Jornal Entreposto | Setembro 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Setembro de 2014

ANO 15 - Nº 172

www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

Floricultura mantém crescimento no ano

Equador deposita confiança no mercado de flores Pág 16

llO Equador é um dos grandes beneficiados pelo crescimento do mercado de flores. O país aposta na qualidade de suas rosas para garantir maior participação no setor, apoiados por produtores, exportadores e pelo escritório comercial em São Paulo, o Pro Ecuador. Pág 7

PRODUTO

CQH divulga dados sobre o mercado de pêssego Pág 10 a 13 CONSUMO Apesar da previsão de recuo, demanda por flores e plantas ornamentais continua em alta e o cenário é bom para investimentos. A previsão é fechar o ano movimentando cerca de 5,7 bilhões de reais, ou seja, uma alta de 9%. Confira nesta

edição a entrevista com o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura, Kees Schoenmaker, informações sobre as flores equatorianas e as expectativas de vendas para a primavera de 2014.

Empresa do setor de orgânicos promove consumo consciente Pág 14

Pág 6 a 8

DISPUTA

Sincaesp reúne lideranças na Ceagesp para debater polêmica decisão do TCU Pág 18

Pág 19

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LEIA TAMBÉM... TAMBÉM... LEIA A força do comprador e as boas práticas agrícolas

Galeria de Fotos Femetran

#18#4

#12 #12 FRUTAS

Juros do crédito rural subiram Expectativas deSelic vendas de menos que taxa

Artigo: Inteligência Geográfica eleva Novas hortaliças e eficiência de agricultura sustentável operações agrícolas na Hortitec 2014

flores e plantas ornamentais para a primavera de 2014

#9

#16

#20

#16

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo Linha de caminhões Ford

Bella Vista oferece estrutura Mercedes-Benz de packing houseaprimora para Atego, Axor e Actros produtores da região sul

#19

#15

Pavilhão

2ª feira

6h às 20h

MFE-A

6h às 21h

MFE-B/C

6ª feira

Sábado

6h às 21h

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

3ª a 5ª feira 6h às 20h

6h às 20h

HF’S

LEGUMES Pavilhão

2ª à 5ª feira

6ª feira

Sábado

AP’s

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

VERDURAS Sábado

Pavilhão

2ª feira

3ª a 5ª feira

MLP

6h às 21h

12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

6ª feira

ABÓBORAS Pavilhão

2ª à Sábado

MSC

8h às 20h

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS Pavilhão

2ª à 6ª feira

Sábado

BP’s

6h às 20h

6h às 17h

PESCADOS

destaca aplicação rural

Pavilhão

3ª à Sábado

Pátio da Sardinha

2h às 6h

FLORES Pavilhão

#19 Entreposto Romances do Livro famosos indica disponíveis no títulos sobre Entreposto do Livro negócios

3ª e 6ª feira

2ª à 5ª feira

5h às 10h30

MLP Praça da Batata

2h às 14h

SAZONALIDADE

FRUTAS

CONTATOS ÚTEIS FORTE REGULAR FRACA

JUN

JUL

ABACATE KIWI

Indicador de boa oferta dos produtos comercializados no mercado. Tendência de baixa nos preços.

PINHA BANANA-CATURRA

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: BANANA-PRATA BANANA-MAÇÃ (11) 3643-3945 HORTALIÇAS FRUTOS - comunicacao@ceagesp.gov.br JUN JUL

#17

ABÓBORA SECA

CAQUI

COCO Departamento de Armazenagem: ABÓBORA HOKAIDO FIGO

ALHO PORÓ (11) 3832-0009 - depar@ceagesp.gov.br MORANGO JILÓ

NÊSPERA

MAXIXE Departamento de Entreposto da Capital: PÊRA PIMENTA PINHÃO (PIMENTÃO 11) 3643-3907 depec@ceagesp.gov.br VERMELHO TOMATE

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN Departamento de Entrepostos do Interior: MIMOSA/MEXERICA (11) 3643-3950 - ceagesp@ceagesp.gov.br HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA Centro de Qualidade Hortigranjeira: AGRIÃO PERA IMPORTADA

COUVE-BRÓCOLO (11) 3643-3827 - cqh@ceagesp.gov.br UVA IMPORTADA CHEIRO-VERDE

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Diretor Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Responsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848

Edição Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /Artes Letícia Doriguelo Benetti

Colaboradores Anita Gutierrez e Manelão

Web Master Michelly Vasconcellos

Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita Redação Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed II - loja 14A CEP 05314-000 Tel.: 11 3831.4875

E-mail

contato@jornalentreposto.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os subscrevem.

COUVE-MANTEIGAde São Paulo (Pescado): HORTALIÇAS TUBEROSAS Frigorífico COUVE-FLOR BATATA-DOCE (COUVE-CHINESA 11) 3643-3854 / 3893 / 3953 BATATA-SALSA COUVE-RABANA

Portaria do Pescado: ESPINAFRE (11) 3643-3925 MOSTARDA MOYASHI

CARÁ CEBOLA CENOURA GENGIBRE

REPOLHO CEAGESP de Alimentos: Banco INHAME/TAIÁ RÚCULA (11) 3643-3832

MANDIOCA/AIPIM

BROTO BAMBU

NABO

RADITE

CEBOLA IMPORTADA

JUN

JUL

Mu pr Ro Liv No 20 Me Pá Ju Pá


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NOTAS Atraso na colheita de alcachofra

Produção de banana do Vale do Ribeira

Pés de jabuticaba carregados geram renda

Pólo de produção na Chapada Diamantina

Produtores de brócolis aumentam área plantada

llMatéria que saiu no G1 explica como a falta de chuva altera o calendário da produção de alcachofra. Produtores de São Paulo que utilizam irrigação artificial já começaram a colher, mas quem depende da água da chuva vai ter que esperar um pouco mais. A colheita estava prevista para o início do mês, mas só vai ser realizada no fim de setembro. http://goo.gl/He5wnM

llO Canal Rural conversou com o bananicultor Eduardo Correa, que explicou um pouco mais sobre o cultivo desta fruta. O especialista diz que o nordeste é responsável por 34% do volume total produzido e que a banana ainda é muito desvalorizada no mercado nacional. “A população tem a ideia de que a banana é barata, o que dificulta os investimentos”, analisou. http://goo.gl/KKiwG5

llSegundo matéria do G1, os pés de jabuticaba, em Goiás, estão carregados. Durante dois meses, a fruta se torna uma atração para turistas e gera renda para muitos agricultores. Ao todo, 150 fazendas produzem jabuticaba em Hidrolândia, região responsável por 60% da produção da fruta em Goiás, que é o terceiro maior produtor de jabuticaba do país. http://goo.gl/LlaaAW

llNa região das montanhas de pedra, uma terra produtiva faz brotar frutas ao redor da Chapada. São alimentos especiais como laranjas que chamam a atenção pelo tamanho, goiabas, ameixas, maçãs, tangerinas e uvas. Na fazenda Bagisa, o destaques é a plantação de tangerina piemonte, uma variedade desenvolvida a partir de estudos Embrapa. http://goo.gl/npEZsx

ll Também visto no G1: o tempo de seca e o clima frio colaboram com a produção de brócolis. No sul de Minas Gerais, cidade de Munhoz, a folhagem está bem desenvolvida e uma folha ajudar a proteger a outra contra o sol. Munhoz era um importante produtor de batata, mas, nos últimos anos, o cultivo do tubérculo foi trocado pelos brócolis. http://goo.gl/cbqx0p

TABELA DE SAZONALIDADE Produto

Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacaxi Abacaxi Abóbora Abóbora Abóbora Abóbora Abobrinha Abobrinha Acelga Agrião Alcachofra Alecrim Alface Alface Alface Alface Alface Alho Alho Alho-poró Almeirão Almeirão Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Atemóia Banana Banana Banana Banana Banana Banana Batata Batata Batata Batata-doce Batata-doce Berinjela Berinjela Berinjela Beterraba Beterraba c/ folha Brócolis Brócolis Caju Capim-cidreira Caqui Caqui Caqui Caqui Cará Carambola Catalonha

Grupo Varietal

Avocado Hass Avocado Fuerte Breda Fortuna Geada Margarida Quintal Pérola Havaí Japonesa Moranga Paulista Seca Brasileira Italiana

Americana Crespa Lisa Mimosa Romana Branco Roxo Pão-de-açúcar

Estrangeira Americana Estrangeira Espanhola Estrangeira Argentina Estrangeira Chilena Maçã Nanica climatizada Ouro Prata - MG Prata -SP Terra Beneficiada lisa Beneficiada comum (lavada): (1) Comum (escovada): (2) Amarela Rosada Comum Conserva Japonesa

Ninja

Fuyu Giombo Kyoto Rama Forte

Set

Out

Produto

Cebola Cebola Cebolete Cebolinha Cenoura Cenoura c/ folha Chicória Chuchu Coco-seco Coco-verde Coentro Couve Couve-flor Endro Erva-doce Ervilha Escarola Espinafre Figo Gengibre Goiaba Goiaba Hortelã Inhame Jabuticaba Jaca Jiló Kiwi Kiwi Kiwi Kiwi Laranja Laranja Laranja Laranja Lichia Limão Louro Maçã Maçã Maçã Mamão Mamão Mandioca Mandioquinha Manga Manga Manga Manjericão Manjerona Maracujá Maracujá Maxixe Melancia Melão Mexerica Milho-verde Morango Morango Mostarda Nabo Nectarina

Grupo Varietal

Roxa

Torta

Branca Vermelha

Redondo Estrangeiro Chileno Estrangeiro Nova Zelândia Estrangeiro Italiano Seleta Lima Pera Baia Tahiti Nacional Fuji Nacional Gala Nacional Golden Formosa Havaí

Haden Palmer Tommy Atkins

Azedo Doce Redonda Amarelo Rio Camiño real

Set

Out

Produto

Nectarina Nectarina Nêspera Orégano Pepino Pepino Pepino Pera Pera Pêssego Pêssego Pêssego Pimenta Pimenta Pimenta Pimentão Pimentão Pimentão Fruta-do-conde Pinhão Quiabo Rabanete Repolho Repolho Rúcula Salsa Salsão Salsão Sálvia Tangerina Tangerina Tangerina Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomilho Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Vagem Vagem

Grupo Varietal

Set

Out

Estrangeira Espanhola

Caipira Japonês Estrangeira Rocha Estrangeira Williams Estrangeiro Americano Estrangeiro Espanhol Cambuci Verde-americana Vermelha Amarelo Verde Vermelho

Roxo Verde-liso

Branco Verde Cravo Murcott Ponkan Maduro Longa Vida (Achatado) Maduro Santa Cruz (Oblongo) Maduro Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Salada Longa Vida (Achatado) Salada Santa Cruz (Oblongo) Salada Italiano (Comprido)(Exc. Rasteiro) Caqui Cereja Benitaka Brasil Centenial Estrangeira Crinsson Itália Niagara Red Globe Estrangeira Red Globe Rubi Thompson Macarrão-curta Manteiga ÓTIMA OFERTA OFERTA MÉDIA OFERTA BAIXA

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

Estrangeira Americana

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial


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ARTIGO

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Inteligência Geográfica eleva eficiência de operações agrícolas

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Capacitação: aposte nesta ideia!

