Jornal Entreposto | Junho de 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Junho de 2014

ANO 15 - Nº 169

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

Estudo apresenta panorama da tangerina na Ceagesp ll No maior mercado atacadista da América Latina a ponkan ainda é a preferida dos compradores e responde por 47% do volume total de tangerinas comercializadas em 2013. Pesquisa feita pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp revela aumento na entrada da fruta no entreposto, mas diminuição da produção nacional. Somente no ano passado, os atacadistas receberam 133 mil toneladas de mexericas e tangerinas no Entreposto Terminal São Paulo. As versões importadas já representam 2,38% das vendas e São Paulo é o estado que oferece maior oferta. Regiões mais frias e menos demandadas pelas lavouras de cana-de-açúcar, como Sorocaba e Bragança Paulista, têm registrado aumento na produção. Confira nesta edição o estudo na íntegra, a história da tangerina dekopon e as variedades cítriPág 6 a 11 cas comerciais.

MOBILIDADE

Começaram as obras da ciclovia CeagespIbirapuera ll Projeto abrange seis trechos específicos nos 17km que ligarão o entreposto ao parque Pág 22

ECONOMIA

SOFTWARE

IBGE: agropecuária cresce Tecnologia da informação 3,6% no primeiro semestre invade os campos agrícolas de 2014 Pág 20 do Brasil Pág 21

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DESCUBRA QUEM QUE


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ER COMPRAR DE VOCÊ. ESTEJA ENTRE OS MELHORES E OS MAIS LEMBRADOS Há muito tempo um ditado popular diz: “anunciar é a alma do negócio”. Outro, “quem não é visto não é lembrado”. A comunicação se vale de vários meios, formas e veículos diferentes. O Anuário Entreposto é um desses. O Anuário Entreposto é o meio mais tradicional e seguro de divulgação do mercado de abastecimento com uma forma física compacta, facilmente identificável e que condensa em suas páginas – de maneira simples, objetiva e direta – os fornecedores de produtos hortifrutícolas, proporcionando a pesquisa de mercado que o consultor necessita e/ou procura.

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ÍNDICE

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LEIA TAMBÉM... Galeria de Fotos Femetran

#18

#12 Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

FRUTAS Pavilhão

2ª feira

6h às 20h

MFE-A

Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014

#20

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

6h às 20h

LEGUMES Pavilhão

2ª à 5ª feira

6ª feira

Sábado

AP’s

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h Sábado

Pavilhão

2ª feira

3ª a 5ª feira

MLP

6h às 21h

12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

6ª feira

#16

Pavilhão

2ª à Sábado

MSC

8h às 20h

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS Pavilhão

2ª à 6ª feira

Sábado

BP’s

6h às 20h

6h às 17h

PESCADOS Pavilhão

3ª à Sábado

Pátio da Sardinha

2h às 6h

FLORES Pavilhão

3ª e 6ª feira

2ª à 5ª feira

5h às 10h30

MLP Praça da Batata

2h às 14h

SAZONALIDADE FRACA

Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro

REGULAR

#17

HORTALIÇAS FRUTOS

Editoração /Artes Letícia Doriguelo Benetti

Colaboradores Anita Gutierrez e Manelão

Web Master Michelly Vasconcellos

Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita Redação Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed II - loja 14A CEP 05314-000 Tel.: 11 3831.4875

E-mail

contato@jornalentreposto.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os subscrevem.

JUN

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ABACATE KIWI PINHA BANANA-CATURRA BANANA-PRATA BANANA-MAÇÃ CAQUI COCO

ABÓBORA HOKAIDO

FIGO

ALHO PORÓ

MORANGO

JILÓ

NÊSPERA

MAXIXE

PÊRA

PIMENTA

PINHÃO

PIMENTÃO VERMELHO

LIMA LIMA PÉRSIA

TOMATE

TANGERIN.PONKAN

COUVE-BRÓCOLO

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues

FORTE

ABÓBORA SECA

AGRIÃO

Edição Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues

FRUTAS

Indicador de boa oferta dos produtos comercializados no mercado. Tendência de baixa nos preços.

ALMEIRÃO

Jornalista Responsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848

6h às 20h

HF’S

HORTALIÇAS HERBÁCEAS

Diretor Comercial José Felipe Gorinelli

6h às 21h

ABÓBORAS

Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva

Sábado

VERDURAS

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo

#19

6h às 21h

MFE-B/C

6ª feira

3ª a 5ª feira

CHEIRO-VERDE COUVE-MANTEIGA COUVE-FLOR

JUN

JUL

MIMOSA/MEXERICA MAÇÃ IMPORTADA KIWI IMPORTADA PERA IMPORTADA UVA IMPORTADA HORTALIÇAS TUBEROSAS BATATA-DOCE

COUVE-CHINESA

BATATA-SALSA

COUVE-RABANA

CARÁ

ESPINAFRE

CEBOLA

MOSTARDA

CENOURA

MOYASHI

GENGIBRE

REPOLHO

INHAME/TAIÁ

RÚCULA

MANDIOCA/AIPIM

BROTO BAMBU

NABO

RADITE

CEBOLA IMPORTADA

Mu pr Ro Liv No 20 Me Pá Ju Pá


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MOSTRE SUA CARA CAMINHONEIRO. CONCURSO “O CAMINHONEIRO COM A CARA DA CEAGESP”

Para comemorar o Dia dos Caminhoneiros no próximo dia 30 de Junho, o Jornal Entreposto lançou esta promoção para presentar o candidato escolhido pela votação pública. Para participar e votar basta acessar nossa FanPage no Facebook. facebook.com/JornalEntreposto

TÉRMINO DO CONCURSO

30/06

CONCURSO EXCLUSIVO PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS UTILITÁRIOS E CAMINHÕES, CONSULTAR REGULAMENTO NA PÁGINA DA INTERNET

/JornalEntreposto O ESCOLHIDO PELA VOTAÇÃO PÚBLICA PODERÁ RETIRAR UM KIT DA SELEÇÃO NA REDAÇÃO DO JORNAL ENTREPOSTO


QUALIDADE

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A tangerina na Ceagesp ARTIGO

Oitenta e dois municípios paulistas enviaram poncã para o entreposto em 2013 • O Estado de São Paulo é a origem de toda a tangerina cravo e murcote. A tangerina dekopon tem a menor participação paulista -73%, sendo Minas Gerais responsável por 27%. • A oferta de tangerina importada está concentrada nos meses de menor oferta da tangerina nacional, sendo muito mais alta nos meses de setembro a abril. A importação da tangerina é feita diretamente por atacadistas da Ceagesp (77%) ou vem de importadores de fora (33%). No mês de março a oferta de tangerina importada chegou, em 2013, a 10% da oferta da tangerina nacional. A participação % da tangerina importada no ano de 2013 foi de 2%. • O estado de São Paulo cresce a sua oferta de abril a setembro, Minas Gerais de maio a agosto, Paraná de abril a junho o Rio Grande do Sul de agosto a outubro.

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Autoria – Cláudio Inforzato Fanale e Mariana Dellanoce Apoio – Anita de Souza Dias Gutierrez cqh@ceagesp.gov.br

llO SIEM - Sistema de Informa-

ção e Estatísticas de Mercado da SEDES - Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp é abastecido por informações das notas fiscais coletadas na portaria. Aqui estão algumas informações consolidadas a partir das informações do SIEM:

Atacadistas na Ceagesp paulistana • Duzentos e cinquenta e seis atacadistas receberam 133.000 toneladas de tangerina no ETSP - Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, em 2013. • A comercialização de tangerina está concentrada nos 16 primeiros atacadistas, que receberam 51% do volume total. Cinquenta e dois atacadistas respondem por 80% do volume. O primeiro recebeu 10% do volume total, os cinco primeiros 29% e os dez primeiros 41%. • A comercialização de tangerina cravo responde por 5% do volume total de tangerina e está muito mais concentrada. Ela é comercializada por 49 atacadistas, sendo que os dois maiores respondem por 51% do volume, os cinco primeiros por 71% e os dez primeiros por 86%. • A tangerina importada já responde por 2,38% do volume total. Ela é comercializada por 28 atacadistas sendo que o primeiro respondepor 16%, os cinco primeiros por 62% e os dez primeiros por 88%. • A tangerina murcote responde por 31% do volume e é comercializada por 120 atacadistas. Os dois primeiros atacadistas respondem por 36% do volume, os cinco primeiros 65%, os dez primeiros por 68%. Dezoito atacadistas respondem por 80% do volume de tangerina murcote. • A tangerina poncã responde por 47% do volume e é comercializada por 187 atacadistas. O 1º e o 2º, maiores atacadistas, responderam por 12% do volume, os cinco primeiros por 23%, os dez primeiros por 34%. Dezesseis atacadistas respondem por 50% do volume e 44 por 80%. • A tangerina ou mexerica rio responde por 14% do volume total de tangerina, sendo comercializada por 94 atacadistas.

Variedade • A oferta de variedades nacionais começa com a tangerina cravo, forte nos meses de fevereiro a maio (77%), depois vem a poncã, forte nos meses de abril a agosto (88%), a tangerina rio, de junho a setembro (77%) e dekopon, de junho a outubro (67%). O gráfico ao lado mostra a distribuição % de cada variedade ao longo do ano de 2013. • A oferta de tangerina é dominada pela poncã (47%), seguida pela murcote (31%), a mexerica rio (14%), a tangerina cravo (5%), a tangerina importada (5%) e a dekopon (1%).

Distribuição % da oferta de cada variedade Distribuição % da oferta de cada variedadede de tangerina em tangerina em cada mês do ano de 2013 cada mês do ano de 2013

30

20

Rio

Poncã Cravo

10

Murcote

0

1

2

3

4

O maior atacadista responde por 35% do volume, os cinco primeiros por 54%, os dez primeiros por 79% e os onze primeiros por 80%.• A tangerina dekopon responde por 1% do volume, sendo comercializada por 52 atacadistas. O maior atacadista responde por 22%, os cinco primeiros por 54%, os dez primeiros por 76% e onze atacadistas por 80%.

