Jornal Entreposto | Outubro 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Outubro de 2014

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ANO 15 - Nº 173

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

Batata segue entre os líderes do mercado

Embalagem ainda é desafio para o setor do tubérculo ll Quase 100% dos sacos de batata que chegam ao entreposto são de 50 quilos, mas de acordo com estudo realizado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, a preferência dos permissionários é pela embalagem menor, de 25 quilos. A mudança no padrão de acondicionamento e diminuição do manuseio são os maiores desafios a serem enfrentados por produtores e atacadistas.

Pág 8 a 10

guia de negócios

FLORICULTURA

PADRONIZAÇÃO

Anuário Entreposto é divulgado para Atacadista Shimano supermercados com apoio da Apas investe em llUma parceria com a Apas - Associação Paulista de Supermercados, permitiu a distribuição de 5 mil exemplares do Anuário Entreposto 2014 junto com a Revista Super Varejo. Esta ação deu início a uma mega divulgação do guia, que encontra-se à disposição na Internet para os interessados em gerar novos negócios com atacadistas dos entrepostos de São Paulo Acesse o site e saiba mais:

http://bit.ly/ZGKcWW

Empresa do setor de batatas mudas para reforça jardins no identidade cinturão verde corporativa Pág 18

Pág 20

Pág 14

/JornalEntreposto


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LEIA TAMBÉM... TAMBÉM... LEIA Consultoria acompanha comercialização na Kibel Agro

Galeria de Fotos Femetran

#18 #5 #12 #14 FRUTAS

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

Fraude Empresarial: a cultura é a culpada

Sítio Shimano investe em mudas para jardins

Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014

#19

#20

#16

Mudanças climáticas já causamConsumo de flores e queda da produtividade agrícolaplantas ornamentais no no mundoBrasil: a importância das

# 18

#22

2ª feira 6h às 21h

MFE-B/C

6ª feira

Sábado

6h às 21h

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

3ª a 5ª feira

6h às 20h

MFE-A

6h às 20h

6h às 20h

HF’S

LEGUMES Pavilhão

2ª à 5ª feira

6ª feira

Sábado

AP’s

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

VERDURAS Sábado

Pavilhão

2ª feira

3ª a 5ª feira

MLP

6h às 21h

12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

6ª feira

ABÓBORAS Pavilhão

2ª à Sábado

MSC

8h às 20h

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS Pavilhão

2ª à 6ª feira

Sábado

BP’s

6h às 20h

6h às 17h

PESCADOS

datas comemorativas

Mercedes-Benz aprimora De Nigris celebra 50 anos Atego, Axor e Actros

#19

Pavilhão

Pavilhão

3ª à Sábado

Pátio da Sardinha

2h às 6h

FLORES Pavilhão

#20 Entreposto Romances do Livro famosos indica obras disponíveis no literárias Entreposto do Livro

3ª e 6ª feira

2ª à 5ª feira

5h às 10h30

MLP Praça da Batata

2h às 14h

SAZONALIDADE

FRUTAS

contatos úteis FORTE REGULAR FRACA

JUN

JUL

ABACATE KIWI

Indicador de boa oferta dos produtos comercializados no mercado. Tendência de baixa nos preços.

PINHA BANANA-CATURRA

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: BANANA-PRATA BANANA-MAÇÃ (11) 3643-3945 HORTALIÇAS FRUTOS - comunicacao@ceagesp.gov.br JUN JUL

#17

ABÓBORA SECA

CAQUI

COCO Departamento de Armazenagem: ABÓBORA HOKAIDO FIGO

ALHO PORÓ (11) 3832-0009 - depar@ceagesp.gov.br MORANGO JILÓ

NÊSPERA

MAXIXE Departamento de Entreposto da Capital: PÊRA PIMENTA PINHÃO (PIMENTÃO 11) 3643-3907 depec@ceagesp.gov.br VERMELHO TOMATE

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN Departamento de Entrepostos do Interior: MIMOSA/MEXERICA (11) 3643-3950 - ceagesp@ceagesp.gov.br HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA Centro de Qualidade Hortigranjeira: AGRIÃO PERA IMPORTADA

COUVE-BRÓCOLO (11) 3643-3827 - cqh@ceagesp.gov.br UVA IMPORTADA CHEIRO-VERDE

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Diretor Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Responsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848

Edição Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /Artes Letícia Doriguelo Benetti

Colaboradores Anita Gutierrez e Manelão

Web Master Michelly Vasconcellos

Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita Redação Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed II - loja 14A CEP 05314-000 Tel.: 11 3831.4875

E-mail

contato@jornalentreposto.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os subscrevem.

COUVE-MANTEIGAde São Paulo (Pescado): HORTALIÇAS TUBEROSAS Frigorífico COUVE-FLOR BATATA-DOCE (COUVE-CHINESA 11) 3643-3854 / 3893 / 3953 BATATA-SALSA COUVE-RABANA

Portaria do Pescado: ESPINAFRE (11) 3643-3925 MOSTARDA MOYASHI

CARÁ CEBOLA CENOURA GENGIBRE

REPOLHO CEAGESP de Alimentos: Banco INHAME/TAIÁ RÚCULA (11) 3643-3832

MANDIOCA/AIPIM

BROTO BAMBU

NABO

RADITE

CEBOLA IMPORTADA

JUN

JUL

Mu pr Ro Liv No 20 Me Pá Ju Pá


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FINAL DE ANO ANTECIPADO FORD CAMINHÕES. VOCÊ SÓ TEM ATÉ NOVEMBRO PARA APROVEITAR A TAXA DE FINANCIAMENTO DO FINAME E AINDA RECEBER UMA OFERTA EXCLUSIVA NOS DISTRIBUIDORES FORD CAMINHÕES. NÃO PERCA.

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notas Aplicativo integra frotistas e transportadoras

llO TruckPad é um aplicativo gratuito para smartphones que conecta o caminhoneiro à carga. O frotista pode acessar ofertas de cargas em todo o Brasil, compartilhar sua localização com seus clientes embarcadores e família e ainda enviar comprovantes das entregas realizadas. Da mesma maneira, empresas de transporte podem localizar os caminhoneiros através de geolocalização.

Pesquisadores do IEA avaliam o emprego formal agropecuário em SP

llO Instituto de Economia Agrícola constatou que no ano passado o Brasil teve um crescimento de 3,1% na geração de empregos em comparação ao ano anterior. A agropecuária teve o menor desempenho dentre todos os setores, com aumento de 0,9% no número de postos de trabalho formais. Para ler o artigo na íntegra, acesse: o site do IEA.

MPA E MAPA fortalecem cooperativismo no setor pesqueiro

llO Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicaram no Diário Oficial da União (DOU), edital de chamamento público para a seleção de propostas de fomento ao associativismo e cooperativismo nas suas diferentes formas, voltado ao setor pesqueiro e aquícola. O investimento previsto é de R$ 1,7 milhão.

ll Seminário sobre Manejo Estratégico de Pragas Exóticas

ll O evento terá como foco pragas como Helicoverpa armigera, cochonilha rosada, mosca branca e mosca de fruta, que são problemas em diversas culturas, como amendoim, feijão, milho, café, citros, hortaliças e frutas. Temas: introdução de pragas exóticas no Brasil, quarentenário, sistemas de informação para análise de riscos de introdução, estabelecimento e dispersão de pragas.

Tratorag inaugura concessionária em Indaiatuba

llO grupo Tratorag, concessionária John Deere que atua no interior de São Paulo, inaugurou em 8 de outubro uma filial em Indaiatuba.A nova concessionária está instalada em uma área de mais de seis mil m2 e está localizada próxima a Rodovia Santos Dumont, importante via de acesso na região. A Tratorag posui showroom de máquinas, oficinas e depósito de peças.

Tabela de sazonalidade Produto

Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacaxi Abacaxi Abóbora Abóbora Abóbora Abóbora Abobrinha Abobrinha Acelga Agrião Alcachofra Alecrim Alface Alface Alface Alface Alface Alho Alho Alho-poró Almeirão Almeirão Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Atemóia Banana Banana Banana Banana Banana Banana Batata Batata Batata Batata-doce Batata-doce Berinjela Berinjela Berinjela Beterraba Beterraba c/ folha Brócolis Brócolis Caju Capim-cidreira Caqui Caqui Caqui Caqui Cará Carambola Catalonha

Grupo Varietal

Avocado Hass Avocado Fuerte Breda Fortuna Geada Margarida Quintal Pérola Havaí Japonesa Moranga Paulista Seca Brasileira Italiana

Americana Crespa Lisa Mimosa Romana Branco Roxo Pão-de-açúcar

Estrangeira Americana Estrangeira Espanhola Estrangeira Argentina Estrangeira Chilena Maçã Nanica climatizada Ouro Prata - MG Prata -SP Terra Beneficiada lisa Benef. comum (lavada): (1) Comum (escovada): (2) Amarela Rosada Comum Conserva Japonesa

Ninja

Fuyu Giombo Kyoto Rama Forte

Out Nov Dez

Produto

Cebola Cebola Cebolete Cebolinha Cenoura Cenoura c/ folha Chicória Chuchu Coco-seco Coco-verde Coentro Couve Couve-flor Endro Erva-doce Ervilha Escarola Espinafre Figo Gengibre Goiaba Goiaba Hortelã Inhame Jabuticaba Jaca Jiló Kiwi Kiwi Kiwi Kiwi Laranja Laranja Laranja Laranja Lichia Limão Louro Maçã Maçã Maçã Mamão Mamão Mandioca Mandioquinha Manga Manga Manga Manjericão Manjerona Maracujá Maracujá Maxixe Melancia Melão Mexerica Milho-verde Morango Morango Mostarda Nabo Nectarina

Grupo Varietal

Roxa

Torta

Branca Vermelha

Redondo Estrangeiro Chileno Estrangeiro Nova Zelândia Estrangeiro Italiano Seleta Lima Pera Baia Tahiti Nacional Fuji Nacional Gala Nacional Golden Formosa Havaí

Haden Palmer Tommy Atkins

Azedo Doce Redonda Amarelo Rio Camiño real

Out Nov Dez

Produto

Nectarina Nectarina Nêspera Orégano Pepino Pepino Pepino Pera Pera Pêssego Pêssego Pêssego Pimenta Pimenta Pimenta Pimentão Pimentão Pimentão Fruta-do-conde Pinhão Quiabo Rabanete Repolho Repolho Rúcula Salsa Salsão Salsão Sálvia Tangerina Tangerina Tangerina Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomilho Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Vagem Vagem

Grupo Varietal

Out Nov Dez

Estrangeira Espanhola

Caipira Japonês Estrangeira Rocha Estrangeira Williams Estrangeiro Americano Estrangeiro Espanhol Cambuci Verde-americana Vermelha Amarelo Verde Vermelho

Roxo Verde-liso

Branco Verde Cravo Murcott Ponkan Maduro Longa Vida (Achatado) Maduro Santa Cruz (Oblongo) Mad. Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Salada Longa Vida (Achatado) Salada Santa Cruz (Oblongo) Salada Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Caqui Cereja Benitaka Brasil Centenial Estrangeira Crinsson Itália Niagara Red Globe Estrangeira Red Globe Rubi Thompson Macarrão-curta Manteiga ÓTIMA OFERTA OFERTA MÉDIA OFERTA BAIXA

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

Estrangeira Americana

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial


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ARTIGOs

Qualidade Quase toda a melhora na qualidade Vem através da simplificação do design, fabricação...,Layout, processos eprocedimentos. Tom Peters

A

qualidade é um atributo que pode assumir definições diferentes. Para Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, é fazer algo direito quando ninguém está olhando. De qualquer forma, é inegável que a busca pela excelência na qualidade vem adquirindo mais importância a cada ano, em todos os setores. Em 2011, um estudo sobre o movimento da qualidade no Brasil, realizado em parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) expôs umpanorama bastante positivo, em relação à postura do empresariado na adoção de processos que garantam a qualidade. Há alguns anos, esse atributo vem sendo trabalhado de uma forma abrangente. Não se trata, apenas, de ter um produto final com qualidade, mas de que TODO o processo de obtenção, do começo da cadeia produtiva até a entrega ao consumidor final, seja permeado por ela. Para alcança-la, o envolvimento e o comprometimento constantes, dos colaboradores da empresa, incluindo o proprietário, são essenciais.

