11) 3643-3854 / 3893 / 3953 BATATA-SALSA COUVE-RABANA

Portaria do Pescado: ESPINAFRE (11) 3643-3925 MOSTARDA MOYASHI

CARÁ CEBOLA CENOURA GENGIBRE

REPOLHO CEAGESP de Alimentos: Banco INHAME/TAIÁ RÚCULA (11) 3643-3832

MANDIOCA/AIPIM

BROTO BAMBU

NABO

RADITE

CEBOLA IMPORTADA

JUN

JUL

Mu pr Ro Liv No 20 Me Pá Ju Pá


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NA FORD CAMINHÕES, O FINAME CONTINUA EM DEZEMBRO. APROVEITE AS OFERTAS EXCLUSIVAS DE FIM DE ANO PARA TODA A LINHA. VAI SER IMPOSSÍVEL NÃO FECHAR NEGÓCIO.

CARGO 816 0,79% 60 Taxa a.m.

meses

FINAME

Novo design Kinetic; Novo interior – muito mais conforto; Banco com suspensão a ar de série.

OU

4 MIL

REAIS

DE BÔNUS

CARGO 2429 0,79% 60 Taxa a.m.

meses

FINAME

Motor Cumins 6.7L com 290cv; Transmissão de 6 ou 9 velocidades; Muito mais potência e economia.

OU

8 MIL

REAIS

DE BÔNUS FELIVEL SOROCARA – SP FONE: (15) 3237.8090

HORIZONTE MOGIDAS CRUZES – SP FONE: (11) 4791.7700

SOUZA RAMOS Parque Novo Mundo - SP FONE: (11) 2984.3366

CARUEME CAMPINAS – SP FONE: (19) 2101-2800 JUNDIAÍ – SP FONE: (11) 3379.5999

L&F TRUCK ITU – SP FONE: (11) 4013-8800 ITAPETININGA – SP FONE: (15) 3272.9400

DIVEPE São Bernardo do Campo – SP FONE: (11) 3504.8600 Santo André – SP FONE: (11) 3594.9600

VALE CAÇAPAVA – SP FONE: (12) 3654.7100

COSTA SUL CUBATÃO – SP FONE: (13) 3365.8890

NUNO REGISTRO – SP FONE: (13) 3828.5050

CAOA Rod. Anhanguera, KM 17,5 SÃO PAULO – SP FONE: (11) 3837.3000

Confira os serviços da Ford Caminhões:

Todos juntos fazem um trânsito melhor. Operação FINAME TJLP Subsidiado, taxa fixa de 0,79% ao mês = 9,9% ao ano, entrada de 30% em até 60 meses, e 3 ou 6 meses de carência por meio do programa Ford Credit. Operação FINAME TJLP Subsidiado na Sistemática Convencional. As condições estão sujeitas a alteração por parte da autoridade monetária, BACEN e BNDES. Promoção válida em todo o território nacional, para o modelo Cargo C-816 (cat. EB59) no valor de R$ 121.077,76, zero km, até 31/12/2014 ou enquanto durarem os estoques. As condições financeiras estão sujeitas a análise e aprovação de crédito pela financeira. Contrato de FINAME TJLP operacionalizado pelo Banco Bradesco S/A.


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NOTAS Tratores e máquinas agrícolas deverão ser emplacados em Janeiro de 2015 llOs agricultores que transitarem com tratores e máquinas agrícolas nas estradas brasileiras deverão emplacá-las a partir de janeiro de 2015. A decisão foi tomada por deputados e senadores em reunião conjunta no Congresso Nacional, quando aprovaram o veto presidencial n.º 5/14, segundo o qual a presidente Dilma Rousseff acabou com a isenção de licenciamento e emplacamento rural.

Tecnologia controla lote e validade dos produtos agrícolas llDesenvolvido pela Siagri, o ERP é um software de gestão empresarial exclusivo para o agronegócio que promete ajudar o agricultor nas tarefas e rotinas, aumentando a visibilidade e facilitando a rastreabilidade da produção e distribuição de insumos. A empresa garante segurança nas transações e conformidade com as obrigações legais do setor, colaborando com o crescimento e qualidade dos negócios no campo.

Preço do limão sobe 105% em um ano devido à estiagem llO preço da fruta subiu 105% em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Um aumento de 75% já havia sido registrado em setembro, de acordo com o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP. A principal causa para a elevação dos preços foi a estiagem observada em 2014 principal produtor do país. Em média, a caixa de 27kg do limão foi negociada a R$ 52,87 no mês de novembro.

Curso de Agronomia na FESB começa em 2015

Livro conta história de agricultores de SP

llA Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista oferece dois novos cursos para o ano de 2015, Agronomia e Serviço Social são as novas opções de carreira para os jovens da região. O Curso de Bacharelado em Agronomia será integralizado em 5 anos na modalidade presencial, com carga horária total de 3.600 horas, incluindo disciplinas teórico/práticas, estágio supervisionado, trabalho de conclusão do curso (TCC) e atividades complementares.

llViabilizado pelo Proac e Governo do Estado de São Paulo e com patrocínio da Syngenta, a Editora Horizonte está lançando o livro “O Homem do Campo Paulista”, que retrata e valoriza a trajetória de dez famílias que vivem do trabalho com a terra, produzindo uma variedade de culturas, sem deixar de lado o respeito à natureza.A obra de autoria de Ricardo Prado, tem 144 páginas e conta ainda com 77 fotografias.

TABELA DE SAZONALIDADE Produto

Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacaxi Abacaxi Abóbora Abóbora Abóbora Abóbora Abobrinha Abobrinha Acelga Agrião Alcachofra Alecrim Alface Alface Alface Alface Alface Alho Alho Alho-poró Almeirão Almeirão Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Atemóia Banana Banana Banana Banana Banana Banana Batata Batata Batata Batata-doce Batata-doce Berinjela Berinjela Berinjela Beterraba Beterraba c/ folha Brócolis Brócolis Caju Capim-cidreira Caqui Caqui Caqui Caqui Cará Carambola Catalonha

Grupo Varietal

Avocado Hass Avocado Fuerte Breda Fortuna Geada Margarida Quintal Pérola Havaí Japonesa Moranga Paulista Seca Brasileira Italiana

Americana Crespa Lisa Mimosa Romana Branco Roxo Pão-de-açúcar

Estrangeira Americana Estrangeira Espanhola Estrangeira Argentina Estrangeira Chilena Maçã Nanica climatizada Ouro Prata - MG Prata -SP Terra Beneficiada lisa Benef. comum (lavada): (1) Comum (escovada): (2) Amarela Rosada Comum Conserva Japonesa

Ninja

Fuyu Giombo Kyoto Rama Forte

Out Nov Dez

Produto

Cebola Cebola Cebolete Cebolinha Cenoura Cenoura c/ folha Chicória Chuchu Coco-seco Coco-verde Coentro Couve Couve-flor Endro Erva-doce Ervilha Escarola Espinafre Figo Gengibre Goiaba Goiaba Hortelã Inhame Jabuticaba Jaca Jiló Kiwi Kiwi Kiwi Kiwi Laranja Laranja Laranja Laranja Lichia Limão Louro Maçã Maçã Maçã Mamão Mamão Mandioca Mandioquinha Manga Manga Manga Manjericão Manjerona Maracujá Maracujá Maxixe Melancia Melão Mexerica Milho-verde Morango Morango Mostarda Nabo Nectarina

Grupo Varietal

Roxa

Torta

Branca Vermelha

Redondo Estrangeiro Chileno Estrangeiro Nova Zelândia Estrangeiro Italiano Seleta Lima Pera Baia Tahiti Nacional Fuji Nacional Gala Nacional Golden Formosa Havaí

Haden Palmer Tommy Atkins

Azedo Doce Redonda Amarelo Rio Camiño real

Out Nov Dez

Produto

Nectarina Nectarina Nêspera Orégano Pepino Pepino Pepino Pera Pera Pêssego Pêssego Pêssego Pimenta Pimenta Pimenta Pimentão Pimentão Pimentão Fruta-do-conde Pinhão Quiabo Rabanete Repolho Repolho Rúcula Salsa Salsão Salsão Sálvia Tangerina Tangerina Tangerina Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomilho Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Vagem Vagem

Grupo Varietal

Out Nov Dez

Estrangeira Espanhola

Caipira Japonês Estrangeira Rocha Estrangeira Williams Estrangeiro Americano Estrangeiro Espanhol Cambuci Verde-americana Vermelha Amarelo Verde Vermelho

Roxo Verde-liso

Branco Verde Cravo Murcott Ponkan Maduro Longa Vida (Achatado) Maduro Santa Cruz (Oblongo) Mad. Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Salada Longa Vida (Achatado) Salada Santa Cruz (Oblongo) Salada Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Caqui Cereja Benitaka Brasil Centenial Estrangeira Crinsson Itália Niagara Red Globe Estrangeira Red Globe Rubi Thompson Macarrão-curta Manteiga ÓTIMA OFERTA OFERTA MÉDIA OFERTA BAIXA

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

Estrangeira Americana

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial


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ARTIGO

Escolher um fornecedor comprometido com a segurança dos alimentos é o primeiro passo para garantir produtos de qualidade no seu negócio

E Um ano é feito não apenas de dias, semanas e meses, mas da colaboração de todos aqueles que estão empenhados no sucesso de uma ideia, de um objetivo, de um negócio. O ano é feito de clientes, colaboradores, empresas e instituições que se dedicam à tarefa de tornar nosso dia a dia mais simples e assim podermos aproveitar os momentos felizes em família como o Natal e Ano Novo. Nossos mais sinceros votos de Boas Festas!