Origem

• O estado de São Paulo responde por 85% do volume de tangerinas, seguido por Minas Gerais com 11%, importado com 2%, Rio Grande do Sul com 2% e Paraná com 1%. Os estados de Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte enviam menos que 1%.

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Distribuição % da oferta por mês dos municípios maiores fornecedores de tangerina Poncã da CEAGESP paulistana em 2013 Vista Mês Pirangi Limeira Alegre do Itatiba Paranapuã Alto 1 0 0 0 0 8 2 3 0 0 0 14 3 13 2 6 1 22 4 26 7 27 21 23 5 26 21 31 30 15 6 20 31 18 31 8 7 6 32 9 14 7 8 4 6 8 2 2 9 2 0 0 1 1 10 0 1 0 0 0 11 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0

Informações mais detalhadas sobre cada produto em cada ano podem ser encontradas no SIEM da Ceagesp.

Municípios paulistas de origem da tangerina poncã Os dados coletados pelo SIEM permitem também identificar os municípios de origem de cada variedade de tangerina. Aqui estão os resultados para a tangerina Poncã. • Oitenta e dois municípios paulista enviaram tangerina Poncã para a Ceagesp paulistana em 2013. O primeiro, Pirangi, responde por 17% do volume, seguido Limeira com 10%. Cinco municípios respondem por 44% do volume e 19 por 80%. • Os cinco maiores são Pirangi, Limeira, Vista Alegre do Alto, Itatiba e Paranapuã. • A oferta começa com Paranapuã, forte entre fevereiro e maio, seguida por Pirangi, de março a junho, por Vista Alegre do Alto, entre abril e junho, Itatiba, entre abril e julho, conforme pode ser observado na tabela .


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CQH conta a história da tangerina dekopon ARTIGO

Fruta foi introduzida no Brasil na década de 80, no sul de Minas Gerais, por um produtor japonês LILIAN UYEMA

A utilização de técnicas diferentes de produção permitiu a obtenção de frutos menos ácidos Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Engenheiro-agrônomo Hélio Satoshi Watanabe cqh@ceagesp.gov.br

llA tangerina dekopon é um fruto

híbrido, resultado do cruzamento da tangerina ponkan e Targor Kiyomi, desenvolvido pelos pesquisadores da Estação Experimental de Nagasaki-Japão, em 1972. O fruto da dekopon, não possui sementes, é grande, com cor da casca alaranjada intensa e levemente enrugada e sabor ácido. “Possui característica marcante por apresentar protuberância no pedúnculo, “DEKO” em japonês, possivelmente o nome Dekopon surgiu da junção de” Deko “caroço + Pon da ponkan, ou seja, tangerina com caroço ou protuberância”. A tangerina dekopon foi introduzida no Brasil na década de 1980, no Município de Turvolândia, Sul de Minas Gerais, pelo produtor UNKICHI TANIWAKI, assentado da ex-Cooperativa Agrícola de Cotia. O Senhor Taniwaki, viajava com certa frequência à sua terra natal e numa dessas viagens conheceu a dekopon e, ficou bastante impressionado pela sua beleza e principalmente por não apresentar sementes, uma vez que toda a tangerina cultivada no Brasil possuía sementes. O primeiro plantio ocorreu no município de Turvolândia-MG e quase no mesmo período o senhor Taniwaki cedeu algumas mudas para um produtor de Atibaia-SP. Os primeiros frutos apresentaram sabor muito ácido e formato alongado, mas como se tratava de

Dekopon

fruto de formato exótico e isento de semente o produtor insistiu na produção e aos poucos foi disseminando para outros municípios e hoje a produção de dekopon é encontrada regiões do norte e sul do país. O fruto original, com muitas protuberâncias e ainda encontrado no mercado, foi chamado de tanipon e após muito trabalho os produtores chegaram a um formato ideal de fruto, que passou a ser denominado de dekopon (nome original). Alguns produtores têm desenvolvido técnicas agronômicas para diminuir a acidez. Os resultados são ainda pouco satisfatórios, pois a maioria dos frutos ainda apresenta sabor ácido. Muitos atacadistas e varejistas orientam os consumidores a consumirem os frutos depois de murchos. O ácido é fonte de energia no metabolismo do fruto e é possível obter um fruto menos ácido consumindo o fruto alguns dias depois da colheita. Os produtores associados da Associação Paulista dos Produtores de Caqui de Pilar do Sul, contrataram um pesquisador (melhorista) japonês para o desenvolvimento da fruticultura na região como atemóia, uva, caqui, dekopon, ameixa, e, etc. Um dos trabalhos foi o desenvolvimento de produção de dekopon com menor teor de acidez. A utilização de técnicas diferentes de irrigação, poda e fertilização, permitiu a obtenção de frutos com menor teor de acidez, denominados comercialmente de Kinsei (marca registrada). A marca Kinsei só pode ser utilizada se a relação teor de sólidos solúveis e acidez (ratio) do fruto for no mínimo 13, o que garante um sabor agradável. A aparência externa não permite a diferenciação entre uma fruta Kinsei e a dekopon comum. A marca Kinsei garante o sabor da fruta, através de técnicas modernas de produção e a exigência de frutos com ratio acima de 13.

Ponkan

Dekopon

Ponkan


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Estatísticas das tangerinas ARTIGO

Em onze anos o SIEM registrou aumento de 17% na entrada da fruta no entreposto

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Idalina Lopes Rocha Apoio: Anita de Souza Dias Gutierrez cqh@ceagesp.gov.br

l l Os dados registrados pelo

SIEM da Ceagesp mostram um crescimento de 17% no volume total de tangerinas, sem considerar a mexerica , entre 2002 e 2013 – de 95 para 112 mil toneladas. • O volume da tangerina dekopon, que representou 1% no volume de 2013, triplicou entre 2007 e 2013. • A tangerina poncã ainda responde por 56% do volume, mas o seu volume caiu 11% entre 2002 e 2013. • A tangerina murcote que já representa 37% do volume dobrou o seu volume entre 2002 e 2013. • A tangerina cravo que representa 6% do volume em 2013 cresceu 27% entre 2002 e 2013.

O IEA registra a produção paulista de tangerina desde 1987 – mexerica rio, murcote, poncã e tangerina (cravo - Satsuma). Aqui estão algumas das suas informações: • A produção caiu 41% entre 1987 e 2013 – de 761.457 para 452.651 toneladas . • A produção de mexerica caiu 54%, a de tangerina (cravo-satsuma) 82% e a de Poncã 42%. O registro de murcote só começou em 1985 e cresceu 55% até 2013. • A renovação pode ser medida pela relação % entre pós novos e pés velhos levantados pelo IEA ele pode nos dar uma idéia do futuro da cultura. A maior taxa de renovação em 2013 é da tangerina (cravo-Satsuma) com 16%, seguida pela mexerica – 16%, pela poncã – 9% e pela murcote – 2%. • Dezoito regiões agrícolas responderam em 2013 por 90% da produção. Houve grande variação de mudança de região de produção ao longo dos anos. Limeira que produzia 18% do volume em 1983, caiu para 12% em 1993 e para 1% em 2013. Jaboticabal que produzia 16% do volume em 1983, caiu para 13% em 1993 e para 9% em 2013. Mogi Mirim foi de 11 para 4%, entre 1983 e 2013. Regiões mais frias e menos demandadas pelas lavouras de cana de açúcar como Sorocaba, São João da Boa Vista, Bragança Paulista estão crescendo. A região de Catanduva cresceu de 1% em 1983 para 9% em 2013.

zoom PRODUÇÃO Dezoito regiões agrícolas responderam em 2013 por 90% da produção. Houve grande variação de mudança de região de produção ao longo dos anos.

60%

A região sudeste é a maior produtora, já a região sul é a segunda maior produtora com 34%

Evolução do volume importado de tangerina entre 1997 e 2013, pelo Brasil

Evolução do volume importado de tangerina entre 1997 e 997 e 2013, pelo Brasil

10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0

• A taxa de renovação em 2013 parece indicar uma mudança de rumo de algumas regiões.

la Ceagesp em 2013 foi 29% da produção paulista - 133 mil toneladas em 453 mil toneladas.

A mexerica com 118% de renovação em Jaboticabal, 10% em São João da Boa Vista, 6% em Mogi Mirim. A murcote com 12% de renovação em Jaboticabal e 7% em Limeira. A poncã com 15% em Bragança Paulista, 6% em São João da Boa Vista e 6% em Mogi-Mirim. A tangerina (cravo-Satsuma) apresentou em 2013 - 33% de renovação em São João da Boa Vista, 5% em Mogi Mirim e 4% em Jaboticabal.

Os dados do Censo do IBGE de 2002 mostram que 355 mil propriedades brasileiras produzem tangerina, sendo 95% do proprietário. A maior parte está localizada nas regiões sudeste (66%) e sul (24%), seguida pela região nordeste (7%), oeste (1%) e norte (1%). Os dados do IBGE sobre a produção de tangerinas, mandarinas, mexericas e bergamotas entre 2002 a 2008 mostram um decréscimo de 11% na produção: de 1 milhão de toneladas para 960 mil toneladas em 2012.