Ela passa a ser uma conseqüência de um trabalho bem feito. É preciso desenvolver um processo/sistema de garantia da qualidade e isso envolve planejamento e aplicação gradual. É aqui que a simplicidade, anunciada na frase de Tom Peters, guru de administração de empresas, vem a calhar. A simplificação dos processos facilita o aprendizado, o controle e a padronização. E por que estes pontos são importantes? Porque um produto que apresenta qualidade SEMPRE, gera no cliente, um sentimento de CONFIANÇA. Se ele confia, compra! Procure definir bem cada etapa, na empresa. Desenvolva métodos de controle eficientes, capazes de prevenir defeitos e, sempre que possível, promova o reconhecimento do trabalho, junto à equipe. Uma vez que tenha instituído um bom sistema de garantia da qualidade é hora dar o segundo passo: a certificação! Mas esse é um assunto para o nosso próximo encontro. Celia Alas Médica veterinária Consultora em segurança e higiene de alimentos Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos celia_alas@hotmail.com

ANUÁRIO ENTREPOSTO

Guia de permissionários fomenta comércio de FLV Consulta à publicação de negócios agora ficou mais fácil llA nova edição Anuário Entre-

posto começou a ser distribuída para os principais compradores especializados do estado de São Paulo. Este ano, a divulgação do guia de negócios editado pelo Jornal Entreposto foi ampliada, por meio de uma parceria com a Revista Super Varejo, da Apas (Associação Paulista de Supermercados), que já distribuiu a publicação a todos os supermercadistas da região metropolitana da capital. Nesta edição, a consulta ao guia de permissionários de FLV

foi facilitada, com a indicação dos 12 produtos mais vendidos na Ceagesp, suas variedades, sazonalidades e principais atacadistas do ETSP (Entreposto Terminal de São Paulo) onde podem ser encontrados esses alimentos em destaque. Em formato editorial, o catálogo apresenta, além da lista de A a Z dos permissionários com seu contado direto, a planta do mercado paulistano, para facilitar a localização dos fornecedores de FLV relacionados no guia.

Fraude Empresarial: a cultura é a culpada Frank Holder,

Chairman da FTI Consulting na América Latina

Heather Raftery,

consultora da área Técnica e Investigativa em Apoio a Litígio da FTI Consulting.

Fraudes ocorrem de forma global e algumas empresas não tem ideia de que isso pode ocorrer diariamente em suas próprias relações de negócios, outras por sua vez, criam controles para tentar impedir que indivíduos entrem em seus negócios para cometer fraudes; e outras, ainda, terceirizam a segurança com a contratação de auditores externos. Essas táticas e estratégias ajudam, mas são limitadas. As empresas precisam criar ambientes com menores riscos de fraude. Para tal, as organizações, primeiro precisam entender sua própria ecologia corporativa -- as inter-relações entre as pessoas e o local de trabalho -- e desenvolver controles para a natureza desses sistemas. Hoje, em um mundo cada vez mais interconectado, tecnologias digitais permitem que negociações sejam realizadas em um piscar de olhos. Este ambiente ajuda a disfarçar as identidades e maquinações das pessoas que estão conduzindo o negócio. Desta forma, a fraude se torna mais sofisticada e evasiva. Diante desse cenário, o impacto da fraude nos negócios tem aumentado de forma similar. Em sua pesquisa de 2014, a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) estimou que as fraudes geram perdas anuais de 5% na renda de uma empresa, com custo médio - por incidente - avaliado em U$145,000. As perdas globais em 2013 se aproximaram de U$3.7 trilhões. Globalmente, a apropriação ilegal de bens representa a grande maioria da atividade fraudulenta, sendo aproximadamente 85%

dos casos totais das fraudes ocupacionais em 2013, com um custo médio de U$130,000 por caso. Fraude por declaração financeira foi mais raro -- apenas 9% de casos registrados envolviam declarações financeiras incorretas, mas nesses casos, a perda estimada por incidente excedeu U$1 milhão. Uma curiosidade é que dois ou mais tipos desta fraude ocorreram juntas em 30% das vezes. De acordo com o relatório da ACFE, os setores mais impactados pelas fraudes são os financeiros/ bancos, governo e administração pública, e indústria; dentro desses setores, o imobiliário, mineração, e óleo e gás registraram as maiores perdas médias. No entanto, é importante notar que as fraudes diferem por regiões. Enquanto que as declarações financeiras errôneas são as mais comuns nos Estados Unidos e Canadá, nas economias em desenvolvimento como as da América Latina e Ásia, a corrupção domina. Portanto, empresas operando em múltiplas jurisdições precisam levar em consideração diferenças regionais quando traçarem suas estratégias contra fraude. Em outras palavras, não existe uma única medida a ser tomada para resolver todos os problemas em relação à fraude. Mesmo assim, por mais desafiante que seja desenvolver uma visão customizada, essa se torna crucial. Segundo a pesquisa da ACFE, mais da metade das empresas que registraram casos de fraude não recuperaram nenhuma de suas perdas, apenas 14% tiveram suas perdas recuperadas inteiramente. Prevenção da Fraude É quase impossível identificar um fraudador em potencial com

qualquer grau de certeza. A maioria das pessoas que cometem fraude a estão praticando pela primeira vez. Apenas 5% dos fraudadores pegos tinham uma condenação anterior. Portanto, não importa o quão correto uma análise do passado é conduzida, a possibilidade de desmascarar uma pessoa que eventualmente vai roubar da empresa é muito pequena. Isso não quer dizer que as empresas devem negligenciar a condução de análises nos processos de contratação. Da mesma maneira que é feito com auditores internos e externos, processos de seleção estão entre as primeiras linhas de defesa das empresas e precisam permanecer como práticas. Porém essas práticas não são tão eficientes como se acredita. As estatísticas da ACFE mostram que a auditoria externa, essencial para boa governança corporativa é o meio menos efetivo em controle de fraudes, detectando apenas 3% de fraudes, comparado com 7% que são descobertos por acidente. Já a implementação de controles internos é mais eficiente e obviamente, mais pró- ativa, do que auditores externos pós fato. Esses controles devem incluir revisões de gerenciamento, análise de dados das transações em tempo real (ou o mais perto disso), programas desenvolvidos de denúncias, análises rigorosas de clientes e parceiros e uma vasta gama de estratégias de Compliance, incluindo linhas para denúncias, entrevistas qualitativas com empregados e um processo para continuamente estar em contato com os funcionários. Essas estratégias não só auxiliam empresas a manter o controle dos seus negócios, como também ajudam a deter potenciais fraudadores que se aproveitam da falta de atenção de uma empresa para esse assunto.


EVENTO

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Feira destaca novas soluções para o transporte de perecíveis FEMETRAN 2015

14ª edição do evento será realizada em maio do ano que vem no entreposto da capital

llUma série de novidades na área promocional deve surpreender a visitantes e expositores da próxima Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produto Hortifrutícolas, cuja nova infraestrutura será um dos seus diferenciais em 2015. Repaginada para atender às novas demandas da cadeia produtiva de frutas, hortaliças, flores e pescados, a mostra do ano que vem também sediará a primeira edição do Seminário de Logística de Cargas Perecíveis, no qual será lançada uma pesquisa específica abordando o tema na Ceagesp. O objetivo é reunir, além de produtores, permissionários e representantes do varejo, especialistas e outros profissionais do setor durante a exposição na capital. Segundo a organização do evento, os debates e palestra serão transmitidos ao vivo pela Internet, por meio da TV Entreposto. Nas três primeiras edições do ano que vem, o Jornal Entreposto publicará cadernos especiais focados na distribuição de produtos agríco-

las in natura. Em maio, mês da Femetran, sinalização personalizada será espalhada pelo entreposto da capital, e equipe promocional divulgará o evento nas portarias do mercado durante os quatro dias da feira em maio. Para fomentar novos negócios entre expositores e permissionários, reuniões setoriais também serão promovidas durante a 14ª edição da Femetran. “Esta será uma edição especial, na qual vamos aproximar ain-

da mais os atacadistas das empresas que expõem suas novidades no maior centro logístico de alimentos latino-americano”, garante o diretor comercial do evento, Felipe Gorinelli de Jesus. Idealizada em 2002 para atender à necessidade de modernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran continuará destacando as múltiplas e potenciais oportunidades que o

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segmento oferece. Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte, manutenção de veículos, refrigeração, embalagens e as demais formas contemporâneas de logística para a comercialização de produtos agrícolas, a feira apresentará aos executivos, gestores e demais profissionais do setor todas as inovações necessárias ao correto escoamento do alimentos, da produção até o varejo. “Além de reunir to-

dos os agentes dessa imensa cadeia produtiva e promover parcerias e novos negócios, outra função da Femetran é contribuir para a melhor organização e estruturação do setor”, reforça o executivo. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelam que 90% do transporte dos produtos hortícolas é realizado por meio de caminhões. O entreposto paulistano da Ceagesp recebe, diariamente, cerca de dez mil veículos do gênero, o que faz do transporte e das tecnologias de embalagens ferramentas fundamentais para a preservação da qualidade dessa produção oriunda das mais diversas zonas agrícolas do país. Todos os dias, passam pelo ETSP (Entreposto Terminal de São Paulo) dez mil toneladas de alimentos, perfazendo uma movimentação de R$ 15 milhões/dia. O evento também conta com o apoio de toda a cadeia produtiva que integra as principais centrais de abastecimento do Brasil, parceiros institucionais e expositores.