Qual será o alimento do futuro? Para especialista, a comida como conhecemos hoje vai se tornar uma iguaria Ronaldo Luiz SOU AGRO

llO agro brasileiro tem que ousar, no sentido, por exemplo, de pensar “qual será o alimento do futuro?” Foi o que destacou o professor da Unicamp, Antônio Márcio Buainain, em entrevista exclusiva ao Sou Agro, logo após participar de debate na Sociedade Rural Brasileira (SRB), no dia 18, em São Paulo (SP). Segundo Buainain, o agro precisa ter muito mais foco em inovação. “Será que a comida do amanhã continuará sendo esta?”, indagou. “Eu vejo o setor pensando em ser grande em carnes, soja, milho, por exemplo, mas eu entendo que precisamos ir adiante, muito além disso.” Buainain

é um dos editores do livro “O mundo rural no Brasil do século 21: A formação de um novo padrão agrário e agrícola”, lançado recentemente pela Embrapa e pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). De acordo com Buainain, a comida como conhecemos hoje vai se tornar uma iguaria. “Defendo a tese que vamos nos alimentar com ração.

Se nutrir será uma coisa, comer por prazer outra Buainain Professor da Unicamp

Se nutrir será uma coisa, comer por prazer outra.” Mas para enveredar cada vez mais pelo caminho da inovação, Buainain advertiu que os fatores responsáveis pelo sucesso do agro brasileiro nos últimos anos podem não assegurar a competitividade do futuro. “O Brasil corre risco sim de defasagem tecnológica na agropecuária, caso deixe de investir em Pesquisa & Desenvolvimento. Não podemos ficar sentados em cima do que já conquistamos”, alertou, acrescentando que a tecnologia terá que ser guiada cada vez mais por atributos ligados à proteção ambiental, sanidade dos alimentos, respeito social, entre outras exigências demandadas pela sociedade.

m outra oportunidade falei sobre o conceito da qualidade e de como a sua promoção está diretamente ligada ao envolvimento de cada membro do estabelecimento. Nesta edição vou falar de um personagem que também tem grande importância em sua promoção: o fornecedor. Um erro comum, cometido por muitos empresários do ramo de alimentos, é acreditar que poderão conferir qualidade a um produto que foi recebido fora dos padrões de segurança e higiene. Ledo engano. Se, durante a obtenção, o armazenamento e/ou o transporte do alimento, as orientações para as boas práticas de manipulação e fabricação foram desconsideradas então, o alimento já perdeu qualidade. O pescado que chega ao restaurante fora da temperatura ideal de conservação já apresenta alterações que não retrocederão ao ser acondicionado em geladeira ou freezer. Alteração na cor, no sabor, na consistência, no prazo de validade e na carga microbiana, esta última, principal responsável pela aceleração da decomposição, são algumas das mudanças que poderão ocorrer. Todas elas concorrerão para o aumento do despedício, risco de contaminação ou intoxicação do consumidor e para a propaganda negativa do estabelecimento. Como garantir que o produto chegue nas condições adequadas? A resposta: escolha um bom fornecedor e realize uma boa checagem, no momento do recebimento. Visite o seu fornecedor; verifique

o grau de comprometimento com a segurança e a qualidade dos produtos que comercializa; condições das instalações físicas e de que forma o produto segue para a entrega, entre outros. Uma sugestão é encaminhar-lhe uma ficha estabelecendo o padrão dos produtos a serem entregues. Uma espécie de check list que o fornecedor deverá seguir. O responsável pela recepção destes produtos, no estabelecimento (restaurante, por exemplo), deverá acompanhar o recebimento e analisar se os parâmetros de segurança e higiene foram atendidos. Caso o contrário não deverá aceitá-los. Em geral, o fornecedor que tem seus produtos rejeitados numa entrega promove os ajustes necessários, sob pena de perder o cliente. Mantenha um cadastro completo dos fornecedores, com os tipos de produtos, condições no momento da entrega e suas impressões sobre o estabelecimento/depósito. Essa medida facilita a detecção dos fornecedores confiáveis além de atender a uma das disposições da legislação sanitária. Lembre-se: na cadeia do alimento, da obtenção até o consumo, todos os envolvidos são responsáveis pela promoção da qualidade. A quebra de um elo, em qualquer ponto, pode comprometer o produto final. . Celia Alas Médica veterinária Consultora na empresa Alas & Oliveira Food Safety Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos celia@alaseoliveira.com.br


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FRUTICULTURA

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FRUTAS PAULISTAS Começa a safra das frutas paulistas para o fim de ano Demanda por uva niágara é maior nos meses de dezembro e janeiro Colaboração Especial: Cláudio Inforzato Fanale Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp cqh@geagesp.org.br

llHouve um tempo que não tínhamos todas as frutas durante todo o ano. A oferta obedecia aos ditames do clima do local de produção e o fim do ano rico em aromas da fruta colhida madura. Agora temos a oferta da maioria

das frutas, durante todo o ano, brasileiras ou importadas. O fim de ano é tempo de fruta paulista. Em dezembro os pêssegos paulistas já cederam espaço para os pêssegos gaúchos e o aroma da manga e da uva niágara inundam o mercado e não existe abacaxi mais saboroso que o Havaí colhido no ponto certo, em São Paulo. São tempos difíceis para o agricultor. Mas não faltará fruta paulista na mesa do consumidor. A Ceagesp paulistana foi abastecida, em 2013, por 1.541 municípios brasileiros e os municípios paulistas responderam por 62% do seu volume. O Estado de

São Paulo responde por 23% do abastecimento da Ceasa do Rio de Janeiro e por 14% do Ceasa de Contagem – MG. A uva niágara é originária dos Estados Unidos, nativa da região de Nova Iorque. Foi trazida para o Brasil por um americano e produzida por imigrantes italianos. Ela ainda é uma fruta de alta sazonalidade e natalina, como veremos nos números levantados pelo SIEM – Sistema de Informação e Estatística de Mercado da Ceagesp. A Ceagesp recebeu, em 2013, uva de 14 estados brasileiros – 68 mil toneladas, sendo 50% do volume do Estado de

São Paulo. A uva niágara participou com 17% do volume total de uva e com 31% do volume de uva de São Paulo – com12 mil toneladas. A Ceagesp recebe uva niágara de 5 estados brasileiros, com grande participação paulista (91%) e mineira (8%). A oferta de uva niágara paulista ficou, em 2013, muito concentrada nos meses de dezembro e janeiro, 35 e 17%. Cinquenta e um municípios paulistas fornecem uva niágara para os atacadistas da Ceagesp paulistana, sendo 8 municípios responsáveis por 82% e os três primeiros por 52% do volu-

me – Indaiatuba, Jundiaí, São Miguel Arcanjo, Louveira, Jarinú, Itupeva, Elias Fausto e Jales. O perfil da oferta muda em dezembro, que concentra 35% da oferta de uva niágara, com a oferta de 29 municípios paulistas, sendo os 3 primeiros municípios responsáveis por 63% do volume e 5 por 80%: Jundiaí, Indaiatuba, Itupeva, Jarinu e Louveira. O mês de dezembro de 2013 foi rico em uva niágara. O Estado de São Paulo participou com 98% da oferta. Em 2013 o dia do Natal foi na terça-feira da semana 52. As semanas 51 e 52 concentraram 68% da venda do mês – 24% da venda do ano de 2013.

FRUTAS NATALINAS PAULISTAS COMERCIALIZADAS NA CEAGESP


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PANORAMA

Redes varejistas influenciam a comercialização de produtos in natura na Inglaterra Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp cqh@geagesp.org.br

Londres abriga uma população de 8 milhões de pessoas e é servida por cinco mercados atacadistas ABASTECIMENTO DOS MERCADOS ATACADISTAS PARA PRODUTOS FRESCOS CONSUMIDOS

20 a 25% hortícolas 5% da carne 7% do pescado

A participação destes mercados no fornecimento de alimentos caiu na última década. Quatro grandes redes de varejo, responsáveis por 75% do mercado, concentram uma parte excessiva do comércio de alimentos. A participação das grandes redes varejistas também está caindo. Uma grande parte das hortaliças (46%) e a maior parte das frutas (96%) consumidas pelos britânicos é importada. A importação gera concentração por grandes fornecedores e facilita a compra direta pelos grandes supermercados e serviços de alimentação coletiva.

