Jornal Entreposto | Novembro 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Novembro de 2014

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ANO 15 - Nº 174

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

Vendas de folhosas aumentam 68% em duas décadas Pág 9

VERÃO AUMENTA CONSUMO DE VERDURAS

Receita de radicchio assado com camarão rosa e couscous marroquino Pág 21

crise hídrica

Estiagem causa déficit na produção de hortifrutis Agricultores do cinturão verde de São Paulo buscam soluções para racionar o uso da água. Enquanto isso, no Cantareira, as chuvas das últimas semanas foram insuficientes para aliviar o sistema.

Pág 15

produção

floricultura

Hortaliças Shintate desenvolve alface mais crocante para o Habib’s

Análise da produção de flores e plantas ornamentais no Brasil

Pág 10

Pág 22

Pág 17

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LEIA TAMBÉM... TAMBÉM... LEIA

A necessidade de proteção das lavouras

Galeria de Fotos Femetran

#18

#12 #5

#8 FRUTAS

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

Grupo Cutrale-Safra compra Chiquita Novas hortaliças e Brands por US$ 1,3 bi agricultura sustentável

Saúde: Suco Luz do Sol

na Hortitec 2014

#19 #12 #16

#20 # 20

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícolaNova Marília: interação no mundocom produtores é

2ª feira 6h às 21h

MFE-B/C

6ª feira

Sábado

6h às 21h

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

3ª a 5ª feira

6h às 20h

MFE-A

6h às 20h

6h às 20h

HF’S

LEGUMES Pavilhão

2ª à 5ª feira

6ª feira

Sábado

AP’s

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

VERDURAS Sábado

Pavilhão

2ª feira

3ª a 5ª feira

MLP

6h às 21h

12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

6ª feira

ABÓBORAS Pavilhão

2ª à Sábado

MSC

8h às 20h

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS Pavilhão

2ª à 6ª feira

Sábado

BP’s

6h às 20h

6h às 17h

PESCADOS

indispensável

Mercedes-Benz aprimora Floricultura do Dia Atego, Axor A e Bela Actros

#16 #19

Pavilhão

Pavilhão

3ª à Sábado

Pátio da Sardinha

2h às 6h

FLORES Pavilhão

#22 Sugestões Romances de leitura no famosos Entreposto disponíveis no do Livro Entreposto do Livro

3ª e 6ª feira

2ª à 5ª feira

5h às 10h30

MLP Praça da Batata

2h às 14h

SAZONALIDADE

FRUTAS

contatos úteis FORTE REGULAR FRACA

JUN

JUL

ABACATE KIWI

Indicador de boa oferta dos produtos comercializados no mercado. Tendência de baixa nos preços.

PINHA BANANA-CATURRA

Coordenadoria de Comunicação e Marketing: BANANA-PRATA BANANA-MAÇÃ (11) 3643-3945 HORTALIÇAS FRUTOS - comunicacao@ceagesp.gov.br JUN JUL

#17

ABÓBORA SECA

CAQUI

COCO Departamento de Armazenagem: ABÓBORA HOKAIDO FIGO

ALHO PORÓ (11) 3832-0009 - depar@ceagesp.gov.br MORANGO JILÓ

NÊSPERA

MAXIXE Departamento de Entreposto da Capital: PÊRA PIMENTA PINHÃO (PIMENTÃO 11) 3643-3907 depec@ceagesp.gov.br VERMELHO TOMATE

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN Departamento de Entrepostos do Interior: MIMOSA/MEXERICA (11) 3643-3950 - ceagesp@ceagesp.gov.br HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA Centro de Qualidade Hortigranjeira: AGRIÃO PERA IMPORTADA

COUVE-BRÓCOLO (11) 3643-3827 - cqh@ceagesp.gov.br UVA IMPORTADA CHEIRO-VERDE

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Diretor Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Responsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848

Edição Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /Artes Letícia Doriguelo Benetti

Colaboradores Anita Gutierrez e Manelão

Web Master Michelly Vasconcellos

Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita Redação Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed II - loja 14A CEP 05314-000 Tel.: 11 3831.4875

E-mail

contato@jornalentreposto.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os subscrevem.

COUVE-MANTEIGAde São Paulo (Pescado): HORTALIÇAS TUBEROSAS Frigorífico COUVE-FLOR BATATA-DOCE (COUVE-CHINESA 11) 3643-3854 / 3893 / 3953 BATATA-SALSA COUVE-RABANA

Portaria do Pescado: ESPINAFRE (11) 3643-3925 MOSTARDA MOYASHI

CARÁ CEBOLA CENOURA GENGIBRE

REPOLHO CEAGESP de Alimentos: Banco INHAME/TAIÁ RÚCULA (11) 3643-3832

MANDIOCA/AIPIM

BROTO BAMBU

NABO

RADITE

CEBOLA IMPORTADA

JUN

JUL

Mu pr Ro Liv No 20 Me Pá Ju Pá


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FINAL DE ANO ANTECIPADO FORD CAMINHÕES. VOCÊ SÓ TEM ATÉ NOVEMBRO PARA APROVEITAR A TAXA DE FINANCIAMENTO DO FINAME E AINDA RECEBER UMA OFERTA EXCLUSIVA NOS DISTRIBUIDORES FORD CAMINHÕES. NÃO PERCA.

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notas Walmart lança guia de apoio ao pequeno produtor agrícola

24ª Jornada de Atualização em Agricultura de Precisão

Seminário: Ministério Público e A Questão dos Agrotóxicos

Pesquisadores reúnem dados sobre a citricultura

UFSCAR desenvolve quatro variedades crocantes de alface

llProduzida com base em diversos documentos sobre legislação ambiental, direitos humanos, meio ambiente, gestão e boas práticas agrícolas, a cartilha traz informações de como o pequeno agricultor pode chegar ao grande varejo com excelência. O Guia está disponível para download gratuitamente na página do Clube dos Produtores na Internet.

llCom o objetivo de apresentar e discutir conceitos associados à agricultura de precisão, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), promoverá, de 8 a 12 de dezembro, a 24ª Jornada de Atualização em Agricultura de Precisão. Informações pelo telefone (19) 3417-6600 ou site www.agriculturadeprecisao. org.br e www.fealq.org.br.

llA Escola Superior do Ministério Público de São Paulo e parceiros promoverão o Seminário: Ministério Público e A Questão dos Agrotóxicos - perspectivas de atuação na cidade de São Paulo. A programação inclui palestras e debates. O evento é gratuito e acontece no dia 26 de novembro. As inscrições vão até dia 24 pelo site www.esmp. sp.gov.br.

ll Um levantamento está sendo realizado nos pomares de São Paulo e do Triângulo Mineiro pelo do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O estudo, que está sendo chamado de ‘Censo da laranja’ vai trazer informações importantes para a citricultura, como a estimativa mais precisa da safra. Os resultados devem ser divulgados em maio do ano que vem.

llA Universidade Federal de São Carlos acaba de desenvolver quatro variedades de alface: brunela, crocantela, romanela, rubinela. As hortaliças despontam como uma promessa para melhorar a salada do brasileiro: são mais crocantes que as outras folhas. Esta característica está diretamente relacionada às nervuras mais tenras. Pesquisas indicam que o consumidor prefere mais crocância

Tabela de sazonalidade Produto

Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacate Abacaxi Abacaxi Abóbora Abóbora Abóbora Abóbora Abobrinha Abobrinha Acelga Agrião Alcachofra Alecrim Alface Alface Alface Alface Alface Alho Alho Alho-poró Almeirão Almeirão Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Ameixa Atemóia Banana Banana Banana Banana Banana Banana Batata Batata Batata Batata-doce Batata-doce Berinjela Berinjela Berinjela Beterraba Beterraba c/ folha Brócolis Brócolis Caju Capim-cidreira Caqui Caqui Caqui Caqui Cará Carambola Catalonha

Grupo Varietal

Avocado Hass Avocado Fuerte Breda Fortuna Geada Margarida Quintal Pérola Havaí Japonesa Moranga Paulista Seca Brasileira Italiana

Americana Crespa Lisa Mimosa Romana Branco Roxo Pão-de-açúcar

Estrangeira Americana Estrangeira Espanhola Estrangeira Argentina Estrangeira Chilena Maçã Nanica climatizada Ouro Prata - MG Prata -SP Terra Beneficiada lisa Benef. comum (lavada): (1) Comum (escovada): (2) Amarela Rosada Comum Conserva Japonesa

Ninja

Fuyu Giombo Kyoto Rama Forte

Out Nov Dez

Produto

Cebola Cebola Cebolete Cebolinha Cenoura Cenoura c/ folha Chicória Chuchu Coco-seco Coco-verde Coentro Couve Couve-flor Endro Erva-doce Ervilha Escarola Espinafre Figo Gengibre Goiaba Goiaba Hortelã Inhame Jabuticaba Jaca Jiló Kiwi Kiwi Kiwi Kiwi Laranja Laranja Laranja Laranja Lichia Limão Louro Maçã Maçã Maçã Mamão Mamão Mandioca Mandioquinha Manga Manga Manga Manjericão Manjerona Maracujá Maracujá Maxixe Melancia Melão Mexerica Milho-verde Morango Morango Mostarda Nabo Nectarina

Grupo Varietal

Roxa

Torta

Branca Vermelha

Redondo Estrangeiro Chileno Estrangeiro Nova Zelândia Estrangeiro Italiano Seleta Lima Pera Baia Tahiti Nacional Fuji Nacional Gala Nacional Golden Formosa Havaí

Haden Palmer Tommy Atkins

Azedo Doce Redonda Amarelo Rio Camiño real

Out Nov Dez

Produto

Nectarina Nectarina Nêspera Orégano Pepino Pepino Pepino Pera Pera Pêssego Pêssego Pêssego Pimenta Pimenta Pimenta Pimentão Pimentão Pimentão Fruta-do-conde Pinhão Quiabo Rabanete Repolho Repolho Rúcula Salsa Salsão Salsão Sálvia Tangerina Tangerina Tangerina Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomate Tomilho Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Uva Vagem Vagem

Grupo Varietal

Out Nov Dez

Estrangeira Espanhola

Caipira Japonês Estrangeira Rocha Estrangeira Williams Estrangeiro Americano Estrangeiro Espanhol Cambuci Verde-americana Vermelha Amarelo Verde Vermelho

Roxo Verde-liso

Branco Verde Cravo Murcott Ponkan Maduro Longa Vida (Achatado) Maduro Santa Cruz (Oblongo) Mad. Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Salada Longa Vida (Achatado) Salada Santa Cruz (Oblongo) Salada Italiano (Comp.)(Exc. Rasteiro) Caqui Cereja Benitaka Brasil Centenial Estrangeira Crinsson Itália Niagara Red Globe Estrangeira Red Globe Rubi Thompson Macarrão-curta Manteiga ÓTIMA OFERTA OFERTA MÉDIA OFERTA BAIXA

(1) Beneficiada comum (lavada): Asterix, Ágata, Caesar, Cupido, Monalisa, Mondial