• O volume comercializado pe-

A região sudeste é a maior produtora e a sua participação aumentou de 56% para 60%. A região sul é a segunda maior produtora e diminuiu a sua participação de 38 para 34% entre 2008 e 2013. A participação da região nordeste diminuiu de 4 para 3%, a da região norte cresceu para 1% e a da região centro-oeste se manteve em 2%. Os dados da AliceWeb mostram que a importação mais do que duplicou, entre 1997 e2013, de 2.771 para 9.024 toneladas. Houve um grande crescimento da importação a partir de 2006, como pode ser visto no gráfico abaixo. A importação em 2012 de 6006 toneladas

significa 0,5% do volume de produção de 959.672 toneladas. Os dados internacionais publicados pela FAO mostram um crescimento de 15% na produção mundial – de 22 para 26 milhões de toneladas. A China é a maior produtora com 53% em 2012 e produção crescente entre 2004 e 2012 (4%). A Espanha teve 7% da produção em 2012 e a sua produção diminuiu 4% comparada a 2004. O Brasil é o terceiro maior produtor de tangerina e a sua participação caiu de 5 para 4%, entre 2004 e 2012. Outros grandes produtores são a Turquia, o Egito, o Marrocos, o Japão, o Irã, a Itália, a Coréia, os EUA, o Paquistão, o México e a Argentina.


MERCADO

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Beneficiamento no interior de Linha completa de SP reduz perdas na Tropical frutas na De Marchi Abastecimento

Distribuidora mantém galpão para embalagem

llEspecializada na comercialização de citros, a atacadista Tropical está em constante evolução para atender um mercado cada vez mais exigente. Para evitar perdas financeiras e desperdício de alimento, a empresa possui serviço terceirizado responsável pelo correto beneficiamento das frutas. Rodolfo Portella, sócio da permissionária, explica que o sistema de logística adotado inclui um galpão no interior do estado de São Paulo onde os produtos são selecionados, higienizados e embalados de acordo com os padrões do mercado atacadista. “As frutas já chegam à Ceagesp prontas para a comercialização. Evitamos ao máximo manusear os produtos dentro do entreposto”, garante o permissionário. O serviço de transporte terceirizado dá continuidade ao trabalho de manejo pós-colheita.

A safra da ponkan começou há cerca dois meses e para Rodolfo, 2014 tem tudo para ser um excelente ano. “Em 2013 a estiagem castigou a produção. A expectativa para este ano é muito boa”,

acredita o empresário. O portfólio da Tropical conta com frutas exóticas: “São mais de 30 itens e uma equipe especializada para atender esse mercado. É um setor em constante expansão”, esclarece.

ATACADO

Mil caixas de ponkan por dia

llCom produção própria em diferentes regiões do Brasil e contato estreito com diversos produtores nacionais e internacionais, a atacadista De Marchi garante a oferta de uma linha completa de frutas in natura. Fundada em 1942 por Giuseppe De Marchi, a empresa iniciou suas atividades com o plantio de uva de mesa na região de Jundiaí/SP. José Carlos, vendedor conhecido como Bil, trabalha na empresa há seis anos e é responsável pela comercialização de tangerinas. Segundo ele, ponkan e murcote são as variedades mais procuradas, mas a De Marchi dispõe também de citros menos conhecidos do público, como a bergamota do sul do país. Por dia, o funcionário calcula que são vendidas mais de mil caixas de tangerina ponkan. “A maioria da produção vem da região de

São Miguel Arcanjo”, explica Bil. A empresa atua também no segmento de frutas e legumes processados, produzidos em modernas instalações localizadas em Jundiaí. “Atendemos ceasas de outros estados e temos distribuição própria nos mercados do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas”, faz questão de frisar o funcionário.

Principais variedades de tangerinas, mexericas e híbridos comercializadas na Ceagesp


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Tangerinas ou mandarinas ARTIGO

Os frutos incluem várias espécies, diferente de outros grupos cítricos como as Satsumas eixo médio e aberto. Cor da polpa laranja, sucosa, às vezes, aromát ica; poucas sementes, mono ou poli embriônicas e cotilédones usualmente verdes. Maturação de meia estação a tardia. Microtangerinas- As microtangerinas são representadas por várias espécies e usualmente são utilizadas como porta-enxertos. Híbridos - Os híbridos de tangerinas podem ser originados de cruzamentos naturais ou artificiais. Para os primeiros, há alguns tangores (tangerinas x laranja doce), que receberam alguma atenção, tornando-se comerciais, como Temple e Murcott). Vários híbridos (tangores) foram obtidos no Brasil. Entre os híbridos produzidos por polinização controlada, os tangelos (tangerinas x pomelo) são os mais importantes, bem como os híbridos entre tangerinas. Esses cruzamentos são possíveis, por serem utilizadas usualmente plantas- mães monoembriônicas, como a Clementina, a King e outras. Também pode ser usada planta mãe poliembriônica, como foi feito no Brasil, utilizando Satsuma e obtendo-se alguns híbridos de interesse potencial, principalmente alguns que se mostraram tolerantes à CVC.

Descrição de alguns cultivares importantes: Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Luiz Carlos Donadio, Eduardo Sanches Stuchi e Fábio Luiz de Lima Cyrillo cqh@ceagesp.gov.br

llAs espécies principais são as laranjas doces, as tangerinas, os limões, as limas ácidas e os pomelos. Outras espécies de menor importância são a toranja, a lima doce, a laranja azeda e a cidra. As tangerinas ou mandarinas incluem várias espécies, diferente de outros grupos cítricos, como as Satsumas - Citrus unshiu Marc., as Mexericas - Citrus deliciosa Ten., as do grupo King - Citrus nobilis Lour. e as mandarinas ou tangerinas comuns Citrus reticulata Blanco. Outras 32 espécies são citadas pelo autor japonês Tanaka para o grupo das mandarinas e seus possíveis híbridos, mas poucas são aceitas para produção comercial. Algumas são utilizadas como porta-enxertos como a Sunki (C. sunki Hort. ex Tan.) a Cleópatra (C. reshni Hort. ex Tan.) e Nasnaran (C. amblycarpa Ochse), chamadas micro tangerinas. Muitos híbridos entre espécies ou variedades de tangerinas e entre estas e outras espécies são freqüentemente utilizados como variedades dentro do grupo, como os tangelos (tangerina x po-

melo) e tangores (tangerina x laranja doce). A origem das mandarinas é, provavelmente, o nordeste da Índia e sul da China, embora as diferentes espécies citadas possam ter se originado fora destes centros de origem principais. Assim, a tangerina King é citada como originária da Indochina, a Satsuma do Japão e a Mexerica da Itália, mas já como centros secundários de origem, provavelmente todas provenientes de C. reticulata, considerada uma das espécies ancestrais dos citros.

gerinas. São oblatos a globosos, com um pequeno pescoço, com ápice achatado ou deprimido. A casca é mais aderente, de cor laranja forte e o coração é aberto e grande. Quantidade de suco médio, pois a casca usualmente é grossa. Poucas a muitas sementes, monoembriônicas, de cotilédones de cor creme, diferentes, portanto, da maioria das tangerinas típicas. Suas características parecem, no geral, às do tangor (HODGSON, 1967).

Satsuma

Mexerica

King - Os frutos são grandes, quando comparados a outras tan-

Mandarinas - Os frutos são de tamanho médio, forma oblata, base com pescoço pequeno e ápice pouco deprimido. A casca é fina, firme, mas fácil de remover; superfície lisa, de cor laranja a vermelha, com 9 a 13 segmentos, facilmente separáveis e

- Os frutos são médios a pequenos, achatados a subglobosos, às vezes, com pescoço, sem sementes, coloridos internamente de alaranjado forte, antes mesmo da coloração da casca. A superfície do fruto é mais ou menos li sa, com g lându las de ó leo proeminentes. É fácil de descascar. Fruto fica “passado”, com baixa acidez, tornando-se mole e com casca menos aderente. O eixo central (coração) usualmente é aberto. A maioria das variedades são precoces. As flôres pentâmeras são maiores que as das demais mandarinas. O pólen não é fértil, o que contribui para a produção de frutos sem sementes.

- A casca do fruto é fina, lisa e pouco aderente, possui superfície lisa com grandes glândulas de óleo muito aromáticas, cor amarelo-alaranjada, com 10 - 12 segmentos pouco aderidos, com o eixo central (“coração”) aberto; a cor da polpa é laranja clara, sucosa, com sabor típico, adocicado, mas forte, aromática. O fruto perde a qualidade quando maduro, ficando mole, com .polpa granulada e seca.

Okitsu - É um clone precoce de Satsuma, cultivado no Japão, Espanha, Argentina e outros países. O fruto tem as características gerais de Satsuma. Deve ser colhido ainda com a casca verde, mas bem desenvolvido, o que ocorre no norte do Estado de São Paulo em fins de janeiro e fevereiro. A qualidade nestas condições não é muito boa, o que é compensado pela precocidade e ausência de sementes. A planta é de porte baixo, o que permite o adensamento de plantio. Clausellina - É uma mutação da ‘Satsuma Owari’. A planta é de desenvolvimento lento e porte baixo a médio. O fruto precoce tem as características gerais da variedade de origem, mas de pior qualidade e tamanho. Tem comportamento similar à ‘Okitsu’ em Bebedouro. Clemenules - É uma seleção espanhola de ‘Clementina Fina’, entre muitas outras obtidas no citado país, onde é a variedade mais importante de tangerina. Cultivada em outros países, como Argentina. Como outras seleções de ‘Clementina’, seu comportamento em nossas condições não é bom, pois além de não se adaptar bem ao clima, necessita de cuidados especiais de controle de florescimento e frutificação, raleio e outros, se não produz frutos pequenos. Deve ser melhor conservada em nossas condições, pois produz fru-

