Jornal Entreposto | Setembro de 2013

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 160 | setembro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Parceria com a Ceagesp

Chef Ivair 32ª Expoflora comanda festival de Chuva de peixes e frutos do pétalas de rosas é a principal mar na Ceagesp atração

O Jornal Entreposto – que há 14 anos publica as principais notícias do mercado de hortifrutigranjeiros, flores e pescados – firmou parceria com o jornal da Ceagesp. A partir de outubro, o novo periódico da companhia passará a circular junto com o JE, levando mais informação à imensa cadeia de negócios formada por produtores, atacadistas e varejistas. Parabéns à Ceagesp pela iniciativa.

Pratos são servidos de quarta a domingo no ETSP. PÁGINA 10

PÁGINA 13

Produção de milho cresce 12% em SP Levantamento da Secretaria da Agricultura comparou dados dos últimos 11 anos PAULO FERNANDO

Apesar da redução de 31% da área de plantio, a produção de milho cresceu no estado de São Paulo. Na Ceagesp, o milho verde é o terceiro produto mais vendido no setor de verduras. PÁGINAS 4 a 7

Artigo |

PÁGINA 12

Comércio exterior da floricultura brasileira no primeiro semestre

Defesa |

PÁGINA 16

Ação busca evitar a entrada de novas pragas agrícolas

CQH |

PÁGINA 17

Pesquisa aponta teor de vitamina K nas hortaliças

Levantamento aponta que o mercado não aproveita os benefícios da paletização Índice Ceagesp - agosto 2013

Geral Alta

3,39 %

Frutas Alta

4,51 %

Negócio | PÁGINA 26

Identificação | PÁGINA 18

Rotulagem |

Workshop promovido pela GS1 Brasil discute rastreabilidade de FLV

Entreposto intensifica o Mercedes-Benz controle na portaria e notifica inaugura loja de motoristas e destinatários caminhões seminovos

Legumes Alta

5,59%

Verduras Baixa -2,25%

PÁGINA 8

Diversos Baixa --1,37%

Qualidade |

PÁGINA 20

Pescado Alta

1,37 %

SelecTrucks comercializa todas as marcas e modelos e garante procedência


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Homenagem

agricultor brasileiro

O DONO do celeiro

O cenário atual aponta que o Brasil será o maior país agrícola do mundo em dez anos. O agronegócio brasileiro é uma atividade próspera, segura e rentável. Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é hoje a principal locomotiva da economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país. E para uma demanda maior a cada dia, surge um agricultor cada vez melhor para enfrentar os desafios biológicos, climáticos, ambientais e econômicos.

O Brasil é o celeiro do mundo. Aqui, em se plantando, tudo dá. Essas máximas são velhas conhecidas mas, num mundo que precisa cada vez mais de alimento para manter uma população crescente, elas podem ser revitalizadas. O Brasil, como um dos maiores países em extensão de terra do globo, deverá ocupar lugar de destaque nessa realidade. As previsões internacionais sobre o crescimento populacional apontam que seremos entre 9 e 11 bilhões de pessoas no planeta até 2050. No entanto, para acompanhar tal aumento, o mundo deverá produzir 60% mais alimentos do que produz hoje, segundo especialistas. O crescimento da demanda por alimento não será apenas quantitativo, mas qualitativo.

Para alcançarmos resultados satisfatórios para os brasileiros e para população mundial de um modo geral, o agricultor é nossa principal esperança. Para ser agricultor é preciso gostar, ter a vocação, que para muitos vem desde a infância. É preciso ter amor pelo campo e respeito ao meio ambiente para produzir o que há de mais sagrado para a humanidade. Apaixonados pela prazerosa atividade, os agricultores enfrentam os diferentes cenários de mercado e clima, enfrentam a cada ano um novo desafio. É por nossa admiração e reconhecimento que homenageamos a todos os agricultores do País.

no dia da agricultura, PARABÉNS a você, AGRICULTOR! 21 DE SETEMBRO - DIA DA AGRICULTURA

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

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Um jornal a serviço do agronegócio


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Qualidade

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ROTULAGEM

A identidade do milho verde Tiago de Oliveira Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Parece pouco provável nos dias de hoje, que alguém entre num supermercado e procure por refrigerante de cola, palha de aço, amido de milho, iogurte de morango, hastes flexíveis, ou curativo adesivo. Esses produtos são conhecidos pela sua marca, que passaram a ser referência de mercado, mesmo que você leve outra marca, sua denominação do produto será a marca, pela qual o produto ficou conhecido. É comum ouvir em mercados a frase antagônica: “ Vou comprar um Bombril® da Assolan® “ Porque a marca Bombril passou a ser ‘sinônimo’ de palha de aço. A construção de uma marca forte separa os vitoriosos dos derrotados na guerra comercial entre as empresas. A marca cria uma relação forte, estável

e de longa duração entre a empresa e o seu cliente. O consumidor é leal aos produtos da marca da empresa, que atende às suas expectativas. No mundo das frutas e hortaliças frescas existem ainda poucas marcas conhecidas - o melão ‘redinha’ é um bom exemplo de sucesso. O Programa de Rotulagem levou alguns produtores, mesmo com grande dificuldade adotarem a rotulagem. O milho verde é um ótimo exemplo, com sua perecibilidade e logística extremamente complexa. O milho verde é colhido de madrugada e ensacado no próprio local de produção. Ele tem que chegar muito fresco e o mais cedo possível à Ceagesp. Muitos produtores e embaladores de milho verde ainda resistem e não adotam a rotulagem. Alguns agricultores e atacadistas viram no rótulo o primeiro passo para a construção

de sua marca, de diferenciação do seu produto e de criação de um vínculo de confiança com o seu cliente. Vai chegar a hora em que os clientes passarão a pedir a marca no lugar de Milho Verde. A construção de uma marca exige:

• 1. A definição dos atributos do produto que a marca garante para os seus consumidores – as expectativas que os consumidores podem ter a respeito do produto

• 2. O cumprimento do prometido

• 3. Garantia e estabilidade de oferta • 4. Garantia e estabilidade de qualidade • 5. A eterna vigilância

A tarefa de construção de uma marca não é fácil. Entretanto, quem tem produtos diferenciados, não pode simplesmente embalar seus produtos como os demais concorrentes. Todo o seu esforço será perdido, pela dificuldade de diferenciação pelo cliente. A rotulagem é o primeiro passo para a diferenciação. Ele permite o reconhecimento do produto

nos pontos de venda pelo consumidor. O consumidor passa a demandar o produto daquele fornecedor. A rotulagem é obrigatória e é o primeiro passo para a rastreabilidade, tão exigida pelos órgãos de vigilância sanitária que estão responsabilizando os varejistas pela segurança alimentar dos produtos que eles não conseguem identificar a origem.


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Qualidade

setembro de 2013

COMERCIALIZAÇÃO

DADOS

O milho verde na Ceagesp

Área de plantio cai 31% em SP

A comparação dos volumes e dos preços de milho verde comercializados na Ceagesp ao longo dos últimos anos é possível utilizando dos dados do Sistema de Informação da Ceagesp – Entrada e Cotação de Preços. É interessante notar que o volume só cresceu 1% quando

Anita de Souza Dias Gutierrez e Cláudio InforzatoFanale Idalina Lopes Rocha Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

comparamos 2012 e 2002 – de 47.356 para 48.017 toneladas. O gráfico mostra a variação % de volume e preço em relação ao comportamento médio mensal. Historicamente os meses do meio do ano são de oferta e preços altos. Os meses do início do ano

Aqui estão mais algumas informações sobre a comercialização de milho verde na Ceagesp em 2012:

Variação % média do preço e volume em relação ao comportamento médio do ano - de 2002 a 2012

30

Volume

20

Preço

10

0 1

2

3

4

5

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são os de preço mais baixo. A oferta cai a partir de agosto, chegando a a ser 20% menor que a média mensal em setembro, quando o preço chega a ser 20% maior que o preço médio anual. A instabilidade de preço é mais alta em agosto, comparada aos outros meses.

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• 85 diferentes municípios enviaram milho verde para a Ceagesp (48.017 toneladas) – 11 respondem por 80% do volume, 4 por 56% • Capela do Alto, São Miguel Arcanjo,Casa branca, Pilar do Sul, Itapetininga, Capão Bonito, Araçoiaba da Serra, Sarapuí, Buri, Guaíra e Alambari

-10

-20

• 4 diferentes estados enviaram milho verde para a Ceagesp – mais de 99,9% do Estado de São Paulo, seguido pro Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.

-30

• O milho verde foi enviado para 105 atacadistas, sendo 4 atacadistas responsáveis por 50% do volume, 8 por 80% e os 3 primeiros por 43%.

O gráfico a seguir mostra o comportamento de volume e preço de 2012, que diferente dos outros anos apresentou queda de preço em julho e um pico mais acentuado de preço em outubro, diferente do comportamento histórico. Volume e preço mensais de melho verde em 2012 na CEAGESP

6.500

1 0,95

6.000 0,9 5.500

0,85

Toneladas

5.000

0,8

R$/kg

0,75 4.500

0,7 0,65

4.000

0,6 3.500 0,55 0,5

3.000 1

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4

5

6

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• A entrada de milho verde é registrada 6 dias por semana. A segunda-feira é o dia de maior entrada com 25% do volume, seguida pelos outros dias da semana com participação entre 16 a 17% por dia e pelo sábado com 9%. • Entraram 7.614 cargas de milho verde em 2012.

• Os dez maiores atacadistas recebem milho verde de 27 a 10 municípios diferentes, cada um.

• A Ceagesp registra e os preços e a entrada de 52 produtos no Setor de Verduras.

• O repolho, a alface e o milho verde são os produtos de maior volume com respectivamente 22%, 22% e 21% do volume total de verduras.

Apesar da queda, produção cresceu 12% nos últimos 11 anos O Instituto de Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo levanta a área e a produção de milho da época, milho safrinha e milho irrigado. Não existe levantamento separado para milho verde. Alguns anos atrás o único milho irrigado era para a produção de milho verde. O primeiro de levantamento de milho irrigado foi 2001. A área de plantio de milho no Estado de São Paulo caiu 31% entre 2001 e 2012 – de 1.132 para 860 mil hectares. A produção cresceu 12% - de 4.258 para 4755 mil toneladas. A proporção entre os milhos da época, safrinha e irrigado, mudou muito. Em 2001, 79% da produção de milho era da época, 20% safrinha e 1% irrigado. Em 2012 a proporção passou para 61, 28 e 11%. A produção de milho irrigado cresceu 641% e a área 80%, entre 2001 e 2012. Hoje a área de milho irrigado é de 41.829 hectares e a produção 434.635 toneladas, uma produtividade média de 10 toneladas por hectare. O número de municípios com milho irrigado cresceu de 15 em 2001 para 85 em 2012. Só 10 municípios que produziam milho irrigado em 2001 permaneceram produzindo em 2012. O maior produtor em 2012 (deste grupo de municípios) e o que mais cresceu foi Casa Branca, seguido por Guaira, Paranapanema, Itaí, Piraju, Manduri, Cardoso, Arealva, Colombia e Ipiguá. Itaberá foi o maior município produtor em 2012 com 120 mil toneladas, seguido por Casa Branca com 37.800 toneladas.