Estrangeira Americana

(2) Comum (escovada): Baraka, Markies, Ágata, Caesar, Monalisa, Mondial


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ARTIGOs

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Coaching aplicado ao agronegócio é tema de evento promovido pela USP Sociedade Brasileira de Coaching participa de evento inédito voltado ao desenvolvimento de profissionais que atuam no campo ll Os resultados consistentes apresentados pelo coaching em vários setores da economia ganham destaque também no agronegócio a partir da iniciativa pioneira do GELQ - grupo de extensão da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), que, no dia 19/11, realiza o “I Encontro Coaching e Mentoring - O diferencial do profissional do agronegócio”. O evento, voltado a profissionais e estudantes, contará com a participação da Sociedade Brasileira de Coaching (SBCoaching), que abordará a importân-

cia do coaching para o cenário do agronegócio nacional, apresentando a metodologia e o impacto positivo que a sua aplicação traz, principalmente, em relação ao aumento da produtividade. O encontro será realizado na ESALQ/USP em Piracicaba e tem como objetivo discutir a aplicação do Coaching e do Mentoring, dois processos atuais que possibilitam ao profissional de diversas áreas do setor aprimorar suas competências de liderança, autoconfiança, iniciativa, comunicação e capacidade de li-

dar com adversidades. A realização deste evento acontece em um momento importante para o cenário nacional. O Brasil hoje ocupa a 54º posição entre 60 países no ranking de competitividade mundial, de acordo com estudo do International Institute for Management Development (IMD), apresentando queda de 16 posições em quatro anos. De acordo com especialistas, um dos motivos deste declínio é a falta de ações e de projetos para estimular níveis mais elevados de competitividade em setores cruciais para a estabi-

A necessidade de proteção das lavouras CAROLINA DE SCICCO

Por João Paulo Rodrigues da Cunha, Professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

llO homem fez-se agricultor para garantir a produção regular de alimentos e, sem dúvida, os primeiros agricultores já conheceram, sofreram e lutaram contra as adversidades naturais de seus cultivos, de forma que se estabeleceu uma inevitável batalha que chegou até os dias atuais. A proteção das lavouras é inerente à própria agricultura, criação humana que nasceu para satisfazer muitas de nossas necessidades de maneira estável. A agricultura precisa proporcionar alimentos e também produtos de uso comercial e industrial, mas, sobretudo no primeiro caso, em quantidade e com a qualidade adequada. Ademais, o agricultor necessita obter um proveito econômico de seu trabalho e o consumidor deseja preços justos. Nada disso seria possível sem uma proteção contínua das lavouras, dentro do qual o emprego dos produtos fitossanitários ocupa um papel muito importante. Esse processo vem sendo questionado por diversos setores da sociedade, o que faz necessário justificar seu uso de diversos pontos de vista. Grande parte das objeções tem sua origem na falta de informação. No entanto, não há dúvidas que qualquer fator ligado ao aumento da qualidade de vida é legítimo e importante. Ao analisar esse problema, convém destacar que parte da população passa fome e parte está subalimentada. Não há dúvida que o problema está ligado a má distribuição de alimentos, mas também a sua disponibilidade.

lidade da economia, entre eles o agronegócio. Uma das maneiras de reverter este cenário é por meio do investimento em capacitação para impulsionar as competências dos profissionais. Alinhado a este objetivo, o coaching pode contribuir com o desenvolvimento de habilidades essenciais para elevar os índices de produtividade e aumentar a competitividade no ambiente de negócios. O evento trará também a apresentação de cases inspiradores de profissionais a partir da experiência

com Coaching e/ou Mentoring. A SBCoaching será representada por Liamar Fernandes, master coach licenciada pela empresa e responsável por formar mais de 1.200 coaches no Brasil, que irá apresentar ao público do evento a metodologia em coaching para se atingir a excelência em projetos e ações, alcançar metas e atingir seu máximo potencial. Mais informações sobre o evento: fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=211

Aquele que dá um bom conselho, constrói com uma mão; aquele que dá bom conselho e bom exemplo constrói com as duas; mas aquele que dá um bom conselho e um mau exemplo, constrói com uma mão e destrói com a outra. Francis Bacon

Não tem segredo. Dê um bom exemplo! Um dos principais desafios do consultor de qualidade em alimentos encontra-se na necessidade de promover mudanças

M Em termos econômicos empresariais, a maior produtividade equivale ao maior benefício, que nem sempre é obtido com a maior produção. A otimização do benefício na agricultura empresarial não exige usar indiscriminadamente os produtos fitossanitários, senão, ao contrário, de forma controlada. Grande parte da responsabilidade de se conseguir eficácia nos tratamentos fitossanitários, com mínimo risco ao operador, ao consumidor e ao ambiente, corresponde às máquinas de aplicação. Na maioria das vezes, dá-se muita importância ao produto a ser aplicado e pouca atenção à técnica de aplicação. No entanto, além de se conhecer o produto, também é necessário dominar a forma adequada de aplicação, de modo a garantir que o produto alcance o alvo de forma eficiente, minimizando-se as per-

das. Neste contexto, uma importante ação iniciada em 2014 foi o CAS (Certificação Aeroagrícola Sustentável). O CAS é um programa de certificação realizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF), em parceria com a ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), tendo como entidades coordenadoras três universidades: UNESP, UFLA e UFU. O objetivo é incentivar a capacitação e a qualificação das empresas de aviação agrícola e de operadores aeroagrícolas privados. Trinta empresas já estão certificadas no nível I. Sem dúvida este novo cenário contribuirá para o avanço do setor, uma vez que o programa intensifica os cuidados com a aplicação aérea, diminuindo riscos de acidentes e danos ao ambiente e também proporcionando mais capacitação e incentivo a tecnologia no campo.

udar a postura exige tempo, paciência e prática, mas, sobretudo humildade e sabedoria para aceitar o novo. Não é incomum ouvir a seguinte colocação: “eu sempre fiz assim” ou “nunca tive nenhum problema fazendo desta forma”. E é ai que nos deparamos com um dos grandes obstáculos: como convencer o colaborador de que a sua prática anterior não é a melhor opção, pese o fato de não ter tido problemas até aquele momento? Em primeiro lugar: ouça! Entenda o que está por trás daquela postura. Por que ele faz desta ou daquela maneira? Onde ele adquiriu aquele conceito? Em segundo: demonstre! Não há nada melhor que um bom exemplo. Um bom exemplo é capaz de convencer mais do que palavras. Em terceiro: oriente-o para a prática do ‘novo’. Algumas mudanças são imediatas. Outras levam mais tempo e requerem disciplina e perseverança. A supervisão,

neste período de transição, é fundamental e o consultor deve dar todo o apoio lembrando, a todos, que ‘o novo’ vem para simplificar um processo, diminuir perdas, organizar e/ou padronizar uma atividade de modo a facilitar o trabalho e, obviamente, atender à regulamentação sanitária. E o proprietário, qual a importância do seu envolvimento, nesse processo? A resposta: total! Se ele não muda, dificilmente, mudarão seus colaboradores. O colaborador vê, em seu líder, um exemplo a ser seguido. Daí a importância do exemplo ser bom. Proprietário, colaboradores e consultor devem andar no mesmo sentido.

Celia Alas Médica veterinária Consultora em segurança e higiene de alimentos Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos celia_alas@hotmail.com


PRODUÇÃO

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Cresce número de mulheres que utilizam financiamento agrícola no País Cerca de 160 mil agricultoras recorreram ao apoio no primeiro trimestre da safra 2014/2015 llOs morangos produzidos pela família de Natividade Bezerra da Silva, 43 anos, começaram a ganhar as mesas dos brasilienses há cinco anos. Em 2009, a produtora acessou pela primeira vez o programa de apoio financeiro à agricultura familiar para

estruturar a produção, em Brazilândia (DF). Agora, a agricultora deseja, por meio da mesma política, adquirir uma picape para transportar as frutas até os pontos de comercialização. Aproximadamente 160 mil mulheres deram entrada no pedido de financia-

Ipea apresenta análises da evolução da produtividade no Brasil llEm parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) e diversas instituições de pesquisa brasileiras, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançará às 10h, no dia 20 de novembro, o primeiro volume da obra Produtividade no Brasil - Desempenho e Determinantes. Participarão da mesa de abertura Marcelo Neri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), e Mauro Borges Lemos, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Logo depois, apresentarão os estudos os organizadores da publicação: Fernanda De Negri, diretora de Estudos Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea, e Luiz Ricardo Cavalcante, consultor legislativo do Senado Federal. Dividida em 13 capítulos, a coletânea aborda a temática por diversas nuances e apresenta análises sobre a evolução da produtividade no Brasil ao longo das últimas décadas e sobre os diferenciais setoriais de produtividade no país. Além disso, o estudo também mostra indicadores comparados com outros países, evidenciando que o problema da baixa produtividade brasileira é um problema estrutural do país e não meramente uma questão conjuntural. O lançamento da publicação faz parte das comemorações do jubileu do Ipea, e será realizado na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Ed. BNDES/ Ipea, auditório do subsolo). Lançamento do livro Produtividade no Brasil Desempenho e Determinantes Endereço: SBS, QD. 1, BL J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo Data: 20/11 - 10h

mento no primeiro trimestre da safra 2014/2015. As agricultoras familiares requisitaram, na safra atual, R$ 1,13 bilhão, número 33,73% maior que os R$ 851 milhões solicitados nos três primeiros meses da última safra. Em

relação ao mesmo período, o número de contratos entre as mulheres cresceu 13,25%. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, afirma que as mulheres estão se apropriando do programa para ampliar a produção. “Nós tínhamos um

cenário onde poucas mulheres contratavam o crédito, embora houvesse uma necessidade grande. Estamos rompendo barreiras. Não é que as mulheres estão passando a produzir, mas, sim, aumentando a produtividade”, realça.


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Comissão no Mercosul discute comercialização de sementes

7 Questões sobre os padrões de campo, o credenciamento de laboratórios e a equivalência de categorias foram os principais pontos do encontro

llNo início do mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participou da Reunião de Comissão de Sementes no Mercosul, em Buenos Aires. No encontro, a Comissão discutiu sobre a Resolução GMC 16/2014, que aprova os padrões de campo para diversas espécies agrícolas, dentre outros assuntos. “Esses padrões deveriam ser adotados para a produção de sementes destinadas aos países do Bloco e estão vigentes desde o ano 2000. Ocorre que muitos itens são mais restritivos que os padrões internalizados em cada país, o que causaria um conflito na norma Mercosul. Estamos discutindo como adequar isso”, comenta André Peralta, coordenador de Sementes e Mudas do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA) do Mapa, que participou do encontro. Durante a reunião, houve um acordo entre os países do bloco em que toda a semente que é comercializada entre os Estados-Membros devem atender, no mínimo, os níveis de tolerância a campo do Mercosul. A autoridade do país importador pode solicitar à autoridade do país exportador um documento oficial esclarecendo essa condição. A atualização dessas resoluções é importante para uniformizar os procedimentos para credenciamento dos laboratórios responsáveis por emitir os boletins de análise das sementes que circulam entre os países do Mercosul. Equivalência de Categorias – Também foi discutida a equivalência da denominação das categorias de sementes comercializadas no Bloco. Uma classificação comum permitiria a internalização de uma semente na mesma categoria em que ela foi produzida no outro país, dando sequência à produção. Nesse ponto, existe um impasse com o Paraguai, cuja legislação não permite a importação de sementes não certificadas. “O Brasil praticamente não produz semente de olerícolas e de algumas espécies de forrageiras na classe certificada. Atualmente, existe um fluxo significativo de importações para o Paraguai de sementes não certificadas do Brasil em regime de exceção”, explica Peralta. Durante o encontro, a delegação do Paraguai solicitou que seja concedido um prazo até a próxima reunião da Comissão para decidir sobre essa proposta, tempo suficiente para realizar consultas internas sobre a execução da mesma. As negociações com o Paraguai continuarão bilateralmente para promover o acesso de sementes não certificadas àquele país.