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Festival do Pescado Ceagesp agora abre também aos sábados e domingos para o almoço ZEKA VIDEIRA

José Carlos Videira llA pedido dos frequentadores, o Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp passou a abrir também aos sábados e domingos para o almoço. Além dessas duas novas opções de funcionamento, o evento continua no horário normal de quarta a sexta, a partir das 18h. Aos sábados, funciona das 11h às 17h para o almoço, com direito a chope em dobro. Depois, reabre às 18h, e vai até as 2h da manhã. Aos domingos, passa a funcionar a partir das 11h e vai até as 17h. Mais de seis mil pessoas já foram conhecer de perto o Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp, desde o dia 3 de setembro. Somente de camarão, já foram consumidos mais de 4 toneladas. O evento tem por objetivo incentivar o consumo de peixes, mostrar aos frequentadores todas as opções de preparo e dar destaque ao Setor de Pescados do Entreposto da Ceagesp na capital paulista. Desde o início da sua segunda temporada, o Festival já apresentou aos frequentadores quase 20 peixes diferentes. “São sempre três peixes, de mar e de rios, todas as semanas”,

zoom DELIVERY Quem preferir, pode pedir pratos do Festival para entrega em casa. Neste segundo ano do evento da Ceagesp, passou a funcionar um serviço de Delivery. Os pedidos podem ser feitos pelo telefone 11-2858-4388 ou diretamente pelo site www.festivaldopescadoceagesp.com.br. A taxa de entrega é de R$ 6. Serviço: Festival do Pescado e Frutos do Mar Ceagesp 2014

ressalta um dos responsáveis pela organização do evento, Jair Legnaioli. Entre os peixes, já foram servidos no festival receitas com Badejo, Pirarucu, Linguado, Traíra, Tubarão, Piraíba e Truta. Segundo Legnaioli, em média, 250 kg de cada um dos pei-

xes são consumidos semanalmente pelos frequentadores. Outras atrações fazem muito sucesso no festival. A Paella à Marinara, feita num tacho de 1,20 m de diâmetro, e os camarões assados na brasa e servidos à vontade nas mesas, são

atrações à parte. No total, são quase 40 opções diferentes de pratos feitos à base de peixes e frutos do mar. Tudo isso, por um preço único de R$ 69,90 por pessoa, incluindo as entradas, saladas e os diversos acompanhamentos.

Quando: Até 7 de dezembro. Quarta e quinta, das 18h à meia-noite; sexta, das 18h às 2h; sábado, das 11h às 2h. Domingo, das 11h às 17h. Preço: R$ 69,90 (por pessoa). bebidas e sobremesas são cobradas à parte. R$ 29,90 para quem for tomar apenas as sopas. Pagamento: cartões e dinheiro. Onde: No antigo prédio do Unibanco. Entrada: Portão 4 da Ceagesp (Av. Dr. Gastão Vidigal - Vila Leopoldina). Estacionamento: Portão 4, R$ 5,00 www.festivaldopescadoceagesp.com.br


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CQH

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BATATA

Estagiárias de nutrição do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp: Juliana Cesário Arogi e Luiza Bastos Cavalcanti de Albuquerque cqh@ceagesp.gov.br

Avaliação da qualidade do preenchimento da nota fiscal do produtor de batata llA Ceagesp é o mais importante

mercado atacadista de frutas e hortaliças da América Latina. Os registros do Sistema de Informação e Estatística de Mercado (SIEM) de 2013 mostram 238.550 toneladas de batata no entreposto de São Paulo, originárias principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Na portaria de entrada da Ceagesp é coletada uma via nota fiscal enviada pelo produtor. A nota fiscal é o documento fiscal que registra as operações de circulação de mercadorias e de prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Ela atesta a responsabilidade do produtor e do comprador, previne atritos comerciais, a comercialização clandestina e a concorrência desleal, abastece o sistema de informação e estatística de mercado e é uma das ferramentas de garantia de rastreabilidade, exigida por lei. O recebimento da quota-parte do ICMs, um recurso muito importante, para os municípios produtores de hortaliças e frutas e a manutenção do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem, exigem o preenchimento correto da Nota Fiscal do Produtor. O trabalho, feito por estagiárias

de nutrição do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, avaliou a qualidade de preenchimento da nota fiscal, verificou o recebimento do produto pelo atacadista e enviou correspondência ao produtor, ao governo municipal e à organização de produtores solicitando melhoria de preenchimento da Nota Fiscal do Produtor. O trabalho começou com a avaliação da nota fiscal e englobou entrevistas com os atacadistas e análises em laboratório. Foram coletadas as notas fiscais de batata, pela Portaria da Ceagesp, durante uma semana do mês de agosto (01/08/2014 até 08/08/2014). Cada atacadista, que recebeu uma carga de batata, entre 01/08/2014 e 08/08/2014, foi visitado. Na visita foram levantadas as seguintes questões: se o produto referido na nota havia sido recebido, qual a variedade e classificação deste produto, qual o tamanho da embalagem recebida, se o produtor era também classificador e qual o preço de venda praticado no dia. A partir destas informações foi criado um banco de dados. A análise estatística foi realizada utilizando-se o excel®.

Foram coletadas 260 notas fiscais, ao final de uma semana, sendo que 130 eram documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (DANFE). Aqui estão alguns dos resultados da avaliação de preenchimento destas notas fiscais: lA data de coleta foi informada em

95% das notas fiscais.

l No período estudado, foram re-

cebidas notas fiscais de três estados: São Paulo (81%), Minas Gerais (18%) e Paraná (1%).

lOs municípios de origem mais ex-

pressivos e que somam 80% das notas fiscais recebidas, foram: Casa Branca (17%), Buri (8,8%), Vargem Grande do Sul (8,1%), Itapetininga (5%), Cesário Lange (4,2%), Mogi Guaçu (3,1%), Patrocínio (3,1%), Pirassununga (3,1%), Bady Bassitt (2,7%), Ibiúna (2,7%), Ipuiuna (2,7%), Mombuca (2,7%), Bebedouro (2,3%), Itobi (2,3%), Pirajú (1,9%), Senador Amaral (1,9%), Bom Repouso (1,5%), Carmo da Cachoeira (1,5%), Leme (1,5%), Porto Fer-

reira (1,5%), Caldas (1,2%), Divinolândia (1,2%), Monte Carmelo (1,2%) e Taquarivaí (1,2%). lOs dados do transportador estavam incompletos em 80% das notas fiscais. O nome do transportador foi preenchido em 75% das notas fiscais e a placa dos veículos em 83%. l O peso médio transportado pe-

los veículos foi de 14.857 kg e a quantidade média de embalagens transportadas foi de 301 sacos com peso médio de 50 kg.

l Os dados do destinatário esta-

vam completos (nome ou razão social, CNPJ/CPF, endereço, município, estado e inscrição estadual) em 57% das notas fiscais coletadas, incompletos em 42% e incorretos em 1%.

l O tipo de operação comercial foi

declarado em todas as notas, sendo a maioria venda (97,3%).

l O valor unitário médio declarado

na nota fiscal foi de R$ 20,50, variando de R$6,00 a R$ 70,00. O valor total médio declarado por nota fiscal foi de R$ 6.232,00, variando de R$ 200,00 e o máximo foi R$

22.880,00. A declaração incorreta do valor e da classificação prejudica o produtor na eventualidade de atritos comerciais, diminui a arrecadação da quota-parte do ICMs do município produtor e o recurso destinado para o SENAR e para a Previdência Social. l A variedade não foi declarada em 91% das notas fiscais. l A classificação não foi declarada

em 73% das notas fiscais.

A quase ausência da especificação da variedade na Nota Fiscal mostra a pouca importância dada à qualidade culinária e à satisfação dos consumidores de batata, por produtores e atacadistas. Os registros de consumo do POF-IBGE mostram, entre 2002 e 2008, uma diminuição de consumo per capita de batata fresca de 16% e um aumento no consumo de batata frita pronta de 36%. A importação de batata pelo Brasil, na busca das indústrias por variedades de melhor qualidade culinária, mais que dobrou entre 2000 e 2013, de 10 mil para 23 mil toneladas. Sinal vermelho para a batata de baixa qualidade culinária.


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BATATA Cortex

MORFOLOGIA

Anel Vascular Periderme (Casca) Medula Externa Medula Interna Lenticela

Escama Foliar

Olho

PRINCIPAIS VARIEDADES COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Ilustração: Bertoldo Borges Filho

VARIEDADES

Bintje

Baraka

Asterix

Ágata

Caesar

Cupido

Markies

Monalisa

Variedades

Formato

Coloração da casca

Coloração da polpa

Consistência da polpa

Melhor utilidade

Ágata

Oval

Amarela (Lavada)

Amarelo-clara

Muita água

Cozinhar e assar

Asterix

Oval alongado

Vermelha (Lavada)

Amarelo-clara

Seca e firme

Cozinhar e fritar

Baraka

Oval

Amarelo-clara (Escovada)

Amareloclara

Seca e firme

Cozinhar, assar, fritar e massa

Bintje

Alongado

Amarela (Lavada)

Amarelo-clara

Seca e firme

Cozinhar, assar e fritar

Caesar

Oval alongado

Amarela (Escovada)

Amarela

Seca e firme

Fritar e assar

Cupido

Oval

Amarelo-clara (Lavada)

Amarelo clara

Muita água

Cozinhar e assar

Markies

Oval alongado

Amarela (Escovada)

Amarela

Firme

Cozinhar, assar, fritar e massa

Monalisa

Oval alongado

Amarelo-clara (Lavada)

Amarelo clara

Muita água

Cozinhar e assar

Mondial

Alongado

Amarela (Lavada)

Amarelo-clara

Seca e firme

Cozinhar e assar

Mondial

DEFEITOS PROIBIDOS Podridão

Esverdeamento

Brotado

Ferimento

Defeito de polpa

Dano por praga


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CQH revela a importância da batata na comercialização do ETSP Estagiárias de nutrição do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Juliana Cesário Arogi e Luiza Bastos Cavalcanti de Albuquerque

ll A Ceagesp, através do Centro de Qualidade em Horticultura (CQH), realizou estágio com estudantes de nutrição com o objetivo de compreender o panorama de comercialização da batata no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), levantando informações no mercado sobre: l Principais variedades e

classificações das batatas comercializadas;

l Características de

comercialização da batata;

lPrincipais embalagens utilizadas

para comercialização da batata;

lPrincipais destinos da batata

comercializada;

l Qualidades culinárias de cada

variedade da batata.