tos de boa qualidade e sem sementes em plantios isolados. Marisol - É uma mutação de ‘Clementina Oroval’, da Espanha, de maturação precoce, chegando a competir com as ‘Satsuma’, por isso, se tornou muito importante na Espanha. O fruto é médio e de boa qualidade, sem sementes em plantios isolados. Em Bebedouro tem produzido bem, mas com floradas temporãs e incidência de verrugose. Nova - É um híbrido precoce que vem sendo cultivado em vários países. A planta é de tamanho médio e copa compacta. A maturação se dá em meados de março até maio em Bebedouro, mas perde a qualidade quando mantido na planta. O fruto é atrativo, de tamanho médio, tolerante à verrugose, colorido e de boa qualidade. Pode produzir sem sementes, em plantios isolados. Sunburst - É um híbrido de maturação precoce e meia estação, produzido há mais de 30 anos na Flórida. Planta vigorosa, ereta e muito sensível ao ataque de ácaros. O fruto é atrativo e de tamanho médio a grande. Falglo - É um híbrido americano, de planta de porte médio e ereto. Fruto de tamanho médio a grande, de boa qualidade, casca fina e boa cor. Produz muita semente, quando em pomares mistos. Page - É um híbrido de ‘Clementina’, precoce, mas que pode ser mantido na planta por mais de 4 meses. O fruto é de boa qualidade, mas seu tamanho é pequeno. Além disso, produz muita semente, quando em plantios mistos. Também é suscetível à verrugose. Devido às poucas informações em nossas condições, não é recomendada. Fortune - Dos híbridos de variedades tardias e de boa qualidade, tem sido a mais plantada para fruto de mercado. O fruto é de tamanho médio, de boa qualidade, cor, mas difícil de descascar. Na Argentina, é colhido após agosto. Em Bebedouro, pode ser colhido até o citado mês. Sem sementes em plantios isolados. A planta é vigorosa e produtiva. Encore - É um híbrido americano, com planta média e alternante. Maturação tardia, fruto de boa qualidade, com muita semente e fácil de descascar. A casca tem manchas de causa desconhecida. Ellendale - É um tangor australiano, que ganhou alguma importância em vários países, devido à sua produção tardia. Planta de porte médio e vigorosa. O fruto é de boa qualidade, tamanho médio, colorido e fácil de descascar. Mantém-se bem na planta, mesmo após ter atingido a maturação. Produção errática. Produz poucas sementes quando em plantios isolados.


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FEMETRAN

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Femetran reúne principais montadoras na Ceagesp Em ritmo de Copa do Mundo evento movimentou setor de transporte e logística de hortifrutícolas

NEGóCIOS

Feira impulsiona venda de veículos comerciais e promove integração com frotistas no ETSP llCom novo horário e temática voltada à Copa do Mundo, a Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas aconteceu entre os dias 20 e 23 de maio, na Ceagesp. A Femetran é a única do setor hortifrutícola que reúne as principais empresas do setor de transporte e veículos utilitários para exposição e venda a permissionários, supermercadistas e frotistas da maior central de abastecimento da América Latina. O evento foi uma grande oportunidade para realizar negócios, conhecer

novos produtos e informações sobre o setor. Nos meses que antecederam a feira, o Jornal Entreposto premiou três torcedores com camisas da seleção brasileira de futebol através de um concurso cultural. Durante a realização da Femetran, os visitantes puderam participar de um game de futebol com kinect, batendo pênaltis ou defendendo o gol. A disputa foi bastante divertida e prêmios foram distribuídos aos melhores craques. Este ano, as empresas expositoras foram: Renault, Motocar, Scania, Iveco, Munique-Thermo King, Volkswagen MAN, Ford Caminhões, Pneulinhares e Mercedes-Benz. Confira as fotos do evento.


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FEMETRAN

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QUALIDADE

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Qual é o produto de melhor custo-benefício do grupo de hortaliças feculentas? Alimentação coletiva

Ferramenta auxilia na caracterização, escolha e controle da qualidade do FLV

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Erich Cardoso - estagiário estudante de agronomia Apoio – Anita de Souza Dias Gutierrez

Tabela I. Comparação das vantagens econômicas na utilização das hortaliças feculentas em relação à batata, considerando o volume de produto no prato Mês Batata Batata Doce Cará Inhame Mandioca Mandioquinha 1 0 5 -58 -42 25 -57 2 0 -1 -47 -34 43 -60 3 0 -3 -40 -24 44 -58 4 0 20 -14 1 69 -51 5 0 24 -2 8 66 -48 6 0 18 -12 4 70 -53 7 0 -13 -28 -19 42 -61 8 0 -24 -38 -28 17 -70 9 0 -18 -34 -19 18 -67 10 0 -14 -31 -27 12 -68 11 0 -12 -41 -52 22 -68 12 0 -18 -62 -63 12 -67

cqh@ceagesp.gov.br

llO HortiEscolha é uma ferramenta desenvolvida pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, de orientação na escolha do produto, da classificação de melhor custo em cada época. A metodologia de comparação, entre produtos de mesma função no cardápio, utiliza o valor e o aproveitamento de cada produto em cada época, e considera a quantidade do produto no prato ou a quantidade de calorias no prato, faz parte do HortiEscolha. A sua aplicação exige o conhecimento prévio da classificação de melhor custo-benefício de cada produto, o índice de aproveitamento de cada classificação, o preço praticado para cada classificação em cada época estudada, e o valor calórico de cada produto. Ela permite a comparação entre produtos a cada dia, por semana, por dia da semana, por mês.

O primeiro grupo de produtos analisado foi o de hortaliças feculentas: batata, batatadoce, cará, inhame, mandioca e mandioquinha.

Foram utilizadas as médias mensais dos dados de cotação da SEDES-Ceagesp dos preços comuns de cada dia, de 2010 a 2013, da classificação de melhor Índice de Escolha ou de melhor custo-benefício, resultado do Índice de Aproveita-

mento – que mede quanto do produto in natura vira produto no prato para consumo e do Índice de Valoração – diferença de valor entre as classificações com a classificação menos valorizada.

A determinação do produto de melhor custo-benefício em cada época exige: 1. Que cada preço por quilo de cada produto (preço comum da classificação de melhor custo-benefício) seja dividido pelo seu Índice de Aproveitamento, o que resulta no preço do quilo do produto no prato. 2. O preço por quilo do produto no prato de cada produto é comparado com o preço da batata, o produto chave do grupo, o que resulta, através de um artifício matemático, em um Índice de Vantagem, em que o número positivo é uma melhor opção que a batata e o negativo pior e que permite quantificar a

vantagem entre os produtos. 3. O Índice de Vantagem, calculado a partir de volume de produto no prato, permite caracterizar a diferença do custo-benefício, considera o peso final do produto para consumo no prato. 4. O Índice de Vantagem, calculado a partir do valor calórico do produto no prato, permite caracterizar a diferença do custo-benefício, considera o valor calórico do produto no consumo. O valor calórico é diferente para cada produto. A ordem dos produtos de melhor custo-benefício em cada mês é diferente quando consideramos o volume no prato, que quando consideramos o valor calórico no prato. A mandioca é o produto de maior custo-benefício em todos os meses, na comparação por valor calórico e volume de produto no prato. A batata passa a ser uma das piores opções, na comparação por valor calórico, quando comparada às outras hortaliças feculentas. O Inha-

Tabela II. Comparação das vantagens econômicas na utilização das hortaliças feculentas em relação à batata, considerando o valor calórico do no prato Mês Batata Batata Doce Cara Inhame Mandioca Mandioquinha 1 0 0,15 -0,55 -0,28 1,15 -0,52 2 0 0,04 -0,46 -0,24 1,15 -0,56 3 0 -0,06 -0,44 -0,16 1,10 -0,55 4 0 -0,04 -0,33 -0,01 1,15 -0,56 5 0 -0,02 -0,25 0,07 1,14 -0,55 6 0 0,00 -0,22 0,14 1,23 -0,56 7 0 -0,06 -0,23 0,11 1,32 -0,56 8 0 -0,05 -0,23 0,13 1,24 -0,62 9 0 -0,08 -0,23 0,14 1,17 -0,65 10 0 -0,13 -0,28 -0,08 0,86 -0,70 11 0 -0,16 -0,42 -0,42 0,94 -0,69 12 0 -0,21 -0,59 -0,49 0,94 -0,64

me (taro) ocupou a segunda posição quase o ano inteiro, exceto os últimos três meses do ano, quando consideramos o valor calórico e a batata quando consideramos a quantidade do produto no prato. A mesma metodologia pode ser utilizada com dados de preço da se-

mana anterior, ou da média de alguns anos, como feito no exemplo acima. Os usuários do HortiEscolha terão acesso à metodologia de comparação entre produtos e aos seus resultados para cada grupo, de mesma função no cardápio, de frutas e hortaliças frescas.

A cura da batata-doce garante resistência Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Mariane Delanocce Estagiária Estudante de Agronomia cqh@ceagesp.gov.br

llA cura da batata-doce é uma ro-

tina no processo de pós-colheita da batata doce nos EUA e na Europa e não é utilizada no Brasil. Ela prolonga a vida útil da batata-doce – que fica mais resistente e mais doce. O processo de cura da batata-doce é simples. Ele consiste no ar-

mazenamento, logo após a colheita, em condições que promovem a cicatrização de dentro para fora dos ferimentos da raiz. A cicatrização forma uma casca protetora, impedindo a deterioração dos ferimentos e aumentando a sua vida pós-colheita. A cura é realizada, durante 4 a 7 dias, em barracões de beneficiamento na produção, com temperatura média de 31°C e a umidade relativa do ar de 85 até 90%. A alta umidade relativa associada à alta temperatura promove a

formação da casca protetora, o que não ocorreria num ambiente de baixa umidade relativa. As condições de cura da batata-doce são semelhantes para a batata inglesa e a mandioca e diferentes das condições de cura utilizadas para a cebola e o alho. Alguns cuidados devem ser tomados como a manutenção da estabilidade da temperatura e da umidade relativa. A queda de temperatura pode causar condensação de água na superfície das raízes, provocando

a ocorrência de podridão. A variação da umidade relativa com a ventilação do local precisa ser controlada para que o ambiente não fique seco demais. A adoção da cura pelos produtores brasileiros de batata-doce garantiria maior controle da oferta no mercado, maior tempo de prateleira, melhor aparência e melhor sabor e certamente o crescimento do consumo.