Alexandre Marques

Gerente para os setores de Agricultura e Floresta da empresa Imagem

llSendo uma atividade dinâmica no tempo e espaço, a Agricultura tem contado cada vez mais com o apoio das tecnologias geoespaciais para gestão e execução das operações agrícolas, fazendo com que produtores e empresas do setor busquem elevar a eficiência da operações agrícolas com base em informações confiáveis que permitam decisões mais assertivas para melhor retorno dos investimentos na produção. O setor está vivenciando a era do “Big Data na Agricultura” e, isto se deve ao fato das máquinas e sensores aplicados nas atividades agrícolas gerarem uma imensidão de dados operacionais. Analisar tais informações e tomar decisões eficientes em prol da produtividade do negócio é um grande desafio para os gestores da área de Agricultura. Como atuar de maneira mais precisa agora para a próxima safra? As respostas para questões como esta podem ser obtidas por meio do uso dos Sistemas de Informações Geográficas (GIS), que são capazes de organizar essa grande quantidade de dados, norteando as estratégias e as táticas para viabilizar o aumento de produção, maior rentabilidade e melhor qualidade dos produtos. É importante ressaltar que as operações na Agricultura têm uma grande variabilidade espacial dos dados geográficos, o que torna a sua sistematização complexa. De um ano para o outro, as práticas agrícolas podem exigir diferentes tipos de tarefas para condução da lavoura e, se a gestão não for apropriada, o negócio estará suscetível a falta de controle, ampliando os custos de produção, desperdícios e prejuízos. Desta forma, a aplicação da Inteligência Geográfica no processo agrícola torna-se essencial para permitir que o gestor agrícola atue com base em informações precisas e atualizadas, promovendo uma gestão inteligente e eficiente de suas operações. Um dos caminhos para trabalhar com o “Big Data” é a organização dos dados agrícolas gerando informações úteis em análises espaciais, por meio da integração da Geografia com a gestão agrícola. Todos os dados e informações de safras passadas podem ser analisados para planejar a safra seguinte melhorando o conhecimento das áreas onde os gestores devem investir mais porque há potencial para produzir mais, assim como investir menos em áreas onde não há potencial para aumento da produção. ALGUNS PASSOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA INTEGRAR A INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA NA GESTÃO DAS OPERAÇÕES AGRÍCOLAS. DESTACAMOS OS SEGUINTES: PRIMEIRO PASSO:

garantir a consolidação de um bom cadastro das unidades de produção, que seja simples e

A chave é ser capaz de trabalhar de maneira mais inteligente, de forma a aperfeiçoar suas habilidades e tirar o máximo proveito do seu tempo.

C

organizado para colocar dados que permitam integração com bases de outras plataformas. Desta forma, é possível consolidar insumos para gerar informações importantes ao gerenciamento da produção agrícola, o que permite realizar análises da produção até o nível da unidade de talhão. Por exemplo, estimativas de produção, alocação varietal mais apropriada para cada condição de ambiente de produção, produtividade da safra anterior e da safra atual, análise pré-colheita, ocorrência de pragas, doenças, plantas daninhas e outras observações agronômicas. SEGUNDO PASSO:

registrar a execução das atividades agrícolas no campo, coletando apontamentos de levantamentos e vistorias, sempre com foco no resultado do escritório e retorno de informações para o campo. Dados espaciais podem ser melhor aproveitados quando integrado com uso de dispositivos móveis em campo. O registro apropriado em campo potencializa a gestão geográfica das unidades de produção e possibilita a atualização dos dados das operações agrícolas em tempo real. TERCEIRO PASSO:

integrar dados agrícolas e geográficos e, em seguida, elencar e classificar as análises desejadas para melhorias nas operações agrícolas, rentabilidade na produção, controle das atividades, redução de custos, conformidade ambiental e direcionamentos de investimentos e aprimoramento da gestão. Essa integração permite ter uma percepção de inúmeras informações que ajudam, por exemplo, no controle da aplicação de adubos e defensivos, além de estabelecer medidas mais apropriadas para planejamento e controle dos custos de produção, produtividade e rendimento de cada talhão.

QUARTO PASSO:

criar uma cultura de uso da Inteligência Geográfica que oriente as funções de todos os envolvidos na produção agrícola, da gestão até a operação, e permita a troca de experiências entre os diferentes grupos de trabalho. Por exemplo, se a operação agrícola é responsável pelo o que está sendo realizado no campo, será necessário quebrar barreiras para que a informação flua e garanta conformidade nos indicadores de gestão para tomadas de decisões, para isso o uso de mapas é fundamental. Os indicadores acessados por meio de mapas são mais precisos quanto à localização exata dos processos de produção. QUINTO PASSO:

configurar aplicações para analisar o desempenho da safra e verificar se há ocorrência de padrões espaciais das informações agrícolas juntamente com uma análise real das informações apuradas no campo, o final de safra. Desta forma, é possível obter indicadores de desempenho das lavouras e usar a localização geográfica a favor da eficiência na gestão e precisão na execução de atividades. A capacidade de lidar com as informações agrícolas baseadas na localização geográfica permite análises e acompanhamento das atividades operacionais nas unidades de produção. É possível, por exemplo, consultar os talhões para obter informações de desempenho, identificar áreas com problemas e avaliar inclusive o aumento ou diminuição da produtividade e uso de insumos. Vivemos um momento decisivo, no qual a aplicação da alta tecnologia e do poder da análise Geográfica nos processos da Agricultura são elementos chave de diferenciação das empresas que terão sucesso na produção agrícola.

onstituir uma equipe de trabalho, motivada e capaz, parece ser um dos grandes desafios dos empresários, hoje em dia. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 67% das empresas brasileiras classificam a qualificação de mão-de-obra como um dos principais entraves para o crescimento da produtividade. Em outubro de 2013, a presidenta Dilma Rousseff, em reunião com empresários, chegou a discutir a necessidade de melhorar a formação profissional. Na época, Luiza Trajano, presidenta do Magazine Luiza, foi nomeada coordenadora de um grupo responsável por estudar e propor a criação de incentivos a empresas que investissem no treinamento dos funcionários. O indivíduo que é capacitado para fazer um trabalho realiza-o com mais propriedade, empenho e rapidez gerando melhores resultados. Os benefícios de investir na capacitação da equipe, refletem-se não somente no aumento da produtividade da empresa como, também, na qualidade de vida dos colaboradores. Andy Teach, veterano do mundo empresarial, acredita que as pessoas aspiram por serem melhores em seu trabalho, porque os resultados aumentam sua felicidade e satisfação pessoal. Muito bem, se os benefícios trazidos pela capacitação são inegáveis, por que alguns empresários relutam em investir nesse ponto? A resposta reside, aparentemente, em outro grande problema vivido pelas empresas: retenção do bom funcionário. Mui-

Andy Teach

tos empresários temem encorajar e/ou investir, na capacitação de sua equipe, por medo de perdê-la para outras empresas, logo em seguida. O medo não é infundado, mas reter uma equipe improdutiva não contribui para o crescimento da empresa, além de torná-la menos competitiva, no mercado. Para José Pastore, professor titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e da Fundação Instituto de Administração (FIA), é possível reter uma boa equipe de profissionais não apenas através de aumentos salariais, mas, sobretudo, por meio da criação de um ambiente seguro e agradável, de benefícios relevantes para os trabalhadores e seus familiares, perspectivas de treinamento continuado, liberdade de ação, estímulos à criatividade e outros. Segundo o consultor da Dale Carnegie Training, investir na capacitação dos colaboradores deve ser entendido como algo tão importante quanto comprar matéria-prima ou pagar os salários. Não importa se a sua empresa é grande ou pequena, com muitos ou poucos colaboradores, mas certifique-se que eles são os melhores ou estão no caminho certo. Aposte na capacitação, para o crescimento dos seus negócios. Celia Alas Médica veterinária Consultora em segurança e higiene de alimentos Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos celia_alas@hotmail.com

Iepec realiza curso online sobre marketing no agronegócio O curso é dividido em quatro partes e vai ampliar a visão dos produtores

EDUCAÇÃO

llO Instituto de Estudos Pecuários (Iepec) realizará a partir de 13 de outubro o curso online “Introdução ao Marketing no Agronegócio”. Desenvolvido com o intuito de ampliar o pensamento estratégico de criadores e produtores ao abordar fundamentos da administração em Marketing, o curso abordará conceitos como necessidades, desejos e demandas, mercados-alvo, posicionamento e segmentação, ofertas e marcas, valor e satisfação, canais de marke-

ting, cadeia de suprimento, concorrência, ambiente de marketing e planejamento de marketing. O curso está dividido em quatro partes. A primeira tem como foco Administração de Marketing, Marketing no Agronegócio, Plano de Marketing e a apresentação de casos de sucesso. Para inscrições e outras informações, acesse http://www.iepec. com/curso/marketing-agronegocio ou ligue para (44) 3026-3009.


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PRIMAVERA

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Mercado de flores se prepara para a primavera MERCADO

Apesar da previsão de recuo, demanda continua em alta e impulsiona investimentos no Brasil

ll A chegada da primavera de 2014 está sendo aguardada com ansiedade por produtores e empresários do setor de flores e plantas ornamentais. Ao acompanhar os sinais de refreamento da economia, o mercado pode não alcançar a taxa de crescimento dos últimos anos: de 12% a 15%. De qualquer maneira, o crescimento previsto, entre 8% e 10%, é bastante relevante e muito maior do que o crescimento do PIB. Falta de mão de obra qualificada e a estiagem nas regiões de produção são alguns dos fatores apontados pelos produtores para o recuo.

9%

é o crescimento previsto do setor para 2014, diz o Instituto Brasileiro de Floricultura

Além disso, ano eleitoral e copa do mundo de futebol parecem influenciar negativamente nos números. “Achávamos que eventos esportivos seriam um trampolim para novos negócios, mas aconteceu o contrário. O mercado congelou”, avalia Marcos Ono, produtor. “Com a economia ruim, o primeiro item a ser excluído da lista de compras são as flores, já que são produtos supérfluos e não essenciais”, completa. De qualquer maneira, o Brasil possui um grande mercado interno e o aumento da renda média da população faz com que a demanda por flores e plantas cresça em um ritmo superior aos outros setores da economia. “Sendo assim, o mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 206 mil empregos diretos”, resume Kees Schoenmaker, presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (acompanhe a entrevista completa com o especialista no final da matéria). Investimentos em tecnologia e algumas conquistas do setor, como a dispensa do uso da Permis-

são de Trânsito de Vegetais (PTV) e do Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC), colaboram para o crescimento e diminuem os gastos com produção e cadeia de abastecimento. A previsão é fechar o ano movimentando cerca de 5,7 bilhões de reais. Apesar do Brasil não se destacar no envio de flores e plantas ornamentais para outros países, é importante destacar que nos últimos cinco anos, as exportações brasileiras praticamente dobraram. ENTREVISTA PARA O IBRAFLOR, UNIÃO DO SETOR PODE ALAVANCAR MERCADO Kees Schoenmaker, presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), comenta os números apresentados para 2014 e explica porque a união das diversas organizações do setor pode ser a chave para o mercado brasileiro continuar crescendo. Jornal Entreposto - Como o setor de flores e plantas ornamen-

tais se comportou no primeiro semestre de 2014? Kees Schoenmaker - O ano está correndo dentro das expectativas do setor ou até um pouco melhor, dependendo do produto. Estimamos que o crescimento em relação ao ano passado seja em 08%. Portanto um crescimento real, descontando a inflação, de 1,5 a 2%. Existem grandes diferenças entre os diversos grupos de produtos que fazem parte do setor. As flores cortadas não tiveram crescimento real, assim como as plantas para jardins e paisagismo, mas plantas verdes em vasos e especialmente vasos com plantas floridas tiveram um crescimento bastante significativo. JE - Qual é a expectativa para os próximos meses até o final do ano? KS - A expectativa é que o Setor como um todo fecha o ano em 9 % de crescimento. Nos últimos cinco anos, o setor ornamental tem obtido um crescimento bastante aceitável considerando que a verba de marketing e propaganda é muito baixa e é nula quando se trata de pro-

mover o setor como um todo. Desde 2006 o segmento de flores tem registrado altas de 8% a 12% em volume e de 15% a 17% em valor, índices muito acima do crescimento do PIB. JE – Qual é a importância do setor para a economia brasileira? KS - O Brasil conta, atualmente, com oito mil produtores de flores e plantas. Juntos, eles cultivam mais de 350 espécies com cerca de três mil variedades. Sendo assim, o mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 206 mil empregos diretos, 102.000 (49,5%) relativos à produção, 6.400 (3,1%) relacionados à distribuição, 82.000 (39,7%) no varejo e 15.600 (7,7%) em outras funções, principalmente de apoio. JE - Qual foi o impacto da Copa do Mundo de Futebol no setor de floricultura? KS - O impacto foi grande, uma vez que o País praticamente parou durante 30 dias. Como era previsto isso, os produtores programaram