O estudo completo A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) é o mais significativo mercado atacadista de frutas e hortaliças da América Latina. A batata é um produto de grande importância na comercialização do ETSP, e em 2013 ocupou o terceiro lugar em volume de comercialização, com 238 mil toneladas, 7% do volume, atrás somente da laranja com 11% e do tomate com 9%. As principais variedades de batata produzidas no Brasil e comercializadas na Ceagesp são ‘Ágata’, ‘Asterix’, ‘Bintje’, ‘Markies’, ‘Cupido’, ‘Baraka’, ‘Caesar’, ‘Monalisa’ e ‘Mondial’. Existem dois tipos de beneficiamento: lavada ou escovada. A batata escovada pode ser conservada por mais tempo. A batata lavada é mais susceptível à deterioração e apresenta maior descarte que a es-

covada. Algumas variedades como a ‘Caesar’ e a ‘Spunta’ da Argentina têm a casca muito delicada e não suportam lavagem. Existem diferentes finalidades culinárias para cada variedade, como, por exemplo, fritura, cozimento e desidratação. As características culinárias da batata estão relacionadas ao alto teor de matéria seca e do baixo conteúdo de açúcares redutores, que são fatores dependentes de cada variedade. A comercialização da batata no Brasil exige a sua classificação por tamanho e aparência externa. Não existe grande diferenciação de valor por variedade ou por qualidade culinária, como acontece nos outros países de maior produção e consumo de batata. O estudo analisou também dados do ETSP da Ceagesp obtidos da Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES): SIEM-Ceagesp e Cotação de Preços. Os dados foram utilizados para quantificar, qualificar e analisar criticamente, com base em revisão bibliográfica, as informações referentes à comercialização da batata no entreposto paulistano. As informações das notas fiscais dos produtos que entram na Ceagesp são registradas no Sistema de Informação de Mercado ou SIEM- Ceagesp: produto, variedade ou cultivar, classificação, município e unidade da federação de origem, volume, embalagem (tipo e massa) e o atacadista de destino. Os dados levantados do ano de 2013 foram: o volume por atacadista, o volume do produto por origem por atacadista, o volume por origem por atacadista e ranking dos atacadistas. O Serviço de Cotação de Preços entrevista diariamente os principais atacadistas de cada produtoe informam o preço praticado no dia, além de assinar, para atestar a verdade da informação. Os preços são levantados por variedade, origem, beneficiamento e classificação - o menor preço, o preço mais comum e o mais alto nas vendas daquela empresa naquele dia, para o seu cliente. Posteriormente a informação repassada por cada informante é pon-

derada pela importância do volume do atacadista sobre o volume total do produto no entreposto. Este preço ponderado é o que a SEDES fornece a diversos veículos de comunicação e também é publicado no website da Ceagesp. Foi elaborado um questionário para entrevistar os atacadistas com o objetivo de conhecer a percepção de cada um sobre as variedades comercializadas e a proporção do volume de cada uma no ano, as perspectivas de mudança da proporção entre variedades, as características de cada variedade, a diferença de qualidades entre variedades, a proporção entre as variedades em cada mês, as principais origens de cada variedade em cada mês, os principais problemas de cada variedade, as classificações utilizadas por origem, a proporção dos principais destinos (compradores) por classificação e variedade e os tipos e pesos das embalagens mais utilizadas. A entrevista foi aplicada aos atacadistas, responsáveis por 80% do volume comercializado de batata no ETSP da Ceagesp. Os resultados obtidos foram analisados através de análise estatística descritiva utilizando-se o Excel®. A entrevista com os atacadistas responsáveis por 80% do volume comercializado, mostrou como variedades comercializadas: ‘Ágata’, ‘Asterix’, ‘Caesar’, ‘Cupido’, ‘Markies’, ‘Monalisa’. A ‘Ágata’ foi a única presente em todos os atacadistas, seguida pela ‘Asterix’ A. ‘Markies’ foi a variedade que apresentou menor frequência. A ‘Ágata’ é a variedade campeã em volume de comercialização (79%), e a menos expressiva é a ‘Markies’ (1%). A aptidão culinária da batata, segundo os 13 atacadistas entrevistados, responsáveis por 80% da comercialização de batata na Ceagesp, para a variedade ‘Ágata’ foi cozimento, citada por 11 deles. A ‘Asterix’ foi considerada por 11 dos atacadistas, boa para fritura. A qualidade culinária das diferentes variedades foi medida e correlacionada com as suas características de densidade e matéria seca no laboratório do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp e os resul-

tados do estudo serão divulgados. A batata comercializada no entreposto paulistano é destinada a supermercados (40%), feira (22%), varejo (18%), sacolão (9%), restaurante (9%) e indústria (2%). A batata chega ao entreposto em sacos de 50 kg em 96% dos atacadistas entrevistados, e em 81% dos casos, sai com o mesmo tipo de embalagem (sacos de 50 kg). A proporção dos sacos de 25 kg, que na entrada, representam 4% do volume, cresce para 18% do volume no momento da saída, mostrando a grande proporção de troca de embalagem na Ceagesp. Quando questionados sobre o futuro das embalagens de batata 69% dos atacadistas acreditam que a embalagem vai diminuir para 25 kg. A classificação de maior ocorrência é a Especial (76%) e a de menor é a Noiva (0,2%). Batatas lavadas são as preferidas do consumidor A batata ‘Escovada’, ou ‘Comum’ representa menos de 10% do volume comercializado, segundo os atacadistas entrevistados. A origem das batatas que são comercializadas na Ceagesp, segundo os atacadistas entrevistados, são principalmente Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Nenhum dos atacadistas estava trabalhando com batatas estrangeiras, no momento da entrevista. Observamos que a variedade Ágata é a mais comercializada na Ceagesp. A batata Ágata apresenta uma das maiores produtividades entre as diferentes variedades do tubérculo. No beneficiamento da batata, a lavagem pode acentuar os defeitos do produto, torná-los mais susceptíveis à deterioração e aumentar a porcentagem de descarte. Apesar disto observamos que o maior volume de batatas comercializadas na Ceagesp é de batata lavada. Os atacadistas entrevistados explicam que os consumidores brasileiros não apreciam a batata escovada ou “suja”. Por este mesmo motivo, a comercialização da batata estrangeira não acontece com muita Tabela 1- Valor nutricional em 100 gramas de batata crua

Preferência por embalagem de sacaria

Energia (Kcal)

64

Proteína (g)

1,8

Lipídeos (g)

-

Carboidratos (g)

14,7

Fibras (g)

1,2

Cálcio (mg)

4

Magnésio (mg)

15

Fósforo (mg)

39

Ferro (mg)

0,4

Potássio (mg)

302

Vitamina C (mg)

31,1

Fonte: TACO, 2011

frequência, pois estas batatas são “sujas” e no atual momento do mercado a batata nacional está com o preço menor que a importada. Safra e pós-colheita A colheita de batatas no Brasil ocorre em três safras distintas, com a seguinte distribuição: safra das águas, com colheita de dezembro a março, onde os estados do Paraná e Minas Gerais competem pelo mercado: safra da seca, com colheita de abril e julho, onde o Paraná é o principal provedor e safra de inverno, com colheita de agosto a novembro, onde o abastecimento fica por conta de São Paulo e Minas Gerais. As informações corroboram o que os atacadistas afirmaram na entrevista realizada. Mudança de sacaria Verificamos que a maior parte das embalagens de entrada e saída das batatas comercializadas na Ceagesp é de 50 Kg, porém quando questionados, a maioria dos atacadistas prefere as embalagens menores de 25 Kg. Um dos comerciantes entrevistados disse: “Já era para ter mudado. Falta uma norma nacional. Tinha que ser de 25Kg. É mais vantagem”. A iniciativa de diminuir o tamanho da embalagem evita o desperdício, facilita o trabalho de carga, armazenamento e reduz o esforço físico dos carregadores. Dois grandes desafios devem ser enfrentados por produtores e atacadistas - a diminuição do manuseio da batata no mercado pela necessidade de reclassificação da batata e mudança da embalagem de 50 para 25 kg e a oferta de variedades de melhor qualidade culinária. A origem do tubérculo Originária da região Andina, a batata é uma das maiores fontes de alimentos do mundo, junto com o arroz e o trigo (Paul et al., 2012) e é uma das hortaliças de maior aceitação pelo consumidor. A difusão da batata em outros continentes ocorreu com a colonização pelos países europeus de outros países, inclusive o Brasil. A produção mundial, em 2013, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação - FAO, foi maior que 367 milhões de toneladas, sendo China, Rússia, Índia e EUA os maiores produtores (FAO, 2014). O Brasil responde por aproximadamente 1% da produção mundial. A batata pertence ao grupo dos cereais, tubérculos e raízes, que também incluem o arroz, os pães e massas e a mandioca, por exemplo. O principal nutriente deste grupo é o carboidrato que é a mais importante fonte de energia e o principal componente da maioria das refeições.


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Pêssego: números no Brasil llO Brasil é considerado um grande produtor e grande importador de pêssego, segundo a FAO. Os dados da Alice Web, sistema brasileiro que registra por mês, o volume, o valor, a origem, o destino e o porto de entrada dos produtos importados e exportados pelo Brasil mostra que o volume importado pelo Brasil cresceu de 16 mil em 2008 para 23 mil toneladas em 2013 – 44% em 5 anos. Cerca de metade do volume importado é de nectarina. O bimestre de maior volume de importação é setembro e outubro para pêssego e nectarina, seguidos pelos 1º e 2º bimestre para o pêssego e pelos 1º, 4º e 2º bimestres para a nectarina. A participação do 4º bimestre é maior para a nectarina (20%) que para o pêssego (10%). O IBGE registrou a produção de pêssego em 5 estados 70 I. Evolução participação%%na naexportação exportação mundial de I. Evolução dada participação brasileiros; Rio Grande do Sul, mundial de pêssego e nectarina dos países São Paulo, Paraná, Santa Capêssego e nectarina dos principais países tarina e Rio de Janeiro. O Rio 60 Grande do Sul é o grande estado produtor de pêssego do Brasil (57%). O IBGE não se50 1982 para pêssego de mesa, de pêssego para indústria, como faz o IEA. A produção de pêssego no 1992 40 Brasil não está crescendo, nos últimos anos. E gira em trono de 2002 233.000 toneladas 30 Os dados do IEA – Institu2011 to de Economia Agrícola, mostram pouca variação na pro20 dução paulista de pêssego de mesa – de 29.995 toneladas em 2003 para 29.860 tonela10 das em 2013. Houve grandes mudanças nas regiões produtoras. A pro0 dução de pêssego foi registrada em 40 municípios paulistas Espanha Itália Estados Grécia Chile França em 2003 e em 38 em 2013. RiUnidos beirão Branco, responsável por 41 % da produção em 2013, não teve registro de produção l 7. A Alemanha, a Rússia, a Franem 2003. Os grandes municíça e a Polônia responderam por pios produtores em 2003 foram 50% da importação de pêssego I. Evolução da participação % dos principais Atibaia, Paranapanema, Guae nectarina em 2011. Houve mu- produtores de pêssego piara, Jundiaí e em 2013 Ribeidanças a Alemanha, responsável rão Branco, Paranapanema, I. Evolução da participação % dos principais produtores de pêssego por 40% em 1982, passou a 19% Atibaia e Valinhos. A concenPaís 1982 1992 2002 2012 em 2011. A Rússia, sem registros tração da produção por munide importação até 2002, chegou a China 6,92 16,57 37,96 60,90 cípio cresceu. 18% de participação em 2011. Itália 22,66 19,42 11,52 6,76 O LUPA – censo agropecuário da Secretaria de AgriEstados Unidos 17,64 14,63 10,32 5,37 l 8. A FAO registrou entre 1982 cultura de São Paulo, registrou Grécia 7,00 11,26 4,99 3,86 e 2011, 32 países exportadores de em 2007, 833 propriedades rupêssego e nectarina. A exportaEspanha 7,05 10,50 9,26 3,79 rais que produzem pêssego em ção cresceu quase três vezes, enTurquia 3,90 3,80 3,30 2,92 2.265 hectares e 1 milhão de tre 1981 e 2011, de 584 mil tonelaIrã 0,00 1,25 2,79 2,54 pés de pêssego. das para 1.680 mil toneladas. O município de GuapiaChile 1,88 2,29 2,13 1,65 ra possui o maior número com Argentina 2,68 2,41 1,54 1,47 l 9.A Espanha, a Itália, os Estados 152 UPAs _ unidades de proUnidos, a Grécia, o Chile e a França Egito 0,00 1,08 2,46 1,45 dução agropecuária. A área são responsáveis por 81% do voFrança 6,09 5,44 3,31 1,40 média por UPA, por municílume exportado. A Itália foi de 63% Índia 1,15 0,82 1,06 1,27 pio, vai de menos de 1 hectado volume exportado em 1982 para re a 66 hectares, sendo maior Brasil 1,51 1,20 1,58 1,18 31% em 2002 e 21% em 2011 e a nos municípios de Brotas, MoEspanha cresceu de 2% em 1982, Outros 21,51 9,33 7,78 5,43 coca, Bebedouro, Paranapanepara 27% em 2002 e para 39% em Fonte: FAO ma, Avaré, Borborema. 2011. (Gráfico I)