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JORNAL ENTREPOSTO

Qualidade

O cereal milho

setembro de 2013

Uma grande parte da alimentação humana e de animais vem dos cereais. Os cereais são gramíneas, selecionadas ao longo de milhares de anos, para a produção de carboidratos. E outros nutrientes. Arroz, trigo, cevada, centeio, sorgo, aveia, triticale e milho são os cereais mais cultivados. O milho é o único cereal importante originário do Novo Mundo, das Américas. O milho era a base de alimentação das civilizações mais avançadas do Novo Mundo – Maia, Asteca e Inca. O milho sozinho não consegue se reproduzir. A planta de milho é totalmente domesticada. Ela foi selecionada a partir do teosinte. O México é considerado como o centro de origem do milho e preserva a diversidade genética dos seus diferentes formatos, cores, características morfológicas e nutricionais. No nossa vida diária consumimos muitos produtos feitos de milho como os cereais matinais, o óleo, a farinha de milho, amido de milho, fubá, o biju, e muitos produtos animais a base de milho como carne de frango, porco, peixe (aquicul-

tura), boi. Aqui estão algumas ilustrações dos tipos de milho e da evolução do milho a partir do Teosinte. O milho verde é uma hortaliça. O seu tempo de produção é curto - 90 dias no verão e de 100 dias no inverno e a sua perecibilidade muito alta. O local de produção deve estar situado o mais próximo possível dos centros consumidores. Os cultivares de milho destinados ao consumo em estado verde devem ter: grãos dentados amarelos, espigas grandes e cilíndricas, bem empalhadas, sabugo branco, boa granação e pericarpo fino com longo período de colheita e ainda apresentar também boa resistência às pragas que atacam as espigas. O milho verde faz parte da culinária brasileira: milho verde cozido e assado, curau, pamonha, suco, bolo de fubá, etc.. As variedades mais comuns de milho têm em torno de 3% de açúcar e entre 60% e 70% de amido. O milho doce é um tipo especial de milho. O seu grão possui elevado teor de açúcar na época da colheita como milho verde. O milho doce tem, além

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do sabor adocicado, película de grão mais fina, sendo por isso mais macio e de melhor qualidade para consumo “in natura” ou enlatado na forma de conserva. O caráter doce no milho deve-se a uma mutação que, quando presente, resulta no bloqueio da conversão de açúcares em amido no endosperma. É improvável que o milho doce tenha ocorrido na natureza como uma raça selvagem, similarmente aos outros tipos de milho. Ele pode ser considerado como produto de mutação seguida de domesticação, pois uma nova fonte de açúcar provavelmente não seria ignorada pelas tribos indígenas de várias regiões da América do Sul, que passaram a utilizar o milho doce como fonte de açúcar. A característica “maior teor de açúcar” inviabiliza o processamento de alguns pratos, como o curau e a pamonha, por exemplo, por causa do teor de amido. O milho doce tem de 9% a 14% de açúcar e de 30% a 35% de amido e o superdoce tem em torno de 25% de açúcar e de 15% a 25% de amido (EMBRAPA).

PRINCIPAIS VARIEDADES DE MILHO VERDE COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Principais variedades de milho verde comecializadas na Ceagesp Morfologia PRINCIPAIS VARIEDADES Ilustrações: Bertoldo Borges Filho Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

DE MILHO VERDE COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Estigma Borges Filho Bertoldo Borges Filho Ilustrações: Bertoldo Ilustrações:

Morfologia Sabugo Estigma Bráctea (palha) Sabugo Bráctea (palha) Grão Pedúnculo

Pedúnculo

Pericarpo Grão Endosperma

Milho verde

Milho verde doce

Milho verde

Milho verde doce

Gérmen Pericarpo Endosperma Gérmen

Variedades Milho verde Milho verde doce

Coloração da bráctea (palha) Verde-clara Verde-clara

Coloração do grão Amarelo-clara Amarelo-alaranjada

Sabor Adocicado Doce

Variedades

Coloração da bráctea (palha)

Coloração do grão

Sabor


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VARIEDADE

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Mercado QUALIDADE

Milhos do João: excelência no manuseio, qualidade distinta

Atacadista investe em galpão para embalamento

FPV garante reposição diária do estoque de milho verde A atacadista FPV, sediada há mais de 25 anos na Ceagesp, conhece bem as oscilações do mercado de hortifrutícolas e, por isso, está sempre a procura de alternativas para lidar com os tempos de crise. O milho verde, por exemplo, cuja safra atual do interior de São Paulo não tem rendido boas espigas, está vindo de Goiás. A variedade de fornecedores e a boa relação que mantém com

todos eles, garante a reposição diária do estoque da FPV. Frequentemente, os compradores da empresa visitam as plantações e acompanham de perto o desenvolvimento dos produtos. Para a atacadista, o comércio de alimentos vai além das operações de compra e venda. É preciso, antes de tudo, atenção ao consumidor, conhecimento das culturas e compromisso com a qualidade.

João Ueti Uehara já foi produtor e feirante. Até se especializar no comércio de milho verde, o permissionário vendeu cenoura, brócolis, couve-flor e produtos de maçaria. “Aos poucos, fomos nos aperfeiçoando e decidimos apostar apenas no milho”, explica João. O negócio deu tão certo que a Milhos do João é reconhecida no mercado pela excelência dos seus produtos e boas práticas de manuseio. Há cinco anos, o atacadista investiu na construção de um galpão em Capela do Alto, interior de São Paulo, para seleção e embalamento de espigas. “Conforme os clientes se modernizam, vamos nos adaptando para acompanhar as mudanças”, esclarece.

Os milhos expostos na pedra de João são embalados em bandejas identificadas com os dados da empresa e dos produtos. Armazenadas delicadamente em caixas de papelão (também identificadas), as espigas são previamente selecionadas

e possuem qualidade superior. O milho verde “miúdo”, dispensado pelos compradores varejistas, também é embalado e vendido em pequenas porções. “O objetivo é evitar desperdício de alimentos. As donas de casa adoram”, conclui.


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Qualidade

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CQH

Plataforma logística Levantamento aponta que o entreposto não aproveita os benefícios da paletização

Engenheiro-agrônomo Marcolino Brígido da Silva Neto Apoio: Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A infraestrutura logística ineficiente e insuficiente é considerada a maior limitação da agricultura brasileira. Ela penaliza os produtores - maior gasto e menor lucro e os consumidores, preço mais alto por produto de pior qualidade. As frutas e hortaliças são mais afetadas que os outros alimentos pela ineficiência logística por sua perecibilidade, pouca utilização da refrigeração, dificuldade de conservação. O transporte de frutas e hortaliças pode ocorrer de três maneiras distintas: a granel, embalado sem unitização de carga e embalado e unitizado (refrigerado ou não). Na movimentação a granel o produto é empilhado um sobre o outro, protegido por palha como a Melancia e o Abacaxi, ou enrolado em papel como o Mamão Formosa. No transporte em embalagem, os produtos são acondicionados em caixas ou sacos, de tamanhos padronizados, que permitem a identificação do produtor e a paletização ou unitização de carga. A paletização é o agrupamento de embalagens, sobre

uma base com dimensões definidas (1,00 a 1,20 m de acordo com o Palete Padrão Brasil- PBR), criando uma unidade padrão que otimiza as operações de movimentação, carga e descarga, possibilita a sua automação e redução de custos. Nas Ceasas dos países desenvolvidos 100% da carga chega paletizada, é descarregada e armazenada paletizada. Algumas Ceasas européias têm uma doca especial para a descarga de caminhões grandes, que pode ser uma boa idéia para a Ceagesp paulistana. Nas Ceasas brasileiras a utilização da paletização está apenas começando. A maioria dos produtores não utiliza a paletização e a tem como uma operação que eleva os custos do transporte. O baixo volume entregue a cada comprador em cada dia, a falta de locais de classificação e de consolidação de carga na região produtora, o custo da mecanização, são grandes desafios na adoção da paletização pelo produtor, pequeno e médio. Ao mesmo tempo, as grandes redes de supermercado estimulam os seus fornecedores a trabalhar com a paletização, por suas facilidades e rapidez de movimentação do produto e proteção. A paletização diminui o manuseio e os atritos du-

rante a movimentação – menor ocorrência de danos mecânicos, menor perda de água e menor manuseio, prolongando a sua boa aparência, o tempo de prateleira e o seu valor econômico. Um levantamento foi feito para compreender a extensão da adoção da paletização no MFE-B do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) – participação da paletização na entrada e na saída, os produtos e origens paletizados, os procedimentos adotados de carga e descarga paletizados. Foram entrevistados 24 atacadistas, selecionados pela sua importância na movimentação de produtos paletizados e pela sua grande participação na comercialização de frutas na Ceagesp. Aqui estão alguns dos resultados:

• Os atacadistas entrevistados são responsáveis por 18% do volume total das frutas comercializadas na CEAGESP – 1.791.678 toneladas em 2012 e 12% do volume total das frutas comercializada no MFE-B – 412.368 toneladas em 2012. A participação da paletização nestes atacadistas foi utilizada como parâmetro para os outros atacadistas do MFE-B, para os mesmos grupos de produtos.

• A quase totalidade (94%) das frutas importadas chega paletizada aos atacadistas entrevistados. Os principais fornecedores são Argentina, Chile, Espanha, EUA, Itália e Portugal. A Ceagesp recebeu em 2012, destes países, 127.913 toneladas e o MFE-B 13.389 toneladas. Os atacadistas entrevistados do MFE-B receberam em 2012, 12.585 toneladas de frutas importadas e paletizadas.

• A adesão dos produtores da região Nordeste à paletização vem crescendo. A produção é distante dos maiores centros consumidores, as estradas irregulares e a paletização melhora a conservação das frutas. A participação da paletização na origem, das frutas nordestinas, segundo os atacadistas entrevistados é de 62%, se considerarmos os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

• A região Sul é a que mais adota a paletização – 96% das frutas, segundo os atacadistas entrevistados. O alto nível de organização dos seus agricultores, em associações e cooperativas, permitiu a implantação da infraestrutura e dos equipamentos necessários para a classificação e comercialização em conjunto.

• O estado de São Paulo está atrasado na adoção da paletização, quando comparado aos estados nordestinos e sulistas – apenas 24%, segundo os atacadistas entrevistados.

• A utilização de mão de obra para as operações de movimentação ocorre de duas formas: carregadores do SINDICAR e funcionários da própria empresa. De acordo com o levantamento realizado, em torno de 62 % da força de trabalho de descarga é fornecida pelo sindicato e 38 % é de funcionários da empresa.