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Flores equatorianas complementam mercado brasileiro Rosas vermelhas se destacam, principalmente em datas comemorativas como o dia das mães

llA exportação de flores equa-

uma produção menor no caso de flores cortadas e vasos com flores ou adiaram um pouco a venda do produto no caso de plantas verdes. JE - Como a entrada de rosas equatorianas e colombianas influencia o mercado brasileiro? KS - Estes produtos são considerados um complemento aos produtos do Brasil. É algo como os carros produzidos no País versus os carros importados. Há espaço para isso e quem ganha é o consumidor. Importante levar em consideração que o percentual é relativamente baixo, deve se situar em 5 % em relação à oferta total. JE - Como o Brasil se posiciona como exportador? KS - O Brasil está apenas exportando mudas e bulbos, o envio de flores cortadas para o exterior parou há uns quatro anos devido aos altos custos, o cambio desfavorável e, principalmente devido a um mercado interno aquecido. JE - Quais são as ações que estão sendo realizadas atualmente pelo Ibraflor e quais são os projetos futuros? KS - O Ibraflor tem se empenhado na implementação de um grande número de ações voltadas ao permanente crescimento do comércio interno dos produtos da floricultura, notadamente no que se refere ao incentivo ao consumo destes. Neste sentido, recentemente, conseguimos a dispensa do uso do PTV (Permissão de Trânsito de Vegetais) e CFOC (Certificado Fitossanitário

de Origem Consolidado) para rosas e mais alguns produtos para todos os Estados onde foi comprovada oficialmente a existência da Mosca Negra (Aleurocanthus woglumi) de acordo com a legislação IN 59 de 18/12/13. Significa um avanço enorme e uma grande redução nos custos para atacadistas e produtores, apenas esta medida significa uma economia de R$ 1 mi/ ano! Nestas “lutas” o Ibraflor tem tido um apoio incondicional por parte da Abcsm, Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, e da Abpcflor, Associação Brasileira de Proteção de Cultivares de Flores e Plantas Ornamentais, o que mostra a união deste setor. Por sua vez estes e muitos outros assuntos têm sido tratados pela Câmara Setorial Federal de Flores e Plantas Ornamentais, ligada ao MAPA, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, em Brasília DF. Estes resultados, estes avanços, são sinais de que estamos crescendo e melhorando, mas os desafios continuam sendo muito grandes e somente a união dos diversos setores poderá fazer com que o maior destes desafios, o aumento do consumo de flores e plantas no Brasil, se concretize. A estruturação do setor é hoje o nosso maior desafio. JE - O que mais preocupa o setor atualmente? KS - O problema da falta de registro de defensivos para flores e plantas ornamentais é um problema que aflige o setor desde sempre e, recentemente, o Ibraflor vem se mobilizando juntamente com o

Setor de Hortaliças e Frutas para o tratamento desse assunto em parceria com a Câmara Setorial Federal de Flores e Plantas Ornamentais. Estamos realizando o levantamento das espécies que são utilizadas pelo Setor de Flores e Plantas Ornamentais. O objetivo desse levantamento é solicitar a inclusão dessas espécies nas bulas dos defensivos e assim regularizar seu uso. Esse levantamento é de extrema importância, pois é a partir dele que desenvolveremos os trabalhos para a regularização do uso dos produtos. A falta desta regulamentação faz com que os produtores utilizem produtos que são registrados para outras culturas, e é agindo assim, fora da lei, que os produtores estão conseguindo viabilizar sua produção! Trata-se de uma situação insustentável, mas temos esperança que a situação melhore em breve, devido a este trabalho conjunto e intenso que o Ibraflor vem liderando com os demais setores, assim chamados “Minor Crops” (culturas de menor suporte fitossanitário).

zoom NÚMEROS

O Brasil conta, atualmente, com oito mil produtores de flores e plantas. Juntos, eles cultivam mais de 350 espécies com cerca de três mil variedades. A previsão é movimentar 5,7 bilhões de reais em 2014.

torianas ocupa 11º lugar dos produtos exportados do Equador para o mercado brasileiro. Para Alexis Villamar, chefe do escritório comercial do Equador em São Paulo (Pro Ecuador), “esta posição é de muita importância para as exportações equatorianas, já que os produtores têm colocado muita confiança neste grande mercado”. Atualmente, as exportações encontram-se com ligeira queda em comparação com o ano de 2013. Segundo o Ministério de Desenvolvimento, Comércio e Indústrias do Brasil, foi registrada uma baixa de 1,07%. A expectativa para o segundo semestre é de que as vendas voltem a crescer, mas o cenário político do Brasil no mês de outubro preocupa. “No momento, os empresários estão em alerta. Esperamos que as eleições não influencie muito o mercado”, anseia Villamar. Para colaborar com o importador brasileiro, o Instituto Pro Ecuador apoia a promoção dos produtos, com campanhas de marketing, missões comerciais para uma das maiores feiras do mundo de rosas, a Agriflor, e rodadas de negócios. “Já o trabalho de fechar negócios depende do convencimento do empresário”, explica o executivo. Rosas A principal característica das rosas do Equador é o talo, mais grosso e longo do que as demais rosas do mercado. Segundo Alexis, elas se mantém vivas por mais tempo no vaso de flores, sem mur-

char. “Isto acontece por que no Equador as rosas recebem mais quantidade de sol, já que estão em um país localizado no centro do mundo”, esclarece. O resultado são flores de excelente qualidade e beleza, com botões grandes e cores brilhantes. No Brasil, as mais apreciadas são as rosas de cor vermelha, com 80%. Rosas de outras cores já estão disponíveis e o consumidor está se adaptando às novas tendências. Para o instituto, o mercado brasileiro chama muita atenção, em especial no dia dos namorados e dia das mães, onde as vendas são melhores. “Isto é bom para o Equador, embora tenhamos que ter muita atenção com a logística. É uma área que está rendendo muitos bons negócios”, avalia. Villamar explica que o transporte precisa ser muito cuidadoso, desde a hora dos embarques. “Aqui, o conceito de just in time é muito usado, pois se o produto chegar com atraso, corre o risco de perder dinheiro”, alerta. As rosas devem ser despachadas por vias aéreas, em um container com regulagem (RKN) de temperatura para manter o frescor e não murcharem. Quando aqui chegam, são colocadas em caminhão refrigerado para serem levadas até o depósito da empresa. Alexis Villamar aproveita para convidar produtores e empresários brasileiros a participar da Agriflor, que será realizada de 1 a 4 de outubro, no Equador. Para mais informações sobre o mercado de rosas equatorianas acesse o site do Pro Ecuador (www.proecuador.gob.ec).


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MERCADO

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Rosas colombianas fazem sucesso no Brasil No ano passado, foram exportados para o País US$ 5 milhões, contra US$ 4,3 milhões de 2012. De janeiro a abril deste ano, o Brasil já comprou US$ 1.195.000 em flores do país vizinho llAs flores colombianas, princi-

Atacadista se especializa na distribuição de bromélias Longevidade da planta facilita processos logísticos e evita perdas

AGILIDADE

llNa imensidão da feira de flores e

plantas da Ceagesp, uma empresa se destaca pela quantidade de bromélias – apenas bromélias - expostas todas as quartas e sextas-feiras. A Himaware Flores está no entreposto há mais de 15 anos e agrega produtores de diferentes cidades do estado de São Paulo como Mogi das Cruzes, Ibiúna e Holambra. Mario, empresário, diz que a atacadista se especializou na dis-

tribuição de bromélias pela sua longevidade. “Como a vida desta planta é mais longa, facilita os processos logísticos e evita perdas. Conseguimos trazer o mesmo produto para o entreposto quatro vezes ou mais”, explica. Além da praticidade, a diversidade de bromélias garante a oferta durante todo o ano. São mais de 250 tipos disponíveis para comercialização e mais de 1500 espécies

catalogadas. A Himaware oferece mais de 35 variedades diferentes toda semana. “A rotatividade no estoque é grande. Sempre disponibilizamos uma bromélia diferente”, garante Mario. Vale lembrar que a empresa também atende o consumidor final no Varejão da Ceagesp, que acontece todos os sábados e domingos. Nestes dias, a distribuidora inclui orquídeas no portfólio.

Flora Ono recupera flores e reinsere no mercado llQuando a notícia de que as bromélias serviam como criadouro do mosquito da dengue se espalhou, Marcos Ono, engenheiro agrônomo e permissionário, teve que praticamente parar a produção. O consumo caiu tanto que não valia mais a pena investir na planta. A água que acumula em suas folhas repelia os compradores. “Eu plantava muita bromélia. Atualmente só trabalho com as maiores e mais vistosas porque são as únicas que ainda encontram mercado. As de porte pequeno e médio ficam encalhadas”, explica. Como o empresário é um estudioso, opções não faltaram para substituir as plantas que ficaram com a má fama. A Flora Ono, no entreposto desde 1992, se tornou especialista em plantas carnívoras e mudas para jardim. Além disso, a lista de produtos oferecidos é tão extensa que não caberia no módulo da empresa na Ceagesp: antúrio, barba de serpente, cúr-

cuma, clívia, petúnia, tagete, suculentas e flores de corte são apenas alguns exemplos. Para ecoar a produção, a empresa também faz vendas pela internet (marcosmarciaono@yahoo. com.br – facebook.com/marcosmarciaono). Colecionador de plantas carnívoras, Marcos explica que a mania veio do pai, que colecionava orquídeas e também comercializava flores na feira da Ceagesp. “Eu queria começar uma coleção, mas tinha que ser diferente da dele. Foi aí que me identifiquei com as carnívoras”, conta. São mais de 160 espécies reunidas e cerca de 70 estão disponíveis para venda, o que faz da Flora Ono a empresa que possui mais variedade de plantas carnívoras no mercado do entreposto. Alguns exemplares chegam a custar R$ 1.500,00. Apaixonado pela profissão, o engenheiro desenvolve cruzamentos no sítio que fica na região de Caucaia,

São Paulo. “Tenho híbridos bastante interessantes”, diz orgulhoso. Para se diferenciar, Ono sempre disponibiliza novas plantas ou cores. Outro diferencial é o que ele chama de “recuperação” de plantas, ou seja, aqueles produtos que já não apresentam bom aspecto para ser vendidos são levados de volta para o sítio onde recebem tratamento especial e depois reinseridos no mercado. “Recupero 100% das plantas que eu comercializo”, garante o atacadista. A novidade da empresa é uma variedade de planta carnívora, a P52, cuja “boca” pode chegar a seis centímetros. O normal é que cheguem a três centímetros, ou seja, a metade. No Brasil, a P52 é exclusividade da Flora Ono, já que esta variedade só pode ser encontrada no Canadá e nos Estados Unidos. O exemplar pode ser adquirido por R$ 150,00.

palmente as rosas, são um patrimônio econômico e um dos produtos mais exportados pelo país, inclusive para o Brasil. A Proexport Colômbia, organização governamental com o objetivo de promover o turismo, as exportações e os investimentos da Colômbia, destaca os números da exportação de flores para o País. Em 2013, foram exportados para o Brasil US$ 5 milhões contra US$ 4,3 milhões de 2012. De janeiro a abril deste ano, já foram exportados US 1.195.000. A Colômbia é o segundo exportador de flores do mundo, depois da Holanda, vendendo para o mundo US$ 1,3 bilhões de flores, com uma grande variedade, que inclui uma oferta de rosas, cravos, extremosas, crisântemos, dália, hortênsia, antúrios, helicônias, folhagens e outras. A historia das flores no país andino está diretamente ligada a sua história e tradição, virando negócio industrial e fonte de divisas nos anos 60, quando engenheiros agrônomos colombianos descobriram que as condições de clima, solo e localização geográfica do país são quase que únicas no mundo. Os 2.600 metros de altitude sob o nível do mar da Savana de Bogotá, além de ficar na faixa tropical da terra, fornecem clima de temperaturas que dificilmente ultrapassam os 20 graus. O maior tempo de horas de luminosidade solar, por causa da proximidade com a Linha do Equador são condições que deixam as flores colombianas com um tamanho maior (de cabeça), acima dos cinco centímetros

e talhos de até 80 centímetros de longitude. Além disso, a produção das flores ocorre em três zonas climáticas. Bogotá e suas periferias permitem o cultivo de rosas, cravo e extremosas. Antioquia, com sua temperatura média, permite o crescimento de gérberas e crisântemos. Já o Valle Del Cauca, de clima cálido, é ideal para cultivar flores exóticas e folhagem. Atualmente, a Colômbia é o maior fornecedor de flores dos mercados estadunidense e canadense. Também ocupa posições de destaque nos países europeus. A qualidade de suas flores tem até conquistado os mercados mais exigentes como Japão e Emirados Árabes. Outra das vantagens é que a cor das flores colombianas é muito vívida, algo que todos os compradores buscam. Além disso, os produtores de flores da Colômbia trabalham em parceria com os produtores de material vegetal para ter variedades que se destaquem no âmbito comercial. “O mercado brasileiro é importante para os floricultores colombianos, porque é um mercado de contra estação. No verão boreal, a demanda de flores nos países localizados acima do Tropico de Câncer baixa por causa da temporada de férias e o fornecimento de produtores locais. No Brasil, pelo contrário, o inverno reduz a produção local e acontece o Dia dos Namorados, em junho, em que há uma importante demanda de flores”, explica Alejandro Peláez, diretor comercial do escritório da Proexport Colômbia no Brasil.