Em visitas técnicas a cinco mercados atacadistas e a um mercado varejista, ficou constatado que, em nenhum dos casos, é realizado o controle do volume de entrada do produto ou realiza a cotação de preços, práticas rotineiras das Ceasas brasileiras. Os mercados britânicos estão investindo muito na aproximação do consumidor, na compra do produto da agricultura local e na capacitação dos seus usuários como a “Seafood School' mantida pelo mercado 'Billingsgate'. Outro mercado, o 'Spitafields' se adequou ao trânsito de empilhadeiras e criou faixas de trânsito para pedestres.

Os mercados atacadistas londrinos se tornaram especializados por nicho de mercado e por produto

O mercado 'New Convent Garden' atende especialmente o serviço de alimentação – 40% de toda a fruta e hortaliça consumida fora de casa e 75% das flores e plantas ornamentais das floriculturas londrinas.

O mercado 'New Spitafields' atende o varejo – supermercados e lojas especializadas - e movimenta 750.000 toneladas por ano.

O mercado 'Billingsgate' é especializado em pescado e comercializa 250 toneladas por semana, sendo 20% do volume destinado ao consumidor.

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UVAS

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Embalagem para uva favorece abastecimento na atacadista De Marchi DANIELLE FORTE

Frutas em bandejas são mais valorizadas no setor varejista e conservam a qualidade Carolina de Scicco

llA maior distribuidora de uvas do mercado da Ceagesp adaptou seu processo de produção e comercialização para investir em embalagens que agregam valor ao produto. A necessidade de transformar o beneficiamento das uvas partiu das demandas do mercado varejista, cada vez mais exigente. Ao disponibilizar cachos da fruta em embalagens menores revestidas com películas protetoras, a empresa reduz o manuseio e o tempo dedicado ao comércio, tanto no atacado quanto no varejo. Cosmo Antônio dos Passos, vendedor, explica que as uvas embaladas em bandejas revolucionaram o sistema de abastecimento da atacadista. “Como a duração das frutas nesta embalagem é mais longa, hoje conseguimos enviar uvas niágara para regiões que não conheciam esta variedade, como Rondônia e Macapá, ou seja, um grande mercado se abriu”. O profissional calcula que cerca de 80% da rede supermercadista já aderiu ao novo padrão e a tendência é o fim das embalagens a granel. “A uva é uma fruta muito sensível e o mercado já percebeu que vale mais a pena investir na conservação do alimento do que cobrir as perdas e desperdícios”, avalia Cosmo. A niágara, carro-chefe da De Marchi, é a variedade que se deteriora mais rápido devido a alta quantidade de água presente em sua composição. “Quanto melhor a logística, mais ágil será a comercialização. A utilização da bandeja nas embalagens de uva promoveu grandes avanços neste setor da empresa”, declara o vendedor.

Beneficiamento no barracão pós-colheita A De Marchi possui 200 mil pés de uva niágara rosada na propriedade em Jundiaí, interior de São Paulo, onde, há mais de 70 anos, o italiano Giuseppe De Marchi iniciou os trabalhos como viticultor. Atualmente, a empresa produz os mais variados hortifrutis em diversos estados do país, além de oferecer alimentos processados e atuar internacionalmente. A partir deste mês o processo de beneficiamento da uva niágara será realizado totalmente no barracão pós-colheita. “A fruta vai sair da produção pronta para o consumidor final”, explica Vanderlei Aranha, monitor agrícola na produção de uvas da De Marchi em Jundiaí.

Para lidar com a sensibilidade da uva e garantir a integridade do alimento, boa parte da mão de obra utilizada é feminina. “O pós-colheita é um momento muito delicado da viticultura e pode colocar o trabalho de um ano todo a perder”, alerta Aranha. “Depois de colhido, o cacho da niágara rosada dura de oito a nove dias. Com as novas técnicas de beneficiamento a expectativa é de que o prazo aumente para 14 ou 15 dias”, almeja. Substituição da técnica de produção Este ano a produtora iniciou a alteração da técnica de produção das videiras niágaras. Aos poucos, por conta do alto custo, a De Marchi está substituindo a tradicional condução em espaldeira a céu aberto pela condução em “Y”, cultivo protegido por cobertura impermeável. O novo sistema garante aumento na produtividade, redução na aplicação de defensivos agrícolas e melhora a qualidade dos frutos, rendendo cachos maiores e protegendo a plantação

contra chuvas e pássaros. “Além de trazer benefícios para a produção, esta técnica diminui a necessidade de mão de obra, cada vez mais escassa nos campos agrícolas”, frisa Vanderlei. “Com a mudança no padrão de cultivo, estamos mecanizando a pulverização e a irrigação, que será por gotejamento”, complementa. Nesta safra, a De Marchi trabalha com um percentual de perda de 30% a 40% nos campos de niágara rosada. Segundo Aranha, a estiagem interferiu no desenvolvimento das plantas. “No ano passado, a cada dois pés colhíamos cinco quilos de uva. Este ano, estamos calculando que a mesma quantidade de pés vai dar no máximo dois quilos”, lamenta. Também por causa do clima, as frutas estão amadurecendo prematuramente, o que pode comprometer o abastecimento na semana do natal e ano novo. “De qualquer maneira desenvolvemos um excelente trabalho durante o cultivo e estamos preparados para atender a demanda do final do ano”, completa Vanderlei.


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UVAS

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Govetri & Govetri: padronização Referência no comércio de uvas, atacadista comercializa frutas selecionadas

Livro aborda o cultivo da uva Niágara rosada

llNa década de 60, antes da cria-

ção do Entreposto Terminal São Paulo, o avô de Ricardo Govetri Andrade vendia uvas e, como muitos na época, fazia seus negócios no Mercado da Cantareira. Quando a Ceasa paulistana foi fundada, Govetri logo conseguiu um espaço para atuar também na comercialização de hortaliças. Atualmente, a Govetri & Govetri está entre as cinco maiores atacadistas da Ceagesp e a uva niágara é carro chefe da empresa, que acumulou anos de experiência e se tornou referência na comercialização desta fruta. Além da niágara, comercializam também as variedades itália, rubi, benitaka e brasil, além de caqui, ameixa e morango. Nesta época do ano a venda de uva aumenta mais de 100%, mas Ricardo, que deu continuidade aos negócios do avô, está preocupado. “A safra está adiantada, mas as vendas não estão boas. Como adiantou muito, deve faltar no Natal. Aí, corre o risco de aumentar o preço”, acredita.

LEITURA

Varejistas, como o conceituado Hortifruti Natural da Terra são clientes desde que o grupo inaugurou sua primeira loja. A parceria também está no campo, com produtores de Jundiaí e Itupeva. A atacadista trabalha com frutas selecionadas e também vende em bandejas, ou seja, prontas para serem consumidas pelo varejo. “Alinhamos para ter um padrão, pa-

ra o cliente saber onde encontrar aquele padrão sempre. Nos preocupamos por exemplo em não sobrepor os cachos, em alertar os carregadores quanto aos cuidados com as frutas e atenção no atendimento ”, garante Ricardo. Govetri & Govetri Pavilhão MFEC – Módulo 82 Telefone: (11) 3643-9595

zoom COMERCIALIZAÇÃO Empresa atende o grupo varejista NT desde sua fundação

Para VIP Frutas, foco no cliente é fundamental Percepção das necessidades dos fregueses gera soluções na comercialização CAROLINA DE SCICCO

llQuando as grandes redes va-

rejistas começaram a adquirir frutas direto do produtor, a atacadista VIP Frutas trabalhava exclusivamente com uva e teve que se adaptar às mudanças que aconteciam no setor de abastecimento de alimentos frescos. “Perdemos nossos maiores clientes e começamos a reparar no potencial dos menores. Aquele que leva duas caixinhas de uva procurava o box do vizinho para levar mais duas de manga, mais três de acerola”, explica Antônio Carlos Borges de Holanda, proprietário. A solução para preencher a lacuna deixada pelos supermercados foi agregar outros produtos. “O cliente que comprava apenas uva em nossa loja, hoje carrega melão, pêssego, e por aí vai. Atualmente temos mais de 60 variedades de frutas. Só de uva, são mais de dez tipos diferentes”, conta Antônio, revelando seu carinho por este fruto. “Começamos com uva e esta afinidade será eterna”, considera. Além de aumentar o mix de mercadoria da empresa, a ação colabora com os produtores rurais, que encontram mais uma alternativa para escoar a produção e aproveitar o

mesmo frete. As uvas continuam sendo o carro-chefe da atacadista e os clientes seus grandes guias, influenciando até mesmo o nome da empresa. “Quando mudamos de nome usamos um adjetivo muito usado pelos nossos fregueses: VIP. Mas meu irmão alertou que teríamos que honrar com este compromisso”, lembra Borges de Holanda. “E é o que seguimos fazendo. Oferecendo produtos e serviços vips”, garante. Antônio destaca o trabalho da equipe de vendas, que está integrado com os objetivos da direção. “Mostramos a importância da nossa tarefa e os cuidados na comercialização de produtos frescos. Nossa principal mercadoria, a uva, é um alimento muito fino e deve receber os devidos cuidados”, considera o empresário, destacando as frutas que são conservadas em embalagens menores, prontas para o consumidor final. “Como não necessita de manuseio, facilita para o varejista e prolonga a vida do hortifruti. Estamos gostando muito deste tipo de embalagem, que valoriza o produto e aumenta a margem de lucro do produtor”, finaliza.