• A dificuldade mais citada para a descarga paletizada é a irregularidade do piso, seguida pela organização deficiente do trânsito nos horários de carga e descarga - que acarreta em perda de tempo e dinheiro para os atacadistas e seus clientes. A solução, segundo os entrevistados, seria a recapagem do asfalto e com a delimitação de espaços para as operações de movimentação. • A venda pode ocorrer com o recolhimento dos produtos na Ceagesp pelo comprador ou com a entrega no estabelecimento do próprio, pelo atacadista. A primeira modalidade de comercialização corresponde a


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Qualidade

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ARTIGO

O abastecimento de alimentos Consumo per capita cresce com o desenvolvimento da população Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

71% das vendas realizadas pelos entrevistados, sendo 16% paletizadas. A entrega no estabelecimento do cliente pelo atacadista corresponde a 29% das vendas, sendo 78% paletizadas. • Hoje os benefícios da paletização na Ceagesp não são aproveitados em todo o seu potencial. O caminhão pode não conseguir descarregar e ou não consegue sair depois da descarga. São caminhões grandes, de difícil movimentação em nosso espaço. Seria uma grande vantagem uma descarga rápida e a liberação de espaço para os veículos dos compradores. • O volume paletizado só no MFE-B, aproximadamente 193.577 toneladas em 2012, viabiliza facilmente uma doca de descarga especializada em veículos grandes e paletizados, complementada por um corredor de empilhadeiras, como já é feito em outras ceasas do mundo.

• A transformação da Ceasa em um centro logístico eficiente exige a adoção da paletização. A movimentação será mais rápida, a qualidade dos produtos melhor, um maior número de fornecedores e compradores terão acesso ao nosso mercado.

O desenvolvimento da agricultura é responsável pela evolução da humanidade. No princípio todas as pessoas estavam ocupadas na extração de alimentos da natureza para a sobrevivência: a caça e a coleta de alimentos vegetais. Os primeiros indícios de início da agricultura e domesticação de animais foram encontrados pelos arqueólogos 7.000 anos antes de Cristo. A produção de alimentos permitiu a especialização - que algumas pessoas se dedicassem a outras atividades. Surgiram as cidades, o comércio, a indústria, a globalização. O comércio de especiarias, exemplo de globalização, foi uma das causas do descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Em 1798, Thomas Malthus, em seu livro “Essay on Population” assombrou o mundo com a sua afirmação: “A população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética. A solução para evitar epidemias, guerras e outras catástrofes provocadas pelo excesso de população, é a restrição dos programas assistenciais públicos de caráter caritativo e na abstinência sexual dos membros das camadas menos favorecidas da sociedade.” E o mundo cresceu e a agricultura provou que Malthus estava errado. Até o século XIX o crescimento da população mundial foi lento. Depois houve uma explosão demográfica: 1.850 - um bilhão, em 1.999 – 6 bilhões, em 2.006 – 6,8 bilhões de habitantes e previsão de 9 bilhões em 2050. No Brasil a população quase triplicou nos últimos 50 anos: 70 milhões em 1.960, 170 milhões em 2000 e hoje temos 195 milhões de habitantes. A agricultura continua abastecendo a população mundial. Podemos falar de má distribuição em volume e em qualidade,

mas não de escassez de alimentos no mundo. O abastecimento de alimentos de uma população crescente tem sido um grande desafio para a agricultura. A população mundial foi de um bilhão em 1850 para seis bilhões em 2006 e vai chegar a nove bilhões em 2050. A população brasileira quase triplicou nos últimos 50 anos, de 70 milhões em 1960 para 195 milhões em 2011. O consumo de alimentos per capita está crescendo com o desenvolvimento. A tendência na Índia é muito similar. A expectativa é de um grande aumento de consumo de calorias e de carne per capita nos países emergentes como a China e a Índia: de 2.900 calorias em 2000 para 3.300 calorias em 2040 e de 15 kg para 46 kg de carne per capita na China. A Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE – POF de 2008 mostra que a classe de renda mais alta consome cinco vezes mais frutas e três vezes mais hortaliças que a classe de menor renda. A produtividade agrícola aumenta a cada ano. Segundo a FAO – Food and Agricultural Organization, setor que cuida da agricultura ONU – Organização das Nações Unidas, hoje são necessários 0,30 hectares de agricultura para alimentar uma

pessoa, vinte e cinco anos atrás eram necessários 0,50 hectares e daqui a trinta anos serão necessários apenas 0,15 hectares. Será que a agricultura conseguiu vencer definitivamente os maus presságios de Malthus? Os desafios são grandes. Entre eles estão: a produção no mesmo local (exportação de nutrientes e crescimento do ataque de pragas e doenças), a urbanização crescente, o aumento da população, a poluição urbana, as exigências que crescem todos os dias: saúde, meio ambiente, segurança alimentar, segurança e dignidade no trabalho agrícola, subsídios agrícolas dos países concorrentes, produtividade, eficiência. No Brasil a produtividade aumentou, a desnutrição diminuiu e a obesidade virou um problema nacional. Nos últimos 35 anos o Brasil se transformou de importador em um dos maiores exportadores de alimentos. As previsões da FAO são de crescimento de 20% na demanda mundial por alimentos e do Brasil como responsável por 40% da sua oferta. A área total do Brasil é

de 851 milhões hectares. 254 milhões de hectares (29%) são utilizados na produção agropecuária, sendo 77 milhões para agricultura (9%) e 177 milhões (20%) para pecuária, segundo a EMBRAPA. O Produto Interno Bruto do Agronegócio corresponde a ¼ do PIB nacional e o segmento é responsável por 37% da mão de obra empregada.

Estudos da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mostram que a produtividade mais que dobrou (2,5 vezes) entre 1976 e 2010. A área de grãos e oleaginosas cresceu 27% e a produção 213%. A produtividade das hortaliças, com grande participação da agricultura familiar, dobrou, entre 1980 e 2005, segundo o CNPH – Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças da Embrapa. A tecnologia agronômica utilizada com respeito, obedecendo a boas práticas agrícolas, garante a preservação da natureza e o abastecimento da população com alimentos seguros.


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Flores

JORNAL ENTREPOSTO setembro de 2013

Chuva de rosas é atração na 32ª Expoflora

Danielle Forte A antiga colônia holandesa localizada a 140 km da Capital paulista, Holambra, recebe, entre os dias 30 de agosto e 29 de setembro, a 32ª edição da exposição de flores e plantas ornamentais, Expoflora. A expectativa do evento, que apresenta as tendências de espécies, variedades e decorações para o ano seguinte, é atrair cerca de300 mil visitantes. Inspirada no espetáculo de encerramento do parque Magic Kingdom, na Disney, uma das atrações mais esperadas para a feira é Chuva de Pétalas (16h30), que acontece logo após a Parada das Flores (16h). Os produtores de rosa na cidade doam cerca de quatro toneladas das plantas para realização dos espetáculos durante os 15 dias de evento. O objetivo da feira é servir como vitrine para avaliar a aceitação do consumidor com relação as novas variedades. A Calla Preta e a Green Mystique - orquídea branca colorida por uma tinta especial na cor verde - ganham mais força após serem introduzidas ao público na 22ª Enflor, que aconteceu em maio desse ano. Entre as novidades estão a

Rosa Blueberry, de cor lavanda escuro, desenvolvida em laboratório após sete anos de pesquisas em todo o mundo; a Celosia Twisted, de origem holandesa, possui textura aveludada e se destaca pelo vermelho de suas flores; o Lírio Dobrado, sem pólen, com 18 pétalas, nas cores rosa e branca e perfume mais suave; Orquídea Phalaenopsis Exótica, com formas diferentes vem nas cores laranja, lilás e lilás com roxo; além da Orquídeas Oncidium, lançada em três versões, Flying High (amarela e marrom), Nickname Carl (tigrada em marrom e verde) e Pacific Sunrise Hakalão (rosa e amarela). Seguindo a tendência da orquídea verde Green Mystique para a Copa do Mundo, por trazerem as cores verde e amarelo, Alstroemerias Hybrida, Lírio Tiny Bee (pequena abelha) e Sunptiens prometem colorir o país. O evento conta também com exposição de arranjo florais e traz como tema “Flores, contos e lendas” e mostra de paisagismo e jardinagem, com 25 ambientes criados por diversos profissionais que tiveram o desafio de integrar design, conforto e praticidade ao uso racional/ reuso da água.

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1º FESTIVAL DE ORQUÍDEAS DA PRIMAVERA

Evento

reunirá mais de mil espécies diferentes

O 1º Festival de Orquídeas da Primavera é promovido pela “Orquídeas e Cia”, e ocorrerá no Km 57 da Rodovia Castello Branco, no complexo rodoviário A Quinta do Marquês, entre os dias 18 a 30 de setembro, das 9h às 21h, com entrada franca Setembro também marca o início da época de replante. Pensando nisso, durante o festival ocorrerá a Oficina de Replante, nos sábados dias 21 e 28, às 11h. A participação é gratuita, basta se inscrever pelo telefone (11) 4717-6223 e comparecer no dia reservado. O participante pode levar a sua própria orquídea ou aprender a técnica com as que estarão disponíveis no local. Além das oficinas, durante todo o evento haverá uma equipe preparada para dar orientação, dicas de cultivo e tirar dúvidas sobre as plantas. O festival é voltado para todo o tipo de público, orquidófilos amantes dessas belas plantas, ou pessoas com curiosidade de conhecer este belo mundo. No local haverá venda de orquídeas com preços que partem de R$ 5,00 para mudas e R$ 15,00 para plantas floridas. A Quinta do Marquês foi escolhida para sediar o festival porque tem fácil localização, oferecendo ainda serviços de restaurante, loja de conveniência, mercado, cyber-café, entre outros serviços, que garantem conforto ao visitante. Além disso, também tem o famoso e tradicional bolinho de bacalhau e pastel de Belém. O 1º Festival de Orquídeas da Primavera é um evento que vale a visita para prestigiar a entrada da estação em grande estilo, na companhia das mais belas e charmosas flores. :Serviço:

1º Festival de Orquídeas da Primavera Data: de 18 a 30 de setembro – Todos os dias Horário: das 09 às 21h Local: A Quinta do Marquês – Rodovia Castelo Branco KM 57 Tel: (11) 4717-6223 Entrada: gratuita


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10 ANOS

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Artigo

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Comércio exterior da floricultura brasileira no primeiro semestre de 2013 Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz **

As exportações mundiais de plantas vivas e produtos da floricultura movimentaram, em 2012, US$ 21,125 bilhões (FOB), com a participação de 170 países exportadores, para um total de 210 nações importadoras. O Brasil ocupou a 43ª posição no ranking mundial tanto dos países exportadores, quanto dos importadores. Os seis principais países exportadores, no ano passado, foram: Holanda (49,32%), Colômbia (6,05%), Alemanha (4,75%), Itália (4,16%), Bélgica (4,14%) e Equador (3,43%). Por sua vez, a lista dos principais importadores foi encabeçada pela Alemanha (19,87%), seguida por EUA (9,85%), Holanda (9,33%), Reino Unido (8,04%), França (6,68%) e Rússia (5,23%), entre outros. Como visto, o Brasil não se constitui em um player importante no mercado mundial de flores e plantas ornamentais, haja vista que conduz uma floricultura totalmente focada no mercado interno nacional, para onde direcionou, em 2012, mais de 99% do valor total produzido. Nos primeiros seis meses de 2013, as exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais seguiram a tendência decrescente- iniciada em 2008, com a crise econômica e financeira internacional – e acumularam vendas de US$ 10,96 milhões (FOB), que refletiram queda de 1,3% sobre os resultados alcançados no mesmo período de 2012 (US$ 11,10 milhões). Entre os meses de janeiro a junho de 2013, os principais grupos de produtos setoriais exportados pelo Brasil foram o das mudas de plantas ornamentais (53,58%), seguido pelo dos bulbos, tubérculos, rizomas e similares em repouso vegetativo (34,81%). Tal fato confirma a principal característica estrutural da floricultura empresarial exportadora do País, que é a sua notável concentração na pauta de mercadorias destinadas à propagação vegetativa. Outros grupos de flores e plantas ornamentais focados no consumo final mantiveram tendência de perda de expressão financeira na balança comercial. Assim, as exportações de flores de corte e seus botões frescos, em geral – que incluem lisianthus, gérberas, lírios, antúrios e flores tropicais, entre outras espécies – representaram apenas 0,62% das vendas brasileiras no mercado internacional,

enquanto que as de rosas e seus botões, orquídeas cortadas frescas e cravos sequer tiveram registros de exportação no semestre. A única exceção observada foi para o grupo das folhagens, folhas e ramos secos que somaram US$ 735,11 mil (FOB) em exportações, no período, representando 6,71% do total dos produtos da floricultura brasileira vendidos no mercado internacional. Para essa categoria, o crescimento acumulado foi de 47,41%, em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 498,67 mil). O grupo das mudas de plantas ornamentais – que se reveza periodicamente com o dos bulbos, tubérculos e rizomas na primeira posição do ranking de exportação – foi o que somou melhores resultados econômico-financeiros no período analisado, com vendas externas de US$ 5,87 milhões. No entanto, esse valor representou queda de 3,45 % em relação aos meses de janeiro a junho de 2012 (US$ 6,08 milhões). Os principais países importadores dessas mercadorias foram: Itália (26,53%), EUA (26,0%), Países Baixos (22,80%) Japão (11,11%), Bélgica (8,31%) e Canadá (2,48%), além de outros nove destinos de menor expressividade de compras. Desde 2010, a Itália passou a ocupar a primeira posição no ranking de importadores de mudas de plantas ornamentais – não tradicional nas séries de dados anteriores – o que resultou, principalmente, de uma brutal queda de participação relativa nos mercados holandês e

norte-americano no período, decorrente do acirramento da crise internacional. Note-se que as exportações brasileiras de mudas de plantas ornamentais para a Itália referem-se, essencialmente, aos resultados da atividade da filial brasileira da empresa Agro Industrial Lazzeri (localizada em Vacaria, RS), em relação à sua matriz situada naquele país. Já o grupo de bulbos, tubérculos, rizomas e similares somou resultado exportado de US$ 3,81 milhões, com queda de 5,7% em relação aos resultados obtidos pelo Brasil entre os meses de janeiro e junho de 2013 (US$ 4,04 milhões). O principal país importador foi a Holanda, que respondeu por 90,47% das compras internacionais das mercadorias brasileiras no segmento, acumulando resultado 12,44% inferior ao contabilizado no mesmo período do ano anterior. No período de janeiro a junho de 2013, a balança comercial da floricultura brasileira mostrou saldo negativo de US$ 13,10 milhões, sendo que as importações equivaleram a mais do que o dobro dos valores exportados. As principais mercadorias adquiridas internacionalmente pelo Brasil foram os bulbos, rizomas, tubérculos e similares destinados à propagação vegetativa e, em parte, à reexportação (26,13%). Outros grupos com a mesma finalidade multiplicativa também se destacaram, como as mudas de outras plantas (24,55%) e as mudas de orquídeas (19,09%). Essas

últimas foram importadas pelo Brasil da Holanda (67,96%), Tailândia (26,30%), Japão (4,13%) e EUA (1,62%) e somaram, no período analisado, US$ 4,59 milhões, com crescimento de 18,16% sobre o mesmo período do ano anterior. Porém, neste caso, não são considerados materiais para a propagação vegetal, mas, sim, para a produção comercial final de plantas para consumo, especialmente importantes nos ascendentes mercados de Phalaenopsis, Cymbidium e Vandas, entre outras espécies. Importação de rosas

Em relação ao comportamento observado em outros anos, o fato que mais chamou a atenção nos resultados do período analisado foi a notável expansão das importações de produtos já prontos para o consumo como as rosas de corte frescas, as quais chegaram a representar 15,53% da pauta global de importações do período, com crescimento de 12,67% sobre a performance de compras no mesmo período do ano anterior. Além delas, outras flores cortadas em geral – que incluem principalmente alstroemérias, entre outras espécies agregaram 5,95% de participação (com aumento de 31,45% sobre o primeiro semestre de 2012). O fenômeno da expansão das importações de flores cortadas frescas no período justifica-se pelo conjunto de indicadores favoráveis observados na economia

brasileira no tocante à expansão dos níveis de emprego, ocupação e renda, além da estabilidade econômica experimentada pelo País, que vem sustentando um consumo aquecido e mais diversificado dessas mercadorias. Nos últimos anos, as vendas observadas nas duas principais datas de consumo (Dia das Mães e Dia dos Namorados) comprovaram a disposição intensificada dos brasileiros em presentear com flores, permitindo que parcelas crescentes de produtos importados convivessem harmoniosamente com a produção nacional no suprimento do mercado. De janeiro a junho de 2013, os países supridores do mercado brasileiro de rosas frescas cortadas foram: Colômbia (62,16%), Equador (37,81%) e Holanda (0,03%). Para as demais flores frescas, as importações foram, também, provenientes do Equador (50,25%), Colômbia (49,32%), e Holanda (0,43%). Cabe destacar que as importações para as flores equatorianas de corte, em geral, aumentaram em 84,11% sua penetração no mercado brasileiro no primeiro semestre de 2013 relativamente ao mesmo período do ano anterior, tendo saltado de US$ 390,69 mil, para US$ 719,32 mil. No período de 2010 a 2012, as importações totais de rosas frescas cortadas pelo Brasil elevou-se de USS 4,55 milhões, para US$ 6,08 milhões. Nesses três anos, enquanto a participação da Colômbia apresentou pequenas alterações, o suprimento do mercado pelas rosas equatorianas praticamente triplicou, o que fez com que aquele país chegasse a responder, ao final do ano passado, por 50,40% do abastecimento do mercado brasileiro, superando a Colômbia (49,37%), até então o principal e dominante fornecedor de rosas para o Brasil.

*Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/ IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. **Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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Gastronomia

Festival da Ceagesp ressalta a qualidade do setor de Pescados do ETSP ZEKA VIDEIRA

José Carlos Videira

O Primeiro Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp estreou no dia 4 de setembro com muito sucesso. Cerca de 300 pessoas compareceram à primeira noite do evento, que vai durar até 2 de novembro. O novo Festival da Ceagesp tem por objetivo mostrar ao público que frequenta o espaço toda a diversidade e a qualidade dos produtos do Setor de Pescados da Ceagesp. A ideia também é contribuir para incentivar o consumo de pescados, que no Brasil é de apenas 9 kg per capita por ano. Por isso, a cada semana, três tipos de peixes diferentes entram no cardápio do Festival, sem contar as quase 30 opções de pratos, entre entradas, saladas e demais opções quentes do cardápio, todos à base de peixes e frutos do mar. Os destaques do Festival do Pescado Ceagesp são os camarões pistola, assados na brasa, servidos à vontade nas mesas. Uma enorme paella também faz muito sucesso entre os frequentadores do evento, que está começando a atrair cada vez mais público para o ETSP. Por um preço fixo de R$ 59,90, as pessoas podem comer à vontade todos os pratos servidos, incluindo os camarões. Para quem preferir, o Festival do Pescado reservou um cantinho especial para as sopas. Incluída no valor do buffet, a Sopa de Cebola é servida todas as noites. E quem preferir consumir apenas a sopa, paga uma taxa de R$ 22. Cobrados à parte, no evento, é possível conferir outros produtos. Entre eles, o frequentador

Chef Ivair Felix assina as receitas

encontra uma generosa carta de vinhos de várias nacionalidades, além de cervejas, água, sucos e refrigerantes. Sobremesas e café expresso ajudam a complementar o programa. O Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp funciona de quarta a sábado, das 18h à meia-noite. Às sextas e sábados, funciona até as 2h da madrugada. O estacionamento é grátis e a entrada é pelo portão 3 da Ceagesp (Av. Dr. Gastão Vidigal, 1.946, na Vila Leopoldina). Quem quiser mais detalhes, pode acessar o site www.festivaldopescadoceagesp.com.br.

O Chef Ivair Felix é o responsável pelas receitas do Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp. Desde 2009, ele também tem contribuído para o sucesso do Festival de Sopas, que atrai milhares de pessoas ao Entreposto da Capital. O desafio do Chef Ivair neste ano também é bem grande. Ele tem de usar toda a sua habilidade gastronômica para mostrar as possibilidades de receitas tendo como base peixes e frutos do mar, com a qualidade e frescor dos produtos adquiridos no Setor de Pescados da Ceagesp. Com mais de 30 anos de experiência, Ivair já passou por diversos restaurantes e cozinhas de hotéis de São Paulo. Entre eles estão La Tamboille, Paladio, Sociedade Hípica Paulista, rede de hotéis Deville e Pestana. Atualmente, Ivair chefia a cozinha do Hotel Rancho Silvestre, em Embu das Artes, na região da Grande São Paulo (JCV).