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ARTIGO

9 ARQUIVO HÓRTICA CONSULTORIA

Expectativas de vendas de flores e plantas ornamentais para a primavera de 2014 Antonio Hélio Junqueira* Marcia da Silva Peetz **

A

primavera brasileira é marcada pela temporada de calor, pelo tão desejado início das chuvas e pela floração de muitas árvores, arbustos e forrações nos jardins, ruas e praças. A estação inspira cuidados com as flores e plantas e, assim, impulsiona o consumo da maior parte das espécies ornamentais ofertadas no mercado. De setembro a dezembro, as pessoas se sentem mais motivadas a cuidarem e a renovarem seus jardins e, também, a terem uma maior quantidade de flores à sua volta nas residências e locais de trabalho. Trata-se, portanto, de um período altamente favorável para o faturamento das floriculturas. Além da maior disposição ao consumo por parte da clientela, é possível também conceder melhores preços aos compradores, uma vez que a maioria das espécies comerciais têm sua oferta aumentada nesta estação do ano. Nos principais mercados atacadistas de flores e plantas ornamentais, as expectativas de crescimento das vendas, com a chegada da Primavera fica entre 20% e 35% em relação às demais estações do ano. Em 2014, a alta incidência de calor e a preocupante ausência de chuvas vêm inibindo o crescimento do consumo das plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem. Consumidores, paisagistas, projetistas e executores de projetos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão preferindo adiar as compras de plantas e

insumos, aguardando a chegada das chuvas. Tal fato já fez com que o comércio das plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem nos principais polos de viveiros produtores se reduzissem em até 40% frente à comercialização observada neste mesmo período, em 2013. Para as floriculturas e empresas de varejo de flores em geral, por outro lado, o clima é de relativo otimismo, segundo pesquisa realizada pelo SINDIFLORES e pela empresa de Inteligência de Mercado, Hórtica Consultoria entre os dias 28 de agosto e 10 de setembro de 2014, com técnicos especialistas das principais Centrais de Abastecimento, atacadistas e distribuidores, cooperativas de produtores, importadores de flores e plantas ornamentais, responsáveis pelas compras do departamento de jardinagem do setor supermercadista, floriculturas e empresas de comércio eletrônico. A ampla maioria delas (77%) aposta no crescimento das vendas na Primavera de 2014, relativamente à do ano passado (Figura 1). Interessante observar, também, que 100% das lojas e empresas entrevistadas disseram acreditar que o consumo de flores e plantas ornamentais aumenta na primavera, enquanto 92% afirmam que o consumidor fica mais sensível ao apelo das flores e plantas neste período do ano. Neste contexto, uma parcela majoritária, de 69% das empresas entrevistadas, declarou que pretende realizar algum tipo de promoção ou campanha durante a Primavera 2014, para incrementar ainda mais o consumo

de flores e plantas. Cabe lembrar que, com as crescentes dificuldades climáticas, com a realização da Copa FIFA de Futebol e com a perda do dinamismo global do varejo brasileiro, produtores, atacadistas e varejistas apostam na Primavera para recuperar parte das quedas de vendas já acumuladas neste ano. Entre os principais tipos de ação apontadas, aquelas feitas na internet (como divulgação em redes sociais, sites e em campanhas de e-mail marketing) saem disparado na frente, com 31% de participação porcentual relativa entre as opções possíveis. A segunda posição do ranking promocional é dividida entre a realização de “Festivais da Primavera” e oferta de preços reduzidos, com 15% cada uma delas. As demais ações apontadas, com participações minoritárias, foram: distribuição de sementes e de flores nas lojas físicas, lançamentos de produtos temáticos, diversificação do mix de produtos e sorteios. Para as floriculturas e empresas varejistas que apostam no aumento das vendas, os porcentuais estimados de acréscimo, em relação à mesma data no ano passado, mostram a seguinte distribuição: 60% delas acreditam que venderão entre 5% e 10% mais do que na Primavera de 2013; parcelas idênticas das entrevistadas, de 20% cada uma, informaram expectativas de comercialização de, respectivamente, mais de 10% a até 20% maiores e de mais de 20% a até 30% . Na Primavera 2014 as rosas vão estar no topo da preferência dos consumidores, com 34% do total das res-

postas obtidas. Em seguida a elas, virão as orquídeas – que conforme temos visto em nossos boletins analíticos anteriores – vêm conquistando parcelas crescentes e consistentes do consumo floral dos brasileiros. Nesta primavera, elas agregarão 19% das compras. A terceira posição estará garantida para as plantas ornamentais para jardinagem e paisagismo, com 15% de participação relativa na cesta de compras do período. As espécies preferidas serão as primaveras (buganvíleas), seguidas por azaléias, bromélias e muitas forrações floríferas. Flores de corte diversas, especialmente os lisianthus, os lírios e as alstroemérias, entre outras, ficarão com 12% das preferências. Porcentual idêntico será disputado pelas chamadas flores do campo, que incluem – nesta denominação popular – os crisântemos, margaridas, gérberas e girassóis. Finalmente, as flores envasadas, incluindo prímulas, begônias, lírios, violetas, kalanchoes e calandivas, entre outras, ficarão com 8% do total das compras para a Primavera 2014. As rosas importadas – da Colômbia ou do Equador – ocuparão parcelas relativamente importantes do abastecimento das floriculturas e de outras modalidades de varejo de flores e plantas ornamentais neste período do ano. Especialmente na cor vermelha, elas representarão, para 67% das empresas do ramo, até 10% do total das vendas de flores na Primavera 2014. As demais floriculturas e empresas entrevistadas se dividiram,

em idênticas parcelas de 11% cada uma delas, nos seguintes porcentuais de participação das rosas importadas no total das flores a serem vendidas: entre 10% e 20%; mais de 20% a até 30% e mais de 30%. Cabe destacar que do total de floriculturas, lojas e empresas do ramo varejista de flores e plantas ornamentais pesquisadas, 23 % não incluirão vendas de rosas importadas em sua pauta de mercadorias, por se tratar de equipamentos dedicados especialmente ao comércio de flores e plantas envasadas, como as orquídeas, lírios, violetas, begônias e outras, além de plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem também bastante procuradas para a estação. O tíquete médio de compra do consumidor brasileiro nas compras de flores para a Primavera 2014, segundo as floriculturas e empresas de varejo pesquisadas, se concentrará principalmente na faixa de mais de R$ 50,00 a até R$ 100,00 (42%), seguida pelas de até R$ 30,00 (25%), de mais de R$ 30,0 a até R$ 50,00 (17%) e de mais de R$ 100,00 a até R$ 150,00 (com 16% de participação porcentual relativa) (Figura 4). As vendas serão pagas majoritariamente em cartão de crédito (80%), seguidas pelo dinheiro (20%).

* Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia proprietária da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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PÊSSEGO

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida cqh@ceagesp.gov.br

CQH divulga panorama da produção e comercialização de pêssego no Brasil Em 2013, foram negociadas no entreposto 21 mil toneladas de variedades brasileiras e 12 mil importadas, com destaque para Espanha, Itália, Chile e Estados Unidos llO pessegueiro ou pé de pêsse-

go é uma árvore pertencente à ordem família Rosaceae ou das Rosáceas, a mesma de várias outras fruteiras importantes como a maçã, pera, cereja, morango entre outras. Todas as variedades comerciais pertencem à espécie Prunus persica (L.). De maneira errada foi dado o nome latino persica à espécie, acreditando na época do batismo que a sua origem fosse a Pérsia, onde hoje fica o Irã, país abundante de pessegueiros, entretanto sua verdadeira origem é a China, onde atualmente ainda cresce espontaneamente. Um pessegueiro selvagem, sem manejo de poda, é uma árvore relativamente grande, com mais de seis metros de altura. Nos escritos chineses há referências ao pessegueiro desde o século 20 antes de Jesus Cristo. A espécie botânica P. persica é dividida em três variedades botânicas: a vulgaris ou os pêssegos comuns com pequenos pelos na casca. A nucipersica de frutos sem pelos, conhecidas popularmente como nectarina. E a platicarpa ou pêssegos achatados, sem pontas. A maior parte das cultivares econo-

micamente cultivadas para consumo in natura ou para conserva pertencem a variedade nucipersica, ou seja, são pêssegos comuns embora as nectarinas também tenham grande importância econômica. Curiosamente o cruzamento entre duas variedades de pêssego pode resultar numa nectarina, ou seja, um pêssego sem pelos. A variedade botânica vulgaris ainda possui duas raças originais de pessegueiros: a persa ou europeia de polpa amarela, firme, mais ácida e com caroço aderido. E a raça do sul da China, de polpa branca, com o caroço solto, doce e sucosa. A maioria das variedades comercializadas na Ceagesp são cruzamentos entre estas duas raças. O pêssego e a nectarina são frutas bastante apreciadas no mundo, pelo seu sabor, aparência e valor econômico. Segundo a Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas(FAO) os pêssegos e as nectarinas ocuparam o oitavo lugar na produção mundial de frutas, com 2,1 milhões de toneladas produzidas em 2012, a maior parte representada por pêssegos,

com os pomares ocupando uma área de 1,4 milhões de hectares. A China se destaca como a maior produtora mundial, com mais da metade da produção mundial. Após a China os maiores produtores são a Itália, Estados Unidos, Grécia e Espanha. O Brasil é décimo terceiro produtor mundial, ficando na América do Sul atrás do Chile e da Argentina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e a FAO, o Brasil produziu em 2012, 232 mil toneladas de pêssegos e nectarinas. Sendo que cinco unidades de federação apresentam produção comercial com a seguinte ordem de importância: Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Confrontado os dados do volume comercializado na Ceagesp consolidados pela Seção de Economia e Desenvolvimento com a produção oficial de 2012, conclui-se que o entreposto paulistano comercializa no mínimo 21,29% do pêssego paulista e 8,87% do pêssego gaúcho. No mínimo porque a SEDES ainda aponta, para este mes-

mo ano, 4,73 mil toneladas de pêssegos brasileiros vindo de transferências de região que não são produtoras. A importância da Ceagesp ainda se amplia quando se sabe que grande parte da produção gaúcha, especialmente a do sul do estado, é destinada à indústria de compota. Os pêssegos gaúchos que chegam na Ceagesp são praticamente todos da região da Serra, especializada na produção de frutos de polpa branca e para o mercado de mesa. Já a produção paulista é quase que totalmente voltada para o mercado de frutas frescas. Embora no parágrafo anterior a referência tenha sido a produção de 2012, já que foi necessário comparar os dados da Ceagesp com os dados oficiais, para os pêssegos e nectarinas é mais lógico e correto se trabalhar sempre com dados do final de um ano e do começo do seguinte, já que pertencem a uma mesma safra. Quando se analisa dados anuais, na verdade, se trabalha dados do final de uma safra e do começo de outra. Os números mostram que os estados São Paulo e Rio Grande

do Sul, os dois maiores fornecedores da Ceagesp, praticamente se alternam na produção. Enquanto São Paulo entrega aproximadamente 90% do total da sua safra até o fim da primeira quinzena de novembro o Rio Grande do Sul passa a abastecer a capital paulistana a partir desta data. O gráfico 1 ilustra muito bem esta dinâmica. As principais regiões produtoras paulistas são Atibaia e municípios vizinhos, todos da região de Jundiaí e Paranapanema e Guapiara no Sudoeste. Do Rio Grande do Sul quase tudo vem da Serra Gaúcha, com destaque para Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, Farroupilha, Garibaldi e São Marcos. Na safra 2013/14 a Ceagesp comercializou 17,8 mil toneladas e pêssegos e mil toneladas de nectarina. Outro ponto a se destacar na comercialização da Ceagesp é a grande quantidade de importação. Em 2013 foram comercializadas no entreposto 21 mil toneladas de pêssegos e nectarinas brasileiros e 12 mil de importados, com destaque para Espanha e Itália, Chile e Estados Unidos.