Maiores informações podem ser encontradas em:

www.sonorapacific.com/ presentations/training-brochures?download=64 www.lsuagcenter.com/en/ crops_livestock/crops/sweet_ potatoes/LSU+AgCenter+Ho rticulturist+Discusses+Curing +and+Storing+Sweet+Potato es.htm www.motherearthnews.com/ homesteading-and-livestock/ cure-sweet-potatoes-zbcz1310. aspx


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MERCADO

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O valor nutricional dos tubérculos e raízes Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Fabiana Ferreira Estagiária Estudante de Nutrição Apoio Anita de Souza Dias Gutierrez cqh@ceagesp.gov.br

llAs hortaliças feculentas armazenam reserva nos seus órgãos subterrâneos, na forma de amido, seu principal componente. A batata, mandioca, batata-doce, inhame ou taro, cará ou inhame verdadeiro, e mandioquinha-salsa são as mais comuns. São hortaliças de alto valor energético, vitaminas e minerais, e costumam ser associados à sobrevivência por serem calóricas, rústicas e de fácil cultivo, capazes de proporcionar energia para populações carentes. Uma mesma feculenta pode apresentar diferentes formas de valorização, um exemplo é a mandioca que no Brasil tem valor cultural, sendo consumida principalmente nas regiões do norte e nordeste brasileiro. A mandioca é a hortaliça feculenta com maior valor energético e é boa fonte de magnésio e vitaminas do

complexo B. A batata é a hortaliça feculenta mais utilizada pela sua facilidade e versatilidade no preparo, pela sua facilidade de aquisição e por sua aceitação pela população. O seu conteúdo em energia, fibra e magnésio é menor que o das outras hortaliças feculentas. A quantidade de vitamina C, alta na batata crua, cai muito após o cozimento, segundo a TACO. A batata doce é uma hortaliça feculenta de alto valor energético, só menor que o da mandioca, e rica em fibras, quase o dobro do conteúdo de fibras da batata. O seu teor de vitamina C cresce com o cozimento, segundo a TACO. Uma porção de cem gramas de batata doce consegue suprir 53% das recomendações diária de uma pessoa adulta, segundo a FAO/ OMS. Ela é a hortaliça feculenta mais rica em vitaminas do complexo B, com destaque para a Niacina, sendo também excelente fonte de vitamina A devido ao elevado teor de carotenoides. A mandioquinha salsa ou batata baroa é uma hortaliça muito apreciada pelo seu sabor e aroma característicos. Ela é muito rica em nutrien-

tes, com alto teor de potássio, fósforo, ferro, vitaminas do complexo B como a Niacina e fibras de boa digestibilidade. O inhame ou taro é a feculenta com maior conteúdo de fósforo, de potássio e ferro. O amido de fácil digestibilidade permite que ele seja utilizado em alimentos infantis, hipoalérgicos e como cereal em dietas destinadas a pessoas com doença celíaca. O inhame pode ser usado como substituto do arroz em países da Ásia e Pacifico. O cará ou inhame verdadeiro é a hortaliça feculenta com a maior quantidade de proteína e fibra. Ele é muito consumido no nordeste brasileiro, como substituto do pão. Na indústria é utilizado na produção de fécula e como espessante e estabilizante em produtos alimentícios. No Brasil existe uma grande confusão nas denominações do Inhame e do Cará. Os estados do sul e sudeste denominam a espécie Dioscorea alata como cará e no resto dos estados brasileiros e do mundo a mesma espécie é chamada de inhame.

A tabela abaixo mostra o conteúdo de nutrientes das hortaliças feculentas mais comuns. Conteúdo de nutrientes em 100 gramas das hortaliças feculentas Hortaliças feculentas (cozido)

Batata doce

Batata

Cará

*Inhame Mandioca

Mandioquinha (batata baroa)

Energia (Kcal)

52

77

78

100

125

80

Proteína (g)

1,2

0,6

1,5

1,71

0,6

0,9

Lipídeos (g)

Tr

0,1

0,1

0,12

0,3

0,2

11,9

18,4

18,9

23,4

30,1

18,9

1,3

2,2

2,6

1,8

1,6

1,8

Cálcio (mg)

4

17

5

35

19

12

Ferro (mg)

0,2

0,2

0,3

0,5

0,1

0,4

5

11

15

21

27

8

Zinco (mg)

0,2

0,1

0,2

0,3

0,2

0,4

Vit C (mg)

3,8

23,8

Tr

9,1

11,1

17,1

Carboidrato (g) Fibras (g)

Magnésio (mg)

A espécie Colocasia esculenta, que recebe o nome de Inhame nos estados do sul e do sudeste, é chamada de Cará ou Cará de São Tomé nos demais estados brasileiros e de Taro nos outros países do mundo. O I Simpósio Nacional sobre as Cul-

turas do Inhame e do Cará, realizado em 2001, determinou a uniformização das denominações brasileiras com a internacional. O termo Inhame deve ser substituído por Taro, no caso de Colocasia esculenta e cará por inhame, no caso de Dioscorea alata.

Principais hortaliças feculentas comercializadas na Ceagesp


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CIÊNCIA

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Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo MEIO AMBIENTE

Pesquisadores discutem impacto do aquecimento global na agricultura e pecuária

Por Elton Alisson Da Agência Fapesp

llAs mudanças climáticas têm

causado alterações nas fases de reprodução e de desenvolvimento de diferentes culturas agrícolas, entre elas milho, trigo e café. E os impactos dessas alterações já se refletem na queda da produtividade no setor agrícola em países como Brasil e Estados Unidos. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do Workshop on Impacts of Global Climate Change on Agriculture and Livestock , realizado no dia 27 de maio, no auditório da FAPESP, sob a coordenação de Carlos Martinez, professor da Universidade de São Paulo (USP), no campus de Ribeirão Preto. Promovido pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, o objetivo do evento foi reunir pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos para compartilhar conhecimentos e experiências em pesquisas sobre os impactos das mudanças climáticas globais na agricultura e na pecuária. “Sabemos há muito tempo que as mudanças climáticas terão impactos nas culturas agrícolas de forma direta e indireta”, disse Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional de Agricultura e Meio Ambiente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). “A questão é saber quais serão o impacto e a magnitude dessas mudanças nos diferentes países produtores agrícolas”, disse o pesquisador em sua palestra no evento. De acordo com Hatfield, um dos principais impactos observados nos Estados Unidos é a queda na produtividade de culturas como o milho e o trigo. O país é o primeiro e o terceiro maior produtor mundial desses grãos, respectivamente. “A produção de trigo [nos Estados Unidos] não atinge mais grandes aumentos de safra como os obtidos entre as décadas de 1960 e 1980”, afirmou. Uma das razões para a queda de produtividade dessa e de outras culturas agrícolas no mundo, na avaliação do pesquisador, é o aumento da temperatura durante a fase de crescimento e de polinização.

As plantas de trigo, soja, milho, arroz, algodão e tomate têm diferentes faixas de temperatura ideal para os períodos vegetativo – de germinação da semente até o crescimento da planta – e reprodutivo – iniciado a partir da floração e formação de sementes. O milho, por exemplo, não tolera altas temperaturas na fase reprodutiva. Já a soja é mais tolerante a temperaturas elevadas nesse estágio, comparou Hatfield. O que se observa em diferentes países, contudo, é um aumento da frequência de dias mais quentes, com temperatura até 5 ºC mais altas do que a média registrada em anos anteriores, justamente na fase de crescimento e de polinização. “Observamos diversos casos de fracasso na polinização de arroz, trigo e milho em razão do aumento da temperatura nessa fase. E, se o aumento de temperatura ocorrer com déficit hídrico, o impacto pode ser exacerbado”, avaliou. Segundo Hatfield, a temperatura noturna mínima tem aumentado mais do que a temperatura máxima à noite. A mudança causa impacto na respiração de plantas à noite e reduz sua capacidade de fotossíntese durante o dia, apontou.

Pesquisas com milho Em um estudo realizado no laboratório de Hatfield no USDA em um rizontron – equipamento para a análise de raízes de plantas no meio de cultivo –, pesquisadores mantiveram três diferentes variedades de milho em uma câmara 4 ºC mais quente do que outra com temperatura normal, para avaliar o impacto do aumento da temperatura nas fases vegetativa e reprodutiva da planta. “Constatamos que a fisiologia da planta é muito afetada por aumento de temperatura principalmente na fase reprodutiva”, contou o pesquisador. Em outro experimento, os pesquisadores mantiveram uma variedade de milho cultivada nos Estados Unidos em uma câmara com temperatura 3 ºC acima da que a planta tolera na fase de crescimento, em que é determinado o tamanho da espiga. O aumento causou uma redução de 15 dias no período de preenchimento dos grãos de milho e interrupção na capacidade da planta de completar esse processo, o que se refletiu em queda de produtividade. “Observamos que, se as plantas forem expostas a uma temperatura noturna relativamente alta no período de preenchimento dos grãos, essa fase de desenvolvimento é interrompida”, afirmou Hatfield.

zoom MUNDO O que se observa em diferentes países, contudo, é um aumento da frequência de dias mais quentes, com temperaturas até 5 ºC mais altas do que a média registrada em anos anteriores, justamente na fase de crescimento e de polinização.

O problema não é a temperatura média a que a planta pode ficar exposta na fase reprodutiva, mas a temperatura mínima. Precisamos entender melhor essa interação das culturas agrícolas com o ambiente e o clima para aumentar a resiliência delas à elevação da temperatura e à frequência de eventos climáticos extremos”, avaliou.