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mercados

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Grupo Cutrale-Safra compra Chiquita Brands por US$ 1,3 bilhão Aquisição frustra tentativa de fusão da companhia produtora de bananas dos EUA com a concorrente irlandesa Fyffes; operação deve ser finalizada até o fim deste ano ou início de 2015 necócios

Paulo Bernardino De São Paulo A Chiquita Brands International e o grupo brasileiro formado pela gigante mundial do suco de laranja Cutrale e pelo banco de investimentos Safra concluíram um acordo de fusão. A decisão foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração da empresa norte-americana, forte player global do mercado de frutas e hortaliças frescas, e o anúncio do negócio ocorreu em 27 de outubro. Segundo o comunicado distribuído à imprensa, o Cutrale-Safra pagará US$ 14,5 dólares para adquirir cada ação ordinária da companhia sediada na Carolina do Norte, uma transação que está avaliada em aproximadamente US$ 1,3 bilhão, incluindo a assunção de sua dívida líquida. Para garantir o crescimento sustentável do negócio, o gru-

po brasileiro pertencente aos empresários José Luís Cutrale e Joseph Safra informou que a agregará à Chiquita sua larga experiência em todos os aspectos da cadeia de produção de suco e frutas e amplo domínio do campo financeiro. “Estamos confiantes de que a Chiquita terá a capacidade necessária para crescer em seu setor e beneficiar as partes interessadas, incluindo empregados, parceiros, clientes, distribuidores e fornecedores”, declarou o Cutrale-Safra no press release. O valor a ser pago pelas ações da empresa fundada em 1870, quando enviou um carregamento de bananas da Jamaica para Nova Jersey, é 44% maior que o preço de sua cotação em 8 de agosto – data na qual a companhia brasileira entrou na briga pela Chiquita, que estava prestes a se fundir com a concorrente irlandesa Fyffes. “Esta operação mostra a determinação da diretoria de produzir melhores retornos sobre o inves-

timento para os acionistas”, avaliou o diretor-geral da Chiquita, Ed Lonergan. Atualmente, a Chiquita, a Fyffes e a Fresh Del Monte Produce controlam US$ 7 bilhões do mercado mundial de bananas.

zoom Introduzida em1963, a famosa etiqueta azul da marca ainda é colada manualmente nas frutas, afinal uma máquina, por mais calibrada que fosse, poderia estragá-las

Frutas Franchi destaca logística no abastecimento MANUSEIO

Caixas identificadas chegam prontas para comercialização llHá 23 anos atuando no mercado de FLV, a atacadista Frutas Franchi conta com dois pontos de distribuição: a matriz, localizada na região de Catanduva (SP) e uma filial na maior central de abastecimento da América Latina. O proprietário Renato Cesar Franchi, começou como vendedor no Mercado da Cantareira e depois montou um barracão de compra e venda de frutas na cidade de Pindorama, mais precisamente no distrito de Roberto. Com o tempo, passou a enviar frutas para a Ceagesp e através dos relacionamentos comerciais conquistados surgiu a oportunidade de adquirir um box. Atualmente, o beneficiamento dos produtos acontece na matriz, que possui infraestrutura para toda a cadeia de distribuição – pós-colheita, embalagem e transporte, inclusive caminhões preparados para buscar mercadorias Brasil afora. “Somos uma equipe que traba-

lha há muito tempo junto. No começo houve bastante conflito em relação ao manuseio. Atualmente, estamos equalizados e adquirimos um alto padrão de tratamento da fruta”, conta Alexandro Moreira, supervisor financeiro da atacadista no entreposto paulista, com 10 anos de casa. Quando chegam na Ceasa, as frutas já estão prontas para a comercialização, armazenadas em caixas plásticas identificadas. Produtora de limão taiti, lima da pérsia, murcot, ponkan e laranja lima, a empresa atua em consignação com agricultores para distribuição de laranja carioca e laranja pera. No final do ano trabalham também com manga tommy, manga adem e limão galego. O maior diferencial da Frutas Franchi é a disponibilidade do carro-chefe, limão taiti, 365 dias por ano. “Este período, por exemplo, é muito difícil para quem não tem uma boa estrutura de fornecimento. Estamos preparados. Conseguimos abastecer o mercado tanto com produção própria, quanto em parcerias com produtores”, explica Alexandro. Na baixa safra são vendidas, em média, 1300 caixas desta variedade por dia.

ECONOMIA

Supermercados reduzem contratações para as festas de final de ano Cerca de 6 mil novos postos de trabalho devem ser criados entre os meses de novembro e dezembro de 2014 para atender à demanda das vendas do Natal e Ano Novo, de acordo com estimativas da Associação Paulista de Supermercados (Apas). O número é inferior ao verificado em anos anteriores. Nos últimos anos, as contratações nos meses de novembro e dezembro se elevaram consideravelmente, sendo 7.247 colaboradores adicionais em 2013, 11.031 em 2012, 6.677 em 2011 e 10.323 em 2010. De acordo com o economista, gerente do departamento de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano, a queda nos números projetados, em relação aos anos anteriores, está diretamente relacionada à desaceleração da economia.


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www.jornalentreposto.com.br I. Variação % em relação à média mensal do volume e do preço de hortaliças folhosas de 1999 a 2013

FOLHOSAS

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Evolução das hortaliças folhosas na Ceasa paulistana O volume de hortaliças folhosas comercializadas na Ceasa paulistana está crescendo, apesar de suas características de produção concentrada próxima da Cidade de São Paulo, o que facilita a compra direta dos produtores pelo varejo e pelo serviço de alimentação. Uma grande parte das hortaliças folhosas é entregue no supermercado por produtores grandes, que integram outros produtores. A Sedes – Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp levanta as informações de volume, origem e destino e a cotação diária de preços de 16 hortaliças de folha, flor e talo: acelga, agrião, alho-poró, almeirão, brócolos, catalonha, chicória, couve-flor, endívia, escarola, espinafre, repolho, rúcula e salsão. O crescimento da sofisticação gastronômica é evidente no alho-poró, salsão e endívia, com volumes que dobraram no período entre 1.990 e 2013. A participação do alho-poró, do salsão e da endívia cresceu para respectivamente

0,39, 2,67 e 0,21% do volume total comercializado. A alface, a acelga, a rúcula, o almeirão, o brócolos e a catalonha cresceram mais de 50% no mesmo período. Só o volume de agrião e couve-flor caiu, 2 e 8% respectivamente. O repolho e alface são as hortaliças folhosas de maior volume (30% cada), que juntos com brócolos, acelga, couve-flor e couve respondem por 80% do volume total de 174 mil toneladas em 2013. O volume total cresceu 68%, entre 1990 e 2013. A maior exigência por diversidade de cores e texturas é demonstrada pelo crescimento da participação da alface mimosa de 0 para 6% e da alface americana de 25 para 39%, entre 1999 e 2013. Todas as hortaliças folhosas pertencem a cinco famílias botânicas: Alliaceae (alho-poró), Amaranthaceae (acelga e espinafre), Apiaceae (salsão), Asteraceae (alface, almeirão, catalonha, chicória, endívia, escarola) e Brassicaceae (agrião, brócolos, couve, cou-

I. Variação % em relação à média mensal do volume e do preço de hortaliças folhosas de 1999 a 2013

ve-flor, repolho, rúcula). A Brassicaceae (54%) é a família de maior volume, seguida pela Asteraceae (35%), Amaranthaceae (8%), Apiaceae (3%) e Alliaceae (menor que 1%). O gráfico I mostra o comportamento de cada mês em relação ao preço e volume médio do ano, de 1990 a 2013, das hortaliças folhosas, flores e de talo. A variação do volume é pequena ao longo do ano e não reflete a variação de oferta na produção. O preço cresce nos primeiros meses do ano (fevereiro a maio) – maior consumo e maior dificuldade 0na produção e cai nos meses de maior produção e menor consumo de saladas (agosto a novembro). O gráfico II mostra a variação % de preço em relação à média, dos anos de 1999 a 2013, de alface, alho-poró e repolho – com preços mais altos no 1º semestre e mais baixos no 2º.

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C.Q.H. - Ceagesp Idalina Lopes Rocha Colaboração especial

Alface

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Acelga

Mostarda

Produto Acelga Agrião Brócolis Couve Couve de Bruxelas Couve-flor Mostarda Nabo Rabanete Repolho Rúcula

Brócolis

Agrião

Nabo Nome científico Brassica rapa pekinensis (Lour.) Hanelt Nasturtium officinale WT Aiton Brassica oleraceae L var. italica Plenck Brassica Oleraceae var. capitata Brassica Oleraceae var. gemmifera Brassica oleraceae var. acephala DC Brassica juncea Brassica oleracea var. botrytis L Brassica juncea (L.) Czem. Raphanus sativus L. Eruca sativa Mill.