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Pesquisa agropecuária oferece oportunidade para atuação em nicho de mercado de pêssego Embrapa Valéria Costa

valeria.costa@embrapa.br e spm. comunicacao@embrapa.br

llViveiristas interessados em in-

vestir em nicho de mercado de pessegueiros devem ficar atentos à oportunidade de parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em setembro, além de abrir edital de licenciamento para produção e comercialização de mudas da primeira cultivar nacional de pêssego platicarpa, de formato achatado, a Embrapa Produtos e Mercado (Brasília/DF) realiza o I Workshop de Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial, nos dias 23 e 24, em Campinas/SP. Até agora os frutos do tipo platicarpa que abastecem o varejo local chegam principalmente da Europa e Estados Unidos, mas o produtor brasileiro também poderá investir no segmento. A abertura do processo de oferta de material propagativo e licenciamento está prevista para a segunda quinzena de setembro, com divulgação pelo endereço: http://spm.sede.embrapa. br/licitacao/ As pesquisas da Embrapa com a fruta platicarpa já tem 20 anos, metade dos quais foram dedicados especificamente à nova cultivar de pêssego chato apropriado às condições locais de cultivo, conforme explica a pesquisadora Maria do Carmo Raseira. Ela integra a equipe da Embrapa Clima Temperado, localizada em Pelotas/RS, e liderou o

desenvolvimento da novidade batizada de BRS Mandinho. Criança, menino, piá são significados do nome, sugerido pelo tamanho pequeno a médio do fruto (cinco centímetros de diâmetro contra os cerca de sete das frutas importadas), que apresenta caroços de dimensões proporcionalmente pequenos. Em termos de mercado, o ganho representado pela cultivar é a viabilidade da produção do pêssego platicarpa em campos brasileiros, a partir de sua adaptação para cultivo em regiões com menos de 150 horas de frio no inverno, maturação na segunda quinzena de novembro e com produtividade atrativa (14 toneladas/ha, em pomar adulto). O agrônomo da Embrapa Produtos e Mercado, Ciro Scaranari, ressalta que também foram atendidos os quesitos aparência e sabor, exigidos pelos consumidores. A doçura dos frutos, de polpa firme e cor amarela, se sobressai à leve acidez apresentada, conforme avaliações positivas nas regiões testadas dos estados de Santa Catarina (Urussanga e Pedras Grandes), Paraná (Araucária), São Paulo (Jarinu e Paranapanema), Minas Gerais (Barbacena) e Espírito Santo (Domingos Martins). Embora destinada ao público em geral, a cultivar tem apelo especial para as crianças pelo formato tipo bolachinha. A BRS Mandinho, cujo lançamento acontecerá em Dia de Campo por ocasião da colheita das frutas em novembro deste ano,

foi apresentada por Raseira aos participantes do VI Simpósio Internacional de fruticultura temperada em Região Subtropical, que foi realizado dia 11 de setembro, em Avaré/ SP. Mudas da cultivar deverão estar disponíveis a partir de julho de 2015 junto aos viveiristas que forem licenciados e serão cadastrados na página de cultivares da Embrapa (http://www.snt.embrapa.br/ produtos/index/). Nos supermercados a novidade começa a chegar somente em 2017, quando as primeiras mudas devem iniciar a produção de frutos. De acordo com a pesquisado-

ra Ana Paula Vaz, da Embrapa Produtos e Mercado, o atendimento a nichos de mercado em fruticultura comumente se dá por meio da agregação de valor em termos de sabor, aparência e apresentação. A vida útil do produto é também preocupação num mercado que lida com material perecível e dependente da boa apresentação do produto para assegurar-lhe vantagem competitiva, diz Vaz. As inovações destinadas a prolongar o tempo de prateleira das frutas vão desde o campo, com cultivares portadoras desta característica, às embalagens que assegurem

a aparência adequada do fruto até a mesa do consumidor final. No caso da nova cultivar de pêssego, de formato diferenciado e destinada a público que busca essa especificidade, a pesquisa oferece a fruticultores locais a oportunidade de explorarem o nicho de mercado consolidado por produtores estrangeiros e ainda sem concorrentes na região sul americana. Informações sobre o I Workshop de Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial no site www.embrapa.br/ workshopnichos2014/

Principais prunáceas comercializadas

Prunus L. é um género botânico, geralmente arbóreo, mas que também pode ser arbustivo. Inclui as ameixeiras, cerejeiras, pessegueiros, damasqueiros e amendoeiras. Tradicionalmente, é incluído na família Rosaceae, na subfamília Prunoideae ou Amygdaloideae, mas por vezes é incluído numa família à parte, designada Prunaceae (ou Amygdalaceae). Existem centenas de espécies de Prunus.

Produto

Nome científico

Formato

Sabor

Ameixa

Prunus salicina Lindl.

Ovalado

Doce

Cereja

Prunus serrulata Lindl.

Globoso a ovalado

Doce

Pêsego

Prunus persica (L) Batsch

Ovalado

Doce

Damasco

Prunus ameniaca L.

Ovalado

Doce

Amêndoa

Prunus dulcis (Mill)

ELiptico

Adocicada


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ATACADO

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A força do comprador e as boas práticas agrícolas 1ª SITUAÇÃO: lA cultura não possui

agrotóxicos registrados suficientes para o controle das pragas e doenças.

A SOLUÇÃO PASSA PELA ORIENTAÇÃO DOS PRODUTORES, SEUS FORNECEDORES, E DE SUAS ORGANIZAÇÕES A:

1. Levantar e encaminhar solicitação de extensão de uso, conforme determina a IN 01 de 16 de junho de 2014 http://bit.ly/1qKFjHK 2. Encaminhar solicitação de inclusão do produto ao Programa de Produção Integrada, para o desenvolvimento dos procedimentos de ‘Boas Práticas Agrícolas’, às superintendências estaduais e à coordenação central da Produção Integral do MAPA.

2ª SITUAÇÃO: lA cultura possui grade Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP cqh@ceagesp.gov.br

llA produção de frutas e hortali-

ças para exportação obedece procedimentos estabelecidos pelos diferentes sistemas de certificação determinados pelo comprador, como GlobalGap, ChileGap, EurepGap, Marks&Spencer, Tesco, FDA e outros. O importador exige e o exportador cumpre. É a força do comprador. O investimento e a adoção de tecnologia na produção brasileira de grandes culturas agrícolas, como soja e cana de açúcar, em manejo integrado de pragas, controle biológico, plantio direto, rotação lavoura-pecuária, mudas sadias, cultivares adaptados a cada região e época de plantio, vazio fitossanitário, aptidão agrícola, agrotóxicos registrados e outras, é muito maior que na produção de frutas e hortaliças frescas. Na produção de frutas e hortaliças a utilização da tecnologia e dos conhecimentos agronômicos já existentes é baixa, assim como o desenvolvimento de novas tecnologias e a adoção de medidas que previnam problemas. A produção de frutas e hortaliças é muito mais complexa que a de grandes culturas. As dificuldades e custo de produção estão cada vez maiores. O sucesso exige produtividade, sanidade, beleza e frescor na

colheita e a conservação da qualidade até o consumidor de um produto com 85 a 95% de conteúdo de água e alto metabolismo pós-colheita. O consumo de frutas e hortaliças e consequentemente os seus produtores e comerciantes são frequentemente atingidos por notícias de ocorrência de resíduos de agrotóxicos e dos seus perigos. Os comerciantes de alimentos, do atacado, do varejo e do serviço de alimentação são corresponsáveis, junto com o produtor, pela segurança do alimento fornecido aos seus clientes. Os atacadistas das Ceasas estão sendo notificados por irregularidade de resíduos em produtos originários de suas empresas. A ocorrência de resíduo de agrotóxico proibido, acima do limite permitido ou sem registro para a cultura, pode resultar em punição severa do comerciante e do produtor. Um grande número de frutas e hortaliças não possuem agrotóxicos registrados suficientes para o controle de pragas e doenças – situação que só pode ser solucionada com a solicitação de extensão de uso permitida pela Instrução Normativa Conjunta da ANVISA, Ministério da Agricultura e Meio Ambiente nº1, de 16 de junho de 2014. Um número menor de produtos, mas muito importante em volume, já possui uma grade adequa-

da de agrotóxicos registrados e os procedimentos de ‘Boas Práticas Agrícolas’ bem estabelecidos. O Programa Produção Integrada - PI, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, que existe desde 2009, coordenou, junto com técnicos de campo e produtores de cada produto, o desenvolvimento de ‘Boas Práticas Agrícolas’. A ‘Produção Integrada’ e outros programas como ‘Fruta Paulista’ em São Paulo e outros programas do SEBRAE em vários estados brasileiros treinaram centenas de produtores e técnicos em ‘Boas Práticas Agrícolas. Uma parte pequena dos produtores treinados mudaram substancialmente a sua maneira de produzir. A maior parte tentou mudar mas se sentiu desestimulado porque achou que não valia a pena – o seu esforço não era reconhecido concretamente no valor ou na procura pelo seu produto. A adoção de ‘Boas Práticas agrícolas’ é o único caminho para prevenir e diminuir a aplicação de agrotóxicos, diminuir o custo de produção, melhorar a qualidade do produto e garantir a segurança do alimento e do seu comerciante. Elas já foram desenvolvidas para muitos produtos, mas são muito pouco utilizadas pelo produtor. As análises da ANVISA coletadas nos mercados atacadista e varejista, entre 2011 e 2013, mostram ir-

zoom Os atacadistas das Ceasas estão sendo notificados por irregularidade de resíduos em produtos originários de suas empresas. A ocorrência de resíduo de agrotóxico proibido, acima do limite permitido ou sem registro para a cultura, pode resultar em punição severa do comerciante e do produtor.

regularidade em 59% das amostras de morango, 41% das amostras de abacaxi, 28% das amostras de laranja, 27% das amostras de uva, 20% das amostras de mamão e 8% das amostras de maçã. As análises do PNCR do MAPA de amostras, coletadas em algumas regiões produtoras em 2013, mostram irregularidades em 75% das amostras de abacaxi, em 33% das amostras de manga, em 32% das amostras de mamão. Todas estas culturas já possuem os procedimentos de ‘Boas Práticas Agrícolas da Produção Integrada’, que permitem a produção agronomicamente mais correta e garantem a segurança do produto e do seu comerciante. As soluções exigem o envolvimento do atacadista da ceasa – a utilização do seu poder do comprador, nas duas situações aqui descritas.

adequada de agrotóxicos registrados e ‘Boas Práticas Agrícolas’ estabelecidas pela Produção Integrada

A SOLUÇÃO PASSA PELA ADOÇÃO DE ‘BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS’ PELOS PRODUTORES, SEUS FORNECEDORES, ATRAVÉS DE:

1. A preferência do atacadista por produtores que já adotam ou que já foram treinados em ‘Boas Práticas Agrícolas’ 2. A preparação dos técnicos dos atacadistas em ‘Boas Práticas Agrícolas’ 3. O treinamento dos técnicos dos produtores, fornecedores dos atacadistas Faça a sua adesão ao Programa ‘Boas Práticas Agrícolas’ nas ceasas. Contamos com a parceria da ANVISA, da COVISA, do MAPA, do SINDIVEG, da GS1, a ABRACEN. Procure o Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP. 11 36433890 ou 11 36433892 cqh@ceagesp.gov.br


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AGRÍCOLA

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Fertilizante biológico aumenta produtividade Substância proporciona ação bioestimulante e melhora no cultivo

Variedades de morango no ETSP Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP cqh@ceagesp.gov.br

l l A ausência da informação da variedade, na maioria das notas fiscais de remessa do produto, impede que o Sistema de Informação e Estatística de Mercado – SIEM retrate com exatidão o comportamento por variedade do produto. Foram entrevistados, em julho de 2014, os atacadistas, responsáveis por 70% do volume de morango, com o objetivo de levantar, para cada produto, as variedades mais comercializadas, a proporção mensal de oferta de cada variedade e das regiões de origem de cada variedade, em cada época. A proporção de volume entre as variedades de morango mais comercializadas no Entreposto Terminal de São Paulo da CEAGESP mostra, em ordem e volu-

me: Oso Grande (39,5%), Albion (28,3%), Camiño Real (17,7%), Camarosa (5,9%), Aroma (5,1%) e San Andréas (3,3%). A variedade Albion predomina nos meses de janeiro a abril e a Oso Grande nos meses mais frios de junho a setembro. Nos meses de maio e outubro não existe predominância de nenhuma das duas variedades. O comportamento no final do ano mostra uma oferta maior de Albion e Camiño Real em novembro e um grande crescimento da oferta de Oso Grande em dezembro (Figura 1). A oferta do Camiño Real é maior nas épocas mais quentes, mas sempre inferior à oferta de Albion e Oso Grande, com exceção do mês de dezembro, em que a sua oferta é igual à oferta da Albion e maior que a da Oso Grande.

Figura 1: Proporção (%) entre as principais variedades de morango por mês 70

Oso Grande

Albion

60

Camiño Real Outras

50

40

30

20

10

0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

No momento da entrevista, de alta oferta de Oso Grande, o valor das variedades Albion e Camiño Real é semelhante e a variedade Oso Grande 15% mais barata. As principais origens do morango são Minas Gerais, São Paulo e a Região Sul do Brasil

ll Lançado na Hortitec do ano passado, o fertilizante Vorax, da Microquímica, apresentou significativo aumento na produtividade de diferentes culturas. Produzido a partir de processo de fermentação biológica, o fertilizante tem ação bioestimulante e fornece para as plantas ácido L-glutâmico, extrato de algas, glicina betaína e oxigênio. O engenheiro agrônomo Roberto Berwanger Batista, diretor técnico da Microquímica, explica que as substâncias que compõem o Vorax são cuidadosamente balanceadas e formuladas para se obter estabilidade e efeitos estimulantes na produção. “Por mais de três anos, a solução foi testada em campo, laboratórios e universidades até encontrarmos o equilíbrio mais adequado dos ingredientes”, afirma o especialista. Os resultados são endossados por mais de 30 trabalhos técnicos e 15 artigos apresentados em congressos científicos. Num primeiro momento, expli-

ca Batista, o produto foi utilizado como quelante em formulações de fertilizantes foliares, no entanto, os cientistas observaram que seus efeitos iam além da simples melhoria dos nutrientes. Eles então iniciaram trabalhos para criar efeitos além do nutricional, ou como é conhecido no mercado, efeitos bioestimulantes. Testado em alface, repolho, tomate, beterraba, orégano, abobrinha, batata, cana de açúcar, café, uva, pêssego, maçã, ameixa e soja, o Vorax apresentou aumentos de produtividade que variam entre 13% e 17%. O fertilizante pode ser usado na agricultura orgânica, mas que ainda não está certificado. “Pretendemos tirar sua certificação o mais breve possível”, garante o diretor. O Vorax ainda não foi testado em flores e plantas ornamentais, mas devido aos efeitos do produto no metabolismo vegetal de diferentes espécies, a Microquímica acredita que ele pode trazer bons resultados para floricultura também.

Agrônomo: Roberto Berwanger Batista, da Microquímica, explica que as substâncias que compõem o Vorax são cuidadosamente balanceadas

Benefícios na produção

• Aumento da atividade da Redutase do Nitrato, que proporciona maior assimilação do nitrogênio, com siginificativa economia de energia para as plantas • Aumento do teor de clorofila • Maior resistência aos estresses abióticos • Maior brotação, principalmente em culturas perenes • Pequenas doses são suficientes


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ORGÂNICOS

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Feira orgânica todos os domingos no Shopping Villa Lobos

Empresa de orgânicos insere consumo consciente no entreposto Atacadista comercializa produção de pequenos agricultores, assentados e quilombolas llA história da atacadista Terra Frutas Orgânicas se confunde com a da proprietária Luciana Carbone. Filha de produtores rurais do interior de São Paulo, Luciana seguiu a carreira bancária, mas voltou às origens quando, devido a um problema de saúde, começou a consumir alimentos orgânicos por indicação médica. “Assim que descobri as vantagens da agricultura biológica, passei a estudar e junto com meu marido, comecei a plantar orgânicos, há 15 anos”, conta entusiasmada. Nil, o marido, já comercializava produtos hortifrutis na Ceagesp e conforme a produção orgânica na cidade de Bebedouro amadurecia, eles partiram para conseguir a liberação de todas as certificadoras credenciadas no Ministério da Agricultura. Assim que estavam certificados, o permissionário emprestou parte do box no entreposto para o escoamento dos orgânicos. Atualmente, a Terra Frutas Orgânicas comercializa muito mais do que frutas. Legumes, verduras, grãos, sucos, café e muitos outros produtos - todos orgânicos - fazem parte do portfólio da atacadista, que também atende o mercado varejista pelo telefone. Luciana explica que a maior parte dos alimentos que comercializa advém das roças de pequenos produtores espalhados por todo o país. Desta maneira, acredita, contribui para escoar a produção de quem têm dificuldade em entrar para o mercado. “O nosso trabalho é reunir alimentos orgânicos cultivados por famílias de pequenos agricultores, inclusive assentados e quilombolas, e inseri-los na cadeia de comercialização”, esclarece.

Incentivamos os pequenos a abrirem uma lojinha, comercializarem seus produtos na própria região, se aproximarem dos consumidores e interagir com o mundo. Explico a eles que não podemos deixar este mercado na mão de pessoas que não tem compromisso ou ética com o mundo orgânico. Fazemos este trabalho com muito amor e dedicação Luciana Carbone começou a plantar orgânicos há 15 anos

SOCIEDADE, CONSUMO E AGRICULTURA ORGÂNICA

PRODUÇÃO ORGÂNICA E ESCOAMENTO

Para Luciana, trabalhar com orgânicos é muito mais do que uma maneira honesta e sustentável de ganhar a vida. Além de colaborar com produtores rurais familiares, a presença da atacadista na Ceagesp incentiva o consumo consciente. Alimentos orgânicos são cultivados seguindo conceitos de sustentabilidade e são mais saudáveis para o nosso organismo. “Muitos clientes fazem tratamento de saúde utilizando alimentos orgânicos”, conta a empresária. A atacadista compra hortifruitis de comunidades quilombolas, assentamentos e agricultura de subsistência. Cerca de 300 famílias fornecem alimentos para o entreposto. Também recebem produtos de médios e grandes produtores, mas em menor quantidade.

Depois de tantos anos no mercado, a Terra Frutas Orgânicas ainda encontra dificuldade para escoar a produção porque o consumo do orgânico não é estimulado. Além disso, o mercado interno não aceita produtos que fogem do padrão. Às vezes Luciana recebe ligações de clientes que perguntam: ‘O tomate está bonito hoje?’. Ela prontamente e educadamente responde: ‘Estamos fugindo do foco, parceiro. O correto seria perguntar: está saboroso’. “Não tem jeito. Brasileiro realmente come com os olhos”, conclui.

da Argentina ou ameixa da Espanha. Luciana explica que eles trazem de fora aquilo que o Brasil não tem para ver se conseguem atrair o público consumidor. Todos os alimentos estrangeiros possuem certificação exigida pelas leis brasileiras. EMBALAGEM Quando precisam reembalar algum produto, a empresa tenta usar o mínimo de plástico e não utiliza isopor. Por isso, ainda não podem fornecer para grandes clientes do mercado varejista. “Eles exigem, mas nos recusamos a utilizar isopor na embalagem. No máximo usamos material PET, que pode ser reciclado depois”, conta a atacadista. VAREJO E ENTREGA Vale lembrar que a Terra Frutas Orgânicas atende também o público consumidor final pelo telefone (11) 4105-3154 e faz entregas no atacado e varejo mediante taxa. Seus produtos também podem ser encontrados no Varejinho da Ceagesp na banca de orgânicos do senhor Honda.

zoom

IMPORTAÇÃO

CONSUMO CONSCIENTE

No box da atacadista também é possível encontrar produtos orgânicos importados, como pera

Alimentos orgânicos são cultivados seguindo conceitos de sustentabilidade e são mais saudáveis para o organismo

llO Shopping VillaLobos, na zona oste da cidade de São Paulo, em parceria com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO-SP), realiza todos os domingos uma feira de produtos exclusivamente orgânicos. Com 14 barracas, o espaço oferece frutas, verduras e legumes e outras opções igualmente saudáveis como pasteis, pizzas, bolos, pães e molho de tomate. Segundo Marcus Vinicius Borja, Superintendente do Shopping VillaLobos, a feira é excelente oportunidade para incentivar a sustentabilidade. “A feira será mais um ponto para os consumidores adquirirem alimentos orgânicos e saudáveis, além aprenderem sobre o tema”, afirma o executivo. Serão ministradas oficinas gastronômicas e educativas para os visitantes, como a culinária orgânica para crianças e adultos, as técnicas de como ter a sua própria horta em casa e receitas com produtos orgânicos. A feira acontece semanalmente das 7h às 13h no estacionamento externo do shopping.

Curso sobre alimentos orgânicos no Senac llO Senac está com matrículas abertas para o curso livre Alimentos Orgânicos – Conceito, Qualidade e Segurança. Nele, o participante aprende sobre toda a cadeia produtiva do alimento orgânico, para informar e orientar consumidores em geral e profissionais da área de saúde e de comunicação sobre possíveis implicações do consumo dos alimentos orgânicos, observando a legislação vigente e respeitando os preceitos de responsabilidade socioambiental. O profissional formado por este curso deverá ser capaz de: apropriar-se do conceito de alimento orgânico, conhecendo suas qualidades nutritivas, os impactos socioambientais e a legislação específica sobre agricultura orgânica e o processo de certificação.