Pêssego em números no mundo Dados da FAO trabalhados pelos técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP em outubro de 2014 ll A FAO, organização da ONU

que trata de agricultura e alimento, registra, a partir de dados enviados por cada país, a produção, a importação e a exportação de cada país dos principais produtos agrícolas. Aqui estão alguns dos seus dados para pêssego e nectarina:

l 1. A produção mundial cresceu 66% entre 1982 e 2012, de 7 milhões de toneladas para 20 milhões de toneladas, praticamente triplicou, com um crescimento superior a 40% a cada dez anos. l 2. A FAO registrou desde 1982

a produção de pêssego em 31 países. O Brasil foi o 14º maior produtor em 2012, com 233 mil toneladas, com 1,18% da produção mundial.

l 3. A evolução da produção assusta. Em 1982, os Estados Unidos e a Grécia respondiam por 40% da produção do mundo, em 1992 por 34%, em 2002 por 22% e em 2012 por 12%. A participação da China foi de 7% em 1982, para 17% em 1992, para 38% em 2002 e para 61% em 2012. (Tabela I) l 4. A China, a Itália, os Estados

Unidos, a Grécia, a Espanha, a Turquia e o Irã responderam, em 2012, por 86% da produção mundial de pêssego, sendo 61% da China.

l 5. A importação de pêssego mais

que dobrou entre 1982 e 2011 – foi de 567 mil toneladas para 1.400 mil toneladas. A FAO registrou, entre 1982 e 2011, 32 países importadores de pêssego.

l 6. O Brasil foi o 18º maior impor-

tador com 1,8% do total importado no mundo.


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Consultoria acompanha rotina da atacadista Kibel APRIMORAMENTO

Uso de máquina selecionadora evita devolução de mercadoria e desperdício CAROLINA DE SCICCO

ll Para melhorar o atendimen-

to e a qualidade dos produtos da Kibel Agro Comercial, Fernando Kina, proprietário, contratou uma empresa de consultoria e uma vez por semana a rotina de comercialização é averiguada. Especialistas checam o ambiente e apontam se as atividades estão alinhadas com as disposições planejadas pela atacadista ou se atendem às exigências dos órgãos fiscalizadores. “Além de aprimorar meu processo logístico e comercial, a consultoria evita que eu seja autuado por má conduta na manipulação de alimentos”, explica Fernando. A Kibel foi fundada há 26 anos e comercializa batata, cebola, alho, coco, amendoim e pinhão. Num mercado tão amplo, está sempre em busca dos melhores soluções para oferecer produtos diferenciados. A moderna máquina selecionadora de batatas não deixa passar um produto sequer fora dos

padrões. O trabalho de seleção exige tempo. O uso da máquina selecionadora torna a operação de comercialização mais lenta, porém evita que os produtos sejam devolvidos, causando prejuízo para a atacadista. “Muitas vezes a mercadoria rechaçada retorna para o box sem a mínima condição de ser revendida e temos que assumir essa perda”, frisa Kina. Além de trabalhar com produtores parceiros, a quem visita eventualmente, o empresário está sempre captando novos fornecedores. “O mercado está cada vez mais exigente. É a evolução. E estamos seguindo neste ritmo”, declara. A Kibel atende toda a Grande São Paulo e garante entrega com pontualidade. Kibel Agro Comercial Pavilhão: BPE – Box 102 Contato: 3643-7922

Gois reforça identidade corporativa com ações de padronização llSem nenhuma formação espe-

cializada, Edson Nigro Gois começou a trabalhar na atacadista do pai como carregador. Hoje, sete anos depois, a Distribuidora de Produtos Agrícolas Gois expandiu todos os setores e continua caminhando para o crescimento. “Não estudei administração, mas tomo conta do coração da empresa”, conta Edson que começou como carregador e hoje é administrador, motorista e responsável por implantar as ações que impulsionaram a empresa. O pai de Edson trabalha na Ceagesp há 43 anos. “Ele foi uma peça importante na construção do mercado”, comenta o filho com orgulho, que uniu a experiência de família e inovou a maneira de fazer negócios no entreposto. Para começar ele determinou que a companhia devia ter um padrão. Encomendou uniformes identificados para os funcionários, adesivou os veículos e conseguiu dar uma identidade para a Gois. “A padronização nos colocou em um patamar acima”, revela. Outra preocupação era com a rudeza do mercado. Aos poucos Edson conseguiu disciplinar os funcionários, que conhecem noções do mínimo manuseio e segurança alimentar. “Talvez essa tenha sido a mudança mais complicada porque trata-se de

comportamentos culturais. Mas aos poucos conseguimos educar todos os setores”, explica o administrador. Mercado Para Edson, atualmente, o cliente não procura apenas preço. “O gosto do consumidor engloba diversas áreas do mercado como: atendimento, postura dos colaboradores, higiene, manuseio e honestidade na operação”, acredita. A Gois conquistou clientes que deixaram de comprar de empresas grandes-que conseguem fazer um preço melhor- para usufruir de atendimento personalizado. A atacadista se especializou no abastecimento de sacolões e hortifrútis porque estes são considerados os melhores clientes. “Eles pagam num prazo bom e o fato de serem bastante exigentes, transforma o nosso trabalho para melhor”, adiciona. A cartela de produtos inclui cebola, batata, coco seco, alho e amendoim. Depois de implementar tantas ações, Edson aprendeu que “toda mudança causa transtorno, mas que o retorno, em algum momento será compensador”. Gois Produtos Agrícolas Pavilhão: BPE – Box 108 Contato: (11) 3836-2732

CAROLINA DE SCICCO


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Regularidade no abastecimento impulsiona Maçãs Carol

Consulta pública e democracia

llEm apenas um dia, a atacadista Maçãs Carol comercializa cerca de 500 caixas de maçãs, o que corresponde a dez toneladas da fruta. Desde 1992 na Ceagesp, a empresa carrega a experiência de quem conhece o entreposto desde sua fundação. “Eu abri a companhia no início dos anos 90, mas meu pai já atuava no mercado desde a década de 70”, explica Domingos Mantovani Apollari, permissionário. Além de maçãs, produzidas em São Joaquim (SC), a empresa cultiva citros em Tambaú (SP) e frutas de caroço em Paranapanema, também no estado de São Paulo. O setor de transporte da Maçãs Carol foi terceirizado para melhorar a logística e agilizar as operações de outras áreas. “Assim, nos concentramos na produção e venda”, esclarece o empresário. Para a atacadista, a questão do mínimo manuseio e qualidade dos produtos hortifrutícolas está relacionada às exigências do setor varejista. Segundo Domingos, em certas épocas do ano já é possível utilizar embalagens de papelão para acomo-

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

IEA discute a anomalia climática e seus impactos sobre as culturas paulistas llO risco e a incerteza incidente

nos negócios agropecuários estão intrinsecamente vinculados à variável clima. Divulgou-se amplamente que, no primeiro trimestre de 2014, incidiu sobre as lavouras e pastagens a denominada anomalia climática, caracterizada por escassez de precipitações, elevada temperatura média (dia e noite) e alta radiação solar. Em seu conjunto, esses fatores climáticos trouxeram importantes perdas econômicas para os cultivos em plena fase de desenvolvimento e frutificação, ressalta o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta). Iniciada a temporada de plantio da safra de verão e retomado o manejo agronômico das culturas perenes ,”os tomadores de decisão da agropecuária paulista se deparam com novo distúrbio climático, caracterizado pelo atraso no retorno das precipitações ou de sua incidência, porém, de forma irregular e em baixos volumes, incapazes ainda de destravar o início do plantio”, afirmam os pesquisadores do IEA, responsáveis pelo artigo. Para ler o estudo na íntegra, acesse: http://goo.gl/yMHpbN

llTodos sentimos que partici-

dar produtos cítricos. Mas na safra, quando os pomares estão produzindo muito, o valor da mercadoria vai lá embaixo e dificulta os investimentos nesta área.

Para driblar as intempéries e não deixar faltar frutas no mercado, a Maçãs Carol trabalha em parceria com produtores que abastecem a empresa em momentos

de baixa. “Se não tem em uma região, vamos buscar em outra. Nunca deixamos o cliente desabastecido, qualquer que seja o motivo”, garante Appolari.

pamos pouco ou nada das decisões de governo e que a nossa participação está restrita às eleições. Entretanto poucos de nós sabemos que todas as leis, regulamentos e normas do governo são colocadas em consulta pública, para que a população se manifeste, dê a sua opinião, antes da sua implementação. Recentemente duas consultas públicas, muito importantes para os produtores e comerciantes de produtos agrícolas, foram colocadas em consulta pública. A primeira tratava de mudanças do regulamento de Defesa Sanitária Vegetal que abrange os CFO e do CFOC, certificados fitossanitários de origem e de origem consolidado e a segunda de mudanças no PTV – Permissão de Trânsito Vegetal. Os dois documentos são exigidos no trânsito interestadual e internacional para um número grande de produtos e fazem parte do trabalho de prevenção da introdução e disseminação de pragas e doenças quarentenárias. O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp encaminhou as suas sugestões de mudança ao MAPA, à CNA, ao SINCAESP e à APESP, solicitando a diminuição das exigências burocráticas para os produtos que já chegam embalados, rotulados e que não são reembalados no mercado. Hoje estes produtos devem obedecer ás mesmas exigências dos produtos que chegam a granel e são embalados no mercado. Participe das consultas públicas. É a sua oportunidade de opinar. É só entrar na página eletrônica do governo federal. www.consultas.governoeletronico.gov.br/ConsultasPublicas/index.do