llA cultivar niágara rosada tem se apresentado como uma alternativa em relação às cultivares finas, para a produção de uvas nas regiões tropicais do Brasil. Por ser menos suscetível às doenças fungicas e apresentar menor custo de produção, possibilita melhor renda ao pequeno produtor, além de atingir preços compensadores no período de junho a novembro, entressafra nas regiões vitícolas tradicionais. A Embrapa Uva e Vinho tem desenvolvido, ao longo de sua história, diversas pesquisas na área do melhoramento genético da videira, que culminaram no lançamento de várias novas cultivares de uvas para mesa e processamento, entre elas, a cultivar niágara. Paralelamente, trabalhos foram conduzidos visando o manejo das novas cultivares resultantes dessas introduções, buscando sua adaptação às diferentes condições brasileiras. O livro “O cultivo da videira niágara no Brasil”, da Embrapa, apresenta orientações para implantação de vinhedos, poda, nutrição, controle de pragas e irrigação das videiras, bem como informações históricas acerca da origem e do melhoramento da cultivar Niágara. Vendas pelo site: http://vendasliv.sct.embrapa.br.


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Whatsapp no comércio de frutas llEspecializada na venda de uvas,

a atacadita Fort Fruit está constantemente investindo em melhorias no sistema de comercialização, principalmente em questões relacionadas à conservação de alimentos frescos. Otávio Galo Sobrinho, gerente de vendas, contou ao Jornal Entreposto que há quase dez anos a empresa reformulou o padrão de embalagem para o comércio de fruta e adotou caixas de papelão. “A ação beneficiou a logística e reduziu perdas causadas por manuseio inadequado”, explica o profissional. Atualmente, a Fort Fruit distribui caixas personalizadas para os produtores rurais acomodarem as frutas. Desta maneira, a atacadista conseguiu baratear o processo de embalamento e seleção. “O nome impresso na embalagem também é uma maneira de fixar a nossa marca no mercado”, complementa Marcelo Pádua, outro funcionário. A grande novidade é a uva vitória, variedade sem semente e nacional, cultivada em Minas Gerais. “Este é um tipo de produto em que o cliente compra uma vez acaba voltando sempre para buscar mais. Mas são pouco produtores que cultivam, por isto acaba sendo uma fruta muito disputada e somos um dos poucos atacadistas que tem para fornecer”, afirma Galo. Com mais de 15 anos de atuação, a empresa adotou políticas de redução de consumos de água, energia, papel. Além disso, apoia projetos sociais e contribui com a doação de alimentos para a comunidade local.

Whatsapp na comercialização de frutas Para ter certeza que a fruta que está sendo captada na roça é de boa qualidade, os funcionários da Fort Fruit utilizam o aplicativo Whatsapp para enviar fotos diretamente das lavouras para o box na Ceagesp. O serviço de mensagens multiplataforma para celulares que usa a conexão via internet está cada vez mais popular entre os profissionais do setor de abastecimento de frutas, verduras e legumes. “É uma forma rápida e prática de saber as condições do produto que estamos adquirindo”, Otávio.

ATACADO

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Refrigeração alavanca negócios na Belle Sampa Câmaras frias em São Paulo e Minas Gerais garantem a segurança e qualidade do alimento


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llA atacadista e produtora de

frutas Belle Sampa nasceu de uma parceria entre profissionais experientes nos ramos de comercialização, cultivo, beneficiamento e distribuição de frutas em larga escala. Sérgio Roberto Martins, proprietário, destaca que a empresa, que atua no mercado da Ceagesp desde 2005, expandiu suas instalações e o volume de venda nos últimos anos e con-

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tinua buscando melhores resultados e novos negócios. “Entre os nossos diferenciais podemos citar a estrutura física ampla e adequada para o manuseio e comercialização de hortifrúti. Temos capacidade de produzir, armazenar, embalar e distribuir grandes quantidades”, destaca o empresário. “Além disso, A Belle Sampa é pioneira na Ceagesp em certificações de qualidade”, complementa.

Para alcançar a melhoria em produtos e processos, a atacadista realiza forte trabalho junto aos fornecedores, acompanhando os estágios de cultivo das frutas e se alinhando à legislação que abrange a produção e abastecimento de FLV. “Buscamos reconhecimento e crescemos com organização, padronização e abrangência de novos nichos de mercado”, resume Sérgio.

Cadeia do frio O maior investimento realizado pela Belle Sampa na última década foi em refrigeração. Câmaras frias em São Paulo e Minas Gerais garantem a segurança e qualidade do alimento que será distribuído para todo o país. “Nos hortifrutis, a velocidade da decomposição está diretamente associada à temperatura do ambiente”, reforça .

RECICLAGEM

Caminho inverso faz óleo lubrificante voltar a ser matéria-prima A Supply Service retira quase 70 mil toneladas de resíduos sólidos do meio ambiente llO óleo lubrificante, utilizado em veículos e indústrias, é derivado do petróleo e pode ser reciclado em um processo chamado rerrefino. Inclusive, as embalagens de óleo lubrificante que são classificadas como resíduos perigosos (classe I) também precisam ser recicladas. Dados do Sindirrefino (Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais) indicam que, em 2013, foram coletados e reciclados 473.567.000 que corresponde a 38,0% do volume comercializado, deduzido o volume de óleo dispensado de coleta. Já no Sudeste, são 253.889.631 litros e, no Estado de São Paulo, o volume é de 137.750.164. A reciclagem do óleo usado é definida pela Resolução 9 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), de 1993.É preciso que população, empresas e governos municipais atentem às medidas sustentáveis, pois o prazo para expirar a data limite de execução do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê entre as medidas o fechamento de lixões até 2014, dando lugar à construção de aterros controlados ou aterros sanitários, está acabando e ainda há um longo caminho a seguir. Voltadas para a necessidade do meio ambiente a antes mesmo da obrigatoriedade da lei, algumas empresas tornaram especialistas em coletar, tratar e descartar corretamente o óleo e, também, os resíduos (embalagens, filtros, estopa, pano, areia) que tiveram contato com o óleo. Segundo David Siqueira de Andrade, presidente da Supply Service,que está localizada na cidade de Tapiraí (60km de Sorocaba-SP) - mesmo antes de todas as leis já existentes em torno desse tema, a Supply já realizava o trabalho de reciclagem. “Desde 1992 nos tornamos especialistas no tratamento final de materiais contaminados com óleo e no rerrefino de óleo lubrificante. A lei da logística reversa já está em vigor, mas ainda não sentimos uma modificação relevante por parte da cadeia de valor com relação à necessidade de fechar o ciclo”, completa. Para ele, os diversos setores empresariais devem fazer todo o ciclo independente do sistema público de coleta e isso implica em certificar a destinação final dos resíduos. “Aqui, tudo o que é coletado é pesado e, em seguida, informado à CETESB”, complementa.


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VITICULTURA

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O aumento da incidência de míldio em anos de El Niño Controle da doença torna-se mais problemático, caso não seja realizado corretamente

Viviane Zanella Embrapa Uva e Vinho

A

videira pode ser afetada por diversas doenças e pragas durante o seu desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. O produtor deve lançar mão de uma série de medidas de manejo, garantido, assim, a sanidade e evitando os danos econômicos na produção e os reflexos na safra seguinte. Segundo a pesquisadora Maria Emilia Borges Alves, da Embrapa Uva e Vinho, com base nas previsões contidas na edição de outubro de 2014 do Boletim Climático para o RS elaborado pelo 8º Disme/Inmet e pelo Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da UFPel (www.inmet.gov.br/html/clima/cond_clima/bol_out2014.pdf), o prognóstico climático para a primavera e início de verão é de precipitações pouco acima da média para novembro e dezembro. Já para janeiro a previsão é que as chuvas fiquem dentro do normal. Espera-se que deva chover cerca de 25 milímetros a mais, e a probabilidade disto ocorrer é de 35%. As temperaturas mínimas deverão ficar acima das normais e as máximas um pouco abaixo até o final do ano, provocando uma pequena redução das amplitudes térmicas, o que pode afetar a coloração das bagas no início do período de maturação das videiras e, por sua vez, influenciar a qualidade das variedades viníferas. Estes pequenos desvios previstos na temperatura e na preci-