PÚBLICO-ALVO Técnicos e/ou graduandos e graduados nos cursos de nutrição, agronomia, engenharia de alimentos, e demais cursos da área de alimentos ou saúde, além de interessados em atuar no segmento de alimentos orgânicos. Carga horária: 16 horas MAIS INFORMAÇÕES: WWW.SP.SENAC.BR


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MANUSEIO

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Bella Vista oferece estrutura de packing house para produtores da região sul PARCERIAS

União com cooperativas agrícolas impulsiona negócios da atacadita de frutas na ceasa

llFundada há mais de 30 anos, a atacadista de frutas Bella Vista trabalha em parceria com diversas cooperativas de pequenos agricultores, beneficiando e embalando suas produções. Leandro Alberto Totoli, gerente, atua na empresa há 16 anos e explica que a Bella Vista agrega cooperativas de produtores do sul do país, que sozinhos, não teriam a mínima condição de beneficiar e embalar seus produtos. “Oferecemos a estrutura de uma packing house e eles mesmo levam as frutas até o galpão e embalam”, esclarece. A valorização dos colaboradores está disseminada em todas as plantas da empresa e o resultado pode ser conferido nas colheitas, que ba-

tem recorde de produção ano a ano e na qualidade das frutas, que são cuidadosamente manuseadas. “Alcançar o mínimo manuseio foi uma ação que deu muito trabalho para gente. Foram muitos feedbacks até conseguir conscientizar os agricultores. Conversamos com cada um deles para alcançar o padrão atual”, afirma Totoli. “Posso garantir que a consciência do mínimo manuseio foi disseminada para todos os setores da empresa”, completa. Para o gerente, o trabalho realizado junto aos pequenos agricultores foi a chave para impulsionar os negócios da Bella Vista. “Não ser dependente de grandes empresas produtoras é uma vantagem. Temos diversos for-

necedores, por isso possuímos uma gama bem maior de produtos e marcas”, comemora. A atacadista conta com frota própria para a distribuição de frutas nacionais e importadas que necessitam de baixas temperaturas, como maçã, uva e frutas de caroço. Valentim Appolari, permissionário, ressalta a importância de respeitar a cadeia do frio: “Como somos especializados neste tipo de produto, estamos completamente alinhados e possuímos veículos refrigerados e térmicos, além de câmaras frias de baixo consumo energético para acomodação dos alimentos”. O empresário também destaca o trabalho de orientação sobre rastreabilidade que a Bella Vista está desen-

volvendo junto aos produtores. “Atualmente, 70% deles já utilizam o rótulo, o que permite uma rastreabilidade interna”, garante. AMEIXA LETÍCIA A Bella Vista está realizando melhorias no tratamento da ameixa letícia, variedade do Rio Grande do Sul que diminui a importação de produtos pelo Brasil nos três primeiros meses do ano. Segundo Valentim, a aceitação do mercado interno está tão boa, que a ameixa gaúcha está competindo com a importada. “Por isso, vamos investir no padrão de classificação, desenvolvendo novas embalagens e avançando em beneficiamento”, adianta.

Alcançar o mínimo manuseio foi uma ação que deu muito trabalho para gente. Foram muitos feedbacks até conseguir conscientizar os agricultores. Conversamos com cada um deles para alcançar o padrão atual Leandro Alberto Totoli Gerente


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TRANSPORTE

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Linha de caminhões Ford destaca aplicação rural TRADIÇÃO

Nova Série F acaba de chegar às lojas para completar portfólio da montadora ll A Ford Caminhões acaba de

apresentar a nova linha de um clássico das estradas brasileiras e internacionais: a Série F. Composta pelo semileve F-350 e os leves F-4000 e F-4000 4X4, os caminhões chegam para complementar a linha de produtos comerciais da montadora. Agora, a Ford passa a oferecer caminhões em todos os segmentos, do semileve ao pesado. Para introduzir a nova Série F ao público brasileiro, a Ford destacou em suas campanhas de marketing o seu desempenho no campo, apesar de frisar que ela atende as mais diversas aplicações. Segundo a montadora, a Série F é a linha de caminhões de maior longevidade no Brasil e tem mais de 50 anos no mercado. Além disso, o setor agrícola sempre foi um grande consumidor da linha. Os novos veículos começam a ser vendidos em setembro e vêm equipados com o novo motor 2.8 da Cummins, de 150 cv, e nova transmissão de cinco velocidades da Eaton. O conjunto é cerca de 6% mais econômico no consumo de diesel, conta com tecnologia SCR para redução de emissões e tem um nível reduzido de ruído e vibrações na cabine. “A Ford Caminhões tem hoje uma das linhas mais completas do mercado, unindo tradição e modernidade para oferecer um leque amplo de opções ao transportador”, diz Guy Rodriguez, diretor de Operações de Caminhões da Ford América do Sul. “Eles são resultado de décadas de experiência da marca

produzindo caminhões no mercado brasileiro, avançando em soluções de robustez, economia e conforto para que o frotista obtenha o melhor resultado do seu negócio”, completa. O projeto da Nova Série F foi liderado pela engenharia da Ford Brasil e envolveu mais de 700.000 km de testes no Campo de Provas da Ford em Tatuí, no interior paulista. Freios ABS com distribuição eletrônica (EBD) e ar-condicionado são equipamentos de série. CONHEÇA CADA MODELO F-350

O F-350, com peso bruto total de 4.500 kg e carga útil mais carroceria de 2.128 kg, é um caminhão semileve indicado para profissionais autônomos, em aplicações como entregas fracionadas, serviços de manutenção e distribuição comercial de atacado e varejo.

Ele tem comprimento de 5.730 mm e altura sem carga de 1.942 mm.

zoom

F-4000

O F-4000, com peso bruto total de 6.800 kg e carga útil mais carroceria de 3.949 kg, é um caminhão leve com rodado duplo indicado para uso misto, em serviços como entrega fracionada, manutenção de serviços públicos e aplicações fora de estrada. A sua robustez facilita o uso em aplicações rurais, onde veículos mais leves têm dificuldade de rodar. Ele tem comprimento de 6.318 mm, largura de 2.023 mm e altura de 2.031 mm sem carga. F-4000 4X4

O F-4000 4x4 é único caminhão leve com tração integral, o que aumenta sua capacidade para aplicações severas, com trem de força de alta resistência e durabilidade.

TEST DRIVE O veículo responde bem e aproveita o máximo do torque quando se anda na rotação correta. Suporta subidas íngremes sem forçar a aceleração.

Entre outras aplicações, é indicado para manutenção de redes elétricas, telefonia, água e esgoto, aplicações rurais diversas, suporte na mineração e construção civil. Ele tem PBT de 6.800 kg, carga útil mais carroceria de 3.810 kg e capacidade máxima de tração de 10.400 kg.

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FOTON

Caminhões em Guarulhos llA Foton Caminhões inaugurou em agosto mais uma concessionária, desta vez na cidade de Guarulhos, São Paulo. A nova instalação, que pertence ao grupo empresarial LCM, está localizada na Avenida Santos Dumont, 1250, no bairro Cumbica, e substitui a concessionária da marca que era localizada na Rua Fernando de Noronha, 398, também em Guarulhos. A casa foi realocada para uma região com alto fluxo de caminhões e fácil acesso aos clientes. “A nova localização da concessionária faz parte da estratégia comercial da empresa de identificar pontos de vendas e assistência técnica com grande vocação industrial e comercial que é o caso de São Paulo, sem contar que o mercado da cidade é muito importante para o segmento que vamos atuar a princípio, que são os caminhões leves e semileves”, diz Ricardo Mendonça de Barros, proprietário da LCM Caminhões e diretor comercial e desenvolvimento de rede da Foton Caminhões. A loja conta abriga oito boxes de atendimento ao cliente, além de serviços de mecânica, elétrica, revisões de troca de óleo, área de financiamentos, seguros e vendas e espaço de lazer para os motoristas. “Oferecemos todas as comodidades e serviços para atendermos nossos clientes de maneira rápida, eficiente e confortável”. A localização da concessionária é estratégica, em uma região de muito fluxo de veículos comerciais, e atenderá principalmente as cidades de Guarulhos, Arujá, Poá, Itaquaquecetuba e grande parte da Zona Leste de São Paulo. As próximas concessionárias do grupo LCM serão inauguradas em Várzea Paulista e na Ceasa, na cidade de São Paulo.

Estudo propõe melhorias no transporte de cargas Pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram dia 11, na Cidade Universitária, os resultados preliminares do projeto Gestão Sustentável do Transporte de Carga no Apoio à Prática de Logística Verde em Megacidades. O estudo tem objetivo de identificar e desenvolver soluções inovadoras que proporcionem sustentabilidade sócio-ambiental no trans-

porte de cargas nas grandes cidades.Com conclusão prevista para maio de 2015, o projeto avalia principalmente a distribuição e entrega de cargas em centros urbanos com trânsito já congestionado. Segundo os pesquisadores, cada veículo de transporte de carga percorre em média 55 quilômetros (km) por dia km, a uma velocidade de 17 km por hora, e a estimativa é que a cada km rodado, em uma cidade como o Rio de Janeiro, trafegam 43 veículos de carga. Número considerado elevado pe-

los cientistas. “É preciso abastecer os centros urbanos, e a carga precisa chegar”, de acordo com o coordenador do projeto, professor Márcio D’Agosto, do Programa de Engenharia de Transportes do Coppe. Mas, na maioria das vezes, segundo ele, surgem dificuldades no tráfego de veículos, além da falta de local para parar, a falta de comunicação entre transportador e recebedor da carga. “Então, a gente está tentando entender toda lógica que está por trás e analisamos os dados”, explicou.

De acordo com D’Agosto, hoje em dia a tecnologia cria grande possibilidade e disponibilidade de informações, que não são utilizadas. “O rastreamento de veículos hoje é basicamente considerado critério de segurança, e a gente acaba não usando isso, o que poderia ajudar a tomar decisões inteligentes na distribuição de cargas. O veículo rastreado pode ser acompanhado e cria a possibilidade de saber se ele está em local engarrafado. Com isso, pode-se desviá-lo

para outro local, como também pode-se entender que ali não tem como estacionar, e levar o veículo para outro local, mas não se faz isso. Então, é muita informação desperdiçada, que poderia ser usada e compartilhada até com o poder público”, considerou. O estudo mapeou as melhores metodologias praticadas em outras cidades, tidas como referências, e os pesquisadores também avaliaram a implantação de técnicas de gestão inteligente em mobilidade.


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CEASAS Abracen participa de encontro da WUWM em Londres llEntre os dias 24 e 27 de setembro, Londres será palco da World Union of Wholesale Markets Conference (Conferência da União Mundial de Mercados Atacadistas – WUWM), realizada juntamente com a National Association of British Market Authorities Conference (Associação Nacional das Autoridades de Mercado Britânico – Nabma). O evento discutirá temas como educação e mercado, planos estratégicos e o futuro dos mercados e o atual cenário dos mercados atacadistas de Londres. O presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento, Mario Maurici de Lima Morais, será um dos palestrantes em “Markets in Education”, que tratará sobre como os merca-

dos atacadistas podem criar oportunidades educacionais para jovens e para quem busca ter sucesso nos negócios. No Brasil, a UniCeasa, na Ceasa de Minas Gerais, tem realizado diversos trabalhos na formação de profissionais e só no segundo semestre desse ano oferecerá mais de dez cursos de extensão para colaboradores e empreendedores ligados ao Centro de Abastecimento e para empreendedores, produtores rurais, cliente e comunidades próximas. Além de palestras, acontecerão visitas técnicas aos principais mercados de flores, frutas e vegetais do Reino Unido, como o New Covent Garden Market, o New Spitalfields Market e o Portobello Road Market.