Banco de imagens Ceagesp llA procura por fotografias bo-

nitas para ilustrar folhinhas e calendário é maior no fim do ano. O Centro de Qualidade em Horticultura tem um Banco de Imagens que está disponível para os atacadistas da Ceagesp. Fale com a Lili. cqh@ceagesp.gov.br Tel: 11 36433827


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MERCADO

www.jornalentreposto.com.br

Brasnica vai expandir pontos de distribuição no Brasil Atacadista pretende dobrar o número de lojas até o final de 2015 llPioneira no plantio de banana prata no norte de Minas Gerais, a Brasnica, ao longo dos anos, diversificou seu portfólio e adotou recursos inovadores na produção e comercialização de frutas. Atualmente, a empresa também produz mamão, laranja, pokan, cajá-manga, caju, umbu, seriguela e romã. Já são mais 60 mil toneladas de frutas por ano que ocupa 11 mil hectares de terra nas regiões norte e sudeste do país. Seguindo na contramão do atual momento da economia mundial, a produtora e atacadista continua investindo na ampliação dos negócios e desta vez o foco são os pontos de distribuição. “Pretendemos dobrar o número de lojas até o final de 2015”, explica Jamison Pereira, vendedor. A intenção é abranger as capitais do nordeste que, segundo a empresa, é um grande público potencial. “Existe um campo inexplorado nesta região. Realizamos uma pesquisa abrangendo todo o território nacional e chegamos a esta conclusão”, complementa. Para visualizar o resultado de cada filial e estimular metas, a Brasnica realiza reuniões na sede da empresa ou nas outras unidades. Através destes encontros, a empresa define quais são os rumos que cada escritório deve seguir. “O feedback é importante para continuarmos na direção correta”, avalia Evaldo José de Souza, gerente comercial.

Mulheres na colheita de mamão Especializada na produção de banana, a Branica utiliza técnicas modernas na infraestrutura de cultivo e pós-colheita. Depois de extraídos do pé, os cachos são transportados por cabos teleféricos até o packing house, onde passam por processos de higienização, classificação e embalagem. As atividades são sempre vistoriadas por engenheiros de alimentos e agrônomos. Todas as frutas são acondicionados em caixas de papelão, plástico ou madeira produzida com matéria prima de reflorestamento. Para conseguir a delicadeza necessária na colheita do mamão, 80% da mão de obra neste setor é composto por mulheres. “Se colhida muito imatura, essa fruta pode ter problemas para amadurecer depois. Como sua casca é muito fina, movimentos suaves evitam danos”, observa Jamison. Segundo o vendedor, os funcionários são constantemente ins-

truídos em relação ao mínimo manuseio: “Estamos sempre conversando com os carregadores, principalmente aqueles que trabalham na madrugada e recebem as frutas. Pedimos para tratar com carinho”. Banana da Turma da Mônica e Bananinha Cremosa Para incentivar o consumo de frutas entre as crianças, a Brasnica está lançando a Banana da Turma da Mônica. As frutas são menores e ganharam embalagem dos personagens de Maurício de Souza. A versão ainda não está disponível em São Paulo, mas já está sendo distribuída no Rio de Janeiro. Também lançada na Feira Apas, a Bananinha Cremosa Brasnica é um doce composto de banana in natura, com fonte natural de fibras e potássio. Produzida em parceria com uma fábrica de doces mineiros, a Bananinha pode ser encontrada nas versões com e sem adição de açúcar.

Outubro de 2014

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Andef disponibiliza guias de bolso sobre pragas llA Associação Nacional de

Defesa Vegetal (Andef), em parceria com a Agropec, acaba de lançar o QR-Livro sobre 100 espécies de pragas que atacam culturas de frutas tropicais como abacaxi, banana, caju, coco, goiaba, mamão, manga, melancia, melão e uva. Anteriormente, já haviam sido lançadas duas edições: a primeira sobre tomate, pimentão, batata, pepino e cenoura, e a segunda edição sobre milho e sorgo. Os livretos podem ser acessados gratuitamente no portal: http://www.defesavegetal.net. Alguns exemplares da versão impressa dos QR-Livros estão disponíveis para distribuição na secretaria do programa de pós-graduação em entomologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em cada página do guia de bolso tem um código QR que ao ser lido através de um aplicativo instala-

do num smartphone ou tablet conectado à internet, leva o usuário à ficha sobre o inseto, ácaro, fungo, vírus, procarionte, nematoide ou planta invasora. Os QR-Livros sobre milho e sorgo, hortaliças e frutas tropicais somam mais de 250 fichas de pragas com informações resumidas sobre biologia, formas de reconhecimento em campo e orientações gerais sobre manejo e ingredientes ativos registrados para controle da praga em cada cultura, segundo o Agrofit. Além de ter acesso às informações no portal, os usuários podem colaborar enviando fichas sobre pragas e imagens originais ou sugerindo a revisão de conteúdo. O portal Defesa Vegetal foi lançado pela Andef em maio deste ano com o objetivo de promover o uso correto e seguro dos defensivos agrícolas através do incentivo à adoção de boas práticas.


Outubro de 2014

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AGRÍCOLA

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Pesquisa revela técnica para aumentar produção de manjericão

Nova loja da Hortisabor traz conceitos de sustentabilidade

Irrigação e adubação potássica são avaliadas para maior rendimento no cultivo da planta

ll A rede de hortifrútis Hortisabor acaba de inaugurar um novo espaço, desta vez no Itaim Bibi. Além de frutas, verduras e legumes, a loja tem uma ampla mercearia com produtos como azeites gourmet, grãos, castanhas, queijos especiais, frios, itens de higiene, guloseimas, artigos para pets, produtos orientais e muito mais. Para complementar os serviços, padaria, confeitaria e peixaria. Na adega de vinhos os clientes podem contar com a consultoria do sommelier. Um açougue disponibiliza os mais variados cortes especiais de carne. A loja do Hortisabor Itaim é a primeira da rede em que a maioria das geladeiras horizontais possuem portas, iniciativa que ajuda a reduzir o desperdício de energia. A estrutura do hortifruti aproveita muito a luz natural, tornando o ambiente mais sustentável. A lanchonete oferece sucos naturais, pratos variados e sushis. Segundo a administração, a nova loja visa incentivar o estilo de vida saudável e descomplicado.

Alessandra Postali – Esalq

llO manjericão é uma das ervas

medicinais mais populares e úteis na culinária brasileira pelo seu aroma e fragrância. As principais formas de utilização são o manjericão fresco, seco ou em óleo essencial, sendo este último o que possui maior valor agregado. “Muitas pesquisas foram desenvolvidas sobre essa planta para avaliar o rendimento, componentes de produção, teor e composição do óleo essencial, mas poucas se centralizaram nos efeitos da irrigação associada à adubação potássica”, explica o engenheiro agrícola, Jefferson Vieira José. Em sua tese de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação (PPG) em Engenharia de Sistemas Agrícolas, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), José avaliou, sob a orientação da professora Patrícia Angélica Alves Marques do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), as condições para alcançar o máximo rendimento de óleo essencial. “A hipótese era de que diferentes lâminas de irrigação e doses de potássio afetam os componentes da produção do manjericão”, conta o pesquisador. O estudo foi desenvolvido em 2013 na área experimental do LEB. O cultivo foi realizado entre janeiro e dezembro em blocos aleatorizados da área, com parcelas subdivididas e quatro lâminas de irrigação. A técnica utilizada foi o gotejamento, adotando o manejo de irrigação com estimativa de umidade

do solo por meio de dados da sonda de capacitância modelo Diviner 2000®. As lâminas de irrigação e doses de potássio apresentaram incremento no rendimento de óleo essencial. Segundo o trabalho, houve maior produção na menor lâmina, com 56% da capacidade de água de solo atingida. A dose de adubação potássica essencial para o maior rendimento foi de 200 kg por colheita. De acordo com o autor, os resultados de sua pesquisa irão complementar estudos direcionados ao manejo da cultura de manjericão, possibilitando identificar o ponto de equilíbrio entre uma adubação potássica e uma lâmina de irrigação. “Espera-se que os produtores que sustentam a cadeia

produtiva possam utilizar esses resultados para maximizar sua produção também de maneira sustentável”, ressalta. Entre os resultados também se encontra a determinação da evapotranspiração e dos coeficientes de cultivo para a cultura em Piracicaba. Irrigação e adubação potássica Segundo o pesquisador, há relatos de que tanto o déficit quanto o excesso de água são fatores determinantes para o cultivo e produção de determinadas espécies de plantas. No caso das plantas medicinais, o déficit pode afetar o desenvolvimento, o teor e o rendimento do óleo essencial. “O déficit hídrico moderado, por sua vez, tem sido benéfico para o acúmulo de princí-

pios ativos em plantas medicinais e aromáticas, mas com certa redução da produção de biomassa. Porém, plantas irrigadas podem compensar o baixo teor de princípios ativos com maior produção de biomassa, o que resulta em maior rendimento final destes compostos por área cultivada”, ressalta. Já o potássio exerce uma série de funções relacionadas com o armazenamento de energia. Entre as várias funções está o melhoramento da eficiência do uso da água, devido ao controle da abertura e fechamento dos estômatos. Relata-se que em plantas medicinais a variação deste nutriente pode afetar o metabolismo da planta, inclusive a produção de óleos essenciais.


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PRODUÇÃO

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CAROLINA DE SCICCO

Shimano investe em mudas para jardins FLORICULTURA

Funcionários com duas décadas de atuação mantém padronização nos métodos de cultivo

llQuando chegou ao Brasil vindo

do Japão, aos sete anos, Shimano já ajudava os pais na plantação de arroz, feijão e milho no estado do Pará. “Éramos agricultores no Japão e continuamos nosso trabalho por aqui”, recorda. Da região norte, o produtor se mudou para São Paulo e foi cultivar pêssego em Arujá para depois atuar como feirante na Cidade Patriarca. “Quando eu estava em Guarulhos, um colega de profissão me falou que estava plantando flores e que o negócio deu certo”, conta. Foi aí que ele resolveu unir a paixão por flores e a vontade de investir em um novo negócio. Desde 1969 o agricultor cultiva flores e plantas. No começo Shimano produzia cravos, mas como a vida das flores de corte é muito curta, gerava muito desperdício. “Se eu não conseguisse vender na feira de terça, não era possível retornar na sexta com a mesma mercadoria. Se não vende, tem que jogar fora no mesmo dia”. Além disso, flores de corte são mais procuradas em datas comemorativas. Nos outros dias do ano, a demanda é muito baixa. Pensando assim, o empresário decidiu priorizar o cultivo de mudas de plantas para jardins e decoração. Atualmente, Shimano contabiliza mais de 30 variedades diferen-

tes disponíveis no sítio em Mogi das Cruzes: pingo de ouro, mini margarida, lírio do vento e camarão são alguns exemplos. Como ficam acomodadas em vasos, bandejas ou embalagens de longa duração, as mudas não possuem prazo de validade e podem ser transportados diversas vezes sem causar danos em suas folhas. A atacadista Sítio Shimano comercializa plantas na Ceagesp desde o primeiro dia da feira de flores. “Toda terça e sexta-feira eu estou lá. Sempre estive. Desde o começo”, conta o produtor com orgulho. Até anos atrás dois, ele mesmo dirigia o caminhão carregado de mercadoria. Agora um funcionário o ajuda nesta função e também na comercialização. “Chega um momento em que é preciso diminuir o ritmo”, reconhece. Funcionários com duas décadas de atuação no Sítio mantém a padronização nos métodos de produção, enquanto Shimano, auxiliado por agrônomos e autodidata, busca soluções para combater as adversidades do segmento, como pragas e doenças. Além disso, para se manter no mercado por tanto tempo, acredita que o bom atendimento é o primeiro passo. Vendas a prazo para clientes assíduos também colaboram para fidelizar o público. Para o empresário, este ano os

negócios não estão bons. “Jardineiros e paisagistas também reclamam. Acho que a situação está ruim em todos os setores”, avalia. A chegada da primavera também não gerou muita animação. A falta de chuva tem atrapalhado todo tipo de produção agrícola. “Estamos economizando ao máximo. Antes, as bombas de irrigação ficavam ligadas 30 minutos por dia. Tivemos de cortar pela metade o tempo da rega”, explica. De qualquer maneira, as medidas tomadas por Shimano, além de economizarem água, não afetam a qualidade de suas mudas. Sítio Shimano Pavilhão: MLP - Módulo 41-A (Feira de flores)

zoom DURABILIDADE Mudas de jardins são mais resistentes ao transporte, manuseio e nas operações de carga e descarga