pitação se devem ao fenômeno El Niño, que vem atuando com fraca intensidade no decorrer do ano. Dentre as doenças da videira, o míldio, também conhecido por mufa, costuma ser a mais destrutiva, quando as condições climáticas tornam-se favoráveis ao patógeno, principalmente em vinhedos com cultivares suscetíveis. A incidência e a severidade do míldio variam de ano para ano e também durante a safra. Nos anos de El Niño mais intenso, caracterizados por um maior volume de chuvas na região sul e sudeste do Brasil, o controle da doença torna-se mais problemático, caso não seja realizado corretamente. A simples aplicação de um fungicida não garantirá o completo sucesso nessa batalha, muitas outras variáveis interferem nessa relação. O domínio da situação é fator-chave para a eficiência no controle, afirma o pesquisador da área de fitopatologia Lucas da R. Garrido, da Embrapa Uva e Vinho. Os maiores prejuízos causados pelo míldio estão relacionados à destruição total ou parcial das inflorescências e/ou frutos e à queda prematura das folhas. O desfolhamento precoce, além dos danos na produção do ano, afetará também a produção dos anos seguintes. Portanto, a doença causa danos à qualidade e à quantidade da produção do ano e enfraquecimento da planta para as safras futuras. O míldio é caracterizado pela presença de manchas de coloração verde-clara de aspecto oleoso na face superior das folhas, conhe-

cidas como ‘manchas de óleo’. Em condições de alta umidade, na face inferior da região correspondente a essas manchas surgirá uma eflorescência branca (mofo branco). As manchas tornam-se necrosadas na inflorescência até a subsequente queda. Quando o ataque ocorre na fase de floração, as inflorescências podem ficar deformadas, com aspecto de gancho, além de poderem secar e cair. Vale observar que nem todo abortamento de flores é devido ao míldio, pois chuvas na floração inviabilizam a polinização e as flores também abortam. Já nas bagas novas, o patógeno pode penetrar diretamente pelos estômatos ou pelo pedicelo (estruturas da baga). Com o desenvolvimento da doença, em condições de alta umidade, haverá, na superfície das bagas afetadas, a formação de um mofo branco (esporos do fungo) . Fatores que contribuem para aumentar o teor de água no solo, no ar e na planta favorecem o desenvolvimento do míldio da videira. Portanto, a chuva é considerada o principal fator por propiciar tais condições. Locais sujeitos à cerração e o orvalho também contribuem para a infecção dos tecidos da planta pelo patógeno causador da doença. A temperatura exerce papel moderador, freando ou acelerando o desenvolvimento do míldio. Dificilmente ocorre infecção se a umidade do ar for inferior a 75%. De um modo geral, são necessárias cerca de duas a três horas de

molhamento foliar para que se instale o processo infeccioso. O período de incubação pode variar de 4 a 18 dias, diminuindo com o aumento da umidade do ar e da temperatura até 25°C. Em condições ótimas de temperatura (22-25°C) o período de incubação dura de quatro a seis dias. Todas as práticas culturais que aumentam o teor de umidade no dossel favorecem o desenvolvimento da doença, como plantios adensados, utilização de porta-enxertos vigorosos, altas doses de adubos nitrogenados, irrigação e podas incorretas. A instalação do vinhedo em baixadas propicia uma maior ocorrência de nevoeiros e solos mal drenados favorecem o aparecimento de focos primários. A aplicação de fungicidas ainda é uma prática necessária para o controle da doença. Com o monitoramento, as aplicações podem ser iniciadas com o aparecimento dos primeiros sintomas (mancha de óleo) e repetidas sempre que houver condições favoráveis ou em intervalos de 7 a 10 dias. Até o estágio de grão (‘ervilha’) recomenda-se a aplicação de produtos sintéticos. Após esse estágio, podem ser empregados os fungicidas cúpricos. Durante a floração, momento de maior atenção pelo produtores, os fungicidas aplicados devem apresentar a mistura de princípios ativos de contato e sistêmicos, lembrando que muitas marcas comerciais de fungicidas já apresentam essa mistura de fábrica.

Além disso, a utilização de produtos indutores de resistência tem aumentado em diversas culturas. Na videira, os fosfitos de potássio têm desempenhado este papel, tornando a planta mais resistente ao ataque do agente causador do míldio e exercendo um excelente controle da doença, podendo ser utilizados em mistura com produtos de contato. Além de seguir as informações contidas na bula dos produtos, é importante que os viticultores tenham o pulverizador calibrado e em boas condições de manutenção. Escutar o barulho da bomba do equipamento e a névoa formada durante a pulverização não assegura que o princípio ativo tenha chegado ao alvo. Gotas muito pequenas evaporam antes de chegar aos tecidos da planta e gotas grandes ocasionam maior escorrimento do produto. Logo, a regulagem deve situar-se entre estes dois extremos. O manômetro, os bicos e as mangueiras devem estar em boas condições de uso e sem vazamentos. Os tratamentos não devem ser realizados quando há presença de orvalho nos tecidos da planta e nem durante as horas mais quentes do dia, a fim de evitar a evaporação. “O controle não será eficiente só com a dose correta do produto, a tecnologia de aplicação é parte vital desse processo”, alerta Garrido. Para um melhor resultado, o pesquisador orienta que os fungicidas sistêmicos devem ser aplicados pelo menos quatro horas antes de chuvas, para evitar que os mesmos sejam lavados antes da sua absorção. Já os produtos de contato são lavados após chuvas maiores que 25 mm. Por outro lado, a ocorrência de chuvas de menor intensidade (5 a 10 mm) contribuem para a distribuição do princípio ativo dos fungicidas de contato nos órgãos da planta. Outro ponto importante é a dose do fungicida utilizada para a prevenção e o controle das doenças da videira. “Sempre existe a dúvida se o produtor deve utilizar a dose por hectare ou a dose para 100 litros. Embora este assunto seja bastante polêmico, a dose registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e recomendada é de kg ou L / ha, levando-se em conta o volume de calda de 800 a 1000L / ha”, reforça Garrido. Nos pulverizadores convencionais, utilizando baixos volumes de calda, por exemplo 200 a 300 L / ha e a dose do produto para 100 L, menos princípio ativo está sendo depositado sobre as plantas, ou seja, é uma subdosagem, o que contribui para o surgimento de novos focos de infecção pelo míldio, alerta o pesquisador. Confira a lista dos produtos autorizados para a cultura da videira em: www.uvibra.com.br/pdf/ agroquimicos.pdf.


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Sem desculpas:

"Não sei o que comprar". "Não sei como preparar". "Deixa muito cheiro na cozinha". "Uma vez comi um peixe estragado e nunca mais toquei nisso". Apesar de saudável, muitas pessoas encontram diculdades para comprar e preparar peixes. O Anuário Entreposto de Pescados é a solução para este problema. Aqui você pode encontrar qualquer produto vendido pelos atacadistas da Ceagesp com recomendações e ideias de preparo. Um guia útil para todos que apreciam uma boa culinária e trabalham na comercialização destes alimentos.

anuário

2015

CONTATO: 11 3831.4875

ANO I | R$ 24,90

PESCADOS


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CEASAS Ceasa adere à Rede de Solidariedade do Programa Mesa Brasil Sesc llA rede nacional de solidariedade Mesa Brasil Sesc ganha um importante aliado no Rio Grande do Sul. Foi assinado, em Porto Alegre, no início deste mês, o termo de cooperação entre o Sistema Fecomércio-RS/ Sesc e a Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), que compreende a parceria entre os Programas Mesa Brasil Sesc e Ceasa Mais Cuidada - que, entre outras ações, visa a segurança alimentar e nutricional através do Banco de Alimentos, efetuando a doação de alimentos excedentes às mais de 200 entidades cadastradas -, visando à administração da centralização de doações de alimentos e a devida distribuição a entidades sociais cadastradas na Capital e Região Metropolitana, assim como o desenvolvimento de ações educativas. Segundo o diretor regional do Sesc/RS, Luiz Tadeu Piva, os esforços e a potencialização de recursos beneficiarão ainda mais pessoas. “Atualmente, somente em Porto Alegre e Região Metropolitana, o Mesa Brasil atende 250 entidades sociais. A partir da parceria firmada com a Ceasa, nossas ações beneficiarão mais de 350 entidades”, explica o dirigente. O Mesa Brasil Sesc é uma rede permanente de solidariedade, que atua desde novembro de 2003 no Rio Grande do Sul com o objetivo de evitar o desperdício de alimentos e diminuir as carências nutricionais da população. Para alcançar essas metas, conta com o apoio de empresas, entidades sociais e voluntários. Conforme o diretor-presidente da Ceasa/RS, Paulino Olívio Donatti, o Banco de Alimentos tem papel preponderante junto às pesso-

as beneficiadas e com a parceria firmada com o Mesa Brasil essa atuação será intensificada. A parceria tem como objetivo a cooperação entre os programas Mesa Brasil/Sesc e Ceasa Mais Cuidada/Banco de Alimentos, visando a administração da centralização de doações de alimentos para a democrática distribuição dos gêneros às entidades e programas do município de Porto Alegre e Região Metropolitana, buscando combater o desperdício, organizando as coletas, estimulando a nutrição sustentável, fomentando e difundindo os princípios da Segurança Alimentar e Nutricional, bem como o Direito Humano à Alimentação Adequada. Caberá ao Sesc manter um nutricionista e um motorista no programa; manter um veículo Sprinter refrigerado, bem como os equipamentos (caixa box, carrinho de armazém, freezer e caixas plásticas) e desenvolver ações educativas junto ás instituições receptoras, funcionários, voluntários, usuários e seus familiares, equipe do Banco de Alimentos, produtores e atacadistas; coletar e efetuar as entregas dos alimentos nas entidades cadastradas no Programa Mesa Brasil e vigentes no cadastro do Banco de Alimentos da Ceasa. Compete à Ceasa doar os alimentos excedentes e oriundos do Programa Ceasa Mais Cuidada; garantir a separação de alimentos próprios para consumo; identificar o público que será beneficiado pelas ações educativas que contemplarão os produtores e atacadistas. Os cadastros das entidades receptoras também serão unificados, podendo assim outras entidades passarem a receber as doações.