Impactos no Brasil No Brasil, as mudanças climáticas já modificam a geografia da produção agrícola, afirmou Hilton Silveira Pinto, diretor do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O ano passado foi o mais seco desde 1988 – quando o Cepagri iniciou suas medições climáticas. Registrou-se uma média de 1.186 milímetros de chuva contra 1.425 milímetros observados nos anos anteriores. O mês mais crítico do ano foi dezembro, quando choveu 83 milímetros. A média para o mês é 207 milímetros, comparou Silveira Pinto.“O final de ano muito seco atrapalhou bastante a agricultura em São Paulo, porque a época de plantio dos agricultores daqui é justamente no período entre outubro e novembro”, disse Silveira Pinto durante sua palestra. “O plantio de algumas culturas deverá ser atrasado, porque há uma variabilidade bastante sensível no regime pluviométrico das áreas em que determinadas culturas podem ser plantadas”, afirmou. Segundo o pesquisador, a partir dos anos 2000 não foi registrada mais geada em praticamente nenhuma região de São Paulo, evidenciando um aumento da

temperatura no estado. Um reflexo dessa mudança é a migração da produção do café em São Paulo e Minas Gerais para regiões mais elevadas, com temperaturas mais propícias para o florescimento da planta. A cada 100 metros de altitude, a temperatura diminui cerca de 0,6 ºC, segundo Silveira Pinto. Durante o período de florescimento do café, quando os botões florais tornam-se grãos de café, a planta não pode ser submetida a temperaturas acima de 32 ºC. Apenas uma tarde com essa temperatura nesse período é suficiente para que a flor seja abortada e não forme o grão. “O registro de temperaturas acima de 32 ºC tem ocorrido com mais frequência na região cafeeira de São Paulo. Com o aquecimento global, deverá aumentar entre 5 e 10 vezes a incidência de tardes quentes no florescimento da planta”, disse Silveira Pinto. “Isso pode fazer com que não seja mais viável produzir café nas partes mais baixas de São Paulo nas próximas décadas.” “A produção do café no Brasil deve migrar para a Região Sul”, afirmou. “O café brasileiro deverá ser produzido nos próximos anos em estados como Paraná e Santa Catarina.”


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LEITURA

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Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro

llA Hora da Estrela (Clarice Lispector) - Escrito em 1977, o romance aborda o contato do migrante nordestino com a cidade grande. A história da alagoana de Macabéa é contada passo a passo pelo escritor Rodrigo S.M., alter-ego da autora, buscando permitir aos leitores acompanhar o processo de criação da obra. Último livro publicado em vida pela escritora brasileira.

llEra No Tempo do Rei (Ruy

Castro) - Romance histórico cômico. Os personagens são nobres e plebeus que existiram de verdade e outros saídos da mais delirante imaginação. Os heróis do romance são o príncipe D. Pedro e seu amigo Leonardo, um menino de rua, ambos com 12 anos. Os dois garotos, tomam a cidade de assalto, envolvendo-se nas mais empolgantes aventuras.

llOnze minutos (Paulo Coelho) – O autor explora a sexualidade e cria um conto de fadas moderno, melancólico e sensual, que narra a transformação de uma mulher em busca de si mesma. Maria, uma jovem nordestina desiludida com o amor, sai de casa à procura de aventura e paixões, e é na Suíça, como prostituta, que encontra as respostas para suas perguntas mais profundas.

llA Sangue Frio (Truman Ca-

pote) - O romance de não-ficção é uma reportagem investigativa sobre o assassinato de quatro membros da família Clutter, o casal e seus dois filhos caçulas, ocorrido em 1959 na cidade de Holcomb, no Kansas, Estados Unidos. Em 2005 foi lançado o filme Capote, estrelado por Philip Seymour Hoffman, retratando o período em que o autor trabalhava no romance.

llOlhai os Lírios do Campo (Erico Verissimo) - Primeiro best-seller de Erico Verissimo. Eugênio Pontes, moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obrigado a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama.


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EVENTO

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Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014 Tecnologia para controle e economia de água

A ErfGoed apresentou o “piso de cultivo”, um sistema de inundação e drenagem que proporciona total controle da água e de nutrientes, evitando desperdício e evitando doenças. O diferencial deste piso de cultivo é a camada porosa especial, de pedra, com a qual é formado o sistema. Esta camada assegura uma base sólida, que suporta a circulação de empilhadores, e permite a circulação da água. Cada planta recebe água e fertilizantes na mesma quantidade e durante o mesmo tempo. Depois, o que sobra da água é recolhido e armazenado para a próxima rega, sem perdas por evaporação, por exemplo. Outra vantagem é que o efeito filtrante do piso assegura uma taxa de enfermidades significativamente inferior. llAntecipada para maio por causa da Copa do Mundo da Fifa, a 21ª edição da Hortitec - Exposição Técnica de Horticultura Cultivo Protegido e Culturas Intensivas – aconteceu entre os dias 28 e 30 de maio em Holambra. A mostra reuniu mais de 400 expositores, 27 mil visitantes e contou com a presença da secretária de Agricultura e Abastecimento

do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi. Segundo a organização do evento, o volume de negócios atingiu os R$100 milhões previstos. Durante o evento, foram realizadas palestras com foco em orientação e inovação aos profissionais do agronegócio e empresários rurais do setor hortícola. Os temas centrais da edição

2014 eram: Usos da Reserva Legal, PI Flores; Inovações no Manejo Integrado de Pragas; Fundamentos da Rastreabilidade; Ferramentas de Marketing no Agronegócio e Relacionamento Comercial. No ano que vem a mostra hortifrutícola volta ao mês original e acontece de 17 a 19 de junho. Confira alguns produtos e serviços que se destacaram nessa edição.

Passaporte Verde de sustentabilidade

Com propostas sustentáveis ao produtor, a Arysta LifeScience destaca sua Linha Passaporte Verde, composta por fungicidas, acaricidas, inseticidas e nematicidas, todos os produtos orgânicos e biológicos, além do conceito Pronutiva, composto por soluções que aliam nutrição e proteção vegetal.

Segundo a empresa, a linha Passaporte Verde oferece mais segurança aos aplicadores e animais. O fungicida Kaligreen®, primeiro produto da Linha Passaporte Verde a chegar ao mercado brasileiro e produzido com base no ingrediente ativo de bicarbonato de potássio, alia os melhores resultados, no controle de Oiidio, com a preocupação ambiental. Também é importante ressaltar sua alta seletividade, zero resíduo, e mesma eficiência dos produtos convencionais. Na Linha Pronutiva a Arysta apresenta o fungicida e bactericida Kasumin® e o fertilizante Vitalik®, para manejo de bactérias, além do inseticida fisiológico Applaud 250®, para controle de mosca branca. Esses e outros produtos compõem um conjunto de soluções que protege e favorece o desenvolvimento das lavouras, integrando proteção de plantas às melhores especialidades em nutrição vegetal. “O mercado está sofrendo com a seca, em muitas regiões a falta de chuva está ocasionando a redução das áreas e os plantios sendo atrasados. Portanto, com o manejo adequado e auxílio do portfólio da Arysta, é possível manter a qualidade dos produtos, tendo em vista que os preços de mercado estão excelentes na maioria das culturas”, explica o gerente de produtos e mercados H&F, Eduardo Figueiredo.


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EVENTO

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Ibirapuera recebeu exposição internacional de orgânicos llAconteceu na Bienal do Ibirapuera o maior encontro do setor de produtos orgânicos e naturais. Entre os dias 4 e 7 de junho eventos simultâneos foram realizados no parque: Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina e Naturaltech. Juntas, as feiras receberam 15 mil visitantes e 220 expositores que atualizaram o público do mercado de orgânicos. Alimentos, cosméticos e artigos de moda foram apresentados aos profissionais de diversos ramos como supermercados, hospitais, academias e spas. O consumidor final também aproveitou o material apresentado e a extensa programação técnica oferecida: fórum, palestras e seminários relacionados ao setor orgânico, à saúde e ao bem estar, todos gratuitos e abertos ao público. Mais uma vez, a Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina foi palco do Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável. O encontro reuniu alguns dos principais expoentes do setor no Brasil – representantes do Ministério da Agri-

cultura e do Desenvolvimento Social, secretarias paulistas de Agricultura e do Meio Ambiente, Sebrae, Itaipu Binacional, IBD – e também do mundo: Andre Leu e Denise Godinho (IFOAM), Toshifumi Ayukawa (Japan Organic & Natural Food Association), Julie Tyrell (Natrue), Matthew Holmes (COTA) e o brasileiro Cauê Suplicy, que relatou o case de sucesso de sua empresa Wholesome Valley Foods nos Estados Unidos. Os palestrantes

internacionais participaram do Fórum a convite do Organics Brasil. Na Naturaltech, a programação abrangeu temas como farmácias de manipulação (1º Encontro ANFARMAG), spas (3º Seminário ABC SPAS), aromatologia (2º Encontro de Aromatologia) e vegetarianismo (7ª Seminário SVB). Além disso, em todos os dias os visitantes puderam assistir aulas de culinária vegetariana no 6º Festival da Cozinha Vegetariana.

Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros Conceito inovador de desenvolvimento de produto resulta num padrão mais elevado de economia, conforto, força e desempenho dos caminhões da marca

Transporte

l l A Mercedes-Benz incorporou inovações à sua linha de caminhões. O semipesado Atego e os extrapesados Axor e Actros atingiram um padrão ainda mais elevado de qualidade para o transporte rodoviário de cargas, tendo por base o conceito Econfort (Economia+Conforto+Força/Desempenho), que resultou em maior valor agregado aos seus produtos. “As linhas desses veículos passam a oferecer mais de 40 novidades relacionadas ao Econfort”, afirma Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina. “Dessa forma, atendemos cada vez mais às demandas do mercado e dos nossos clientes, assegurando maior eficiência, produtividade e rentabilidade para suas atividades de transporte, com conforto superior para o motorista. Reforçamos, assim, a imagem da marca como provedora de uma solução completa para os clientes”, acrescenta. Com a introdução do Econfort, a Mercedes-Benz amplia ainda mais sua competitividade nos dois maiores segmentos do mercado de caminhões no País. O objetivo da monta-

dora é alavancar significativamente a participação da marca, tanto nos extrapesados, que representam cerca de 40% do volume total de caminhões comercializados no País, como no de semipesados, com aproximadamente 30%. “Queremos a liderança geral nas vendas de caminhões no Brasil, buscando ser também o número um na preferência do cliente, visando sempre a sua satisfação crescente com nossos produtos e serviços”, diz o executivo.