Couve

Rabanete

Couve de Bruxelas

Repolho

Ilustrações: Bertoldo Borges Filho

PRINCIPAIS BRASSICÁCEAS COMERCIALIZADAS NA CEAGESP

Couve-flor

Rúcula

Características Folhas largas e expessas, coloração verde clara a média, nervuras brancas, cabeça alongada a globosa Folhas compridas, tenras e macias, coloração verde brilhante, sabor suave a picante Ramoso ou de cabeça única, coloração verde escura e média formada por infloresêcias Folhas grandes e expessas, coloração verde, verde escura, verde clara, branca e verde arroxeada Tem aparência de um repolho em miniatura, com cerca de 2,0 a 4,5cm; de coloração verde... Cabeça de formato globular e semi globular, formada por inflorescências de coloração branca, creme ou roxa Folha ovalada, verde média a verde escura, sabor de levemente picante a amargo Formato cilíndrico, de coloração branca e formato redondo de coloração branca com topo arroxeado Formato redondo a cilíndrico de coloração vermelha a branca Cabeça de formato redondo, achatado e cõnico, de coloração verde ou roxa Folhas largas, estreitas ou em forma espátula, coloração verde escura, sabor suave a picante


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PRODUÇÃO

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Shintate desenvolve alface mais crocante para o Habib’s

Cultivo utiliza técnica de compostagem que diminui o uso de defensivos agrícolas Carolina de Scicco De Biritiba Mirim

ll Localizada no Cinturão Verde da Região Metropolitana de São Paulo, a produtora de hortaliças Shintate está desenvolvendo uma nova variedade de alface crespa para abastecer as lojas de fast-food Habib’s. O projeto é uma parceria com a Seminis, empresa do grupo Monsanto, que trata da linha de pesquisa de melhoramento genético e desenvolvimento de hortaliças. Hiroshi Shintate, produtor e empresário, conta que desde o início da relação comercial, há mais de quatro anos, os executivos do Habib’s demonstravam muito interesse nas verduras fornecidas por ele. “Minha insistência em reduzir ou eliminar o uso de agrotóxicos chamou a atenção”, explica, referindo-se a técnica da utilização de compostagem, adubo natural que deixa o solo rico em nutrientes e melhora a qualidade da hortaliça. Além de desenvolver produtos mais saborosos, Iroshi conseguiu alcançar maiores índices de durabilidade das folhas, ou seja, o aproveitamento do alimento é muito maior. “Atualmente 65% dos nossos produtos são higienizados. Para uma grande rede de restaurantes, com lojas espalhadas por todo o país, é vantajoso adquirir um hortifruti saboroso, pronto para o consumo e duradouro”, complementa o agricultor. Mesmo com todos estes benefícios, o Habib’s decidiu investir ainda mais na qualidade dos produtos frescos que oferece. Através de análise do público consumidor, foi constatado que quanto mais crocante a alface, melhor a aceitação. Daí nasceu a ideia de desenvolver uma nova hortaliça, ainda mais saborosa e com mais crocância. Alface crespa crocante SVR2005 Fernanda P. Ferraro, representante de Desenvolvimento Tecnológico da Seminis, explica que este departamento tem o foco em desenvolver e lançar novas variedades adaptadas às condições

de cultivo nas diversas regiões do Brasil. “A Shintate é parceira da Seminis há anos e o senhor Hiroshi é uma importante peça no desenvolvimento de novos produtos”, enfatiza a profissional. Fernanda revela que a variedade de alface SVR2005, tem características agronômicas diferenciadas: “Apresenta a crespicidade da alface crespa com a crocância da alface americana, o que é muito bem recebido pelos consumidores”, esclarece. Além disso, por apresentar pós colheita superior às crespas comuns, esta variedade tem sido identificada como uma boa escolha pelos produtores que comercializam alface crespa higienizada/processada. “Ela dura mais após o processamento do que a crespa comum”, garante a especialista.

tivo. “Eu entendia de horticultura, mas precisava aprender a negociar”, lembra. Chegou um dia em que ao produtor não dependia mais do sistema de abastecimento que envolve o entreposto. Como o sistema natural de cultivo promove melhor sabor e textura aos alimentos, os mercados varejistas começaram a perceber a diferença da hortaliça Shintate e a marca passou a ser reconhecida.

Produção livre de defensivos agrícolas Na juventude, quando ainda trabalhava com o pai, Hiroshi tinha pavor das caveiras que estampavam as embalagens dos defensivos agrícolas. “Para mim, aquilo só queria dizer uma coisa: estávamos usando veneno nos alimentos”, recorda. Ao assumir a empresa da família, o produtor passou a estudar maneiras de eliminar o uso de agrotóxicos. A solução encontrada é simples: compostagem. O processo biológico que transforma matéria orgânica em adubo contribui para a sanidade do plantio. “As plantas, assim como nós, ficam doentes se não recebem nutrientes adequados para mantê-las saudáveis”, explica o agricultor. Ele comparou a saúde humana à das plantas e chegou à conclusão de que quanto melhor o trabalho realizado no solo, mais forte ficam as hortaliças e menos agrotóxico será necessário. Além de transformar a terra no ambiente ideal para o desenvolvimento da horticultura, a compostagem ajuda a reter a umidade e poupar água na irrigação. “Economizamos aproximadamente 30% de água apenas utilizando adubo natural no solo”, comemora.

Evolução tecnológica

Relação comercial injusta A Shintate comercializou verduras para o entreposto paulistano por muitos anos, mas, na década de 1990, começou a perceber que a relação comercial estava sendo abusiva. “Os permissionários repassavam todos os custos, como embalagem e frete, para os agricultores e ainda descontavam comissões e outras taxas”, reclama Hiroshi. Além disso, o mercado atacadista não reconhecia o produto da Shintate como diferenciado e de qualidade superior. “O custo para se plantar verduras através da técnica natural de compostagem é 30% maior do que o cultivo tradicional”, esclarece. Quando a caixas de Hiroshi chegavam à Ceagesp eram misturadas às outras embalagens e o consumi-

dor final não conseguia identificar “no olho”, que determinada hortaliça era mais saudável. “No entreposto, minha mercadoria recebia o mesmo preço das outras, ou seja, perdia valor. Muitas vezes encontrei minhas verduras no lixo por falta de manejo adequado na Ceasa”, lamenta. Este foi outro motivo que levou a Shintate a procurar outros caminhos para escoar a produção. “Vender para a Ceagesp é cômodo, mas eu queria criar uma marca”. Foi aí que Hiroshi percebeu que a única saída para que seu produto fosse reconhecido e valorizado no mercado era atingir diretamente o público final, mas primeiro ele tinha conquistar o setor varejista. Sendo assim, ele procurou se capacitar, tanto em empreendedorismo, quanto em técnica de cul-

Hiroshi Shintate teve a oportunidade de realizar o sonho de conhecer as técnicas de plantio de Israel. “É na dificuldade que encontramos as melhores soluções”, filosofa o empresário, citando as inúmeras intempéries enfrentadas por agricultores daquele país. “O Brasil tem muito o que aprender com Israel. Somos um país favorecido climaticamente e geograficamente. Temos um solo fértil. Só precisamos de uma coisa: modernização”. E foi com este pensamento que a Shintate aceito o desafio do Habib’s. Na visão de Hiroshi, muitos acreditam que o trabalho rural é uma atividade ultrapassada, que parou no tempo, mas ele se considera exemplo vivo de que o agricultor pode abrir a cabeça para novas tecnologias e se modernizar. “Foi assim que conquistei tudo o que tenho hoje”, aconselha. “E é assim que assumo esta nova responsabilidade, agregando sabor e qualidade a esta grande rede de restaurantes. É o reconhecimento da minha marca”, comemora.


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MERCADO

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Mello e Gonçalves: colheita diária de verduras llMarizete Gomes de Mello sempre sonhou em trabalhar na Ceagesp. Não importava o produto que iria comercializar, desde que pudesse estar no Mercado Livre do Produtor. Há 26 anos, quando surgiu a oportunidade de administrar uma pedra, ela não perdeu tempo e, desde então, se dedica integralmente à comercialização de hortaliças comandando a atacadista Mello e Gonçalves. “Meu filho caçula quase nasceu aqui”, conta, lembrando que trabalhou até dois dias antes do parto. Antigamente, a mão de obra do entreposto era majoritariamente masculina. “Quando eu entrei, quase não tinham mulheres. Eram apenas homens orientais e portugueses rústicos. Tinham dias em que eu chegava em casa chorando por causa da brutalidade do mercado, mas eu persisti. E venci”, comemora. O brócolis ninja, que vem de Minas Gerais, é o carro-chefe da empresa, mas Marizete tem à disposição todos os tipos de hortaliças folhosas. A maioria vem do interior de São Paulo, como Ibiúna e Sorocaba. Para manter o frescor dos alimentos, a comerciante não permite que os produtores colham as verduras um dia antes de mandar para o mercado. “Nossos produtos são colhidos todos os dias pela manhã e chegam frescos à Ceagesp”, garante a empresária. LETÍCIA BENETTI

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Nova Marília: interação com produtores é indispensável Atacadista se aproxima de agricultores para melhorar abastecimento llA parceria entre Cícero e Nelson, da atacadista de hortaliças Nova Marília, já dura mais de 25 anos. Os profissionais trabalham juntos desde a época da extinta Cooperativa Agrícola de Cotia. “Quando a cooperativa faliu, o Nelson me convidou para gerir os negócios da empresa que ele estava fundando. Foi aí que, em 1998, a Nova Marília começou a atuar na Ceagesp”, lembra Cícero, gerente. Com os anos de experiência, a distribuidora entendeu que o produtor queria que sua mercadoria fosse valorizada no mercado. Para agradar os fornecedores e aumentar a qualidade dos produtos que ofereciam no entreposto, Cícero explica que a solução foi se aproximar dos agricultores. “A interação entre produtor e permissionário é essencial para a padronização do mercado”, acredita. “O trabalhador do campo quer ver seu produto valorizado e isto é bom para todos. Ao longo dos anos fomos buscando alternativas para melhorar o abastecimento”, complementa. Uma das maneiras que a Nova Marília encontrou para agregar valor às hortaliças foi a diminuição do manuseio. “Inventamos um método para empilhar as caixas que minimiza estragos no alimento”, revela Cícero, se referindo às polêmicas embalagens de madeiras usadas para acondicionar a maioria das verduras. O carro forte da empresa é a comercialização de alface americana, mas Cícero explica que nos módulos da Ceagesp, os clientes encontram todos os tipos de verdu-

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ras folhosas e maçaria: vários tipos de alface, couve, brócolis, almeirão, agrião, escarola, rúcula, salsa, coentro, alho porró e produtos hidropônicos. Nova Marília MLP: Módulos 26 e 27 Telefone: (11) 95128-7139

Como o nosso portfólio é bem variado, estamos sempre em busca de novos produtores, o que garante hortaliças frescas o ano todo Cícero

Gerente

A caixa de madeira pode ser a solução para o seu produto Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

ll Uma boa embalagem de frutas e hortaliças frescas deve proteger o produto; facilitar o seu manuseio, movimentação e empilhamento; identificar o produto e o seu responsável; permitir a exposição do produto na gôndola de uma manei-

ra que atraia a atenção do consumidor; permitir a fácil refrigeração e climatização do produto; obedecer às exigências da lei; ser leve, limpa e atraente. As matérias primas mais utilizadas para a fabricação de embalagens de frutas e hortaliças são papelão, plástico e madeira. Hoje as embalagens de madeira representam 38 % do número to-

tal de embalagens das frutas e 48% das embalagens de hortaliças (legumes, verduras e diversos) na ceasa paulistana. A sua participação vem caindo, um pouco cada ano. No último ano foram comercializados produtos, embaladas em 91 milhões de caixas de madeira. Entretanto a maioria das caixas de madeira estão fora da lei. Muita gente quando fala de modernização

defende o fim das caixas de madeira – pesada, suja, reutilizada, impossível de higienizar, machuca o produto, são as razões alegadas. A verdade é que existem embalagens boas e ruins de papelão, de madeira ou de papelão e que é preciso que haja competição entre os fabricantes de embalagens de diferentes tipos de matéria prima, para garantir embalagens boas e baratas

para as frutas e hortaliças frescas. Agora, temos motivo para comemorar. Um empresário brasileiro acreditou no potencial da embalagem de madeira, investiu em tecnologia espanhola de fabricação de caixas de madeira laminadas, leves, descartáveis, bonitas, paletizáveis, semelhantes às que chegam ao Brasil com fruta importada da Espanha: são as Eurocaixas.