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Agrícola

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DEFESA AGROPECUÁRIA

CADEIA PRODUTIVA

Workshop em Campinas

CATI Regional Ribeirão Preto cria grupo técnico em olericultura

discute política fitossanitária

Ação da Coordenadoria de Defesa Agropecuária busca identificar os gargalos e evitar a entrada de novas pragas agrícolas no estado

FABIANO BASTOS

Em 2013, a agricultura brasileira foi surpreendida por uma praga que nunca havia sido relatada no país, a Helicoverpa armigera. Não se sabe de onde ela veio e nem há quanto tempo foi introduzida no Brasil, mas o fato é que a “lagarta” colocou em alerta todo o sistema brasileiro de defesa vegetal: de gestores dos serviços oficiais aos produtores rurais, passando pelos pesquisadores incumbidos de desenvolver novos métodos de controle, pelos responsáveis técnicos pelas prescrições e pela indústria de defensivos. Sua ampla distribuição geográfica e alta densidade populacional apontam para um cenário nada animador: probabilidade extremamente baixa de sucesso de ações de erradicação ou supressão populacional. Ou seja, o produtor rural terá que aprender a conviver com esta nova praga e recalcular seus custos de produção. As pragas exóticas são organismos que, quando introduzidos numa nova localidade, conseguem adaptar-se e passam a causar dano econômico. Usualmente, têm alta capacidade reprodutiva e de dispersão e, na ausência de inimigos naturais, proliferam rapidamente. Apesar de o Brasil possuir

um sistema de vigilância internacional para evitar a entrada dessas pragas, elas vêm ingressando no país. De 1901 a 2013, pelo menos 60 espécies foram introduzidas e se tornaram pragas agrícolas, muitas das quais conhecidas pelo produtor rural. A velocidade com que as novas introduções têm ocorrido vem aumentando de maneira exponencial, como resultado direto da globalização e da abertura de mercados. De 1994 a 2003, foram relatadas 17 novas pragas no Brasil e, de 2004 a agosto de 2013, outras 27. Grosso modo, isso corresponde a uma praga exótica a cada 8,2 meses na última década. Diante deste cenário, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, realizará um workshop no dia 25 de setembro de 2013. Serão apresentados os últimos avanços na pesquisa e manejo da Helicoverpa armigera e serão discutidas as ações oficiais para prevenção de novas pragas. Essas ações incluem a fiscalização do trânsito, a implantação de sistemas de detecção precoce, o registro de agrotóxicos e o diagnóstico de espécies de pragas quarentenárias. Mais do que apontar proble-

mas ou procurar culpados, a Defesa Agropecuária está preocupada em identificar caminhos possíveis para evitar situações semelhantes à que se instaurou com a Helicoverpa. A vigilância deve ser a alma do sistema de Defesa Agropecuária e avanços só serão possíveis se tivermos uma melhor estruturação das barreiras interestaduais e internacionais e a aproximação com pesquisadores, órgãos de extensão e produtores no sentido de alcançar a rápida identificação das pragas. O resultado do workshop contribuirá para o desenvolvimento de uma política estadual de longo prazo de defesa fitossanitária, com benefícios diretos para todo o agronegócio paulista. As vagas estão limitadas a 250 participantes. Os interessados podem obter informações com organização do evento pelo telefone 31 - 3466.2161 ou pelo e.mail consultoria@defesaagropecuaria.com. SERVIÇO: Workshop sobre Ameaça Fitossanitária – Helicoverpa armigera Data: 25 de setembro de 2013 Local: Campinas-SP

Analisar problemas encontrados pelos olericultores e propor soluções foi o objetivo da reunião e da visita a algumas propriedades, que ocorreu no dia 26 de agosto, na Casa da Agricultura de São Simão. Como consequência das visitas, os engenheiros agrônomos da CATI Regional Ribeirão Preto optaram por formar um grupo técnico para a cadeia de olerícolas, com o objetivo de desenvolver atividades de assistência técnica e extensão rural junto a esses agricultores. A cadeia produtiva das olerícolas surgiu como alternativa de renda para os pequenos produtores, principalmente por causa das políticas públicas disponibilizadas pelos governos federal - como o Programa de Aquisição de Alimento (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - e estadual, como o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS). Segundo o diretor da CATI Ribeirão Preto, Michel Golfetto Calixto, a formação do grupo técnico vem ao encontro do interesse do produtor, já que a crescente demanda pela atividade faz com que alguns produtores inexperientes encon-

trem problemas no cultivo e na comercialização. De acordo com ele, a meta é que todos os municípios da Regional, com aptidão para a produção olerícola, sejam assistidos, mesmo aqueles em que a cana-de-açúcar predomina. “Essa visão baseia-se nas mudanças tecnológicas que pressionam principalmente a colheita mecanizada, com a tendência de que pequenas áreas venham a ser desocupadas pela cana e ocupadas por outras culturas”, avalia. Os técnicos visitaram dois produtores. Um deles foi Diego Bigaran, que cultiva olerícolas há dois anos e comercializa sua produção com a Prefeitura de Santa Rosa de Viterbo, supermercados e varejões de São Simão e mercados regionais. O outro produtor visitado foi Marcos Roberto Pereira, que nos seus 10 hectares arrendados, produz olerícolas e vende diretamente ao consumidor. Os vários fatores produtivos explorados e discutidos geraram a análise dos problemas com sugestões de solução e informações sobre novas tecnologias à disposição dos produtores rurais e sobre a importância da formação dos grupos técnicos.


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PESQUISA NA CEAGESP

EMBRAPA

O conteúdo de vitamina k

nas hortaliças brasileiras Simone Santos Faria Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental Faculdade de Ciências Farmacêuticas Universidade de São Paulo

Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP mensurou o teor da vitamina K1 - a filoquinona - das hortaliças consumidas no município de São Paulo. O estudo também teve como um dos objetivos a padronizações da metodologia para análise de vitamina K em alimentos. A pesquisa foi feita com hortaliças in natura comercializadas na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e contou com a colaboração de funcionários do local (Centro de Qualidade em Horticultura ) para obter amostras representativas e conhecer quais eram as origens das hortaliças, diferenciando os produtores e conhecendo as condições climáticas sob as quais foram cultivadas. Assim, ela pôde comparar as variações entre as épocas do ano, bem como verificar uma média da presença de vitamina K1 em cada cultura. A vitamina K desempenha papel importante na coagulação do sangue e no metabolismo ósseo. Não é conhecido o conteúdo de vitamina K nos alimentos brasileiros. A química Simone Aparecida dos Santos Conceição Faria, orientada pela Profa. Dra. Marilene De Vuono Camargo Penteado, do Departamento de Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, foi a autora do estudo. Os resultados mostram a salsa e o espinafre como as hortaliças folhosas com maior abundância de vitamina K, mas com concentrações bem diferentes das apresentadas em tabelas americanas de composição de alimentos, atualmente usadas por médicos e nutricionistas. O brócolo, uma hortaliça-flôr, também entra na lista dos mais dotados da filoquinona. Os menores teores foram encontrados na alface crespa e na americana. Os conteúdos de vitamina K destas duas hortaliças foram os únicos que coincidiram com a tradicional tabela dos Estados Unidos. Simone não conseguiu comprovar a correlação entre a cor e a quantidade de vitamina K1. Algumas das hortaliças avaliadas mais ricas no nutriente apresentam tonalidade verde-escuro. A quantificação da vitamina K foi feita em diversas épocas do ano. Houve uma grande diferença nos valores ao longo das diferentes estações do ano. Em geral, as hortaliças apresentaram teores maiores de vitamina K1 nos períodos de inverno e primavera. Esta variação pode estar relacionada à intensidade da precipitação pluviométrica - quando mais chuva, menor o teor da vitamina por hortaliça estudada. O cozimento alterou a concentração do nutriente. O aumento dos níveis de filoquinona após o cozimento das hortaliças deve-se à maior facilidade de liberação do nutriente, com o rompimento das células pelo aquecimento. Os resultados obtidos são de grande importância para que médicos, nutricionistas possam estabelecer com maior precisão as dietas para seus pacientes. O trabalho pode ser encontrado no Banco de Teses da USP – www.teses.usp.br

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Qualidade

Integração de conhecimentos expande a cultura do coco

Para garantir a qualidade genética e prevenir riscos de extinção de espécies como os coqueiros anão, gigante e híbrido, a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), mantém o Banco Ativo de Germoplasma (BAG). Este banco integra desde 2006 a Rede Internacional de Recursos Genéticos de Coco (Cogent, sigla em inglês), coordernado pelo Bioversity International, sendo referência para a América Latina e Caribe (ICG-LAC). O BAG Coco iniciou as suas ações em 1982, quando foram importados da Costa do Marfim os primeiros acessos de coco. O banco mantém a variabilidade genética por meio da conservação de acessos de coqueiro anão e gigante, proveniente de diversos países, e alguns acessos de coqueiro-gigante coletados no litoral nordestino. A atual curadora é a pesquisadora Semíramis Ramos, que, junto com outros dez cientistas da Unidade, compõe um dos mais conceituados grupos de pesquisa em coco na América Latina. A parceria da Embrapa com o Cogent/ Bioversity torna possível a integração de conhecimentos científicos e tradicionais ligados à cultura do coco em todo o planeta. Resultados de pesquisa são compartilhados em redes virtuais e em encontros internacionais, e a qualquer momento, a depender da demanda e seguindo o trâmite jurídico e fitossanitário para o intercâmbio do germoplasma, os acessos do BAG podem ser levados de um país a outro, seja para condução de experimentos ou para prevenir riscos de extinção em determinadas áreas. Vídeos sobre escalada

*Desconto de até 16,5% válido para Montana LS. Consulte para demais veículos Chevrolet os descontos que variam entre 7% a 13%. Todos os veículos Chevrolet estão em conformidade c/o PROCONVE - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores. A Carrera se reserva o direito de corrigir possíveis erros gráficos. Condição válida até 15/10/2013 ou enquanto durar o estoque. Imagens ilustrativas. Faça revisões em seu veículo regularmente.

Recentemente, a rede COGENT publicou na internet uma série de vídeos que demonstram como é feita a escalada do coqueiro pelos trabalhadores que atuam no manejo dos plantios e colheita dos frutos em diversos países produtores. As técnicas utilizadas são bastante diversas e engenhosas, e vão desde o uso das mãos e pés livres até o emprego de artefatos como cordas, cipós, plataformas de madeira, escadas e até esporas e degraus em sulcos, estas últimas podendo causar danos à estirpe. No Brasil, as imagens foram feitas no campo da Embrapa em Sergipe pelo pesquisador francês Roland Bourdeix, e mostram a técnica de subida com uso de duas cordas para apoio dos pés. Estão disponíveis no site do COGENT mais de 20 vídeos demonstrado as variadas técnicas de escalada do coqueiro. Além do Brasil, outros grandes produtores mundiais da palmácea serviram de cenário para imagens e compartilharam suas técnicas, entre eles Filipinas, India, Vietnam e Indonésia.


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Segurança Alimentar

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FLV

Workshop promovido pela GS1 Brasil discute rastreabilidade de FLV Setor discute segurança e adoção de padrões que garantam identificar o curso do alimento Especialistas e profissionais do setor hortifrutícola participaram no dia 28 de agosto do workshop promovido pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação. O tema central foi a importância de um sistema de rastreabilidade que envolva toda a cadeia do agronegócio e garanta segurança alimentar. Flávia Costa, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, frisou que a associação é um órgão consultivo da ONU e é considerada a ABNT da identificação. Ela lembrou que quanto mais parceiros envolvidos, maior é a complexidade nos sistemas de informação. “Um problema na cadeia produtiva é um problema de todos”, avisou. A profissional também apresentou a ferramenta GTC (Programa Global de Rastreabilidade), que na Ceagesp já é utilizada pelas empresas Agro Gato Preto e Batista legumes e que permite a implementação correta da rastreabilidade. Além disso, Flávia explicou o padrão GS1 DataBar para Controle da Data de Validade de Perecíveis. Thomas Eckshmidt, representante da PariPassu, destacou que a falta de união é um grande problema do setor que afeta a instalação de padrões. Programa de Rotulagem Ceagesp

A engenheira Agrônoma Anita Gutierrez do Centro de Qualidade de Horticultura da Ceagesp discorreu sobre o Programa de Rotulagem, ação que visa instruir permissionários do entreposto quanto ao correto uso do rótulo na embalagem de FLV. “O rótulo é a identidade do alimento e, além de direito do consumidor, é exigido por lei”, explicou. Segundo o programa, a rotulagem é uma pequena exigência e uma grande mudança na produção e comercialização de frutas, verduras e legumes.