CeasaMinas avança na organização do trânsito com três novas obras llTrês obras realizadas no entreposto de Contagem da CeasaMinas vão contribuir com a organização do trânsito do mercado. A primeira delas, já finalizada, é a criação de 22 vagas exclusivas para caminhões e cavalos mecânicos no Estacionamento do Triângulo, entre os setores azul e violeta. Foi criada uma entrada e uma saída independentes para esses tipos de veículos. Já está em andamento a cria-

ção de um estacionamento exclusivo para caminhões próximo ao Banco de Caixas, ao lado do Pavilhão X. O local terá 45 vagas e será uma alternativa para os motoristas que utilizavam o estacionamento entre os pavilhões U e X, que foi interditado para a construção do Pavilhão V. A obra começou há um mês e está prevista para terminar em janeiro, dependendo da incidência de chuvas. A última intervenção será a re-

tirada dos canteiros centrais em frente ao Pavilhão 4. Como a licitação para a realização desta obra foi deserta, a CeasaMinas já está providenciando a contratação direta da empresa que irá fazer o trabalho. A retirada desse largo canteiro central facilitará a manobra dos caminhões. A licença ambiental para a retirada das árvores do canteiro já foi concedida à CeasaMinas. Juntas, as três obras somam um investimento de quase R$ 1 milhão.

Ceasa Campinas forma aliança com o Porto de Santos ARQUIVO PMC

llNo início deste mês, o Porto de

Santos e a Ceasa Campinas por meio de seus diretores presidentes, Dr. Angelino Caputo e Oliveira e Dr. Mário Dino Gadioli, registraram mais um passo importante para o desenvolvimento do país, através de alianças Multiorganizacionais. Para atender os novos paradigmas de desenvolvimento surge a necessidade de formação de alianças estratégicas, que são geralmente compostas por empresas que objetivam a constituição de uma nova parceria ou ampliação de alguma já existente. Novos tempos requerem novas perspectivas de negócios, e a Centrais de Abastecimento de Campinas, tem trabalhado sua capacidade visionária para contribuir com a geração de desenvolvimento da região. Para a Cea-

sa Campinas, esta aliança representa uma forma inovadora de ser participante no mundo globalizado, exercendo ainda, a colabora-

ção mútua a fim de que as empresas possam estar à frente do mercado e se manterem competitivas nacional e internacionalmente.


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ABASTECIMENTO

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Mudança de direção pode melhorar Ceasas ‘Cultura do planejamento’ deve minimizar transições administrativas em empresas públicas, avalia presidente da Ceagesp NANDO COSTA/ PAUTA FOTOGRÁFICA

Paulo Bernardino De São Paulo llA instabilidade política das pre-

sidências e diretorias de Centrais de Abastecimento (Ceasas) sempre preocupou o comércio atacadista de produtos hortifrutigranjeiros, principalmente em períodos pós-eleitorais. Essa demanda ficou clara no último Encontro Anual da Abracen, realizado em 3 e 4 de dezembro na sede paulista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “A maioria das pessoas que chega a essas empresas não entende nada sobre a atividade abastecedora”, lembrou o presidente da Federação Latino-Americana de Mercados de Abastecimentos e da Ceasa do Ceará, Reginaldo Moreira, em seu discurso na abertura. “Mas não é só nessas estatais que os administradores são substituídos a cada dois ou quatro anos em função de processos eleitorais. Isso é típico de uma sociedade democrática, na qual a representação política se dá dessa maneira”, destacou o presidente da Associação Brasileira de Centrais de Abastecimento (Abracen) e da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mauro Maurici. “É claro que uma troca de dirigentes nessas empresas ou órgãos públicos provoca mudanças, mas a estabilidade de sua administração deve se dar não pela figura daquele que está em sua direção, mas por um manual de boas práticas que minimize qualquer descontinuidade prejudicial”, acrescentou Maurici, referindo-se ao documento dessa natureza editado pela associação. Durante a reunião da cúpula dos mercados atacadistas brasileiros e latino-americanos, o executivo da empresa do Ministério da Agricultura também lembrou que mudanças sempre trazem oportunidades.

Maurici: troca de dirigentes não é entrave para Centrais de Abastecimento

“Novas estratégias e novas ideias e formas de se conduzir uma organização sempre são bem-vindas e arejam os ambientes”, disse. “Portanto, essa alternância de poderes nas instituições públicas não é, em si, um problema”, defendeu Maurici, lembrando que a Abracen tem a missão de consolidar uma “cultura de planejamento” para diminuir o impacto dessas transições administrativas. Refletir experiências, de forma a enfrentar os problemas das Ceasas brasileiras, foi, portanto, a tônica do encontro. “Isso acaba criando uma homogeneidade de visão acerca das questões que atingem o abastecimento, que é a missão das 68 centrais filiadas à Abracen”, avaliou. “Temos levado a efeito várias ações nesse sentido, como a promoção do primeiro curso de operadores de mercado e eventos como esse encontro de dirigentes, profissionais, especialistas e empresários do setor”, completou. TEMAS EM DEBATE

Especialistas discutiram boas práticas agrícolas e outros temas ligados ao setor durante os dois dias de reunião da Abracen

No primeiro dia da reunião, um time de especialistas discutiu a piora da qualidade da alimentação no País nos últimos anos. Em sua apresentação, a nutricionista Fernanda Rauber explicou aos participantes detalhes sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicação recém-atualizada pelo Ministério da Saúde. “Os alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base de qualquer alimentação saudável”, observou. Em todo o encontro, os convidados também debateram a importância das boas práticas agrícolas para a segurança alimentar, o Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro e o futuro do setor, entre outros temas pertinentes ao abastecimento no Brasil e América Latina.


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ARTIGO

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Ceagesp está repleta de tuias e bico de papagaio Flores em tons vermelhos, verde e branco são as preferidas nesta época ll A maior feira de flores

Floricultura brasileira em 2015: o que esperar para o próximo ano? *Antonio Hélio Junqueira **Marcia da Silva Peetz

F

ortalecer a produção e o comércio dos produtos da floricultura brasileira constitui ação estratégica absolutamente vital para a garantia de um grande número de empregos, tanto no meio rural, quanto nas cidades e, também, para a sobrevivência de inúmeras propriedades e empresas agrícolas distribuídas por todo o país. Representa, desta forma, uma alternativa altamente eficiente e eficaz para o desenvolvimento econômico e social sustentável e equânime entre as diversas macrorregiões geográficas brasileiras. Segundo levantamento da empresa de Inteligência de Mercado, Hórtica Consultoria, o País possui atualmente 7.800 produtores de flores e plantas ornamentais, os quais, em seu conjunto, cultivaram, em 2013, uma área total de 13.468 hectares. No período de 2008 a 2013, o número de produtores dedicados ao cultivo de flores e plantas ornamentais no Brasil elevou-se em 29,5%. Em termos econômicos, a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais no Brasil deverá fechar o ano com movimento de R$ 5,64 bilhões, basicamente resultante do crescimento de 8,0% sobre o ano anterior. Embora sentindo os efeitos de um macro contexto social mais recessivo para o comércio e o consumo, a floricultura deverá continuar, em 2015, exibindo indicadores muito favoráveis de cres-

cimento – sempre muito acima do PIB nacional –, na medida em que seus produtos já se consolidam na cesta cultural da demanda e ainda possuem muito potencial de expansão, principalmente fora dos grandes polos nacionais de concentração do mercado. Populações de cidades do interior do Sul e Sudeste, bem como das capitais e grandes cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste vêm experimentando aumentar o seu consumo de flores e plantas ornamentais, especialmente devido às ampliações e melhorias no sistema de distribuição varejista, incluindo a capilaridade do setor supermercadista, além do melhor desenvolvimento da logística operacional na cadeia, do que resultam o crescimento da oferta e o barateamento dos preços, que permitem maior acesso e regularidade de compras dessas mercadorias. Contribuem também para este fenômeno, o fortalecimento de polos regionais de produção, especialmente no Norte (Pará) e Nordeste (Rio Grande do Norte e Bahia, entre outros), além da recuperação da expressão econômica da floricultura em alguns estados das regiões Sul – principalmente no Paraná – e Sudeste, notavelmente, Minas Gerais. Neste contexto e para que possam explorar adequada e eficientemente as novas potencialidades de negócios, os profissionais da cadeia produtiva da floricultura brasileira terão que ajustar seus projetos e empreendimentos à realidade de uma nova conjuntura econômica e social, que, tanto no Brasil quanto no resto do