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MERCADO

Produtor busca alternativas para driblar gargalos do setor DANIELLE FORTE

Modernização e autonomia são os principais objetivos dos pequenos agricultores llPara entrar no maior mercado atacadista de frutas, verduras e legumes da América Latina, o produtor de hortaliças Paulo Gomes de Lima teve que alinhar suas técnicas de produção e comercialização aos requisitos do setor varejista. Assim que começou a estudar o varejo, o agricultor sentiu a necessidade de ajuste em documentos da empresa. “Desenrolamos diversas exigências burocráticas. A regularização traz muitos benefícios”, esclarece. “Além disso, é muito melhor ter autonomia do que depender de grandes produtores”, complementa. Com a documentação em dia, Paulo iniciou o processo de modernização. Utilizando recursos concedidos por programas do governo federal destinados ao agricultor familiar, ele adquiriu máquinas agrícolas, insumos e também um caminhão para o transporte das hortaliças. “A atualização no processo de cultivo colaborou para o aumento da produtividade”. Além disso, com a automação de alguns setores, Gomes conseguiu driblar a falta de mão de obra do setor. Especialista na produção de brócolis ninja, o profissional está expandindo o negócio, tanto no cultivo, quanto na comercialização no Mercado Livre do Produtor da Ceagesp. “Já temos outras hortaliças à disposição, como alface e acelga. Também estamos plantando um pouco de couve manteiga. Estamos evoluindo”, conta Paulo.

Para realizar melhorias no cultivo, o agricultor segue as orientações de técnicos e engenheiros de grandes empresas de insumos agrícolas. “A Sakata, por exemplo, nos acompanha há bastante tempo. Uma vez por semana a empresa visita as produções da minha região e nos assiste no trato das hortaliças. Além disso, ela organiza reuniões de produtores para troca de experiências”, explica. A capacitação dos agricultores da família de Paulo está levando ao aumento da produtividade e a diminuição de defensivos agrícolas nas lavouras. “Agora já sabemos como cuidar do solo para evitar o ataque de pragas e doenças. Sem agrotó-

xicos, eu protejo a saúde do consumidor e da minha própria família”, comenta. As adaptações realizadas pelo produtor aprimoraram o relacionamento comercial com o varejo. Agora, os produtos de Gomes têm melhor aceitação no mercado da Ceagesp. “A modernização no campo agregou valor ao meu produto e aumentou a qualidade de vida da minha família”, comemora o agricultor Atacadista Ismael Luiz de Lima / MLP: Módulo 175 Telefones: Paulo (35) 97349889 / 9907-2423 - Ismael (35) 9823-0053

Agora já sabemos como cuidar do solo para evitar o ataque de pragas e doenças. Sem agrotóxicos, eu protejo a saúde do consumidor e da minha própria família Paulo G. de Lima Gerente

13 CÁ ENTRE NÓS

Choveu na horta Por Manelão

llA paisagem da nossa região estava com a cara do cerrado quando enfrenta grandes estiagens. Nos canteiros da horta da Nossa Turma a semente plantada não germinou; a qualidade do ar era péssima e um grande número de crianças estavam faltando às atividades por problemas respiratórios. Mas a natureza entendeu que era hora de formar as nuvens e derramou a chuva que lavou as fachadas do edifício e molhou a terra. É com surpresa que as crianças viram que as sementes esquecidas na terra estão brotando. As hortaliças, legumes e frutas estavam com a comercialização comprometida por causa da seca e o preço subiu. Então vamos pedir para chover na horta e lá pras bandas de Minas Gerais, que é de onde vem a água que abastece complexo da Cantareira. Os amigos que ajudam a fazer o natal feliz das crianças da Nossa Turma apadrinhando a meninada com o kit de natal, já pode preparar o presente, que consiste num calçado, uma roupa e um brinquedo. Para participar ligue (11) 3832-3366 ou 3643-3737, falar com Keli ou Adriana, até o dia 10 de dezembro. No dia 13, o senhor José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Carregadores, convida toda a comunidade para a missa de Santa Luzia, que será celebrada no galpão dos carregadores, às 10h. Vamos todos participar deste momento de fé e pedir para Santa Luzia continuar iluminando o caminho de quem vive o dia a dia do mercado.


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NOTAS CQH Alterar o horário de veículos na Ceagesp é uma boa opção? llO efeito da Ceagesp no trânsito é um assunto muito debatido. Aqui estão alguns números para esquentar o debate – alguns levantamentos feitos na Ceasa paulistana e outros divulgados na mídia. Um levantamento do número de veículos que entram diariamente na Ceagesp paulistana, mostrou na sexta- feira 7.379 caminhões e 6.415 utilitários, sendo 18% com produto e 82% sem produto. Outra pesquisa mostrou que a maior parte dos nossos compradores (74%) tem como sua origem e destino a Região Metropolitana de São Paulo. Um artigo no jornal mostrou a proposta da Prefeitura de São Paulo, da retirada de circulação de 76 mil caminhões – 44% dos 190 mil veículos pesados que circulam diariamente pela Capital.

Os caminhões do ETSP com produto são menos que 1% dos 160 mil veículos pesados. Os caminhões do ETSP de comprador (sem produto) e que não se destinam ao abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, também são menos que 1% dos 160 mil veículos pesados. A circulação da grande maioria dos veículos que utiliza o entreposto paulistano se restringe à Região Metropolitana de São Paulo – 4.487 caminhões (85%) e 6.425 (100%) utilitários. Será que a adoção pela CEAGESP paulistana do horário de funcionamento, proposto pela Prefeitura de São Paulo para os centros de distribuição, das 21 horas as 5 horas da manhã e que muda a circulação de veículos para um horário de menos trânsito é uma boa opção?

Números do PROHORT

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

llO PROHORT é um programa da CONAB, encarregado de reunir e disponibilizar as informações das Ceasas. O projeto trabalha com as informações de volume, preço e origem de cada produto e variedade, em cada Ceasa. Utilizamos o PROPHORT para verificar a evolução da comercialização de alguns produtos e da participação da região no fornecimento das Ceasas. Aqui estão alguns dos resultados: O volume de atemóia, entre 2010 e 2013, quase dobrou em São Paulo e triplicou em BH lA atemóia da Ceasa da Grande SP representou 90% do volume registrado pelo PROHORT e da Ceasa de BH 4%. O volume total de atemóia, registrado em 2013, foi de 4.000 toneladas. A participação da região do Jaíba chegou, em 2013, a 53% na Ceasa da Grande BH e a 19% na Ceasa da Grande SP O volume de banana, entre 2010 e 2013, cresceu em BH e diminuiu um pouco em São Paulo lA Ceasa da Grande BH respondeu por 33% de todo o volume de banana registrado pelo PROHORT e a

Produção paulista

Ceasa da Grande SP por 9%. A participação do Jaíba é muito alta em BH e está crescendo muito em São Paulo. A região do Jaíba foi responsável, em 2013, por 17% do volume de banana registrado pelo PROHORT em todas as Ceasas do Brasil. O volume de limão, entre 2010 e 2013, cresceu em BH e em São Paulo lA Ceasa da Grande BH respondeu por 14% de todo o volume de limão Taiti registrado pelo PROHORT e a Ceasa da Grande SP por 57%. A participação do Jaíba é muito alta em BH (34% em 2013) e muito baixa em SP. O limão vai para o barracão de classificação em São Paulo e perde a rastreabilidade. A região do Jaíba foi responsável, em 2013, por 5% do volume de limão Taiti registrado pelo PROHORT em todas as ceasas do Brasil (150 mil toneladas). A oferta de mamão, entre 2010 e 2013, oscilou em BH e em São Paulo

por 15%. A participação % do Jaíba cresceu em BH e em SP e em todas as ceasas registradas pelo PROHORT. Na ceasa da Grande BH chegou a 29% em 2013.

lA Ceasa da Grande SP respondeu, em 2013, por 43% do volume de mamão registrado pelo PROHORT e a Ceasa da Grande BH

A oferta de manga, entre 2010 e 2013, diminuiu em BH e em SP, por problemas climáticos

lA Ceasa da Grande SP respondeu, em 2013, por 43% do volume de mamão registrado pelo PROHORT e a Ceasa da Grande BH por 15%. A participação % do Jaíba no fornecimento de manga nas ceasas cresceu em BH, em SP e em todas as ceasas registradas pelo PROHORT (198.000 toneladas).

llA produção agrícola brasileira se deslocou, ao longo dos últimos anos, para regiões planas, de custo de terra mais barato, clima mais definido. Grandes culturas e culturas hortícolas passam pelo mesmo fenômeno. São Paulo é o estado mais industrializado, rico e populoso do Brasil e todos esquecemos ele é também um dos maiores produtores agrícolas, principalmente quando tratamos de frutas e hortaliças. Aqui estão alguns números do IBGE. São Paulo responde por mais de 50% da produção brasileira de chá da índia, laranja, limão, borracha, abacate, amendoim, cana de açúcar. Produz, entre 20 e 50% do volume de triticale, batata-inglesa, tomate, caqui, tangerina, goiaba, urucum, noz e figo. Produz, entre 10 e 20% do volume de manga, banana, pêssego, palmito, uva e café. Os dados do IBGE mostram os números de um número muito pequeno de frutas e hortaliças. A área total do Estado de São Paulo é 248.22 km2, 2,9% do território brasileiro e abriga 42 milhões de habitantes, 21% da população brasileira.