Sweet Grape:

dados de rastreabilidade ao alcance do varejista Novo sistema disponibiliza informações como data de embalagem e validade diretamente na nota fiscal Durante o workshop “Rastreabilidade e Segurança no setor de Frutas e Hortaliças”, o Grupo NK, rede varejista de hortifruti, apresentou um novo sistema de rastreabilidade que armazena diversas informações sobre o tomate Sweet Grape em um único código de barras. A novidade é que, além de a embalagem conter elementos importantes sobre o produto, é possível incluir os mesmos dados também na nota fiscal. De acordo com Júlio Aoki, diretor do Grupo NK, a questão da segurança alimentar se tornou fundamental depois da empresa montar um sistema de integração na produção dos mini-tomates: “O próximo passo era levar nossa preocupação com qualidade ao conhecimento do consumidor. Aí pensamos atri-

buir mais informações na nota fiscal”, resumiu. Há dois meses o sistema está funcionando totalmente e o varejista que adquire caixas desses tomates, poderá observar os novos elementos na nota. “Disponibilizamos a data de embalagem, validade e código de rastreabilidade do lote”, informa Júlio, enfatizando que deve haver conexão entre toda a cadeia para garantir efetividade ao processo. A responsável pela Gestão da Qualidade do Grupo, Emília Higa, acredita que o brasileiro está cada vez mais atento ao que consome. “Devemos nos preparar para as exigências do mercado. Apesar dos avanços, ainda tem muito que fazer em relação à rastreabilidade de alimentos”, alerta.


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Qualidade

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COMÉRCIO

Brasil vai exportar frutas hídricas para o Chile

Ceagesp intensifica o controle de rotulagem nas portarias

Thiago de Oliveira Bertoldo Borges Filho Marcela Moretti Roma Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Os técnicos da Portaria do Entreposto intensificaram a ação educativa do Programa de Rotulagem da Ceagesp. Todos os dias, veículos com produto são parados para verificação da rotulagem e orientação do motorista. O motorista e o destinatário recebem uma notificação com a avaliação da qualidade de preenchimento do rótulo e uma cartilha de rotulagem. O atacadista, destinatário da mercadoria, é chamado à Portaria para receber a mercadoria e assinar uma notificação, atestando que os produtos que está recebendo estão sem a devida rotulagem. Os atacadistas reincidentes são notificados pela gerência da Ceagesp quanto à ausência da rotulagem e são alertados sobre a possibilidade de receberem sanções dos órgãos fiscalizadores. O prefeito e o órgão de assistência técnica do município de origem do produto sem ró-

tulo recebem uma correspondência da Ceagesp solicitando que eles orientem o produtor, remetente da carga, a rotular e alertando-os que os produtores do seu município poderão ser punidos pelos órgãos de fiscalização, na ausência ou preenchimento incorreto do rótulo. Na Portaria da Entreposto são fiscalizados os veículos com maior probabilidade de ausência ou inadequação da rotulagem. Até o momento foram inspecionados 153 veículos, originários de 86 municípios diferentes, que transportavam 42 produtos diferentes. Os municípios de Capela do Alto e Ibiúna foram os mais reincidentes

com 9,8% e 9,15% respectivamente. Somente 9% dos produtos estavam rotulados, nos veículos vistoriados. A receptividade à adoção da rotulagem vem crescendo entre os produtores e atacadistas. As fotos mostram a utilização da rotulagem em mandioca, couve-flor, berinjela e milho verde. A esperança é que consigamos uma grande mudança antes que atacadistas e produtores comecem a ser punidos pelos órgãos de fiscalização. A COVISA está neste momento fiscalizando as adequações realizadas pelos atacadistas autuados em 2012. A próxima etapa será retomar as

fiscalizações por pavilhão. Os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp continuam o trabalho de busca de parceria para o Programa de Rotulagem, fazendo contato com Prefeituras, nutricionistas, órgãos de assistência técnica e sindicatos rurais e articulam com a CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo - a capacitação dos produtores em rotulagem e na melhoria do preenchimento da Nota Fiscal do Produtor. A rotulagem traz muitos benefícios como maior transparência na comercialização, melhoria da qualidade e da segurança do produto – o produtor coloca o seu ‘nome’ nas embalagens e a sua localização, como responsável pelo produto. A rastreabilidade exige do agricultor a melhoria da produção, da colheita e pós-colheita e permitem que bons produtores construam a sua marca. A rotulagem é obrigatória por lei – não existe escapatória. Cumpra a lei e aproveite os benefícios da rotulagem.

O Rio Grande do Norte e o Ceará passarão a exportar melão e melancia para o Chile ainda este ano. Recentemente, missão técnica composta por três representantes do Ministério da Agricultura daquele país esteve na região que engloba os dois estados e constatou a eficiência dos trabalhos realizados pelo Ministério da Agricultura do Brasil na manutenção do status fitossanitário de ausência da praga Anastrepha grandis (mosca-do-melão). A decisão chilena foi publicada no diário oficial do país andino em 28 de agosto, por meio da Resolução 4857/13. Alguns países importadores, como a Argentina, o Uruguai, os Estados Unidos e o Chile, impõem restrições fitossanitárias com relação à importação de frutas. O projeto de monitoramento da Anastrepha grandis no Brasil teve inicio em 1985 e permitiu a abertura de vários mercados. Atualmente, o País exporta melancia para Alemanha, Argentina, Dinamarca, Espanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Paraguai, Reino Unido, Rússia e Uruguai. Já os melões são vendidos para Alemanha, Arábia Saudita, Bélgica, Canadá, Cingapura, Dinamarca, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, França, Guiana Francesa, Hong Kong, Irlanda, Itália, Malásia, Noruega, Países Baixos, Reino Unido, Rússia, Suécia e Uruguai. Em 2012, foram produzidos no Brasil cerca de 43 milhões de toneladas de frutas tropicais, subtropicais e de clima temperado. Só o mercado de melão e melancia movimentou, cerca de US$ 151 milhões, sendo o Rio Grande do Norte e o Ceará, os maiores exportadores. Em julho deste ano, uma missão chilena visitou os estados do Rio Grande do Norte e Ceará para conhecer e avaliar os aspectos fitossanitários na área livre de mosca-do-melão. Com o reconhecimento, os estados passarão a exportar para o Chile assim que concluído os tramites burocráticos entre os países.


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Agrícola

PESQUISA

Boas práticas aumentam potencial produtivo Mandioquinha é exemplo de hor taliça ainda com produtividade baixa, avalia pesquisador

Ela é classificada como hortaliça-raiz e apresenta uma grande diversidade com relação ao nome: mandioquinha-salsa, batata-baroa, batata-salsa e outros mais regionais, como cenoura-amarela, batata-aipo, batata-suíça, batata-jujuba e batata-tupinambá. O pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa Hortaliças, trabalha com pesquisa e desenvolvimento dessa cultura e, para isso, avalia os caminhos percorridos e desenha um possível cenário futuro. De acordo com ele, o cultivo da mandioquinha-salsa no Brasil (cerca de 20 mil hectares) é basicamente restrito a uma única variedade, a Amarela de Senador Amaral, lançada pela Embrapa Hortaliças, em 1998, e rapidamente difundida em Minas Gerais, Paraná, Santa Ca-

tarina e Espírito Santo, regiões com maior produção no País. No passado, a mandioquinha-salsa era cultivada exclusivamente por agricultores de base familiar, mas esse panorama vem exibindo algumas mudanças. “Nos últimos anos, tem evoluído o plantio em média e em larga escala nos principais Estados produtores: Paraná e Minas Gerais”, anota Madeira, acrescentando que esse crescimento não foi acompanhado pelo aumento no potencial produtivo da hortaliça, em torno de 50 toneladas por hectare. “A média de produtividade da cultivar no Brasil oscila entre 10 a 12 toneladas por hectare, muito abaixo do seu potencial”, observa o pesquisador, que atribui o fraco desempenho à não adoção de boas práticas agrícolas, a começar pelo

BENEFÍCIO

descuido com os princípios básicos de propagação, o que vem acarretando problemas fitossanitários crescentes. Também vem prosperando algumas iniciativas que mereceram destaque na visão do pesquisador, que aponta como exemplo exitoso a implantação

de campos de mudas no sul de Minas Gerais e no Paraná, desde 2011. A experiência envolve o plantio de mandioquinha-salsa visando à produção de mudas, com manejo específico para tal, priorizando a qualidade genética, fitossanitária e fisiológica

do material de propagação. Futuro - Clones promissores estão em fase de avaliação, representando alternativa interessante para os produtores, visto que é arriscado ter todo o cultivo baseado em uma só variedade, a cultivar Amarela de Senador Amaral. Coordenado por Nuno Madeira, espera-se lançar pelo menos duas variedades até 2015, materiais destacados por sua qualidade e adaptabilidade às condições climáticas das principais regiões produtoras. Outro ponto importante é a difusão do Sistema de Plantio Direto em Hortaliças, como alternativa ao sistema convencional, e que vem apresentando bons resultados junto aos produtores de Angelina, município maior produtor de Santa Catarina.

PRODUÇÃO

Agricultores com nome no Cadin terão acesso a crédito

AAO inaugura feira noturna de produtos orgânicos

Medida vale para os perímetros irrigados mantidos pela Codevasp

Sacolão recebe versão alternativa e atrações culturais

O Ministério da Integração Nacional autorizou a retirada, por um período de 12 meses, do nome de produtores do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Quase nove mil trabalhadores rurais com pendências registradas no Cadin serão beneficiados pela medida, publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de agosto. Desse total, cinco mil seriam pequenos produtores, que cultivam áreas de cerca de seis hectares. A medida, no entanto, só vale para os perímetros irrigados mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao Ministério da Integração. Trabalhadores assentados após a publicação da portaria estão excluídos da medida. As dívidas dos agricultores são relacionadas e à utilização de infraestrutura de irrigação de uso comum, tarifa conhecida como K1, e à titularidade de lotes. Agora, os produtores poderão contrair crédito em instituições financeiras e aumentar a produção. O governo espera que os agricultores ampliem a produção em 20 mil hectares e gerem cerca de 20 mil empregos a título de investimento nas plantações. Atualmente, a soma dos débitos dos agricultores com nome no Cadin chega a 107 milhões de reais.