mundo, apresenta novas e inexoráveis exigências. É importante observar que os mercados consumidores estão mudando e que estas tendências são irreversíveis. Dessa forma, produtores, comerciantes atacadistas e varejistas e fornecedores terão que se adaptar a um mercado de pressão contínua para a baixa de preços e aumento geral da qualidade, dos padrões de apresentação, de logística de distribuição e de agregação de valor ao produto final. Além disso, se exigirá grande potencial de inovação, diversificação e incorporação permanente de novos itens na oferta de produtos e na prestação de serviços, na qualidade de atendimento e no relacionamento com a clientela. Um aspecto particularmente relevante, nesse novo cenário, será o fato de que os floricultores brasileiros passarão a conviver, de forma definitiva, com uma nova realidade no País, que é o da abertura permanente para os fornecedores do mercado internacional, sempre ávidos por novos mercados e para os quais o Brasil já se mostra altamente atraente. No âmbito dessas novas demandas, a vida associativa, institucional e corporativa poderá representar um dos mais importantes diferencias na carreira daqueles que tenderão a buscar efetivas soluções para os seus problemas, tanto no campo econômico, quanto técnico, político e social. O fortalecimento dos órgãos e entidades de representação setorial será de fundamental importância na gestão e encaminhamento de buscas de soluções concretas para problemas

comuns. Parte importante das dificuldades que aparecerá para os profissionais necessitará de agregação de forças, de governança, de ações cooperativas e de esforços convergentes. Cabe destacar que as dimensões socioeconômicas já adquiridas pela Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil justificam a realização futura de diagnósticos setoriais mais aprofundados e detalhados e que venham a se basear em amplas pesquisas diretas em campo. Desta forma, as ainda existentes e importantes lacunas de dados e estatísticas setoriais poderão ser superadas, contribuindo, cada vez mais, para a mais exata compreensão da realidade florícola nacional e para a obtenção e oferta de subsídios de alta qualidade e relevância técnicas para o planejamento estratégico do crescimento e do desenvolvimento setorial deste já inquestionavelmente relevante segmento do agronegócio brasileiro. Confiantes na pujança do crescimento e desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, desejamos a todos nossos leitores, parceiros, amigos e colaboradores um Natal repleto de paz e harmonia e um Ano Novo próspero, justo e feliz. *Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/ PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento. **Economista sênior, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

e plantas ornamentais da América Latina já disponibiliza grande variedade de tuias e bico de papagaio, as preferidas para a decoração natalina. A demanda por estes produtos puxa a comercialização de outros, como por exemplo as orquídeas, muito utilizadas como presentes ou lembranças de fim de ano, e os acessórios, principalmente enfeites de papai Noel e guirlandas. As poinsétias, popularmente conhecidas como tuias, são oferecidas em tons de creme, salmão, branco e rosas claro e escuro. No entanto a mais comercializada é na cor vermelha ou a red pink, que mescla tons de vermelho e creme. Apesar de um ano economicamente estagnado, o vendedor Jaime Freitas espera superar as vendas do fim do ano passado. “A expectativa é boa, porém estamos trabalhando com o estoque baixo para não sobrar mercadoria”, disse. As tuiais mais procuradas para a decoração de natal são a áurea europa, maçã, limão e pavão. Vale lembrar a necessidade de cuidados com o pinheirinho. Por ser uma planta viva, precisa de claridade e umidade na raiz. É bom não exagerar nos enfeites e luzinhas, que podem pesar nos galhos e esquentar o pinheiro. Outras plantas disponíveis nas cores vermelho e branco e muito procuradas nesta época do ano são: begônias, kalanchoes, calandivas, gérberas, azaleias, antúrios e bromélias.


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FIM DE ANO

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Inove com frutas para presente nas festas de fim de ano Demanda aumenta a cada ano e empresas do ramo investem em arranjos e variedades llMuito comum no Japão, o hábito de presentear com frutas está cada vez mais usual no Brasil. Os japoneses são muito cuidadosos no cultivo de hortifrútis e conseguem formas e cores perfeitas. Em Tóquio não existem feiras livres nas ruas, como encontramos por aqui. As frutas são vendidas nos supermercados por um preço razoável, mas são em lojas especializadas que encontramos os melhores exemplares. Do outro lado do mundo, boutiques vendem frutas como artigos de luxo e algumas chegam a custar preços de joias. Os arranjos e embrulhos dão um show à parte e complementam a delicadeza. Além de ser um presente distinto, as frutas consumidas nas festas de fim de ano contribuem para evitar os exageros nas ceias. Diversas empresas estão

investindo na distribuição de frutas para o cliente final, ou seja, são alimentos selecionados, higienizados e embalados prontos para serem consumidos. A demanda por frutas para presentear aumenta a cada ano e empresas do ramo estão investindo em arranjos e inovações, como a inclusão de itens personalizados para dar um ar mais pessoal ao presente. Algumas companhias, até algum tempo atrás, trabalhavam apenas com entregas de flores, mas enxergaram nas frutas um grande potencial. Outras, como a Casa do Damasco, são especialistas em um determinado produto e o oferecem de diferentes formas. Este mês, o Jornal Entreposto reuniu empresas que oferecem frutas para presente em São Paulo. Escolha a cesta e inove nos presentes de final de ano.

Casa do Damasco

Floricultura Santana

Uma das opções é a cesta de damasco extra macio cortado ao meio, recheado com cerejas e frutas secas. A partir de R$ 49,00. www.casadodamasco.com.br (11) 96913 – 7759

Prontas para o consumo e embaladas individualmente, a cesta agrega treze tipos de frutas e acompanha plaquinha com mensagem. R$ 115,00. www.floriculturasantana.com.br (11) 2979-5157

Nova Flor Frutas com chocolates, champanhe e pelúcias, nas mais variadas cestas e caixas. A opção Tropical Deluxe, por exemplo, leva mais de oito variedades de frutas. A partir de R$ 74,00. www.novaflor.com.br (11) 3481-7770

Segredos da Fruta Frutas frescas cobertas ou não com chocolate em caixas personalizadas para diversas ocasiões. A partir de R$ 40,00. www.segredosdafruta.com.br (11) 3675 – 7828 Giuliana Flores Preparadas com muito cuidados, as cestas levam frutas frescas e selecionadas, principalmente para o café da manhã. A partir de R$ 74,00. www.giulianaflores.com.br (11) 3383-1700

Inter Flores Possui opções de cestas de frutas com chocolates, biscoitos, vinhos e flores. A partir de R$ 108,75. www.interflores.com.br (11)5662-6826

Mymos e Presentes

Isabela Flores

Você pode acrescentar itens personalizados ao arranjo e escolher as frutas que quiser. A opção UP acompanha flores. A partir de R$ 64,90. www.mymosepresentes.com (11) 3481-7770

Mais de dez opções de cestas de frutas compõem o portfólio da empresa: pequenas, grandes, com queijo e vinho, com chocolates e pelúcias, dentre outras. A partir de R$ 159,90. www.isabelaflores.com 0300 472 2352

Gourmet Cestas A cesta de frutas secas e castanhas é a estrela da linha clássica. Frutas secas e castanhas recém torradas, dispostos em um arranjo de tirar o fôlego. A partir de R$ 39,00 www.gourmetcestas.com.br

Frutas para Escriório A proposta é melhorar o cardápio dos funcionários nos escritórios, mas a empresa também opções de frutas para presente. www.frutasparaescritorio.com.br (11) wp @ amofrutas.com.br


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GASTRONOMIA

Fruta da Época

Momento Gourmet

Chef Diogo Ferreira de Araújo

Da antiguidade às nossas mesas e taças Receita:

Panna Cotta de Uva com Calda de Uva Branca llAs uvas, como registram os primeiros relatos,

dos estepes da Geórgia, na Ásia, é um alimento presente desde antes do sedentarismo na dieta do Homo Sapiens e sua descoberta mais magistral foi o vinho, tendo até seu próprio Deus: Dionísio na Grécia, e seu equivalente romano, Baco. Mas estamos aqui para falar das uvas que comemos, da uva americana, conhecida como uva de mesa e suas principais variedades. Citada desde o velho testamento e tendo papel importante no cristianismo, não poderia deixar de mencionar que a uva do vinho, a Vitis vinífera, é a usada para a produção deste néctar. Porém focaremos no que nos é devido. Com certeza é possível afirmar que a uva, como alimento importado, foi trazida primeiro pelos portugueses, mas não há consenso sobre quem definitivamente plantou e fez com que prosperassem nossas videiras. Porém, estudos indicam que os imigrantes italianos, em sua maioria no sul do país, foram os responsáveis por isso. Concluindo, listo aqui os tipos de uva mais consumidos no Brasil, que degustaremos em nossas lindas cestas de frutas neste fim de ano com a família e amigos. São elas: bordô, lorena, rúbia, moscatel, niágara, isabel, niágara branca, itália e mais algumas variedades importadas. Aproveitem a época e a doçura desta maravilhosa fruta.