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ESTIAGEM

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Produtores buscam alternativas para racionar o uso da

água PRODUTIVIDADE

Diminuição da área plantada e manutenção no sistema de irrigação são algumas técnicas utilizadas

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água parece, enfim, começar a ganhar a merecida atenção que já deveria ter conquistado há pelo menos duas décadas. Atualmente, o recurso natural mais valioso para a raça humana é um tema bastante discutido pelas organizações de todo o mundo. No Brasil, país que detém 12% de toda a água doce do planeta, pouco foi feito para evitar o colapso causado pela estiagem que assola a região metropolitana de São Paulo. O problema pode ser ainda maior se levarmos em consideração que grande parte da produção agrícola nacional passa pela cidade de São Paulo, especialmente na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais – Ceagesp - antes de ser distribuída para outras regiões. A falta de água no sudeste ameaça o abastecimento de alimentos e interfere no preço praticado no Brasil inteiro. Além de ser a balança econômica dos produtos agrícolas, o estado de São Paulo é um grande produtor de frutas, verduras, legumes e flores. O uso doméstico e o setor comercial consomem 22% e o setor industrial fica por último, com 19% de consumo. Além de ser o segmento que mais consome este recurso, o agronegócio é o que mais desperdiça água doce no país. Quase metade é jogada fora. Entre os motivos do desperdício citados pela organização estão irrigações mal executa-

70% A agricultura é o setor que mais utiliza água no Brasil segundo estimativas do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

das e falta de controle do agricultor na quantidade usada em lavouras e no processamento dos produtos. Os impactos recaem sobre o ecossistema, já que lençóis freáticos e rios sofrem com a falta de chuvas e correm o risco de secar ao longo dos anos. O consultor nacional da FAO, José Roberto Borghetti, diz acreditar ser necessário encontrar um caminho para a agropecuária utilizar a água com eficácia. “O produtor rural precisa ter maior rendimento na produtividade usando menos água possível”, afirma. Segundo ele, caso não sejam tomadas medidas emergenciais no setor, o país pode viver o que ele denomina de estresse hídrico. “O que resultaria em falta de água e má distribui-

ção em diferentes regiões do país”, explica. Formado pelos municípios de Arujá, Biritiba, Guararema, Mogi das Cruzes, Salesopólis, Santa Isabel, Suzano e entre outras cidades, o Cinturão Verde São Paulo é um grande fornecedor de verduras, frutas e flores para a região metropolitana e, principalmente, para a Ceagesp. Ao tentar contornar as dificuldades trazidas pela estiagem, os produtores da região utilizam alternativas que racionam o uso de água sem prejudicar a qualidade do cultivo. A técnica mais utilizada é diminuir a área plantada. “O corte na produção já é uma realidade, o que não necessariamente significa diminuição de lucro”, avalia Wilson Seixas, produtor de salsinha, cebolinha e hortelã. A produtora de mudas para jardim Shimano cortou o tempo de irrigação pela metade. “Percebemos que 15 minutos por dia é o suficiente para não comprometer a qualidade das plantas”, explica o agricultor Shimano. Segundo o Departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq - USP a estiagem que atinge a região sudeste é a mais intensa dos últimos 80 anos, sem registros de precipitações intensas na época chuvosa e ainda menos na estação seca. Para os especialistas, caso a situação se prolongue, haverá mais quebras de produtividade nas culturas, além de atraso na safra de verão.

Nesta edição, o Jornal Entreposto reuniu algumas medidas adotas por agricultores para driblar a escassez de água e colaborar com o racionamento. Confira: llTroca ou manutenção do sistema de irrigação llCompostagem e tratamento

adequado do solo colaboram na retenção de umidade

ll Captação da água da chuva llRevestimento do tanque de água

com lona para evitar a absorção pelo solo seco

llDiminuição da área plantada llInclusão de polímero no sistema de

irrigação

llRedução no uso de fertilizantes ou

agrotóxicos


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FLORES

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DIVULGAÇÃO

Floricultura A Bela do Dia

tem proposta inovadora e entregas de bicicleta VAREJO

Empresárias compram flores na Ceagesp diariamente Carolina de Scicco

llMuitas pessoas sonham com

mudanças que transformem efetivamente suas vidas e rotinas, mas nem todas tentam alcançá-las. Mudar a área de atuação e abrir um negócio próprio é uma alternativa ousada e pode ser trilhada pelos mais diversos motivos. Os caminhos das idealizadoras da irreverente floricultura A Bela do Dia se cruzaram através de uma amiga em comum, no fim de 2012. A antiga ideia de seguir pelo ramo das flores, reapareceu definitivamente na vida de Tatiana Pascowitch após o nascimento de sua filha, em 2010. A princípio, pensava em uma espécie de “Kombi” das flores, mas as dificuldades de mobilidade urbana na capital paulista embargaram o projeto. Enquanto isso, desiludida com a profissão de jornalista, Marina Gurgel buscava um insight sobre o que gostaria realmente de fazer da vida e, ao mudar para a Vila Madalena, frequentar feiras locais e passar a comprar flores semanalmente percebeu: adoraria trabalhar com arranjos florais. Ambas queriam fazer algo diferente neste segmento e, quando se conheceram, o gosto por pedalar deu o tom ao projeto. Assim, decidiram que fariam entregas de flores em bicicletas e, além disso,

não trabalhariam com as flores comuns ou mais procuradas, como rosas, e sim com espécies desconhecidas e exóticas. Em menos de seis meses estavam com a empresa aberta. “Não queríamos depender de veículos motorizados para fazer as entregas e a bike foi uma opção que se encaixou com perfeição”, esclarece Marina. No começo, captavam clientes em lugares comerciais e perto de esperas de restaurantes. Atualmente, possuem diversos assinantes que por um preço fixo (R$ 180 / mês) recebem, semanalmente, um arranjo com uma média de 10 hastes composto por um mix de flores surpresa. “O consumidor escolhe se prefere um vaso ou buquê. Se for um vaso, a cada semana retiramos o antigo e deixamos um novo. É possível nos dar um briefing, por exemplo, se não gosta de determinada cor ou espécie de flor, mas nós escolhemos as flores no dia”, revela a empresária. A Bela do Dia também vende buquês e arranjos de diversos preços e tamanhos. As empreendedoras já frequentavam a Feira de Flores da Ceagesp como consumidoras finais e agora, com os negócios funcionando a todo vapor, vão às compras no Entreposto Terminal de São Paulo diariamente. Chegam por volta das seis da manhã e visitam os dois pavilhões dedicados à floricultura. Peônias, anêmonas, tulipas, bromélias, agapantos, lírios e flores de alcachofra, são alguns dos ingredientes especiais da Bela do Dia.

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Ceagesp em Flor difunde segmento no interior llA segunda edição do evento Ceagesp em Flor, encerrada no início do mês, colaborou na difusão do trabalho da companhia junto à comunidade local de diversas regiões. Durante dois meses, festivais foram realizados em suas unidades do interior de São Paulo com o intuito de alavancar as vendas do setor de flores e plantas ornamentais. Em São José do Rio Preto, por exemplo, houve grande procura por crisântemo, kalachoe, mini margaridas e kalandivas. A unidade recebeu em torno de oito mil pessoas e registrou aumento nas vendas em todo o segmento. Já na edição de Sorocaba, a maior parte das atividades culturais e de entretenimento foi organizada pelas Secretaria da Cultura (Secult) e do Meio Ambiente (Sema). Houve apresentação de dança e música, área de comércio de produtos artesanais, espaço infantil e passeio de balão. A Sema ofereceu aos visitantes a doação de mudas de árvores e oficinas gratuitas de plantio, de mini horta em garrafa pet e de compostagem.

Flores 24h em SP

Recentemente, a floricultura ganhou um ateliê no bairro de Pinheiros. As entregas, agora feitas por colaboradores, abrangem bairros da zona oeste da cidade como Pinheiros, Vila Madalena e Higienópolis. Muito a vontade em suas visitas à Ceagesp, Marina conta que já cansou de se perder pelos corredores da Feira de Flores, mas que a solicitude dos trabalhadores do entreposto, em especial os carregadores, facilitam suas compras. Ela lembra com carinho da frase do senhor Severino, carregador. “Ele sempre se despede

dizendo: ‘que você seja muito feliz em sua viagem’”. Recentemente, a floricultura ganhou um ateliê no bairro de Pinheiros. As entregas, agora feitas por colaboradores, abrangem bairros da zona oeste e centro da cidade como Pinheiros, Vila Madalena e Higienópolis.

A Bela do Dia Localização: Rua Mourato Coelho, 1003 – Pinheiros / SP Contato: (11) 2935-0282 / flores@abeladodia.com

llAo lado do Cemitério do Araçá, na Avenida Dr. Arnaldo, diversos boxes oferecem os mais variados arranjos de flores. Além de contar com pelo menos seis bancas 24 horas, o espaço trabalha com preços bastante competitivos se comparado com algumas floriculturas da cidade. Outro antigo ponto de venda de flores está no Largo do Arouche, na região central de São Paulo. Apesar de não funcionarem em período integral, o horário é bastante flexível: das 6h30 às 23h. Na Praça João Mendes, também na região central, há três bancas de flores, onde é possível encontrar arranjos e buquês. O funcionamento é das 7h às 20h. Atentos às novas demandas do mercado, estes tradicionais pontos da cidade se renovaram e acompanham as demandas do público com arranjos diferenciados e personalizados em datas comemorativas.


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ARTIGO

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Produção de flores e plantas ornamentais no Brasil: dimensões, tendências e perspectivas Antonio Hélio Junqueira* Marcia da Silva Peetz **

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floricultura empresarial brasileira constitui-se em um dos mais dinâmicos e promissores segmentos do agronegócio brasileiro contemporâneo, exibindo indicadores de crescimento significativos, tanto em termos de número de produtores, quanto de área cultivada e de Valor Bruto da Produção (VBP), representando, também, uma das principais atividades geradoras de ocupação, emprego e renda para micro e pequenos produtores em todo o País, além de incorporar relevantes parcelas do trabalho feminino rural. O presente artigo revisa e atualiza dados nacionais e macrorregionais destes indicadores, a partir de uma extensa e exaustiva pesquisa de dados estatísticos e análises geradas junto a empresas e órgãos públicos e privados ligados ao setor. Oferece, assim, um panorama comparativo entre os anos de 2008 e 2013, apontando para alguns fenômenos tendenciais da organização produtiva do setor no País. A cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais no Brasil movimentou, no ano de 2013, o valor global de R$ 5,22 bilhões, acumulando crescimento de 8,3% sobre os resultados obtidos no ano de 2012. Para 2014, as estimativas preliminares apontam para um total de R$ 5,64 bilhões, basicamente resultante de um novo crescimento de 8,0% sobre o ano anterior.

8%

é o crescimento previsto do setor para 2014, sobre o ano anterior

zoom AUMENTO No período de 2008 a 2013, o número de produtores dedicados ao cultivo de flores e plantas ornamentais no Brasil elevou-se em 29,5%, passando de 6.023, para 7.800