EMPREENDEDORISMO

Sebrae orienta empresários na Ceagesp

Boas práticas no preparo dos alimentos é tema de oficina a cafezeiros da CeasaMinas llQuando assunto é produção

de alimentos a responsabilidade é grande, já que é preciso observar cuidados considerados essenciais, a exemplo da qualidade e higiene dos produtos alimentares. No mercado livre do produtor (MLP) da CeasaMinas, os produtores chegam muito cedo e, por isso, acabam tomando seu café da manhã no mercado. Graças aos cafezeiros, o lanche dos trabalhadores rurais está garantido. Portando carrinhos com sanduiches, pães recheados e cafés, os cafezeiros circulam pelo MLP oferecendo os lanches. Por isso, o Prodal realizou, nesta última semana de agosto, um minicurso com boas práticas durante o preparo e manuseio dos alimentos. A nutricionista Sandra Nolasco expôs aos cantineiros do MLP que bactérias estão em todo lugar, principalmente em nossas mãos. Desse modo, o ato de lavar as mãos é algo de extrema importância, já que negligenciar este cuidado pode resultar em contaminação dos alimentos e ser a causa de alergias e intoxicações alimentares. Maura Aparecida de Souza foi uma das cafezeiras a participar da oficina e, segundo ela, ficou muito grata, já que é daqui que elas retiram o pão de cada dia. “Eu sei quem ganha é o cliente. Por isso agradeço à direção da

Ceasa, assim como aos clientes que são o motivo de eu vir aqui todos os dias”. Sandra explicou que o grande aliado de quem prepara alimentos é o bom senso. É preciso pensar que as pessoas se alimentam para obter nutrientes e os seus benefícios. Nesse processo, nem pensam em adquirir intoxicações, ou contaminação pela má qualidade do consomem. Flávia Rodrigues, outra participante no dia, diz estar consciente da higiene no seu dia a dia como profissional Eu achei importante a nutricionista Sandra nos explicar como saber sobre a manipulação dos alimentos de um jeito saudável. “O que auxilia nós cafezeiras a cuidar da nossa saúde e de quem dá preferência aos nossos lanches”. Ao preparar os lanches, os cafezeiros precisam priorizar boas práticas de higiene como ter roupas limpas, tocas para esconder os cabelos, manter unhas sempre cortadas e limpas. Homens e mulheres tem responsabilidades a observar de modo a evitar contaminações. Mulheres costumam usar os cabelos soltos, no momento de lidar com alimentos devem mantê-los presos através de uma toca que evite o seu contato com o que será servido. Já os homens devem manter a barba sempre feita e cuidar da hi-

giene das mãos. Outra dica citada pela nutricionista é o cuidado com os carrinhos onde são transportados os lanches. Como elas tem carrinhos que circulam em meio a milhares de pessoas, ela diz que é primordial limpá-los e mantê-los sanitizados. Permitir que os clientes peguem o que querem comer diretamente dos vasilhames não é recomendado, uma vez que o cafezeiro (a), não tem como ter certeza da higiene das mãos dos clientes. Já para Marcela Gonçalves, o minicurso foi muito interessante e nos faz sentir muito satifeitas em saber que a CeasaMinas apóia o nosso trabalho. Durante o mini curso, a estagiária de nutrição do Prodal, Lívia Cintra, fez, através de uma dinâmica, com que as cantineiras entendessem como são transmitidas as bactérias e germes. Com o uso do glítter (simbolizando as bactérias) ela sujou suas mãos e foi cumprimentando, um a um, os cantineiros. Assim, ao final, pediu que eles verificassem suas mãos e se certificassem que o simples ato de cumprimentar os outros já é o suficiente para a contaminação, que pode ser passada para o que tocamos. A Associação dos Produtores de Hortigranjeiros de Minas Gerais (Aphcemg) fez a doação de aventais para os cafezeiros.

llO escritório itinerante do Sebrae está instalado perto do portão 3 do entreposto paulistano para orientar permissionários e visitantes sobre empreendedorismo. A orientação aos interessados é gratuita.

A unidade do Sebrae Móvel possui um técnico do Sebrae-SP para orientar o público sobre temas que vão desde o planejamento do negócio, como organizar o fluxo de caixa e até formas de divulgação da empresa.

Ceasa Campinas recebe estagiários de Meio Ambiente llOs estagiários de Meio Ambien-

te da Ceasa Campinas, participaram da palestra sobre o funcionamento da Central, nesta segunda-feira, 1º setembro, no auditório da Administração. O objetivo foi esclarecer aos recém-chegados o funcionamento de uma Central como a de Campinas, que abriga dois mercados: hortifrutigranjeiros e flores e plantas ornamentais e um varejão. Segundo o funcionário Marco Antonio da Silva, os cinco estagiários, fruto de uma parceria com o Centro de Educação Profissional de Campinas (Ceprocamp), irão auxiliar na manutenção do plano de gestão de resíduos. “O foco do projeto é reduzir, reaproveitar e reciclar os resíduos produ-

zidos pela Ceasa, devido á preocupação com a sustentabilidade e com o meio ambiente,” esclarece. Marco ainda acrescenta que sustentabilidade é cuidar da saúde, da família e do meio ambiente. “A Ceasa está fazendo sua parte”, disse. O palestrante Francisco Homero Marcondes enfatizou a importância de conhecer o funcionamento da empresa. “É um passo importante aos recém-ingressados. Assim irão entender todo a importância e o funcionamento da Ceasa”, comentou. A Ceasa Campinas tem um trabalho de gestão de Resíduos para reaproveitar as mais de 800 toneladas de lixo geradas pelas atividades da Central.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)


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SITE Experiência no segmento destaca Taciba no mercado

Começou a Expoflora 2014 em Holambra

Magalusi mira a fidelidade dos clientes no entreposto

Frutícola Trindade oferece produtos da Amazônia

XIII Simpósio Saiba Mais Sobre Alimentos

ll Há cerca de 30 anos Roberto Aparecido, mais conhecido como Alemão, atua no segmento de produtos frescos, especificamente com cebola, batata e alho. O começo foi na Cooperativa Cotia, passando por algumas empresas até construir o próprio negócio, a atacadista Taciba. Técnico agropecuário, Alemão deu continuidade naquilo que já tinha experiência. http://goo.gl/QkU0Ye

llA Expoflora é a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, realizada anualmente em Holambra, São Paulo, para dar as boas-vindas à primavera. Segundo os organizadores, a tendência da floricultura nacional em 2014 é marcada pelas miniplantas que chegam como novas variedades. http://goo.gl/mdNmnK

llCriada a partir da atacadista Dois Cunhados há mais de 11 anos, a empresa Magalusi comercializa diferentes gêneros alimentícios no entreposto paulistano. Só de batata, diariamente, são vendidos mais de dez caminhões com 20 mil quilos cada. Além de batata, a Magaluci trabalha com alho, cebola, amendoim, ovos e derivados. http://goo.gl/b0yBrK

llNo início da Ceagesp, Makoto fre-

llEstão abertas até 1/10 as inscrições para o XIII Simpósio Saiba Mais Sobre Alimentos. O evento é uma realização do Departamento de Agroindústria e Nutrição (LAN), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), e acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de outubro, no Prédio 2 do LAN. http://goo.gl/r87Jwn

quentava o mercado para comprar frutas e revender pelas ruas da cidade como vendedor ambulante. Foi assim por dez anos, de 1973 até 1983, quando ele começou a atuar como vendedor numa extinta atacadista. Em 2005, depois de décadas de experiência no setor fundou a Frutícola Trindade, especialista em frutas exóticas. http://goo.gl/Q0yJ7P

EM FOCO UNIÃO

Lideranças do ETSP estão unidas na defesa dos seus interesses ASSESSORIA SINCAESP llNo dia 16 de setembro as lideranças da Ceasa de São Paulo, composta pelo Sincaesp, Apesp, Acapesp e Sindicato Rural de São Paulo, reuniram 87 permissionários no Auditório Nelson Loda para comunicar sobre o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU).

llO Sindicato dos Carregadores da Ceagesp estiveram reunidos em agosto para discutir melhorias nas condições de trabalho. O presidente da entidade, José Pinheiro, enfatizou a necessidade de discutir com as demais autoridades o fim do trânsito de empilhadeiras nas ruas do entreposto. Segundo o sindicato, os pequenos veículos de carga complicam o trabalho dos carregadores e circulam sem respeitar o fluxo interno.

A sentença dada pelo órgão independente, que fiscaliza a união e as instituições públicas, determina a Companhia que: Cancele todos os TPRU do MLP em 90 dias e destine aos pequenos produtores; Recadastre os atípicos e típicos em um ano; Cancelamento imediato dos atípicos após esse período; Substituir os contratos de TPRU dos típicos por período máximo de dez anos; As licitações serão por leilão eletrônico de maior lance pelo aluguel; Cancele os contratos a partir do 5º ano em grupos divi-

didos de 20% ao ano; Transferências somente serão aceitas dentro da lei; Reajuste no aluguel de até 21%; Reconheça que o permissionário deve participar da gestão do condomínio. Todos os pontos, tirando o último, coloca em risco o comércio do entreposto. As entidades estão organizando os atacadistas e informando-os das consequências da decisão do TCU. Diversos pavilhões já foram convocados para se inteirar do assunto. As lideranças estão promovendo um diálogo com a Ceagesp para embargar pontos comuns do acórdão, como o MLP. Ao mesmo tempo estamos em vias de contratar um escritório de advocacia renomado para a defesa de nossos interesses. Somente unidos podemos vencer essa enorme ameaça.


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LEITURA Entreposto do Livro indica títulos sobre negócios

Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios (José Carlos Assis Dornelas) llEscrita por um especialista bra-

sileiro, esta já consagrada obra é tanto um livro-texto para os cursos de empreendedorismo quanto um guia para os empreendedores interessados em criar um novo negócio. Nela, o processo empreendedor é analisado em função das peculiaridades do fenômeno do empreendedorismo no Brasil.

Marketing – Conceitos, Exercícios e Casos (Alexandre L. Las Casas)

O Executivo e sua Tribo (John King, Halee Fischerwright, Dave Logan)

llTexto dirigido a estudantes e profissionais interessados no conhecimento ou aperfeiçoamento dos aspectos básicos de marketing. Apresentado de forma simples, os principais aspectos mercadológicos são abordados, incluindo da realidade brasileira. O autor proporciona um roteiro para a montagem de um departamento de marketing.

llO executivo e sua tribo desafia o

O Monge e o Executivo: Uma História Sobre a Essência da Liderança (James C. Hunter)

Trabalhar por Conta Própria (José Augusto Minarelli)

conhecimento convencional sobre liderança. O livro prova que muitos conceitos e comportamentos estão, na prática, ultrapassados. E vai além: mostra como eles travam o crescimento de muitas empresas. O livro pode explicar por que grandes empresários frequentemente fracassam em um novo ambiente de trabalho.

llLeonard Hoffman, um famoso

empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes e a essência de liderar.

llMinarelli apresenta o processo de tomada de decisão, analisando todas as variáveis envolvidas neste momento crítico, inclusive as providências necessárias para o ingresso e posicionamento no mercado. São dicas preciosas que ajudam o leitor a verificar se o seu perfil é adequado para trabalhar por conta própria, bem organizar um negócio viável no mercado.

llwww.portalapas.org.br A Associação Paulista de Supermercados (APAS) é uma entidade de classe que reúne empresários supermercadistas do Estado de São Paulo com o objetivo de integrar toda a cadeia do abastecimento. No site você encontra notícias e acompanha o calendário do setor varejista, além conhecer as novidades apresentadas pelos associados.

llwww.mdic.gov.br O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Web (ALICEWeb) foi desenvolvido para divulgar, de forma simples e rápida, o acesso aos dados estatísticos das exportações e importações brasileiras. Inclui dados sobre frutas, verduras e legumes. O acesso ao ALICEWeb é gratuito.

llwww.associtrus.com.br No portal da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), você fica por dentro de notícias, cursos e vagas de emprego dentro da cadeia de produção citrícola. Acesse o site e saiba sobre eventos, saúde e artigos técnicos. Acompanhe também o mercado internacional e conheça mais sobre o setor.

llwww.cepea.esalq.usp.br Através de pesquisas diárias sobre as principais cadeias de matérias-primas agropecuárias e seus derivados, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) elabora indicadores de preços de produtos, insumos e de serviços (como frete) que buscam refletir com precisão o movimento do mercado físico.

WEB llwww.ibraflor.com No site do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) você encontra informações importantes sobre o setor de floricultura, números e estatísticas do mercado e maiores informações sobre as ações do instituto. Além disso, a página fornece os critérios de classificação de cada variedade de planta ou flor ornamental.


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ESTAMOS CONECTANDO PESSOAS, EMPRESAS E

MERCADOS.

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É COM MUITO ORGULHO QUE O GRUPO DE MÍDIA ENTREPOSTO ESTÁ LANÇANDO A EDIÇÃO 2014/15 DO SEU GUIA DE NEGÓCIOS DE EMPRESAS ATACADISTAS DAS CEASAS DE SÃO PAULO. NOSSO DESEJO É QUE ESTA FERRAMENTA TRAGA NOVAS OPORTUNIDADES PARA TODOS PERMISSIONÁRIOS, CONTRIBUINDO PARA REDUÇÃO DE TEMPO E DISTÂNCIA ENTRE COMPRADORES E VENDEDORES DE FLV. JUNTOS, ESTAMOS CONTRIBUINDO PARA O SUCESSO DESTE MERCADO.

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