Test-drive

Por meio de sua rede de concessionários de veículos comerciais no País, com mais de 200 pontos de atendimento, essas novidades já estão sendo efetivamente entregues aos clientes, com a equipe de vendas já preparada para apresentar as características, vantagens e benefícios dos mais de 40 recursos e outros aprimoramentos dos caminhões da marca. Além disso, a Mercedes-Benz está promovendo uma série de test-drives com clientes, ação chamada de Econfort Experience. O primeiro deles aconteceu em maio no Autódromo de Ve-

lopark, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, estendendo-se depois a outras cidades. Durante estes eventos, os clientes podem dirigir caminhões Atego, Axor e Actros, comprovando ao volante os efeitos e vantagens das suas novas tecnologias.

As linhas desses veículos passam a oferecer mais de 40 novidades relacionadas ao Econfort Philipp Schiemer

presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina.


ECONOMIA

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Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic, diz ministro ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL

Wellton Máximo – Agência Brasil

ll Apesar de terem subido es-

te ano, os juros dos financiamentos rurais continuam baratos, disse hoje (5) o ministro da Agricultura, Neri Geller. Segundo ele, as taxas das linhas de crédito do Plano Safra aumentaram um ponto percentual em 2014, enquanto a taxa Selic – juros básicos da economia – passaram de 7% para 11% no último ano, com alta de quatro pontos percentuais. “Os juros do crédito rural são os mais baixos para o financiamento do setor, principalmente se comparados à taxa Selic”, disse o ministro ao participar de seminário sobre crédito rural em Brasília, promovido pelo Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e pelo Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). As taxas dos financiamentos rurais, ressaltou o ministro, estão entre 3,5% e 6,5% ao ano, bem abaixo dos 11% ao ano definidos pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central para a Selic. Mesmo com o aumento deste ano, os juros dos financiamentos agropecuários continuam inferiores aos de outros anos. “Os juros permanecem mais baixos que em 2003, quando variavam de 8,75% a 14% ao ano”, destacou.

Para oferecer taxas mais baixas que as de mercado, o Plano Safra 2014/2015 oferece R$ 8,15 bilhões às cooperativas rurais de crédito. Do total, R$ 7,25 bilhões destinam-se à equalização das linhas de custeio e de comercialização da safra, e R$ 900 milhões são para a equalização dos investimentos. A quantia permaneceu inalterada em relação ao ano passado, mas o limite individual para as linhas de custeio subiu de R$ 1 milhão na safra passada para R$ 1,1 milhão. O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, considera preocupante a alta dos juros. “A taxa máxima subiu de 5,5% para 6,5% ao ano. Pode parecer pouco, mas é um aumento de quase 20%. A gente entende a posição do governo, que foi obrigado a reajustar os juros do crédito rural por causa da Selic, mas a questão é preocupante”, declarou. O Plano Safra destina R$ 700 milhões para o seguro rural, que indeniza produtores em caso de quebra de safra. Durante o seminário, o secretário do Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Seneri Paludo, disse que o governo estuda mudanças no modelo de seguro rural para os próximos anos. As apólices, segundo ele, deixariam de estar atreladas apenas à

produção e passariam a considerar também o faturamento. “Quando a receita do produtor fica abaixo de um limite mínimo, o seguro seria pago. Essa é uma maneira de fazer o seguro rural cobrir não apenas a quebra da produção, mas eventuais quedas de preços. É um modelo mais lógico e mais justo para o produtor ru-

ral”, disse. O secretário, no entanto, esclareceu que o novo modelo está em estudo e não tem data para entrar em vigor. O Plano Safra beneficia os produtores que cumprem exigências ambientais com um aumento de 45% no limite de crédito individual, contra 30% no ano passado. Para o superintendente do Sicoob

de Rio Verde (GO), Edson Melo, o aumento no limite representa um estímulo para que os agricultores atuem de forma ecologicamente correta. “O produtor que planta com semente certificada, reservas registradas e cumpre uma série de exigências ambientais precisa ter uma compensação porque investiu mais”, explicou.

Agropecuária cresce 3,6% no 1º semestre FINAÇAS

CNA prevê mais reforço para o PIB com colheita recorde de 191,2 milhões de toneladas

llA agropecuária lidera, mais uma vez, o desempenho positivo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, registrando crescimento de 3,6% em relação ao quarto trimestre de 2013. Neste mesmo período, o PIB do Brasil aumentou apenas 0,2%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início do mês. A Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lembra que, enquanto o setor agropecuário apresentou alta de 2,8% quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB nacional cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2014.

Apesar dos problemas climáticos observados em 2014, a safra brasileira de grãos e fibras deverá atingir o recorde de 191,2 milhões de toneladas, justificando as expectativas de crescimento do setor neste ano. No primeiro trimestre, destacam-se a soja, o arroz e o feijão primeira safra, que registram aumento de produção de 6,35%, 7,69% e 55,46%, respectivamente, contribuindo para o bom desempenho da agropecuária. A expectativa é de que, no próximo trimestre, o setor agropecuário mantenha a tendência de crescimento. Isto porque, nos meses de abril, maio e junho, há o término da colheita da safra de verão e

o início da colheita da segunda safra e da safra de algodão, que deverão sustentar o crescimento do PIB. Também se encerrará no próximo trimestre a colheita do café e da cana-de-açúcar, mas estas duas culturas devem registrar queda, em função de problemas climáticos.

zoom NÚMEROS Apesar dos problemas climáticos observados em 2014, a safra brasileira de grãos e fibras deverá atingir o recorde de 191,2 milhões de toneladas


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AGRO

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Tecnologia da informação invade os campos agrícolas Além da soja e do eucalipto, plataforma tecnológica pode beneficiar produção de tomate, batata, uva, trigo, maçã, folhosas e feijão SOFTWARE

llO mercado de software está invadindo o campo de maneira ágil e repentina. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) revelam que, cada vez mais, a tecnologia se consolida no setor de agronegócios como alternativa para enfrentar os desafios e as incertezas do ramo, como variação climática e controle de pragas e insetos, além de aumento da produtividade das lavouras. Um exemplo disso é a inovadora plataforma lançada pela empresa brasileira Olearys, que já foi instalada em diversas lavouras e vem demonstrando excelentes resultados, com a redução de até 60% na aplicação de defensivos agrícolas e contribuição para minimizar a poluição da água doce, já que reduz 52% das operações de pulverizações nas lavouras. Nas regiões de Nova Mutum, no Mato Grosso, e nas localidades de Goiás e São João da Aliança, em Goiás, por exemplo, em pouco mais de dois meses, a empresa implementou a plataforma e já conseguiu resultados positivos no controle preventivo da ferrugem da soja. Foram instaladas oito estações meteorológicas para o monitoramento da região. Outro caso que o banco de dados da plataforma Hemisphere consegue prevenir é o da ferrugem do eucalipto – doença que ocasiona a desfolha precoce das plantas em até 40% -, um dos principais responsáveis por perdas econômicas no cultivo do mesmo, que representa 74,8% dos 6.515.844 hectares de florestas plantadas no Brasil. Além da soja e do eucalipto, a plataforma pode ser adaptada para culturas de toma-

te, batata, uva, trigo, maçã, folhosas, feijão, entre outras. Em 2012, houve um crescimento de 47,3% na receita de software no setor e esse número sobe para 72,5% quando se analisa o período de 2010 até 2012. Atualmente, a tecnologia na agricultura é a principal responsável pelo aumento de cerca de 70% da produtividade agrícola do país, representando mais de 23% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gerando 37% dos empregos no país. A principal inovação desta tecnologia consiste na integração da estação meteorológica com um sistema de informática que coleta os dados ambientais no micro das lavou-

ras, transformando-as em coeficientes de risco que indicam se o clima está ou não favorável para a ocorrência da doença. O acesso ao conhecimento científico se dá pela internet através de uma senha que é transferida para o usuário. Tais sistemas são a evolução da fitopatologia, contribuindo para a efetivação de práticas científicas que promovem o desenvolvimento sustentável da propriedade agrícola. A plataforma dispõe de diversos aplicativos e funcionalidades para o produtor agrícola, que obtém o conhecimento científico pela internet, em tempo real e é avisado sobre as variações climáticas via SMS, com

até 15 dias de antecedência. Por meio do monitoramento climático, a plataforma Hemisphere transforma dados em conhecimento, ou seja, informações que fazem a diferença para o agricultor, trazendo benefícios como redução do uso do agrotóxico, economia de água e energia e aumento da produtividade. Na prática do campo, é capaz de processar um vasto banco de dados ambientais e gerar conteúdos personalizados para os agricultores monitorarem o microclima das lavouras – determinando, assim, a possível ocorrência das doenças e pragas que influenciam nos impactos econômicos, sociais e ambientais de cada região.

Como o cenário da agricultura brasileira é fortemente influenciado pelas mudanças climáticas globais, centenas de profissionais trabalham para que nossa agricultura esteja preparada para enfrentá-las e consiga se antecipar à chegada das epidemias para evitar o grande desperdício. E a plataforma age com esse propósito Tiarê Balbi Gerente de operações da Olearys


22 TECNOLOGIA

Ceasa Campinas promove ações educativas llNo fim de maio a Ceasa Campinas promoveu duas ações educativas voltadas para alimentação. A primeira, no dia 28, aconteceu na Cozinha Experimental da Ceasa e faz parte do Projeto Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia. Fruto da parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Município de Campinas, a iniciativa utiliza a horta escolar como eixo gerador de mudanças na cultura da comunidade, com relação à alimentação, saúde e qualidade de vida. No evento educadores aprenderam uma receita de bolachinhas salgadas com ervas finas. A segunda ação ocorreu no dia 29. Promovida pelo Departamento de Alimentação Escolar, a oficina reuniu profissionais escolares – cozinheiras, diretores, professores e agentes de educação – abordando alimentação durante o primeiro ano de vida. De acordo com a nutricionista palestrante, Jumara Machado, durante essa fase os bebês apresentam um forte desenvolvimento de habilidades psicomotoras e neurológicas. “Erros de conduta podem desencadear dificuldades de aprendizagem e crescimento, tanto agora quanto no futuro”, disse.