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ARTIGO

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Consumo de flores e plantas ornamentais no Brasil: a importância das datas comemorativas

Antonio Hélio Junqueira* Marcia da Silva Peetz **

A

análise da evolução do mercado de flores e plantas ornamentais no Brasil tem mostrado, de maneira inconfundível, a importância do consumo interno na sustentação e dinamização dos negócios setoriais da floricultura nos últimos anos. De fato, a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais direciona para o ambiente doméstico, 96,5% de tudo o que produz. Em 2013, o mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais, movimentou na ponta do consumidor final, R$ 5,22 bilhões, exibindo taxa de crescimento de 8,3% sobre o faturamento total auferido um ano antes. Para 2014, estima-se que o faturamento setorial atíngirá R$ 5,64 bilhões, repetindo a performance de crescimento de 8% sobre o exercício anterior. Atualmente, o consumo per capita anual no País já atinge o valor de R$ 26,27, que, embora fique muito aquém dos parâmetros comparativos em termos internacionais, sinaliza um setor aquecido e em franca expansão, o que favorece os investimentos bem planejados e a confiança no futuro da atividade.

Parte desse desempenho é seguramente devido ao grande vigor econômico sustentado pelo Brasil, com ótimos indicadores sociais recentes de emprego, ocupação e crescimento da renda de amplas parcelas da população. Além destes fatores, há que se considerar ainda outros pontos relevantes da estruturação competitiva do setor, que agrega a modernização técnica e logística da cadeia de distribuição e o crescimento das vendas nos canais de autosserviço. Neste contexto, torna-se extremamente importante refletir sobre a dinâmica do consumo de flores e plantas ornamentais no mercado interno do País, com o objetivo de identificar e qualificar as suas principais condicionantes. Esta é a forma mais direta e segura para que as empresas, cooperativas e entidades setoriais de representação possam oferecer estratégias consistentes que venham a garantir a perenidade deste movimento sustentado de crescimento. O Brasil vem contando, pela primeira vez, com a realização de pesquisas focadas na compreensão global dos hábitos, comportamentos, dinâmicas e determinantes qualitativas e quantitativas das compras de flores e plantas ornamentais. A partir de 2014, o Sindicato do Comércio Varejista de Flo-

res e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo (SINDIFLORES) em parceria com a empresa Hórtica Consultoria e Treinamento passou a realizar o projeto “Pesquisa sobre Expectativas de Vendas de Flores e Plantas Ornamentais nas Principais Datas de Consumo, 2014”. Os resultados obtidos para as comemorações e celebrações ocorridas entre janeiro e setembro de 2014 em relação às espécies preferidas na hora de comprar presentes permitem constatar que as rosas são amplamente dominantes na categoria dos presentes florais, sendo majoritariamente adquiridas na coloração vermelha, especialmente para o Valentine’s Day, Dia das Mães e Dia dos Namorados. As rosas importadas da Colômbia e do Equador adquirem grande penetração nessas datas, respondendo por parcelas significativas do abastecimento das floriculturas nos períodos correspondentes. Apenas para o Dia dos Pais, as rosas não obtêm expressão econômica significativa. As orquídeas conquistam posições relevantes neste mercado, representando entre 19% e 22% das preferências de compra, na maior parte das ocasiões. As espécies preferidas são aquelas que produzem flores de grande tamanho, especialmente quando dispostas em longas inflorescências, como no ca-

so das phalenopsis e cymbidium. Como tendência setorial, a partir de 2014, vem se notando um deslocamento das compras para as mini orquídeas (phalaenospis, principalmente, seguida por denfal e outras espécies). As cestas com flores, para café da manhã, chá da tarde ou happy hour – especialidade de muitas floriculturas e lojas virtuais – ocupam posições destacadas, especialmente na Páscoa, onde são vendidas com chocolates em diferentes apresentações (24%) e para a comemoração do Dia dos Pais (28%). Os buquês e arranjos florais e as flores envasadas ocupam posições intermediárias e variáveis, segundo a data. Algumas especificidades culturais de consumo também são reveladas pela pesquisa. Assim é que o girassol e outras chamadas flores do campo são mais largamente adquiridas para a Páscoa, por ser a flor símbolo desta data. Para este período, também aumentam as procuras por arranjos florais de mesa (23%) e por flores brancas (8%). Para celebrar o início da primavera, crescem as compras de plantas para jardim (15%). Para que a floricultura brasileira possa maximizar o aproveitamento das novas oportunidades de negócios que surgem – especialmente

no contexto do boom imobiliário e da chegada dos macroeventos esportivos mundiais de 2014 e 2016 – será de fundamental importância investir na concepção e execução de um projeto focado no aprofundamento constante do estudo do consumo, tanto no contexto atual, quanto prospectivo nos cenários dos próximos três, cinco, dez e 15 anos. Na contemporaneidade, o consumo reflete aspectos relevantes das expressões identitárias pessoais e grupais e, assim, se reveste de significados narrativos sobre quem somos, o que pensamos e o que sentimos em relação a nós mesmos, ao mundo e à natureza que nos cerca. Compreender e atuar proativamente neste campo exige conhecimento, preparo e foco estratégico. Trata-se, seguramente, de um desafio ao qual produtores, empresários e lideranças da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais não podem mais se furtar.

* Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia proprietária da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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LEITURA Entreposto do Livro indica obras literárias

Falar Bem é Fácil - Um Superguia Para Uma Comunicação de Sucesso

Incidente em Antares

O Livro do Travesseiro

Autor: Erico Verissimo

Autor: Sei Shônagon

Autor: J. C. Michaels

llÉ 11 de dezembro de 1963. Gre-

llEscrito no século X em Quioto

llUma menina que deseja deses-

ve geral em Antares. O fornecimento de luz é interrompido, os telefones não funcionam mais, os coveiros encostam as pás. Dois dias depois, uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem - entre elas d. Quitéria, matriarca da cidadezinha. Insepultos e indignados, os defuntos resolvem agir - querem ser enterrados. Reunidos no coreto, enquanto ninguém os enterra, porém, resolvem acertar as contas com os vivos e passam a bisbilhotar e infernizar a vida dos familiares.

por Sei Shônagon, dama da corte da Imperatriz, o livro é a principal obra da literatura clássica japonesa. Composto por mais de trezentos textos curtos, é um verdadeiro inventário da estética e da cultura do Japão feudal, vistas pelo olhar poético de uma grande escritora. A presente edição e tradução da obra foi realizada por um grupo de professoras da Universidade de São Paulo coordenado por Madalena Hashimoto Cordaro.

Autores: Eunice Mendes, Lena Almeida e Marco Polo Henriques llA obra reúne em um único volume as principais instruções para quem busca aprimorar a capacidade de falar em público. Este superguia 100% prático foi escrito com uma linguagem objetiva e ainda vem acompanhado de cases e ilustrações que facilitam a memorização daquilo que é essencial para uma comunicação eficaz.

ll Histórias de mistério, terror e

www.hortica.com.br llWebsite da empresa de consultoria e treinamento Hórtica, prestadora de serviços técnicos especializados aos segmentos das cadeias produtivas agropecuárias, principalmente da horticultura (flores, frutas e hortaliças). A página tem notícias e análises exclusivas, estudos de tendências e estatísticas atualizadas para as Cadeias Produtivas de Flores e Plantas Ornamentais, Hortaliças, Frutas, Produtos Orgânicos e Mel.

www.souagro.com.br ll O Sou Agro é uma iniciativa multissetorial de empresas e entidades representativas do agro brasileiro. É um canal permanente entre o setor e seus diversos públicos de interesse, especialmente, o cidadão urbano. Utilizando recursos multimídias, o site reúne fotos, podcasts e vídeos, além de notícias em tempo real e cotações. No Mundo Agro, é possível acompanhar eventos, ações de educação, cultura e variedades.

www.apta.sp.gov.br llA Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios coordena e gerencia as atividades de ciência e tecnologia voltadas para o agronegócio. Na página as publicações estão divididas em livros, revistas, boletins e informativo. Segundo a instituição, suas atividades de pesquisa e produção de bens e serviços contribuem para o desenvolvimento regional, inovação científica e tecnológica e para o fortalecimento da economia.

www.iea.sp.gov.br llO IEA realiza pesquisas sobre estatísticas de preço, área e produção, mercados florestais, salários, entre outras, realizadas geralmente em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), que se constituem em fontes para gestão pública e privada. Os levantamentos estatísticos servem de modelo para outras instituições e os preços agrícolas são referência para atacadistas, varejistas e produtores.