O País possui atualmente 7.800 produtores de flores e plantas ornamentais, os quais, em seu conjunto, cultivaram, em 2013, uma área total de 13.468 hectares. No período de 2008 a 2013, o número de produtores dedicados ao cultivo de flores e plantas ornamentais no Brasil elevou-se em 29,5%, passando de 6.023, para 7.800. Entre esses mesmos anos considerados, o total da área cultivada exibiu crescimento significativamente mais modesto, de 13,0%, saltando de um total de 11.916 hectares dedicados à atividade, em 2008, para 13.468, em 2013. Tal fenômeno resultou na redução da área média cultivada por produtor, em 12,6%, passando de 1,98 hectare por produtor, em 2008, para 1,73 hectare, em 2013. Em termos de Valor Bruto da Produção (VBP) – ou seja, dos valores efetivamente recebidos pelos produtores de flores e plantas ornamentais –, a floricultura brasileira movimentou, em 2013, R$ 1,49 bilhão, com crescimento de 57,56% sobre os resultados apurados para o ano de 2008 (R$ 945.649 milhões). A região Sudeste, liderada pelo Estado de São Paulo, agregou 73,74% de

participação, confirmando o elevado grau de concentração da atividade florícola nacional. Em 2008, a participação porcentual relativa desta região representava 70,91% do total do VBP da floricultura. Internamente, cabe destacar que o Estado de São Paulo, principal produtor nacional, acumulou decréscimo de participação no período analisado, a qual decaiu de 52,81%, para 48,31%. Os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo mantiveram praticamente os mesmos porcentuais, enquanto o Estado do Rio de Janeiro galgou posições fortemente significativas, passando de 3,62% para 11,05%. Internamente, o agronegócio de flores e plantas ornamentais do Brasil é segmentado majoritariamente na produção de espécies de plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem, o qual concentrou, em 2013, 41,55% do total do VBP (R$ 619.049 mil) não incluindo, neste montante, o segmento específico das gramas esportivas e ornamentais, que pode ser considerado autônomo e organizado segundo parâmetros próprios e específicos de produção, distribuição e consumo. Na segunda posição em or-

dem de grandeza, definida pela participação porcentual relativa decrescente de importância, fica o setor de flores e folhagens de corte, com 34,33%, seguido pelo das flores e plantas envasadas (24,12%). A análise comparativa com a série de dados anterior, de 2008, permite constatar que tanto as flores e folhagens de corte, quanto as envasadas exibiram crescimento em suas participações porcentuais relativas. De fato, as primeiras elevaram seu índice porcentual de 31,41%, em 2008, para 34,33%, em 2013, enquanto que as flores e plantas envasadas o fizeram da proporção de 20,0% para 24,12%. Tais crescimentos se deram em detrimento do maior segmento – o das plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem – que, no mesmo período, reduziu sua representatividade porcentual de 48,59% para 41,55%. Focada essencialmente no abastecimento do mercado interno, para o qual dirige 96,5% de todo o valor que produz, a floricultura brasileira tem seguido praticamente inabalável frente ao ambiente de crise econômica e financeira que atingem o mercado in-

ternacional desde 2008, sendo, desta forma, fator de estabilidade e confiança no campo. Para os próximos anos, o cenário certamente continuará bastante favorável, ainda que se apontem tendências de redução na pujança do crescimento econômico. Neste contexto, caberá ao setor, de forma organizada e profissional, avançar na consolidação de suas conquistas, de modo que os futuros resultados sejam cada vez mais sustentáveis e permanentes. Para saber mais, ver: JUNQUEIRA, Antonio Helio; PEETZ, Marcia da Silva. O setor produtivo de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período 2008 a 2013: atualizações, balanços e perspectivas. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v.20, n.º 2, - p.115-120, 2014. Disponível em: www.hortica.com.br/artigos/2014/Setor_Produtivo_Cadeia_Flores_Plantas_Ornamentais_2014.pdf. * Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia proprietária da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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MOBILIDADE SOBRE RODAS

Salão do Automóvel de SP recebe mais de 750 mil visitantes Público total chegou a 756.114 mil pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer de perto 547 veículos de 84 expositores ll Presença constante nas edições do Salão do Automóvel, Paulo e Sandra Ferreira já perderam as contas de quantas vezes participaram do evento. O casal, que antes vinha sozinho, agora traz os filhos, que embora pequenos, já começam a pegar gosto pela atração. “Os meninos já ficam empolgados quando sabem que o evento se aproxima”, diz Sandra. Histórias como essas se multiplicaram pela 28ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que reuniu 756.114 mil pessoas durante 11 dias de evento no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. “Os 150 lançamentos reforçaram o papel do Salão Internacional do Automóvel como plataforma importante de estímulo à indústria e ao mercado automobilístico nacional. A recente vinda de novas fábricas para o Brasil somente comprova

essa tendência”, acredita Juan Pablo De Vera, presidente da organizadora do evento. O executivo ainda faz uma observação: a edição 2012 aconteceu em meio a um feriado prolongado e essa não. Mesmo assim, o evento alcançou o público previsto. “Outro fator positivo que notamos foi a mudança no perfil dos visitantes, eles chegam com maior interesse em conhecer os lançamentos e novidades para programar sua nova compra. Além disso o Salão do Automóvel de SP está se consagrando como um programa para toda a família”, completa De Vera. Segundo levantamento da São Paulo Turismo, o evento deve ter gerado R$ 280 milhões em São Paulo: os turistas representam cerca de 32,5% dos visitantes, ficam na cidade 2,5 dias e gastam um ticket médio de R$ 986 por pessoa.

Atividades para o público Nesta edição, foram mais de 100 horas de entretenimento. O Salão do Automóvel deste ano trouxe uma série de atrações interativas para os visitantes. “Estandes democráticos e acessíveis tiveram foco na família, mulher, crianças, apaixonados por games, entre outras atrações”, explica Juan Pablo De Vera. O jogo oficial da Stock Car, os simuladores de corrida, a pista de Hot Wheels, o espaço Super Carros e a réplica do carro DeLorean de De Volta para o Futuro fizeram grande sucesso. A Chevrolet promoveu shows com cantores como Fernanda Takai, Paulo Miklos e Paula Lima. Os estúdios de rádio instalados dentro do pavilhão também trouxeram artistas famosos e celebridades. Esportistas como Felipe Massa e Gabriel Medina, por exemplo, distribuíram autógrafos para os visitantes.

Volvo realiza upgrade na linha de caminhões Novos veículos saem de fábrica com diferentes potências de motores e mais tecnologia llA montadora Volvo acaba de finalizar a maior atualização de sua linha de caminhões desde que começou a produzir no Brasil. O conhecido FH, por exemplo, “é um caminhão totalmente novo”, garante Roger Alm, presidente do Grupo Volvo América Latina. O veículo apresenta um design mais aerodinâmico, com nova gabine – um metro cúbico maior que o modelo anterior – e dirigibilidade que promove mais segurança. Para os executivos da Volvo, o FH tornou-se um caminhão ainda mais conectado, com avançadas tecnologias de telemetria criadas para o transporte. Agora, o veículo pesado sai de fábrica preparado para receber, por exemplo, o I-See, sistema que reconhece as estradas por onde o caminhão já passou, tornando a troca de marchas mais eficiente e proporcionando melhor desempenho e menor consumo de combustível. “O novo FH mantém e consolida a posição de melhor caminhão do mer-

de 370cv, com configurações 4x2, 6x2 e 8x2 e um novo eixo traseiro que eleva sua capacidade de carga para 65 toneladas de PBTC, garantindo maior robustez. “Agora o VM, que iniciou recentemente o processo de atualização dos caminhões da marca, vê seus irmãos maiores completarem a nova linha”, observa Fedalto. “Este é mais um salto histórico na história do transporte de cargas brasileiro”, finaliza Nilton Roeder, diretor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina.

CONECTIVIDADE Os novos FH e FM saem de fábrica preparados para receber o aplicativo My Truck, que permite motorista e transportador acesso remoto a muitas informações sobre o funcionamento.

zoom cado”, destaca Bernardo Fedalto, diretor de caminhões. Desenvolvido para o transporte pesado em condições severas, o FMX também recebeu grandes modificações. Agora, é oferecido com motor de 540cv, além das potências de 370cv, 380cv, 420cv, 460cv e 500cv e pode sair de fá-

brica também com as novas configurações de tração integral 4x4 ou 6x6. O FMX tem agora uma nova opção de eixo para 150 toneladas de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) e ainda uma caixa de câmbio eletrônica I-Shift configurada para operações off-road.”É um novo FMX, com vários atributos”, afirma

Alexander Boni, gerente de caminhões Volvo da linha F. Além do novo design externo, o FM chega com o interior renovado, nova arquitetura eletrônica e mais novidades: agora, o FM pode sair da linha de produção também com um motor de 380cv de potência, e o já consagrado motor

O usuário tem acesso a dados atualizados do painel do caminhão - nível do combustível, do Arla32, do óleo do motor, do líquido de arrefecimento do motor, da água do para-brisa, além do status do funcionamento das lanternas e faróis. Ele pode também checar o status do alarme e da trava do veículo


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cEASAS Flores roubam a cena na CeasaMinas em Contagem

Ceasa/RS e Conab discutem revitalização do Armazém Frigorífico da companhia

llAzaleias, agapantos, moreias, resedás, flamboyants e bougainvilleas colorem o mercado da CeasaMinas nesta primavera. Durante a estação das flores, as cores chamam a atenção de quem passa pelo entreposto de Contagem. Para ficaram floridas, as plantas são cuidadas ao longo de todo o ano por 16 jardineiros da Seção de Zeladoria da CeasaMinas. Um desses profissionais é Nivaldo Moreira. “Fico muito satisfeito quando chega a primavera e vejo os jardins dos quais eu cuido floridos”, diz. O cuidado exige irrigação no período seco, tratos culturais para evitar pragas e ervas daninhas, podas de manutenção e adubação. “O cuidado deve ser constante ao longo do ano”, afirma Heronilton Silva, responsável pela Seção de Zeladoria. Além das flores, existem 1.700 árvores catalogadas dentro do mercado da CeasaMinas em Contagem, sem contar com a vegetação que compõe a área de preservação da empresa, localizada ao lado do mercado.

llA revitalização do Armazém Frigorífico da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) foi tema de reunião realizada no início do mês. O encontro - que reuniu o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini, o diretor-presidente da Ceasa/ RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), Paulino Olivo Donatti, o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, e integrantes das diretorias da Ceasa e Conab -, serviu para avaliar medidas para a modernização do armazém. Localizado numa área de 7.302.50 m2 de propriedade da Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, o armazém poderá ser colocado à disposição para licitação pública. A unidade frigorífica operou durante quatro décadas na área da central, por meio de como-

Ceasa Campinas:

ação conscientiza homens para prevenção do câncer de próstata Saúde

Foram oferecidos folhetos explicativos com informações sobre a doença e laços da cor azul para prestigiar a data llA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do entreposto campineiro (Ceasa), realizou no início deste mês, um movimento na recepção do prédio Administrativo, com o objetivo de orientar os homens sobre o câncer de próstata. Foram oferecidos folhetos explicativos com informações sobre a doença e laços da cor azul para prestigiar a data. Novembro é o mês alusivo a prevenção do câncer de próstata, e infelizmente o estado de São Paulo, tem a maior incidência deste tipo de neoplasia. A doença é a segunda que mata mais homens no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença. Para o funcionário do departamento Administrativo e Recursos Humanos, Bruno Bigoli, pessoas do sexo masculino não cos-

tumam ir ao médico porque acham que são super-homens, e o câncer de próstata, quando não é detectado no início, raramente tem cura”, comentou. O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum entre os homens. Tem números superiores ao câncer de mama, o de maior incidência feminino. A detecção precoce é fundamental para seu tratamento, visto que nessa fase, 90% são curáveis. Em sua fase inicial não há sintomas, por isso, a ida anual ao urologista é essencial para o acompanhamento da glândula. A Sociedade Brasileira de Urologia iniciou uma nova recomendação, baseada nos trabalhos científicos publicados nos últimos anos: o exame deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e aos 45 anos para homens com casos na família.

dato firmado em 09/11/1973. Para reativar o armazém, será feita uma avaliação das condições atuais do imóvel, bem como um levantamento dos valores devidos para a Ceasa referente as taxas de rateio de uso de energia elétrica, água, limpeza, segurança e outras cobranças relativas a manutenção realizada pela empresa e compartilhada entre todos os permissionários. O acerto de contas compreende o período de outubro de 2013 a novembro de 2014. Santos também solicitou apoio do Governo do Estado para resolver impasse referente a investimentos na unidade de Canoas/RS, devido a uma cláusula de reversibilidade que restringe a utilização da unidade para outro fim, que não o de unidade frigorífica. De acordo com Scapini, o Estado será parceiro na busca de uma solução para o caso.