Os paulistanos terão uma nova opção para fazer as suas compras. A Associação de Agricultores Orgânicos (AAO) inaugura no dia 17 de setembro, no Parque da Água Branca, em São Paulo, uma feira noturna de produtos orgânicos. Trata-se da primeira feira noturna de produtos orgânicos da cidade. A feira é uma parceria entre a AAO e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O parque também vai receber outras atrações como atividades culturais, culinárias e até cineclube. No dia 24, a chef Leila D dará oficina gratuita de culinária viva. À noite, a ideia é servir tortas, pastéis e sucos. Para saber a programação completa, acesse o site da AAO

Feira Noturna de Produtos Orgânicos Parque da Água Branca Av. Francisco Matarazzo, 445 - Perdizes – São Paulo Terças-feiras das 16h30 às 20h30 (11) 3875-2625

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JORNAL ENTREPOSTO

Ceasas do Brasil

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ECONOMIA

Índice Ceagesp sobe 3,39% em agosto Altas nos preços das frutas, legumes e pescados impulsionaram a elevação do indicador. Os setores de verduras e diversos registraram queda

Pimentão amarelo 124,3%

repolho roxo (-12%) e alface americana(-10,95). Principais altas: Cebolinha (21,6%), salsa (20,95) e agrião (6,1%). O setor de diversos recuou 1,37%. Principais quedas: milho pipoca (-22,2%), batata lisa (12,9%) e batata comum(-6,95). Principal alta: alho (12,9%), O setor de pescados subiu 1,37%. Principais altas: namorado (18%) e atum (10%). Principais quedas: salmão (-11,4%), abrotea (8,1%) e anchovas (7,3%). Tendência

O frio deverá ser menos rigoroso neste final de inverno. Assim, com a chegada da primavera, as perspectivas são posi-

Limão Taiti 76,1%

ticados. O setor de frutas subiu 4,51%. Principais altas: limão Taiti (76,1%), Figo (53,6%), goiaba (22,7%) e laranja lima (19,5%). Principais quedas: melão (-19,3%), ameixa estrangeira (-17%) e manga Palmer (-11,6%). O setor de legumes registrou elevação de 5,59%. Principais altas: Pimentão vermelho (111,5%), Pimentãoamarelo (124,3%), mandioquinha (26,8%), quiabo (24,4%) e abobrinha italiana(17,1%). Principais quedas: Chuchu (-11,5%) e beterraba (-9,6%). O setor de verduras registrou queda de 2,25%. Principais baixas: Escarola (-23,3%), coentro (19,2%), alface crespa (-17,3%), alface lisa (-15,4%),

Alface -17,3%

tivas para a oferta de todos os setores. A demanda não sofre grandes alterações neste período. Intensifica-se somente a partir de novembro. Portanto, a tendência para o próximo trimestre é de elevação do volume ofertado e redução dos preços praticados, notadamente nossetores de legumes, verduras e diversos. Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir melhor asituação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogume-

Em agosto, o Índicede preços Ceagesp registrou alta de 3,39%. No ano, o indicador acumulaalta de 1,32% e, nos últimos 12 meses, as elevações foram de 1,59%. O frio maisrigoroso em conjunto com as geadas ocorridas nas regiões sudeste e, principalmente, sul do país, prejudicaram a produção e acarretaram diminuição do volume ofertado de algumas culturas. A situação foi mais grave na região sul. Visando recompor a oferta naquelas localidades mais atingidas, alguns atacadistas / distribuidores do sul do paíspassaram a realizar parte das compras no entreposto Ceagesp da capital, elevando a quantidade demandada e os preços pra-

Batata comum -6,95%

lo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula,são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011. Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

Namorado 18%

NUTRIÇÃO

Concurso de receitas da alimentação escolar de Campinas premia três profissionais A preocupação com a alimentação do neto levou a cozinheira Ercília Alvina Ferreira a criar um prato que ela batizou de “Macarrão Parafuso Nutrigal” e que foi a vencedora do Primeiro Concurso de Receitas das Cozinheiras da Alimentação Escolar de Campinas. A final da competição aconteceu nesta quinta-feira, 12 de setembro, no Laboratório de Nutrição e Dietética da PUC-Campinas onde seis finalistas prepararam suas receitas para uma banca de jurados. “Queria fazer um prato que meu neto gostasse e que fosse bom para a saúde dele. O termo Nutrigal é de nutritivo e integral, pensei na aceitação das crianças e na nutrição, por isso resolvi

inscrever esta receita”, contou a cozinheira que trabalha na Escola Municipal de Ensino Fundamental André Toselo. Todo o preparo, explicou ela, foi pensado de forma saudável. A receita é feita com macarrão integral e o molho é à base de cenoura e beterraba, que são trituradas cruas. Em segundo lugar foi escolhido o “Escondidinho de Peixe”, da cozinheira Luciana Queiroz Garcia, do Centro Municipal de Educação Infantil Arthur Bernardes. Um dos destaques do prato é o uso do requeijão caseiro - uma receita utilizada no Programa Municipal de Alimentação Escolar de Campinas que além de econômica é mais nutritiva que

as versões industrializadas, pois contem muito leite e pouco sal. O único homem da competição, Edmundo Rodrigues, cozinheiro da Escola Estadual Francisco Glicério, ficou com a terceira colocação com o preparo da “Torta Multifibras”. A receita foi considerada nutritiva e criativa pelo júri. Utilizou aveia, talos de salsinha, legumes e flocos de milho sem açúcar - cereais que as crianças costumam comer com leite e que são servidos nas escolas de Campinas. Os finalistas tiveram até uma hora para concluir os preparos que foram avaliados por seis jurados: as professoras Renata Faustino, coordenadora do curso de nutrição da Unip e Rye

Katsurayama de Arrivillaga, coordenadora do curso de nutrição da PUC-Campinas; os gastrônomos Rodrigo Tadeu Machado Brochado e Douglas Martins de Oliveira e a funcionária da Ceasa, Vanessa Luanda Palma. Prêmios As seis receitas finalistas vão fazer parte do cardápio do Programa Municipal de Alimentação Escolar de Campinas. No dia 20 de setembro, às 15 horas, acontece a premiação dos vencedores na cozinha experimental da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa): R$ 1.000 para o primeiro lugar; R$ 700 para o segundo e R$ 300 para o terceiro colocado.

A banca julgadora avaliou a qualidade nutricional das receitas, a originalidade, a criatividade, o tempo de preparo, o visual, a textura, o sabor e a utilização de produtos alimentícios disponibilizados na alimentação escolar de Campinas. Também participaram da final as cozinheiras Vilma Madureira de Melo, da Escola Estadual Conceição Ribeiro, com o preparo de yakissoba à moda escolar; Sônia de Oliveira Soares, da Escola Estadual Idalina Caldeira de Souza Pereira, que criou a bacalhoada econômica com sardinha e Sônia Regina Martins de Souza, do Centro Municipal de Educação Infantil Castelo Branco, que apresentou o risoto de espinafre com músculo.


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JORNAL ENTREPOSTO

Parceria

setembro de 2013

BCA comemora terceiro mês de parceria com Sindicar No último dia 5 de setembro, quinta-feira, o Banco Ceagesp de Alimentos (BCA) promoveu um café da manhã para comemorar o terceiro mês de parceria com o Sindicar (Sindicato dos Carregadores Autônomos), e para homenagear os carregadores parceiros. Na oportunidade, os cinco carregadores que mais colaboraram e os aniversariantes no mês de agosto foram presenteados com uma cesta básica. O BCA firmou parceria em junho com o Sindicar para agilizar o processo de entrega dos alimentos doados pelos permissionários do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP). Com essa contribuição, o processo torna-se mais rápido, prático e benéfico para todas as partes. A ajuda é voluntária, e conta com 505 carregadores cadastrados, dos quais 35 já ajudaram a levar mais de oito toneladas ao Banco. Bonés e adesivos foram distribuídos para quem abraçou a causa. Com o seu carrinho identificado como parceiro, o carregador pode ser imediatamente acionado pelo doador. De acordo com a parceria, toda primeira quinta-feira do mês acontece esse encontro entre representantes do BCA e Sindicar e os carregadores parceiros. Atualmente o BCA tem cerca de 150 entidades cadastradas. Assim que recebe a doação do permissionário, a entidade cadastrada é acionada para buscar o alimento. “Quando um permissionário têm disponível frutas, legumes, ou verduras imediatamente já solicita que o carregador parceiro transporte até o Banco. Assim diminuímos também as perdas evitando o desperdício de alimentos e alcançando um número maior de entidades beneficiadas”, disse a nutricionista Alessandra Matias Figueiredo, responsável pelo BCA. O presidente do Sindicar, José Pinheiro de Souza, ressaltou que essa parceria é muito importante. “Estamos aqui para ajudar no que for preciso”, disse. O carregador Joaquim Gomes, que fez aniversário em agosto e que também é parceiro desde o primeiro mês, afirmou que valeu a pena a parceria. “Sempre que vejo um alimento bom para consumo já convido o permissionário para ser um doador e me disponho a carregar os alimentos. Me sinto feliz podendo ajudar”, afirmou.

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Resumo Banco Ceagesp de Alimentos Agosto - 2013 Cinco alimentos mais doados 1. Tomate 2. Cebola 3. Melão 4. Mexerica 5. Mandioca

Cinco maiores doadores 1. AM 2. Santo Antônio 3. Batista 4. Itaueira 5. Frutas Franchi

Volume de doações recebidas: 110,352 toneladas Volume de doações distribuídas: 106,645 toneladas

Total de Permissionários doadores: 32 Total de Entidades beneficiadas: 112 ERRATA

A pedido do Banco de Ceagesp de Alimentos, corrigimos os valores referentes às doações de Julho/2013: Volume de doações recebidas: 105,671 toneladas Descarte: 8,255 toneladas

Dados Nos primeiros oito meses de 2013 o Banco Ceagesp de Alimentos (BCA) doou 800 toneladas de frutas, verduras e legumes. Nesse período 750 entidades cadastradas foram atendidas, graças aos 139 permissionários doadores. Dentre eles, os 10 que mais contribuíram foram: Itaueira, Batista, H. Shimizu, Shin, Santo Antonio, Paulifruti, Terra Fértil, Maçaira, Grupo AM e AGP Comércio de Frutas.

Quando um permissionário têm disponível frutas, legumes, ou verduras imediatamente já solicita que o carregador parceiro transporte até o Banco. Assim diminuímos também as perdas evitando o desperdício de alimentos e alcançando um número maior de entidades beneficiadas”.