Atacadista aposta em parceria com produtores

Alunos conhecem o mercado da Ceasa /ES

II Seminário sobre Manejo de Pragas Exóticas

Ferramenta de gestão facilita produção agrícola

Santa Maria une experiência e tradição

llBatata, cebola, alho, coco e ovos compõe a cartela de produtos da Styllo. São vendidos diariamente 15 mil quilos de batata. Já o alho, tem nacional, argentino e processado. Para garantir a qualidade, ele mantém parcerias antigas e contato direto com os produtores. http://goo.gl/g8ILmv

llNo início do mês, alunos do curso

llA APTA realiza no dia 30 de outubro, o ll Seminário sobre Manejo Estratégico de Pragas Exóticas, com palestras de pesquisadores de suas unidades e de outros institutos. O evento terá como foco pragas como Helicoverpa armigera, cochonilha rosada, mosca branca e mosca de fruta. http://goo.gl/XX4SAh

llUma ferramenta de planejamento específica para fruticultura e olericultura lançada na Agrishow do ano passado está mudando o perfil do empreendedor rural em São Paulo. Trata-se do Produza Fácil Agricultura, elaborado Sebrae-SP em parceria com a Faesp: kit de apoio ao planejamento. http://goo.gl/3rwkZ6

llRoberto Kussaka, proprietário da atacadista Santa Maria, trabalha comercializando batatas há 32 anos. “Comecei com o meu pai, que começou com o meu avô”. O avô de Roberto produzia e o pai vendia no Mercado da Cantareira. As batatas são selecionadas de acordo com o pedido. http://goo.gl/Srlk2f

Firebelly: Uma Viagem ao Coração do Pensamento peradamente a reconciliação de seus pais. Uma adolescente solitária, que odeia o mundo e a si mesma, luta para descobrir a diferença entre o que pode ser e o que deve ser. Um sapo, aparentemente insignificante, que inicia uma longa jornada para escolher entre uma vida confortável como animal de estimação ou a aventura da vida selvagem. Três vidas e três histórias em um romance delicado.

Contos Fantásticos do Século X I X Autor: Ítalo Calvino

suspense de 26 autores selecionados por Italo Calvino para uma série da televisão italiana, em 1983. Todas procuram, atrás da aparência cotidiana dos fatos, um mundo encantado ou infernal. A antologia inaugura uma coleção de livros de contos que irá publicar narrativas curtas de grandes autores da literatura mundial, vertidas para o português por tradutores e escritores brasileiros consagrados.

web www.agrovagas.com.br llCom atuação no segmento de e-recruitment no agronegócio, o foco do site é promover o encontro das pessoas certas com as empresas certas. O ambiente utiliza um software que administra os currículos cadastrados, com as informações essenciais ao processo dispostas de forma inteligente e eficaz e projetada para a otimização de tempo, tanto do candidato quanto da empresa. Cadastre seu currículo gratuitamente.

SITE técnico em administração e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jerônimo Monteiro, localizada no próprio município de Jerônimo de Monteiro, visitaram o entreposto central das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo http://goo.gl/9ug4ct


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Brasil pode aumentar dependência de importação de fertilizantes, diz Embrapa Brasil consome em torno de 32 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, das quais 75% são importados, segundo a média dos últimos cinco anos INSUMOS

Com 75% dos fertilizantes usados no país adquiridos no exterior, o Brasil enfrenta o risco de aumentar a cada ano a importação do produto se não forem feitos novos investimentos na produção nacional, disse no dia 14 José Carlos Polidoro, vice-líder da Rede BrasilFert, criada em 2009 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para pesquisas na área. Para Polidoro, o Brasil precisa de uma política nacional sobre o assunto, como tem para outros setores do país, “porque é um setor que requer altíssimos investimentos no processo de mineração e fabricação”. O vice-líder lembrou que, em 2010, o governo elaborou um Plano Nacional de Fertilizantes que, entretanto, não chegou a ser implementado. O plano abrangia ações para incentivar investimentos no setor, visando a ampliar a produção nacional. O Brasil consome atualmente em torno de 32 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, das quais 75% são importados, segundo a média dos últimos cinco anos. Os demais 25% são produzidos no país, o que corresponde a cerca de 10 milhões de toneladas. Polidoro explicou que a tendência é aumentar o percentual de importação se não houver investimentos, porque enquanto o mundo aumenta, em média, o consumo de fertilizantes, anualmente, em 2%, o Brasil aumenta 4%. “Nós somos, hoje, o quarto maior consumidor mundial”. Pesquisador da Embrapa Solos, Polidoro informou que a Rede FertBrasil objetiva estimular e promover a inovação tecnológica em fertilizantes tanto no país, como na América Latina. Ele esclareceu que o incentivo ao aumento da produção cabe ao governo, por meio dos ministérios da Agricultura e de Minas e Energia, “para fazer um plano nacional de fertilizantes”. Para a Rede FertBrasil, ele acentuou que o mais importante é evitar desperdícios no uso dos fertilizantes na agricultura.


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De Nigris celebra 50 anos Palestra comemorativa aborda empreendedorismo, inovação e valorização profissional Fundado em 1964, o Grupo De Nigris, uma das maiores e mais tradicionais revendas Mercedes-Benz do País, está promovendo uma série de eventos para celebrar os 50 anos da companhia. O último deles foi a palestra “Gerenciando Mudanças”, proferida por Max Gehringer. Durante o encontro, que reuniu cerca de 400 convidados em 24 de setembro na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo (SETCESP), o colunista da Rede Globo e da Rádio CBN falou sobre empreendedorismo, inovação e valorização profissional com foco no desenvolvimento do setor.

Comemorar meio século de atuação no mercado é uma grande conquista para a empresa, que, sobretudo, tem como objetivo intensificar ainda mais o relacionamento com os clientes, promover oportunidade de negócios para a equipe de vendas, divulgar os produtos da marca alemã e fortalecer ainda mais nossa imagem no mercado de veículos comerciais José Luís Bertoco Diretor da unidade paulista do grupo

Atualmente o Grupo De Nigris conta com 16 unidades, sendo nove no segmento de veículos comerciais (Caminhões, Sprinters e Ônibus) estrategicamente localizadas nas principais rodovias do estado de São Paulo, quatro dedicadas aos automóveis de luxo Mercedes-Benz, Europamotors De Nigris, duas concessionárias de automóveis das marcas Chrysler, Jeep e Dodge; e o Smart Center Vila Nova – um espaço dedicado à venda e serviços do exclusivo automóvel Smart Fortwo. Além do evento em São Paulo, também foram realizadas celebrações em Sorocaba, São José dos Campos e São Bernardo do Campo, com participação do piloto de rally André Azevedo e do apresentador Pedro Trucão, no Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) de Santo André, com um show de Stand Up de Murilo Gun para os clientes da De Nigris da região do ABC.

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Rodovias brasileiras tiveram discreta melhora llNo ano passado, os gastos do país com acidentes rodoviários ficaram em R$ 17,7 bilhões. Em termos ambientais, se todas as rodovias fossem boas ou ótimas, o país teria economizado 737 milhões de litros de óleo diesel, o que equivale a R$1,79 bilhão. Teria também reduzido em 1,96 milhão de toneladas a emissão de gás carbônico para a atmosfera. Todo esse prejuízo financeiro e ambiental é fortemente influenciado pela qualidade das rodovias brasileiras, diz a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Para traçar um retrato das estradas federais, estaduais e municipais do país, a CNT divulgou no dia 16 os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2014, que avaliou 98.475 quilômetros de rodovias, com acréscimo de 1.761 quilômetros (1,8%) ao levantamento do ano passado. “O modal rodoviário é o indutor do desenvolvimento e da integração nacional. Mais de 60% dos produtos brasileiros escoam por esse modal. No entanto há, nele, histórico de baixos investimentos e dificuldades no planejamento”, disse o diretor executivo da CNT, Bruno Batista. Dos quase 1,7 milhão de quilômetros da malha rodoviária, apenas 12% são pavimentados, o equivalente a 203,5 mil quilômetros, sendo 65,9 mil nas estaduais federais; 110,8 mil nas estaduais; e 26,8 mil nas municipais. “Em termos gerais, na comparação com o ano passado, houve uma discreta melhora de 1,7% na extensão de rodovias consideradas boas ou ótimas”, disse Batista. Segundo ele, os níveis de investimentos têm se mostrado baixos. “Preocupa o fato de o governo não conseguir investir todos os valores autorizados para as rodovias. Isso se deve a dificuldades administrativas e de gerenciamento.” Em parte, isso é explicado pelo aumento da frota de veículos, que gerou aumento de demanda e pressão por uma maior expansão da malha, acrescentou.


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cEASAS Permissionários da Ceasa Campinas combatem a fome llFunciona dentro da Ceasa Campinas uma ONG chamada ISA - Instituto de Solidariedade para Programas de Alimentação. Ela foi criada e é administrada pelos permissionários (comerciantes) desde 1994. A ONG surgiu para combater a fome e o desperdício garantindo o aproveitamento do excedente de hortifrútis e incentivando doações dos comerciantes. O ISA arrecada doações de frutas, verduras e legumes dos permis-

EDUCAÇÃO

Alunos de Jerônimo Monteiro conhecem o mercado da Ceasa/ES

llNo início do mês, alunos do curso técnico em administração e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jerônimo Monteiro, localizada no próprio município de Jerônimo de Monteiro, visitaram o entreposto central das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES). A turma, composta por 15 alunos, teve a chance de conhecer a rotina na unidade de Cariacica-ES.

Os alunos assistiram a uma palestra que mostrou o funcionamento da Ceasa/ES, como segurança alimentar, o programa Banco Ceasa de Alimentos e souberam da importância das Centrais para a economia na agroindústria. As escolas com interesse em realizar uma visita técnica com seus alunos na Ceasa/ES, podem solicitar o agendamento através do e-mail: ceasa@ceasa.es.gov.br

sionários da Ceasa, depois seleciona, higieniza e distribui. São uma média de 300 toneladas de hortifrútis arrecadadas mensalmente que são doadas para cerca de 100 entidades assistenciais e mais de 12 mil famílias. Para o atual presidente da instituição, João Benassi, a inicativa combate a fome e o desperdício de alimentos. “Recolhemos alimentos que não serão comercializados e damos o destino certo para eles”.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Começaram as obras de recuperação asfáltica da Ceasa/RS llO diretor presidente da Ceasa/ RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), Paulino Olivo Donatti, assinou no dia 8 de outubro o contrato com a empresa vencedora da licitação realizada pela central para a realização de serviços de recuperação de 3.429,25 metros quadrados de pavimento asfáltico das pistas de rolamento e

dos estacionamentos do complexo, visando a regularização e recomposição do nível apropriado das áreas a serem recuperadas, em um investimento de cerca de R$ 99.992,81. A empresa vencedora, Pavitec (Pavimentadora Técnica Ltda) terá um prazo para a execução da obra de 60 dias, que começaram a ser contados a partir do dia 13, quan-

do se iniciaram os trabalhos. “Além do trânsito intenso de caminhões, a maioria carregados com toneladas de hortigranjeiros, as pistas de rolamento do complexo têm sua pavimentação com uma idade de quarenta anos, quando foi inaugurada a central, com um uso diário de milhares de automóveis”, disse Donatti, acrescentando que nas ter-

ças e quintas-feiras, dias de mercado forte, chegam a circular pelo complexo cerca de 10 mil veículos por dia. Além do intenso tráfego, ocorre a circulação de produtos que eventualmente liberam ácidos, acelerando a degradação do pavimento, associado à natureza instável do terreno onde foi construído a Ceasa, ocasiona um

desgaste dos materiais. Para não prejudicar o funcionamento da Ceasa, os serviços serão executados nos finais de semana, no horário das 8h às 18h, e quando possível e necessário, pela parte da manhã, nos dias de semana. A aplicação do concreto asfáltico será acompanhado por um supervisor, destacado pela Ceasa.


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Outubro de 2014

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