Como Germinar Grãos

l Maçãs com casca e sem semente lFolhas de hortaliças ricas em clorofila lFolhas de ervas aromáticas frescas lRaízes de preferencia lLegumes, ex. pepino, cenoura lPunhados de grãos germinados

1• Coloque grãos orgânicos, de procedência conhecida, em um vidro e cubra com água limpa de excelente qualidade.

Ponha as maçãs cortadas em pedaços no liquidificador e use uma cenoura ou pepino como socador até formar um purê. Coe e retorne ao liquidificador. Acrescente os demais ingredientes e bata tudo, com a ajuda do socador se necessário. Coe em coador fino, de pano ou material sintético não absorvente, e está pronto para beber!

2• Cubra o vidro com um pedaço de filó ou tecido permeável e prenda-o com um elástico. 3• Deixe de molho por uma noite. Escorra a água e lave enxagüe bem com água limpa. 4• Ponha o vidro em um escorredor em local arejado. 5• Enxagüe duas ou mais vezes por dia (especialmente nos dias quentes).

ASSISTA O VÍDEO www.jornalentreposto.com.br/videos

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SEMENTES COMESTÍVEIS ATRAVÉS DA GERMINAÇÃO OU BROTAÇÃO Germinação

SEMENTES Alfafa Alpiste Amendoa Amendoim Arroz integral (cateto e agulhinha) Arroz selvagem Aveia descascada Aveia c/ casca Avelã b Brócolos Cacau selvagem (munguba) Cacau Cártamo Cebola b Castanha do Amazonas (crua) Castanha de caju (crua) Castanha portuguesa Centeio Cevada Cevadlnha Coco Colza b Ervilha Feijão Azuki Feijão Moyashi b Feno Grego Gergelim (natural, branco e preto) Girassol ( miúdo, graúdo e branco) Girassol descascado Grão de bico Lentilha verde Lentilha rosa Linhaça b Nabão Niger b Nozes Noz pecan Noz macadamia Painço (todas cores) Quinua Rabanete b Senha Soja Sorgo Trevo do Rio G. do Sul b Trevo comum b Trigo comum em grão Trigo tipo kamut Trigo tipo dinkel Trigo Emmer Trigo sarraceno Trigo sarraceno com casca

b brotos no ar

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Ingredientes:

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Fonte: FioCruz


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GASTRONOMIA

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A vez das folhas

Receita: radicchio assado com camarão rosa e couscous marroquino Chef Diogo Ferreira de Araújo diogo@flaneurgastronomia.com.br www.flaneurgastonomia.com.br

Radicchio - 2 unidades Mel - 25 ml Vinagre Vinho Branco - 20 ml Azeite Extra Virgem - 50 ml Camarão Rosa - 250 g (4 unidades) Sal - quanto baste Pimenta Branca - quanto baste Couscous – 250 g Pepino - 50 g Cebola Roxa - 50 g Tomate - 50 g Azeite Extra Virgem - 50 ml Caldo de Ave - 250 ml

llCom a chegada do verão, o consumo de saladas aumenta, principalmente de hortaliças folhosas, como aquela alface e rúcula cruas que ajudam a refrescar ou escarola refogada acompanhando uma refeição. Há também a opção fazê-las assadas, provando que são produtos versáteis. Além disso, podem acompanhar inúmeros outros ingredientes, tanto em canapés, sanduíches, entradas e pratos principais.

As variedades de hortaliças folhosas mais encontradas nas feiras e mercados, e consumidas em nossas casas pertencem a três famílias diferentes: acelga e espinafre (Quenopodiaceae); agrião, couve, mostarda, repolho e rúcula (Brassicaceae); alface, almeirão, catalônia, chicória, escarola - as duas últimas são plantas diferentes! -, endívia e radicchio (Asteraceae). Com valor médio em torno de 30 kcal/100g, as folhas também são ricas em fibras e diversos nutrientes, retirados principalmente do solo e da água de onde crescem. Na hora de comprar, no caso das folhas, escolha as mais verdes. Repolhos, radicchio e couve de Bruxelas, devem estar compactos. Espinafre e couves devem dar a ligeira sensação de crocância quando se quebra uma folha. Evite sempre as que estiverem murchas.

Modo de preparo Passo 1: l Retirar as primeiras folhas do Radicchio e parti-lo ao meio, mantendo o talo. Lavar e secar. Passo 2: ll Misturar o mel, tomilho, vinagre e 50ml de azeite. Passar com um pincel sobre as metades do radicchio, colocar sal e pimenta. Levar ao forno (pré-aquecido a 230°C durante 15 minutos) por 10 minutos. Para a receita, um método pouco usado, mas ótimo para endívias e radicchios, além de variedades de repolhos e acelgas: assados. O preparo será uma entrada leve, usando ingredientes frescos e da época: Radicchio assado com mel e tomilho, acompanhado de camarão rosa e couscous. Espero que gostem!

Receita

llllllll

Passe 3:lll Limpar o camarão sem retirar a casca e a cabeça, utilizando um palito de dente. Coloque sal e pimenta. Numa frigideira com pouco azeite, frite-o sem mexer muito por três minutos. Passo 4:llll Hidrate o couscous com o caldo conforme as instruções do fabricante. Acrescente os legumes picados, e corrija o Sal e a pimenta. Passo 5: lllll Monte o prato com o camarão sobre o radicchio e o couscous no aro. Decore com um ramo de Tomilho.


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LEITURA Sugestões de leitura no Entreposto do Livro Confira as dicas que estão disponíveis no bolsão de livros e cadastre-se no clube de obras literárias que funciona no Jornal Entreposto. Frequentadores da Ceagesp podem participar doando ou escolhendo títulos na biblioteca.

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web www.ciencia-informativa.blogspot.com llOrganizado por alunas de graduação e pós graduação da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) e Unicamp, o blog “Ciência Informativa” divulga desde setembro matérias com explicações sobre o conteúdo de artigos científicos em uma linguagem simples e acessível ao público leigo. Contém uma seção para que o autor possa publicar matéria sobre sua pesquisa.

www.portalorganico.com.br llO Portal Orgânico é um canal de informação sobre o universo dos alimentos orgânicos. O site foi totalmente reformulado, e os temas dividem-se agora em quatro pilares, com profissionais comentando cada um deles: produção, nutrição, gastronomia e bem estar. A tarefa do portal é difundir o conceito de sustentabilidade, alimentação saudável, agricultura limpa e cuidado com o meio ambiente a um número cada vez maior de pessoas.

www.agroclima.com.br llO Agroclima é um serviço de consultoria meteorológica voltado a agricultura que foi desenvolvido pela Climatempo. O acesso é fácil e inteiramente gratuito. Este serviço disponibiliza aos seus usuários informações meteorológicas para as principais áreas produtoras do Brasil. No portal Agroclima, o agricultor tem acesso a boletins agrometeorológicos, previsão do tempo para os próximos quinze dias e muito mais

Louro e Quadros segue exemplo da Ceasa Campinas

Minas Douradas qualifica colaboradores

Milhos do João segue tendências do mercado

llAs cidades paulistas de Tietê, Por-

llDesde 2004 a atacadista vende

to Feliz e Capão Bonito abrigam produções de tomate, berinjela, pimentão e abobrinha da atacadista Minas Douradas. A empresa, que se preocupa com a qualificação de seus funcionários, acredita que sem esse tipo de mão de obra, é impossível manusear e vender uma boa mercadoria, “em cada roça eu deixo uma pessoa coordenando e orientando o pessoal. É um alimento frágil”, conclui. http://goo.gl/Fu1Ng6

ll Já há alguns anos, a atacadista Milhos do João investiu na construção de um galpão em Capela do Alto, interior de São Paulo, para seleção e embalamento de espigas de milho. “Conforme os clientes se modernizam, nos adaptamos para acompanhar as mudanças do mercado”, esclarece o permissionário. Os milhos expostos na pedra de João são embalados em bandejas identificadas com os dados da empresa e dos produtos. http://goo.gl/NEsIyG

SITE O Valor Do Amanhã (Eduardo Gianneti)

O Físico (Noah Gordon)

llEm ‘O valor do amanhã’, Eduardo Giannetti defende que os aspectos dos juros são parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese. O autor procura mostrar que questões concretas - como a alta taxa de juros no Brasil - podem ter raízes comportamentais e institucionais ligadas à formação da sociedade.

llO drama de um homem do-

tado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, contado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Inglaterra ao esplendor e sensualidade da Pérsia. Um órfão toma conhecimento da existência de uma escola extraordinária na Pérsia.

batata, cebola e alho no entreposto. Seus maiores clientes são os supermercados. A batata lavada Ágata vem do Paraná, Minas e Goiás. O alho importado, com o qual trabalham a mais de 40 anos, vem de países como Chile, China, Argentina e Espanha. A experiência de José na Ceasa Campinas contribuiu no atendimento ao mercado, que está cada vez mais exigente. http://goo.gl/zqdSuk

TURISMO Viagem virtual pela Estrada Velha de Santos

Procópio Ferreira Apresenta Procópio

Mulheres Que Abrem Passagem (Julio Lobos)

ll Vida e obra se confundem

llA obra traz 118 depoimen-

em Procópio Ferreira apresenta Procópio. Um depoimento para a história do teatro no Brasil, extenso e detalhado relato deixado por uma das personalidades mais fortes e polêmicas das artes cênicas brasileiras. O ator que se transformou em celebridade nacional não tinha em mente teorizar sobre o teatro.

tos de mulheres que se destacaram no mundo empresarial. O autor traça um quadro completo da mulher profissional, origens e características que a diferenciam de colegas e outras mulheres origens, características que a diferenciam de colegas e de outras mulheres, visões que ela recebe, paradoxos e dilemas enfrentados.

Reaberta no início do ano, a trilha Caminhos do Mar, trajeto de 9,2 km pela Estrada Velha de Santos, agora pode ser visitada virtualmente pelo Google Stret View. O serviço possibilita um tour de 360º pela primeira rodovia pavimentada do Brasil. Em apenas um dia o Google coletou as imagens, que são feitas por carros equipados com avançada tecnologia de captura de imagens. Cercada pela mata atlântica e em meio ao Parque Estadual da Serra do Mar, a estrada, que liga o litoral ao planalto paulista é alternativa de ecoturismo e turismo histórico. Quem faz a trilha pode apreciar diversos monumentos e construções datadas do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Para visitar o local pessoalmente, é preciso fazer um agendamento prévio com 15 dias de antecedência pelo site oficial (www.cami-

nhosdomar.org.br) ou pelo telefone (13) 3372-3307. O roteiro pode ser feito de terça-feira a domingo, das 9 às 16 horas. Os acessos são por São Bernardo do Campo,

por meio da Rodovia SP-148, Km 42, Estrada Caminho do Mar, e por Cubatão - Rodovia SP-148, estrada Caminho do Mar, km 51, junto à Refinaria Presidente Bernardes.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)


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