Chef Diogo Ferreira de Araújo www.flaneurgastronomia.com.br diogo@flaneurgastronomia.com.br

Chef Ivair Félix

Bobó

de camarão na

moranga

Panna Cotta de Uva com Calda de Uva Branca Rendimento

(4 – 6 porções) Para a Panna Cotta:

Ingredientes 500 ml de creme de leite fresco 12 g de gelatina em pó incolor 150 ml de suco integral de uva tinto 100 g açúcar

Modo de preparo l Dissolva a gelatina em 20ml do suco, junte ao restante, e leve ao fogo baixo, sem ferver, com o açúcar peneirado e o creme de leite.

Irresistível e prática de fazer, esta receita de origem africana é muito apreciada nas festas de fim de ano

lll300 ml de suco integral de uva branca

200 g de açúcar 5 ml de essência de baunilha

llllCom o açúcar peneirado, leve ao fogo

baixo todos os ingredientes por dez minutos. Sirva a calda por cima da Panna Cotta desinformada, ou na própria taça

Faça um corte na parte superior das morangas e retire todo o produto de dentro Coloque o azeite na panela com o alho e em seguida o camarão, deixe dourar

ll Acomode em taças adequadas.

Para a Calda:

Modo de preparo

Receita

Logo depois, coloque , o tomate a cebola, deixe abafado por três minutos

Ingredientes Morangas pequenas 02 colheres de azeite 02 dentes de alho 01 cebola picada 03 tomates picados 500g de camarão 100ml de leite de coco 250g de mandioca amassada 300g de requeijão 150ml de caldo de camarão Sal a gosto Pimenta a gosto Cheiro verde

Coloque o restante dos ingredientes deixando o leite de coco por ultimo Deixe no fogo brando por aproximadamente cinco minutos Depois do bobó pronto, coloque dentro das morangas, decore como quiser e bom apetite. Bom apetite!

ASSISTA O VÍDEO

www.jornalentreposto.com.br/videos

Confira essa receita em: http://youtu.be/ECBRHp7XfAA


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LEITURA

WEB

Entreposto do Livro sugere opções infantis para as férias

www.organicsnet.com.br

webceasa.com.br

http://goo.gl/acmRdh

llO Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) e a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) lançaram um guia especial para quem deseja investir no mercado de orgânicos. O guia é uma ferramenta importante não só para os agricultores orgânicos, mas também para a agroindústria de beneficiamento, que possa adicionar valor ao produto. O guia pode ser acessado na página do OrganicsNet.

llO webCeasa.com.br é um portal de negócios entre permissionários das Ceasas e clientes. O site permite a inclusão de fotos dos produtos hortifrutícolas e todas as suas características de padronização. O anúncio é gratuito e não há limite de inserção. Preço, forma de pagamento e transporte são ajustadas diretamente entre os usuários do site, sem a participação do WebCeasa.

llLink do site do Banco do Brasil que disponibiliza informações relativas às principais commodities agropecuárias, nos mercados físico e futuro e convênios. O portal também disponibiliza o site Propostas de Negócios que permite registrar intenções de financiamento e acompanhar todo o processo pela internet, desde a solicitação do até a liberação dos recursos pelo BB.

Teixeira é referência em batatas para fritura

Orquídeas cymbidium na Flor Stock

Arte Viva oferece produtos para paisagismo

llA ideia de comercializar batatas surgiu através de viagens que Antônio Teixeira fazia para a região sul de Minas Gerais, onde notou a existência de muitas plantações do tubérculo. “Atualmente nosso forte é a cozinha industrial, ou seja, batatas destinadas à fritura. Estas batatas não são para congelamento, são para os restaurantes utilizá-las na hora. Temos como cliente, por exemplo, a rede The Fifhties”. http://goo.gl/uewlkV

llA distribuidora atua no segmento de flores e plantas há quase 20 anos e possui depósito em São Paulo com sistema de venda direta e entrega agendada em toda capital, além de boxes na Ceagesp e Ceasa Campinas, para atender uma clientela diversificada, formada por hotéis, restaurantes, paisagistas, decoradores, floriculturas. Atua em parceira com a Terra Viva, Área Verde e Ven Flor. http://goo.gl/uewlkV

ll A Arte Viva Pedras Ornamentais foi criada há 20 anos prestando serviços de jardinagem, como implantação de projetos paisagísticos, reformas de áreas verdes, manutenção de vasos e jardins. Para complementar esta atividade, a empresa passou a distribuir produtos agregados à área de paisagismo e construção civil: argila expandida, manta de geotêxtil, pedras ornamentais e vasos de fibra de coco. http://goo.gl/uewlkV

Bolsão de livros reúne obras literárias para a criançada. Faça o seu cadastro e participe do clube de leitura da Ceagesp

SITE

Felpo Filva (Eva Furnari)

As Trigêmeas e Chapeuzinho Vermelho (R. Capdevila)

llEsta é a história do Felpo, um

llAs sobrinhas da Bruxa Onilda são trigêmeas muito sapecas, que adoram entrar nas histórias infantis para viver incríveis aventuras com suas personagens. Sua famosa tia, a Bruxa Onilda, está sempre por perto. Assim, com a ajuda das trigêmeas, Chapeuzinho Vermelho derrotou o Lobo Mau e a aventura terminou com um delicioso lanche preparado pela vovó.

coelho poeta um pouco neurótico. Um dia, ele recebeu a carta de uma fã que discordava dos seus poemas, a Charlô. Ele ficou muito indignado e isso deu início a uma troca de correspondências entre eles. O livro conta essa história de maneira divertida, usando os mais variados tipos de texto, como poema, fábula, carta, manual...

MEIO AMBIENTE Unesp afirma que mais da metade das nascentes do noroeste paulista secou llPara instituição, é necessário en-

Histórias Diversas (Monteiro Lobato)

Winnie, a Bruxinha (Valerie Thomas)

llO foi publicado pela primeira vez em 1947. Neste volume, Lobato apresenta de relatos plenos de fantasia, como “As botas de sete léguas” e “A Rainha Mabe”, a textos que revelam uma profunda conexão com os acontecimentos da época e o futuro do planeta, como fica claro em “Reinações atômicas”. E tudo e pelas graciosas ilustrações de Elisabeth Teixeira.

llWinnie vive em uma casa preta. As cadeiras são pretas, a escada é preta, o chão é preto e as portas são pretas. O problema é que Wilbur, o gato de Winnie também é preto. Winnie precisará de um pouquinho de mágica para ter certeza de que pode sempre enxergar Wilbur. A Bruxinha Winnie e seu gato divertirão a todos interessantes soluções para seus problemas.

volver diversos setores para um trabalho de restauração florestal Nascentes de vários rios importantes da região de São José do Rio Preto desapareceram ou tiveram o nível de água reduzido drasticamente em dez anos. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) entre 2003 e 2013 comparou 54 riachos. Pontualmente, houve diminuição de volume de água e perda de qualidade do ambiente em aproximadamente 80% dos riachos, nitidamente causado pela deposição de areia no leito, ou seja, assoreamento. “Estamos assentados sobre uma região com grande potencial erosivo e o uso intenso do solo, sem os devidos procedimentos para sua conservação, junto com a ausência de florestas que possam segurar um pouco essa entrada de sedimento para dentro dos rios e riachos pode ser levantada como hipóteses para explicar o porquê desses resultados. Nós sabíamos que haveria uma perda de qualidade ambiental, mas não imaginávamos que ela seria tão grave em tão pouco tempo”, alerta Lilian Casatti, pesquisadora da Unesp.

Segundo Lilian, qualquer que seja a solução deve-se pensar em escala de bacia hidrográfica, mesmo que seja uma microbacia. É necessário envolver diversos setores para um trabalho conjunto de restauração florestal (nascentes, APPs, reserva legal); adoção de práticas de conservação de solo na agricultura, penalização/compensação de danos ambientais; pagamento por serviços ambientais (reconhecimento para quem preserva, especialmente o pequeno produtor); e educação para a preservação de re-

cursos que são finitos. “O que é interessante é que há muito tempo já se sabia que um sério evento climático afetaria nosso estado. O que foi feito em termos de precaução? Nada, absolutamente nada. Por acaso, algum gestor público ou figura política se interessou sobre os dados de relatórios do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) ou do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) sobre projeções climáticas para nosso país?”, questiona a especialista.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)


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