CEASA-DF

Projeto de novo estacionamento comercial ll A Centrais de Abastecimen-

to do Distrito Federal (Ceasa-DF) deu início ao projeto de um novo estacionamento para feirantes e funcionários da Ceasa. Além deles, comerciantes locais – ex: feira dos importados, adega, loteria também poderão aproveitar o estacionamento. A medida visa reservar mais espaço para quem pretende visitar a Ceasa, como em dias de feira e eventos, proporcionando mais segurança aos produtores e agricultores que diariamente passam pelo Ceasa-DF.

CEASAS

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Começam as obras para construção da ciclovia Ceagesp-Ibirapuera ll A Prefeitura de São Paulo, por

meio da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, deu início às obras da construção dos 17 km de ciclovia, que ligará a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na zona Oeste, ao Parque do Ibirapuera, na zona Sul. Os recursos investidos são provenientes da Operação Urbana Faria Lima. O projeto abrange seis trechos específicos, contando com a implantação de ciclovias nas avenidas Doutor Gastão Vidigal, Brigadeiro Faria Lima, Hélio Pellegrino e com a adaptação do passeio existente no canteiro central das avenidas Professor Fonseca Rodrigues e Pedroso de Moraes, além da adaptação da ciclovia já existente no trecho do Largo da Batata.

Ao longo de toda extensão da ciclovia, será ainda executada toda a infraestrutura de iluminação, urbanização, paisagismo, acessibilidade e semafórica; como também ro-

Ação contra dengue na Ceasa Ceará Por Karla Camila

ll A dengue é uma doença pe-

rigosa e quando manifestada da forma grave pode matar. Com o objetivo de prevenir e alertar sobre a doença a Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE), por meio da equipe de Comunicação e Marketing em parceria com os profissionais do posto de saúde, foi realizada no dia 2 de junho, uma ação nos galpões do entreposto de Maracanaú. Durante o evento serão distribuídos panfletos e cartilhas. Os permissionários e clientes da Ceasa também poderão esclarecer dúvidas com a enfermeira Eveline Castro, coordenadora do posto de saúde da Ceasa. Haverá também alertas sobre a doença durante todo o dia na rádio Ceasa. A ação foi motivada pelos inú-

meros casos de dengue que surgiram no Ceará este ano. Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do estado do Ceará (Sesa), dos casos notificados em 2014, foram confirmados 3.002 em 83 municípios. Destacam-se os municípios de Umari, Tauá, Pereiro, Alto Santo, Brejo Santo e Campo Sales com incidência acima de 300 casos por 100.000 habitantes. Foram confirmados 56 casos graves da doença e três óbitos, sendo 50 casos de Dengue com Sinais de Alarme (DCSA) e seis casos de Dengue Grave (DG). Dos três óbitos dois foram em Fortaleza e um em Maracanaú. Dos casos confirmados de dengue a faixa etária de 20 a 29 anos predomina com 21% do total dos casos confirmados.

tas de interligação com as estações de trem, metrô e espaços de lazer. “Esta obra deverá incentivar o desenvolvimento da mobilidade sustentável, já que vai se inte-

grar também aos meios de transporte público”, explica o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Ricardo Teixeira. Isso será possível porque haverá ramificações que aproximam as ciclovias das estações Cidade Universitária, Pinheiros, Rebouças-Hebraica e Cidade Jardim, da CPTM. Além disso, a obra beneficiará os ciclistas no deslocamento aos centros comerciais, como no caso da avenida Brigadeiro Faria Lima, e aos espaços de lazer, como os Parques do Povo, Ibirapuera e Villa-Lobos. A previsão de é que as obras sejam concluídas em 18 meses. Fonte: SMSP- Secretaria de Coordenação das Subprefeituras Coordenação de Imprensa

Curso oferece capacitação em manipulação de alimentos ll A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai promover, a partir do dia 16 de julho, curso a distância para pessoas que manipulam alimentos. O treinamento tem carga horária

de 60 horas e é gratuito. Será concedida uma declaração aos participantes que passarem pela avaliação final. As inscrições começam no dia 16 de junho pelo site da agência (portal.anvisa.gov.br).

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)


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Participe da festa junina da Nossa Turma na Ceagesp llO Ceasa está pintado de verde do limão e amarelo do mamão. São Paulo e o Brasil deram uma pausa no protesto. Vamos deixar a Copa de 50 na lembrança e prestar uma ho-

menagem aos atletas que participaram daquela derrota. Coisas do antigo Maracanã. As crianças da Nossa Turma ficaram radiantes de felicidade: o Ser-

ginho da Banca Quero Ler deu álbuns da Copa 2014. Aí o Toninho Sanches negociou com os netinhos e eles deram as figurinhas repetidas para a garotada.

CÁ ENTRE NÓS Vários permissionários aderiram à onda e a banca de jornal passou a ser um point de arrecadação de figurinhas dos craques. Cada professora distribuiu 50 cromos para cada aluno. Eles colaram no álbum e as repetidas são trocadas entre eles na hora do recreio. Através das figurinhas eles reconheceram atletas que nos presentearam com material esportivo que se transformou em recursos para a entidade. O craque Hulk, através do seu amigo Sérgio, da Topper, nos deu dois pares de chuteiras que serviram de prenda em nosso bingo. O meio campista Hernanes, quando jogava no São Paulo, nos doou a camisa 10 que ele defendeu bravamente. O gigante da defesa brasileira, Thiago Silva, nos brindou com a sua camisa autografada número 33 que ele vestiu no Milan, da Itália. E a criançada grita: Júlio César lança a bola para Oscar que sem pestanejar ajeita para Neymar e é gol do Brasil. Os meninos do Felipão vão transformando em realidade o sonho da garotada humilde da nação: ser campeão de futebol vencendo as adversidades e driblando as dificuldades. Que felicidade será o amanhã com Thiago Silva levantando e beijando a taça no novo Maracanã.

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Na nossa Queima do Alho a Comitiva Arroxa o Nó foi a campeã. A querida Comitiva Capiau ficou em sétimo, mas está firme no páreo. No próximo dia 19, o galpão dos carregadores se tornará um local sagrado para a celebração da Missa de Corpus Christis e benção do Santíssimo, às 9 horas da manhã. O celebrante será o padre Edilberto Alves da Costa, natural do Piauí e vigário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima da Vila Leopoldina e da Paróquia São Joaquim, no Jardim Humaitá. O concelebrante será o diácono Luis Carlos de Laet, da Paróquia Ambiental Santa Luzia da Ceagesp. O presidente do Sindicar, senhor José Pinheiro de Sousa, convida toda a família ceagespiana para este momento de fé. No próximo dia 27 vai ocorrer o arraial da Nossa Turma, no PBCF, entrada pelo portão 7. Atrações musicais: Taís e Eduardo, Luigi, o cantor rock country, o sertanejo Marcio Leni, a quadrilha caipira mirim e a coroação da miss caipirinha e do mister caipirinha, além de banda de forró e a quadrilha caipira da comunidade. Renda totalmente revertida para a Nossa Turma. Prioridade: compra de uniformes. Venha prestigiar e saborear as delícias que nossas quituteiras vão preparar especialmente para você.

www.jornalentreposto.com.br Styllo Cerealista aposta em parceria com produtores

Logística é diferencial na Morena Frutas

Rede Orgânica oferece produtos certificados

Produtos para culinária oriental na Agro Nippo

Experiência e qualidade na Importadora Raminho

llA Ceagesp faz parte da vida de Ailton Luís Rodrigues desde sua infância. Filho de permissionários se tornou o responsável pelos negócios em 1990, à frente da Styllo Cerealista. Nos dias de hoje a clientela da atacadista é diversificada, são restaurantes, hotéis, lanchonetes, distribuidoras e cerca de 20% supermercadistas. Batata, cebola, alho, coco e ovos compõe a cartela de produtos comercializados pela Styllo.

llA história da Brasnica Frutas

llA Rede Orgânica faz parte do Grupo Horta, formado por quatro empresas – Rede Orgânica, Cultivar Orgânicos, Hydro Salads e Master Salads – dedicadas à produção e distribuição de produtos alimentícios e processados desde 1993.A empresa oferece alimentos certificados, garantindo a origem orgânica dos produtos. A Rede Orgânica segue rígidos controles de higiene, qualidade e respeito ao meio ambiente.

llCriada por imigrantes japoneses, a Agro Nippo é especializada na produção e comercialização de produtos saudáveis. Desde 1971 a empresa une tecnologia e cuidado artesanal na produção que inclui broto de feijão, soja, massa de peixe, massa de batata, grãos, cereais e cogumelos. Líder no segmento de produtos para culinária oriental, a permissionária sempre foi inovadora. O Tofu foi o primeiro a ser lançado em caixinha.

llJosé Ramos da Silva, conhecido como Raminho, atua no ramo de hortifruti desde a década de 70. Vindo de Maceió para São Paulo, atuou no Mercadão, como ajudante no grupo Sônia Maria. Com o tempo passou por auxiliar e gerente de vendas. Até que no fim da década de 90 nasce a Raminho Importadora. Atualmente, a empresa conta com a matriz no Mercadão e filiais na Ceagesp e Ceasa Santo André.

Tropicais começou em 1967, ainda na cidade de Registro, interior do estado de São Paulo, com o plantio de banana, maracujá e verduras. Já em meados da década de 80, Yuji Yamada visando a expansão do negócio, encontrou no cerrado mineiro, mais precisamente em Janaúba, a oportunidade ideal, tornando a Brasnica pioneira no plantio de banana prata no norte de Minas Gerais.


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