Doações para as entidades: 97,416 toneladas

Acesse o site:

www.jornalentreposto.com.br


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Transporte SEGURANÇA

Marginais passam a ser monitoradas por câmeras

Volvo apresenta sua nova linha de caminhões VM para o Brasil e América Latina

Consórcio facilita aquisição de veículos da marca europeia no País A montadora Volvo está em campanha para apresentar a nova linha de caminhões VM. Além dos novos modelos 4x2, 6x2 e 6x4, agora a Volvo conta com os veículos 8x2 e 8x4. Toda a linha foi remodelada e o visual é completamente diferente da geração anterior. A cabine, por exemplo, é muito próxima à dos novos caminhões FH lançados recentemente na Europa. O novo painel frontal superior é maior e toma boa parte da porção superior da frente do veículo, dando ao conjunto uma impressão de continuidade. Internamente, a Volvo decidiu manter a atual ergonomia do caminhão, que já tem aprovação dos motoristas. “A padronagem dos tecidos que cobrem os bancos, do teto e dos painéis internos foi atualizada. Mas mantivemos tudo o que o transportador aprovou e considera importante para a operação de transporte”, Ricardo Tomasi, engenheiro de vendas do projeto do novo VM. O gerente da linha VM no Brasil, Francisco Mendonça, destaca que para o segundo trimestre do próximo ano, a nova linha VM também terá a renomada caixa de câmbio eletrônica I-Shift, que já equipa mais de 90% dos caminhões da linha F.

Conheça as configurações de eixos 8x2 e 8x4

Segundo o diretor comercial de caminhões do Grupo Volvo no Brasil, os novos caminhões VM são voltados para o segmento rodoviário, mas também com versões dirigidas para aplicações vocacionais, ingressando num mercado potencial que está se formando no Brasil, estimado em cerca de 8 mil unidades anuais. Agora, a oferta da linha VM é formada por veículos 4x2, 6x2, 6x4, 8x2 e 8x4. Nas configurações 8x2 e 8x4, os transportadores podem usar o novo VM para rodar em operações de média distância, transportando matérias primas e produtos industrializados, entre outros. Na aplicação vocacional, as betoneiras e caçambas são um bom exemplo para o VM 8x4. “Os novos veículos de quatro eixos são uma excelente opção para trajetos variados. São caminhões versáteis e muito adequados à atuais necessidades de aumento de capacidade transportada”, diz Fedalto. Os caminhões com quatro eixos garantem aumento de capacidade de carga. “Nosso compromisso é desenvolver e fabricar o melhor caminhão do mercado, mas também proporcionar maior

rentabilidade ao transportador”, diz Fedalto. Os novos VMs 8x2 e 8x4 são os mais recentes desenvolvimentos nesta área. Nova linha VM tem soluções em financiamentos, seguros e consórcio A nova linha VM está sendo lançada com diversas opções de financiamentos, seguros e consórcio da Volvo Financial Services, braço financeiro do Grupo Volvo. “Somos um banco voltado para a oferta de soluções integradas aos clientes nos diversos segmentos de transporte, que facilitem o dia a dia do transportador e agreguem valor aos negócios deles”, declara Márcio Pedroso, presidente da Volvo Fi-

nancial Services Brasil. O Banco Volvo tem diversas opções como o Finame e as linhas de crédito CDC. Para a nova linha VM a Volvo Financial Services está lançando um grupo especial de consórcio. Com prazos de até 100 meses, o grupo terá parcelas reduzidas. O consórcio é uma excelente modalidade de aquisição para os transportadores que querem ter uma programação de investimentos ao longo do tempo, independente das oscilações do mercado. “Com o consórcio, o transportador garante um processo contínuo de renovação e ampliação da frota”, destaca Pedroso.

Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil

Desde o dia 13 de setembro, cerca de 40 câmeras de segurança estão em funcionamento nas marginais Pinheiros e Tietê. Policiais militares acompanham as imagens captadas 24 horas por dia. O objetivo é colaborar com o trabalho da polícia, além de coibir a violência. A Secretaria de Segurança Pública do Estado quer dobrar o número de equipamentos até o fim do mês. “A empresa que perdeu a licitação entrou na Justiça. Então, se consegue uma liminar e enquanto não se derruba um liminar, não se consegue fazer o contrato andar. A gente espera que até 30 de setembro, as 82 câmeras de vídeo estejam instaladas e operando”, informou o governador Geraldo Alckmin.

LANÇAMENTO

Montadora traz o caminhão do ano na Europa para as estradas brasileiras

Marcando sua estreia no segmento dos extrapesados premium, a Iveco acaba de lançar no mercado brasileiro o novo Hi-Way, caminhão consagrado com o maior prêmio dedicado aos veículos comerciais na Europa: International Truck of the Year 2013, concedido pela imprensa especializada durante a feira de transportes de Hannover, na Alemanha. A produção do Hi-Way é realizada no Complexo Industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG). O caminhão chega ao país em três faixas de potência: 440, 480 e o novo 560 cv. O veículo também está disponível em três versões de tração (4 x 2, 6 x 2 e 6 x4) e três entre-eixos: 3.500, 3.200 e 3.000. Um dos seus grandes diferenciais é a garantia estendida exclusiva de quatro anos - um para o veículo completo e mais três para o trem de força -, a maior do mercado.


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Transporte

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Um jornal a serviço do agronegócio

SELECTRUCKS

Mercedes-Benz inaugura loja de caminhões seminovos Loja-piloto comercializa todas as marcas e modelos de veículos comerciais A montadora Mercedes-Benz está trazendo para o Brasil um conceito que funciona há mais de dez anos na Europa: uma loja multimarca de veículos comerciais seminovos. A SelecTrucks segue os padrões utilizados no mercado europeu e está instalada junto ao novo empreendimento da empresa, o Pátio Mauá. Joachim Maier, vice-presidente de Vendas e Marketing da Mercedes no Brasil explica que o objetivo da loja-piloto é fazer da marca referência no mercado de seminovos e de serviços para caminhões. “Além disso, queremos trazer novos clientes para os veículos Mercedes-Benz zero quilômetro”, acrescentou. A SelecTrucks comercializa todas as marcas e modelos de caminhões. O portfólio é divulgado no site da loja (www. selectrucks.com.br) e o cliente pode usar seu veículo “velho” para adquirir um seminovo. Quando necessário, ele também conta com serviços de reparo e manutenção. O estoque está dividido em categorias: Ouro, Prata e Bronze. A classificação serve para identificar a idade, o estado e a quilometragem dos caminhões. Garantia SelecTrucks

A garantia de procedência dos produtos fica a cargo de uma empresa especializada no segmento de vistorias e inspeções, que será responsável pela avaliação total dos caminhões, análise da documentação, vistoria e laudo final com orçamento dos reparos sugeridos. :Serviço: Avenida Papa João XXIII, nº 2843 - Parte A Sertãozinho - Maúa - SP Contato: selectrucks@daimler www.selectrucks.com.br


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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

setembro de 2013

TRIBUTOS

ARTIGO

Imposto no Entreposto Edson José de Oliveira*

Inauguramos esse espaço para falar de um assunto que é dor de cabeça para dez em cada dez empresários no Brasil e que faz um belo “estrago” no seu bolso quer você seja pequeno ou grande. Os mais antigos devem lembrar do ditado: “Só há duas certezas nesta vida: A morte e o Pagamento de Impostos”. Sendo que a morte é uma só. Já o imposto... Isso mesmo!, você não entendeu mal, vamos falar de Impostos no Brasil e, quiçá, no mundo. Nunca antes no nosso País se debateu tanto essa questão e ainda assim estamos longe, mas muito longe mesmo, de um consenso. Se até Jesus Cristo quando confrontado falou: “Dai a César o que é de César...” Imagine para nós, simples contribuintes, o que é enfrentar essa questão. Se até mesmo os mais “sabidos” ficam desnorteados e muitas vezes sem respostas para simples perguntas. Mas, se o assunto é tão complicado e não há, mesmo, o menor vislumbre de solução para as intermináveis controvérsias. Afinal, porque estamos aqui a falar disso? O que não tem solução, solucionado está! Ora, vamos falar de futebol, pois somos uma pátria de

chuteiras e técnicos! Simples? Nem tanto. Nossa proposta é discutir um assunto do seu dia a dia e expor como, onde, e talvez o porquê, somos induzidos a falsas ideias que nos levam a falsas conclusões e, invariavelmente, a decisões erradas. Vamos a um exemplo: O Estado Brasileiro arrecada muito. Sinto em dizer que isso não é verdade. O Estado Brasileiro arrecada pouco, mas gasta muito mal.

Essa é nossa realidade e pronto! Não adianta você se iludir do contrário. A partir dessa e outras premissas, que veremos nos próximos artigos, vamos tentar entender e sobreviver a essa dura realidade. Porém, vamos seguir sempre a máxima: Pensar Globalmente e Agir Localmente. Assim, aos poucos, vamos buscar um entendimento do Mundo Tributário e agir no nosso mundinho empresarial.

*Edson José de Oliveira é contador, Mestre em Contabilidade e especialista em Direito Tributário (ABAT). A partir desta edição, o profissional vai contribuir com a divulgação de informações referentes a impostos e tributação. Contatos: www.contactassessoria.com.br edson.oliveira@ contactassessoria.com.br

Walter Ihoshi

lança Frente Parlamentar para Desoneração dos Medicamentos

A Frente Parlamentar para Desoneração dos Medicamentos, presidida pelo deputado federal Walter Ihoshi, foi lançada para mostrar que o acesso aos medicamentos é um direito de cada cidadão. “O Brasil está desalinhado com o resto do mundo, que paga em média 6% de tributos. A minha responsabilidade como parlamentar é mudar esse cenário”. Temos a tributação mais alta do mundo sobre medicamentos: 33,9%. Além disso, somente 20% dos medicamentos são cobertos pelo governo e 55% da população não tem condições financeiras de comprá-los. De acordo com Ioshi, o ideal seria isentar os medicamentos de tributos, a exemplo de países como Estados Unidos, México, Canadá, Venezuela e Reino Unido. Enquanto isso não acontece, segundo ele, uma desoneração gradativa já faria diferença no bolso do consumidor.

Descascador de legumes em formato de apontador de lápis gigante chega ao mercado no Reino Unido Novo acessório retira a pele dos vegetais em menos de 30 segundos e protege dedos dos usuários contra cortes

Um novo utensílio de cozinha foi lançado no Reino Unido com o objetivo de tornar mais prática, segura e divertida a tarefa de descascar legumes como abobrinha, cenoura, nabo e mandioquinha-salsa. Conhecida como Karoto, a novidade, que se parece e funciona como um apontador de lápis gigante, retira a pele dos vegetais em menos de 30 segundos. Segundo os inventores, as aparas dos legumes descascados podem ser usadas para decorar saladas, já que os britânicos estão cada vez mais “viciados” séries televisivas e reality shows comandados por estrelas do mundo da gastronomia. Eles também lembram que o design do Karoto protege os

dedos dos usuários contra cortes feitos por facas ou descascadores tradicionais. O divertido acessório de cozinha está sendo vendido no Reino Unido por 9,95 libras.

Embora seja muito fácil e seguro de operar, o equipamento não deve ser usado como brinquedo por crianças, conforme alertam os responsáveis pela invenção.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)


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